CERÂMICA COMO EXPERIÊNCIA: Um Estudo de Caso em Cunha
CERÂMICA COMO EXPERIÊNCIA: Um Estudo de Caso em Cunha
CERÂMICA COMO EXPERIÊNCIA: Um Estudo de Caso em Cunha
AGRADECIMENTOS
SUMRIO
Introduo
08
PARTE I
14-35
16
23
25
27
Notas
34
36-55
38
43
48
Notas
54
56-69
58
63
Notas
68
PARTE II
70-145
72
87
4.3: Mapa
90
93
130
138
Notas
144
Consideraes finais
146
Referncias
148
Lista de Ilustraes
150
Glossrio
158
Anexos
159
INTRODUO
entre agosto de 2012 e agosto de 2013, com apoio PIBIC MackPesquisa, para estudar os processos de ceramistas:
Processos de Projeto e Prtica em Cermica: Hideko Honma e
Flvia Santoro. Esta pesquisa foi apresentada no CONTAF 2014
(Congresso Nacional de Tcnicas para as Artes do Fogo) em
agosto deste ano.
O tema do Trabalho Final de Graduao , ento, uma
continuao das minhas pesquisas nesta rea, surgindo
em decorrncia da pesquisa anterior de Iniciao Cientfica.
Durante a Graduao, visitei Cunha (importante polo de
cermica artstica/artesanal no contexto da Amrica Latina)
diversas vezes e pude me aproximar de alguns ceramistas e ter
mais contato com o trabalho que desenvolviam. Alm disso,
o estgio que estou realizando este ano no Atelier Hideko
Honma contribuiu muito para o trabalho, dando consistncia
aos conhecimentos tericos na vivncia prtica.
Este trabalho, que trata da cermica como experincia para
o ceramista (dentro do contexto do artesanato) e para o
usurio, possui ento duas partes: Parte I Levantamento
Terico e, Parte II Pesquisa de Campo. Na primeira parte, h
a discusso do referencial terico (linha do tempo 1) em trs
captulos, que trabalham os seguintes autores: Collinwood
(1938), Risatti (2007), Sennett (2009), Slivka (1960), Leach
(1975), Fariello (2005), Rawson (1984), Vincentelli (2000, 2003)
e Dalglish (2006). A maioria das referncias so de lngua
inglesa, j que h uma carncia de publicao nacional nesta
INTRODUO
Bernard Leach
(The Potters
Challenge)
R. G. Collinwood
(The Principles of Art)
1960
1938
10
1984
2000, 2003
1975
Rose Slivka
(The New Ceramic
Presence)
Linha do Tempo 1:
Referencial terico.
Autoria de Daniela Barros.
Moira Vincentelli
(Women and Ceramics: Gendered
Vessels; Women Potters:
Transforming Traditions)
Philip Rawson
(Ceramics)
Lalada Dalglish
(Noivas da Seca:
cermica popular do
Vale do Jequitinhonha)
2005
Richard Sennett
(O Artfice)
2007
2006
M. Anna Fariello
Mieko Ukeseki
(Reading the
(30 Anos de Forno
Language of Objects) Noborigama em Cunha)
2011
2009
Roward Risatti
(The Theory of
Craft)
11
12
13
PARTE I
Captulo I
15
PARTE I
PARTE I
19
PARTE I
Figura 7: Argila.
Figura 8: Slica fundida.
21
PARTE I
MATERIAL
Cermica
Vidro
Fibra
Madeira
Metal
TCNICA
Torno
(torno
manual
ou
eltrico)13
Sopro
FORMA
TRIDIMENSIONAL
Formas
esfricas
Formas
cbicas
CERMICA
Torno
(torno
manual
ou
eltrico)
Manual
22
Recipiente
Formas
retangulares
Apoio
Formas ovoides
Torno14
(torno
mecnico)
TCNICA
FUNO
Formas circulares
Tecelagem
Manual
MATERIAL
FORMA
BIDIMENSIONAL
FORMA
TRIDIMENSIONAL
Formas
esfricas
Formas
cbicas
Proteo/
cobertura
Tabela 1: Classificao de
categorias do Artesanato.
Autoria de Daniela Barros com
base em RISATTI, 2007: pg.
30-33.
FORMA
BIDIMENSIONAL
Formas
circulares
Formas
ovoides
Formas
retangulares
FUNO
Recipiente
23
PARTE I
PARTE I
Rose Slivka, no artigo The New Ceramic Presence, de 1961, escreve sobre
uma nova gerao de ceramistas (ps Segunda Guerra Mundial), que ela
27
PARTE I
Risatti (2007: 20) desconfia que a ausncia de uma base crtica no artesanato
pode ser uma razo para que no Modernismo tardio ou Ps-modernismo
o artesanato tenha tentado imitar as formas e mtodos das belas artes,
tentando ser uma pintura ou uma escultura, por exemplo. Para o autor,
justamente o conceito de funo prtica (em relao a outros elementos
como o material, a tcnica, a habilidade, o significado e a expresso
artstica), que evita relaes adversas com as Belas Artes e noes prconcebidas de Artesanato.
Mudanas ocorreram no somente no espao de trabalho da oficina
coletiva ao estdio, ateli ou galeria do artista, mas tambm no campo
28
29
PARTE I
Idade Mdia:
guildas medievais
(oficinas artesanais)
e surgimento das
primeiras universidades
fim sc. XIV incio sc. XVII
sc. V - XV
Renascimento:
ateli do artista
renascentista
30
Linha do Tempo 2:
Acontecimentos
importantes para o
contexto do Artesanato.
Autoria de Daniela Barros
com base em RISATTI, 2007:
282; SENNET, 2009: 82.
Revoluo Industrial:
processo de produo
por mquinas
Mondrian
Arts&Crafts:
defesa do
artesanato contra
produo em massa
William Morris
Modernismo
(Risatti)
primeira
metade
sc. XX
Peter Voulkos
II Guerra
Mundial
sc. XX
1919
1939-1945
Bauhaus: escola de
arquitetura e design
(tentativa de articular
arte e artesanato)
1960
Crescimento dos
departamentos de
arte em faculdades
e universidades
Objeto crtico
artesanal
(Risatti)
Gyongy Laky
Bauhaus Dessau
31
PARTE I
32
33
PARTE I
NOTAS
Traduo nossa: To draw or paint an image that resembles a bowl
is a very diferente enterprise from making an actual bowl.
1
Traduo nossa: Artists not only make plans in advance in the form
of drawings and sketches, they also work from preconceptions.
6
34
18
21
31
32
35
PARTE I
Captulo II
37
PARTE I
Figura 30-32: Ceramista Flvia Santoro: desenhos e moldes, ceramista trabalhando, xcaras de cermica.
39
PARTE I
41
PARTE I
43
PARTE I
44
Ele ressalta que a cermica capaz de evidenciar sua natureza material por
meio de seus atributos visuais e tangveis, e tambm capaz de projetar a
vida e a experincia do homem; uma vez que pensada para funcionar em
sua vida. Entendendo o significado da cermica explorando suas origens
histricas, o autor afirma que os potes de cermica da humanidade so,
portanto, testemunhos da existncia do homem e de suas aes. Rawson
Segundo o autor, a arte criativa trabalha com nossos traos de memria, que
so vestgios de emoes de experincias sensrias que tivemos, fazendo
reviver estes vestgios na nossa vida cotidiana para a nossa experincia. As
diferentes formas, cores, texturas das peas de cermica sugerem intuies,
que so as relaes entre o objeto material e as nossas memrias. Essas
relaes so os significados estticos da cermica. Dessa forma, o simples
pote capaz de transportar um significado complexo de uma mente para
outra, da mente do ceramista mente do usurio. O objeto do mundo
cotidiano atua como um veculo imediato9 (Idem: 16, traduo nossa). A
experincia sensorial das mos, o aspecto visual da forma, a caracterstica
de textura, de cor e os ornamentos, tudo isso contribui para a apreciao
do objeto, que permite a reanimao de memrias e sentimentos, que diz o
autor, provado na mente (Idem). Corroborando Rawson, Fariello (2005)
levanta a questo da transferncia de significado do fabricante ao usurio/
expectador por meio do objeto, como um veculo de transferncia10
(Idem: 169, traduo nossa). Essa transferncia ocorre em nveis materiais,
fsicos, de tato e viso, e assim o objeto possui uma incrvel capacidade
de transformar a experincia diria, como o fabricante originalmente
transformou o material11 (Idem: 163, traduo nossa). A autora reflete a
possibilidade do sentimento criativo, vivido pelo fabricante, ser passado
para o usurio do objeto, e ento o dia-a-dia deste enriquecido por meio
45
PARTE I
47
CAP. II: CERMICA: FAZER E CONTER
PARTE I
49
PARTE I
Figura 55: Cestinhas - vale observar suas alas e cores e pensar que a
pea poderia ser usada de diversas maneiras.
51
PARTE I
52
Aps o estudo dos autores Risatti (2007), Fariello (2005) e Rawson (1984),
a estudante visitou a exposio mencionada animada com a ideia de uma
mostra de utenslios brasileiros que expunham peas de cermica, e a
primeira ideia que teve foi: Posso tocar nas peas? Porm infelizmente,
a exposio era apenas visual, como ocorre na grande maioria dos museus
ocidentais. A exposio trouxe descobertas interessantes quanto herana
dos processos de fabricao das peas, e da permanncia das formas
utilitrias. Apesar deste ganho, no se pde provar os objetos e assim eles
no puderam tocar de maneira completa a expectadora, contradizendo
a foto do folder da exposio (figura 62), onde a cermica utilitria est
envolvida por mos que a seguram. A estudante lembrou-se ento de
Rawson, quando ele coloca que a mo experiente pode julgar expresses
Figuras 58-59:
Fotografias de
Zaida Siqueira na
exposio.
Figuras 60-61:
Cermicas de
Caroline Harari na
exposio.
***
Resultado de inmeras possibilidades tcnicas, a pea de cermica consequncia da transformao do barro que modelado e queimado pelo
ceramista, que possui habilidade manual. Seu conhecimento e habilidade
so adquiridos com treino e repetio e todo o processo da cermica vivido pelo ceramista traz a ele satisfao. A cermica como resultado de um
processo capaz de aproximar o ceramista do usurio, por meio da experincia diria deste com o objeto. Alguns aspectos prticos so pensados
pelo ceramista ao criar as peas funcionais/utilitrias, projetando tambm
intencionalmente uma experincia ao usurio. Assim, para a apreenso da
pea de cermica, de qualidades funcionais e estticas, indispensvel a
experincia sensorial das mos, juntamente com a anlise visual. As mos
so capazes de compreender a forma da pea, encontrando as posies intencionais das mos do ceramista ao mold-la. Portanto, a cermica, capaz
de revelar seu fabricante, adquire tambm qualidades simblicas ao seu
usurio conforme seu uso.
53
formais de toque, que o olho no pode nem mesmo ver18 (RAWSON, 1984:
29, traduo nossa).
PARTE I
NOTAS
15
Traduo nossa: From the potters hand to the users hand, the
object flows from a rhythm of making to a daily ritual of holding.
5
10
14
54
Traduo nossa: The pot is the man: his virtudes and his vices are
55
CAP. II: CERMICA: FAZER E CONTER
PARTE I
Captulo III
MULHERES NA CERMICA
Cabe mulher a cermica, pois a argila de que so feitos os potes fmea
como a terra e, em outras palavras, tem alma de mulher.
Lvi-Strauss (DALGLISH, 2006: 12)
56
57
PARTE I
59
PARTE I
PARTE I
PARTE I
65
PARTE I
CERAMISTAS
CONTEMPORNEOS
BRASILEIROS
21%
79%
RESIDENTES NO EXTERIOR
SO
PAULO
SERGIPE
RIO
GRANDE
DO
SUL
RIO
GRANDE
DO
NORTE
RIO
DE
JANEIRO
PIAU
PERNAMBUCO
PARABA
PARAN
MINAS
GERAIS
MATO
GROSSO
DO
SUL
GOIS
ESPRITO
SANTO
CEAR
BAHIA
66
HOMENS
MULHERES
HOMENS
MULHERES
67
***
PARTE I
NOTAS
Traduo nossa: more mundane, ubiquitous household objects,
and non-Western art and craft (...) remain almost untouched
1
10
68
69
CAP. III: MULHERES NA CERMICA
PARTE II
Captulo IV
(UKESEKI, 2005: 5)
Figura 76: Paisagem de Cunha: Igreja Matriz esquerda ao fundo; Escola do ICCC,
Rodoviria, Ginsio, Parque Lavaps, direita (do meio para baixo da foto).
PARTE II
72
73
PARTE II
75
PARTE II
Figura 89: Ceramistas na estrada de Cunha Mieko Ukeseki, Vicente Cordeiro e Alberto Cidraes ( esq.).
Figura 90: Matadouro Municipal em 1975.
Figura 91: Cidade de Cunha em 1975.
Figura 92: Ceramistas construindo o forno Noborigama Toshiyuki Ukeseki, Mieko Ukeseki, Antnio Cordeiro e Alberto Cidraes.
Figuras 93-94: Forno Noborigama em construo (1975).
77
PARTE II
79
PARTE II
80
Figuras 102-104: Feira de cermica no Oitavo Festival de Cermica de Cunha, outubro 2014 (no terreno do futuro Parque Cultural da Cermica de Cunha, em
frente Escola do ICCC). Ceramistas: Alberto Cidraes e Kimiko Suenaga (103); Luciane Sakurada e Marcelo Tokai (104).
81
82
PARTE II
83
PARTE II
84
PARTE II
87
PARTE II
Travessas Dona Benedita Olmpia
I MOMENTO DA
CERMICA EM CUNHA:
PANELEIRAS
Shoji Hamada
Kanjiro Kawai
Kenkichi Tomimoto
Movimento Mingei
(Soetsu Yanagi Japo)
1880 - 1910
fim sc. XVII sc XVIII
88
CONTEXTO DE
INFLUNCIA DA
CERMICA DE
AUTOR DE CUNHA
Instalao de outros
ceramistas em Cunha
1976
1975
1910 - 1930
Arts&Crafts
(William Morris Inglaterra)
Bernard Leach
Linha do Tempo 3:
Contexto da cermica
em Cunha. Autoria de
Daniela Barros com
base em SILVA, 2011 e
UKESEKI, 2005.
III MOMENTO DA
CERMICA EM CUNHA:
CERMICA DE AUTOR ATELIS
Grupo de ceramistas
se instalam em Cunha:
construo do 1o forno
Noborigama no antigo
Matadouro da cidade e
1a queima
II MOMENTO DA
CERMICA EM CUNHA:
OLARIAS
prximas
dcadas...
1a abertura pblica
de fornada
Fundao Cunha
Cermica
o
2 Festival da
Cermica de Cunha
2005
2009
2006
1o Festival da
Cermica de Cunha e
lanamento do livro
30 anos de cermica
em Cunha (UKESEKI)
1o Seminrio
Internacional de
Cermica na ArteEducao
(UNESP/ICCC)
6o Festival da
Cermica de Cunha
2011
2010
Criao ICCC
(Instituto Cultural da
Cermica de Cunha)
1o Evento Dia do
Ceramista
o
3 Festival da
Cermica de Cunha
8o Festival da
Cermica de Cunha
3o Seminrio
Internacional de
Cermica na ArteEducao
(UNESP/ICCC)
2013
2012
5o Festival da
Cermica de Cunha
Inaugurao da 1a
sede do ICCC (oficina
de cermica)
Criao espao virtual
MCC (Memorial da
Cermica de Cunha)
4o Festival da
Cermica de Cunha
2014
2o Seminrio
Internacional de
Cermica na ArteEducao
(UNESP/ICCC)
7o Festival da
Cermica de Cunha
89
PARTE II
4.3: MAPA
A seguir, mapa turstico de Cunha (sem escala - figura 122), mostrando
em marrom, a localizao dos atelis de cermica da cidade. Os atelis
marcados de vermelho so aqueles estudados por esta pesquisa. E os mapas
seguintes (sem escala - figuras 123 e 124) destacam pontos referenciais
como, centro da cidade, Parque Lavaps, Rodoviria da cidade, Rod. Paulo
Virglio, terreno a ser construdo o Parque Cultural da Cermica de Cunha,
atual Escola provisria de cermica (ICCC), e os atelis estudados.
90
74
77
78
81
Carvalho Cermica
75
73
91
N LEGENDA
PARTE II
GUARATINGUET - SP
5
4
2
CUNHA
Parque Lavaps
Rodoviria
PARATY - RJ
2
5
92
Carvalho Cermica
3
Figura 124: Mapa Contexto Aproximado, sem escala. Autoria de Daniela Barros.
PARTE II
94
95
PARTE II
cursos/
showroom
e
outros
workshops
venda
de
peas
X
X
X
X
obs.
H
tambm
programa
de
residncia
de
artistas,
queimas
coletivas
(com
ceramistas
de
outros
atelis
em
seu
forno)
e
poucas
aberturas
de
fornada.
Ele
possua
no
ateli
alojamento
para
estudantes
e
centro
para
eventos.
Forma
de
produo/criao
coletiva
individual
das
peas
X
obs.
A
produo
j
foi
coletiva,
quando
trabalhava
com
a
ex-esposa
Maria
Estrela
(que
produzia
esmaltes
e
fazia
algumas
peas
decorativas)
e
quando
tinha
torneiro
trabalhando
para
ele.
Quantidade
de
pessoas
que
nascidos
nascidos
trabalham
no
ateli
em
Cunha
e
em
outros
regio
locais
1
obs.
No
momento,
possui
um
artista
fazendo
residncia
(Fernando,
aluno
da
ECA-
USP),
que
tambm
um
ajudante
no
ateli.
J
teve
torneiro
e
um
ajudante.
Como
so
divididas
as
tarefas/
Trabalha
sozinho
em
sua
criao,
Fernando
ajuda
a
cuidar
da
argila
e
trabalha
na
sua
prpria
quem
desempenha
cada
criao.
As
queimas
so
coletivas,
ento
vrias
pessoas
(em
torno
de
8)
auxiliam
a
tomar
96
produo
de
peas
funo
Caractersticas
Projeto
da
de
trabalho
pea
(tcnicas)
PARTE II
obs.
X
Seus
clientes
so
pessoas
com
certo
nvel
intelectual
ou
espiritual.
Acredita
que
seus
clientes
so
pessoas
que
entendem
seu
trabalho
e
se
deixam
sensibilizar
por
ele.
Ele
explica
que
ele
mesmo
no
entende
o
que
quer
dizer
com
o
seu
trabalho.
O
ceramista
no
tem
respeito
pelo
contemporneo,
acredita
que
o
que
agora
no
o
mais
importante.
No
se
conforma
com
os
pressupostos
da
Sociedade
Ocidental
e
busca
alternativas.
No
gosta
de
materiais
e
processos
de
alta
tecnologia
e
comuns.
Como
professor,
lhe
interessa
mais
falar
em
termos
filosficos
ao
invs
de
tcnicos.
Obs.
Nos
ltimos
3
anos
trabalha
mais
como
arquiteto
do
que
como
ceramista.
99
PARTE II
100
101
PARTE II
102
Forma
de
produo/criao
das
peas
coletiva
X
obs.
nascidos
cursos/
showroom
e
outros
workshops
venda
de
peas
X
X
Cursos
para
grupos.
J
fizeram
abertura
de
fornada
e
queimas
coletivas
mas
no
comum.
individual
X
A
produo
coletiva
(em
casal)
ocorre
quando
h
projetos
grandes.
Na
maioria
dos
casos,
sua
produo
bem
individual,
cada
um
tem
um
trabalho
bem
especfico.
nascidos
ATELIER MIEKO E MRIO
trabalham no ateli
em
Cunha
e
em
outros
regio
locais
1
obs.
Possuem
um
ajudante,
Matheus,
que
trabalha
com
eles
h
mais
de
10
anos,
auxiliando
com
o
trabalho
do
torno,
da
preparao
da
argila
e
na
organizao
do
ateli.
Mas
Mieko
e
Mrio
o
consideram
como
aprendiz
e
no
como
um
empregado.
Como
so
divididas
as
tarefas/
Cada
ceramista
trabalha
no
seu
tempo,
com
trabalho
bem
independente.
Matheus
auxilia
no
trabalho
da
preparao
da
argila
e
todos
cuidam
das
queimas.
quem
desempenha
cada
funo
Caractersticas
Projeto
da
desenho
2D
modelo
3D
outros
de
trabalho
pea
X
X
(tcnicas)
obs.
Mrio
faz
desenhos
como
projeto
e
Mieko
faz
alguns
desenhos
simples
e
modelos
reduzidos
em
maquete
de
barro.
Mieko
tem
suas
inspiraes
na
natureza.
Tipo
de
argila
comercial
preparada
pelo
ceramista
X
X
obs.
Tcnica
de
modelagem
placas
torno
molde
de
mista
outros
modelagem
manual
gesso
X
X
X
X
obs.
Molde
de
gesso
utilizado
por
Mieko
com
placas
de
argila
e
no
barbotina
lquida.
Mrio,
s
vezes,
pede
para
Matheus
tornear
uma
pea
bsica
que
ele
vai
fazer
as
interferncias
manualmente,
descontruindo
a
pea.
Acabamentos
engobe
underglaze9
esmalte
outros
X
X
X
obs.
Mrio
se
utiliza
de
esmaltes
da
Mieko.
Tipo
de
forno
forno
a
forno
a
gs
forno
raku
fogueira
buraco
outros
queima
noborigama
lenha
eltrico
X
X
103
PARTE II
Quantidade
de
Queimas
2
mais
de
2
X
No
forno
noborigama
(de
3
cmaras),
queimam
ao
mesmo
tempo
peas
esmaltadas
(alta
temperatura),
nas
2
primeiras
cmaras
e
peas
cruas
(queima
do
biscoito),
na
ltima
cmara.
mdia
alta
1350oC
(esmalte)
baixa
900oC
1000oC
(biscoito)
obs.
Observaes
A
lenha
utilizada
nas
queimas
de
Forno
noborigama
lenha
de
eucalipto.
Mrio
faz
uma
leitura
sobre
o
seu
trabalho
e
de
Mieko
sob
a
questo
de
gnero:
Mieko
tem
sobre
a
suas
inspiraes
na
natureza,
na
vida
e
produz
peas
de
formas
redondas;
enquanto
ele
tcnica
(Mrio)
faz
trabalhos
com
corte,
peas
recortadas,
que
remetem
espada,
guerra
e
morte.
Tipo
de
pea
produzida
cermica
cermica
esculturas
trabalhos
outros
funcional
decorativa
para
(utilitrios)
exposio/
galerias
X
X
X
X
obs.
Mrio
faz
esculturas,
mas
algumas
de
certa
forma
tambm
possuem
uso.
Mieko
faz
utilitrios,
esculturas
e
peas
decorativas,
mas
so
trabalhos
separados.
Mrio
considera
que
Mieko
tem
mais
facilidade
em
fazer
utilitrios,
porque
ela
usa
as
peas.
Mieko
j
produziu
muitas
peas
para
exposies,
mas
atualmente
no
mais
comum.
Inteno
de
trabalho
Mrio
faz
as
peas
sem
a
preocupao
de
vend-las.
Mieko
comenta
sobre
fazer
cermica:
(pensamento
instigador)
Faz
parte
da
vida,
n?
um
privilgio.
Ela
diz
fazer
com
paixo,
apesar
do
sacrifcio
financeiro.
Preciso
trabalhar,
ela
complementa,
pois
o
trabalho
recarrega
as
energias
e
traz
motivao.
Mieko
considera
que
at
os
problemas
de
sade
que
teve
recentemente
so
presentes.
Ela
fala
que
adora
lidar
com
as
artes
e
sente
que
est
ganhando
vida.
Como
o(s)
ceramista(s)
se
ceramista
arteso
artista
outros
considera(m)
X
104
Temperatura
de
queima
obs.
1
obs.
obs.
residentes
em
Cunha
obs.
X
X
X
Os
ceramistas
colocam
que
no
tem
inteno
em
ter
grande
produo
e
que
alguns
cliente
(hotis/restaurantes)
acham
as
peas
caras.
Possuem
poucos
lojistas
como
clientes.
Consideraes
sobre
a
sua
Mrio
diz
que
se
colocou
como
um
suporte
para
Mieko
e
que
nunca
pretendeu
ser
como
ou
trajetria
como
ceramista
superior
a
ela.
Ele
considera
sobre
a
ceramista:
Mieko
uma
mquina
de
trabalhar.
Mieko
diz
que
gostaria
muito
de
colaborar
com
os
jovens
das
novas
geraes.
Diz
que
a
cermica
se
enraizou
em
Cunha
e
ela
gostaria
de
ver
construdo
em
Cunha
o
Museu
da
cermica
para
as
peas
que
j
esto
catalogadas
por
ela.
OBS.
No
meio
da
entrevista,
os
ceramistas
receberam
a
visita
da
ceramista
Kimi
Nii,
de
So
Paulo.
105
PARTE II
106
107
PARTE II
1984
O
casal
foi
para
Cunha
com
o
desejo
de
construir
um
forno
noborigama,
j
que
no
Japo
no
havia
essa
possibilidade
(por
falta
de
espao,
lenha
e
pessoas
para
ajudar),
alm
disso
Jardineiro
era
amigo
do
primeiro
grupo
de
ceramistas
que
se
instalou
em
Cunha.
1.
Construo
dos
fornos
noborigama,
o
primeiro
construdo
em
1988
e
depois
desmontado
para
a
construo
do
atual,
que
j
tem
5
anos;
2.
Eventos
de
abertura
de
fornada,
no
qual
os
visitantes
participam
do
momento
em
que
as
cmaras
do
forno
noborigama
so
abertas
e
apreciam
as
peas,
enquanto
Jardineiro
d
explicaes
do
processo
de
produo
das
peas
e
os
dois
realizam
demonstraes
de
esmaltao/decorao.
Suenaga:
quase
40
anos/
Jardineiro:
um
pouco
menos
de
40
anos
cursos/
showroom
e
outros
workshops
venda
de
peas
X
X
X
obs.
H
tambm
evento
de
abertura
de
fornada.
Forma
de
produo/criao
coletiva
individual
das
peas
X
X
obs.
H
peas
produzidas
por
vrias
pessoas
dentro
do
ateli
e
outras
feitas
por
uma
nica
pessoa.
H
alguns
trabalhos
individuais
de
Suenaga.
Quantidade
de
pessoas
que
nascidos
nascidos
trabalham
no
ateli
em
Cunha
e
em
outros
regio
locais
5
obs.
So
funcionrios
que
trabalham
com
as
tcnicas
de
placas
e
torno
e
fazem
todo
tipo
de
trabalho
no
ateli.
Os
novos
funcionrios
so
ajudantes
das
tarefas
do
ateli.
Como
so
divididas
as
tarefas/
Alguns
funcionrios
preparam
a
argila
e
fazem
manuteno
do
forno;
outros
trabalham
na
produo
das
peas.
Todos
auxiliam
na
esmaltao
e
nas
queimas
(a
queima
de
alta
quem
desempenha
cada
temperatura
leva
mais
de
24h,
e
o
forno
necessita
ser
alimentado
por
lenha
ao
longo
da
funo
queima).
Jardineiro
trabalha
mais
com
a
administrao,
organiza
as
aberturas
de
fornada
e
108
produo
de
peas
tambm
produz
esmaltes;
enquanto
Suenaga
trabalha
na
criao
das
peas
e
tambm
faz
pinturas/decoraes.
Caractersticas
Projeto
da
desenho
2D
modelo
3D
outros
de
trabalho
pea
X
X
(tcnicas)
obs.
Para
peas
parecidas
com
peas
que
j
foram
feitas,
h
modelos
de
medidas
padres,
por
exemplo.
Outras
peas
tambm
so
criadas
independentes
de
peas
j
produzidas.
Tipo
de
argila
comercial
preparada
pelo
ceramista
X
obs.
Argila
de
nascente
da
regio.
Tcnica
de
modelagem
placas
torno
molde
de
mista
outros
modelagem
manual
gesso
X
X
X
X
X
obs.
Trabalham
os
moldes
de
gesso
apenas
para
dar
forma
as
placas
de
argila,
mas
no
se
utilizam
de
argila
lquida
nesses
moldes.
Suenaga
diz
que
no
gosta
de
trabalhar
com
barbotina
(argila
lquida).
Acabamentos
engobe
underglaze9
esmalte
outros
X
X
obs.
Os
esmaltes
so
preparados
no
ateli
com
cinzas
de
eucalipto
e
casca
de
arroz.
Algumas
peas
podem
tambm
receber
pinceladas
de
corante.
Tipo
de
forno
forno
a
forno
a
gs
forno
raku
fogueira
buraco
outros
queima
noborigama
lenha
eltrico
X
X
obs.
Forno
noborigama
tambm
utilizado
para
queimar
biscoito.
Possuem
forno
eltrico
para
pequenas
queimas
de
biscoito.
Quantidade
1
2
mais
de
2
de
Queimas
X
obs.
Temperatura
baixa
mdia
alta
o
o
de
queima
700-800 C
1350-1400 C
109
PARTE II
(biscoito)
(esmalte)
obs.
Observaes
Utilizam-se
de
matrias
naturais
da
regio,
como
pedras
e
cinzas,
que
so
incorporados
em
sua
argila
e
seus
esmaltes.
sobre
a
tcnica
Tipo
de
pea
produzida
cermica
cermica
esculturas
trabalhos
outros
funcional
decorativa
para
(utilitrios)
exposio/
galerias
X
X
X
obs.
Suenaga
menciona
que
j
fizeram
exposies
individuais.
Inteno
de
trabalho
Suenaga
diz
fazer
o
que
gosta,
algo
que
interessa
para
si
mesma.
(pensamento
instigador)
Como
o(s)
ceramista(s)
se
ceramista
arteso
artista
outros
considera(m)
X
X
obs.
No
se
considera
artes,
pois
diz
que
arteso
tem
que
fazer
bastante
coisa
repetida.
E
completa
dizendo
se
considerar
artista
s
vezes.
Perfil
dos
clientes/
residentes
turistas
hotis/
lojistas
outros
expectadores/
futuros
em
Cunha
restaurantes
usurios
das
peas
X
X
X
X
obs.
A
maioria
dos
clientes
so
turistas,
os
outros
so
poucos.
Consideraes
sobre
a
sua
trajetria
como
ceramista
Suenaga
considera
o
trabalho
com
a
cermica
uma
boa
opo
pois
ela
pode
morar
em
um
lugar
rural
(Cunha)
e
desenvolver
seu
trabalho.
110
111
CAP. IV: ESTUDO DE CASO: CERMICA EM CUNHA
PARTE II
4. CARVALHO CERMICA
Ceramista: Jos Carlos Carvalho
Cidade de origem: So Paulo - SP
Formao: trabalhou como publicitrio e depois se formou em cermica no
ateli do mestre Lel, onde permaneceu por mais de 25 anos
112
113
PARTE II
2001
1.
Inaugurao
do
ateli
em
Cunha;
2.
Fundao
do
CunhaCermica,
Associao
dos
Ceramistas
de
Cunha
(do
qual
faz
parte
hoje);
3.
Criao
do
ICCC,
Instituto
Cultural
da
Cermica
de
Cunha.
32
anos
produo
de
peas
cursos/
showroom
e
outros
workshops
venda
de
peas
X
X
D
apenas
workshops
e
no
cursos.
individual
X
X
obs.
Forma
de
produo/criao
coletiva
das
peas
obs.
Quantidade
de
pessoas
que
nascidos
nascidos
trabalham
no
ateli
em
Cunha
e
em
outros
regio
locais
obs.
Trabalha
sozinho.
Como
so
divididas
as
tarefas/
Trabalha
sozinho.
quem
desempenha
cada
funo
Caractersticas
Projeto
da
desenho
2D
modelo
3D
outros
de
trabalho
pea
X
X
(tcnicas)
obs.
Faz
peas
testes,
inclusive
queimas
testes
para
algum
projeto
especfico.
Tipo
de
argila
comercial
preparada
pelo
ceramista
X
obs.
Utiliza-se
tambm
de
porcelana.
As
massas
so
comerciais
nacionais
e
comerciais
importadas.
114
CARVALHO CERMICA
Tcnica
de
modelagem
modelagem
placas
torno
molde
de
mista
outros
manual
gesso
X
obs.
Faz
peas
de
composio/colagem
com
as
peas
que
faz
no
torno.
Acabamentos
engobe
underglaze9
esmalte
outros
X
X
X
obs.
Alguns
esmaltes
so
comerciais
americanos
e
outros
so
preparados
com
suas
receitas.
Tipo
de
forno
forno
a
forno
a
gs
forno
raku
fogueira
buraco
outros
queima
noborigama
lenha
eltrico
X
obs.
Quantidade
1
2
mais
de
2
de
Queimas
X
X
obs.
Utiliza-se
de
mais
de
duas
queimas
para
montar
especficas
ilustraes
com
engobe.
Por
exemplo,
o
vaso
de
flores
de
multiqueimas,
que
recebeu
4
queimas
de
baixa
temperatura
(biscoito)
onde
foram
aplicadas
diversas
camadas
de
detalhes
coloridos
de
engobe
em
cada
queima,
e
1
queima
de
alta
temperatura
(esmalte).
Temperatura
baixa
mdia
alta
de
queima
850oC
1240oC
biscoito
esmalte
obs.
Observaes
Tcnicas
decorativas
trabalhadas
pelo
ceramista,
muito
caractersticas
de
seu
trabalho:
sgraffito10
(ranhuras),
sgraffito10
com
colagem
(ranhuras
com
aplique
de
imagens
com
sobre
a
esmalte),
corte
bico
de
jaca
(pequenos
cortes
na
superfcie
da
pea,
a
formar
pequenos
tcnica
tringulos).
Explora
a
cermica,
deixando
a
mostra
a
cor
da
argila.
H
peas
que
no
so
completamente
esmaltadas.
Tipo
de
pea
produzida
cermica
cermica
esculturas
trabalhos
outros
funcional
decorativa
para
(utilitrios)
exposio/
115
PARTE II
Inteno
de
trabalho
(pensamento
instigador)
Como
o(s)
ceramista(s)
se
considera(m)
Perfil
dos
clientes/
expectadores/
futuros
usurios
das
peas
Consideraes
sobre
a
sua
trajetria
como
ceramista
116
galerias
X
X
X
obs.
Explica
que
suas
esculturas
no
so
figuras
humanas
e
sim
formas
abstratas
ou
at
animais.
Sua
inteno
comercializar
suas
peas.
Por
isso
pensa
em
fazer
cermica
com
diferencial
para
conquistar
as
pessoas.
Tambm
preocupa-se
em
guardar
peas
que
representam
as
suas
diferentes
fases,
montando
um
acervo
pessoal.
ceramista
arteso
artista
outros
X
X
obs.
Considera-se
artista,
pois
explica
que
trabalha
com
as
mos
e
a
cabea.
residentes
em
Cunha
turistas
hotis/
restaurantes
lojistas
obs.
outros
No
consegue
fazer
uma
considerao
de
sua
trajetria,
pois
considera
que
sua
trajetria
ainda
est
se
fazendo.
E
reflete
que
sua
trajetria
a
busca
de
conhecimento.
CARVALHO CERMICA
117
CAP. IV: ESTUDO DE CASO: CERMICA EM CUNHA
PARTE II
118
119
PARTE II
2007
1.
Abertura
do
ateli
e
construo
do
forno
gs;
2.
Fundao/Inaugurao
do
ICCC,
o
qual
ajudaram
a
fundar;
3.
Aquisio
de
terreno
em
Cunha
para
construo
de
forno
lenha
misto
de
forno
noborigama
e
anagama11
(acontecimento
recente,
quando
o
forno
for
construdo,
o
ateli
mudar
de
espao).
20
anos
cursos/
showroom
e
outros
workshops
venda
de
peas
X
X
X
obs.
Forma
de
produo/criao
coletiva
individual
das
peas
X
X
obs.
H
peas
feitas
pelos
dois
ceramistas
e
outras
em
que
fazem
sozinhos.
Quantidade
de
pessoas
que
nascidos
nascidos
trabalham
no
ateli
em
Cunha
e
em
outros
regio
locais
2
obs.
Funcionrios
temporrios:
oleiro
e
ajudante.
Como
so
divididas
as
tarefas/
As
atividades
de
amassar
o
barro,
de
modelagem
e
de
esmaltao
so
divididas
igualmente
entre
os
dois
ceramistas.
O
trabalho
no
torno,
a
decorao
com
pinceladas
e
as
queimas
so
quem
desempenha
cada
realizadas
predominantemente
por
Marcelo;
enquanto
o
trabalho
com
placas
e
a
decorao
funo
de
sgraffito10
com
engobes,
por
Luciane.
Caractersticas
Projeto
da
desenho
2D
modelo
3D
outros
de
trabalho
pea
X
X
(tcnicas)
obs.
Os
modelos
so
mais
realizados
do
que
os
desenhos
e
feitos
em
pequena
escala,
em
relao
ao
original.
Tipo
de
argila
comercial
preparada
pelo
ceramista
120
produo
de
peas
ATELIER TOKAI
X
obs.
X
Misturam
a
argila
comercial
com
a
argila
da
regio,
eles
explicam
que
para
sujar
a
argila
e
no
ficar
parecendo
muito
industrial.
Essa
mistura
provoca
manchas
e
efeitos
na
argila,
aps
a
queima.
Tcnica
de
modelagem
placas
torno
molde
de
mista
outros
modelagem
manual
gesso
X
X
X
X
X
obs.
Trabalham
os
moldes
de
gesso
apenas
para
dar
forma
as
placas
de
argila,
mas
no
utilizam
argila
lquida
nesses
moldes.
O
torno
que
utilizam
tem
20
anos,
foi
comprado
em
poca
de
estudos
no
Japo.
Acabamentos
engobe
underglaze9
esmalte
outros
X
X
X
obs.
Trabalham
engobe
com
sgraffito10
e
xidos
com
esmalte
como
decorao.
Tipo
de
forno
forno
a
forno
a
gs
forno
raku
fogueira
buraco
outros
queima
noborigama
lenha
eltrico
X
X
X
obs.
O
forno
noborigama
que
utilizam
de
Alberto
Vasquez,
que
doa
as
queimas
para
os
ceramistas.
O
forno
eltrico,
onde
queimam
biscoito,
do
ICCC.
Seu
forno
a
gs
fica
na
casa
de
um
amigo.
Quantidade
1
2
mais
de
2
de
Queimas
X
obs.
Queimam
a
cada
3
meses.
Temperatura
baixa
mdia
alta
de
queima
600o-800oC
1300oC
(biscoito)
(esmalte)
obs.
A
queima
em
forno
noborigama
chega
a
temperatura
de
1320oC.
Observaes
Trabalham
no
estilo
oriental,
pois
a
tcnica
foi
aprendida
no
Japo.
Suas
peas
possuem
formas
orgnicas,
j
que
a
natureza
influencia
muito
em
seu
trabalho.
sobre
a
tcnica
Tipo
de
pea
produzida
cermica
cermica
esculturas
trabalhos
outros
funcional
decorativa
para
(utilitrios)
exposio/
121
PARTE II
Inteno
de
trabalho
(pensamento
instigador)
galerias
X
X
X
X
obs.
O
que
mais
produzem
cermica
funcional
(utilitrios).
Preocupao
em
utilizar
materiais
naturais
e
no
txicos.
Luciane
fala
sobre
a
interao
e
o
intercmbio
com
outros
ceramistas
e
tambm
sobre
a
sua
inteno
de
transmitir
seus
conhecimentos
(aos
alunos
do
ICCC
e
a
todos),
quero
passar,
no
ficar
para
mim.
Marcelo
diz
que
eles
se
doam
muito
ao
trabalho
do
ICCC
e
no
conseguem
fazer
direito
o
trabalho
para
ganhar
dinheiro,
eles
no
se
preocupam
em
fazer
peas
com
design
que
vendam,
sempre
se
inclinam
para
o
lado
artstico.
Ele
comenta
que
eles
deveriam
mudar
o
foco
para
ganhar
dinheiro,
mas
Luciane
contrapem
dizendo
que
eles
fazem
o
que
gostam.
ceramista
arteso
artista
outros
X
X
X
X
obs.
Marcelo
se
considera
pedreiro
e
marceneiro
tambm,
j
que
ele
constri
fornos
e
tambm
faz
os
armrios
para
as
peas
do
ateli.
Eles
no
se
consideram
bons
vendedores.
residentes
turistas
hotis/
lojistas
outros
em
Cunha
restaurantes
X
obs.
X
X
Clientes
residentes
de
Cunha
so
raros,
mas
este
nmero
tem
aumentado
este
ano,
por
causa
do
ICCC
(que
tem
divulgado
a
cermica
para
a
populao
de
Cunha),
eles
consideram.
Pensam
agora
em
construir
seu
forno
a
lenha
prprio.
Luciane
pondera
que
gostaria
que
as
pessoas/crianas
tivessem
mais
oportunidades
na
cermica
artstica
no
Brasil.
Ela
diz
que
o
casal
tem
inteno
de
formar
os
alunos
do
ICCC
como
ceramistas
artistas.
122
ATELIER TOKAI
123
CAP. IV: ESTUDO DE CASO: CERMICA EM CUNHA
PARTE II
124
125
PARTE II
2010
1.
Construo
do
ateli
de
forma
planejada
com
espaos
separados
(sala
de
aula,
2
fornos
de
sal,
1
forno
de
buraco,
loja,
chals
para
estudantes),
que
possibilitou
uma
mudana
em
sua
prtica
em
relao
ao
ateli
anterior
de
Itaipava,
com
maior
dedicao
queima
de
Sal;
2.
Construo
de
relacionamento
com
os
outros
ceramistas
e
ingresso
no
ICCC,
que
influenciam
seu
trabalho
e
cotidiano;
3.
Desenvolvimento
de
seu
trabalho
artstico
(por
causa
da
diminuio
de
aulas
e
mais
tempo
para
a
dedicao
ao
trabalho
individual);
4.
Desenvolvimento
de
aulas
em
formato
mais
rpido
(conhecimento
condensado),
workshops.
Tempo
de
experincia
com
a
30
anos
cermica
(de
maneira
formal:
24
anos)
Tipo
de
atividade
produo
cursos/
showroom
e
outros
desenvolvida
no
ateli
de
peas
workshops
venda
de
peas
X
X
X
X
obs.
Possui
alojamento
para
estudantes.
Alm
disso,
estudantes
estrangeiros
tem
procurado
seu
ateli
para
residncias,
atividade
que
ainda
no
foi
realizada.
Forma
de
produo/criao
coletiva
individual
das
peas
X
obs.
Parte
de
sua
produo
individual
acompanhada
por
alunos,
por
exemplo,
algumas
queimas.
Isso
provoca
interferncias
em
seu
trabalho.
Quantidade
de
pessoas
que
nascidos
nascidos
trabalham
no
ateli
em
Cunha
e
em
outros
regio
locais
2
obs.
Uma
pessoa
fixa
e
auxilia
com
tarefas
do
ateli.
O
outro
ex-aluno
do
ICCC
e
trabalha
apenas
quando
h
grandes
encomendas
(auxlio
no
torno).
A
ceramista
pensa
que
as
vezes
precisa
de
um
oleiro.
Como
so
divididas
as
tarefas/
A
ceramista
desempenha
quase
todas
as
funes,
sua
funcionria
auxilia
em
pequenos
trabalhos
no
ateli,
como
lixar
as
peas,
queimar
biscoito,
etc.
quem
desempenha
cada
funo
126
Caractersticas
de
trabalho
(tcnicas)
Projeto
da
pea
desenho
2D
modelo
3D
outros
X
X
obs.
Faz
desenhos
para
esculturas
e
placas,
e
modelos
para
peas
de
repetio.
Os
modelos
podem
ser
peas
antigas
que
sero
novamente
repetidas.
Tipo
de
argila
comercial
preparada
pelo
ceramista
X
X
obs.
Utiliza
70%
da
sua
argila,
que
busca
na
nascente
em
seu
stio;
e
30%
da
argila
que
compra
do
Le
(tambm
ceramista
de
Cunha)
para
queimas
de
Buraco.
Tcnica
de
modelagem
placas
torno
molde
de
mista
outros
modelagem
manual
gesso
X
X
X
X
obs.
A
tcnica
mista
de
torno
com
escultura.
Acabamentos
engobe
underglaze9
esmalte
outros
X
X
X
obs.
Utiliza
tambm
terra
sigillata
e
liner-glaze.
Terra
sigillata
uma
espcie
de
engobe
fino
que
ela
utiliza
nas
peas
de
queima
de
Buraco;
e
liner-glaze
uma
espcie
de
engobe
vitroso
que
ela
usa
nas
peas
de
queima
de
Sal.
Os
esmaltes
so
preparados
pela
ceramista,
que
trabalha
com
cinzas
em
sua
composio.
Tipo
de
forno
forno
a
forno
a
gs
forno
raku
fogueira
buraco
outros
queima
noborigama
lenha
eltrico
X
X
X
X
X
X
X
obs.
Faz
tambm
queima
de
sal
a
gs
e
queima
de
sal
a
lenha.
J
fez
queima
em
forno
eltrico.
Queima
em
forno
Noborigama
somente
no
ICCC.
As
queimas
de
biscoito
so
feitas
no
forno
a
lenha.
Quantidade
1
2
mais
de
2
de
Queimas
X
X
obs.
Mais
de
2
queimas,
por
exemplo
no
caso
de
peas
de
2a
queima
em
Buraco
e
3a
queima
em
raku.
Temperatura
baixa
mdia
alta
127
PARTE II
de queima
1280 /1300 C
(esmalte
queima
de
Sal)
obs.
Buraco:
800oC;
Raku:
1000oC.
Observaes
Dentro
de
cada
tcnica,
tem
buscado
formas
particulares
de
queimas,
o
que
d
a
ela
caractersticas
particulares
de
trabalho.
sobre
a
tcnica
Tipo
de
pea
produzida
cermica
cermica
esculturas
trabalhos
outros
funcional
decorativa
para
(utilitrios)
exposio/
galerias
X
X
X
X
obs.
Faz
esculturas
e
trabalhos
para
exposio/galerias
com
menor
frequncia.
Inteno
de
trabalho
Pensa
que
a
cermica
para
todos
(ligado
a
sua
forma
socialista
de
pensar).
Tem
a
inteno
(pensamento
instigador)
de
fazer
peas
que
possam
estar
na
mesa
de
todas
as
pessoas.
Seguindo
este
pensamento,
produz
peas
de
diferentes
tipos
e
coloca
os
preos
de
maneira
a
possibilitar
a
aquisio
de
suas
peas
por
todas
as
pessoas.
Como
o(s)
ceramista(s)
se
ceramista
arteso
artista
outros
considera(m)
X
obs.
No
se
considera
artes,
pois
diz
que
no
est
inscrita
em
uma
cultura
que
repete
um
modelo;
e
tambm
no
se
considera
artista,
mas
considera
sua
cermica
artstica.
Diz
ser
uma
poteira.
Perfil
dos
clientes/
residentes
turistas
hotis/
lojistas
outros
expectadores/
futuros
em
Cunha
restaurantes
usurios
das
peas
X
X
X
obs.
O
nmero
de
clientes
residentes
de
Cunha
(pessoas
mais
simples)
vem
aumentando,
a
ceramista
reflete
ento
que
possui
peas
acessveis
para
eles.
Consideraes
sobre
a
sua
Ela
tem
foco
nos
estudos
e
na
transmisso
de
seus
conhecimentos;
alm
de
ter
paixo
pela
trajetria
como
ceramista
cermica.
128
980 C
(biscoito)
129
CAP. IV: ESTUDO DE CASO: CERMICA EM CUNHA
PARTE II
131
PARTE II
Figura 168: Diversas tcnicas nas peas de Flvia Santoro: pratos feitos de placas de
argila (ao fundo), vasos e bules torneados no torno eltrico (ao meio) e alas dos bules
feitas na modelagem manual (ao meio).
132
Figuras 169-171: Diversos tipos de queimas no Atelier de Flvia Santoro: forno a gs (Salamandra - 169), forno de Raku ( esq. - 170), forno a lenha (Drago da
Montanha - 170), buraco (tampado - 171) para queima de buraco.
133
PARTE II
135
PARTE II
137
PARTE II
138
139
PARTE II
N
IGREJA
MATRIZ
PARQUE CULTURAL DA
CERMICA DE CUNHA
PARQUE
LAVAPS
PRAA JOS
JORGE BOUERI
ESCOLA ICCC
GINSIO
RODOVIRIA
140
Figura 184: Implantao do Projeto no Contexto da Cidade - esc. 1:2000. Autoria de Daniela Barros.
10
20
Figura 185: Corte transversal (Escola) - esc. grfica. Autoria de Daniela Barros.
Figura 186: Corte longitudinal (Escola e Bloco cultural)- esc. grfica. Autoria de Daniela Barros.
141
PARTE II
142
143
***
PARTE II
NOTAS
1999:109)
11
144
145
CAP. IV: ESTUDO DE CASO: CERMICA EM CUNHA
CONSIDERAES FINAIS
146
NOTA:
Traduo nossa: The last thing in the world those people would
think is that they were artists or craftsmen. They were people doing
work as well as they knew how and getting as much satisfaction as
a man could.
147
1
REFERNCIAS
LISTA DE ILUSTRAES
LINHAS DO TEMPO
Linha do Tempo 1: Referencial terico. Autoria de Daniela Barros.
(Imagens - disponvel em: <http://www.barnesandnoble.com/w/
principles-of-art-robin-george-collingwood/1100465039?e
an=9781614275602>; <http://www.voulkos.com/biography/biblio.
html>; <http://www.amazon.com/The-potters-challenge-BernardLeach/dp/087690150X>;
<http://www.amazon.com/CeramicsPhilip-Rawson/dp/0812211561>; <http://www.amazon.com/WomenPotters-Transforming-Moira-Vincentelli/dp/0813533813>;
<http://
www.amazon.com/Women-Ceramics-Gendered-Vessels-Studies/dp/
images/0719038405>; <http://www.amazon.com/Objects-MeaningNew-Perspectives-Craft/dp/0810857014>; <https://sebodomessias.
com.br/imagens/produtos/46/468242_575.jpg>;
<http://www.
americanas.com.br/produto/6761133/livro-noivas-da-seca>; <http://
thinkingthroughthings.blogspot.com.br/2011/01/howard-risattitaxonomy-of-craft-based.html>;
<http://www.quemel.blog.
br/2013/06/o-artifice-a-alianca-entre-produzir-e-pensar/>;
SILVA,
2011: 26).
150
causesofworldwar2.jpg>;
<http://www.bc.edu/schools/cas/
finearts/>; <http://wikiclay.com/wiki/peter-voulkos; <http://www.
textile-art-revue.fr/artistes/gyongy-laky/>).
Linha do Tempo 3: Contexto da cermica em Cunha. Autoria
de Daniela Barros com base em SILVA, 2011 e UKESEKI, 2005.
(Imagens - disponvel em: <http://www.mecc.art.br/benedita/
img_grandes/5.png>; SILVA, 2011: 45; <http://www.mecc.art.br/
mieko/detalhe_peca.php?id=5>;
<https://sebodomessias.com.br/
imagens/produtos/46/468242_575.jpg>;
<http://cunha-ceramica.
fineartamerica.com>;
<http://www.icccunha.org/logoindex.jpg>;
<http://www.mecc.art.br>; <https://www.facebook.com/photo.php
?fbid=10204219113465768&set=gm.731258806944852&type=1&thea
ter; <https://www.facebook.com/ICCCUNHA/photos_stream>).
TABELAS
Tabela 1: Classificao de categorias do Artesanato. Autoria de
Daniela Barros com base em RISATTI, 2007: pg. 30-33.
Tabela 2: Categorias para a Cermica, processos e peas de Martina
Lantin. Autoria de Daniela Barros com base em RISATTI, 2007: pg.
30-33. (Imagens - fotos da autora e disponvel em: <http://www.
mlceramics.com/portfolio-current.php>.)
GRFICOS
Grfico 1: Relao entre ceramistas contemporneos brasileiros
homens e mulheres. Autoria de Daniela Barros com base em <http://
ceramicacontemporaneabrasileira.blogspot.com.br>.
Grfico 2: Relao de ceramistas contemporneos brasileiros por
estado e gnero. Autoria de Daniela Barros com base em <http://
ceramicacontemporaneabrasileira.blogspot.com.br>.
FIGURAS
www.metmuseum.org/toah/works-of-art/1992.165.21>.
CAPTULO 1
em:
<http://www.
LISTA DE ILUSTRAES
Figura 46: Pote com tampa, Bernard Leach - 1930-9. Disponvel em:
<http://www.tate.org.uk/art/artworks/leach-lidded-pot-t12062>.
Figura 47: Croquis de projetos de peas de cermica: tigelas
empilhadas, bule de ch, grande pote com alas, xcara com ala,
tigela com alas, pote com tampa, vaso com pratinho, moringa com
copo. Autoria de Daniela Barros.
Figura 55: Cestinhas - vale observar suas alas e cores e pensar que a
nharts/artsandartists/images/maryscheier.jpg>.
Figura 67: Nesta Nala. Disponvel em: <http://www.ceramicstoday.
com/potw/images/nala_portrait.jpg>.
Figura 68: Julian Martinez e Maria Martinez. Disponvel em:
<http://santafeselection.com/blog/wp-content/uploads/2013/04/
JulianAndMariaMartinez.jpg>.
Figura 69: Marlene Munchie Roden. Disponvel em: <http://www.
amazon.com/Women-Potters-Transforming-Moira-Vincentelli/
dp/0813533813/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1400970599&
sr=1-1&keywords=women+potter>.
Figura 70: Dagmar Muniz. Disponvel em: <http://trilhaeecologia.
atarde.uol.com.br/wp-content/uploads/2011/03/ROD3382-2.jpg>.
Figura 71: Queima comunitria Paneleiras. Foto de Daniela Barros.
Figura 72: Bonecas de cermica do Vale do Jequitinhonha.
Disponvel em: <http://www.ufsj.edu.br/noticias_ler.php?codigo_
noticia=2048>.
CAPTULO 3
CAPTULO 4
153
LISTA DE ILUSTRAES
154
LISTA DE ILUSTRAES
Barros.
Figura 149: Peas de Jos Carvalho. Foto Daniela Barros.
Figuras 150-152: Atelier Gallery Tokai: espao de trabalho e
showroom. Fotos Daniela Barros.
Figura 153: Ceramistas Marcelo Tokai e Luciane Sakurada. Foto
Daniela Barros.
Figuras 154-155: Peas de Marcelo Tokai e Luciane Sakurada. Fotos
Daniela Barros.
Figuras 156-158: Atelier Flvia Santoro: espao de trabalho de Flvia,
showroom e ateli e alojamentos para estudantes no Stio Samadhi.
Fotos Daniela Barros.
Figura 159: Ceramista Flvia Santoro. Foto Daniela Barros.
Figura 160: Peas de Flvia Santoro (alta temperatura). Foto Daniela
Barros.
Figura 161: Peas de Flvia Santoro (raku). Foto Daniela Barros.
Figura 162: Cabeas de Alberto Cidraes. Foto Daniela Barros.
Figura 163: Vaso/escultura de Mieko Ukeseki. Foto Daniela Barros.
Figura 164: Utilitrios de Suenaga e Jardineiro. Foto Daniela Barros.
Figura 165: Vaso de Jos Carvalho. Foto Daniela Barros.
Figura 166: Peas/esculturas e caixa de Marcelo Tokai e Luciane
Sakurada. Foto Daniela Barros.
Figura 167: Peas decorativas de raku e buraco de Flvia Santoro.
Foto Daniela Barros.
156
Daniela Barros.
Figura 186: Corte longitudinal (Escola e Bloco cultural)- esc. grfica.
Autoria de Daniela Barros.
Figura 187: Perspectiva Sudoeste (acessos principais). Autoria de
Daniela Barros.
157
GLOSSRIO
NOTA:
Todo o glossrio est referenciado em PENIDO; COSTA, 1999: 103112.
1
ANEXOS
159