Reinvio e Harmonia Jurídica Internacional
Reinvio e Harmonia Jurídica Internacional
Reinvio e Harmonia Jurídica Internacional
Harmonia Jurdica
Instituto Superior Bissaya Barreto
Internacional
Antnio Gonalo de So Jos Carvalho, n 2883
Coimbra, 25 De Maio De 2015
ndice
Introduo
____________________________________________________________________
Posies possveis perante o reenvio. O reenvio e a harmonia
jurdica internacional.
1. Atitude absolutamente condenatria do
reenvio________________________________
1.1.Teoria da referncia material
2. Atitude favorvel ao
reenvio._______________________________________________
2.1. Teoria da referncia global
2.1.1. Teoria da Devoluo Simples.
2.1.2. Foreign Court Theory ou Teoria da Dupla Devoluo
Concluso_________________________________________________________________
____
Bibliografia________________________________________________________________
____
Introduo
1.1.
dos
interessados,
se
regulam
as
vrias
matrias
2.1.
2.1.2.1. Crtica
Tambm esta teoria falaciosa/inadmissvel, como teoria ou
princpio geral do Direito Internacional Privado. No a podemos
generalizar a todos os Estados. Se todos os Estados resolvessem
aceit-la, o problema do conflito negativo de competncia seria
em muitos casos insolvel. Outra situao a apontar, seria para os
casos em que o ordenamento referido pela norma de conflitos
defender tambm a teoria da dupla devoluo, aqui poderamos
estar perante aquilo que se designa por bola de espelhos.
3. Atitude
condenatria
como
princpio,
mas
favorvel
ao
3.1.
nesse
pas.
Assim,
reenvio
no
conduzir
harmonia
internacional, uma vez que, a lei estrangeira designada pela lex fori se guiar
pelo princpio da devoluo simples.
Relativamente segunda hiptese, se a orientao admitida pelos tribunais
da Lei designada pela lei foro a doutrina do reenvio total, o que s pode
acontecer hoje em dia em Inglaterra e nos EUA. Observemos, agora, um
caso de investigao de paternidade ilegtima proposta por um portugus
contra o filho legtimo e universal herdeiro de um cidado ingls, originrio
10
11
b)
Suponhamos
que
um
brasileiro
domiciliado
em
Moscovo
comprou
4. O reenvio em Portugal
4.1.
Regime geral
Em Portugal, seguimos a regra geral da referncia material (remisso direta
e imediata para o Direito material da lei designada, L2) que se encontra
consagrada no art.16 do Cdigo Civil: a referncia das normas de conflito a
qualquer lei estrangeira determina apenas, na falta de preceito em
contrrio, a aplicao do direito interno [entendendo-se aqui direito interno
como direito material] dessa lei.
Daqui no resulta, contudo, qualquer adoo da tese da referncia material,
uma vez que se prev que preceito em contrrio a afaste, situao
prevista nos artigos, 17 e 18 (36, n 2 e 65, n 1) do Cdigo Civil.
De acordo com BAPTISTA MACHADO, justifica-se, assim, a consagrao, no
art.16, de uma regra pragmtica que admite desvios, e no de um
princpio geral.
Os artigos 17 e 18 contm regras especiais que admitem o reenvio,
configurando um sistema de devoluo sui generis, mais prximo da
devoluo integral do que da devoluo simples (a devoluo depende
sempre do acordo com L2).
14
15
determinar
quem
interessado
para
efeitos
de
dificultando a transmisso de
16
Tutela
Curatela
Poder paternal
interessado
reside
habitualmente
em
territrio
portugus
o
4.1.2.RETORNO
O retorno de competncia admitido, sob certas condies, pelo art.
18, n 1: se o DIP da lei designada pela norma de conflitos devolver para o
direito interno portugus, este o direito aplicvel. O retorno de
competncia pressupe, pois, que L2 remeta para o Direito portugus e
aplique (!) o Direito material portugus (seja por retorno directo ou
indirecto): a verificao deste pressuposto essencial para que o retorno se
17
LIMITES DEVOLUO
internacional.
LIMA
PINHEIRO
considera
exagerada
esta
CORREIA
BAPTISTA
MACHADO
defendem
LIMA
PINHEIRO
discorda
deste
entendimento,
uma
vez
que
20
21