LAUDO PETROBRAS-v5 PDF
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ESPCIE DE EXAME:
AUTORIDADE REQUISITANTE:
REFERNCIA:
DESTINO DO LAUDO:
DRP.
DATA E HORA DA PERCIA:
23.09.2008, s 14 horas e 20
minutos.
EQUIPE PERICIAL:
PERITOS COLABORADORES:
Peritos
Federais
Petrnio
Falcomer
Jnior,
Leandro
Augusto de Paula Calzavara e
Guilherme Oliveira Cardoso.
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Sumrio
1. HISTRICO
2. OBJETIVO PERICIAL
3. DOS ESCLARECIMENTOS
3.1. De Outros Tcnicos
10
3.6. Glossrio
11
4. REFERENCIAL TERICO
4.1. Gs Natural
16
17
17
18
18
19
19
19
21
22
22
22
24
28
6.2. Da Localizao
29
33
7. DAS CONSTATAES
7.1. Dos Veculos
34
34
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62
68
71
73
Atuador/Vlvula 3
9.3. Na Vlvula Solenide
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76
11. DISCUSSO
84
88
13. CONCLUSO
89
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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1. HISTRICO
Aos 23 (vinte e trs) dias do ms de setembro do ano de 2008 (dois mil e
oito), nesta capital do Estado de Alagoas e no Instituto de Criminalstica - IC, em
conformidade com a legislao e os dispositivos regulamentares vigentes, pela
Diretora Rosana Coutinho Freire Silva, foi designada uma equipe de peritos
chefiada, naquela ocasio, pelo Perito Criminal Ivo de Almeida Werneck, para
proceder a exame de constatao em local de incndio com vtimas, na Estao
de Produo de Furado Petrobrs, localizada na zona rural do municpio de So
Miguel dos Campos/AL, com incio s 14 horas e 20 minutos, e trmino s 16
horas e 30 minutos. O citado perito permaneceu no caso at o dia 07 de outubro
do corrente ano, data em que foi cancelada a sua designao e substitudo pelo
Perito Criminal Jos Adriano Rocha de S Filho IC/AL, o qual passou a integrar
a equipe composta pelo Assistente Tcnico Rodolpho Lima Pedroza, chefe do
setor de balstica deste instituto e especialista em mecnica; Alberi Espindula,
Perito Criminal aposentado do IC/DF, diretor adjunto do Centro de Percias
Forenses - CPFor, coordenador da equipe; e Joo Gardino dos Santos, Perito
Policial de Local IC/AL; a fim de ser atendida a solicitao do Bel. Josias Luiz de
Lima, Delegado de Polcia Civil naquela cidade, que instaurou o respectivo
Inqurito Policial n 023/2008 74 DP 6DRP.
2. OBJETIVO PERICIAL
A solicitao do delegado de polcia tinha por objetivo a realizao de
exames periciais de constatao de incndio na Estao de Produo de Furado
Petrobrs, localizada na zona rural do municpio de So Miguel dos Campos/AL,
bem como identificar as causas determinantes do sinistro.
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3. DOS ESCLARECIMENTOS
3.1. De Outros Tcnicos
Atendendo ao Ofcio n 3622/2008-GAB/SR/DPF/AL, do Departamento
da Polcia Federal de Alagoas, que colocou a disposio Peritos daquela
Instituio para colaborar com a equipe pericial do caso em tela, fizeram parte do
incio das investigaes os Peritos Criminais Federais Petrnio Falcomer Jnior,
Guilherme Oliveira Cardoso e Leandro Augusto de Paula Calzavara.
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pelos peritos criminais Ivo de Almeida Werneck e Petrnio Falcomer Jnior, que
ficaram sob a custdia do Instituto de Criminalstica do Estado de Alagoas, quais
sejam:
Parte exposta de um eletroduto rgido que se encontrava enterrado
prximo a vlvula 3;
(01) Um eletroduto rgido, tendo em uma de suas extremidades um
joelho, apresentando fiao em seu interior;
(01) Um eletroduto flexvel revestido por uma malha metlica;
(01) Uma caixa de passagem (condulete) de fiao eltrica em y;
Eletroduto de ligao da vlvula solenide com a caixa de passagem
(condulete);
(03) trs fragmentos metlicos fundidos;
(01) um fragmento metlico fundido, com rosca e luva;
(06) seis pedaos de cabo eltrico queimados;
Tubo metlico rosqueado com luva;
Tubo metlico rosqueado a duas caixas de passagem;
Tampa da bobina de vlvula solenide;
(02) duas caixas de passagem;
Vlvula solenide, ASCO, modelo M-5, n 8321007;
Vlvula solenide danificada;
Caixa de comando da vlvula solenide;
Pedao de cabo eltrico com fiao exposta nas extremidades.
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a) ANEXO 1:
Laudo complementar n 2957.08.08, referente percia no
caminho-munck e no automvel Celta, realizada no dia
primeiro do ms de outubro do corrente ano, pelo Perito
Policial de Local Joo Gardino dos Santos;
b) ANEXO 2: relao de objetos coletados nos cadveres;
c) ANEXO 3:
Comunicado n 001/2008/IC/CPFor, referente informao
dos vestgios coletados pelos peritos e solicitao de
documentos;
Ofcio n 0588/2008/GD/IC, solicitando Petrobrs os meios
necessrios para a realizao de exames em vlvula de
bloqueio e no seu atuador;
Declarao de liberao do local dos exames.
d) ANEXO 4:
Relao dos documentos encaminhados pela Petrobrs
UN-SEAL/ATP-AL 0119/2008;
Registro Dirio de Ocorrncia, de 05/06/08;
Ordem de Manuteno n 2004171539;
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de
ligao
malha
61-
rea
geral
processo/utilidades;
h) ANEXO 8:
Planta Cadastro da rea do gasoduto Furado-robalo;
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i) ANEXO 9:
Isomtrico da rea do gasoduto Furado-Robalo;
j) ANEXO 10:
planta Baixa Geral, escala 1/500;
k) ANEXO 11:
fluxograma de Processo da Estao de Produo de Furado.
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30
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3.6. Glossrio
1. Abastecimento interruptvel: abastecimento sujeito a interrupo a critrio da
companhia distribuidora ou de acordo com condies estabelecidas em contrato;
2. Anlise Preliminar de Risco Nvel 1 APR-1: tcnica de identificao de
perigos baseada em lista de verificao destinada a orientar a deciso sobre a
necessidade do aprofundamento, ou no, das anlises relativas ao planejamento
da liberao da instalao, do equipamento ou sistema, bem como do trabalho
que ser executado. A Anlise Preliminar de Riscos Nvel 1 encontra-se no verso
formulrio de Permisso para Trabalho PT;
3. Anlise Preliminar de Risco Nvel 2 APR-2: tcnica de identificao de
perigos e avaliao de riscos elaborada por representantes das gerncias
envolvidas e da empresa contratada executante do trabalho, quando houver,
utilizada no planejamento da liberao da instalao, do equipamento ou sistema
e no planejamento da execuo do trabalho a ser realizado, para detalhamento
das aes de preveno e mitigao de acidentes que possam ocorrer durante a
sua execuo;
4. Ar: mistura de nitrognio, oxignio, vapor de gua, dixido de carbono, argnio,
nenio e pequenas quantidades de outros gases raros. Para todos os fins prticos
de combusto, o ar pode ser considerando como composto, em volume, de
oxignio (02)20,9%; nitrognio (N2) 79,1%; e, em peso, de oxignio
(02)23.15%;nitrognio (N2) 76,85%. O peso do ar a 15,5C 1,22 kglm3, ao nvel
do mar e a presso atmosfrica tem um volume de 0,37 m3;
5. Armazenagem em rede (line pack): armazenagem de gs num sistema de
gasodutos pelo aumento da presso normal de operao.
6. Atuadores eltricos: so equipamentos eletromecnicos que permitem
motorizao de vlvulas, dampers, comportas e outros equipamentos similares. O
atuador eltrico pode ser acoplado atravs de unidades de adaptao ou
redutores. A principal funo do atuador eltrico o controle do movimento da
haste da vlvula.
7. Bloqueio da rede por balonamento: consiste em fazer um bloqueio na tubulao
onde inserido um balo que, inflado, interrompe a passagem do gs no trecho a
ser recuperado.
8. Bloqueio de segurana: interrupo do fornecimento de gs pelo fechamento
das vlvulas de bloqueio.
9. Bloqueio duplo e descarga: sistema de bloqueio de segurana formado por trs
vlvulas, sendo duas vlvulas de bloqueio automtico, instaladas em srie na
linha de gs, e uma terceira vlvula de descarga automtica instalada entre elas,
com sada livre para a atmosfera.
10. Botoeira: dispositivo de liberao e bloqueio de energia para abertura ou
fechamento de vlvulas.
11. By-Pass (desvio): arranjo de tubulao com vlvula de controle que conduz gs,
ar ou outro fludo, contornando, ao invs de atravessar, todo um trecho da uma
tubulao.
12. Cabos de Ancoragem: cabos de ao destinados fixao de equipamentos,
torres e outros estrutura.
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29. Flange isolante: par de flanges inserido numa tubulao, com as faces isoladas
eletricamente uma da outra, com a finalidade de interromper o fluxo de corrente
eltrica atravs da tubulao.
30. Flash-over: temperatura em que o calor em uma rea ou regio alto o suficiente
para inflamar simultaneamente todo o material inflamvel a sua volta. O flash-over
caracteriza-se por inflamao dos gases presentes em um ambiente, fazendo com
que eles se incendeiem de repente, causando uma exploso em forma de "bola"
de fogo.
31. Fogo: manifestao de combusto rpida com emisso de luz e calor.
Para que haja fogo so necessrios trs elementos: combustvel, comburente e
ignio (calor).
32. Gs: Substncias qumicas que existem no estado gasoso temperatura
ambiente.
33. Gs comprimido ou sob presso: um gs ou mistura gasosa que, em um
container, ter uma presso absoluta maior do que 40 psi a 21.1C (70F), 104psi
a 54.4C (130F), ou um lquido tendo presso de vapor acima de 40 psi a 37.8C
(100F).
34. Gs inflamvel: Um gs que, temperatura ambiente e presso normal, forma
uma mistura explosiva com o ar a uma concentrao de 13% (em volume) ou
menos, ou um gs que sob as mesmas condies forma uma variedade de
misturas inflamveis com o ar maior do que 12% em volume, independente do
limite menor;
35. Gs Natural ou Gs: todo hidrocarboneto ou mistura de hidrocarbonetos que
permanea em estado gasoso ou dissolvido no leo nas condies originais do
reservatrio, e que se mantenha no estado gasoso nas condies atmosfricas
normais, extrado diretamente a partir de reservatrios petrolferos ou gaseferos,
incluindo gases midos, secos, residuais e gases raros. Ao se processar o gs
natural mido nas UPGNs se obtm: (i) o gs seco, que contem principalmente
metano (C1,) e etano (C2); (ii) o lquido de gs natural (LGN), que contem
propano (C3) e butano (C4), que formam o gs liqefeito de petrleo (GLP); e (iii)
a gasolina natural (C5);
36. Gasoduto de transmisso: tubulao cuja finalidade transportar o gs de uma
fonte para um ou mais centros de distribuio, ou destinado em presses mais
altas, por ser mais extenso e por apresentar grandes distncias entre suas
derivaes;
37. Guindaste: veculo provido de uma lana metlica de dimenso variada e motor
com potncia capaz de levantar e transportar cargas pesadas;
38. Manifold: dispositivo, constitudo de tubos e acessrios de tubulao, destinado a
ligar o instrumento tubulao ou ao equipamento, proporcionando facilidades de
operao e de manuteno, sem prejuzo ao processo;
39. Manmetro: aparelho de medio da presso de lquidos e gases. Quando mede
a presso atmosfrica leva o nome de barmetro;
40. Permisso para Trabalho: autorizao dada por escrito, em documento prprio,
para a execuo de trabalhos de manuteno, montagem, desmontagem,
construo, inspees ou reparos de equipamentos, sistemas ou instalaes a
serem realizados e seus empreendimentos, com a finalidade de preservar a sade
e a segurana da fora de trabalho, o meio ambiente, a comunidade, a integridade
das instalaes e dos equipamentos e a continuidade operacional;
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4. REFERENCIAL TERICO
4.1. Gs Natural
O gs natural uma substncia em estado gasoso nas condies
ambiente de temperatura e presso, resultado da decomposio da matria
orgnica fssil no interior da Terra, encontrado acumulado em rochas porosas no
subsolo,
freqentemente
acompanhado
por
petrleo,
constituindo
um
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Elemento
Smbolo
Nmero atmico
Chumbo
Alumnio
Nquel
Ferro
Pb
Al
Ni
Fe
82
13
28
26
Ponto de fuso
(C)
327,46
660
1455
1538
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So Miguel
dos Campos
ALAGOAS
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termoqumicos,
sete
vasos
depuradores,
dois
tanques
de
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5.3.
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recebe gs atravs de duas linhas com nveis distintos de presso, sendo uma
linha de baixa presso (aproximadamente 5,0 kgf/cm2) e a outra de mdia
presso (aproximadamente 36 kgf/cm2). O gs associado vem da estao
coletora de Furado e o gs no-associado pode vir dos campos de So Miguel e
Cidade de So Miguel dos Campos, atravs dos gasodutos SMC/CSMC/FU de
alta, mdia e baixa ou do prprio campo de Furado pelo manifold de GNA da
estao.
O gs de baixa presso (5,0 kgf/cm2) que alimenta o header de entrada
dos compressores de baixa oriundo da estao coletora de leo de Furado, do
manifold de GNA e do gasoduto de baixa SMC/CSMC/FU, este gs depurado
antes de chegar aos compressores de baixa. O gs de mdia presso (36
kgf/cm2), oriundo do manifold de GNA e do gasoduto de mdia SMC/CSMC/FU
passa atravs do vaso depurador e se junta descarga dos compressores de
baixa no header de mdia, que a linha de suco dos compressores de alta. A
descarga dos compressores de alta (82 kgf/cm2) passa atravs da unidade de
desidratao de gs natural (UDGN) e posteriormente uma parte desta corrente
enviada atravs do gasoduto FU/PILAR para UPGN Alagoas. J o gs de alta
presso oriundo do manifold de GNA e do gasoduto de alta SMC/CSMC/FU
direcionado para o vaso depurador. Na sada deste vaso, a corrente dividida em
duas, uma para o sistema de gs lift e a outra se junta com o gs efluente da
UDGN para em seguida ser enviado para o gasoduto Norte (FU/RB).
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5.4.
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FOTOGRAFIA 04: mostra a Estao de Produo de Furado, onde se visualiza a rea atingida
pelo incndio.
FOTOGRAFIA 05: mostra, com aproximao, a rea atingida pelo incndio, com assinalamento
de dois manifolds de leo e do caminho-munck que se encontrava estacionado prximo ao
gasoduto Furado/Robalo.
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Rota de fuga
manif old de gs
vlvula 3
vlvula 1
caminho
ga
e fu
ta d
Ro
gasoduto
Furado/Robalo
Celta
vlvula 2
tanques
33m
Rota de f uga
corpo 1
Rota de f uga
corpo 4
corpo 3
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FOTOGRAFIA 06: mostra a rea atingida pelo incndio, com assinalamento do caminhomunck, que se encontrava prximo ao gasoduto Furado/Robalo, e do manifold de leo onde
foram encontradas trs vtimas carbonizadas.
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Vlvula 2
Gasodutos
Tubulao
lanadora
Lana do
munck
Vlvula 1
Gasoduto
Furado/Robalo
X
Atuador
Spool
desconectado
dos pontos x e y
Vlvula 3
Y
LC-SAT.40 leo Mamb
6
8
Tubulao de
ar comprimido
no
Instituto
Mdico
Legal
da
capital,
foram
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6.2. Da Localizao
Encontravam-se dispostos nos seguintes locais, conforme mostra o
esquema grfico exibido em seguida:
Cadver 1: em frente casa de bombas, distando 3,00m (trs metros)
do setor anterior de um veculo Celta carbonizado e 2,00m (dois metros) de uma
das bombas carbonizadas (ver fotografias 08 e 09);
Cadver 2: na poro mediana da passarela central1 do manifold de
leo do lado esquerdo (ver fotografias 11 e 12);
Cadver 3: sob tubulaes, na poro posterior direita do manifold de
leo onde estava o cadver 2 (ver fotografia 13);
Cadver 4: no interior do manifold de leo onde estavam os cadveres
2 e 3, entre a passarela posterior e a central (ver fotografia 14).
A localizao dos corpos e vestgios foi indicada considerando-se o observador de frente para o manifold de
leo.
v lv ula 3
gasoduto
Furado/Robalo
v lv ula 1
caminho
3m
33m
2m
corpo 1
Bombas
v lv ula 2
Celta
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corpo 4
corpo 3
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FOTOGRAFIA 10: mostra o manifold de leo onde foram encontrados trs corpos
carbonizados.
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FOTOGRAFIA 13: mostra o cadver 3 na poro posterior direita do manifold de leo do lado
esquerdo.
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FOTOGRAFIA 14: mostra o cadver 4 no interior do manifold de leo do lado esquerdo, aps
a passarela posterior, no lado direito desse manifold.
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7. DAS CONSTATAES
7.1.
Dos Veculos
O caminho-munck e o automvel Celta carbonizados
foram
examinados pelo Perito Policial de Local Joo Gardino dos Santos, no dia
primeiro do ms de outubro do corrente ano, estando os resultados dessa percia
apresentados no laudo complementar n 2957.08.08, anexo ao presente
documento.
7.2.
Outros Elementos
7.2.1 Sinais de queima na rea situada em frente a casa de controle de
bombas, bem como em tanques localizados prximos a essa
edificao;
FOTOGRAFIA 15: mostra casa de controle FOTOGRAFIA 16: mostra, com aproximao,
de bombas e tanque de leo afetados pelo a casa de controle de bombas atingida pelo
fogo.
fogo.
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FOTOGRAFIA 22: mostra tubulaes, FOTOGRAFIA 23: mostra, por outro ngulo,
vlvulas e equipamentos danificados pela tubulaes, vlvulas e equipamentos
ao do fogo.
danificados pela ao do fogo, exibidas na
fotografia anterior.
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FOTOGRAFIA 24: mostra rea atingida pelo fogo, localizada junto poro posterior dos
manifolds de leo.
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pigs
usados
na
limpeza
do
Furado/Robalo.
gasoduto
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FOTOGRAFIA
30:
mostra,
com
assinalamento, uma mesa de concreto na
rea atingida pelo fogo, onde havia vestgios
de prancheta carbonizada.
Vlvula 2
Lanador
Furado/Robalo
10
Tubo
6
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7.2.10.
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Escotilha da cmara
lanadora de pig.
Vlvula 2
Lanador
Furado/Robalo
10
Tubo
6
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Vlvula 3: vlvula identificada pela Petrobrs atravs do cdigo XV624009, fabricada pela empresa MNA, com corpo bipartido
assimtrico Fire Safe, da classe de presso 600, medindo
0,60m (sessenta centmetros) de comprimento e 6 (seis
polegadas de dimetro interno), possuindo dois flanges nas
extremidades com revestimento anticorrosivo eletroisolante.
Conforme documentao fornecida pela Petrobrs (anexo
6), a vlvula estava em servio desde o dia 04 de julho de
2005.
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Atuador
Vlvula
solenide
Vlvula 3
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Vlvula solenide
Vlvula de
suprimento de ar
comprimido
FOTOGRAFIA 39: mostra sinais de queima no atuador da vlvula 3, na vlvula de
suprimento de ar comprimido e na vlvula solenide.
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Vlvula 3
LC-SAT.40
leo
6
Mamb 8
FOTOGRAFIA 44: mostra dois oleodutos com sinais de queima, sobretudo no
trecho situado em frente vlvula 3.
Vlvula 3
LC-SAT.40 6
leo Mamb 8
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7.2.16.
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Gasodutos de
alimentao
Vlvula 2
4
Lanador
de pig
Lana do
munck
6
Vlvula 1
X
Spool
desconectado
dos pontos x e y
Atuador
Vlvula
solenide
Vlvula 3
Vlvula de
Y
bloqueio
LC-SAT.40 leo Mamb
6
8
Tubulao de
ar comprimido
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7.2.18.
Vlvula 1
SEDS CPFOR/AL IC
7.2.19
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alavanca
localizados
juntos
ao
gasoduto
Furado/Robalo;
Vlvula 3
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7.2.21
FOTOGRAFIA 54: mostra o eletroduto que FOTOGRAFIA 55: mostra, o eletroduto que
aflorava do solo e estava ligado ao atuador da aflorava do solo e estava ligado ao atuador
vlvula 1.
da vlvula 1.
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Vlvula
solenoide
Atuador
Vlvula 3
Segmento aparente de
eletroduto enterrado
Tubo condutor
de ar comprimido
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7.2.22
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FOTOGRAFIA
60:
mostra
seo
submetida fora de
compresso (seta para
baixo), situado no lado
oposto ao rompimento
mostrado na fotografia
anterior.
FOTOGRAFIA
61:
mostra setas indicando o
sentido de atuao das
foras que romperam
superfcie do eletroduto.
Fora de compresso
para baixo e de trao
para cima.
SEDS CPFOR/AL IC
7.2.23.
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Vlvula Solenide
Energizada
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Tubo condutor de ar
comprimido
bobina
Tubo de descarga
de ar comprimido
FOTOGRAFIA 64: mostra a indicao dos pontos onde existiam deformaes na vlvula
solenide e na sua bobina.
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FOTOGRAFIA 65: mostra a vlvula solenide deslocada para o lado direito em relao ao
ponto de fixao no atuador da vlvula 3, bem como o deslocamento da sua bobina tambm
para a direita.
FOTOGRAFIA 66: mostra a bobina deslocada para baixo em relao ao eixo da vlvula
solenide.
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apresentando
curvatura
voltada
para
uma
das
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vlvula 2
vlvula 1
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vlvula 3
gasoduto
Furado/Robalo
1,84m
4,5m
oleodutos
eletrodutos e
conexo
passarela
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7.2.28.
SEDS CPFOR/AL IC
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FOTOGRAFIA 74: mostra a estrada que margeava os oleodutos LCSAT.40 6 e leo Mamb 8.
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SEDS CPFOR/AL IC
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SEDS CPFOR/AL IC
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conector de
eletroduto
conexo
em Y-45
vlvula
solenide
bobina e
condulete novos
eletroduto
flexvel
cotovelo de 90
eletroduto rgido
segmento vertical
aparente de eletroduto
FOTOGRAFIAS 81: mostra a montagem dos eletrodutos e suas
conexes que interligavam a vlvula solenide ao segmento
aparente do eletroduto enterrado. Nessa demonstrao, foram
usados condulete e tampa de bobina novos.
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8.2.
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V1
V3
V2
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FOTOGRAFIA 89: mostra fios do cabo enterrado, com ampliao feita pelo
aparelho VSC 5000, alm de detalhe das deformaes nas pontas.
FOTOGRAFIAS 90, 91 e 92: mostra as deformaes nas extremidades dos fios exibidos na
fotografia anterior, vistas atravs de microscpio.
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FOTOGRAFIAS 94 e 95: mostra as deformaes em fios, causadas pelo corte com alicate,
vista atravs de microscpio.
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FOTOGRAFIA
101:
mostra
a
articulao distendida pelo retorno
das molas a suas posies de
repouso.
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10.1. Tendo em vista que a estrutura de tijolos que limitava a vala onde se
encontravam os oleodutos LC-SAT.40 e leo Mamb, estava
destruda no trecho situado em frente vlvula 3; que a faixa de solo
situada entre o caminho-munck e a referida vlvula encontrava-se
erodida; que o referido caminho foi deslocado lateralmente por
arrastamento; e que o spool desconectado da vlvula 3, foi deslocado
no sentido horrio, os peritos consideram que os referidos danos e
deslocamentos foram causados pela presso do gs liberado da
vlvula 3, que se localizava em frente s referidas estruturas;
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10.3.
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realizavam servios
de
10.4.
10.5.
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10.6.
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vlvula 3
el
et
ro
du
to
ho
r iz
on
ta
l
vlvula
solenoide
spool
10.9.
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Eletrodutos e conexo
projetados
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11. DISCUSSO
O conjunto de informaes obtidas dos vestgios materiais leva os peritos
a inferir que na Estao de Produo de Furado ocorreu um acidente de trabalho.
Logo, devem ser consideradas as condies de segurana no que concerne aos
atos e/ou condies inseguras.
Conforme Zocchio4, temos as seguintes definies e consideraes:
-Atos inseguros e condies inseguras so os fatores que, combinados ou
no, ocasionam os acidentes de trabalho. So as causas diretas e indiretas dos
acidentes, pois tm relao causal com eles. Essas causas diretas no surgem por
acaso ou aleatoriamente, so geradas por um ou mais antecedentes - as causas
indiretas dos acidentes. Pelo exposto conclui-se que prevenir acidentes do trabalho, em
sntese, corrigir condies inseguras existentes nos locais de trabalho, no permitir
que outras sejam criadas e evitar que as pessoas pratiquem atos inseguros. As causas
indiretas - fatores pessoais e/ou materiais - que geram as causas diretas, devem
merecer especial ateno do ponto de vista preventivo de acidente do trabalho.
Zocchio, lvaro. Prtica da preveno de acidentes: ABC da segurana do trabalho. - 6 Ed. Ver e ampl. So Paulo, Atlas, 1996.
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insegura existe quando um, ou mais de um risco, fora de controle, expe algum ou
alguma coisa ao perigo de sofrer leso e/ou dano, sendo caracterizada pela ameaa
dos riscos s pessoas.
Conforme foi exposto nas consideraes tcnicas, no local onde estavam
sendo realizados servios de manuteno, foram constatadas condies que
comprometiam a segurana do trabalhador, inclusive, com negligncia de normas
da Petrobrs, quais sejam:
a) Fontes de ignio no local de trabalho
Conforme descrito na norma tcnica 2246 Pr-operao,
Operao e Manuteno de Gasoduto Terrestre, subitem 7.6.2.1., como forma
de garantia de segurana na manuteno de gasodutos as fontes de ignio
devem ser eliminadas e seus efeitos contra a segurana amplamente
divulgados; e na norma tcnica 2353 Segurana na Inspeo, Manuteno e
Reparo de Oleodutos e Gasodutos Terrestres, subitem 7.1.4: os Motores de
combusto
interna,
motores
eltricos
no
classificados,
sistemas
de
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15. CONCLUSO
Da anlise das evidncias encontradas no local e mediante exposio
anterior, os peritos concluem que na Estao de Produo de Furado, durante
a execuo dos trabalhos de remoo do spool do gasoduto Furado/Robalo,
existiam condies inseguras que punham em risco a integridade fsica e/ou a
sade das pessoas e a prpria segurana das instalaes e equipamentos.
Tambm ficou evidenciado que nessa operao os trabalhadores cometeram
atos inseguros, pois tinham conhecimento de que a queda do spool
representava perigo de acidente, com risco a integridade fsica, porm,
desconheciam as condies inseguras do ambiente, constatadas pelos peritos,
que tiveram relao direta com a produo da liberao de gs e do incndio,
tendo em vista que no foram identificadas no planejamento do trabalho em
apreo.
Logo, os peritos atribuem empresa Petrobrs a responsabilidade do
acidente em apreo, por expor trabalhadores ao risco de acidente, que
executaram servio de desmontagem de tubulao sem conhecimento prvio
de problemas relacionados segurana existentes na Estao de Produo de
Furado.
O acidente em tela resultou na morte de Miguel ngelo Pereira
Moiss, Adeildo da Silva Santos, Adriano dos Santos e Carlos Eduardo Cabral
das Chagas, que foram posteriormente identificadas no IML.
Nada mais havendo a lavrar, os peritos do Instituto de Criminalstica de
Alagoas encerram o presente laudo, constitudo de 91 (noventa e uma)
pginas, escritas no anverso que, redigido, lido e achado conforme por todos,
segue assinado aos 10 (dez) dias do ms de novembro do ano de 2008 (dois
mil e oito), em Macei AL.
JOS ADRIANO ROCHA DE S FILHO
Perito Criminal
JOO GARDINO DOS SANTOS
Perito Policial de Local
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS