CRC Macroeconomia
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MACROECONOMIA
Guia de Estudo
Reviso
Felipe Aleixo
Rodrigo Ferreira Daverni
Talita Cristina Bartolomeu
Vanessa Vergani Machado
Projeto grfico, diagramao e capa
Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai
Lcia Maria de Sousa Ferro
Luis Antnio Guimares Toloi
Raphael Fantacini de Oliveira
Tamires Botta Murakami de Souza
Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. proibida a reproduo, a transmisso total ou parcial por qualquer
forma e/ou qualquer meio (eletrnico ou mecnico, incluindo fotocpia, gravao e distribuio na
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permisso por escrito do
autor e da Ao Educacional Claretiana.
Centro Universitrio Claretiano
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo Batatais SP CEP 14.300-000
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www.claretiano.edu.br
SUMRIO
GUIA DE ESTUDO
1
2
3
4
PLANO DE ENSINO............................................................................................ 7
ORIENTAES PARA O ESTUDO DA DISCIPLINA............................................. 11
DESCRIO DAS UNIDADES DE ESTUDO......................................................... 35
CONSIDERAES GERAIS................................................................................. 113
INFORMAO
Esta disciplina desenvolvida com Contedos Bsicos de Referncia preexistentes na Biblioteca Digital Pearson. Isso significa que, neste caso, no so disponibilizados na Sala de Aula Virtual (SAV) os contedos referentes a esta disciplina,
mas sim um Guia de Estudo no qual constam as orientaes que iro ajud-lo no
decorrer de seus estudos, bem como as referncias bibliogrficas (disponveis
na Biblioteca Digital/Pearson, na SAV) que fundamentam esta disciplina.
Lembre-se de que, para o melhor aproveitamento de seus estudos, voc contar
tambm com as orientaes do seu tutor a distncia.
GUIA DE ESTUDO
GE
1
1. PLANO DE ENSINO
Ementa
Contextualizao acerca do ensino de Macroeconomia e sua
fundamentao, com base nos princpios tericos da macroeconomia clssica e keynesiana, na discusso de preos e inflao, nos
fundamentos e relevncia da poltica econmica e na sua inter-relao com os determinantes da demanda agregada e do nvel
geral de emprego de um pas.
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Objetivo geral
Os alunos da disciplina Macroeconomia dos cursos de graduao, na modalidade EaD do Claretiano, dado o Sistema Gerenciador de Aprendizagem e suas ferramentas, podero compreender
os princpios da teoria econmica que embasam a Macroeconomia
bsica, sua evoluo conceitual e sua aplicabilidade no processo
de desenvolvimento da empresa, do governo e da sociedade.
Com esse intuito, os alunos contaro com recursos tcnico-pedaggicos facilitadores de aprendizagem, como Material Didtico Mediacional, bibliotecas fsicas e virtuais, ambiente virtual,
bem como acompanhamento do professor responsvel, do tutor
a distncia e do tutor presencial, complementado por debates no
Frum.
Ao final desta disciplina, de acordo com a proposta orientada pelo professor responsvel e pelo tutor a distncia, tero condies de interagir com argumentos contundentes, alm de dissertar com comparaes e demonstraes sobre o tema estudado
nesta disciplina, elaborando um resumo ou uma sntese, entre outras atividades. Para esse fim, levaro em considerao as ideias
debatidas na Sala de Aula Virtual, por meio de suas ferramentas,
bem como o que produziram durante o estudo.
Objetivo especfico
Ao final do estudo da disciplina, espera-se que voc tenha
compreendido a evoluo conceitual da Macroeconomia. Ficar
claro que esta surgiu com a concepo clssica, passou por grande transformao com Keynes e, atualmente, abrange uma convergncia entre fundamentos clssicos e keynesianos. Alm disso,
voc saber que os conceitos macroeconmicos levam compreenso de como e porque os agentes econmicos devem utilizaras
informaes referentes aos grandes agregados econmicos como
referncia para a tomada de deciso empresarial e a definio de
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importante que voc releia, no Guia Acadmico do seu curso, as informaes referentes Biblioteca Pearson, a Metodologia e Forma de
Avaliao da disciplina Macroeconomia. Na Sala de Aula Virtual SAV,
ferramenta Cronograma, sero disponibiliz
Bibliografia Bsica
ABEL, A. B.; BERNANKE, B.; CROUSHORE, D. Macroeconomia. 6.ed. So Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2008. Disponvel em: <http://claretiano.bvirtual.com.br/>. Acesso em: 3
out. 2012.
BLANCHARD, O. Macroeconomia. 5. ed. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. Disponvel
em: <http://claretiano.bvirtual.com.br/>. Acesso em: 3 out. 2012.
LIMA, G. T.; SICS, J. (Org.). Macroeconomia do emprego e da renda: Keynes e o
keynesianismo. Barueri: Manole, 2003. Disponvel em: <http://claretiano.bvirtual.com.
br/>. Acesso em: 3 out. 2012.
PARKIN, M. Macroeconomia. 5. ed. So Paulo: Pearson / Addison Wesley, 2003. Disponvel
em: <http://claretiano.bvirtual.com.br/>. Acesso em: 3 out. 2012.
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Bibliografia Complementar
AMADO, A. M.; MOLLO, M. de L. R. Noes de Macroeconomia: razes tcnicas para
as divergncias entre os economistas. Barueri: Manole, 2003. Disponvel em: <http://
claretiano.bvirtual.com.br/>. Acesso em: 3 out. 2012.
BENECKE, D. W. Opes de poltica econmica para o Brasil. So Paulo: Konrad Adenauer,
2003.
BOLETIM SEMESTRAL DO CENTRO DE ESTUDOS DE CONJUNTURA E POLTICA ECONMICA
DO INSTITUTO DE ECONOMIA DA UNICAMP. Poltica econmica em foco. Campinas:
Unicamp, nov. 2005/abr. 2006.
BRESSER-PEREIRA,L. C. Da Macroeconomia clssica keynesiana. So Paulo, EAESP, FGV,
1976 (apostila EC-MACRO-L-1968, E-73).
DILLARD, D. A teoria econmica de John Maynard Keynes. 6. ed. So Paulo: Pioneira,
1989.
DORNBUSCH, R.; FISCHER, S. Macroeconomia. So Paulo: Makron Books, 5. ed., 2000.
FROYEN, R. T. Macroeconomia. So Paulo: Saraiva, 1999.
HEILBRONER, R.L. Elementos de Macroeconomia. So Paulo: Zahar, 1999.
HUNT, E. K. Histria do pensamento econmico. Petrpolis: Vozes, 2000.
LOPES, L.M.; VASCONCELLOS, M.A.S. (Org.). Manual de Macroeconomia. So Paulo:
Atlas, 1998.
MANKIW, N.G. Introduo Economia princpios de Macro e Microeconomia. Rio de
Janeiro: Campus, 2002.
______. Macroeconomia. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003.
MODENESI, A. de M.Regimes monetrios: teoria e a experincia do real. Barueri: Manole,
2005. Disponvel em: <http://claretiano.bvirtual.com.br/>. Acesso em: 3 out. 2012.
OLIVEIRA, J. F. (Org.). Economia para administradores. So Paulo: Saraiva, 2006.
PAULANI, L. M.; BRAGA, M.B. A nova contabilidade social. 2.ed. So Paulo: Saraiva, 2004.
PINHO, D. B.; VASCONCELLOS, M. A. S. Manual de Economia. 5. ed. So Paulo: Saraiva,
2005.
ROSSETTI, J. P. Introduo Economia. 20. ed. So Paulo: Atlas, 2003.
SANDRONI, P. Novo dicionrio de Economia. So Paulo: Best Seller MB Associados, 2008.
SICS, J.;OREIRO, J. L; PAULA, L. F. (Org.). Agenda Brasil: polticas econmicas para o
crescimento com estabilidade de preos. So Paulo: Manole, 2003.
SIMONSEN, M. H.; CYSNE, R. P. Macroeconomia. 2. ed. So Paulo: Atlas/FGV, 1995.
SMITH, A. A riqueza das naes. So Paulo: Nova Cultural, 1996.
VASCONCELLOS, M.A.S.; GARCIA, M.E. Fundamentos de Economia. 2. ed. So Paulo:
Saraiva, 2005.
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E-referncias
ACADEMIA ECONMICA. Teorias clssicas. Disponvel em: <http://www.
academiaeconomica.com/2008/05/teorias-clssicas.html>. Acesso em: 28 set. 2012.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Disponvel em: <http://www.bcb.gov.br>. Acesso em: 28
set. 2012.
BNDES. Disponvel em: <http://www.bndes.gov.br>.Acesso em: 28 set. 2012.
COLA DA WEB. Economia Clssica. Disponvel em: <http://www.coladaweb.com/
economia/economia-classica>. Acesso em: 28 set. 2012.
DICIONRIO DE ECONOMIA. Introduo economia. Disponvel em: <http://vsites.unb.
br/face/eco/inteco/paginas/dicionarioa.html>. Acesso em: 28 set. 2012.
ESCSSIA, C. O que monetarismo?Disponvel em: <www.carlosescossia.com/2009/12/
o-que-e-monetarismo.html>. Acesso em: 28 set. 2012.
IPEA INSTITUTO DE PESQUISA ECONMICA APLICADA. Disponvel em: <http://www.
ipea.gov.br>. Acesso em: 28 set. 2012.
KNOOW.NET. Varivel econmica. Disponvel em: <http://www.knoow.net/
cienceconempr/economia/variaveleconomica.htm>. Acesso em: 28 set. 2012.
PENSAMENTO ECONMICO. Disponvel em: <http://www.pensamentoeconomico.ecn.
br>. Acesso em: 28 set. 2012.
PPGE PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ECONOMIA. NAPE Ncleo de Anlise de
Poltica Econmica. Disponvel em: <www.ppge.ufrgs.br/nape>. Acesso em: 28 set. 2012.
SANDRONI, P. (Org.). Novssimo Dicionrio de Economia. Disponvel em: <http://
introducaoaeconomia.files.wordpress.com/2010/03/dicionario-de-economia-sandroni.
pdf>. Acesso em: 28 set. 2012.
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Todo esse esforo necessrio, porque estudar a macroeconomia ajuda-nos a compreender que a sobrevivncia das empresas, o nvel geral de emprego, as expanses ou as retraes do
consumo, os ndices de inflao, ou at a manuteno no poder de
governos, dependem, na maioria das vezes, do sucesso ou fracasso da poltica econmica instituda pelo governo vigente.
Inerente a essas questes gerais, o conhecimento proporcionado pelo estudo da macroeconomia d embasamento terico
para uma avaliao geral dos benefcios e custos de abordagens
diferentes da poltica macroeconmica seja com o instrumental
da teoria clssica, keynesiana e / ou neoclssica , cujo objetivo
maior promover o crescimento econmico, o pleno emprego e o
controle da inflao.
Para tanto, a macroeconomia trata da evoluo da economia
como um todo, analisando a determinao e o comportamento
dos grandes agregados, como, por exemplo: renda, produto nacional, investimentos, poupana e consumo, nvel geral de preos,
emprego e desemprego, estoque de moeda, taxas de juros, balana de pagamento e taxa de cmbio.
Os comportamentos desses agregados influenciam os comportamentos dos agentes econmicos, como as famlias, as empresas e o governo, que so tambm influenciados por eles. E ns
estamos inseridos nesse ambiente, constitudo pela interao entre os referidos agentes.
Abordagem Geral da Disciplina
Prof. Ms. Israel Valdecir de
Souza
Neste tpico, apresenta-se uma viso geral do que ser estudado nesta disciplina. Aqui, voc entrar em contato com os
assuntos principais deste contedo de forma breve e geral e ter
a oportunidade de aprofundar essas questes no estudo de cada
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A anlise econmica parte central da economia, que lhe garante seu carter de cincia. Neste caso, importam as relaes bsicas que se estabelecem entre as diversas variveis econmicas, a
fim de determinar a produo e a distribuio de bens e servios.
A teoria econmica possui dois ramos centrais: a microeconomia, na qual a anlise de funcionamento geral da Economia
realizada por meio do exame do comportamento dos agentes
econmicos individuais os consumidores e os produtores , e a
macroeconomia, que realiza essa mesma anlise partindo do estudo dos agregados econmicos: PIB, PNB, renda, consumo final,
poupana e investimentos.
Fazem parte, tambm, da anlise econmica a Teoria da Moeda e do Crdito, a Teoria das Finanas Pblicas, que, aps a Teoria
de Keynes, se tornaram subsidirias macroeconomia; a Teoria do
Desenvolvimento Econmico, que uma abordagem dinmica e,
geralmente, que d mais ateno s teorias sociolgicas da macroeconomia e, finalmente, a Teoria do Comrcio Internacional.
Quanto ao instrumental de ao, a Poltica Econmica, cuja
relevncia devida Teoria Geral, obra revolucionria de Keynes,
implica os estudos das medidas intervencionistas do governo na
economia, visando ao pleno emprego, ao desenvolvimento econmico, estabilidade monetria e melhor distribuio de renda.
Quando idealizada em longo prazo, e acompanhada de um sistema
administrativo para execut-la, a Poltica Econmica transforma-se
em Planejamento Econmico.
A Teoria Macroeconmica fundamentada, principalmente,
por teses de duas correntes do pensamento econmico: a clssica
e a keynesiana, sendo a segunda uma evoluo ou aprimoramento
da primeira.
A macroeconomia clssica (Unidade 1) parte do pressuposto
fundamental de que o mundo econmico governado por leis naturais que, se funcionarem livremente,produziro sempre os melhores resultados possveis.
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dar: HUNT, E. K. Histria do pensamento econmico. Petrpolis: Vozes, 2000 e SMITH, A. A riqueza das naes.
So Paulo: Nova Cultural, 1996.
2) Keynes acreditava que a economia estaria funcionando abaixo de seu
potencial, ficando, assim, comparte de sua capacidade ociosa. Para
ele, a oferta agregada (OA) seria o somatrio da renda disponvel na
economia, enquanto a oferta potencial abrangeria a mxima produo da economia, com pleno emprego dos fatores de produo. A
oferta agregada efetiva aquela disposta no mercado, o que pode
ocorrer sem a plena utilizao dos fatores de produo. A demanda agregada resume-se ao somatrio do consumo total da economia
com os investimentos, os gastos governamentais e as exportaes,
subtraindo-se as importaes. Na verdade, o produto ou a renda de
equilbrio (em que a oferta agregada igual demanda agregada)
no igual ao produto ou renda de pleno emprego. Para saber mais
sobre esse assunto, pesquise: DILLARD, D. A teoria econmica de
John Maynard Keynes. 6. ed. So Paulo: Pioneira, 1989 e HANSEN,
A. H. Um guia para Keynes. So Paulo: Vrtice Universitria, 1987.
3) Os princpios keynesia nos foram aplicados pelas polticas econmicas nacionais que a maioria das naes desenvolvidas, em desenvolvimento e atrasadas estabeleceram nos ltimos 70 anos. Para saber
mais sobre poltica econmica e sua influncia no crescimento e na
estabilidade econmica dos pases e sobre o que foi resumido aqui,
consulte: SAMUELSON, P. A.; NORDAUS, W. D. Economics. 12 ed.
New York: McGraw-Hill, 1985. DORNBUSCH, R.; FISCHER, S. Macroeconomia. 5 ed. So Paulo: Makron Books, 2000. BLANCHARD, O.
Macroeconomia: Teoria e poltica econmica. 2 ed. Rio de Janeiro:
Campus, 2001. BOLETIM SEMESTRAL DO CENTRO DE ESTUDOS DE
CONJUNTURA E POLTICA ECONMICA DO INSTITUTO DE ECONOMIA DA UNICAMP. Poltica econmica em foco. Campinas: Unicamp,
nov. 2005/abr. 2006.
Ao longo dos anos de 1930, a Teoria Geral de Keynes comeou a ser entendida como capaz de responder aos problemas bsicos da nova economia e, por isso, aceita como fundamental
compreenso da nova realidade econmica.
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No processo, o consumo e o investimento dependem de variveis, tais como a funo consumo, a funo investimento, a taxa
de juro e a poltica do governo. A interao completa entre estas
variveis determina a procura agregada.
A Figura 1 a seguir mostra o processo completo.
Mas, se a procura agregada superar a oferta agregada, iniciar-se- disputa entre os consumidores pelos bens e servios produzidos, e os preos dos produtos disputados vo aumentar; a inflao de procura decorrente desta disputa.
Importante: o descontrole de preos no desejado por nenhum agente econmico, nem deve ser tolerado pelos governos.
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Na elaborao de polticas econmicas de alcance macroeconmico, que so comuns, h divergncias quanto ao grau de interveno do governo: alguns defendem a poltica do laissez-faire
ou liberalismo econmico, enquanto outros acreditam que o governo deve ir alm, cobrindo as deficincias de mercado.
Lembremo-nos de que o alcance da poltica macroeconmica depende do sistema econmico vigente, das leis e das instituies do pas. No Brasil, por exemplo, desde 1990, a poltica macroeconmica vem tentando limitar o papel dos governos e reduzir o
poder econmico do Estado.
Todavia, a poltica econmica pode tornar-se contraproducente, caso o diagnstico dos problemas econmicos seja errneo
e as diretrizes polticas no sejam adequadas ao problema que se
pretende resolver. As experincias mostram que o xito de uma
poltica econmica depender, e muito, da reao dos agentes
econmicos, da sua execuo e da confiana poltica no governo
gestor.
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promover reformas institucionais, aperfeioar mecanismos de resoluo de conflitos e fazer boa governana so, tambm, aes
fundamentais para o xito de qualquer poltica macroeconmica.
Glossrio de Conceitos
O Glossrio de Conceitos permite a voc uma consulta rpida e precisa das definies conceituais, possibilitando-lhe um
bom domnio dos termos tcnico-cientficos utilizados na rea de
conhecimento dos temas tratados na disciplina Macroeconomia.
Veja, a seguir, a definio dos principais conceitos desta disciplina:
1) Anlise econmica: aplicao realidade econmica
do mtodo cientfico de decomposio em elementos
mais facilmente compreensveis que o todo, visando a
inseri-los em um esquema explicativo (DICIONRIO DE
ECONOMIA, 2012).
2) Economia clssica: a cincia econmica consolidada
com a escola clssica. O marco fundamental a obra
Uma Investigao sobre a Natureza e Causas da Riqueza das Naes (1776), do escocs Adam Smith (17231790). Aps a morte de Smith, trs nomes aperfeioam e ampliam suas ideias: o francs Jean-Baptiste Say
(1767-1832) e os ingleses Thomas Malthus (1766-1834)
e David Ricardo (1772-1823). O pensamento clssico se
desenvolve na segunda metade do sculo XVIII e no sculo XIX. Desse modo centra suas reflexes nas transformaes do processo produtivo, trazidas pela Revoluo
Industrial. Adam Smith afirma que no a prata ou o
ouro que determina a prosperidade de uma nao, mas
sim o trabalho humano. Em consequncia, qualquer mudana que aprimore as foras produtivas enriquece uma
nao. A principal delas alm da mecanizao a diviso social do trabalho, amplamente estudada por ele.
A escola tambm aborda as causas das crises econmicas, as implicaes do crescimento populacional e a acumulao de capital. Os clssicos defendem o liberalismo
e elaboram o conceito de racionalidade econmica, no
qual o indivduo deve satisfazer suas necessidades sem
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se preocupar com o bem-estar coletivo. Essa busca egosta e competitiva, no entanto, estaria na origem de todo
o bem pblico porque qualquer interveno nessas leis
naturais do comportamento humano bloquearia o desenvolvimento das foras produtivas. Usando a metfora econmica de Smith, os homens, conduzidos por uma
mo invisvel, acabam promovendo um fim que no era
intencional (COLA DA WEB, 2012).
3) Economia neoclssica: a escola surge no fim do sculo
XIX com o austraco Carl Menger (1840-1921), o ingls
William Stanley Jevons (1835-1882) e o francs Lon
Walras (1834-1910). Posteriormente se destacam o ingls Alfred Marshall (1842-1924), o austraco KnutWicksell (1851-1926), o italiano Vilfredo Pareto (1848-1923)
e o norte-americano Irving Fisher (1867-1947) [...]. Os
neoclssicos negam a teoria clssica do valor-trabalho.
Amparados pelas ideias do filsofo ingls Jeremy Bentham (1748-1832), criador do utilitarismo, eles afirmam
que o valor de um produto uma grandeza subjetiva:
relaciona-se com a utilidade que ele tem para cada um.
Essa utilidade, por sua vez, depende da quantidade do
bem de que o indivduo dispe. Nos desertos, por exemplo, a gua um produto valioso, ao passo que em regies chuvosas o valor cai consideravelmente. Dessa maneira, o preo das mercadorias e dos servios passa a ser
definido pelo equilbrio entre a oferta e a procura. Essa
lei do mercado, para os neoclssicos, conduz estabilidade econmica [...] (ACADEMIA ECONMICA, 2012).
4) Estabilidade econmica: rene trs objetivos bsicos,
em que a atuao da poltica econmica de importncia vital: 1) manuteno do pleno emprego; 2) estabilidade geral de preos; 3) equilbrio do balano internacional de pagamentos. Assim, estabilidade a situao
da economia de um pas caracterizada pela ausncia
relativa de flutuaes cclicas. Depende basicamente do
nvel da produo, do emprego e dos preos, fatores que
costumam flutuar em conjunto de forma cclica. No plano da produo e do emprego, pode-se considerar situao de estabilidade aquela em que o produto nacional
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as exportaes. Sob essa tica, o PIB tambm denominado Despesa Interna Bruta (SANDRONI, 2012).
11) Varivel econmica: o termo varivel designa uma
grandeza que pode ser definida e medida. Quando se
fala em variveis econmicas, pretende-se referir um
conjunto de grandezas determinadas pelo funcionamento do sistema econmico, onde esto includos, por
exemplo, os preos, as quantidades transacionadas no
mercado, a riqueza produzida, as taxas de juro, as taxas
de cmbio, as taxas de desemprego, entre diversas outras. Existe tambm um conjunto de variveis exgenas
economia que apesar de externas economia, as influenciam. Incluem-se no conjunto das variveis exgenas o clima, a situao social e poltica, as guerras e revolues, a evoluo demogrfica, entre muitas outras
(KNOOW.NET, 2012).
Esquema dos Conceitos-chave
Para que voc tenha uma viso geral dos conceitos mais importantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 3), um Esquema dos Conceitos-chave da disciplina. O mais aconselhvel
que voc mesmo faa o seu esquema de conceitos-chave ou at
mesmo o seu mapa mental. Esse exerccio uma forma de voc
construir o seu conhecimento, ressignificando as informaes a
partir de suas prprias percepes.
importante ressaltar que o propsito desse Esquema dos
Conceitos-chave representar, de maneira grfica, as relaes entre os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais
complexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar voc
na ordenao e na sequenciao hierarquizada dos contedos de
ensino.
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-se que, por meio da organizao das ideias e dos princpios em
esquemas e mapas mentais, o indivduo pode construir o seu conhecimento de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos peGuia de Estudos
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Bibliografia Bsica
fundamental que voc use a Bibliografia Bsica em seus estudos, mas no se prenda s a ela. Consulte, tambm, as bibliografias apresentadas no Plano de Ensino e no item Orientaes para o
estudo da unidade.
Figuras (ilustraes, quadros...)
Neste material instrucional, as ilustraes fazem parte integrante dos contedos, ou seja, elas no so meramente ilustrativas, pois esquematizam e resumem contedos explicitados no
texto. No deixe de observar a relao dessas figuras com os contedos da disciplina, pois relacionar aquilo que est no campo visual com o conceitual faz parte de uma boa formao intelectual.
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Dicas (motivacionais)
O estudo desta disciplina convida voc a olhar, de forma
mais apurada, a Educao como processo de emancipao do ser
humano. importante que voc se atente s explicaes tericas,
prticas e cientficas que esto presentes nos meios de comunicao, bem como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois,
ao compartilhar com outras pessoas aquilo que voc observa, permite-se descobrir algo que ainda no se conhece, aprendendo a
ver e a notar o que no havia sido percebido antes. Observar ,
portanto, uma capacidade que nos impele maturidade.
Voc, como aluno do curso de graduao na modalidade
EaD, necessita de uma formao conceitual slida e consistente.
Para isso, voc contar com a ajuda do tutor a distncia, do tutor
presencial e, sobretudo, da interao com seus colegas. Sugerimos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades
nas datas estipuladas.
importante, ainda, que voc anote as suas reflexes em
seu caderno ou no Bloco de Anotaes, pois, no futuro, elas podero ser utilizadas na elaborao de sua monografia ou de produes cientficas.
Leia os livros da bibliografia indicada, para que voc amplie
seus horizontes tericos. Coteje-os com o material didtico, discuta a unidade com seus colegas e com o tutor e assista s videoaulas.
No final de cada unidade, voc encontrar algumas questes
autoavaliativas, que so importantes para a sua anlise sobre os
contedos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos
para sua formao. Indague, reflita, conteste e construa resenhas,
pois esses procedimentos sero importantes para o seu amadurecimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na
modalidade a distncia participar, ou seja, interagir, procurando
sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
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4. Competncias
Compreenso suficiente para justificar a importncia do
pensamento econmico clssico e neoclssico no entendimento do comportamento econmico do indivduo, das
empresas e do governo.
Entendimento de como as principais concepes clssicas, keynesianas e neoclssicas de teoria econmica embasam as aes de polticas econmicas atuais, requerendo compreenso de como o comportamento dos agentes
econmicos famlias, governo e empresas afeta o desempenho da economia como um todo. Entendimento,
tambm, de como as bases das polticas econmicas atuais foram pensadas, em grande parte, na teoria clssica e,
depois, aprimoradas e adaptadas pela teoria keynesiana
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e seus seguidores.
Compreenso de que a macroeconomia clssica, como
toda a teoria econmica clssica, parte do pressuposto
fundamental de que o mundo econmico governado
por leis naturais, as quais, se funcionarem livremente, produziro sempre os melhores resultados possveis(HUNT,
2000, p. 53-69).
Entendimento de que, para o pensamento clssico, uma
poltica econmica baseada no laissez-faire s traria os
resultados esperados com o pleno funcionamento do
mercado, o que pressupe nenhuma ou mnima interveno governamental. Alm deste pressuposto geral, a
macroeconomia clssica partia de outros dois pressupostos importantes: (1) o de que os preos e salrios eram
sempre flexveis e (2) de que a moeda no era utilizada com fins de ente entesouramento (DILLARD, 1989, p.
25).Estes pressupostos permitiam o desenvolvimento dos
dois modelos centrais da macroeconomia clssica: a lei
do mercado, de Say,segundo a qual a oferta cria sua prpria procura e a
teoria quantitativa da moeda, que, partindo da equao de trocas,
conclua que, sendo a velocidade da moeda constante, e dada uma
determinada quantidade de moeda, a produo variava em relao
inversa e proporcional aos preos (DILLARD, 1989, p. 26).
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No caso brasileiro, em todas as eleies majoritrias, a poltica econmica est no centro das discusses lideradas pelos candidatos eletivos.
Vejamos tambm, nestas orientaes iniciais, cada um dos
mercados que compem o escopo analtico da macroeconomia,
pois so relevantes para a compreenso dos temas abordados na
disciplina. Os mercados so os seguintes:
Mercado de bens e servios: no qual se estuda a agregao de todos os bens e servios produzidos pela economia
durante certo perodo de tempo, para definir o Produto
Interno Bruto PIB. O preo desse produto uma mdia
de todos os preos produzidos no pas, o que chamamos
de nvel geral de preos.
Mercado de trabalho: tambm representa uma agregao de todos os tipos de trabalhos existentes na economia. Neste mercado, determinam-se a taxa salarial e o
nvel de emprego.
Alm desses, discute-se o mercado monetrio, pois a anlise econmica desenvolvida em uma economia cujas trocas so
efetuadas utilizando-se moeda. Assim, a moeda torna-se importante na determinao dos preos e das quantidades produzidas.
No mercado monetrio, so determinadas as taxas de juros e a
quantidade de moeda necessria para efetuar as transaes econmicas.
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Desse modo, idealiza-se um mercado no qual os agentes superavitrios emprestam para os deficitrios. H um mercado constitudo por ttulos, que fazem essa funo. Este engloba ttulos do
governo, aes, debntures, duplicatas etc. No mercado de ttulos,
procura-se determinar o preo e a quantidade de ttulos.
Como a taxa de juros determinada, na realidade, tanto no
mercado monetrio como no mercado de ttulos, comum analisar esses dois mercados conjuntamente, constituindo-se o mercado financeiro.
Por ltimo, o pas realiza uma srie de transaes com o
resto do mundo, envolvendo mercadorias, servios e transaes
financeiras. Para essas transaes viveis, os preos dos diferentes pases devem ser comparados, e o valor da moeda de um pas
deve ser convertido no valor das moedas dos outros. A taxa de
cmbio permite calcular a relao de troca, isto , o preo relativo
entre diferentes moedas. Este o mercado cambial.
Em suma, o objetivo da anlise macroeconmica consiste
em estudar como so determinados o nvel de produto, o nvel
geral de preos, a taxa de salrios, o nvel de emprego, a taxa de
juros, a quantidade de moeda, o preo e a quantidade de ttulos e
a taxa de cmbio.
Como os fenmenos estudados pela macroeconomia so gerais e decorrem da integrao entre setor pblico, muitas famlias
e empresas, macro e microeconomia esto estreitamente interligadas. Ao estudar a economia como um todo, devem-se considerar as decises tomadas por agentes econmicos individuais. Assim, para compreender os determinantes do consumo agregado,
preciso pensar, por exemplo, numa famlia que decide quanto vai
gastar no presente e quanto quer poupar para o futuro.
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Os principais postulados da Teoria Econmica Clssica baseiam-se na lei de que os preos e os salrios so flexveis e, deste
modo, criam as condies de mercado para o no surgimento de
excedentes de oferta e procura, alm de restabelecer o pleno emprego e o produto em plena capacidade. Em outras palavras, dada
a flexibilidade dos preos e salrios, a oferta cria sua prpria demanda.
Conforme os economistas clssicos, a poltica macroeconmica no determinante na reduo do desemprego ou na estabilizao das flutuaes econmicas.
As hipteses da macroeconomia clssica
Com o advento da Primeira Revoluo Industrial, no final do
sculo 18, deu-se o triunfo do liberalismo clssico e da ideologia capitalista.
Para Lima e Sics (2003, p. 286-300):
[...] A macroeconomia clssica, como toda a teoria econmica clssica, parte do pressuposto fundamental de que o mundo econmico governado por leis naturais, as quais, se forem deixadas a
funcionar livremente, produziro sempre os melhores resultados
possveis. Alm deste pressuposto geral, a macroeconomia clssica
partia ainda de dois pressupostos importantes que so a plena flexibilidade de preos e salrios e do no uso da moeda como reserva
de valor ou entesouramento.
Os dois pressupostos permitiam o desenvolvimento dos dois modelos centrais da macroeconomia clssica: a lei do mercado ou
Lei de Say, segundo a qual a oferta cria sua prpria procura, e a
teoria quantitativa da moeda.
Alm dos dois modelos, para equilibrar a poupana e o investimento, a macroeconomia clssica defendia que estas duas variveis eram dependentes da taxa de juro. Esta, por sua vez, era determinada pela oferta de poupana e a procura de investimentos.
O resultado de todo o processo era o pleno emprego. Assim era
descartada a probabilidade de crises por conta de insuficincia de
demanda agregada; que Keynes identificou anos mais tarde como
sendo a causa das crises do capitalismo.
O primeiro pressuposto, da existncia de preos flexveis, era importante para a macroeconomia clssica, embora no absolutaGuia de Estudos
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John Stuart Mill encarava a participao do governo na economia com mais naturalidade:
[...] Em sua viso, o governo deveria assumir a responsabilidade por
atividades de interesse geral, no porque o setor privado no seria
capaz de prov-las, mas simplesmente porque ele no o faria. Ele
argumentava que o governo deveria prover estradas, escolas, hospitais, asilos e outros servios pblicos, executando todas as atividades que fossem suporte para melhoria geral da qualidade de vida
da populao (DILLARD, 1989, p. 15-26).
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6. Contedos Complementares
A leitura das duas obras a seguir fundamental ao entendimento do porqu estudar macroeconomia e sua aplicao. Propicia uma compreenso inicial dos postulados da macroeconomia
clssica e keynesiana no aprofundados neste guia, pois quanto
maior for seu entendimento sobre os princpios clssicos e keynesianos, maior ser sua facilidade em entender a economia. So
elas:
DILLARD, D. A teoria econmica de John Maynard Keynes. 6. ed. So Paulo:
Pioneira, 1989 (Captulo 9, O Fundo Clssico, p. 13-26).
HUNT, E. K. Histria do pensamento econmico. Petrpolis: Vozes, 2000. (captulos
2, Ideias Econmicas anteriores a Adam Smith; cap. 4, Thomas Robert Maltuhs;
cap. 5, David Ricardo).
7. Questes Autoavaliativas
Sugerimos que voc procure responder, discutir e comentar
as questes a seguir que tratam da temtica desenvolvida nesta
unidade, ou seja,das razes que justificam o estudo da macroeconomia, da evoluo do estudo da macroeconomia, das interpretaes dos principais fundamentos da teoria clssica, da crtica
keynesiana ao pensamento econmico clssico e uma viso geral
dos fundamentos da Teoria Geral de Keynes e das Crticas Teoria
Geral. A autoavaliao pode ser uma ferramenta importante para
voc testar o seu desempenho. Se voc encontrar dificuldades em
responder a essas questes, procure revisar os contedos estudados para sanar as suas dvidas. Esse o momento ideal para que
voc faa uma reviso desta unidade. Lembre-se de que, na Educao a Distncia, a construo do conhecimento ocorre de forma
cooperativa e colaborativa; compartilhe, portanto, as suas descobertas com os seus colegas.
Confira, a seguir, as questes propostas para verificar o seu
desempenho no estudo desta unidade:
1) Conceitue e aponte as principais diferenas entre os enfoques da macroeconomia e da microeconomia.
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2) Como os pensadores clssicos entendiam a macroeconomia dentro do objeto de anlise da economia clssica? Qual o principal postulado da macroeconomia clssica?
3) O objeto de anlise econmica de Keynes o mesmo dos clssicos? Explique.
4) Por que os ps-keynesia nos criticaram alguns postulados da Teoria Keynesiana? Quais as justificativas para tal crtica?
5) Quais so as bases fundamentais da anlise econmica desenvolvida pela
corrente de economistas que ficou conhecida como monetarismo?
6) Ser que o monetarismo referencial s polticas monetrias atualmente
empregadas pela maioria dos pases desenvolvidos e em desenvolvimento?
Explique.
7) Quais so as funes da moeda de acordo com os clssicos? E o papel da
taxa de juro?
8) Por que na macroeconomia clssica as variaes do salrio nominal deveriam ser iguais s variaes na produtividade do trabalho? Esta concepo
ainda vlida e empregada?
9) O que se entende por economia de mercado?
10) Qual a associao entre a economia de mercado e o neoliberalismo econmico, to questionado pelos pensadores de esquerda, no Brasil?
8. E-Referncias
Sites pesquisados
ACADEMIA ECONMICA. Teorias clssicas. Disponvel em: <http://www.
academiaeconomica.com/2008/05/teorias-clssicas.html>. Acesso em: 28 set. 2012.
BLOG DA ASSOCIAO KEYNESIANA BRASILEIRA. Disponvel
associacaokeynesiana.wordpress.com/>. Acesso em : 13 dez. 2012.
em:
<http://
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3. Referncias
ABEL, A. B.; BERNANKE, B.; CROUSHORE, D. Macroeconomia. 6. ed. So Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2008. Disponvel em: <http://claretiano.bvirtual.com.br/>. Acesso em: 3
out. 2012.
BLANCHARD, O. Macroeconomia. 5. ed. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. Disponvel
em: <http://claretiano.bvirtual.com.br/>. Acesso em: 3 out. 2012.
4. Competncias
Compreenso dos postulados clssicos questionados por
Keynes, que contriburam para explicar as razes de a
economia no apresentar pleno emprego permanente e
que ofereceram ideias para estimular o crescimento e reduzir o desemprego involuntrio.
Entendimento sobre como as principais concepes keynesianas explicam o comportamento geral da economia
e, por isso, embasam as aes de polticas econmicas
atuais. Isto requer entendimento do comportamento dos
agentes econmicos famlias, governo e empresas e
de como estes afetam o desempenho da economia como
um todo.
Compreenso dos determinantes da demanda agregada
e do nvel geral de emprego e das relaes consumo, investimento, poupana e taxa de juro. A sequncia de relaes entre variveis indispensvel compreenso do
multiplicador de emprego ou investimento, alm de seus
reflexos sobre o emprego, o produto e a renda.
Clareza sobre o papel do Estado como agente econmico
capaz de minimizar os efeitos de crises e estimular invesGuia de Estudos
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timentos geradores de novos empregos. Por que o Estado? Como e quando faz-lo?
Entendimento da importncia das expectativas sobre o
futuro e do comportamento dos empresrios em suas decises em investir. Como estes lidam com as expectativas
e os riscos associados aos novos investimentos.
5. Orientaes para o estudo da unidade
Na Unidade 1, voc estudou os fundamentos tericos da
economia clssica e compreendeu a evoluo do pensamento
econmico. Nesta unidade, voc conhecer os princpios tericos
fundamentais e as contribuies da Teoria Geral de Keynes macroeconomia.
Primeiro ponto importante a ser compreendido. Emprego:
clssicos x Keynes
Os argumentos clssicos sobre o desemprego so compatveis com o desemprego friccional e voluntrio, bem como o sazonal ou casual. Conforme o que voc vai estudar em Lima e Sics
(2003, p. 3-28), a tese clssica a de que o (...), desemprego
voluntrio devido recusa do trabalhador em aceitar uma recompensa inferior ao seu produto marginal.
Em outras palavras, se o trabalhador aceitasse o salrio de
mercado, no haveria desemprego involuntrio.
Contudo, boa parte do nmero de desempregados no estaria disposta a ganhar menos no novo emprego.
Mas, para Keynes, o verdadeiro teste sobre as causas do
desemprego saber se os trabalhadores abandonam o trabalho
quando o salrio real cai.
Keynes questiona o princpio clssico de que os salrios so
flexveis, ou seja, caem quando a demanda agregada diminui e aumentam quando a oferta agregada sobe.
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poltica econmica, a fim de obter-se maior igualdade na repartio dos rendimentos, aumentaria a propenso ao consumo.
Aps a apresentao das ideias de Keynes, passou a ser
consenso entre os economistas a veracidade de tais ideias,
pois,conforme trecho extrado do captulo 12 de Lima e Sics
(2003, p. 429-450):
[...]o consumo uma funo do rendimento e das expectativas
que os indivduos tm sobre esse rendimento. (...). Tambm importante considerar o efeito sobre a propenso total ao consumo
que as aes do governo, no sentido de criar uma poupana social
destinada ao pagamento de dvidas, desencadeiam no volume de
gastos pblicos e, conseqentemente, em toda a economia.
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No captulo 14 de Lima e Sics (2003, p. 499-533), mostrado como se formam as expectativas keynesianas, portanto,
estudo bsico para este tpico da disciplina Macroeconomia.
Outra relao fundamental da Teoria Geral de Keynes a
que abrange consumo e poupana. J foi mencionado que quanto maior a renda da sociedade, maior tende a ser a propenso a
poupar disposio a poupar uma parcela maior do rendimento
disponvel.
A maior propenso a poupar altera a relao de gasto total
entre consumo final e investimento, em funo do rendimento.
Neste ambiente de mudana de tal relao, a taxa de juros torna-se uma varivel importante no equilbrio macroeconmico de
maior emprego possvel.
Vamos estudar a relao consumo poupana e, para tal,
recomendamos o captulo 4 de Abel; Bernanke; Croushore (2008,
p. 78-145), que j foi sugerido anteriormente.
Somente para chamar a sua ateno, de acordo com Keynes, quando a renda (Y) incrementada (aumenta), a comunidade
(economia), no seu conjunto, no gasta esse incremento totalmente em consumo. Esta lei psicolgica no importante apenas para
a estabilidade do sistema, mas tambm significa que se a propenso ao consumo for de tal modo que C < Y, ento Y s poder ser
positivo se I (investimento) for positivo.
Os empresrios oferecem, constantemente, a quantidade de
empregos suficientes para criar uma quantidade de rendimentos,
o que torna as equaes verdadeiras. S se altera o rendimento
se forem modificadas, tambm, as expectativas dos empresrios.
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Todavia,
[...], o ponto de vista tradicional (clssico) sobre a poupana de
que, quando se gasta menos que o rendimento, a poupana aumenta e existe um incremento da procura de meios de investimento (DILLARD, 1989, p. 14-26).
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[...] a Teoria Geral obteve imediatamente uma enorme repercusso. As ideias nela expostas foram alvo de grandes elogios e constituram-se, imediatamente, em uma escola de brilhantes economistas. Foram apresentadas novas perspectivas de desenvolvimento e
novas reas de estudo se abriram para a cincia econmica, alm
de atualizar o pensamento econmico poca. A Teoria Econmica
recuperou o contato com a realidade e voltou a ser operacional.
Mesmos os economistas que no se tornaram estritamente keynesianos foram profundamente influenciados por Keynes. Especialmente em relao s novas geraes de economistas, todos sofreram a influncia de suas ideias.
7. Questes Autoavaliativas
Sugerimos que voc procure responder, discutir e comentar
as questes a seguir que tratam da temtica desenvolvida nesta
unidade, ou seja, como as questes gerais da Teoria Geral de Keynes: a oferta agregada e a procura agregada, os determinantes do
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8. E-Referncias
Sites pesquisados
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associacaokeynesiana.wordpress.com/>. Acesso em: 13 dez. 2012.
em:
<http://
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4. Competncias
Compreenso da importncia que os preos exercem em
qualquer economia de mercado, sobretudo, quando o
mercado livre para formar os preos dos bens e servios
e dos fatores de produo.
Entendimento sobre a dinmica dos preos e como estes
influenciam as decises dos agentes econmicos no que
se refere ao consumo final e ao investimento e, por consequncia, ao nvel geral de emprego.
Compreenso do que inflao, suas causas, do processo
inflacionrio brasileiro e suas consequncias sobre o crescimento e o desenvolvimento econmico.
Compreenso do que representam os valores, quantificados em preos, ao longo do tempo, e como so relevantes
para a tomada de deciso econmica.
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Interno Bruto PIB. Essa relao entre nvel de atividade econmica, preos e nvel geral de emprego tambm deve ser estudada
no captulo 12 de Abel; Bernanke e Croushore (2008, p. 314-401)
(Disponvel em: <http://claretiano.bvirtual.com.br/>. Acesso em: 3
out. 2012).
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qualquer aumento de consumo destes produtos desencadear aumento de seus preos. Isso se d porque, em curto prazo, a necessidade de consumo maior do que a capacidade de oferecer o
bem ou servio. Naturalmente, as empresas desse setor vo investir na ampliao da oferta, mas at o novo investimento resultar
em mais oferta, os preos continuaro subindo.
J a inflao de custos est presente na oferta, isto , mesmo sem alteraes dos nveis de demanda, os custos de certos insumos importantes aumentam e so repassados aos preos dos
produtos.
Pinho e Vasconcellos (2005, p. 341-343)exploram algumas das
causas bsicas da inflao de custos:
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Inflao inercial. Desde a dcada de 1960, algumas economias com inflao alta vm adotando um mecanismo de correo
de contratos e preos que ficou conhecido como indexao.
[...] A partir de ento surgiu a abordagem inercialista, que se fundamenta na capacidade de auto-propagao da inflao e na prtica generalizada da indexao, ou seja, correo dos custos dos
fatores e dos preos dos produtos, indefinidamente, pelos ndices
da inflao passada, para que se mantenha a estrutura dos preos
relativos e se recomponha a capacidade de compra das remuneraes pagas.
A concepo da inflao inercial pressupe expectativas compulsivas que levam remarcao contnua de preos, indexao de
contratos e a um tipo de convivncia com o processo de alta aceito
e praticado por todos os agentes econmicos (PINHO, VASCONCELLOS, 2005, p. 343).
Na fase de gestao do Plano Real, acertadamente, a principal preocupao residia no desequilbrio dos preos relativos. A
grande sacada para resolver esse problema que parecia insolvel
foi a criao da URV (unidade de referncia de valor), indexada a
uma moeda forte, o dlar, com a qual os agentes econmicos
acreditavam que manteriam o seu poder de compra.
Com isso, todos os principais preos da economia chegaram
a um valor de equilbrio, eliminando, naturalmente, o conflito distributivo, isto , excluindo a necessidade de corrigir preos, porque os insumos e as matrias-primas haviam aumentado (inflao
de custos) e a correo de expectativas de inflao futura seria
maior do que a do presente (inflao inercial).
Muitos economistas defendiam a tese de que parte da inflao corrente era resultante das expectativas dos agentes econmicos, pois eles acreditavam que, no ms posterior, a inflao
seria maior do que a do ms anterior. Diante disso, simplesmente,
reajustavam seus preos com base na inflao futura.
Inflao estrutural. Em meados dos anos de 1950, o ambiente acadmico, principalmente da Amrica Latina, foi dominado por
uma discusso sobre combate inflao, protagonizado por duas
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=
VLR DEZ. 2004 IPCA DEZ. 2004 / IPCA JUN. 2001 VLN JUN. 2001
Aplicando os valores citados, obtemos:
DEZ. 2004
VLR
=
0, 40 / 0, 25 $400, 00
2004
VLR DEZ.
=
1, 6000 $400, 00
=
VLR JUN. 2001 IPCA JUN. 2001 / IPCA DEZ. 2004 VLN DEZ. 2004
Aplicando os valores citados, obtemos:
JUN. 2001
VLR
=
0, 25 / 0, 40 $600, 00
JUN. 2001
VLR=
0, 6250 $600, 00
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6, 67% .
Caso voc queira corrigir os $375,00 pela variao de preos do perodo, encontrar um fator multiplicador ou de correo de valores igual a 1, 6000 = 0, 40 / 0, 25 . Assim, obtemos:
1, 6000 $375 =
$600 .
No devemos comparar valores monetrios, como, por
exemplo, preos, salrios, cmbio, juros e aluguis de anos diferentes, sem o correto clculo dos seus valores reais, isto , o seu
poder de compra no momento em que se faz a anlise.
A anlise do poder de compra da moeda, especificada em
seu salrio, passa, necessariamente, por esse tipo de exerccio. Um
trabalhador brasileiro s pode afirmar que o poder de compra do
seu salrio aumentou depois que fizer esse tipo de clculo e constatar que o aumento corrente (nominal) do salrio foi maior do
que a variao da inflao do perodo em estudo.
No podemos esquecer que o ndice de inflao resultado
de uma mdia ponderada da variao dos preos de determinados produtos, e no de todos. Assim, dada a cesta de consumo de
cada agente, a sua inflao pode ser um pouco diferente da captada pelo ndice. Tal concluso no desvaloriza os ndices de inflao, que so resultados de procedimentos muito bem elaborados.
Mas, importante ter cincia de que a referida inflao pode no
ser exatamente igual do ndice de reajuste do salrio, do aluguel
etc.
Como considerao final, importante voc ter compreendido que, para se avaliar a evoluo real de uma varivel entre dois
momentos do tempo, preciso sempre descontar de seu valor noGuia de Estudos
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1966
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19,3
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19,5
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40,8
1979
77,2
1980
110,2
1981
95,2
1982
99,7
1983
211,0
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223,8
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65,0
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415,8
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1.037,6
1989
1.782,9
1990
1.476,71
1991
480,17
1992
1.157,84
1993
2.708,39
1994
909,67
1995
14,77
1996
9,33
1997
7,48
1998
1,71
1999
19,99
2000
9,80
2001
10,40
2002
26,41
2003
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12,14
2005
5,69
2006
3,14
2007
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2008
5,90
2009
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2011
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6. Contedos Complementares
A leitura das trs obras a seguir fundamental ao entendimento dos preos e da inflao. O estudo delas propiciar uma
compreenso bsica da dinmica dos preos na economia e do valor da moeda no tempo. So elas:
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7. Questes Autoavaliativas
Sugerimos que voc procure responder, discutir e comentar
as questes a seguir que tratam da temtica desenvolvida nesta
unidade, ou seja, a dinmica dos preos em uma economia de
mercado com preos livres e como esta influencia o consumo final,
os investimentos e o nvel geral de emprego, a introduo ao fenmeno da inflao e sua evoluo no Brasil, noes de valores monetrio e real e o problema de comparao dos valores correntes
de pocas diferentes e como encontrar o valor real de salrios e
preos de uma srie histrica e o processo de tomada de deciso.
A autoavaliao pode ser uma ferramenta importante para
voc testar o seu desempenho. Se voc encontrar dificuldades em
responder a essas questes, procure revisar os contedos estudados para sanar as suas dvidas. Esse o momento ideal para que
voc faa uma reviso desta unidade. Lembre-se de que, na Educao a Distncia, a construo do conhecimento ocorre de forma
cooperativa e colaborativa; compartilhe, portanto, as suas descobertas com os seus colegas.
Confira, a seguir, as questes propostas para verificar o seu
desempenho no estudo desta unidade:
1) Qual a importncia dos preos em uma economia de mercado?
2) Quando podemos afirmar que a causa da inflao reside nos custos de produo? Todo aumento de custo gerador de inflao? Explique.
3) Quando o aumento de demanda provoca a inflao de demanda? Porque
algumas economias nacionais crescem constantemente, e a taxas razoveis,
sem gerar inflao, e a do Brasil no?
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8. E-referncia
Sites pesquisados
PORTAL BRASIL. Brasil: taxas anuais de inflao (dez./dez.) (medidas pelo ndice Geral
de Preos disponibilidade interna IGP DI) 1947 a 2012. Disponvel em: <http://www.
portalbrasil.net/igp.htm>. Acesso em: 8 out. 2012.
BANCO CENTRAO DO BRASIL. Disponvel em: <http://www4.bcb.gov.br/pec/gci/port/
focus/FAQ%202-%20%C3%8Dndices%20de%20Pre%C3%A7os%20no%20Brasil.pdf>.
Acesso em: 12 dez. 2012.
IPCA / INPC: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. Disponvel em: <www.
ibge.gov.br/home/estatistica/.../inpc_ipca/defaulttab.shtm>. Acesso em: 12dez. 2012.
FGV INDICADORES DE PREOS. Disponvel em: <http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumC
hannelId=402880811D8E34B9011D92AF56810C57>. Acesso em: 12 dez. 2012.
FIPE FUNDAO INSTITUTO DE PESQUISAS ECONMICAS. Disponvel em: <http://fipe.
org.br/web/index.asp>. Acesso em: 13 dez. 2012.
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que determinam o desempenho de agregados econmicos, como o PIB, emprego, renda, consumo, investimento
etc.
Entender as flutuaes dos principais agregados macroeconmicos como indicadores de desempenho econmico.
Compreender como interagem os principais determinantes da demanda e da oferta agregadas.
Conhecer uma viso geral dos instrumentos de poltica
econmica e como utiliz-los a fim de alcanar os objetivos fundamentais da economia.
2. Contedos
A contabilidade nacional e a mensurao dos principais
agregados macroeconmicos.
Os modelos de oferta agregada e de demanda agregada e
as possibilidades de interao entre suas variveis.
Como a demanda agregada e a oferta agregada afetam o
desempenho do PIB.
Como a poltica econmica pode influenciar os resultados
dos agregados macroeconmicos.
3. Referncias
ABEL, A. B.; BERNANKE, B.; CROUSHORE, D. Macroeconomia. 6. ed. So Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2008. Disponvel em: <http://claretiano.bvirtual.com.br/>. Acesso em: 3
out. 2012.
BLANCHARD, O. Macroeconomia. 5. ed. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. Disponvel
em: <http://claretiano.bvirtual.com.br/>. Acesso em: 3 out. 2012.
LIMA, G. T.; SICS, J. (Org.). Macroeconomia do emprego e da renda: Keynes e o
keynesianismo. Barueri: Manole, 2003. Disponvel em: <http://claretiano.bvirtual.com.
br/>. Acesso em: 3 out. 2012.
MOCHN, F. Princpios de Economia. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
PARKIN, M. Macroeconomia. 5. ed. So Paulo: Pearson / Addison Wesley, 2003. Disponvel
em: <http://claretiano.bvirtual.com.br/>. Acesso em: 3 out. 2012.
TEBCHIRANI, F. R. Princpios de Economia: micro e macro. 2. ed. Curitiba: Ibpex, 2008.
Disponvel em: <http://claretiano.bvirtual.com.br/>. Acesso em: 3 out. 2012.
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4. Competncias
Compreenso de que as contas nacionais so um conjunto de tcnicas ou metodologias com o objetivo principal
de representar e quantificar a atividade econmica de um
pas, durante determinado perodo de tempo, tais como
PIB, ndice de desemprego, renda e distribuio, consumo, investimento etc. (adaptado de PAULANI, 2004, p.
1-5).
Entendimento da dinmica das principais variveis macroeconmicas consumo final, investimento e poupanas,
com compreenso de como e quando estas interagem, e
seus resultados possveis. Em outras palavras, de que maneira cada uma delas pode contribuir para os resultados
econmicos corrente e futuro.
Compreenso de que as variveis macroeconmicas no
s influenciam o Produto Interno, em decorrncia das
aes dos agentes econmicos famlias, empresas e
governo , mas tambm podem ser manipuladas ou
sofrer aes diretas do governo para obteno dos resultados alm dos das relaes racionais entre os agentes
econmicos. Em outras palavras, o governo interfere na
economia, por meio da poltica econmica, para conseguir resultados diferentes dos previstos pelo mercado,
caso este fosse totalmente livre.
5. Orientaes para o estudo da unidade
Nesta unidade, vamos estudar a dinmica macroeconmica
e compreender a interao entre as principais variveis macroeconmicas bsicas e os resultados desta interao no consumo final,
no desemprego, na inflao, na poupana etc., sendo perceptveis
nos grandes agregados: PIB e Renda. No geral, todos esses elementos so indispensveis para o crescimento econmico e para a
tomada de decises.
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Para esse estudo, o primeiro passo entender o que produto e ter noes gerais de como o PIB calculado ou mensurado.
A mensurao do produto (produo corrente = PIB) e das
principais variveis macroeconmicas de um pas conhecida
como contabilidade nacional. Nas contas nacionais, so contabilizados somente os bens e os servios que agregaram valores ao
longo de um perodo, normalmente, o ltimo trimestre, resultados
depois anualizados.
Observao importante: no so levados em conta os bens
de segunda mo, produzidos em perodos anteriores. Nas transaes com bens usados, somente se imagina a remunerao do
vendedor, que consiste em servio corrente, e demais servios associados a tais operaes.
De acordo com Parkin (2003, p. 113-136):
[...] A contabilidade nacional s trabalha com bens transacionais
no mercado, ou seja, a produo que no vai ao mercado no
contabilizada.
A metodologia de clculo do produto sugerida pela Organizao das Naes Unidas (ONU), portanto uniforme em todos
os pases associados. O captulo 6 de Parkin (2003, p. 113-136)contm a base terica e analtica para a compreenso de como so
mensurados os grandes agregados econmicos no Brasil e, como
consequncia, no resto do mundo civilizado.
Em Parkin (2003, p. 113-136), voc encontra contedo para
o seguinte entendimento:
A contabilidade nacional no trabalha com agregados monetrios.
Trabalha somente com agregados reais, que representam alteraes na produo e na renda, e a inflao descontada dos valores
finais agregados. As contas nacionais s consideram os fluxos de
gerao de valor.
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3) K Conta de capital.
4) TCe Conta de transaes correntes com o exterior.
Conforme Paulani (2004, p. 5-8):
O PIB um agregado macroeconmico que expressa o resultado
monetrio de todo o esforo. Ou seja, o PIB a soma de todas as
atividades econmicas (produo de bens e servios), expressas
monetariamente.
Por exemplo: o PIB brasileiro de 2009 totalizou R$3.147 bilhes. Isto significa que a produo de tangveis e intangveis resultou neste valor, levando-se em conta os preos correntes da
economia no perodo.
O PIB poder ser mensurado e analisado, caso seja empregado de trs maneiras bsicas, chamadas ticas do produto, da renda e do dispndio. Os trechos, a seguir, sobre estas ticas foram
extrados de Paulani (2004, p. 10-16):
[...] tica do produto. Compreende a mensurao do PIB pela soma
dos valores adicionados em cada um dos estgios de produo e
comercializao dos bens finais e servios gerados em um perodo:
trimestre, semestre ou ano fiscal. Esta tambm conhecida por
princpio do valor adicionado.
tica da renda. Refere-se soma dos pagamentos efetuados aos
proprietrios dos fatores de produo: juros, lucros, aluguis, salrios, dividendos etc. O princpio bsico: o recebimento de pagamento por oferecer algum recurso produtivo gera despesa ou
pagamentos pelo uso desses recursos.
tica do dispndio. considerada a soma do gasto total da economia com consumo, investimento e exportaes menos importaes, ao longo do perodo avaliado. O consumo final e de bens
e servios novos e o investimento a formao bruta de capital
fixo FBKfixo, que representa o montante dos investimentos realizados, tanto pelo setor privado quanto pelo setor pblico, somente
ao longo do perodo em anlise [...].
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Poltica monetria
Poltica fiscal
Poltica cambial
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As aes de poltica econmica incluem as mudanas relacionadas aos tributos, aos gastos pblicos, ao volume de dinheiro,
ao crdito, poltica comercial e taxa de cmbio.
Cabe relembrar que a oferta e a demanda devem estar equilibradas, seno haver inflao ou desemprego alm do aceitvel.
Fazendo uma comparao: se DA > OA, os preos subiro,
provocando uma inflao de demanda, sendo, ento, necessria
uma ao de poltica econmica para evitar novos aumentos da
inflao. Contudo, se DA < OA, o desemprego subir, sendo novamente preciso adotar uma ao de poltica econmica, com o
objetivo de elevar o crescimento da economia, a fim de reduzir o
desemprego para patamares aceitveis, dado o potencial produtivo da nao.
A Figura 1, a seguir, contm um grfico que mostra como
so as respectivas curvas de DA e OA. A primeira anlise consiste
em uma situao de equilbrio em que =
A OA
= DA1 . Para o nvel (P1), o produto correspondente PB1. Contudo, em momento
futuro, essa economia passar por uma situao de reduo da
demanda agregada, ou seja, de DA1 para DA2.
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bm, para (P2), o que propiciar uma conjuntura econmica de inflao e produto menores, movidos por uma demanda agregada
menor.
O inverso desse processo outra situao possvel: expanso do PIB e de P. Lembre-se de que s possvel aumentar DA,
sem estimular o aumento de preos, com aumento semelhante da
oferta agregada. Dessa forma, se DA e AO crescerem simultaneamente, poder haver crescimento continuado das taxas diversas
do PIB, sem estimular aumentos da inflao.
Com o objetivo de aperfeioar seu aprendizado sobre o comportamento da oferta e da demanda agregadas, indispensvel
que voc estude modelos desenvolvidos por macroeconomistas
e, sobretudo, aqueles apresentados no captulo 7 de Blanchard
(2011).
Demanda Agregada. A curva de demanda agregada (DA)
derivada do modelo IS / LM, com a curva IS determinada por:
Y
= C ( Y T ) + I ( Y, i ) + G ;
e a curva LM representada por:
M / P = Y / L (i ) .
Derivao. Dado o estoque de moeda nominal (M), o aumento no nvel de preos (P)faz diminuir o estoque real de moeda
(M/P). Como resultado, a curva LM desloca-se para cima e para
baixo com reduo do nvel de preos.
Relao DA:
Y = Y {M / P} , G, T
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=
P Pe (1 + ) F {1 ( Y / L ) , z}
Significando:
Y P
Observe agora a Figura 3:
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Sequncia causal:
Y N u W P
Deslocamento
A curva AO desloca-se com a mudana do nvel esperado de
preos.
O aumento do nvel esperado de preos leva ao aumento do
nvel de preos efetivos de mesma magnitude.
Pe P
Sequncia causal:
Pe W
W P
Observe a Figura 4 a seguir.
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mento da oferta. Esse processo ocorre porque tais mudanas enviam sinais aos produtores sobre a demanda agregada, que, neste
caso, aumenta, possibilitando previses otimistas a respeito do
comportamento futuro do produto, da renda e do emprego.
Sinais positivos melhoram as expectativas dos empresrios
e dos consumidores. Os empresrios aumentam os investimentos
que, por sua vez, elevam a oferta agregada, enquanto os consumidores passam a comprar mais, porque esperam renda futura
maior. O inverso, tambm, ocorrer, se as expectativas forem negativas. De acordo com a concepo keynesiana, cabe ao setor pblico (G) agir como equilibrador do processo.
A compreenso do contedo desta unidade, incluindo as
anlises sugeridas, representa uma das etapas mais contributivas ao aprendizado sobre a economia de um pas. Empenhe-se,
portanto, em entender as relaes entre consumo e investimento; poupana e investimento; consumo, investimento e demanda
agregada; e demanda agregada, emprego, renda e desempenho
do produto interno.
6. Contedos Complementares
Os captulos das obras, a seguir, so relevantes ao entendimento da dinmica macroeconmica, em especial, compreenso
de como os principais agregados macroeconmicos so mensurados e, ainda mais, da interao entre os determinantes da demanda agregada, do produto e do nvel geral de emprego.
Estudar mais esses temas s contribui para saber como se
d a inter-relao entre as variveis macroeconmicas e o consequente comportamento dos grandes agregados. Em ltimo grau,
propiciaro avanos na compreenso do desempenho econmico
do pas. As referidas obras so:
1) ABEL, A. B.; BERNANKE, B.; CROUSHORE, D. Macroeconomia. 6. ed. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008 (Captulos 3, 6 e 10).
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2) DILLARD, D. A teoria econmica de John Maynard Keynes. 6. ed. So Paulo: Pioneira, 1989.
3) PARKIN, M. Macroeconomia. 5. ed. So Paulo: Pearson /
Addison Wesley, 2003 (Captulos 10, 11, 12 e 17).
4) PAULANI, L. M.; BRAGA, M.B. A nova contabilidade social. 2. ed. So Paulo: Saraiva, 2004. (Captulos 1, 2, 3 e
4).
5) TEBCHIRANI, F. R. Princpios de Economia: micro e macro. 2. ed. Curitiba: Ibpex, 2008 (Captulo 6).
7. Questes Autoavaliativas
Sugerimos que voc procure responder, discutir e comentar
as questes a seguir que tratam da temtica desenvolvida nesta
unidade, ou seja, como a contabilidade nacional e a mensurao
dos principais agregados macroeconmicos, os modelos de oferta
agregada e de demanda agregada e as possibilidades de interao
entre suas variveis, como a demanda agregada e a oferta agregada afetam o desempenho do PIB e como a poltica econmica
pode influenciar os resultados dos agregados macroeconmicos.
A autoavaliao pode ser uma ferramenta importante para
voc testar o seu desempenho. Se voc encontrar dificuldades em
responder a essas questes, procure revisar os contedos estudados para sanar as suas dvidas. Esse o momento ideal para que
voc faa uma reviso desta unidade. Lembre-se de que, na Educao a Distncia, a construo do conhecimento ocorre de forma
cooperativa e colaborativa; compartilhe, portanto, as suas descobertas com os seus colegas.
Confira, a seguir, as questes propostas para verificar o seu
desempenho no estudo desta unidade:
1) De acordo com Keynes e a teoria macroeconmica, quais so os determinantes da demanda agregada?
2) Qual a importncia dos preos na avaliao do PIB?
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3) Qual a importncia das expectativas, sobretudo empresariais, para o crescimento econmico? Por qu?
4) Explique a interao entre investimento e poupana para que haja crescimento econmico.
5) Explique a interao entre investimento, nvel geral de emprego e crescimento econmico.
6) Mostre por que o equilbrio macroeconmico indispensvel no processo
de estabilidade econmica de um pas. O PIB cresce em uma situao de
desequilbrio macroeconmico?
8. E-referncias
Sites pesquisados
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DA UFPel. Disponvel em: <http:/ich.ufpel.edu.br/
economia/professores/index.php?professor=xavier&pagina=9>. Acesso em: 12 dez.
2012.
PPGE PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ECONOMIA. NAPE Ncleo de Anlise de
Poltica Econmica. Disponvel em: <www.ppge.ufrgs.br/nape>. Acesso em: 28 set. 2012.
UNICAMP - INSTITUTO DE ECONOMIA CENTRO DE ESTUDOS DE CONJUNTURA E
POLTICA ECONMICA. Disponvel em: <http://www.iececon.net/publicacoes.htm>.
Acesso em: 12 dez. 2012.
Lista de figuras
Figura 1 Grfico representando ascurvas de demanda e oferta agregadas e suas
flutuaes. Disponvel em: <http://www.scielo.org/>. Acesso em: 12 dez. 2012.
Figura 2 Grficos a e b representando as curvas de demanda e oferta agregadas modelo
IS / LM (influncias da taxa de juro e dos preos sobre a demanda e a oferta agregadas).
Disponvel em: <http://www.scielo.org/>. Acesso em: 12 dez. 2012.
Figura 3 Grfico representando a curva de oferta agregada. Disponvel em: <http://
www.scielo.org/>. Acesso em: 12 dez. 2012.
Figura 4 Grfico representando odeslocamento da oferta agregada e suas flutuaes.
Disponvel em: <http://www.scielo.org/>. Acesso em: 12 dez. 2012.
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4. Competncias
Compreenso sobre a poltica econmica, como esta
pode ser idealizada, instituda e avaliada.
Conhecimento das razes sociais, polticas e econmicas
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OBJETIVOS COMPLEMENTARES
Melhoria ou expanso da disponibilidade estrutural de recursos:
a) Adequao do tamanho e da estrutura da populao.
b) Modernizao e ampliao de capacidade produtiva instalada.
ESTRUTURAIS:
Crescimento e distribuio
da renda
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OBJETIVOS BSICOS
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OBJETIVOS COMPLEMENTARES
Manuteno dos nveis de emprego e estabilidade de preos.
CONJUNTURAIS:
Estabilidade
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Perceba que a poltica monetria tem baixo ou nenhum resultado se adotada isoladamente, sem os demais instrumentos de
poltica econmica, como, por exemplo, a poltica fiscal, que veremos logo a seguir.
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No captulo 15 de Parkin (2003, p. 331-353), voc pode estudar poltica e compreender sua dinmica com a demanda agregada. Com a leitura do captulo 7 de Tebchirani (2008, p. 118-135),
cujo contedo se refere ao funcionamento do mercado e da poltica monetria, voc complementa seu conhecimento de poltica
monetria.
A interao da poltica fiscal com a demanda e a oferta agregadas
A poltica fiscal a ao de poltica econmica utilizando-se
do oramento pblico e do sistema tributrio. Consiste na elaborao e na organizao do oramento do governo, o qual demonstra
as fontes de arrecadao e os gastos pblicos a serem efetuados
em um determinado perodo (ano fiscal).
A poltica fiscal visa influenciar a atividade econmica e, assim, alcanar trs objetivos inter-relacionados: produo, emprego e preo. Para que haja sucesso no alcance desses objetivos, a
demanda e a oferta agregadas devem apresentar desempenhos
equilibrados, cujos resultados quanto produo, ao emprego e
ao preo estejam influenciando a oferta e a demanda em condies semelhantes.
O governo pode alterar o volume das receitas e dos gastos
pblicos por meio dos instrumentos fiscais a seguir:
Os tributos (lado da receita): as alquotas dos tributos
podem ser alteradas, conforme os objetivos a serem alcanados: crescimento ou desaquecimento do consumo
e da atividade produtiva.
Despesas do governo (lado dos gastos): podem ser divididas em:
a) consumo: gastos com salrios, administrao pblica,
funcionalismo civil e militar;
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A exemplo da poltica monetria, s se justifica poltico-economicamente a poltica fiscal expansiva quando a prioridade for o
crescimento econmico.
Mas, quando se pretende reduzir o aumento de preos ou
desaquecer a demanda agregada, recomenda-se uma poltica recessiva, como a detalhada no Quadro 5 a seguir.
Quadro 5 Poltica fiscal recessiva (geradora de dficit pblico).
Reduo dos gastos Maior
arrecadao;
pblicos.
menor renda disponvel para o setor privaAumento de tributos
do.
sobre as pessoas.
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Supervit oramentrio. Resultados: menos consumo e investimentos; menos demanda agregada, tanto do setor pblico quanto do setor
privado.
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6. Contedos Complementares
Os captulos das obras, a seguir, so relevantes ao entendimento da dinmica macroeconmica, em especial, compreenso
de como os principais agregados macroeconmicos so mensurados e, ainda mais, da interao entre os determinantes da demanda agregada, do produto e do nvel geral de emprego.
Estudar mais esses temas s contribui para saber como se
d a inter-relao entre as variveis macroeconmicas e o consequente comportamento dos grandes agregados. Em ltimo grau,
propiciaro avanos na compreenso do desempenho econmico
do pas.
As referidas obras so:
1) ABEL, A. B.; BERNANKE, B.; CROUSHORE, D. Macroeconomia. 6. ed. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008 (Captulos 8, 9, 10 e 11).
2) DILLARD, D. A teoria econmica de John Maynard Keynes. 6. ed. So Paulo: Pioneira, 1989 (Captulos 6 e 8).
3) MANKIW, N. G. Macroeconomia. 5. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2003 (Captulos 14 e 15).
4) PARKIN, M. Macroeconomia. 5. ed. So Paulo: Pearson /
Addison Wesley, 2003 (Captulos 17 e 18).
7. Questes Autoavaliativas
Sugerimos que voc procure responder, discutir e comentar
as questes a seguir que tratam da temtica desenvolvida nesta
unidade, ou seja, o que poltica econmica e como execut-la,
para ter viso geral de como fazer uso dos instrumentos de poltica
econmica, sobre os objetivos da poltica econmica e a definio
de prioridades e tambm sobre a macroeconomia em ao: como
a poltica econmica pode influenciar os resultados da economia.
A autoavaliao pode ser uma ferramenta importante para
voc testar o seu desempenho. Se voc encontrar dificuldades em
responder a essas questes, procure revisar os contedos estudaGuia de Estudos
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dos para sanar as suas dvidas. Esse o momento ideal para que
voc faa uma reviso desta unidade. Lembre-se de que, na Educao a Distncia, a construo do conhecimento ocorre de forma
cooperativa e colaborativa; compartilhe, portanto, as suas descobertas com os seus colegas.
Confira, a seguir, as questes propostas para verificar o seu
desempenho no estudo desta unidade:
1) O que se entende como poltica econmica? Todos os pases adotam polticas econmicas? Pode-se afirmar que elas so iguais? Por qu?
2) Qual poltica monetria o Banco Central do Brasil deve adotar quando se
deseja (desde que as condies de estabilidade macroeconmica sejam favorveis) o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)? Podemos afirmar
que isso ocorre atualmente?
3) O que se entende como uma poltica fiscal recessiva e quando adot-la?
4) Dentre os instrumentos de poltica econmica, qual deles envolve, diretamente, aes de governo?
5) paradoxal afirmar que nem sempre o crescimento econmico o principal
objetivo da poltica econmica? Por qu?
6) O Plano Real um exemplo de poltica econmica? Qual foi o objetivo principal, quando da sua implantao? Por que esse objetivo foi definido como
prioritrio, e no outros?
7) possvel afirmar que em determinado perodo recente, no Brasil, a poltica
comercial tornou-se a mais relevante na histria econmica brasileira dos
ltimos 20 anos? Explique.
8. E-Referncias
Sites pesquisados
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DA UFPel. Disponvel em: <http:/ich.ufpel.edu.br/
economia/professores/index.php?professor=xavier&pagina=9>. Acesso em: 12 dez.
2012.
PPGE PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ECONOMIA. NAPE Ncleo de Anlise de
Poltica Econmica. Disponvel em: <www.ppge.ufrgs.br/nape>. Acesso em: 28 set. 2012.
UNICAMP - INSTITUTO DE ECONOMIA CENTRO DE ESTUDOS DE CONJUNTURA E
POLTICA ECONMICA. Disponvel em: <http://www.iececon.net/publicacoes.htm>.
Acesso em: 12 dez. 2012.
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4. CONSIDERAES GERAIS
O atual debate econmico consiste em grande avano prtico permitido pela Teoria Keynesiana, consubstanciado nos instrumentos de poltica econmica empregados pelas naes no
ps-Segunda Guerra Mundial. No se pode ignorar que tal debate
abrange a relao de dependncia entre microeconomia e macroeconomia. Parte-se do princpio de que, sem sustentao microeconmica, todos os resultados macroeconmicos so altamente
instveis e, de modo geral, isso j vem ocorrendo. Essa concluso
tem sido sustentada pelos fatos. As mudanas conjunturais esto
mais aceleradas e de difcil previsibilidade, com margem aceita de
segurana.
Na realidade, praticamente todos os resultados obtidos, atualmente, so mais relacionados aos questionamentos da macroeconomia tradicional do que operacionalizao de resultados que
deem contribuies sistemticas anlise, formulao e adoo de polticas econmicas ativas.
Mankiw (1990) demonstrou, claramente, essa percepo.
Na verdade, o que temos observado uma grande distncia entre
o estado atual da Teoria Macroeconmica e os modelos macroeconomtricos. Enquanto nas dcadas de 1960 e 1970, esses modelos
empricos estavam muito prximos da realidade terica prevalecente, atualmente, eles vm incorporando pouco dos desenvolvimentos tericos recentes.
Como causas desse panorama, podemos afirmar que os
avanos tericos esto inseridos num contexto onde so questionados os tradicionais resultados das dcadas de 1960 e 1970, sem
que sejam operacionalizados outros resultados.
Nesta atual fase de transformaes e incertezas quanto ao
melhor modelo, as autoridades econmicas so obrigadas a conduzir a poltica econmica com base em resultados da Teoria Macroeconmica tradicional, ainda que postos em dvida pela teoria
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