A Minha Vida É Um Barco Abandonado
A Minha Vida É Um Barco Abandonado
A Minha Vida É Um Barco Abandonado
I
1. Identifica os recursos expressivos presentes nos dois primeiros versos e explicita o
seu contributo para a construo de sentidos no poema.
1.1. Comenta o valor expressivo da interrogao.
1.2. Identifica aquilo de que o sujeito potico parece ter abdicado, referindo a lacuna
que detecta em si prprio.
2. Comenta o valor expressivo da caracterizao do corpo presente na 3. estrofe.
2.1. Explicita o contributo da forma verbal Boiando para o sentido da estrofe.
3. Identifica a figura de estilo que, na 4. estrofe, veicula a estagnao interior do
sujeito.
4. Demonstra que este poema exemplifica o efeito paralisante da auto-anlise
caracterstica da poesia de Fernando Pessoa ortnimo.
Apontamento
A minha alma partiu-se como um vaso vazio.
Caiu pela escada excessivamente abaixo.
Caiu das mos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaos do que havia loia no vaso.
Asneira? Impossvel? Sei l!
Tenho mais sensaes do que tinha quando me sentia eu.
Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.
Fiz barulho na queda como um vaso que se partia.
Os deuses que h debruam-se do parapeito da escada.
E fitam os cacos que a criada deles fez de mim.
No se zangam com ela.
So tolerantes com ela.
O que era um vaso vazio?
Olham os cacos absurdamente conscientes,
Mas conscientes de si-mesmos, no conscientes deles.
Olham e sorriem.
Sorriem tolerantes criada involuntria.
Alastra a grande escadaria atapetada de estrelas.
Um caco brilha, virado do exterior lustroso, entre os astros.
A minha obra? A minha alma principal? A minha vida?
Um caco.
lvaro de Campos, 1929
I
1. Encontra uma razo plausvel para a comparao presente no verso inicial.
2. O poeta sente-se mais completo agora que est em cacos. Posiciona-te criticamente
em
relao
afirmao
anterior.
3. Procura explicar a benevolncia dos deuses face ao descuido da criada.
4. Demonstra que os cacos so um smbolo da fragmentao que o sujeito potico
sente.
5. Como explicas a ateno dada pelos deuses ao caco que brilha do exterior lustroso,
entre
os
astros.
6.
Analisa
a
linguagem
7. Comenta o ttulo do poema.
estilo
do
poema.
I
Ricardo Reis defende o prazer e a busca da calma ou a sua iluso, para viver feliz.
1.1. Explique o sentido do verso "Ama as tuas rosas" (v. 3), tendo em conta os
conselhos dados na primeira estrofe.
1.2. Comente a construo dos primeiros trs versos, atendendo s formas verbais e
I
1. Explicite as caractersticas do "eu" reveladas na primeira estrofe do poema.
I
1. Divide o texto em duas partes lgicas, referindo o assunto de cada uma delas.
2. Refere as especificidades da aldeia, justificando com expresses textuais.
3. o que quer dizer o poeta nos versos 3 e 4? Apresenta a tua interpretao.
4. Caracteriza a cidade, de acordo com o olhar do poeta.
5. Identifica dois recursos de estilo presentes na ltima estrofe.
5.1.Comenta a sua expressividade.