Maria Augusta Carneiro Ribeiro - Guta

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Maria Augusta Carneiro 

Ribeiro ­ Guta
Única mulher presente entre os 13 presos políticos do Movimento Revolucionário 8 de Outubro –  
MR­8   0­   que   foram   trocados   por   Charles   Elbrick,   embaixador   dos   EUA   na   América   Latina,  
seqüestrado em 1969 pelo grupo. A ação do sequestro foi comandada pelo operário da indústria  
química Virgílio Gomes da Silva e pelo ex­membro da Direção do Partido Comunista Brasileiro,  
Joaquim Câmara Ferreira. Virgílio e Câmara Ferreira foram mortos na tortura logo após serem  
presos. Durante o episódio do seqüestro, a ex­guerrilheira teve seus dentes quebrados a murros por  
um torturador. 
Nascida   em   1947,   desde   2003,   trabalhava   como   ouvidora   e   coordenadora   da   Comissão   de  
Diversidade   da   Petrobras.   Foi   a   fundadora   do   PT   no   Rio   de   Janeiro.   Durante   o   governo   de  
Benedita   da   Silva,   foi   diretora  da  fundação  Santa   Cabrini,   ligada  à   recuperação   de   detentos. 
Apesar de seu envolvimento com a política nacional, nunca foi candidata, preferiu atuar como  
sindicalista e defensora das classes trabalhadoras. 
O episódio com o embaixador americano não foi a única vez em que ela foi presa. Em 1968, em  
plena ditadura militar, quando era estudante de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro,  
Guta foi detida durante uma reunião clandestina da União Nacional dos Estudantes (UNE) em  
Ibiúna, interior de São Paulo. 
Faleceu em  15 de maio, na cidade do Rio de Janeiro, militante de movimentos sociais e defensora  
dos Direitos Humanos visitava delegacias e penitenciárias, denunciando   violações dos Direitos  
Humanos e contra  a criminalização dos movimentos que lutam por Reforma Agrária.  
Morreu,   quando   os   Direitos   Humanos   pressionam   para   a   liberação   dos   arquivos   das   Forças  
Armadas e punição dos Torturadores, além do momopolio na Comunicação. Uma imprensa na sua 
maioria golpista, que envenena com mentiras a Nação Brasileira, a América Latina, Ásia e África.
Entretanto,   se   viva   estivesse   estaria   indignada   com   a   Anistia,   dada   àqueles   mesmos   que   a 
espancaram  e matou quase todos os companheiros. 

SEAN 
Maltratada pelo marido nos EUA, e cansada de trabalhar para sustentá­lo,  sua irmã, Bruna Bianchi 
Carneiro Ribeiro, volta para o Brasil,  que infelizmente não viveu muito, vindo a falecer, segundo 
dizem, de problemas no parto. Guta usa de seus  conhecimentos para impedir que seu sobrinho­neto 
seja levado. No entanto, num acidente de carro (mal explicado) Guta adquire complicações, e morre 
em   15   de   Maio   de   2009,   com   multipla   falência   dos     orgãos.   (   a   esse   'caso'   de   Guta,   fiquei 
imaginando   QUANTAS   pessoas   reconhecidas   nacional   e   internacionalmente     morrem   devido   a 
'batidas' e atropelos, como Senna, Lady DY, ou como Clara e até Agostino Neto, por uma operação 
de vesícula...)
O pai de Sean, pobre, e o governo dos EUA, como uma forma de vingança contra Guta, eleva uma 
chantagem contra nós,   para que a criança seja entregue ao pai: embargou projetos do Brasil já 
aprovado pela Câmara de lá – para isenção de taxas para exportações Brasileiras. No recesso do 
STF, Gilmar mendes   decidiu que devolver o garoto a David Goldman, o pai de Sean, que embolsou 
U$ 150 mil para não processar a familia de Bruna. Sean se foi, para longe da real familia e  de sua 
irmã.
Um monte de pessoas – que duvido serem Brasileiras, estavam fazendo côro ao 'devolvam Sean', 
como  se ele  também não fosse Brasileiro, como se sua   familia não fosse. Estranhamente  esse 
'lobby' para mandar de volta o Sean. Eu acredito que tomar Sean foi uma vingancinha especial dos 
EUA por conta de Elbrick, para afrontar a familia de Guta e o presidente Lula – afinal, Guta, 
pertencia a uma das mais fortes guerrilhas!
Se ela estivesse viva, não tenho certeza que o garoto voltaria... talvez o Destino quisesse evitar­lhe 
esse desgosto. Entretanto, continuo sem entender, como é que uma mulher como ela, sobrevivente 
ao DOPS e a inimagináveis torturas foi sucumbir a um acidente de carro. Num Blog , encontrei uma 
explicação  maior:
“...Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Copa D' or informou que a socióloga  teria 
desmaiado ao volante e batido de carro em um muro a 300 metros de sua casa, em Búzios. Ela foi  
submetida a três cirurgias para retirar o baço e suturar o estômago e o fígado ainda em Búzios.  
Domingo, foi transferida para o Copa D' or de helicóptero em "estado muito grave e instável".
 E me pergunto:
– Onde estão as fotos do carro? Do muro da casa?
– Ela dirigia sózinha? Tomava alguma medicação?
–  Como foi o resgate? Quem chamou?
– Quem viu? Qual a hora?
– Onde estão as fotos de Guta no hospital?
– E fotos das despedidas?
Ela não era uma 'pessoa comum'...Esse acidente não passaria escondido da Imprensa. Passaria? E 
Por quê?
Caso muito estranho.
…............................................................................................................................................................
“Prevaleceram no Supremo Tribunal Federal (STF) os argumentos ditos ‘técnicos’ e nos EUA as  
pressões de uma mídia sensacionalista, assanhada pelo espetáculo e pela bandeira ‘Sean é nosso’.

“O  governo  americano sossegou, dona Hillary Clinton mandou dizer que está entusiasmada  e  


agora pode implementar sua política de boa­vizinhança. Nossos magistrados estão certos de que  
cumpriram os ritos, as leis e convenções e agora podem lavar as mãos. Sempre lavam as mãos.

“Ao longo da encarniçada batalha judicial em torno do seu destino ninguém procurou saber o que  
se passava na alma desta criança que em quatro anos sofreu uma incrível sucessão de traumas:  
perdeu a mãe jovem, vivia ameaçado de ser separado da irmã recém­nascida, dos avôs maternos e 
do pai adotivo que lhe ofereciam carinho…

“…Ninguém pode adivinhar o que significa exatamente uma transição não­traumática para uma  
criança já tão traumatizada e sobressaltada”. Alberto Dines
Referências

FOTO:em pé, Luís Travassos, José Dirceu, José Ibrahim, Onofre Pinto, Ricardo Vilas Boas, Maria Augusta 
Carneiro Ribeiro, Ricardo Zarattini e Rolando Frati; agachados, João Leonardo da Silva Rocha, Agonalto 
Pacheco, Vladimir Palmeira, Ivens Marchetti e Flávio Tavares. Gregório Bezerra juntou­se ao grupo em 
Recife e Mário Zanconato em Belém.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Revolucion%C3%A1rio_Oito_de_Outubro
http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3768323­EI306,00.html
http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=5951&Itemid=2

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