História Do Pensamento Jurídico
História Do Pensamento Jurídico
História Do Pensamento Jurídico
direitos naturais
a lei a expresso da razo humana viragem para o positivismo legalista (o
costume a contrario, incerto e comprometido com o passado)
afasta-se a opinio communis doctorum, a doutrina prevalecente, por se achar que o
provvel no bastava porque com a razo obtinha-se a verdade
o direito romano selecionado pela razo: direito do usus modernus pandectarum
autores de referncia: Rousseau (O Contrato social), Montesquieu (O Esprito das
Leis), Voltaire
vertentes:
humanitarismo jurdico a marca iluminista no direito penal, Beccaria
representante por excelncia, a explicao religiosa da pena como expiao
substituda pelas ideias de necessidade e utilidade com expresso na
preveno de todos (preveno geral) e do prprio deliquente (preveno
especial).
Utilitarismo basta uma pena muito menor que o crime para castigar o
incumpridor: as penas atrozes so inteis porque so ineficazes.
EM DETALHE
O direito de punir
advm do pacto social, o homem cede os seus direitos naturais autoridade pblica
pela sua necessidade de agregao
o bem pblico justifica o direito de punir do soberano
Reserva, interpretao, integrao e obscuridade lei
reserva de lei em relao fixao dos delitos princpio da separao de poderes e
legitimidade do legislador representante da sociedade
leis no podem carecer de interpretao; a sua interpretao no recai sobre os juzes
(no so legisladores). Deve ser possvel construir um silogismo perfeito e se tal no
se verifica h subjetividade. Para Beccaria, no h lugar ao domnio subjetivo pois o
ru estar subjetivamente dependente, por exemplo, da m lgica de um juiz.
Daqui tambm se retira que no pode existir interpretao extensiva ou raciocnio
analgico por parte dos juzes
se a letra da lei fosse acessvel e no obscura, a proporo entre a quantidade de
pessoas que no compreende a lei penal e a quantidade de delitos diminuiria. Leis
devem ser poucas, claras, simples e acessveis
As penas: fim, suavidade e prontido
alm de determinadas por lei, pblicas e necessrias:
preventivas enquanto fim: preveno, impedir o culpado de voltar a causar danos aos
membros da sociedade com quem contratou viver em tranquilidade pblica
suaves: mais eficaz do que a tormenta de penas muito duras porque essas geram
ansiedade, desejo de escapar situao, aumentando a probabilidade de cometer
mais delitos nesse sentido
prontas: a prontido da pena essencial para que seja eficaz. Quanto mais rpida
ser mais justa e til; no justo deixar o ru atormentar com a espera e incerteza.
Deter o cidado at que seja considerado culpado por si uma pena por privao de
liberdade, deve ser o menos dura e morosa possvel.
A proporo entre delitos e penas
se no existir proporo entre os delitos e as penas, em que medida que um cidado
se sentir desincentivado a cometer um delito que, sendo mais gravoso para a
sociedade e dele retire maior vantagem, tem associada uma pena equivalente a um
delito menos gravoso para a nao?
A pena deve ser medida pelo sofrimento necessrio superior ao prazer da prtica do
crime. Tudo o mais injusto por razes bvias: excede o prprio delito cometido.
A medida dos delitos e penas
O que considerado delito determina o que considerado pena que lhe corresponde
Beccaria: nica medida dos delitos o dano causado nao e no a inteno de
quem comete o crime (depende de muitos fatores subjetivos) = no so crimes
condutas que no produzam o resultado de danificar o bem pblico
ex:
boas intenes danos sociedade / ms intenes benefcios sociedade
um quer matar e falha, outro quer matar e mata (as penas no so
equivalentes, o segundo causou maior perda sociedade)