Apostila Automacao
Apostila Automacao
Apostila Automacao
CONTROLE DISCRETO
Sumrio
Sistemas de controle ............................................................................ 7
1. Introduo................................................................................................................. 7
1.1 Teoria de Erros ................................................................................................... 7
2. Sistemas de Controle Industrial ................................................................................ 8
3. Sistemas de Controle em Malha Aberta e Malha Fechada....................................... 9
3.1 Malha aberta ....................................................................................................... 9
3.2 Malha fechada................................................................................................... 10
4. Transitrio e Indicadores de Performance .............................................................. 11
5. Tipos de Controladores Industriais: ........................................................................ 11
5.1 Controle ON-OFF ou LIGA-DESLIGA ou de histerese:..................................... 12
5.2 Controle Proporcional ou P: .............................................................................. 13
5.3 Controle Proporcional +Integral ou PI: .............................................................. 14
5.4 Controle Proporcional + Derivativo ou PD:........................................................ 15
5.5 Controle Proporcional + Integral + Derivativo ou PID:....................................... 16
5.6 Implementao dos Blocos PID ........................................................................ 20
6. Sistemas de Controle Digital................................................................................... 20
6.1 Conversor A/D................................................................................................... 21
6.2 Conversor D/A................................................................................................... 22
7. Dispositivos de Entrada (Sensores e Transdutores):.............................................. 23
7.1 Parmetros Fundamentais de Sensores: .......................................................... 24
7.2 Tipos de Sada de Sensores: ............................................................................ 26
8. Atuadores ............................................................................................................... 27
Controladores Lgicos Programveis (CLP) ............................................. 28
1. Introduo............................................................................................................... 28
2. Evoluo das aplicaes ........................................................................................ 29
3. Vantagens............................................................................................................... 30
4. Conceitos e aplicaes ........................................................................................... 30
5. Princpio de funcionamento .................................................................................... 32
5.1 Outros tipos de processamento ........................................................................ 33
5.1.1 Processamento por interrupo.................................................................. 33
5.1.2 Processamento comandado por tempo ...................................................... 34
5.1.3 Processamento por evento......................................................................... 34
6. Arquitetura .............................................................................................................. 34
6.1 Unidades de Entrada......................................................................................... 35
6.1.1 Unidade de entrada digital.......................................................................... 35
6.1.1.1 Entrada em corrente contnua.............................................................. 36
6.1.1.2 Entrada em corrente alternada............................................................. 36
6.1.2 Unidade de entrada analgica .................................................................... 37
6.1.2.1 Transdutores analgicos ...................................................................... 38
6.2 Unidades de Sada............................................................................................ 38
6.2.1 Unidade de Sada Digital: ........................................................................... 38
6.2.1.1 Atuadores Digitais ................................................................................ 39
6.2.1.2 Sada em corrente contnua ................................................................. 39
Professor Carlos Alexandre Pizzino
Apresentao
O objetivo deste trabalho foi reunir material sobre os principais assuntos
relacionados rea de automao e controle discreto, destinados aos alunos do curso
tcnico em eletrnica com nfase em automao e instrumentao e ao curso de
especializao em automao e instrumentao.
Este material pressupe que o leitor domina conhecimentos que devem ter sido
adquiridos em outras disciplinas.
A primeira parte do material desenvolve alguns conceitos sobre sistemas de
controle de maneira bem superficial para o conhecimento do aluno.
A segunda parte do material desenvolve os conceitos e os princpios de
funcionamento dos controladores lgicos programveis.
A terceira e quarta partes exploram a programao destes dispositivos tanto
utilizando lgica combinacional quanto a seqencial.
As redes industriais, supervisrios e os sistemas digitais de controle distribudo
so abordados logo aps em tpicos conceituais.
A ltima parte foi destinada parte prtica do curso, visando mostrar ao leitor os
conhecimentos bsicos para as prticas.
De modo geral, espero que este trabalho possa contribuir de alguma forma para o
enriquecimento do aluno no que tange ao conhecimento e aplicao dos principais
dispositivos utilizados na automao, alm claro de dar uma idia do estado da arte
em que se encontra tal segmento.
Contamos com a colaborao dos mestres e alunos no sentido de apontarem
eventuais erros neste material para que em verses futuras possamos corrigi-las e
dessa forma concorrer para o melhoramento desta pequena contribuio.
Sistemas de controle
1. Introduo
A necessidade de controlar um processo j bastante antiga. Nasceu desde o
momento em que o homem passou a manufaturar bens para suas necessidades. Da
manufatura saiu o conceito de se sistematizar os procedimentos envolvidos na
manufatura de um bem. Surge assim o conceito de processo de manufatura. Estes
procedimentos so ordenados e podem ser agrupadas em etapas ou fases.
A principal caracterstica do processo de manufatura que o homem era o
responsvel pelo controle e pela execuo de todos os procedimentos envolvidos no
processo. O problema era que a produtividade era baixa e a qualidade fortemente
dependente do ser humano. Com o surgimento da mquina vapor, comea a surgir a
idia de se usar mquinas para executar etapas do sistema produtivo. Entretanto as
primeiras mquinas a vapor no tinham elementos de controle automtico. Eram ainda
dependentes do homem para o controle de suas aes, mas j representavam um
avano em termos de fora e velocidade em relao ao ser humano.
Com inveno do regulador mecnico para a presso do vapor, feito por James
Watt, a mquina passou a ter um uso industrial importante, pois agora a presso do
vapor era regulada automaticamente por um dispositivo, podendo a mquina assim
efetuar um trabalho ou uma etapa de um processo. Surge o processo industrial em
substituio ao processo de manufatura, onde mquinas realizam parte do processo de
produo.
Entretanto, ainda no existia o controle automtico no processo, dado que toda
ao da mquina dependia da superviso e atuao do homem. A idia era fazer com
que a mquina ganhasse cada vez mais autonomia no processo de fabricao, tal qual
o ocorreu com o controle do vapor. Ou seja, buscava-se o controle de automtico de
processo. Mas o controle de processo usando meramente elementos mecnicos era
algo difcil de conseguir e o controle automtico de processo praticamente no avanou
muito at o sculo XX. Com o sculo XX, vieram a eletricidade e os controles eltricos e
eletrnicos, mais versteis e dinmicos que os controles mecnicos e assim a
automao de processos adquiriu a dimenso que este at os dias de hoje.
Figura 2 transdutor
Caractersticas bsicas:
aumenta a preciso do sistema
rejeita o efeito de perturbaes externas
melhora a dinmica do sistema e, eventualmente, estabilizar um sistema
naturalmente instvel em malha aberta.
diminui a sensibilidade do sistema a variaes dos parmetros do
processo, ou seja, tornar o sistema robusto
10
Controle ON-OFF;
Controle Proporcional ou P;
Controle Proporcional e Integral ou PI;
Controle Proporcional e Derivativo ou PD;
Controle Proporcional, Integral e Derivativo ou PID.
11
12
Figura 6
Figura 7
13
Figura 8
14
Figura 9
15
Figura 10
16
Figura 11
17
Figura 12
Figura 13
Na figura 14, vemos a simulao para vrios valore de ganho K. Vejam como a
resposta a sada muda significativamente. A ordem de K crescente, mas com valores
pequenos.
18
Figura 14
Agora para K de valores mais elevados, veja como o sistema vai ficando mais
oscilatrio. Valores de K altos levam o sistema a oscilar e tendem a torn-lo instvel. Por
isso, h limites para aumentar o ganho.
Figura 15
19
20
Figura 17
21
Figura 18
Este processo de comparao com pesos para obteno do valor digital de uma
amostra chamado de quantizao. Quanto mais pesos, ou seja, quanto mais bits tem
um conversor A/D, mais refinada fica a quantizao e mais fidedigno o processo de
converso. Outro parmetro muito importante tempo de converso, que o tempo
necessrio para converter a amostra num sinal digital. Como o intervalo entre uma
amostra e outra de TS segundos, o conversor deve ser mais rpido que isto. Do
contrrio j chega a sua entrada a prxima amostra e ocorre um erro na sada do
conversor Existem vrios tipos de conversores A/D no mercado, tem-se conversor de 8
bits , 10 bits, 12 bits, 16 bits e outros. Quanto mais bits, melhor a converso e mais
caro o equipamento. A velocidade de converso segue a mesma regra. Assim deve-se
sempre Ter um compromisso entre a qualidade e o custo.
Muitos microcontroladores j possuem conversores A/D internamente. Alguns
conversores tem mais de uma entrada, para que se possa amostrar mais de um sinal,
mas cada entrada amostrada uma de cada vez. Assim cada entrada chamada de
canal do conversor. Um conversor de 8 canais um conversor de oito entradas
analgicas.
22
Figura 19
23
Zona Cega: Regio dentro da distncia sensora, que o sensor, por questes
tecnolgicas ou de montagem, no consegue detectar o objeto. No se trata de uma
falha do sensor, mas sim de caracterstica do mesmo que deve ser levada em conta.
24
25
26
8. Atuadores
So os dispositivos que efetivamente realizam trabalho, atuando no meio fsico.
Podem ser contnuos ou discretos dependendo da forma de atuao. Basicamente os
principais atuadores em uso na automao so:
Eletrovlvulas e Cilindros;
Servomotores;
Motores de Passo;
Motores Lineares;
27
28
1976 a 1981 -
1981 a 1985 -
1985 a atual-
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3. Vantagens
Basicamente, um controlador programvel apresenta as seguintes caractersticas
e vantagens em relao aos sistemas convencionais so:
4. Conceitos e aplicaes
Controladores lgicos programveis so equipamentos eletrnicos normalmente
baseados em microprocessadores, que usam uma memria programvel para
armazenamento de instrues com funes de: lgica, sequenciamento, temporizao,
contagem, controle PID, intertravamentos, operaes aritmticas, etc., destinados a
comandar e monitorar mquinas ou processos industriais atravs de mdulos de
entradas/sadas analgicos ou digitais.
Um controlador programvel difere de equipamentos convencionais para
controles industriais pela programabilidade e pelo modo seqencial de execuo das
instrues. O software desenvolvido pelo fabricante, tambm caracteriza uma diferena
fundamental. Este software realiza funes de acesso ao hardware, diagnsticos,
comunicaes, histricos e determina o funcionamento do controlador em um modo de
30
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5. Princpio de funcionamento
Quando energizamos o controlador programvel as seguintes operaes so
executadas:
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Figura 27 Ciclo
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6. Arquitetura
O controlador lgico programvel composto normalmente de:
Unidades de entrada
Unidades de sada
Unidade de processamento
Unidade fonte de alimentao
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Conversor de freqncia
Vlvula proporcional
6.3.1 Memrias
O sistema de memria uma parte de vital importncia no processador de um
controlador programvel, pois armazena todas as instrues assim como o os dados
necessrios para execut-las.
A memria constituda pela memria do programa e pela memria de dados. A
memria do programa armazena o procedimento de controle do equipamento. Este
programa lido pelo CPU para sua execuo. O Hardware da memria composto por
RAMs e ROMs. A memria de dados responsvel pelo armazenamento dos
resultados do processamento da CPU, havendo uma intensa interao entre a CPU e
esta memria. Na memria de dados utiliza-se RAMs.
Existem diferentes tipos de sistemas de memria. A escolha de um determinado
tipo depende do tipo de informao armazenada e da forma como a informao ser
processada pela UCP.
As informaes armazenadas num sistema de memria so chamadas palavras
de memria, que so formadas sempre com o mesmo nmero de bits. A capacidade
de memria de um CLP definida em funo do nmero de palavras de memria
previstas para o sistema.
42
Figura 42
43
6.3.1.2 Estrutura
Independente dos tipos de memrias utilizadas, o mapa de memria, conforme a
figura 43, de um controlador programvel pode ser dividido em cinco reas principais:
Figura 43
44
45
Linguagens de Programao
1. Introduo
A funo de todas as linguagens de programao permitir ao usurio se
comunicar com o controlador programvel via um dispositivo de programao. Todas
elas conduzem ao sistema, ou seja, por instrues, um plano bsico de controle.
Na execuo de tarefas ou resoluo de problemas com dispositivos
microprocessados, necessria a utilizao de uma linguagem de programao,
atravs da qual o usurio se comunica com a mquina.
A linguagem de programao uma ferramenta necessria para gerar o
programa, que vai coordenar e sequenciar as operaes que o microprocessador deve
executar.
Existem as linguagens de baixo e de alto nvel:
Linguagem de Baixo Nvel
A linguagem de mquina a linguagem corrente de um microprocessador ou
microcontrolador, onde as instrues so escritas em cdigo binrio (bits 0 e 1). Para
minimizar as dificuldades de programao usando este cdigo, pode-se utilizar tambm
o cdigo hexadecimal.
Cada item do programa chama-se linha ou passo, representa uma instruo ou
dado a ser operacionalizado.
Na linguagem assembler o programa escrito com instrues abreviadas
chamadas mnemnicos.
Cada microprocessador ou microcontrolador possuem estruturas internas
diferentes, portanto seus conjuntos de registros e instrues tambm so diferentes.
Linguagem de Alto Nvel
uma linguagem prxima da linguagem corrente utilizada na comunicao de
pessoas. Quando um microcomputador utiliza uma linguagem de alto nvel, necessrio
a utilizao de compiladores e interpretadores para traduzirem este programa para a
linguagem de mquina.
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Pascal
C
Fortran
Cobol
47
Figura 46
AND
48
Figura 47
Figura 48
3. Programao em LADDER
Alguns CLPs, possibilitam a apresentao do programa do usurio em uma ou
mais formas. A lgica desenvolvida pelo CLP com os sinais de entrada para acionar as
suas sadas programvel. possvel desenvolver lgicas combinatrias, lgicas
seqenciais e tambm uma composio das duas, o que ocorre na maioria das vezes. O
CLP l as entradas de campo, analisa o programa aplicativo (LADDER DIAGRAM),
processa a Lgica, e habilita as sadas, fazendo isto ciclicamente (Tempo de varredura
ou Scan).
Como o CLP veio substituir elementos/componentes eletroeletrnicos de
acionamento, a linguagem utilizada na sua programao similar linguagem de
diagramas lgicos de acionamento, desenvolvidos por eletrotcnicos, tcnicos
eletricistas ou profissionais da rea de controle.
A maneira tradicional de se programar um CLP atravs do ladder, que a
transposio do diagrama lgico de rels para o CLP. O seu sucesso se deve ao fato de
que simblico, muito simples para ser interpretado, os engenheiros, projetistas,
Professor Carlos Alexandre Pizzino
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Figura 49
50
Figura 50
51
52
BLOCO PARALELO (FUNO OU), que pode ser representado, conforme figura
55:
Figura 55 Funo OR
53
diretamente
por flags
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55
56
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60
Figura 61
Figura 62
61
Exerccios
a) Faa a programao em Ladder (diagrama de contatos) do seguinte circuito lgico.
62
63
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2. Grafcet
O Grafcet tem suas origens na Frana, onde foi desenvolvido em meados dos
anos 70, por um grupo de pesquisadores e gerentes industriais envolvidos com sistemas
discretos de grande complexidade. Aps ser testado em companhias privadas francesas
e em sistemas educacionais, mostrou-se ser muito conveniente para a representao de
sistemas seqenciais. Em 1988, foi adotado pelo IEC (International Electrotechnical
Comission) conforme publicao 848, e regularizado pela norma francesa NF C03-190.
Mais tarde, construtores de PLC e produtores de software escolheram o Grafcet como a
linguagem de entrada para controle seqencial booleano propuseram implementaes
em computadores e controladores. Seu uso industrial vem se ampliando, bem como o
nmero de pesquisadores que estudam o uso terico desse modelo. , em particular,
uma ferramenta bastante til ao projetista na especificao de projetos de
automatizao. O
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2.1.1 Etapa
Uma etapa um estado no qual o comportamento do circuito de comando no se
altera frente a entradas e sadas. As etapas so representadas graficamente por um
quadriltero, e devem ser identificadas com nmeros, seguidos ou no por abreviaturas.
Em um dado instante, uma etapa pode estar ativa ou inativa. O conjunto de
etapas ativas num determinado instante determina a situao em que se encontra o
Grafcet. Etapa inicial a etapa que se torna ativa logo aps incio do funcionamento do
Grafcet e representada por um duplo quadriltero.
2.1.2 Transio
Representada graficamente por traos nos arcos orientados que ligam etapas, a
significar a evoluo do Grafcet de uma situao para outra. Em um dado instante, uma
transio pode est vlida ou no.
Uma transio est vlida quando todas as etapas imediatamente precedentes
estiverem ativas. A passagem de uma situao para outra s possvel com a validade
de uma transio, e se d com a ocorrncia da transio.
2.1.4 Ao
As aes representam os efeitos que devem ser obtidos sobre os mecanismos
controlados em uma determinada situao (o que deve ser feito). Representam
tambm ordens de comando (como deve ser feito).
66
67
Figura 68
68
Figura 71 (a) Repetio de aes em etapas consecutivas, (b) Estrutura em paralelo equivalente.
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2.1.4.7 Memorizada
Ao especfica para ligar (SET) e outra para desligar (RESET).
2.1.5 Receptividade
Receptividade a funo lgica combinacional associada a cada transio.
Quando em estado lgico verdadeiro, uma receptividade vai ocasionar a
ocorrncia de uma transio vlida. Uma receptividade pode ser encarada como o elo
existente entre a lgica combinacional e a lgica seqencial.
Uma receptividade associada a:
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71
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Figura 76 Passagem ao estado energizado operante. a) por ao externa de comando, b) por ordem de
outro Grafcet.
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(a)
(b)
(c)
Figura 80 Erros de sintaxe - (a) falta transio (b) e (c) transies subseqentes
3.3.1 Exemplo 1
Um equipamento para estampar peas plsticas formado por um dispositivo de
carregamento de peas (por gravidade), um cilindro 1 (alimentador), um cilindro 2
(estampador) e um cilindro 3 (exaustor). Todos os trs cilindros so de ao simples
com retorno de mola, e tm seu avano comandado pelas eletrovlvulas EV1, EV2, EV3
respectivamente. A mxima excurso de cada cilindro monitorada pela atuao dos
sensores S1, S, S3 do tipo reed-switch. A expulso da pea realizada por um sopro de
ar comprimido, obtido a partir do acionamento da eletrovlvula EV4 e efetivamente
monitorada pela atuao do foto sensor FS.
O funcionamento prev como condio inicial que os cilindros no estejam
avanados, ou seja, essa condio traduz que todas as eletrovlvulas estejam
desligadas.
Assim, com a chave de partida (PTD) acionada e estando a mquina na condio
inicial, deve-se iniciar a operao. A seqncia consiste em, primeiramente, colocar uma
pea no molde, recuar o mbolo do cilindro alimentador, prensar o estampo sobre a
pea (deve-se aguardar um tempo de dois segundos com a pea sendo prensada),
atuar o extrator e o bico de ar para a retirada da pea pronta.
75
Observa-se que se trata de uma seqncia linear de seis etapas. A etapa inicial
no tem aes especficas, seno apenas a de aguardar a autorizao de
funcionamento por parte da chave PTD. V-se ainda que as ordens de acionamento das
eletrovlvulas EV2 e EV4 repetem-se por mais de uma etapa, que um procedimento
aceitvel na modelagem, mas que poderia tambm ser modelado utilizando ordens do
tipo S e R.
76
Exemplificando pela figura 83, tem-se que a situao passa da etapa E2 ativa
para E3 ativa somente se ocorrer a transio T2, ou a situao passa da etapa E2 ativa
para E4 ativa somente se ocorrer a transio T3 isolada da ocorrncia da transio T2.
Ainda neste caso, a situao evolui da etapa E3 ativa para E5 ativa somente quando a
transio T4 ocorrer, ou ainda, passa da etapa E4 ativa para E6 ativa somente quando a
transio T5 ocorrer.
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3.5 Paralelismo
Quando duas ou mais seqncias num grafcet devem ser executadas ao mesmo
tempo, utilizada ento uma estrutura grfica representada pela divergncia
simultnea, ou tambm denominada divergncia E. o caso, por exemplo, utilizado na
modelagem de mecanismos independentes pertencentes ao mesmo sistema
comandado, e que devem ter suas atividades assincronamente concludas para que se
d continuidade ao processo. Aps uma divergncia simultnea, fica implcita a idia de
que todas as seqncias seguintes tero suas execues concomitantemente iniciadas,
estabelecendo-se assim um caso de paralelismo.
A representao de uma divergncia simultnea estar correta quando
antecedida por transio e sucedida por seqncias iniciadas por etapas. O retorno do
grafcet a uma estrutura linear ento representado graficamente por um elemento
denominado convergncia simultnea, ou simplesmente convergncia em E.
Dinamicamente, um paralelismo s encerrado quando todas as suas seqncias
estiverem concludas, ou seja, quando a etapa final de cada uma das seqncias estiver
ativa. Uma convergncia simultnea deve ser obrigatoriamente sucedida por transio e
precedida por seqncias finalizadas com etapas.
80
81
82
2. Metodologia
Na estrutura de um Grafcet, observa-se claramente, a existncia de trs
elementos bsicos: as transies, as etapas e as aes. assim, se cada um desses
elementos for corretamente especificado na programao do CLP, obter-se- como
resultado uma implementao isenta de erros (desde que o grafcet esteja corretamente
modelado). Ou seja, as dificuldades inerente formao da seqncia lgica de
programao tornam-se transparente, obtendo-se rapidamente uma implementao
prtica e funcional.
Alguns equipamentos dispem de recursos para a programao de estruturas
seqenciais por meio de grafcet. No obstante, apesar do grafcet ser uma ferramenta
grfica destinada ao modelamento de processos industriais, muitos fabricantes, a
exemplo da Siemens, Telemechanique e Klocner Moeller, dentre outros, j possuem o
grafcet como linguagem de programao (alm das quatro formas tradicionais citadas
anteriormente). Nesses equipamentos, assim como na metodologia descrita em
seguida, h o consenso a respeito de uma ordem hierrquica na qual as aes so
realizadas a partir das etapas, e estas, por sua vez, tm origem nas transies.
De fato, num diagrama de rels, deve-se encarar uma implementao grafcet
como sendo subdivida em trs partes distintas: uma responsvel pela ocorrncia das
transies (responsveis em maior grau pelo fluxo do processo), outra responsvel pela
seqencializao das etapas (interconectadas rigidamente a fim de formarem a correta
seqencializao do processo) e, finalmente, outra que realizar as aes operativas
(conseqncia da etapa correntemente ativa).
Devido caracterstica seqencial da soluo das sadas no circuito de controle
de um grafcet, ocorre que a disposio dos ramos, no programa CLP, pode afetar
sobremaneira o comportamento final obtido. Casos crticos dessa natureza ocorrem
principalmente com intertravamentos oriundos de sinais com natureza impulsional. Por
isto, essas partes do programa devem, necessariamente, estar dispostas conforme o
seguinte critrio: Primeiro as transies, depois as etapas por ltimo as aes, conforme
figura 90. E, cada uma dessas partes pode ser facilmente obtida a partir do grafcet.
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84
Entrada do CLP
I0
I1
I2
Ao
Carro vai para a direita
Carro vai para a esquerda
Sada do CLP
Q0
Q1
Memria do CLP
F10
F11
F12
Etapa
Etapa 0
Etapa 1
Etapa 2
Memria do CLP
F0
F1
F2
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Verifica-se que cada uma das flags vai para nvel alto quando forem satisfeitas
duas condies:
que ela esteja vlida, ou seja, que a etapa anterior esteja ativa;
que a receptividade associada seja verdadeira.
86
Cabe observar que a etapa inicial aquela que dever se tornar ativa quando se
acionar o processo pela primeira vez, ou seja, quando nenhuma das demais etapas
estiverem ativas. Esta condio apresentada no diagrama pela associao srie de
contatos NF de todas as bobinas de etapas.
E, finalmente, o diagrama referente s aes no controle do carro sobre trilhos
ter o seguinte aspecto, conforme figura 96.
87
88
Ao
Acionar M1
Acionar M2
Acionar V 1
Entrada do CLP
I0
I1
I2
I3
I4
Sada do CLP
Q0
Q1
Q2
Memria do CLP
F20
F21
F22
F23
F24
F25
Etapa
Etapa 10
Etapa 11
Etapa 12
Etapa 13
Etapa 14
Memria do CLP
F10
F11
F12
F13
F14
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Figura 100 Diagrama das transies no controle de carro com seleo de trajeto
Cabe observar que a especificao das transies segue a mesma regra geral,
em que se deve identificar a etapa que a torna vlida e a sensibilidade que a faz ocorrer.
Especial ateno cabe a etapa F10, a qual serve como condio de validade para duas
transies: a transio F20 e a transio F23, o que caracteriza a seleo do processo.
90
Figura 101 Diagrama das etapas no controle de carro com seleo de trajeto
Observa-se que a etapa F10 tem como condies de ligamento: a partida do CLP
(pois ela a etapa inicial), bem como as transies F22 e F25. Alm disto, a mesma
etapa desligada por duas possveis transies, a saber, F20 e F23. J as demais
etapas so ativadas e desativadas, seguindo a mesma regra de ativao pelas
transies anteriores, e desativao pelas transies posteriores.
Finalmente o diagrama de contatos pertinente s aes do controle de carro com
seleo de trajeto tem o aspecto conforme ilustrado na figura 102.
91
92
Redes industriais
1. Introduo
As redes industriais so necessrias devido crescente informatizao das
empresas. Todas as etapas do processo produtivo devem ser informatizadas:
Projeto do produto;
A produo em escala industrial;
Controle de qualidade;
O controle do estoque de peas ou da matria-prima usada para produo;
O sistema de vendas ou de encomenda do produto.
O objetivo final aumentar a eficincia, reduzindo os custos de produo, venda
e distribuio do produto.
O processo de produo passa por vrias etapas executadas por diferentes
elementos presentes no ambiente industrial. A tendncia no ambiente industrial de se
ter vrios subsistemas com certa autonomia, com cada um sendo responsvel por parte
do processo de produo. Vrios tipos de equipamento esto presentes em cada
subsistema do ambiente industrial:
Computadores so usados p/ projeto e superviso;
Controladores de alto nvel coordenam todo o processo de produo;
No cho de fbrica so usados robs, esteiras, tornos, sensores,
atuadores.
As redes so usadas para integrar os equipamentos presentes em um
determinado subsistema responsvel por parte do processo de produo. Cada
subsistema adota o tipo de rede mais adequado para si levando em conta o tipo de
equipamento que utiliza e os requisitos da atividade que executa. Os subsistemas
devem estar interligados para que sejam feitos a coordenao das atividades e a
superviso do processo produtivo como um todo. Resultado: no existe um tipo de rede
que seja capaz de atender a todos os requisitos dos diversos subsistemas existentes em
um ambiente industrial.
Os requisitos do ambiente industrial e seus processos de produo so
geralmente diferentes daqueles presentes em redes locais de computadores. Podemos
dar exemplo de requisitos de redes industriais:
Boa resistncia mecnica;
Resistncia a chama, umidade e corroso;
Alta imunidade a rudos;
Taxa de erros baixa ou quase nula;
Tempo de acesso e de propagao limitados;
Tempo entre falhas e tempo de reparos baixos;
Boa modularidade e possibilidade de interconexo.
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Confiabilidade requerida;
Nmero de reas de processo, da distncia entre elas e do layout das
instalaes industriais;
Necessidade de backup e a que nvel esta deve atender;
Perturbaes fsicas, principalmente interferncias eletromagnticas,
existentes no local de instalao e adjacncias;
Familiaridade do cliente com novas tecnologias de rede de campo para
instrumentao, sensores e acionamento;
Existncias de unidades fora da rea industrial que necessitem de
conexo planta;
Necessidade dos dispositivos no que tange a velocidade de transmisso
de dados;
Previso de expanso dos mdulos;
Necessidade de atendimento aos padres internacionais ou preferncia
por redes proprietrias;
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3. Redes de campo
Um dos principais dispositivos em uma rede de campo o CLP. Ele usado na
leitura de sensores discretos ou digitais e dos valores dos instrumentos analgicos.
Caso uma rede digital no seja usada, os sinais de campo sero conectados aos
cartes de entrada e sada dos Clps. Os sinais discretos so codificados na faixa de 0 a
24VCC ou 0-110VAC ou 0-220VAC. J os sinais analgicos so geralmente codificados
na faixa de 0 a 20 mA ou de 0-10V.
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Existe forte tendncia de que todas estas redes venham a utilizar a Ethernet
como plataforma bsica num futuro prximo e que adotem forte orientao a objetos
atravs de blocos de funo padres.
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4. Introduo s tecnologias
4.1 Fieldbus Foundation
4.1.1 Introduo
Antes de iniciar o desenvolvimento deste item, necessrio que se esclarea
uma grande confuso que se faz com as designaes. Quando se fala em fieldbus, est
se falando em barramentos de campo de um modo geral que englobam uma gama de
tecnologias distintas em termos de aplicao e caractersticas especficas. Trata-se por
Fieldbus Foundation, o consrcio de fornecedores lderes no mercado de
instrumentao, consumidores e diversas outras empresas que tem como objetivo
acelerar o desenvolvimento e a aceitao das especificaes do protocolo Foundation
Fieldbus interopervel, aberto e simples.
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4.2 Profibus
4.2.1 Introduo
A implementao da tecnologia de barramentos de campo significou uma
inovao considervel na produo, possibilitando a migrao de sistemas de
automao centralizados para sistemas no centralizados, o que tem sido o objetivo do
PROFIBUS por mais de dez anos.
Nestes dez anos, o PROFIBUS se tornou o lder de mercado das tecnologias de
barramentos de campo, mas mesmo assim seu desenvolvimento continua com o
mesmo entusiasmo.
Inicialmente o foco era a tecnologia de comunicao. As atividades atuais giram
em torno da integrao de sistemas, engenharia e, em particular, os perfis de
aplicaes. Estes perfis tornaram o PROFIBUS um dos barramentos mais abrangentes
tanto para automao de manufatura como de processos.
Sistemas modernos de barramentos de campo adotaram princpios de Tecnologia
de Informao (TI) e esto alcanando uma consistncia maior com o nvel de
gerenciamento coorporativo. A integrao entre a TI e o mundo da automao abre
muitas possibilidades para comunicaes entre sistemas de automao. Em busca
deste objetivo o PROFIBUS aprimorado pelo padro baseado em Ethernet chamado
ProfiNet.
A necessidade de desenvolvimento e distribuio coordenados dos sistemas de
barramento de campo no mercado fez surgir inmeras Organizaes de Usurios,
englobando produtores, usurios e institutos, como a Organizao dos Usurios de
PROFIBUS (PNO do alemo, PROFIBUS Nutzerorganisation) e a principal
organizao PROFIBUS Internacional (PI).
O uso de padres abertos ao invs de solues proprietrias garante
compatibilidade e expansibilidade, ou seja, proteo do investimento existente. Isto
um ponto chave para a PNO. O desenvolvimento contnuo da tecnologia do PROFIBUS
proporciona aos membros da organizao uma perspectiva de longo alcance.
A capacidade de comunicao dos dispositivos e subsistemas e uma metodologia
de informao consistente so componentes indispensveis dos conceitos de
automao. Uma caracterstica dos barramentos de campos a possibilidade de uma
transmisso otimizada para volumes de dados pequenos e com tempo crtico (timecritical), alm de simplificar o processo de transmisso.
Os benefcios aos usurios so a motivao para o surgimento e o
desenvolvimento contnuo das tecnologias de barramentos de campo. No fim das
contas, isto se manifesta como uma reduo do custo total, assim como num aumento
na performance e na qualidade durante a instalao e operao das plantas de
automao. Os benefcios so atingidos durante a configurao, cabeamento,
engenharia, documentao e montagem, assim como durante a produo. Uma
vantagem adicional se d atravs da reduo do custo total da vida til na forma de fcil
modificao e de disponibilidade contnua atravs de informaes de diagnstico
contnuas, manuteno preventiva, alterao simples de parmetros, fluxo de dados
consistente e manuteno do acervo.
O PROFIBUS um padro aberto de rede de comunicao industrial, utilizado
em um amplo espectro de aplicaes em automao da manufatura, de processos e
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Figura 110 - Sistema com alimentao de dispositivos em uma rede PROFIBUS e IEC 61158-2
A Fibra tica pode ser utilizada pelo PROFIBUS para aplicaes em ambientes
com alta interferncia eletromagntica ou mesmo com o objetivo de aumentar o
comprimento mximo com taxas de transmisso elevadas. Vrios tipos de fibra esto
disponveis, com diferentes caractersticas, tais como, distncia mxima, preo e
aplicao.
Os segmentos PROFIBUS que utilizam fibra normalmente so em estrela ou em
anel. Alguns fabricantes de componentes para fibra tica permitem o uso de links
redundantes com meios fsicos alternativos, cuja transferncia automtica quando
ocorre uma falha.
Tabela 2 Propriedades das fibras pticas
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Figura 111 Configurao PROFIBUS com 3 estaes ativas (mestres) e 7 passivas (escravos)
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Diferente da fiao convencional, onde um fio individual usado para cada sinal
a ser ligado do ponto de medio ao mdulo de E/S do sistema digital de controle
(DCS), com o PROFIBUS os dados de vrios dispositivos so transmitidos atravs de
um nico cabo. Enquanto uma alimentao separada (em caso de instalao prova de
exploso) para cada sinal na ligao convencional necessria, o acoplador ou link de
segmento realiza esta funo em comum para muitos dispositivos em uma rede
PROFIBUS.
Alm de definies relevantes sobre comunicao, o perfil PA tambm contm
definies sobre a aplicao, tais como: tipo de dados e unidades de medida do valor
transmitido, assim como o significado da palvra de status que acompanha o valor
medido. As especificaes para a unidade de medida e o significado dos parmetros do
dispositivo, tais como limites baixo e alto do range de medio so independentes do
fabricante.
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Geralmente utilizada uma interface tipo sistema especialista para definio das
regras de controle ao nvel de superviso. Este tipo de estratgia muito utilizado para
controle avanado na rea mineral onde comum a modelagem matemtica da planta.
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2. Controle distribudo
Com o advento dos microprocessadores e microcontroladores, a eletrnica
inteligente se tornou muito mais acessvel e barata. Atualmente os sistemas de controle
tendem a se tornar complexos, com um grande nmero de variveis, aes e
intertravamentos.
Conseqentemente,
um
controle
centralizado
se
torna
exageradamente complexo, caro e, possivelmente, lento. Dividir o problema em partes
menores que podem ser resolvidas individualmente passa a ser ento uma soluo
atrativa por muitos motivos: maior facilidade de desenvolvimento, operao e
administrao, confiabilidade do sistema como um todo (o mal funcionamento de uma
parte no implica, necessariamente, no mal funcionamento de todo o sistema),
manuteno simplificada, entre outros.
A filosofia SDCD, j utilizada desde a dcada de 70 com bastante sucesso,
tendo como base a utilizao de terminais remotas conectadas aos dispositivos no
campo e conectadas entre si a uma via de dados que por sua vez contm um elemento
centralizador, que pode ser um CLP, um PC ou outro equipamento dedicado.
Com a entrada do conceito de Fieldbus no mercado, o controle distribudo ganha
uma nova alternativa: a utilizao de dispositivos inteligentes. Esses dispositivos so
dotados de alguma capacidade de processamento, o que, aliado conexo dos
dispositivos em rede (Fieldbus), pode levar a uma soluo onde os prprios dispositivos
troquem mensagens entre si e o controle do sistema de automao seja de
responsabilidade da rede de dispositivos e no mais de um elemento centralizador
(CLP, PC, etc.). Saem de cena os sinais de 4-20 mA e outras medidas analgicas, pela
rede de dispositivos de campo trafegam dados no formato digital apenas, submetidos ao
protocolo que est sendo utilizado. A necessidade de existncia do elemento
centralizador fica por conta da superviso e sintonia do sistema, e como j dito, no
mais com a finalidade de controle.
Os ns do sistema (dispositivos inteligentes conectados ao Fieldbus), tipicamente
executam tarefas simples de monitorao e atuao, mas quando trabalhando juntos
podem perfazer tarefas bastante complexas. Essa evoluo nos sistemas de automao
similar evoluo da indstria de informtica; h 15 anos tinham-se terminais "burros"
conectados a um computador central, hoje o processamento distribudo entre diversos
computadores pessoais e os dados so trocados atravs de uma rede.
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3. Arquitetura de um SDCD
Os SDCDs tradicionais se caracterizavam por um elevado nvel de redundncia:
redundncia de servidores, redundncia de rede de comunicao de dados, de cartes
de entrada e sada, etc. Alm disso, possuam sofisticados algoritmos de diagnstico,
que permitem localizar o carto defeituoso a partir do console de operao. Os cartes
de E/S com defeito podem ser trocados a quente.
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Parte experimental
1. Estudo do CLP ATOS Srie TICO
Os micro-controladores programveis da srie TICO, so indicados para a
automao de sistemas de pequeno porte, que requeiram avanados recursos de
controle. So disponveis em vrias configuraes de entradas e sadas digitais e
analgicas, bem como tenso de alimentao CC ou CA. A srie TICO conta com
diversos recursos de programao dos controladores de mdio porte da Atos.
Para programar os micro-controladores da srie TICO foi desenvolvido, na
ferramenta de programao WinSUP 2, o driver MPC2200 que atravs de seu
computador possibilita o desenvolvimento e monitoramento de diagramas Ladder, e
variveis do sistema. O conjunto de instrues e configuraes do driver MPC2200
permite entre outros recursos, contadores, timers, operaes com relgio calendrio,
seqenciador, sub-rotinas, jump, call, operaes indexadas, operaes matemticas
bsicas e leitura de dados atravs do canal serial.
A srie TICO possui um canal serial, o qual pode ser configurado para o padro
eltrico RS232 ou RS485 (dependendo do modelo). O canal serial pode ser configurado
como mestre ou escravo, utilizando um dos protocolos disponveis Apr03 ou
Modbus/RTU.
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Figura 131 tabela geral dos estados e registros internos dos temporizadores e contadores
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1.5.3 Output
Coloca o resultado de uma operao lgica em um estado interno especificado
pelo operando.
Este estado interno pode ser uma sada, um estado interno auxiliar ou um estado
interno auxiliar com reteno.
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1.5.7 SET-RESET.
Permite executar um estado interno com reteno (LATCH). composta por duas
entradas:
(S)ET - Se a entrada acionada, mesmo durante um nico perodo de
varredura, o estado interno especificado pelo operando acionado;
(R)ESET - se a entrada acionada, mesmo durante um nico perodo de
varredura o estado interno especificado pelo operando desacionado. Se ambas as
entradas so acionadas a entrada RESET tem prioridade.
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1.5.10 TMR
Simula um temporizador com retardo na energizao. composta por 2 entradas:
HABILITA - permite a contagem do temporizador, quando a condio lgica da
entrada ativada. Caso contrrio a contagem zerada.
START/STOP - Quando ativada permite a contagem e quando desativada pra
a contagem (sem zerar).
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1.5.11 CNT
Simula um contador. composta por duas entradas:
(H)ABILITA - Permite que ocorra a contagem, quando a condio lgica da
entrada ativada. Caso contrrio a contagem zerada.
(S)TART/STOP - na Transio de OFF para ON incrementa a contagem. Para
isto a entrada HABILITA deve estar ativada.
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1.5.12 MOVK
Carregamento de constante em um registro. Esta instruo executa a colocao
de um valor de 16 bits em um registro de palavras indicado por OP1. A instruo tem
uma nica entrada (Habilita).
1.6 Winsup
WinSup um ambiente de programao que permite o desenvolvimento de uma
aplicao de controle baseada na linguagem de programao Ladder, sendo uma
poderosa ferramenta de desenvolvimento, documentao e manuteno de aplicaes
de controle, executada em ambiente Windows.
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1.6.8 Superviso
Superviso de Linhas
O recurso de superviso de linhas permite-nos visualizar e analisar o
funcionamento do programa de usurio no CLP. O status dos EIs e o contedo dos
registros so exibidos no prprio programa ladder. Durante a superviso de linhas:
Contatos NA sero marcados com um retngulo colorido, sempre que estiverem
ativos, ou seja, quando seu Estado Interno estiver ON.
Contatos NF sero marcados com um retngulo colorido, sempre que no
estiverem ativos, ou seja, quando seu Estado Interno estiver OFF.
Instrues de Bloco iro exibir o contedo dos seus operandos na cor verde,
imediatamente abaixo dos mesmos, sejam eles registros ou EIs.
Para iniciar a superviso de linhas, necessrio ter um projeto aberto.
1. Ative a janela da(s) rotina(s) a ser supervisionada.
2. Inicie a superviso clicando no boto correspondente na barra de ferramentas
do WinSUP.
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