NCRF 25
NCRF 25
NCRF 25
mbito (pargrafos 2 a 4)
2 - Esta Norma deve ser aplicada na contabilizao de impostos sobre o rendimento.
3 - Para as finalidades desta Norma, consideram-se impostos sobre o rendimento todos
os impostos no pas e impostos estrangeiros que sejam baseados em lucros tributveis,
bem como outros impostos tais como impostos por reteno (de dividendos), que sejam
pagveis por uma subsidiria, associada ou empreendimento conjunto em distribuies
entidade que relata.
4 - Esta Norma no trata dos mtodos de contabilizao dos subsdios do Governo
(NCRF 22 - Contabilizao dos Subsdios do Governo e Divulgao de Apoios do
Governo) ou de crditos fiscais ao investimento. Porm esta Norma trata da
contabilizao das diferenas temporrias que possam surgir de crditos fiscais por tais
subsdios ou investimentos.
Definies (pargrafos 5 e 6)
5 - Os termos que se seguem so usados nesta Norma com os significados
especificados:
Activos por impostos diferidos: so as quantias de impostos sobre o rendimento
recuperveis em perodos futuros respeitantes a:
(a) Diferenas temporrias dedutveis;
(b) Reporte de perdas fiscais no utilizadas; e
(c) Reporte de crditos tributveis no utilizados.
Base fiscal de um activo ou de um passivo: a quantia atribuda a esse activo ou
passivo para fins fiscais.
Diferenas temporrias: so diferenas entre a quantia escriturada de um activo ou de
um passivo no balano e a sua base de tributao. As diferenas temporrias podem ser:
(a) Diferenas temporrias tributveis, que so diferenas temporrias de que resultam
quantias tributveis na determinao do lucro tributvel (perda fiscal) de perodos
futuros quando a quantia escriturada do activo ou do passivo seja recuperada ou
liquidada; ou
(b) Diferenas temporrias dedutveis, que so diferenas temporrias de que resultam
quantias que so dedutveis na determinao do lucro tributvel (perda fiscal) de
perodos futuros quando a quantia escriturada do activo ou do passivo seja recuperada
ou liquidada.
Gasto de impostos (rendimento de impostos): a quantia agregada includa na
determinao do resultado lquido do perodo respeitante a impostos correntes e a
impostos diferidos.
base fiscal apropriada. A base fiscal determinada por referncia a uma declarao de
impostos consolidada nas jurisdies em que tal demonstrao seja preenchida, ou,
noutros casos, a base fiscal determinada por referncia s declaraes de impostos de
cada entidade no grupo.
Reconhecimento de passivos por impostos correntes e de activos por impostos
correntes (pargrafos 12 a 14)
12 - Os impostos correntes para perodos correntes e anteriores devem, na medida em
que no estejam pagos, ser reconhecidos como passivos. Se a quantia j paga com
respeito a perodos correntes e anteriores exceder a quantia devida para esses perodos,
o excesso deve ser reconhecido como um activo.
13 - O benefcio relacionado com uma perda fiscal que possa ser reportada para
recuperar impostos correntes de um perodo anterior deve ser reconhecido como um
activo.
14 - Quando uma perda fiscal for usada para recuperar impostos correntes de um
perodo anterior, uma entidade reconhece o benefcio como um activo do perodo em
que a perda fiscal ocorra porque provvel que o benefcio fluir para a entidade e que
o benefcio pode ser fiavelmente mensurado.
Reconhecimento de passivos por impostos diferidos e de activos por impostos
diferidos (pargrafos 15 a 42)
Diferenas temporrias tributveis (pargrafos 15 a 24)
15 - Um passivo por impostos diferidos deve ser reconhecido para todas as diferenas
temporrias tributveis, excepto at ao ponto em que esse passivo por impostos
diferidos resultar de:
(a) O reconhecimento inicial do goodwill, ou:
(b) O reconhecimento inicial de um activo ou passivo numa transaco que:
(i) No seja uma concentrao de actividades empresariais; e
(ii) No afecte, no momento da transaco, nem o lucro contabilstico nem o lucro
tributvel (perda fiscal). Porm, para as diferenas temporrias associadas com
investimentos em subsidirias, sucursais e associadas e interesses em empreendimentos
conjuntos, deve ser reconhecido um passivo por impostos diferidos de acordo com o
pargrafo 36.
16 - Est inerente no reconhecimento de um activo que a sua quantia escriturada ser
recuperada na forma de benefcios econmicos que fluam para a entidade nos perodos
futuros. Quando a quantia escriturada do activo exceder a sua base fiscal, a quantia dos
benefcios econmicos tributveis exceder a quantia que ser permitida como deduo
para finalidades de tributao. Esta diferena uma diferena temporria tributvel e a
obrigao de pagar os resultantes impostos sobre o rendimento em perodos futuros
um passivo por impostos diferidos. Como a entidade recupera a quantia escriturada do
activo, a diferena temporria tributvel reverter e a entidade ter lucro tributvel. Isto
faz com que seja provvel que benefcios econmicos fluiro da entidade na forma de
pagamento de impostos. Por isso, esta Norma exige o reconhecimento de todos os
passivos por impostos diferidos, excepto em certas circunstncias descritas nos
pargrafos 15 e 41.
17 - Algumas diferenas temporrias surgem quando os rendimentos ou gastos sejam
includos no lucro contabilstico de um perodo se bem que sejam includos no lucro
tributvel num perodo diferente. Tais diferenas temporrias so muitas vezes descritas
como diferenas tempestivas.
18 - Diferenas temporrias tambm resultam quando:
(a) O custo de uma concentrao de actividades empresariais imputado ao reconhecer
os activos identificveis adquiridos e os passivos assumidos pelos seus justos valores,
mas nenhum ajustamento equivalente feito para finalidades fiscais (ver pargrafo 19);
(b) Os activos so revalorizados e nenhum ajustamento equivalente feito para
finalidades fiscais (ver pargrafo 20);
(c) O goodwill resulta numa concentrao de actividades empresariais (ver pargrafo
21);
(d) A base fiscal de um activo ou passivo no reconhecimento inicial difere da sua
quantia escriturada inicial, por exemplo, quando uma entidade beneficia de subsdios do
Governo no tributveis relacionados com activos (ver pargrafo 24); ou
(e) A quantia escriturada de investimentos em subsidirias, associadas e interesses em
empreendimentos conjuntos torna-se diferente da base fiscal do investimento ou
interesse (ver pargrafos 35 a 42).
Concentraes de actividades empresariais (pargrafo 19)
19 - O custo de uma concentrao de actividades empresariais imputado ao reconhecer
os activos identificveis adquiridos e os passivos assumidos pelos seus justos valores
data de aquisio. Diferenas temporrias resultam quando as bases fiscais de activos
identificveis adquiridos e de passivos assumidos no so afectados pela concentrao
de actividades empresariais ou so afectados de forma diferente. Por exemplo, quando a
quantia escriturada de um activo aumentada at ao justo valor, mas a base fiscal do
activo mantm-se pelo custo para o proprietrio anterior, resulta uma diferena
temporria tributvel que origina um passivo por impostos diferidos. O passivo por
impostos diferidos resultante afecta o goodwill (ver pargrafo 0).
Activos escriturados pelo justo valor (pargrafo 20)
20 - As Normas Contabilsticas e de Relato Financeiro permitem que certos activos
sejam assentados pelo justo valor ou sejam revalorizados (ver, por exemplo, a NCRF 7 Activos Fixos Tangveis, a NCRF 6 - Activos Intangveis, a NCRF 27 - Instrumentos
Financeiros e a NCRF 11 - Propriedades de Investimento). Em Portugal, a revalorizao
ou reexpresso de um activo no afecta o lucro tributvel no perodo da revalorizao
que podem no estar disponveis lucros tributveis futuros. Por isso, quando uma
entidade tenha uma histria de perdas recentes, a entidade reconhece um activo por
impostos diferidos proveniente de perdas fiscais ou de crditos tributveis no utilizados
somente at ao ponto que a entidade tenha suficientes diferenas temporrias tributveis
ou que haja outras provas convincentes de que lucros tributveis suficientes estaro
disponveis contra os quais as perdas fiscais no utilizadas ou crditos tributveis no
utilizados possam ser utilizados pela entidade. Em tais circunstncias, o pargrafo 75
exige a divulgao da quantia do activo por impostos diferidos e da natureza da prova
que suporta o seu reconhecimento.
33 - Uma entidade considera os critrios seguintes na avaliao da probabilidade de que
o lucro tributvel estar disponvel contra o qual perdas fiscais no usadas ou crditos
tributveis no usados possam ser utilizados:
(a) Se a entidade tiver diferenas temporrias tributveis relacionadas com a mesma
autoridade fiscal e com a mesma entidade tributvel, de que resultaro quantias
tributveis contra as quais as perdas fiscais no usadas ou crditos tributveis no
usados possam ser utilizados antes que se extingam;
(b) Se for provvel que a entidade tenha lucros tributveis antes das perdas fiscais no
usadas ou que crditos tributveis no usados expirem;
(c) Se as perdas fiscais no usadas resultarem de causas identificveis que
provavelmente no se repetiro.
At ao ponto em que no seja provvel que lucros tributveis estejam disponveis contra
os quais as perdas fiscais no usadas ou crditos tributveis no usados possam ser
utilizados, o activo por impostos diferidos no reconhecido.
Reavaliao de activos por impostos diferidos no reconhecidos (pargrafo 34)
34 - data de cada balano, uma entidade reavalia os activos por impostos diferidos
no reconhecidos. A entidade reconhece previamente um activo por impostos diferidos
no reconhecido at ao ponto em que se torne provvel que os lucros tributveis futuros
permitiro que o activo por impostos diferidos seja recuperado. Por exemplo, um
melhoramento nas condies comerciais pode tornar mais provvel que a entidade seja
capaz de gerar suficiente lucro tributvel no futuro para que o activo por impostos
diferidos satisfaa os critrios fixados nos pargrafos 25 ou 31. Um outro exemplo d-se
quando uma entidade reavalia os activos por impostos diferidos data da concentrao
de actividades empresariais ou subsequentemente (ver pargrafos 62 e 63).
Investimentos em subsidirias, associadas e interesses em empreendimentos conjuntos
(pargrafos 35 a 42)
35 - As diferenas temporrias surgem quando a quantia escriturada de investimentos
em subsidirias, associadas ou interesses em empreendimentos conjuntos
(nomeadamente a parte da empresa-me ou do investidor nos activos lquidos da
subsidiria, associada ou investida, incluindo a quantia escriturada de goodwill) se torna
diferente da base fiscal (que muitas vezes o custo) do investimento ou interesse. Tais
diferenas podem surgir numa quantidade de circunstncias diferentes, por exemplo:
10
igualar ou exceder uma quantia mnima. Em tais casos, o passivo por impostos
diferidos mensurado por essa quantia.
40 - O acordo entre as partes de um empreendimento conjunto trata geralmente da
partilha dos lucros e identifica se as decises em tais assuntos exigem ou no o
consentimento de todos os empreendedores ou de uma maioria especificada dos
mesmos. Quando o empreendedor puder controlar a partilha dos lucros e seja provvel
que os lucros no sero distribudos no futuro previsvel, no reconhecido um passivo
por impostos diferidos.
41 - Uma entidade deve reconhecer um activo por impostos diferidos para todas as
diferenas temporrias dedutveis provenientes de investimentos em subsidirias,
associadas e interesses em empreendimentos conjuntos, at ao ponto em que, e somente
at ao ponto em que, seja provvel que:
(a) A diferena temporria reverter no futuro previsvel; e
(b) Estar disponvel o lucro tributvel contra o qual a diferena temporria possa ser
utilizada.
42 - Ao decidir se um activo por impostos diferidos reconhecido para diferenas
temporrias dedutveis associadas aos seus investimentos em subsidirias, associadas e
seus interesses em empreendimentos conjuntos, uma entidade considera a orientao
estabelecida nos pargrafos 28 a 30.
Mensurao (pargrafos 43 a 50)
43 - Os activos (passivos) por impostos correntes dos perodos correntes e anteriores
devem ser mensurados pela quantia que se espera que seja paga (recuperada de) s
autoridades fiscais, usando as taxas fiscais (e leis fiscais) aprovadas data do balano.
44 - Os activos e passivos por impostos diferidos devem ser mensurados pelas taxas
fiscais que se espera que sejam de aplicar no perodo quando seja realizado o activo ou
seja liquidado o passivo, com base nas taxas fiscais (e leis fiscais) que estejam
aprovadas data do balano.
45 - A mensurao de passivos por impostos diferidos e de activos por impostos
diferidos deve reflectir as consequncias fiscais que se seguem derivadas da maneira
pela qual a entidade espera, data do balano, recuperar ou liquidar a quantia
escriturada dos seus activos e passivos.
46 - Em alguns casos, a maneira pela qual uma entidade recupera (liquida) a quantia
escriturada de um activo (passivo) pode afectar a base fiscal do activo (passivo). Em tais
casos, uma entidade mensura os passivos por impostos diferidos e activos por impostos
diferidos usando a base fiscal que seja consistente com a maneira esperada de
recuperao ou liquidao.
47 - Activos e passivos por impostos diferidos no devem ser descontados.
11
12
13
14
(a) reduzir a quantia escriturada de goodwill quantia que teria sido reconhecida se o
activo por impostos diferidos tivesse sido reconhecido como um activo identificvel a
partir da data de aquisio; e
(b) reconhecer a reduo na quantia escriturada do goodwill como um gasto.
64 - Contudo, este procedimento no deve resultar na criao de um excesso do
interesse da adquirente no justo valor lquido dos activos, passivos e passivos
contingentes identificveis da adquirida acima do custo da concentrao, nem deve
aumentar a quantia anteriormente reconhecida para um tal excesso.
Apresentao (pargrafos 65 a 71)
Compensao (pargrafos 65 a 69)
65 - Uma entidade deve compensar activos por impostos correntes e passivos por
impostos correntes nas suas demonstraes financeiras se, e somente se, a entidade:
(a) Tiver um direito legalmente executvel para compensar quantias reconhecidas; e
(b) Pretender liquidar numa base lquida, ou realizar o activo e liquidar simultaneamente
o passivo.
66 - Se bem que os activos e passivos por impostos correntes sejam reconhecidos e
mensurados separadamente eles so compensados no balano e sujeitos a critrios
semelhantes aos estabelecidos para os instrumentos financeiros na NCRF 27 Instrumentos Financeiros. Uma entidade ter normalmente um direito legalmente
executvel para compensar um activo por impostos correntes contra um passivo por
impostos correntes quando eles se relacionem com impostos sobre o rendimento
lanados pela mesma autoridade fiscal e esta autoridade permita que a entidade faa ou
receba um nico pagamento lquido.
67 - Em demonstraes financeiras consolidadas, um activo por impostos correntes de
uma entidade de um grupo compensado contra um passivo por impostos correntes de
uma outra entidade de um grupo se, e somente se, a dita entidade tiver um direito
legalmente executvel de fazer ou receber tal pagamento lquido ou recuperar o activo e
liquidar o passivo simultaneamente.
68 - Uma entidade deve compensar os activos por impostos diferidos e passivos por
impostos diferidos se, e somente se:
(a) A entidade tiver um direito legalmente executvel de compensar activos por
impostos correntes contra passivos por impostos correntes; e
(b) Os activos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos se
relacionarem com impostos sobre o rendimento lanados pela mesma autoridade fiscal
sobre a mesma entidade tributvel.
69 - Para evitar a necessidade de escalonamento detalhado da tempestividade da
reverso de cada diferena temporria, esta Norma exige que uma entidade compense
15
um activo por impostos diferidos contra um passivo por impostos diferidos da mesma
entidade tributvel se, e somente se, eles se relacionam com impostos sobre o
rendimento lanados pela mesma autoridade fiscal e a entidade tiver um direito
legalmente executvel de compensar activos por impostos correntes contra passivos por
impostos correntes.
Gasto de impostos (pargrafos 70 e 71)
Gasto (rendimento) de imposto relacionado com resultados de actividades ordinrias
(pargrafo 70)
70 - O gasto (rendimento) de impostos relacionado com o resultado de actividades
ordinrias deve ser apresentado na face da demonstrao dos resultados.
Diferenas de cmbio em passivos ou activos por impostos estrangeiros diferidos
(pargrafo 71)
71 - A NCRF 23 - Os Efeitos de Alteraes nas Taxas de Cmbio, exige que certas
diferenas de cmbio sejam reconhecidas como rendimentos ou gastos mas no
especificam onde tais diferenas devem ser apresentadas na demonstrao dos
resultados. Concordantemente, quando diferenas de cmbio de passivos ou de activos
por impostos estrangeiros diferidos sejam reconhecidos na demonstrao dos resultados,
tais diferenas podem ser classificadas como gastos (rendimentos) por impostos
diferidos se essa apresentao for considerada como a mais til para os utentes das
demonstraes financeiras.
Divulgaes (pargrafos 72 a 84)
71 - Os principais componentes de gasto (rendimento) de impostos devem ser
divulgados separadamente.
72 - Os componentes de gasto (rendimento) de impostos devem incluir:
(a) Gasto (rendimento) por impostos correntes;
(b) Quaisquer ajustamentos reconhecidos no perodo de impostos correntes de perodos
anteriores;
(c) A quantia de gasto (rendimento) por impostos diferidos relacionada com a origem e
reverso de diferenas temporrias;
(d) A quantia de gasto (rendimento) por impostos diferidos relacionada com alteraes
nas taxas de tributao ou com o lanamento de novos impostos;
(e) A quantia de benefcios provenientes de uma perda fiscal no reconhecida
anteriormente, de crdito por impostos ou de diferena temporria de um perodo
anterior que seja usada para reduzir gasto de impostos correntes;
16
17
18
19
20