Apostilha NR 35
Apostilha NR 35
Apostilha NR 35
TRABALHO EM ALTURA
NR 35
trabalho em altura.
Uma das principais causas de mortes de trabalhadores se deve a acidentes envolvendo queda
de pessoas e materiais.
30% DOS ACIDENTES DE TRABALHO OCORRIDOS AO ANO SO
DECORRENTES DE QUEDAS. (FONTE TEM)
O risco de queda existe em vrios ramos de atividades, devemos intervir nestas situaes de
risco regularizando o processo e tornando os trabalhos mais seguros.
Devemos tomar medidas preventivas em todos os trabalhos realizados com risco de queda
visando segurana dos trabalhadores e terceiros.
Em 2012 j ocorreram mais de 700 Mil vtimas
QUEDA
MORTES
De acordo com a norma regulamentadora 35, item 1.2, toda atividade executada acima
de 2 metros do nvel inferior, onde haja risco de queda, seja elevao ( escada, andaimes,
plataformas etc.) ou em profundidade (poos, escavaes, dutos etc.).
NR 35
35.1. Objetivo e Campo de Aplicao
35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mnimos e as medidas de proteo
para o trabalho em altura,envolvendo o planejamento, a organizao e a
execuo, de forma a garantir a segurana e a sade dos
trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de
2,00 m (dois metros) do nvel inferior, onde haja risco de queda.
35.1.3 Esta norma se complementa com as normas tcnicas oficiais
estabelecidas pelos rgos competentes e, na ausncia ou omisso dessas,
com as normas internacionais aplicveis.
35.2. Responsabilidades
35.2.1 Cabe ao empregador:
a) garantir a implementao das medidas de proteo estabelecidas nesta Norma;
b) assegurar a realizao da Anlise de Risco - AR e, quando aplicvel, a emisso
da Permisso de Trabalho - PT;
c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho
em altura;
d) assegurar a realizao de avaliao prvia das condies no local do trabalho em
altura, pelo estudo, planejamento e implementao das aes e das medidas
complementares de segurana aplicveis;
e) adotar as providncias necessrias para acompanhar o cumprimento das
medidas de proteo estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;
1- Analise de Risco
Para todas as
atividades rotineiras
Para todas as
atividades no
rotineiras
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i)
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob superviso, cuja forma
ser definida pela anlise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
k) assegurar a organizao e o arquivamento da documentao prevista nesta Norma.
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Porque prevenir?
Trabalho em altura pode apresentar diversos riscos vida do trabalhador. A queda de
pessoas e materiais uma das principais causas de morte no Brasil.
Como prevenir?
A principal forma de preveno para trabalhos em altura se faz com uso correto de
equipamento adequado para os trabalhadores e envolvidos.
O que EPI?
Equipamento de proteo individual (EPI)
todo o dispositivo ou produto de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado a proteo de riscos suscetveis de ameaa
a segurana e sade no trabalho
o Qual a legislao que rege o EPI para trabalho em altura?
NR-06
NBRs
INMETRO Instituto Nacional de metrologia, Normatizao e Qualidade Industial
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NR 35
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Treinamento
Os trabalhadores devem ser treinados quanto ao uso apropriado dos equipamentos antes de usar quaisquer produtos de proteo d e queda. O
trabalhador deve ser capaz de identificar riscos de queda, determinar quais produtos usar em ambientes de trabalho especfico, demonstrar
procedimentos apropriados com relao s ancoragens, etc. deve, ainda, aprender procedimentos de inspeo, manuteno e uso adequado
dos equipamentos de proteo de queda.
35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado
em treinamento, terico e prtico, com carga horria mnima de oito horas, cujo contedo programtico
deve, no mnimo, incluir:
a) normas e regulamentos aplicveis ao trabalho em altura;
b) anlise de Risco e condies impeditivas;
c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de preveno e controle;
d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteo coletiva;
e) equipamentos de Proteo Individual para trabalho em altura: seleo, inspeo, conservao e
limitao de uso;
f) acidentes tpicos em trabalhos em altura;
g) condutas em situaes de emergncia, incluindo noes de tcnicas de resgate e de primeiros
socorros.
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NR 35
Quando um corpo qualquer cai, ele acelera e ganha energia. Dependendo de como esse corpo vai ser
parado, essa energia pode ser dissipada, ou distribuda, de uma forma que pode lesionar o trabalhador.
Vamos traar um paralelo para facilitar a compreenso. Imaginem-se estando dentro de um carro a 60
km/h.
Em uma primeira situao, ao pisar no freio, o carro ir se deslocar por um determinado espao at parar
totalmente. Desta forma o que ser refletido nas pessoas que esto no carro ser apenas uma leve fora
os projetando para frente do banco.
Em uma segunda situao, se prendermos um cabo de ao bem longo no eixo traseiro e comeamos a
andar. No momento que este cabo estica, o perodo de frenagem e deslocamento quase nulo,
semelhante ao que acontece quando batemos em um muro. Tudo que estiver dentro do carro ser
projetado violentamente para frente.
Esta mecnica o que acontece quando sofremos uma queda. Ns somos os carros e nossos rgos so
as pessoas dentro dele se deslocando em funo da desacelerao.
A funo do cinturo de segurana criar pontos de conexo no corpo do trabalhador e distribuir o
impacto atravs destes pontos ao longo do corpo. Este impacto est diretamente ligado ao sistema de
absoro de energia que utilizado durante o trabalho.
Se utilizarmos um talabarte (cabo de segurana que conecta o trabalhador estrutura) que no se alonga,
este ir fazer o papel prximo de um cabo de ao, ou seja, o trabalhador vai cair e o impacto vai ser
muito grande.
Para colocarmos um freio no sistema temos que incluir um absorvedor de energia que em caso de queda
se abra e aumente o intervalo de tempo e espao de frenagem.
As normas de ensaio testam os produtos nas piores condies: uma queda fator 2 que significa uma
queda com o dobro do comprimento do talabarte utilizado e uma massa de 100kg. (veja o vdeo abaixo)
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NR 35
Um sistema de proteo individual contra queda de altura garante a reteno segura de uma queda, de
forma que:
A altura de queda seja mnima.
A fora da reteno (fora de impacto) no provoque leses corporais.
Uma vez retida a queda, a posio do usurio deve ser adequada a espera de auxilio.
FATOR DE QUEDA.
Fator de queda exprime o grau de gravidade proporcional de uma queda trata-se relao entre a altura da queda e o
comprimento da corda disponvel para repartir a fora choque da queda.
Calcula-se por meio da seguinte equao:
Fato de queda :
altura da queda
-------------------------comprimento da corda
(talabarte)
Uma queda com fator de queda = 2 corresponde um A FORA DE IMPACTO no corpo mais de 18 KN
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3-Cinturo paraquedista
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Dispositivos de ancoragem:
usado para ligar a ancoragem e o dispositivo de unio (ex:
cinta de ancoragem, trip, olhais metlicos, ganchos
especficos, etc.).
os dispositivos de ancoragem devem ser capazes de
sustentar 15 kn de fora por trabalhador;
devem ser suficientemente altas para que o trabalhador
evite contato com o solo ou outro obstculo em caso de
queda;
o dispositivo de ancoragem deve ser posicionado
preferencialmente sobre a cabea para evitar queda em
pndulo.
linha de vida horizontal flexvel e um tipo de dispositivo de
ancoragem, porem, possui capacidade de cargas especificas
conforme cada projeto.
1
2
Dispositivo de unio
Dispositivo de unio: elo critico que conecta o
cinturo paraquedista a ancoragem/dispositivo de
ancoragem (ex: talabarte absorvedor de impacto,
travaqueda deslizante, travaqueda retrtil.).
Cinturo paraquedista
Cinturo paraquedista: o equipamento de proteo
individual vestido pelo trabalhador:
nico modelo de cinturo aceitvel para reteno de
queda e o cinturo paraquedista;
deve ser selecionado com base no ambiente e no
trabalho a ser realizado;
elementos de engate na altura da cintura e ombros so
usados somente para posicionamento, elementos de
engate peitoral e dorsal identificados com a so
indicados para reteno de queda e/ou posicionamento.
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3-Cinturo paraquedista
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NR 35
Cinturo paraquedista.
35.5.3 O cinto de segurana deve ser do tipo paraquedista e dotado de dispositivo
para conexo em sistema de ancoragem.
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NR 35
NBR-15836
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1
Teste da fivela
Costura do cinto
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a
3
4
Muito cuidado !
8- Fivela de engate
9-Elemento de engate frontal para proteo contra
queda
a- Etiqueta de identificao
b- Etiqueta de indicao de engate para proteo contra queda A para ponto
nico e A/2, quando existirem dois pontos simultneos de engate
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NR 35
NBR 15837
Conector.
Tipo gancho
Mosqueto
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2-Dispositivo de unio
1-Talabarte duplo em Y com ABS
2-Trava queda retrtil
3-Trava-queda para uso em linha flexvel
Conhea alguns requisitos para os dispositivos de unio
Ao interromper a queda, o sistema pessoal de proteo de queda deve:
limitar a fora mxima de interrupo da queda para faixa dos 6 kn quando usado com cinturo paraquedista;
limitar ao Maximo a queda livre de tal modo que sempre evite o contato com o nvel inferior;
fazer o trabalhador parar completamente enquanto limita a distancia mxima de desacelerao conforme
exigidos pelas normas NBR;
possuir, no mnimo, fora suficiente para resistir de forma esttica em saios ao dobro da energia potencial de um
trabalhador em queda livre estabelecido em 6kn.
Atender a estes requisitos gera maior segurana no local de trabalho.
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NBR 14629.
Absorvedor de energia.
Atravs de sua deformao controlada este equipamento absorve uma parte importante da
energia da queda. Sem ele, esta energia de impacto ser transmitida diretamente ao corpo do
trabalhador.
35.5.3.4 obrigatrio o uso de absorvedor de energia nas seguintes situaes:
a) fator de queda for maior que 1;
b) comprimento do talabarte for maior que 0,9m
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NBR 15834
1,20m
NBR 14629.
1,64m
2,84m
Abertura do Absorvedor
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1,20m
2,84m
?
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Chumbador mecnico
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Tipos de corda
Cordas Estticas:
So as cordas que possuem pouca elasticidade, apropriadas para montar tiroleza
ou qualquer outro tipo de descidas. Muito usado nos resgates com helicpteros
em locais de difcil acesso, pelas foras armadas em aes-tticas,
Cordas Dinmicas:
So as cordas que possuem muita elasticidade, apropriadas para a
pratica do Alpinismo, Escalada, e qualquer outro tipo de atividade
passiva de queda , pois ela absorve a energia da queda diminuindo o
risco de se ferir gravemente.
A princpio, as cordas tinham suas fibras torcidas em feixes, como nas
cordas nuticas, porm a desvantagem era o grande atrito que
geravam entre si. Dcadas se passaram para que os fios finalmente
fossem tranados em espiral na forma de uma capa que envolvia uma
alma, tambm formada de fios torcidos, tranados ou lisos. E a est a
principal diferena entre as cordas estticas e dinmicas.
Rompimento da corda
Fixao da corda N
Fabricao de corda
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Linhas de vida horizontal flexvel e linhas de vida horizontal rgida so fixas na estrutura e oferecem
proteo sem interrupo do trabalho. Estes sistemas podem ser projetados para mltiplos trabalhadores.
Ambos os sistemas devem ser equipados com talabartes absorvedores de impacto ou travaquedas, e
devem ser posicionados nas proximidades da rea de trabalho para evitar quedas em pndulo. Devero
ser considerados sistemas paralelos para mltiplos trabalhadores, aumentando a autonomia e a
segurana.
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Quais so eles?
1-Reteno de queda
2-Posicionamento
3-Acesso por corda
4-Iamento
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Reteno de queda
como regra geral, e recomendada que sejam usados equipamentos de reteno
de queda em trabalhos acima de 2 metros.
Este sistema consiste em:
dispositivo de unio
ancoragem/dispositivo de
ancoragem.
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Posicionamento
o sistema de posicionamento e usada para firmar o trabalhador, permitindo o
trabalho em altura com as mos livres. O sistema de posicionamento tpico
consiste em:
cinturo paraquedista ( ou cinturo abdominal _ quando no existe o risco de
queda);
dispositivo de unio
ancoragem/dispositivo de
ancoragem.
o sistema de posicionamento no e projetado para reteno de queda e por isso sempre deve ser
usado um sistema de reteno de queda em paralelo.
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linha de
suspenso/posicionamento
ancoragem/dispositivo de
ancoragem.
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Iamento
o sistema de iamento usado primariamente em espaos confinados, quando o
trabalhador tem de entrar em tanques, poos, etc. e pode necessitar ser resgatado a
partir da superfcie em caso de emergncia. O sistema de iamento/resgate tpico
consiste em:
ancoragem/dispositivo de
ancoragem.
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Iamento
Uma das primeiras providencias localizar ou posicionar pontos
de ancoragem para fixao de cordas que auxiliaro a descida do
trabalhador e a sua remoo, aps a execuo dos trabalhos ou
na eventualidade de um resgate. Para que isto ocorra de maneira
fluente, o trabalhador dever ingressar no confinado utilizando
um cinto de segurana especfico para trabalhos em confinados,
e devidamente conectado a corda.
Este cinto tem como caracterstica, a ausncia de alas
auxiliares ou salientes que poderiam se prender no interior do
confinado, dificultando assim a movimentao do trabalhador,
outro detalhe importante, o ponto de fixao da corda que
dever estar posicionado , nas costas, o mais alto possvel ou
acima da cabea do trabalhador, para que o mesmo possa ser
suspenso, o mais prximo possvel, da vertical.
Considerando-se o esforo necessrio para a remoo do
trabalhdor, do confinado, um sistema de polias dever estar
devidamente montado e posicionado
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NR 35
NBR 14628
Elemento de
amarrao retrtil.
Ponto de conexo com
o cinturo.
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NR 35
NBR-14626
NBR-14627
NR 35
Extensor
Corda
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Uso do talabarte
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Trabalhos em escadas
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Trabalho em escadas
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Sndrome
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NR 35
35.4.3 Todo trabalho em altura deve ser realizado sob superviso, cuja forma ser
definida pela anlise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade.
35.4.4 A execuo do servio deve considerar as influncias externas que possam
alterar as condies do local de trabalho j previstas na anlise de risco.
35.4.5 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Anlise de Risco.
35.4.5.1 A Anlise de Risco deve, alm dos riscos inerentes ao trabalho em altura,
considerar:
a) o local em que os servios sero executados e seu entorno;
b) o isolamento e a sinalizao no entorno da rea de trabalho;
c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;
d) as condies meteorolgicas adversas;
e) a seleo, inspeo, forma de utilizao e limitao de uso dos sistemas de proteo
coletiva e individual, atendendo s normas tcnicas vigentes, s orientaes dos
fabricantes e aos princpios da reduo do impacto e dos fatores de queda;
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NR 35
f) o risco de queda de materiais e ferramentas;
g) os trabalhos simultneos que apresentem riscos especficos;
h) o atendimento aos requisitos de segurana e sade contidos nas demais normas
regulamentadoras;
i) os riscos adicionais;
j) as condies impeditivas;
k) as situaes de emergncia e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de
forma a reduzir o
tempo da suspenso inerte do trabalhador;
l) a necessidade de sistema de comunicao;
m) a forma de superviso.
35.4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em altura a anlise de risco pode estar
contemplada no respectivo procedimento operacional.
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Procedimento PRA-310
Temos que fazer a Analise de risco!! A nica maneira de evitar o acidente dentro do
espao confinado.
NR 35
b) anlise de Risco e condies impeditivas;
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Emergncia e Salvamento
Treinamento Pratico
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