1) O iluminismo visava libertar os homens do medo e torná-los senhores através do progresso do pensamento racional.
2) O iluminismo via o entendimento racional como tendo autoridade sobre a natureza e visava dominá-la através da técnica e do conhecimento para fins de exploração e capital.
3) O iluminismo rejeitava conceitos universais como superstição e via a matéria como devendo ser dominada sem apelo a forças ocultas, enxergando como suspeito tudo que não se encaix
1) O iluminismo visava libertar os homens do medo e torná-los senhores através do progresso do pensamento racional.
2) O iluminismo via o entendimento racional como tendo autoridade sobre a natureza e visava dominá-la através da técnica e do conhecimento para fins de exploração e capital.
3) O iluminismo rejeitava conceitos universais como superstição e via a matéria como devendo ser dominada sem apelo a forças ocultas, enxergando como suspeito tudo que não se encaix
1) O iluminismo visava libertar os homens do medo e torná-los senhores através do progresso do pensamento racional.
2) O iluminismo via o entendimento racional como tendo autoridade sobre a natureza e visava dominá-la através da técnica e do conhecimento para fins de exploração e capital.
3) O iluminismo rejeitava conceitos universais como superstição e via a matéria como devendo ser dominada sem apelo a forças ocultas, enxergando como suspeito tudo que não se encaix
1) O iluminismo visava libertar os homens do medo e torná-los senhores através do progresso do pensamento racional.
2) O iluminismo via o entendimento racional como tendo autoridade sobre a natureza e visava dominá-la através da técnica e do conhecimento para fins de exploração e capital.
3) O iluminismo rejeitava conceitos universais como superstição e via a matéria como devendo ser dominada sem apelo a forças ocultas, enxergando como suspeito tudo que não se encaix
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CONCEITO DE ILUMINISMO
Desde sempre o iluminismo, no sentido mais abrangente de
um pensar que faz progressos, perseguiu o objetivo de livrar os homens do medo e de fazer deles senhores. Mas, completamente iluminada, a terra resplandece sob o signo do infortnio triunfal. O que esse pensar? O entendimento, que venceu a superstio, deve ter voz de comando sobre a natureza desenfeitiada (98). Esse entendimento, esse saber, uma tcnica (a tcnica a essncia desse saber), um poder (poder e conhecimento so sinnimos) cuja histria a histria do sistema econmico, nas mos menos do rei e do sbio do que do comerciante. Seu objetivo no so os conceitos ou imagens nem a felicidade da contemplao, mas o mtodo, a explorao do trabalho dos outros, o capital (98). O que os homens querem aprender da natureza como aplic-la para dominar completamente sobre ela e sobre os homens. Fora disso, nada conta. Iluminismo, desencanto, antropomorfismo. O iluminismo combateu a pretenso verdade dos universais, como superstio. Ele julga ver ainda, na autoridade dos conceitos universais, o medo dos demnios (...). A partir de agora, a matria dever finalmente ser dominada, sem apelo a foras ilusrias que a governem ou que nela habitem, sem apelo a propriedades ocultas. O que no se ajusta s medidas da calculabilidade e da utilidade suspeito para o iluminismo (99). O iluminismo totalitrio (99). Interessante que o iluminismo foi exercido supostamente em nome da liberdade, da conscincia do homem. Para ele, o fundamento do mito desde sempre estivera no antropomorfismo, na projeo do subjetivo sobre a natureza. O sobrenatural, os espritos e os demnios seriam imagens nas quais se espelham os homens que se deixam atemorizar pelo natural. Segundo o iluminismo, as mltiplas figuras mticas podem ser, todas elas, remetidas a um mesmo denominador comum, elas se reduzem ao sujeito. A resposta de dipo ao enigma da esfinge, o homem, indiferenciadamente repetida como uma sada estereotipada (99). Iluminismo e unidade, sistema, lgica. O Deus criador e o esprito ordenador so iguais entre si enquanto senhores da natureza. No homem, o seu ser feito imagem de Deus consiste na sua soberania sobre o que existe, no seu olhar de senhor, no comando (101). O preo que os homens pagam pela
multiplicao do seu poder a sua alienao daquilo sobre o que
exercem o poder. O iluminismo se relaciona com as coisas assim como o ditador se relaciona com os homens. Ele os conhece, na medida em que os pode manipular. O homem de cincia conhece as coisas, na medida em que as pode produzir. assim que o em-si das coisas vem a ser para-ele (101). Ele [o iluminismo] pretende subtrair-se ao processo do destino e da retaliao, exercendo a retaliao sobre esse prprio processo (103). A horda, cujo nome figura sem dvida alguma na organizao da Juventude Hitlerista, no nenhuma recada na antiga barbrie, mas o triunfo da igualdade repressiva, o desenvolvimento da igualdade do direito na injustia feita pelos iguais (104). Adorno-Horkheimer fazem paralelos entre o dominar na cincia e o dominar na vida social (v. notas da p. 101 acima): a distncia do sujeito ao objeto, pressuposto da abstrao, fundamentase na distncia coisa que o senhor obtm por meio do assenhoreamento (104). A generalidade dos pensamentos, tal como a lgica discursiva a desenvolve, a dominao na esfera do conceito, erige-se sobre o fundamento da dominao na esfera da realidade. Na substituio da herana mgica, das antigas representaes difusas, pela unidade conceitual, exprime-se a constituio da vida articulada pelo mando e determinada pelos homens livres (105). Ou melhor: a atividade do pensamento (formao dos conceitos etc.) pode ser explicada a partir da poltica, da dominao.