Apostila Direito Processual Do Trabalho
Apostila Direito Processual Do Trabalho
Apostila Direito Processual Do Trabalho
Bibliografia Bsica
GIGLIO. Wagner. Direito processual do trabalho. 16. Ed. So Paulo: Saraiva, 2007.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 9. ed. So Paulo: LTr,
2011.
OLIVEIRA. Francisco Antonio de. Manual de processo do trabalho. 3. ed. So Paulo: RT, 2010.
Bibliografia Complementar
ALMEIDA, Amador Paes de. Curso prtico de processo do trabalho. 21 ed. So Paulo: Saraiva,
2011.
MARTINS, Sergio Pinto. Direito processual do trabalho: doutrina e pratica forense modelos de
etices, recursos, sentenas e outros. 32. ed. So Paulo: Atlas, 2011.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito processual do trabalho. 21. ed. So Paulo:
Saraiva, 2002.
MALTA, Christvo Piragibe Tostes. Prtica do processo trabalhista. 34. ed. So Paulo: LTr, 2004.
MARQUES, Gerson. Processo do trabalho anotado: CLT e legislao complementar. So Paulo:
Revista dos Tribunais, 2001
CONTEDO PROGRAMTICO
1 Bimestre: 1. Introduo ao Processo do Trabalho. 1.1. Conceito. 1.2. Autonomia. Evoluo histrica. 1.3.
Princpios processuais trabalhistas. 1.4. Singularidades. 1.5. Fontes. 1.6. Interpretao e integrao. 1.7.
Eficcia da lei processual no tempo e no espao. 2. Organizao e Funcionamento da Justia do Trabalho. 2.1.
Varas do trabalho. 2.1.1. Juiz do trabalho: juiz substituto e juiz titular. 2.1.2. Ingresso. 2.1.3. Garantias. 2.1.4.
Remoo. 2.1.5. Promoo. 2.2. Juzos de direito. 2.3. rgos auxiliares. 2.4. Tribunais regionais do trabalho.
2.4.1. Composio. 2.4.2. Competncia funcional. 2.4.3. Originria. 2.4.4. Recursal. 2.4.5. Funcionamento. 3.
Tribunal Superior do Trabalho. 3.1. Composio. 3.2. Competncia funcional. 3.2.1. Originria.
3.2.2.
Recursal. 3.3. Funcionamento. 4. Ministrio Pblico do Trabalho. 4.1. Carreira. 4.2. Atribuies. 5. Jurisdio e
Competncia da Justia do Trabalho. 5.1. Jurisdio e competncia. 5.2. Competncia material. 5.3.
Competncia territorial. 5.4. Conflito de competncia. 6. Das Partes. 6.1. Partes. 6.1.2. Reclamante.
Capacidade processual, litisconsrcio. Representao. Assistncia. 6.1.2. Reclamado. Capacidade processual.
Litisconsrcio. Representao. Preposto. Empregador domstico. 6.2. Substituio processual. 6.3. Capacidade
postulatria. O jus postulandi. Procurao apud acta. 6.4. Interveno de terceiros no processo do trabalho. 7.
Dos Atos e Termos Processuais. 7.1. Atos e termos processuais. 7.2. Prazos processuais. 7.3. Distribuio. 7.4.
Nulidades.
2 Bimestre 8. Da Petio Inicial. 8.1. Reclamao trabalhista: requisitos. Pedidos: interpretao, aditamento,
alterao. 8.2. Valor da causa. Obrigatoriedade. Critrios de fixao. Causas de alada. Recorribilidade restrita.
Impugnao ao valor da causa. Pedido de reviso. 8.3. Prova documental. 9. Das Despesas Processuais. 9.1.
custas. Clculo. Critrios. Exigibilidade. 9.2. Assistncia judiciria e honorrios advocatcios. Abrangncia.
Requisitos. Solidariedade sindical. Concesso ex officio da gratuidade das custas. Honorrios assistenciais.
Destinao. Fixao. 9.3. Honorrios periciais. Responsabilidade do sucumbente. 10. Da Citao. 10.1.
Notificao postal, por edital ou mandado. 10.2. Entes de direito pblico interno e externo. 10.3. Interstcio
mnimo. 11. Da Audincia. 11.1. Ausncia da parte. 11.2. Ausncia do advogado. 11.3. Atrasos. 11.4. Primeira
tentativa de conciliao. 11.5. Apresentao da defesa. 11.6. Audincias unas ou desdobradas. 11.7.
Interrogatrio dos litigantes. 11.8. Inquirio de testemunhas. 11.9. Razes finais. 11.10. Segunda tentativa de
conciliao. 11.11. Julgamento. 12. Da Conciliao. 12.1. Limites objetivos. 12.2. Limites subjetivos. 12.3.
Irrecorribilidade. 12.4. Distribuio das custas. 13. Da Revelia e da Defesa do Reclamado. 13.1. Revelia.
Conceito. Efeitos. Direitos. 13.2. Excees. Exceo de incompetncia. Exceo de suspeio. 13.3. Defesa.
Forma. Estrutura. Prova documental. Eventualidade e imutabilidade. 13.4. Reconveno. Requisitos. Autonomia
e julgamento. 14. Das Provas. 14.1. Princpios reitores da prova. 14.2. Distribuio dos nus da prova. 14.3.
Modalidades probatrias. 15. Da Sentena. 15.1. Requisitos. Estrutura. Relatrio. Fundamentao. Dispositivo.
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Interpretao e integrao.
INTERPRETAO DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Por meio da interpretao determina-se o contedo, sentido e alcance das normas jurdicas. Em outras
palavras, descobre-se o sentido e o alcance das expresses contidas nas normas jurdicas. oportuno consignar que
a interpretao da norma jurdica antecede a sua respectiva aplicao. Com efeito, no ato de interpretar, o intrprete
busca os princpios, teorias e mtodos desenvolvidos pela Hermenutica, que a cincia voltada a estudar o
processo de interpretao. A funo interpretativa realizada principalmente pelo juiz do trabalho. A interpretao
dos demais operadores do Direito, como advogados, procuradores do trabalho e jurisdicionados, apenas produz
efeitos at o pronunciamento jurisdicional.
No h um nico mtodo de interpretao nem nico mtodo correto. As diversas tcnicas interpretativas
complementam-se. Ademais, no h hierarquia entre as mltiplas tcnicas de interpretao. Apenas o intrprete
dever pautar a sua interpretao em critrios como justia, segurana ou oportunidade. Os meios de interpretao
mais importantes so os seguintes, de acordo com as respectivas classificaes:
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I) Quanto origem:
a) Interpretao autntica a interpretao do mesmo rgo que construiu a norma jurdica.
Como exemplo, temos a interpretao do dispositivo legal efetuada pelo prprio Poder Legislativo por meio
da edio de uma nova lei.
b) Interpretao jurisprudencial feita pelos tribunais, consolida-se a partir da reiterao de
decises similares tomadas em face de casos semelhantes. A jurisprudncia pode ser conceituada como o
conjunto de decises dos tribunais sobre uma determinada matria, em um determinado sentido. Da mesma
sorte, a smula ou a orientao jurisprudencial seria a cristalizao da jurisprudncia.
c) Interpretao doutrinria a que provm dos estudiosos do Direito sobre as normas jurdicas
integrantes do ordenamento jurdico. Embora no possua valor vinculativo, extremamente importante para a
compreenso dos diversos institutos jurdicos.
II) Quanto aos resultados da interpretao:
a) Interpretao declarativa caracteriza-se pela exata correspondncia entre o contedo escrito
e a vontade da norma (ratio legis ou mens legis), no havendo necessidade de ampliao ou restrio da
razo da norma.
b) Interpretao extensiva a que no estabelece correspondncia entre o contedo escrito e a
vontade da norma, havendo necessidade de ampliao da razo da norma. A lei disse menos do que
queria, e cabe ao intrprete ampliar o sentido do texto escrito para alcanar o sentido real da norma.
c) Interpretao restritiva diferentemente da interpretao extensiva, diante da no
correspondncia entre o contedo escrito e a vontade da norma, h necessidade de reduo da razo da
norma. Como esperado, a lei disse mais do que queria, e cabe ao intrprete reduzir o sentido do texto
escrito para alcanar o sentido real da norma.
III) Quanto aos mtodos:
a) Gramatical (literal, semntico, filolgico ou lingustico) significa analisar o sentido literal das
palavras presentes nas normas jurdicas, e a observncia das regras de gramtica e lingustica
imprescindvel. Fundamentam esse mtodo os iderios de segurana jurdica e justia. O mtodo em
comento muito utilizado no sistema jurdico romano-germnico (civil law), que traduz um direito escrito,
ao passo que nos pases que adotam o sistema jurdico anglo-saxnico (common law), representando um
direito consuetudinrio, os costumes e as tradies prevalecem. Um grande exemplo de aplicao do
mtodo gramatical ou literal no Direito Processual do Trabalho a anlise realizada pelo Judicirio
Trabalhista do cabimento ou no dos recursos trabalhistas de natureza extraordinria, que so aqueles que
no admitem o reexame de fatos e provas (recurso de revista e embargos no TST Smula 126 do TST).
Uma das hipteses de cabimento do recurso de revista (fundamentao jurdica) a prevista na alnea c do
art. 896 da CLT, ou seja, quando o acrdo do Tribunal Regional do Trabalho for proferido com violao
literal de disposio de lei federal ou afronta direta e literal Constituio Federal.
b) Lgico ou racional utiliza-se de raciocnios lgicos. O intrprete faz uso de tcnicas da lgica
comum e da lgica jurdica, analisando os perodos da lei e realizando a combinao entre eles, com o
objetivo de se chegar a uma perfeita compatibilidade. Exemplos: a maioria das regras jurdicas relativa,
comportando exceo. O prazo de 8 (oito) dias para a interposio de recursos trabalhistas uma regra.
Assim, o mencionado prazo comporta exceo. Outrossim, a compreenso de determinados institutos
jurdicos depende da interpretao lgica, como a precluso lgica, que a perda da faculdade de praticar
um ato processual pela incompatibilidade lgica entre um ato processual j praticado e um ato processual a
ser praticado. Assim, o reclamado, que reconhece o teor da sentena trabalhista condenatria e paga as
verbas rescisrias ao empregado/reclamante, no pode interpor o recurso ordinrio no prazo de 8 (oito) dias
art. 503 do CPC.
c) Histrico como o prprio nome indica, por meio desta tcnica o intrprete busca as razes
histricas que motivaram a formao da norma (ratio legis), tendo por base o contexto econmico, social,
poltico, cultural e filosfico da poca da edio da lei. Alis, o processo produtivo que antecedeu a
publicao e a vigncia da norma levado em conta no mtodo histrico. Como exemplo, podemos
mencionar que muitas regras contidas na Consolidao das Leis do Trabalho devero ser contextualizadas
segundo o momento histrico de sua edio, qual seja, a Era Getlio Vargas (Estado Novo), visto que o
Diploma Consolidado teve por base a Carta del Lavoro de 1927 do direito italiano. A Itlia era governada por
Benito Mussolini. Assim, os iderios de corporativismo e fascismo esto naturalmente presentes no
ordenamento justrabalhista vigente atualmente, como a contribuio sindical obrigatria, o princpio da
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A segunda corrente, majoritria, defendida pelo Tribunal Superior do Trabalho e consubstanciada nas
Smulas 219 e 329, entende que os honorrios advocatcios, nas lides originadas da relao de
emprego, no decorrem simplesmente da sucumbncia, devendo a parte ser beneficiria da
assistncia judiciria gratuita e estar assistida pelo sindicato profissional, limitada a condenao em
honorrios a 15%.
Aps a edio da EC 45/2004, que ampliou a competncia material da Justia do Trabalho para processar e
julgar qualquer ao envolvendo relao de trabalho, o Tribunal Superior do Trabalho, mediante a Resoluo
126/2005, editou a IN 27/2005, dispondo sobre inmeras normas procedimentais aplicveis ao processo do trabalho,
estabelecendo no art. 5. que, exceto nas lides decorrentes da relao de emprego, os honorrios advocatcios so
devidos pela mera sucumbncia.
Impende destacar que no julgamento do RR-48900-38.2008.5.15.0051, a SDI-1 posicionou-se pela
incompetncia da Justia do Trabalho em aes de cobrana de honorrios proposta por profissional autnomo. No
mesmo sentido temos a Smula 363 do STJ, que estabelece que compete Justia Estadual processar e julgar a
ao de cobrana ajuizada por profissional liberal contra cliente.
A condenao em honorrios advocatcios nos autos de ao de indenizao por danos morais e materiais
decorrentes de acidente de trabalho ou de doena profissional, remetida Justia do Trabalho aps ajuizamento na
Justia comum, antes da vigncia da EC 45/2004, decorre da mera sucumbncia, nos termos do art. 20 do CPC, no
se sujeitando aos requisitos da Lei 5.584/1970 (OJ 421 da SDI-1 do TST).
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