Stewart Hoover - Estabelecendo Estudo Midia Religiao
Stewart Hoover - Estabelecendo Estudo Midia Religiao
Stewart Hoover - Estabelecendo Estudo Midia Religiao
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urbano) deram-se na sua mediao nas novas formas de mdia (livros, panfletos, folhetos) que tornaram
estes movimentos possveis. E, claro, isto no diz respeito somente s mdias, mas tambm forma como
essas mdias se tornaram possveis e lgicas (de algumas formas unicamente americanas) pelas formas de
religio que enfatizaram o individualismo, a autonomia e a escolha, e o jeito como estas sensibilidades
criaram mercados inteiramente novos para a mediao religiosa.
Na medida em que h um estudo emergente sobre a interseo entre mdia e religio hoje, ele resultado
de vrias foras. Primeiro, a evidncia da persistncia da religio e sua crescente importncia nas questes
nacionais e globais. Segundo, o surgimento de novas geraes de acadmicos mais jovens para quem as
velhas ideias infundidas sobre secularizao no fazem mais sentido. Terceiro, o trabalho de um grupo de
colegas mais velhos, eu mesmo includo, que tem se comprometido a desenvolver esta nova direo. Este
ltimo grupo formado a partir de uma variedade de campos que se encontraram, em meados dos anos
90, convergindo nestas questes. Estes campos incluem antropologia, onde a pesquisa de campo foi
descrevendo formas religiosas emergentes e desenvolvidas enraizadas na sua localizao e na tradio,
mas cada vez mais moduladas por mdias contemporneas; cultura esttica e visual, que estava repensando
hierarquias tradicionais de valor esttico, abrindo para a considerao da prtica popular visual e sua
gerao de significados e associaes religiosas; estudos da religio, no qual alguns estudiosos estavam
abandonando os paradigmas formalistas e essencialistas do "religioso" em busca de estudos de prtica
vivida; e os estudos de mdia e cultura de massa que estava passando por uma "virada culturalista" fora dos
paradigmas instrumentalistas de mediao em busca de estudos e interpretaes dos significados culturais
das prticas de mdia.
O desenvolvimento de um discurso acadmico em mdia e religio permanece um trabalho em
desenvolvimento. Literaturas no campo continuam esparsas e atenuadas quando vistas luz do curso do
desenvolvimento histrico no sculo XX, sobre o qual se poderia esperar responder. Estas literaturas
tambm continuam incompletas na compreenso e na construo de teoria sobre os contextos
transnacionais e transculturais destes desenvolvimentos. Enquanto o fascinante trabalho antropolgico
comparativo reorienta substancialmente estas questes que levantamos, muito fica por ser feito para
explicar as formas complexas e sobrepostas com as quais o local, o regional e o global interagem nestas
mediaes. Frequentemente, vises transnacionais permanecem apenas comparativas. O fato das mdias,
no entanto, torna isto incompleto. As mdias no so instrumentos hermticos que operam
independentemente em cada contexto, elas so um complexo interconectado de tecnologia, economia e
prtica. Elas fazem com o que o que feito num contexto seja imediatamente visvel em outro. Elas
permitem, at mesmo encorajam, fluxos transnacionais de identidade, significado e influncia. Elas
apresentam e reforam convenes de gnero e prtica que se tornam decisivas. Elas so inventrios de
possibilidade multivalentes e complexos, das mdias eletrnicas sofisticadas por um lado, mdia
"tradicional", simples, artesanal, de outro. E, na era digital elas operam em um amplo contexto onde
qualquer destas formas de mediao pode existir junto a outra.
Tudo isto demanda um estudo crtico que possa desfazer vises recebidas e tidas como verdadeiras. Vimos
durante um longo tempo que formas de tradicionais de pensar sobre mdia e comunicao como "causas"
instrumentais uma incompreenso da histria. E ainda, com cada nova mdia, o discurso parece cair
novamente numa assuno fcil de que a questo central o que a mdia "causa" acontecer. Debates
dessas mdias no Ir, no Egito, na Tunsia e em todo o Oriente Mdio, notaram tanto as extenses quanto
os limites desses efeitos e influncias. Essas mdias no "causaram" estes eventos, mas elas os tornaram
eventos muito diferentes do que seriam numa era das mdias diferente. A fora global emergente do
neopentecostalismo no pode ser dita como "causada" pelo seu uso das mdias modernas, mas ele no
seria a fora que e no teria os potenciais que tem sem as mdias modernas.
Bases tericas neste estudo
Os campos dos estudos da religio e da sociologia da religio j foram, por longo tempo, repensados e
reorientados, deixando para trs a teorizao essencialista, funcionalista e, estruturalista em direo a uma
viso mais sutil e matizada que o que importante na religio o que produzido pela prtica, no o que
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pretendido por tradies e instituies. Mas o novo sculo tambm um tempo cada vez mais definido
pelas implicaes culturais e sociais das mudanas na comunicao, a mdia, e as culturas digitais
emergentes. Estudos sobre a interseo entre mdia e religio surgiram tambm e comearam a adquirir o
seu prprio campo na segunda dcada do sculo.
Estes estudos em mdia e religio comearam por se dedicar s perguntas mais bvias do que acontece
quando a mdia aborda ou cobre a religio, como no jornalismo sobre religio ou em esteretipos da
religio no contedo da mdia de entretenimento. Tambm analisaram o que acontece quando a religio
usa a mdia, como no televangelismo ou as produes de mdia de vrias organizaes religiosas.
Com o tempo, porm, e em maior medida desde 2001, tornou-se claro que uma terceira forma de olhar
para as relaes entre mdia e religio agora muito mais apropriada. Ela diz respeito ao reconhecimento
de que a esfera miditica, com a sua gama de produtos, prticas, recursos, capacidades e concesses, est
cada vez mais a produzir religio, a produzir novos significados e sensibilidades religiosos, e pode ser um
contexto que cada vez mais determinante do que o se pensa da religio e do pensamento possvel da
forma das religies, das espiritualidades, e da gama de coisas que podem ocupar os espaos vividos antes
ocupados pelas religies e espiritualidades. J no suficiente apenas olhar para o que as religies - como
tradicionalmente concebido - pensam ou fazer em relao a uma esfera de mdia separada. Em vez disso, o
que precisamos agora de reconhecer que essa esfera da mdia , ela prpria, um lugar onde os domnios da
"religio" e da "mdia", uma vez separados, agora se encontram e no qual novos sentidos, smbolos,
prticas e significados da religio e do religioso" so constitudos e gerados.
Houve um debate vibrante nos ltimos anos sobre as formas como esta situao deve ser concebida ou
teorizada. Uma abordagem tem sido a de sugerir que o que est acontecendo uma "midiatizao da
religio" (Clark, 2007; Hjarvard, 2008; Lundby, 2009). Esta abordagem assume que em aspectos
importantes mdia e religio ainda tm de ser pensadas como separadas, e que as implicaes importantes
para a religio esto em como as indstrias e as instituies da esfera miditica alteram as condies em
que ela deve agora funcionar. A contribuio fundamental aqui a compreenso de que as condies
estruturais das indstrias de mdia mudaram as coisas para a religio de formas muito fundamentais.
Esta abordagem vai de encontro a um desafio conceitual de um segundo ponto de vista, que argumenta
que o que devemos focar o fato de que todas as religies so, de fundamentalmente, "mediadas", e que
devemos entender como e de que forma os meios modernos e tecnolgicos de comunicao, e sua
inscrio na e atribuio do sentido pleno da "modernidade", expressa a religio hoje (Meyer & Mouros,
2006; Horsfield, no prelo). Este ponto de vista sustenta que a questo est na evoluo dos meios e dos
contextos de mediao e circulao de significados religiosos. Quer dizer: uma vez que as religies possam
ter sido mediadas atravs de meios que eram elementos de sua "solidariedade mecnica" (para usar o
termo de Durkheim) ou foram integradas na urdidura e na trama de Gemeinschaft (para citar Tnnies), elas
so hoje mediadas de diferentes formas e por diferentes meios, incluindo os meios que ns pensamos
como "modernos". A integrao e estratificao destes diversos meios o ponto, e deve ser visto mais em
termos de suas continuidades com o passado do que com suas rupturas no presente.
Uma terceira viso se concentra no que produzido na forma de religies e espiritualidades, ou mesmo dos
sentidos emergentes de sacralidade e as prticas sociais moduladas com maior ou superior propsito,
incluindo rituais seculares contemporneos de sentido, e como tudo isso muda os termos do que
considerado como importante e centralmente significativo (Couldry, 2003; Lynch, 2012; Krotz, 2009; Hepp,
2012, ver tambm Herbert, 2003). Esta perspectiva est menos preocupada com o que acontece com a
"religio" do que com os significados e funes e prticas que possam ter sido, em algum momento,
"religiosos", mas hoje so mais disseminados na cultura e expressos em formas e em contextos onde as
qualidades de f e transcendncia so menos importantes do que os rituais materiais e sociais de sentido e
valor.
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Uma quarta viso centra a questo em como a esfera miditica , em si, geradora de significados,
concesses, possibilidades e aes religiosos. Uma articulao disto tem sugerido que os meios digitais, em
particular, tm alargado as capacidades da esfera miditica, de tal forma resultam num "terceiro espao"
elstico e produtor ou numa variedade de "terceiros espaos" da religio digital (Hoover & Echchaibi, 2012,
mas ver tambm Campbell, 2012; Helland, 2012; Hutchings, 2013, Wagner, 2012; Clark, 2007). Por
"terceiros espaos," Hoover e Echchaibi tiveram a inteno de apontar para uma concesso da mdia digital
e social: de que estas prticas introduzem seus praticantes em novas subjetividades, o que implica que o
digital proporciona dimenses de gerao e interatividade que so novos e originais em seus prprios
termos.
As mdias digitais, de fato, introduziram algo de novo e diferente, e so cada vez mais determinantes da
prtica, mesmo entre as "medias antigas" (Hoover & Echchaibi, 2012). Entre as mudanas conceituais mais
sugestivas e intrigantes em relao aos espaos produzidos pela mdia digital est pensar esses espaos
antropologicamente: em termos de quais geografias conceituais e fsicas elas implicam e que tipos de
significados culturais e estratgias elas invocam. Isto abriu um amplo campo conceitual que se refere a um
importante trabalho de gnero, etnia e identidade nacional, significados e prticas gerados de forma
estratificada, e teoria ps-colonial.
O que vemos nestas bases tericas que hoje os significados resultam de interaes entre tradies,
smbolos recebidos, novas articulaes daquelas tradies e smbolos, e as aes prticas dos indivduos
como eles agem como audincias e como produtores e re-mediadores de significados e smbolos e
tradies. Acima de tudo, a idade mdia tem dado poder s audincias, ou pelo menos tem investido a
prtica da audincia de uma reivindicao por autonomia e emancipao, e que mudou radicalmente as
bases com as quais os significados religiosos e espirituais e os smbolos so agora articulados e circulados.
Estas so prticas de construo, e no apenas de recepo.
O que sabemos que as coisas mudaram muito, mas que elas tambm permanecem as mesmas. As
religies sempre foram mediadas. Elas sempre dependeram de sistemas de comunicao para confirmar e
transmitir crena. Elas sempre dependeram de sistemas de comunicao para confirmar e convencionar a
crena. Elas sempre dependeram de smbolos e de processos em que os sinais eram confirmados e
convencionados como smbolos dentro de contextos especficos e sistemas de significado. E, sempre houve
mudana nos meios de comunicao e, portanto, na mdia atravs da qual o religioso trabalha. Sempre
houve muitas eras de nova mdia e de "mudana da mdia." Sempre houve variedades de "idades mdia"
em relao aos novos meios de comunicao. A revoluo de Gutenberg foi grande e memorvel,
certamente. Assim foi o surgimento de comunicao de massa industrializada (a imprensa de massa) no
sculo XIX. As diferenas tm sido, talvez, no ritmo e na escala de mudana e na velocidade e ubiquidade
da mdia emergente. As mudanas aqui consideradas so, talvez, mudanas em escala tanto quanto so
mudanas de tipo.
Pode ser que o que tenha mudado, ento, a escala e o ritmo e a ubiquidade mais do que a dinmica
fundamental. A vida moderna, e, particularmente, sua mdia, tm cada vez mais dado poder a indivduos e
grupos e audincias. Particularmente na mdia digital emergente, a autonomia e as aes das audincias e
de suas prticas de recepo, circulao e re-mediao que esto no centro. H uma boa razo para
descrever as coisas como uma combinao de aumento da velocidade, ritmo, ubiquidade, e ao individual
e participao ao aceitar que as aspiraes fundamentais e motivaes das autoridades - e dos pblicos no mudaram. No entanto, isso no significa que o ritmo e a escala e a ubiquidade e a participao no
esto levando a condies inteiramente novas para instituies, as estruturas e as autoridades. De fato,
parece que esto, e que essas novas condies esto levando a grandes efeitos naqueles reinos da
estrutura e da prtica que usamos para pensar a religio.
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