Flannery O'Connor - Um Diário de Preces PDF
Flannery O'Connor - Um Diário de Preces PDF
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Georgia, em 1925.
Catlica devota, viveu a maior parte da sua vida
numa quinta em Milledgeville, onde fazia criao
de paves e escrevia.
Foi autora de dois romances, Sangue Sbio e
em
1971,
Um Dirio de Preces
15
1000-282 Lisboa
te!.: 218 474 450
fax: 218 470 775
[email protected]
www.relogiodagua.pt
(2013)
2014
www.relogiodagua.pt
ISBN 978-989-641-433-7
Composio e paginao: Relgio D' gua Editores
Impresso: Guide Artes Grficas, Lda..
Depsito Legal n.:
379445/14
Um Dirio de Preces
Prefcio de
Pedro Mexia
Traduo de
Paulo Faria
ndice
Prefcio: Preces Atendidas
Um
Dirio de Preces
Fac-Srnile
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Preces Atendidas
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Pedro Mexia
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Um Dirio de Preces
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Meu bom Deus, Splica. Eis o nico dos quatro em que sou
exmia. No necessria qualquer graa sobrenatural para pedir
mos o que desejamos, e eu pedi-Te sem freio, oh, Senhor. Creio
que est certo pedir-Te e pedir tambm nossa Me que Te pea,
mas no quero dar demasiada importncia a esta vertente das mi
nhas preces. Ajuda-me a pedir-Te, oh, Senhor, aquilo que me
lhor para mim, aquilo que posso ter e que, tendo, me ir ajudar a
servir-Te melhor.
Tenho andado a ler Kafka, e apercebo-me da dificuldade dele
em alcanar a graa. Mas parece-me que no tem de ser assim
para o catlico que possa comungar todos os dias. Monsenhor
disse hoje que era obra da razo, no da emoo - o amor a
Deus. A emoo serviria de auxlio. Dei-me conta, da ltima vez,
de que seria um auxlio egosta. Oh, meu bom Deus, a razo
muito rida. Creio que a minha tambm preguiosa. Mas quero
aproximar-me de Ti. No entanto, parece quase um pecado sugerir
sequer tal coisa. Talvez a comunho no proporcione a proximi
dade a que me refiro. A proximidade a que me refiro vir depois
da morte, talvez. aquilo que buscamos a custo, e, se eu a alcan
asse, ou estaria morta ou t-la-ia visto durante um breve segun
do, e a vida ser-me-ia insuportvel. Nada sei acerca disto, nem do
que quer que seja. Parece pueril da minha parte dizer uma coisa
to bvia.
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quero ter criado Deus minha prpria imagem, como tanto se diz
por a. Por favor, concede-me a graa necessria, oh, Senhor, e faz
que no seja to difcil de alcanar como Kafka d a entender.
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Meu bom Deus, em certa medida fui bem castigada pela minha
falta de caridade para com Mr. Rothburg*, no ano passado. Ele
hoje ripostou, fustigando-me que nem um vendaval, o que, embo
ra no me tenha magoado muito, me estragou a pose. Tudo isto a
propsito da caridade. Oh, Senhor, por favor, toma a minha men
te atenta a este respeito. Todos os dias fao muitos, muitos, dema
siados comentrios cruis acerca das pessoas. Fao-os porque me
do um ar espirituoso. Por favor, ajuda-me a compreender na
prtica como isto reles. Ainda nada tenho de que me possa or
gulhar. Sou estpida, to estpida como as pessoas que ridiculari
zo. Por favor, ajuda-me a deixar de ser assim egosta, porque Te
amo, meu bom Deus. No quero passar a vida a desculpar-me,
porm. Pouco valho. Por favor, ajuda-me a cumprir a Tua Palavra,
oh, Senhor.
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