Administracao e Contabilidade para Pequenas e Medias Empresas Cristiano Abreu 2012 Nova Diagramacao
Administracao e Contabilidade para Pequenas e Medias Empresas Cristiano Abreu 2012 Nova Diagramacao
Administracao e Contabilidade para Pequenas e Medias Empresas Cristiano Abreu 2012 Nova Diagramacao
CONTABILIDADE PARA
PEQUENAS E MDIAS EMPRESAS
APRESENTAO
Ol Caro Aluno,
SUMRIO
APRESENTAO
MDULO I ASPECTOS RELEVANTES SOBRE OS
PEQUENOS NEGCIOS
1. INTRODUO
1.1.A IMPORTNCIA DOS PEQUENOS NEGCIOS
1.2. O EMPREENDEDORISMO
1.2.1. O Empreendedorismo no Brasil
1.2.2. Caractersticas do Comportamento Empreendedor
1.2.3. O Processo Empreendedor
1.3. A INFORMTICA E AS INOVAES TECNOLGICAS
EXERCCIOS DE FIXAO
6
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120
121
122
REFERNCIAS
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MDULO I
Caro aluno, ao finalizar esta Unidade, voc dever ser capaz de:
1. INTRODUO
No Brasil, nove em cada dez empresas so classificadas como micro ou
pequena empresa de acordo com o SEBRAE (Sistema Brasileiro de Apoio s Micro e
Pequenas Empresas), as quais absorvem maior contingente de mo de obra em
relao s grandes. O problema que muitas dessas empresas no suportam as
presses normais do cotidiano e acabam encerando suas atividades com pouco tempo
de vida. Cerca de 71% das micro e pequenas empresas abertas anualmente no Brasil
fecham antes de completar cinco anos, de acordo com dados do SEBRAE.
Muitos empresrios defendem que o principal motivo para o fechamento de
suas empresas seria a instabilidade econmica; dificuldade para aquisio de
financiamentos, juros altos, queda do poder aquisitivo, etc. Sem dvidas este um
motivo de bastante relevncia neste ciclo de encerramento das atividades das
empresas, mas no o principal. Em recentes pesquisas realizadas pelo SEBRAE,
constatou-se que o principal motivo para o encerramento das atividades das micro e
pequenas empresas no Brasil a falta de planejamento, tanto financeiro como
estratgico.
Tambm imperativo levar em considerao o despreparo profissional dos
minsculos gestores. De certa maneira, a dificuldade apontada decorre, em parte, da
culpa dos prprios empreendedores que pouco tm se esforado para buscar
conhecimentos mnimos sobre como administrar suas pequenas firmas, isto , o
despreparo do pequeno executivo um dos fatores que contribui de modo decisivo
para os maus resultados.
O EMPREENDEDORISMO
Sobre empreendedorismo, acrescento a este material um resumo dos
principais tpicos apresentados por Jos Dornelas no livro Empreendedorismo Transformando Ideias em Negcios (4 edio, 2011), adicionando algumas
concepes de autores citados.
A palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e quer dizer
aquele que assume riscos e comea algo novo, porm existem muitas definies,
vejamos algumas mais interessantes:
Joseph Schumpeter (1949): O empreendedor aquele que destri a
ordem econmica existente pela introduo de novos produtos e
servios, pela criao de novas formas de organizao ou pela explorao
de novos recursos e materiais.
Kirzner (1973): o empreendedor aquele que cria um equilbrio,
encontrando uma posio clara e positiva em um ambiente de caos e
turbulncia, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente.
Ambos, porm, so enfticos em afirmar que o empreendedor um exmio
identificador de oportunidades, sendo um indivduo curioso e atento s informaes,
pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta.
De acordo ainda com Schumpeter (1949), o empreendedor mais conhecido
como aquele que cria novos negcios, mas pode tambm inovar dentro de negcios j
existentes; ou seja, possvel ser empreendedor dentro de empresas j constitudas.
Neste caso o termo que se aplica o empreendedorismo corporativo.
Trazendo mais para o contexto das PMEs o empreendedor aquele que
detecta uma oportunidade e cria um negcio para capitalizar sobre ela, assumindo
riscos calculados, ou seja, aquele que apresenta determinadas habilidades e
competncia para criar, abrir e gerir um negcio, gerando resultados positivos.
10
11
12
de
entidades
governamentais
de
apoio
inovao
ao
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15
16
So dedicados - Eles se dedicam 24h por dia, 7 dias por semana, ao seu
negcio. Comprometem o relacionamento com amigos, com a famlia, e
at mesmo com a prpria sade. So trabalhadores exemplares,
encontrando energia para continuar, mesmo quando encontram
problemas pela frente. So incansveis e loucos pelo trabalho.
So otimistas e apaixonados pelo que fazem - Eles adoram o trabalho
que realizam. E esse amor ao que fazem o principal combustvel que os
mantm cada vez mais animados e autodeterminados, tornando-os os
melhores vendedores de seus produtos e servios, pois sabem, como
ningum, como faz-lo. O otimismo faz com que sempre enxerguem o
sucesso, em vez de imaginar o fracasso.
So independentes e constroem o prprio destino - Eles querem estar
frente das mudanas e ser donos do prprio destino. Querem ser
independentes, em vez de empregados; querem criar algo novo e
determinar os prprios passos, abrir os prprios caminhos, ser o prprio
patro e gerar empregos.
Ficam ricos - Ficar rico no o principal objetivo dos empreendedores.
Eles acreditam que o dinheiro consequncia do sucesso dos negcios.
So lderes e formadores de equipes - Os empreendedores tm um senso
de liderana incomum. E so respeitados e adorados por seus
funcionrios, pois sabem valoriz-los, estimul-los e recompens-los,
formando um time em torno de si.
So bem relacionados (networking) - Sabem que, para obter xito e
sucesso, dependem de uma equipe de profissionais competentes. Sabem
ainda recrutar as melhores cabeas para assessor-los nos campos onde
no detm o melhor conhecimento.
So organizados - Os empreendedores sabem construir uma rede de
contatos que os auxiliam no ambiente externo da empresa, junto a
clientes, fornecedores e entidades de classe.
17
prtica,
de
informaes
obtidas
em
publicaes
19
Realidade:
Tomam
riscos
calculados;
Evitam
riscos
desnecessrios;
questionamento
que
vem
tona
possvel
ensinar
empreendedorismo?
At alguns anos atrs, acreditava-se que o empreendedorismo era inato, que
o empreendedor nascia com um diferencial e era predestinado ao sucesso nos
negcios. Pessoas sem essas caractersticas eram desencorajadas a empreender. Como
j se viu, isto um mito. Os empreendedores inatos continuam existindo, e continuam
sendo referncias de sucesso, mas muitos outros podem ser capacitados para a criao
de empresas duradouras.
As habilidades requeridas de um empreendedor podem ser classificadas em
trs reas: tcnicas, gerenciais e caractersticas pessoais. As habilidades tcnicas
envolvem saber escrever, saber ouvir as pessoas e captar informaes, ser um bom
orador, ser organizado, saber liderar e trabalhar em equipe e possuir know-how
tcnico na sua rea de atuao. As habilidades gerenciais incluem as reas envolvidas
na criao, desenvolvimento e gerenciamento de uma nova empresa: marketing,
administrao, finanas, operacional, produo, tomada de deciso, controle das
aes da empresa e ser um bom negociador. Algumas caractersticas pessoais
tambm: ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ser orientado a mudanas, ser
persistente e ser um lder visionrio.
1.2.3. O Processo Empreendedor
O processo empreendedor pode ser dividido em fases: 1. Identificar e avaliar
a oportunidade; 2. Desenvolver o plano de negcios; 3. Determinar e captar os
recursos necessrios; e 4. Gerenciar a empresa criada, conforme demonstrada na
figura a seguir:
20
22
procedimentos
organizados.
Isso,
de
certa
forma,
favorece
sua
23
EXERCCIOS DE FIXAO
2- Voc aprendeu a importncia dos pequenos negcios para o pas, destaque trs
pontos que voc considera de maior relevncia no papel das PMES para a economia.
d) fazedores.
7 - Os empreendedores:
a) assumem altos riscos;
b) no assumem riscos;
c) assumem riscos calculados;
d) no se preocupam com riscos.
8 - Os empreendedores so apaixonados por:
a) novas ideias;
b) novos empregados;
c) novos conceitos administrativos;
d) novos produtos;
e) todas as anteriores.
9 - Os empreendedores geralmente criam:
a) novas empresas de servios;
b) novas empresas de manufatura;
c) novas empresas de construo;
d) novas empresas de tecnologia;
e) mais de uma empresa.
10 - Assinale a alternativa falsa em relao ao aprendizado do empreendedor:
a) Ele deve busc-lo constantemente
b) O empresrio deve buscar o conhecimento apenas aps a abertura da empresa
c) Impacta diretamente no desenvolvimento de habilidades
d) Pode auxiliar a inovao
e) Est relacionado melhoria dos processos
11 - Assinale a alternativa verdadeira:
a) A misso da empresa no pode ser questionada, ela deve ser seguida e preservada
b) Os subordinados no devem auxiliar no questionamento misso da empresa, pois
compete apenas aos altos gestores
c) Um empreendedor de uma indstria necessita saber produzir uma pea
d) O empreendedor deve conhecer bem aspectos como: os fornecedores, o mercado,
os clientes, os concorrentes e a misso e o negcio da empresa
e) O empreendedor no deve tomar decises.
26
27
MDULO II
Caro aluno, ao finalizar esta Unidade, voc dever ser capaz de:
28
Simples Nacional
Microempresas
Faturamento Anual
At R$ 360 mil
Fonte: Simples Nacional, Lei Complementar Federal n 123, de 14/12/2006 atualizada pela LC 139/2011.
29
O
e
Mdias
Pronunciamento
Tcnico
PME
Empresas,
aprovou
que
NBC
Contabilidade
T
19.41
para
norma
Pequenas
que
se
Indstria
At 19
De 20 a 99
De 100 a 499
500 ou mais
Comrcio e Servios
At 9 empregados
De 10 a 49
De 50 a 99
100 ou mais
30
Atividade
Microempresas
Empresas de
Pequeno Porte
Pessoal
Exportaes
Comrcio e Servios
Ocupado
1 a 5 pessoas
Indstria
1 a 10 pessoas
Comrcio e Servios
6 a 30 pessoas
11 a 40 pessoas
1,5 milho
Acima de US$ 400 mil at US$
Indstria
3,5 milhes
s
31
Caracterstica
Grandes Empresas
Pequenas Empresas
Adaptabilidade
Pequena
Grande
Administrao
Profissional
Pessoal ou Familiar
Deciso
Centralizada
Descentralizada
Estrutura
Organizada
Informal
Flexibilidade
Pequena
Grande
Forma Jurdica
Sociedade Annima
Limitada
Idade Mdia
Alta
Pequena
Nveis Hierrquicos
Muito
Poucos
N de Funcionrios
Muitos
Poucos
N de Produtos
Grande
Pequeno
Recursos Financeiros
Abundante
Complexos, formalizados
e informatizados
Alta
Escassos
Sistema de Informao
Utilizao de Tecnologia
32
Note que para essa lei todas as demais empresas que no atendem a estes
requisitos no so de grande porte, consequentemente, so de mdio ou pequeno
porte (PMEs). Mas afinal, diante dessas classificaes apresentadas, qual o critrio
ser utilizado para identificarmos as PMEs at o final deste material?
O critrio a ser utilizado neste material o da Lei n123/2006, isto , o do
valor do faturamento. Assim toda vez que se mencionar a sigla PMEs (Pequenas e
Mdias Empresas), idealizem empresas com faturamento de at 3,6 milhes anuais,
independente da atividade da empresa. O propsito abranger as empresas com
atividades administrativas e contbeis menos complexas, objetivo macro desta
disciplina.
2.6. TIPOS DE EMPRESA
No plano jurdico, existe uma ampla gama de possveis estruturas para as
empresas menores. Nessa configurao, restringimos nossa ateno s formas mais
usadas atualmente pelas pequenas empresas. Antes mesmo de estabelecer a lgica
do negcio, uma etapa tambm relevante ser conceber que tipo de formato jurdico
que a nova firma assumir. Os tipos de empresa mais comuns so:
a) Firma individual: neste caso, como o prprio nome diz, no ter scio e a empresa
levar o seu nome. Exemplo: Mario da Silva Neves abre uma padaria. Pode abrir
com o nome: "M da S Neves Padaria" ou "Mario da Silva Neves Padaria". Os custos
envolvidos na constituio de uma firma individual so muito baixos, sendo a forma
mais simples e barata de comear uma microempresa. As caractersticas bsicas
apontadas para este formato jurdico referem: (1) um nico dono; (2) a integralidade
do patrimnio lquido a ele pertence; (3) o proprietrio no precisa dividir os lucros;
(4) o controle dos negcios absoluto; (5) o proprietrio se livra da interferncia de
scios. Quanto as desvantagens, a responsabilidade pessoal implica que os
proprietrios no s podem perder todo o seu investimento, como tambm podem
perder a maioria de seu patrimnio pessoal. Resumidamente, o proprietrio
individual recebe todos os lucros, porm, assume todas as perdas, arca com todos os
riscos e paga todas as dvidas da empresa.
33
34
EXERCCIOS DE FIXAO
1 - Leia as afirmaes a seguir e assinale a alternativa correspondente:
I. Segundo o Simples Nacional, ou seja, a Lei Complementar 123/2006, microempresas no
podem faturar mais de R$ 360.000,00 ao ano.
II. Conforme a NBC T 19.41, as pequenas e mdias empresas so empresas que no tm
obrigao pblica de prestao de contas.
III. Para classificar as empresas quanto ao porte existe apenas a classificao do Simples
Nacional.
a) As duas primeiras afirmaes so verdadeiras
b) Apenas a primeira afirmao verdadeira
c) Todas as afirmaes so verdadeiras
d) Nenhuma afirmao verdadeira
e) Apenas a segunda afirmao verdadeira
2 - Assinale a alternativa verdadeira:
a) Uma empresa tem obrigao pblica de prestar contas se for de pequeno porte;
b) As empresas que tm instrumentos de dvida ou patrimoniais negociados em mercado
de aes (bolsa) tm obrigao pblica de prestar contas;
c) Nenhuma empresa tem obrigao pblica de prestar contas;
d) Apenas as empresas de mdio porte devem prestar contas publicamente;
e) Todas as empresas tm obrigao pblica de prestar contas;
3 - Em relao questo tributria no Brasil possvel afirmar que:
a) Atualmente no h grandes desafios para os pequenos empresrios;
b) Como as empresas cresceram, o governo no se preocupa mais com o controle das
informaes;
c) As mudanas so grandes, sendo que o governo melhora as suas informaes para
acompanhamento e controle;
d) O governo no busca cruzar dados, pois seus controles no permitem;
e) As pequenas empresas no devem se preocupar com os tributos.
4 - Assinale a alternativa verdadeira:
a) A competitividade no atinge as micro e pequenas empresas;
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36
MDULO III
Caro aluno, ao finalizar esta Unidade, voc dever ser capaz de:
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38
Para
consulta,
acesse
ao
site:
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/modulos/entenda/quem.php.
O empreendedor individual ter, entre outros, os benefcios:
o Iseno dos seguintes tributos federais: Imposto sobre a Renda, PIS, Cofins, IPI
e CSLL;
o Salrio-maternidade, auxlio-doena, aposentadoria por invalidez, auxlioacidente;
o Penso por morte, auxlio-recluso (pagos para a famlia);
o Caso opte: aposentadoria por tempo de contribuio;
o Baixo custo, pois o profissional dever pagar apenas o valor fixo mensal de
R$ 57,10 (comrcio ou indstria) ou R$ 62,10 (prestao de servios);
o Poder registrar at um empregado, pagando 3% do salrio para a Previdncia
e 8% para o FGTS do salrio-mnimo, por ms. O empregado contribui,
tambm, com 8% do seu salrio para a Previdncia. Observe que no poder
ter mais do que um profissional registrado e o salrio dever ser piso salarial
da categoria. No caso de a categoria no estipular, deve ser considerado o
mnimo.
3.2.
SIMPLES NACIONAL
O Simples Nacional consiste em um regime tributrio diferenciado, simplificado,
39
Alquota
IRPJ
CSLL
Cofins
PIS/Pasep
CPP
ICMS
At 180.000,00
4,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
2,75%
1,25%
De 180.000,01 a 360.000,00
5,47%
0,00%
0,00%
0,86%
0,00%
2,75%
1,86%
De 360.000,01 a 540.000,00
6,84%
0,27%
0,31%
0,95%
0,23%
2,75%
2,33%
De 540.000,01 a 720.000,00
7,54%
0,35%
0,35%
1,04%
0,25%
2,99%
2,56%
De 720.000,01 a 900.000,00
7,60%
0,35%
0,35%
1,05%
0,25%
3,02%
2,58%
De 900.000,01 a 1.080.000,00
8,28%
0,38%
0,38%
1,15%
0,27%
3,28%
2,82%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00
8,36%
0,39%
0,39%
1,16%
0,28%
3,30%
2,84%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00
8,45%
0,39%
0,39%
1,17%
0,28%
3,35%
2,87%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00
9,03%
0,42%
0,42%
1,25%
0,30%
3,57%
3,07%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00
9,12%
0,43%
0,43%
1,26%
0,30%
3,60%
3,10%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00
9,95%
0,46%
0,46%
1,38%
0,33%
3,94%
3,38%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00
10,04%
0,46%
0,46%
1,39%
0,33%
3,99%
3,41%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00
10,13%
0,47%
0,47%
1,40%
0,33%
4,01%
3,45%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00
10,23%
0,47%
0,47%
1,42%
0,34%
4,05%
3,48%
40
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00
10,32%
0,48%
0,48%
1,43%
0,34%
4,08%
3,51%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00
11,23 %
0,52%
0,52%
1,56%
0,37%
4,44%
3,82%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00
11,32 %
0,52%
0,52%
1,57%
0,37%
4,49%
3,85%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00
11,42 %
0,53%
0,53%
1,58%
0,38%
4,52%
3,88%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00
11,51 %
0,53%
0,53%
1,60%
0,38%
4,56%
3,91%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00
11,61 %
0,54%
0,54%
1,60%
0,38%
4,60%
3,95%
Fonte:
http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/LeisComplementares/2006/LeiComplementar1232006Anexo
1.doc
41
Menor tributao;
43
rgos
pblicos
federais,
estaduais
municipais,
O Imposto sobre a Renda com base no lucro presumido determinado por perodos de apurao trimestrais, encerrados em 31 de maro, 30 de junho, 30 de setembro e
31 de dezembro de cada ano-calendrio.
Podem optar as pessoas jurdicas:
44
Percentuais (%)
8,0
32,0
(inclusive imveis)
Intermediao de negcios
Revenda de combustveis
Servios hospitalares
Servios em geral (exceto servios hospitalares)
Servios de transporte (exceto o de carga)
Servios de transporte de cargas
32,0
1,6
8,0
32,0
16,0
8,0
Fonte:www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2005/pergresp2005/pr517a555.htm
Excluses:
- os valores cuja deduo seja autorizada pela legislao tributria e que no tenham
sido computados na apurao do lucro lquido do perodo de apurao;
- os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores includos na
apurao do lucro lquido que, de acordo com a legislao tributria, no sejam
computados no lucro real;
Compensaes:
- conforme opo do contribuinte, os prejuzos fiscais de perodos de apurao
anteriores. Deve-se observar o limite mximo de 30% do lucro lquido.
Conforme este resultado calculado o Imposto de Renda a recolher. Observe que
toda pessoa jurdica pode recolher pelo lucro real, sendo que algumas o fazem por determinao legal, conforme a Lei n 9.718, de 1998, art. 14; e RIR/1999, art. 246. So elas:
Pessoas jurdicas cujas atividades sejam bancos comerciais, bancos de investimento,
bancos de desenvolvimento, caixas econmicas, sociedades de crdito,
financiamento e investimento, sociedades de crdito imobilirio, sociedades corretoras de ttulos e valores mobilirios, empresas de arrendamento mercantil,
cooperativas de crdito, empresas de seguro privado e de capitalizao e entidades
de previdncia privada aberta;
Pessoas jurdicas que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do
exterior. Esta obrigatoriedade no se aplica pessoa jurdica que auferir receita de
exportao de mercadorias e da prestao direta de servios no exterior;
Pessoas jurdicas que, autorizadas pela legislao tributria, queiram usufruir de
benefcios fiscais relativos iseno ou reduo do Imposto de Renda;
Pessoas jurdicas que, no decorrer do ano-calendrio, tenham efetuado o recolhimento mensal com base em estimativa;
Pessoas jurdicas que explorem as atividades de prestao cumulativa e contnua de
servios de assessoria creditcia, mercadolgica, gesto de crdito, seleo e riscos,
administrao de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditrios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestao de servios (factoring).
46
Tambm so obrigadas ao lucro real pessoas jurdicas cuja receita bruta total
tenha sido superior a R$ 48.000.000,00, no ano-calendrio anterior, ou a R$ 4.000.000,00,
multiplicados pelo nmero de meses em atividade no ano-calendrio anterior (Lei n
10.637, de 2002, art. 46).
Optando pelo Lucro Presumido a empresa pode estar pagando imposto
mesmo que esteja sofrendo prejuzos. Isto no acontece com os empresrios que
optam pela tributao com base no Lucro Real. Estes pagam o imposto de renda e a
CSLL - Contribuio Social sobre o Lucro Lquido apenas se tiverem resultados
positivos. Para que tenha eficientes controles, necessrio que o empresrio tenha
uma contabilidade devidamente organizada, que possibilite o estabelecimento preciso
das receitas, dos custos e despesas, das consequentes margens de lucro (ou de
prejuzo) sobre os produtos vendidos, as mercadorias revendidas e os servios
prestados.
O grande problema que impede os empresrios de menor porte de optarem
pela tributao com base no Lucro Real a enraizada mania de no ter controles
internos e de no emitir notas fiscais sob a alegao de que assim fazendo pagaro
menos impostos.
47
EXERCCIOS DE FIXAO
1 - Cite algumas situaes em que a pessoa jurdica estar obrigada tributao do
IR e da CSLL pela modalidade de Lucro Real. Existe alguma PMEs obrigada a esta
opo.
48
II. O conceito de receita bruta compreende o produto da venda de bens e servios nas
operaes de conta prpria, no includas as vendas canceladas e quaisquer descontos
concedidos.
III. Tambm integram o conceito de receita bruta o preo dos servios prestados e o
resultado nas operaes em conta alheia.
IV. O enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte, bem como
o seu desenquadramento, no implicaro alterao, denncia ou qualquer restrio
em relao a contratos por elas anteriormente firmados.
V. No caso de incio de atividade no prprio ano- calendrio, o limite (valor mximo no
caso de microempresa; valores mnimo e mximo no caso de empresa de pequeno
porte) ser proporcional ao nmero de meses em que a microempresa ou a empresa
de pequeno porte houver exercido atividade, inclusive as fraes de meses.
Esto corretos apenas os itens:
a) I, II, III e IV.
b) I, III e IV.
c) I, III, IV e V.
d) II, III e IV
e) todos os itens esto corretos
4 - A lanchonete Comer Bem uma empresa de pequeno porte enquadrada entre
aquelas s quais a CF oferece tratamento diferenciado, nos termos de legislao
complementar. Essa empresa est sujeita, em razo de seu porte, a norma
constitucional aplicvel especificamente a esse grupo, que se refere a
a) tratamento diferenciado relativamente a impostos, mas no a respeito de
contribuies federais.
b) uniformidade geogrfica.
c) regime nico de arrecadao de impostos e contribuies federais.
d) recolhimento descentralizado de impostos e contribuies.
e) vedao ao compartilhamento da arrecadao.
49
Financeira)
impe,
de
forma
expressa,
que
legislador
50
51
MDULO IV
PLANEJAMENTO EMPRESARIAL
Caro aluno, ao finalizar esta Unidade, voc dever ser capaz de:
52
4. PLANEJAMENTO DO NEGCIO
O ato de planejar exige do administrador uma viso interna da organizao e
do ambiente. Como parte do planejamento, analisar o ambiente significa dimensionar
o potencial de consumo dos clientes, avaliar a capacidade de suprimento e qualidade
dos fornecedores, acompanhar a concorrncia e as mudanas advindas da tecnologia.
Diante desse contexto, o administrador tem condies de definir os objetivos
da empresa no mercado e, assim, projetar o futuro que deseja ver concretizado. As
oportunidades identificadas no ambiente e as potencialidades da empresa apontaro o
caminho para enfrentar o mercado. Diante das ameaas observadas e dos recursos
existentes na empresa, o colaborador dimensionar os riscos que deseja assumir e
com qual perfil assumir seu trajeto.
As pessoas que planejam o futuro, preparam previamente as atividades,
delegam tarefas aos seus colaboradores e antecipam eventuais surpresas. Por outro
lado, os pragmticos e mais imediatistas so pessoas que vivem "apagando incndios",
no porque as coisas ruins s aconteam com eles, mas porque no previram
anteriormente o que deveriam ter feito para evitar problemas futuros.
O empresrio em potencial precisa perceber qual o movimento de mercado
melhor viabiliza a entrada; qual ambiente mais favorece os negcios recm-nascidos.
Diante disso, surge a necessidade de uma escolha fundamental: na tentativa de
aumentar solidamente as chances de vencer, ser necessrio analisar a apropriao
das melhores possibilidades do mercado e, concomitantemente, as caractersticas, o
tamanho, a agressividade e o acirramento da concorrncia a enfrentar.
A primeira deciso que o executivo-empreendedor precisa tomar para
constituir uma pequena firma diz respeito ao tipo de negcio que deseja operar,
alinhado grandeza do empreendimento pretendido e capacidade de financi-lo. Em
outras palavras, esse passo reporta injeo de certa quantia mnima de dinheiro
necessria para o incio da jornada.
O conhecimento de alguns aspectos da vida das empresas deve permitir a
avaliao do grau de atratividade do empreendimento, subsidiando a deciso do
53
futuro
empresrio
na
escolha
do
negcio
que
pretende
desenvolver.
54
quando
se
conhece
mercado
consumidor.
ao
seu
funcionamento.
55
como:
que
trabalho
ser
feito
quais
as
fases
de
etc.
instalaes;
disponibilidade
de
recursos
financeiros;
56
O CICLO DO PLANEJAMENTO
Pode-se distinguir o processo de planejamento em pelo menos quatro macro-
57
enfrentado pela instituio. Nas organizaes de pequeno porte, pode ser compatvel
que uma nica pessoa, normalmente o empreendedor, cuide de uma srie de funes.
Isso acontece por escassez de recursos financeiros para remunerar outros gerentes ou
pelo conhecimento extraordinrio que essa nica pessoa tem do resultado final. Esta
ltima razo se justifica desde que o empreendedor, por exemplo, saiba orientar seus
colaboradores no desempenho das funes e consiga delegar autoridade na tomada
de decises. Caso contrrio, o desenvolvimento poder ser interrompido por depender
do proprietrio. medida que as organizaes crescem ou acrescentam sua misso
novos produtos e servios, haver mais especializao, com mais pessoas cuidando de
tarefas cada vez menores.
Outra fase do processo de execuo do planejamento a direo que est
relacionada com o cumprimento das aes traadas pelo planejamento. Sua
implementao depende das pessoas. Sendo assim, est relacionada com a rea de
Gesto de Pessoas e com relacionamentos interpessoais. O administrador, para se
relacionar com seus subordinados, precisa desenvolver algumas habilidades como
comunicar, liderar, assistir na execuo e motivar. O xito no papel de direo exige do
administrador perfil de liderana. Essa caracterstica faz com que ele consiga realizar as
metas propostas, dirigindo os colaboradores.
O controle e avaliao correspondem fase na qual o colaborador verifica se
a execuo dos planos est proporcionando o alcance dos objetivos, desafios e metas
58
resultados;
59
OPES DE NEGCIOS
FRANQUIAS
A franquia um modo de negcio no qual uma parte, o franqueador,
desenvolve um plano para fornecimento de um produto ou servio para o consumidor
final. A outra parte, o franqueado, obtm os direitos de uso dos planos do franqueador
mediante pagamento de direitos e concordando com a superviso do franqueador."
So vantagens que as franquias oferecem: (1) treinamento formal; (2)
assistncia financeira; (3) benefcios de marketing; (4) a marca; (5) produtos e servios
amplamente conhecidos e aceitos. Alm disso, os franqueados se beneficiam da
experincia do franqueador que identificou um modelo de negcios lucrativo e eficaz;
segundo, e em decorrncia, o franqueador oferece uma linha de negcios de sucesso,
um modelo testado e comprovado.
Na outra extremidade, os autores apontam para trs desvantagens: (1) o
custo da franquia; (2) as restries no crescimento, uma vez que muitos contratos
podem restringir o franqueado a um territrio de vendas definido; e (3) a perda de
independncia absoluta por parte do franqueado, uma vez que obrigado a operar de
acordo com os mtodos e termos especificados pela outra parte.
ALIANAS
Avanando um pouco mais, valem a pena destacar a sntese sobre outra
modalidade de parceria estratgica que a possibilidade de se firmarem alianas
envolvendo os pequenos negcios. As experincias de desenvolvimento de clusters,
agrupamentos de empresas e distritos industriais salientam a importncia de
60
Pblico-alvo;
61
Qual a localizao;
Concorrentes;
Risco;
Investimento inicial;
Custos;
Despesas;
Receitas.
62
Simples Nacional
do
contrato
social,
formao
societria
Tipo societrio;
Objeto social;
Capital social;
Sede e foro;
Prazo de durao.
64
ESTUDO DE CASO: Ajude o Sr. Jos com os conhecimentos que voc adquiriu sobre
como planejar seu negcio:
Determinado empresrio, conhecido por Sr. Jos, em uma pequena cidade,
possui um armazm e atende os moradores locais. Ele sempre vendeu para
quase todos os moradores da localidade, pois h concorrentes apenas em
uma cidade que fica a 20 km de distncia.
Ultimamente, ele est preocupado, pois muitos moradores esto comprando pela Internet e est prevista a chegada de uma grande empresa na regio, que dever
propiciar crescimento e desenvolvimento regional.
O comerciante tem uma contabilidade muito simples, nunca se preocupou com isso,
pois considera que a rea contbil responsabilidade do profissional contratado e que
a gesto da empresa competncia da famlia de Jos.
Considerando este caso, pergunta-se:
1. O que se pode prever para a cidade e, consequentemente, para o futuro do
negcio do Sr. Jos?
2. Como o Contador pode melhor assessorar o Sr. Jos?
3. Quais outros mercados o Sr. Jos pode buscar?
65
MDULO V
Caro aluno, ao finalizar esta Unidade, voc dever ser capaz de:
66
5.
67
tempo de todo seu patrimnio conseguido durante anos de trabalho como empregado
e no como empregador. Neste caso, a melhor opo para esse empresrio sem
sucesso nos negcios voltar condio de empregado.
Entretanto, o Contador vem se portando como um simples calculador de
impostos, contribuies, etc. Isso acaba desvalorizando a imagem do profissional
contbil, pois, por se preocupar apenas com a parte burocrtica da empresa, ele acaba
por trabalhar indiretamente para o Governo, deixando os gestores dessas empresas
carentes de dados e informaes que ele conhece melhor do que qualquer um.
Informaes estas indispensveis como ferramentas para o planejamento e para uma
melhor gesto da empresa.
Preocupados com isso, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) firmou
uma parceria com o SEBRAE Nacional e criou um programa denominado de
"Contabilizando Sucesso", que tem como objetivo formar contadores capazes de
auxiliar micro e pequenas empresas no s com contas, mas com gesto em geral.
Essa preocupao surgiu devido a uma pesquisa realizada pelo prprio
SEBRAE, que mostra que 42% dos donos de micro e pequenos empresrios , quando
tm problemas, buscam ajuda com o contador. Ainda segundo a pesquisa, 25% dos
empresrios no buscam ajuda nenhuma.
Assim, a Contabilidade pode ser definida como uma cincia que estuda o
patrimnio de uma entidade, visando fornecer informaes que so importantes para
o desenvolvimento das atividades.
Pizzolato (2000, p. 1) conceitua a Contabilidade da seguinte forma:
A Contabilidade costuma ser chamada de linguagem da empresa.
Trata-se de um sistema de coletar, sintetizar, interpretar e divulgar, em
termos monetrios, informaes sobre uma organizao. Como
qualquer outro sistema de informao, a Contabilidade passa por
contnua evoluo na busca de aperfeioamento de seus mtodos e
processos.
A principal finalidade da Contabilidade fornecer informaes que sejam
teis ao processo de tomada de decises empresarial e hoje essas informaes so de
carter econmico, financeiro, gerencial, social.
68
5.1.
DA LEGISLAO APLICVEL
Assim como h gestores de PMEs que utilizam os servios de contabilidade
apenas para efeitos fiscais, valendo-se apenas das Notas Fiscais como nicos
documentos para apurar as entradas (receitas) e sadas (despesas/custos) de recursos,
h tambm aqueles que dispensam totalmente os servios do profissional da
contabilidade. Mas, afinal, obrigatrio o uso da contabilidade nas PMEs? Eles tm
respaldo legal para isso?
A Constituio Federal de 1988 estabelece:
Art. 170. A ordem econmica, fundada na valorizao do trabalho
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos
existncia digna, conforme os ditames da justia social, observados
os seguintes princpios:
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte
constitudas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e
administrao no Pas. (Redao dada pela Emenda Constitucional 6,
de 1995)
Art. 179. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios
dispensaro s microempresas e s empresas de pequeno porte,
assim definidas em lei, tratamento jurdico diferenciado, visando a
incentiv-las pela simplificao de suas obrigaes administrativas,
tributrias, previdencirias e creditcias, ou pela eliminao ou
reduo destas por meio de lei.
Observe que a Constituio Federal menciona tratamento jurdico
diferenciado visando a simplificao de obrigaes administrativas, tributrias,
previdencirias e creditcias o que no implica exatamente na dispensa da escriturao
contbil, que essencial para o perfeito controle econmico financeiro. Ou seja, antes
de tudo mais, o empresrio precisa saber se est obtendo lucros ou sofrendo
prejuzos. Com a dispensa da escriturao contbil o empresrio fica sem ter essas
imprescindveis informaes.
69
O novo Cdigo Civil Brasileiro, institudo pela Lei 10.406/2002, que entrou em
vigor em 2003, em seus artigos 970 e 1.179 estabelece:
Art. 970. A lei assegurar tratamento favorecido, diferenciado e
simplificado ao empresrio rural e ao pequeno empresrio, quanto
inscrio e aos efeitos da decorrentes.
Art. 1.179. O empresrio e a sociedade empresria so obrigados a
seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou no, com base
na escriturao uniforme de seus livros, em correspondncia com a
documentao respectiva, e a levantar anualmente o balano
patrimonial e o de resultado econmico.
1. O disposto no art. 1.180, o nmero e a espcie de livros ficam a
critrio dos interessados.
2. dispensado das exigncias deste artigo o pequeno
empresrio a que se refere o art. 970.
O artigo 68 da Lei Complementar n123/2006 tratou de definir o pequeno
empresrio para efeito destes dispositivos legais:
Art. 68. Considera-se pequeno empresrio, para efeito de aplicao
do disposto nos arts. 970 e 1.179 da Lei n 10.406, de 10 de janeiro
de 2002 (Cdigo Civil), o empresrio individual caracterizado como
microempresa na forma desta Lei Complementar que aufira receita
bruta anual at o limite previsto no 1 do art. 18-A.
Art. 18-A. O Microempreendedor Individual - MEI poder optar pelo
recolhimento dos impostos e contribuies abrangidos pelo Simples
Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita
bruta por ele auferida no ms, na forma prevista neste artigo.
(produo de efeitos: 1 de julho de 2009)
1 Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o
empresrio individual a que se refere o art. 966 da Lei n 10.406, de
10 de janeiro de 2002 (Cdigo Civil), que tenha auferido receita
bruta, no ano-calendrio anterior, de at R$ 60.000,00 (sessenta mil
reais), optante pelo Simples Nacional e que no esteja impedido de
optar pela sistemtica prevista neste artigo. ( Redao dada pela Lei
Complementar n 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produo de
efeitos vide art. 7 da Lei Complementar n 139, de 2011 )
70
71
desestimulado estes gestores a utiliz-la. A prpria opo pela tributao com base no
Lucro Presumido a principal caracterstica das empresas de pequeno e mdio porte
que no possuem contabilidade organizada, pois simplifica o clculo do imposto e
desobriga o clculo do lucro real para efeitos fiscais.
Por isso, em 2004 aconteceu a primeira manifestao do governo federal no
sentido de estimular a escriturao contbil nas pequenas e mdias empresas que
optaram pela tributao com base no Lucro Presumido. O presidente da repblica
remeteu ao Congresso Nacional a Medida Provisria 232/2004 que, entre outras
finalidades, tinha a de aumentar a tributao das empresas prestadoras de servios
que no possussem escriturao contbil mediante a utilizao de Livro Dirio e Livro
Razo. A MP 232, entre outras disposies, aumentava o percentual de Lucro
Presumido de 32% para 40% da Receita Bruta desse tipo de empresa. As empresas
prestadoras de servios que tivessem escriturao contbil e fossem tributadas com
base no Lucro Real no sofreriam as medidas da MP 232 e, por isso, no teriam
acrscimo de tributao (posteriormente o presidente da repblica revogou essa
medida provisria).
importante enfatizar tambm que a contabilidade completa, ainda que de
forma simplificada, um instrumento de proteo da sociedade porque fornece as
informaes sobre todas as operaes e a situao financeira e patrimonial da
empresa, preservando os direitos e interesses de terceiros, como os scios e seus
sucessores, empregados, fornecedores, entidades financeiras, credores em geral,
inclusive o fisco. Alm disso, o Balano Patrimonial e a Demonstrao de Resultado do
Exerccio, que somente podem ser lanados no Livro Dirio, alm de outras
funcionalidades gerenciais, so documentos indispensveis para o acesso ao crdito
em instituies bancrias, participao em licitaes pblicas, etc.
A contabilizao ou a escriturao contbil considerada como devidamente
organizada quando escriturado o Livro Dirio e o Livro Razo de conformidade com a
legislao em vigor e obedecendo aos Princpios Fundamentais de Contabilidade e s
Normas Brasileiras de Contabilidade. O livro Caixa constitui-se tambm como
importante ferramenta de registro dos fatos contbeis.
72
LIVROS DE ESCRITURAO
Quanto utilidade:
1) Principais: utilizados para o registro de todos os eventos ocorridos na
empresa, livros dirios e livro-razo.
2) Auxiliares: utilizados para o registro de eventos especficos, como o livrocaixa, contas correntes, registro de duplicatas, alm de todos os fiscais que
podem servir de suporte para a escriturao do dirio.
Quanto natureza
1)
73
74
Contbeis,
encarregado
de
regulamentar,
atravs
de
75
76
O PRINCPIO DA CONTINUIDADE
O Princpio da Continuidade pressupe que a Entidade continuar em operao
no futuro e, portanto, a mensurao e a apresentao dos componentes do
patrimnio levam em conta esta circunstncia.
O PRINCPIO DA OPORTUNIDADE
O Princpio da Oportunidade refere-se ao processo de mensurao e
apresentao dos componentes patrimoniais para produzir informaes ntegras e
tempestivas.
O PRINCPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
O Princpio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do
patrimnio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transaes,
expressos em moeda nacional.
Uma vez integrado ao patrimnio, os componentes patrimoniais, ativos e
passivos, podem sofrer variaes decorrentes dos seguintes fatores:
a) Custo corrente - Os ativos so reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes
de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem
adquiridos na data ou no perodo das demonstraes contbeis. Os passivos so
reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, no descontados, que
seriam necessrios para liquidar a obrigao na data ou no perodo das demonstraes
contbeis;
b) Valor realizvel - Os ativos so mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de
caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos
so mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, no descontados, que se
espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigaes no curso normal das
operaes da Entidade;
c) Valor presente - Os ativos so mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo
futuro de entrada lquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal
das operaes da Entidade. Os passivos so mantidos pelo valor presente, descontado
77
do fluxo futuro de sada lquida de caixa que se espera seja necessrio para liquidar o
passivo no curso normal das operaes da Entidade;
d) Valor justo - o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado,
entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transao sem favorecimentos;
O PRINCPIO DA COMPETNCIA
O Princpio da Competncia determina que os efeitos das transaes e outros
eventos sejam reconhecidos nos perodos a que se referem, independentemente do
recebimento ou pagamento.
O PRINCPIO DA PRUDNCIA
As incertezas que inevitavelmente cercam muitos eventos e circunstncias
so reconhecidas pela divulgao de sua natureza e extenso e pelo exerccio da
prudncia na elaborao das demonstraes contbeis. Prudncia a incluso de
certo grau de precauo no exerccio dos julgamentos necessrios s estimativas
exigidas de acordo com as condies de incerteza, no sentido de que ativos ou receitas
no sejam superestimados e que passivos ou despesas no sejam subestimados.
Entretanto, o exerccio da prudncia no permite subvalorizar deliberadamente ativos
ou receitas, ou a superavaliao deliberada de passivos ou despesas.
O Princpio da PRUDNCIA determina a adoo do menor valor para os
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem
alternativas igualmente vlidas para a quantificao das mutaes patrimoniais que
alterem o patrimnio lquido.
5.5. CARACTERSTICAS DAS DEMONSTRAES CONTBEIS
Compreensibilidade
A informao apresentada em demonstraes contbeis deve ser
apresentada de modo a torn-la compreensvel por usurios que tm conhecimento
razovel de negcios e de atividades econmicas e de contabilidade, e a disposio de
78
Integralidade
Para ser confivel, a informao constante das demonstraes contbeis
deve ser completa, dentro dos limites da materialidade e custo. Uma omisso pode
tornar a informao falsa ou torn-la enganosa e, portanto, no confivel e deficiente
em termos de sua relevncia.
Comparabilidade
Os usurios devem ser capazes de comparar as demonstraes contbeis da
entidade ao longo do tempo, a fim de identificar tendncias em sua posio
patrimonial e financeira e no seu desempenho. Os usurios devem, tambm, ser
capazes de comparar as demonstraes contbeis de diferentes entidades para avaliar
suas posies patrimoniais e financeiras, desempenhos e fluxos de caixa relativos.
Assim, a mensurao e a apresentao dos efeitos financeiros de transaes
semelhantes e outros eventos e condies devem ser feitas de modo consistente pela
entidade, ao longo dos diversos perodos, e tambm por entidades diferentes.
Adicionalmente, os usurios devem ser informados das polticas contbeis empregadas
na elaborao das demonstraes contbeis, e de quaisquer mudanas nessas polticas
e dos efeitos dessas mudanas.
Tempestividade
Para ser relevante, a informao contbil deve ser capaz de influenciar as
decises econmicas dos usurios. Tempestividade envolve oferecer a informao
dentro do tempo de execuo da deciso. Se houver atraso injustificado na divulgao
da informao, ela pode perder sua relevncia. A administrao precisa ponderar da
necessidade da elaborao dos relatrios em poca oportuna, com a necessidade de
oferecer informaes confiveis.
80
81
Circulante: uma referncia aos bens e direitos que podem ser convertidos em
dinheiro em curto prazo. Podem ser considerados como circulantes: dinheiro
em caixa, conta movimento em banco, aplicaes financeiras, contas a receber,
82
entidade;
(b)
(c)
demonstraes contbeis; ou
(d)
33.895
1.655
12.000
12.800
7.000
440
PASSIVO
CIRCULANTE
27.365
Fornecedores
15.000
Impostos a Pagar
1.656
Financiamentos
9.509
Contas a Pagar
1.200
NO CIRCULANTE
NO CIRCULANTE
INVESTIMENTOS
65.440
1.000
PATRIMNIO
30.970
41.000
LQUIDO
IMOBILIZADO
INTANGVEL
55.495
8.945
Totais
99.335
Totais
99.335
84
base para outras avaliaes, tais como o retorno do investimento ou resultado por
ao. Receitas e despesas so definidas como se segue:
discriminar:
85
EXEMPLO:
Demonstrao do Resultado do Exerccio
Vendas Brutas
Imposto Simples
Vendas Lquidas
Custo das Mercadorias Vendidas
Lucro Operacional Bruto
Despesas Administrativas
Despesas com Vendas
Despesas Financeiras Lquidas
Lucro Operacional Lquido
Perdas de capital
Lucro Lquido do Exerccio
36.800
-1.656
35.144
-23.000
12.144
-6.443
-2.800
-132
2.769
-200
2.569
86
Do resultado do perodo;
outras
distribuies
para
eles,
demonstrando
87
88
II - Atividades de Investimento;
III - Atividades de Financiamento.
As Atividades Operacionais: so as principais atividades geradoras de receita
da entidade e so explicadas pelas receitas e gastos decorrentes da industrializao,
comercializao ou prestao de servios da empresa. Estas atividades tm ligao
com o capital circulante lquido da empresa. Portanto, os fluxos de caixa decorrentes
das atividades operacionais geralmente derivam de transaes e de outros eventos e
condies que entram na apurao do resultado. Exemplos de fluxos de caixa que
decorrem das atividades operacionais so:
(a)
servios;
(b)
outras receitas;
(c)
(d)
empregatcia;
(e)
possam
ser
especificamente
identificados
com
as
atividades
de
financiamento ou de investimento;
(f)
89
(b)
(f)
90
(a)
patrimoniais;
(b)
quotas da entidade;
(c)
(e)
91
EXERCCIOS RESOLVIDOS
92
Resoluo:
CONTA
VALOR
CLASS
Banco
24.300,00 AC
caixa
1.200,00
Capital Social
65.000,00 PL
Duplicatas da Receber
31.000,00 AC
Contas a Pagar
23.450,00 PC
Contas a receber
3.500,00
Dep Acumulada
(2.000,00) ANC
Edifcios/Imoveis
24.560,00 ANC
ELP concedido
3.000,00
ELP obtido
23.430,00 PNC
Estoques
Fornecedores
8.700,00
AC
AC
ANC
AC
PC
93
6.790,00
Investimentos
permanentes
33.800,00 ANC
Lucros Acumulados
37.600,00 PL
Maq Equip
10.510,00 ANC
Moveis e Utens.
15.000,00 ANC
pdd
(4.300,00) AC
veiculos
7.000,00
ANC
94
EXERCCIOS DE FIXAO
1 - So exemplos de demonstraes contbeis que devem ser contempladas,
segundo a NBC T 19.41:
a) Planejamento Financeiro e Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido
b) Planejamento Financeiro e Demonstrao do Resultado do Exerccio
c) Demonstrao do Resultado Abrangente e Livro Dirio
d) Demonstrao dos Fluxos de Caixa e Contrato Social
e) Balano Patrimonial e Demonstrao dos Fluxos de Caixa
2 - Uma empresa necessita fechar sua demonstrao do resultado do exerccio hoje,
porm ela tem um valor a receber no prximo ms. Este valor depende de algumas
variveis que impedem empresa apurar o valor exato. A contabilidade sabe que o
valor a receber ser entre $ 3.000,00 e $ 3.500,00, portanto ela provisiona $
3.000,00. Este procedimento devido a qual caracterstica?
a) Confiabilidade
b) Primazia da essncia sobre a forma
c) Prudncia
d) Integralidade
e) Comparabilidade
3 - Determinada empresa do setor industrial possui um estoque sempre controlado
pelo mesmo critrio. Este procedimento est correto devido a qual caracterstica?
a) Equilbrio entre custo e benefcio
b) Primazia da essncia sobre a forma
c) Prudncia
d) Comparabilidade
e) Tempestividade
4 - A Contadora de uma empresa de pequeno porte antes de encerrar as suas
demonstraes contbeis se preocupou em conferir mais de uma vez os dados. Os
objetivos da verificao eram para identificar se todas as informaes e lanamentos
constavam nas demonstraes. Como era a primeira vez que elaborava, ela,
tambm, estava atenta para as notas explicativas, pois queria elabor-las de forma a
evitar dvidas para os gestores. Com os procedimentos descritos ela buscou atender
a quais caractersticas?
a) Integralidade e Compreensibilidade
b) Materialidade e Comparabilidade
c) Integralidade e temporalidade
d) Essncia sobre a forma e Prudncia
95
e) Prudncia e confiabilidade
5 - Em janeiro de 20X2, o Administrador do setor de produo solicitou a compra de
uma mquina, no valor de mercado de $ 100.000,00. A empresa estudou o
investimento e verificou que era mais vivel adquirir um leasing, ou seja, um
arrendamento mercantil, com opo de compra. Para realizar a operao, sero
pagos valores mensais, conforme contrato de dois anos. Ao final do perodo a
empresa pretende adquirir o bem. O Contador, devido ao fato da empresa ter
interesse em adquirir o bem, considerou a mquina um ativo, ou seja, uma
propriedade da empresa ainda no ms de janeiro de 20X2, decidindo no aguardar o
perodo total. Quanto a este procedimento pode-se afirmar que:
a) Est errado, pois o bem no da empresa ainda
b) Est correto, devido Primazia da Essncia sobre a Forma
c) Est correto, pois os gestores poderiam ficar irritados por ele no ter adquirido
imediatamente
d) Est correto, devido ao princpio da prudncia
e) Ele pode fazer o que quiser, o que importa o contrato do leasing
A Cia. Marcos Rogrio iniciou suas atividades em 2/1/20X0 com Capital de $ 55.000,00,
adquirindo Instalaes do prdio por $ 20.000,00 e Mveis e Utenslios por $
10.000,00 e o restante ficou no Caixa. Em Janeiro de 20X0 a empresa obteve $
50.000,00 de Receita por servios prestados, que sero recebidos daqui a 30 dias. As
despesas do ms, totalmente pagas, foram: Aluguel $ 10.000,00 e Administrativa e
Comercial $ 14.000,00. A Despesa (custo) com a prestao de servios foi de $
19.000,00 e ser paga no prximo ms. Questes de 6) a 10) considerar o Regime
Econmico (Competncia de Exerccio). Com essas informaes:
6 - O Resultado Econmico do Perodo foi de:
a) $ 7.000,00
b) $ 50.000,00
c) $ 26.000,00
d) $ 55.000,00
e) n.d.a.
7 - Total do Ativo Circulante
a) $ 7.000,00
96
b) $ 51.000,00
c) $ 25.000,00
d) $ 32.000,00
e) n.d.a.
8 - Total do Ativo No Circulante
a) $ 7.000,00
b) $ 51.000,00
c) $ 30.000,00
d) $ 32.000,00
e) n.d.a.
9 - Total do Patrimnio Lquido
a) $ 50.000,00
b) $ 51.000,00
c) $ 30.000,00
d) $ 62.000,00
e) n.d.a.
10 - Qual o Resultado Financeiro do Perodo?
a) Prejuzo de $ 24.000,00
b) Prejuzo de $ 43.000,00
c) Prejuzo de $ 19.000,00
d) Lucro de $ 12.000,00
e) n.d.a.
Os dados a seguir foram obtidos do B.P. da Cia. Roberto Martins em determinada data:
Total de Bens igual a 57% do Capital Prprio. As exigibilidades de Curto Prazo so $
50.000,00, sendo que o Capital de Terceiros totaliza $ 130.000,00. A soma do Ativo
Circulante de $ 60.000,00 e o Ativo No Circulante totaliza $ 220.000,00. Informe:
11 - Total dos Bens
a) $ 60.000,00
b) $ 85.500,00
c) $ 90.000,00
d) $ 70.000,00
e) n.d.a.
97
98
b) Patrimnio Lquido
c) Ativo Realizvel em Longo Prazo
d) Passivo Exigvel em Longo Prazo
e) n.d.a.
17 - A DMPL evidencia:
a) Somente o Lucro
b) Somente o Prejuzo Acumulado
c) As variaes ocorridas nas contas do Patrimnio Lquido
d) As variaes ocorridas nas contas de Resultado
e) n.d.a.
18 - A DLPA Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados:
a) Pode ser substituda pela DMPL
b) facultativa de forma geral
c) Evidencia as Disponibilidades
d) Evidencia as modificaes no Patrimnio Lquido
e) n.d.a.
19 - A DFC Demonstrao dos Fluxos de Caixa:
a) Representa o fluxo financeiro das entidades.
b) Propicia ao gestor financeiro subsdios para a elaborao de um adequado
planejamento
financeiro
c) um relatrio contbil e sua elaborao se fundamenta nas demonstraes
contbeis
d) Todas as anteriores (a, b, c) esto corretas
e) n.d.a.
99
MDULO VI
A GESTO FINANCEIRA
OBJETIVOS ESPECFICOS DE APRENDIZAGEM
Caro aluno, ao finalizar esta Unidade, voc dever ser capaz de:
100
6.
GESTO FINANCEIRA
De acordo com as pesquisas sobre falncia das Pequenas e Mdias Empresas,
6.1.
sociedade annima, envolve muitas funes diferentes. So as finanas que faz com
que tudo acontea; o que dirige todos os outros departamentos de uma organizao.
Sem capital que atenda s necessidades da empresa, seja para financiar seu
crescimento ou para atender s operaes do dia-a-dia, no podemos desenvolver e
testar novos produtos, criar campanhas de marketing etc. O papel do administrador
financeiro assegurar que esse capital esteja disponvel nos montantes adequados, no
momento certo e ao menor custo. Se isso no ocorrer, a empresa no sobreviver.
Os -ADMINISTRADORES
FINANCEIROS
so as
pessoas
responsveis
por
FINANAS
a arte e a cincia
de administrar
fundos.
Ocupa-se
do processo,
instituies,ativamente
mercados as
e finanas
instrumentos
envolvidos
transferncia
de fundos
entre
administrar
de todos
os tipos na
de empresas,
financeiras
ou no
pessoas, empresas e governos.
101
Onde:
PV= preo de venda
Q= Quantidade de venda
6.2.2. Despesas e Custos
Os gastos que a empresa realiza significam desembolsos (sacrifcios)
financeiros, presentes ( vista) ou futuros (a prazo), e podem ser:
a) Investimentos - so os gastos realizados para a composio da estrutura necessria
das atividades-fim do negcio, como, por exemplo, a aquisio de imveis, veculos,
mquinas e equipamentos, mveis e utenslios, compra do ponto ou franquia, bem
como a aquisio de mercadorias ou peas, que inicialmente vo para os estoques pelo
valor de custo de aquisio.
b) Custos - Os custos so representados pelo investimento em estoques e por todos os
itens relacionados diretamente elaborao de produtos (para empresas industriais),
processo de aquisio, movimentao e estocagem de mercadorias (para empresas
comerciais) e os relacionados diretamente prestao de servios. Os fretes sobre as
compras, seguros, impostos no recuperveis, armazenagens e outros, tambm,
compem o custo dos estoques. medida que tais mercadorias, produtos e peas so
consumidos nas vendas e nos servios prestados, so diretamente considerados como
custo do produto, mercadoria ou servio vendido/prestado, diminuindo, assim, a conta
de estoques. Observa-se que as empresas calculam o custo dos produtos vendidos
(CPV) e o custo das mercadorias vendidas (CMV), porm, no tm o hbito, nem a
103
obrigao legal, de calcular o custo dos servios prestados (CSP). Os custos classificamse em:
CUSTOS FIXOS (CF): so aqueles cujo montante independe do volume, dentro de
determinado perodo, e que no variam conforme o volume de produo, dentro de
uma determinada capacidade produtiva. Mantm-se constantes, quer a empresa
produza ou no, isto , mantm-se inalterados qualquer que seja o nvel de atividade.
Estes custos no se alteram dentro do mesmo intervalo de dimenso mas, fora dele, j
so possveis as alteraes. Exemplos de custos fixos: impostos indiretos, aluguel,
seguros, depreciao etc.
CUSTOS VARIVEIS (CV): Os custos variveis so aqueles cujo montante acompanha o
volume de atividade, dentro de certo perodo, e que variam conforme o volume de
produo. Os custos variveis dependem diretamente de quanto uma empresa vende
ou produz. Ex.: Matria-Prima, comisses, impostos, etc.
CUSTOS DIRETOS (CD): Os custos identificveis com cada produto, de maneira clara,
direta e objetiva, e cuja associao e a apropriao se processam por meio de
mensurao direta, so considerados diretos.
CUSTOS INDIRETOS (CI): Custo indireto aquele alocado a cada produto por meio de
estimativas e aproximaes; a associao pode conter subjetividades e o grau de
preciso da mensurao baixo. Indireto o custo que no se pode apropriar
diretamente a cada tipo de bem ou funo de custo no momento de sua ocorrncia.
Os custos indiretos so apropriados ao custo do bem ou servio mediante o emprego
de critrios de rateio predeterminados. Ex: mo de obra indireta rateada pelo total de
horas/homem de mo de obra direta, gastos com energia, com base em
horas/mquinas utilizadas, etc.
c) Despesas - So consideradas despesas as atividades que no se relacionam
diretamente s atividades operacionais de produo e ou prestao de servios. As
despesas se dividem em administrativas, comerciais e financeiras.
104
Receita de Vendas
{-) Custos e despesas variveis
(=) Margem de contribuio (MC)
( - ) Custos e despesas fixas
( =) Resultado do exerccio
Unitria
Total
unidade unitria x qtde
unidade unitria x qtde
unidade unitria x qtde
Custos e Despesas fixos
Resultado do exerccio
105
106
caso, o correto seria apropriar os custos, tanto fixos quanto variveis, no momento da
venda dos produtos.
Devido a esse problema, os contadores, auditores e, principalmente, o Fisco
no aceitam o uso da metodologia do custeio varivel e, assim sendo, as
demonstraes contbeis no podem ser elaboradas segundo esse critrio.
Entretanto, devemos lembrar que essa no aceitao do custeio varivel no
impede que a empresa o utilize internamente para fins gerenciais, ou at mesmo que
o formalize completamente na contabilidade durante todo o perodo.
Resumindo:
Principais vantagens:
elimina as flutuaes de lucros causados pelas diferenas entre volumes de
venda e produo;
fornece informaes importantes para a tomada de deciso e o planejamento
do lucro; facilita a preparao dos instrumentos de controle como custo-padro,
oramento flexvel e anlise do custo-volume-lucro.
Principais desvantagens:
os relatrios internos diferem dos relatrios externos, requerendo um sistema
paralelo de informaes; os inventrios tendem a ser subavaliados;
na prtica, no to fcil separar os custos fixos dos variveis (existem alguns
custos que possuem comportamento hbrido: semi-fixos ou semi-variveis)
6.2.4. Como Apurar o Resultado = Lucro ou Prejuzo?
DRE = Demonstrao do Resultado do Exerccio (simplificada)
Receitas Totais (PV x Q)
______________
______________
______________
______________
Resultado Lucro/Prejuzo
______________
107
Exemplo:
1.500,00
900,00
600,00
450,00
150,00
Exerccio resolvido-1
A Empresa Brasileira de Mveis Ltda produz mveis de luxo por encomenda. Seus
custos fixos totalizam $ 9.600,00 por semana e suas despesas fixas de administrao e
vendas $ 4.200 por semana. Os custos e as despesas variveis estimados so os
seguintes, por unidade (em $):
Material
Comisso
Frete
Carteiras
150
50
25
Mesas
500
150
55
por semana
108
9.600,00
Despesas Fixas
4.200,00
por semana
(administ. e vendas)
13.800,00
comisso
frete
total
Carteiras
150
50
25
225
Mesas
500
150
55
705
Total
650
200
80
930
1 proposta
200
550
3
unidades
por unidade
semanas
45.000
55.200
100.200
110.000
9.800
77.550
69.000
146.550
154.000
7.450
Lucro Operacional
Custos e despesas variveis = 225*200
Custos fixos = (13.800*3)
Custo Total
Receita de venda = 200*550
Lucro da empresa no ms de maio (b)
45.000
41.400
86.400
110.000
23.600
Lucro Operacional
Custos e despesas variveis = 705*110
Custos fixos = (13.800*4)
Custo Total
Receita de venda = 110*1.400
Lucro da empresa no ms de maio (b)
77.550
55.200
132.750
154.000
21.250
carteiras
preo de venda
durao
550
225
325
110.000
(d)
45.000
65.000
2 proposta
mesas
110
preo de venda
1.400
durao
4
unidades
por unidade
semanas
1.400
705
695
154.000
77.550
76.450
109
110
Qual ser o volume mnimo que esta empresa deveria produzir (e vender) para que ela
no tenha prejuzo? Em outras palavras, calcule o ponto de equilbrio (PE). Resoluo
No ponto de equilbrio, temos que as Receitas Totais (RT) so equivalentes aos custos
e despesas totais (C e D) T. Ou seja, RT = (C + D)T:
qtde x $500/unid = qtde x $350/unid + $600.000/ms
qtde x ($500/unid - $350/unid) = S600.000/ms
qtde = PE = $600.000/ms / $150/unid = 4.000unid/ms
Considerando o valor de $150/unid, resultado da diferena entre a receita unitria e os
custos e despesas variveis unitrios, temos a Margem de Contribuio unitria (MC
unit). Assim, podemos calcular o ponto de equilbrio tambm da seguinte forma:
PE = Custos + Despesas fixas / Margem de Contribuio unitria
Para encontrar o ponto de equilbrio em reais (R$), basta multiplicarmos a quantidade
em unidades encontrada no clculo do ponto de equilbrio (PE) pelo valor da receita
unitria
Esse clculo simples, veja:
4.000 unid/ms x $500/unid = $ 2.000.000/ms = PE em reais.
Em outras palavras, acabamos de encontrar o faturamento bruto mnimo que essa
empresa precisa ter para que ela no trabalhe com prejuzo. Acompanhe com ateno.
111
= $600.000/ms
Total = $2.000.000/ms
O resultado do ms (receita - custos e despesas totais) ser igual a zero, isto , o ponto
de equilbrio. Nesse exemplo, a partir da unidade de n 4.001, cada Margem de
Contribuio unitria (MC = $ 150/unid) que at aqui contribua para a cobertura dos
custos (e despesas) fixos passa a contribuir para a formao do lucro.
Por exemplo, um volume de 4.100 unidades (produzidas e vendidas) proporcionar um
lucro equivalente soma das MC das 100 unidades que ultrapassaram o PE. Em
nmeros, teramos:
Lucro =100 unid x $150/unid = $15.000
112
113
Exerccio resolvido-3
Uma empresa, em fase de projeo de seus recursos de caixa para o primeiro
trimestre de 2012, levantou as seguintes estimativas:
Vendas Lquidas Estimadas
Nov./11 : $ 22.000
Dez./11 : $ 14.500
Jan./12 : $ 16.000
Fev./12 : $ 15.500
Mar./12 : $ 12.000
23% das vendas so recebidas vista; O percentual restante ser recebido em 60
dias. Admite-se que os recebimentos ocorram na metade de cada um dos meses (dia
15).
O saldo de caixa existente, em 31-12-11, atinge $ 7.800.
As compras necessrias so normalmente pagas com 30 dias de prazo.
114
115
RESOLUO
FLUXO DE CAIXA
A - Saldo Inicial
Jan
Fev
Mar
Trimestre
7.800,00
8.920,00
20.370,00 37.090,00
B - Entradas Previstas
20.620,00
14.730,00
15.080,00 50.430,00
Vendas de Nov/11
16.940,00
Vendas de Dez/11
Vendas de Jan/12
16.940,00
11.165,00
3.680,00
Vendas de Fev/12
11.165,00
12.320,00 16.000,00
3.565,00
Vendas de Mar/12
3.565,00
2.760,00 2.760,00
Integralizao de Capital
7.000,00
7.000,00 14.000,00
C-A+B
28.420,00
30.650,00
42.450,00 101.520,00
D - Sadas Previstas
19.500,00
19.200,00
9.500,00 48.200,00
Compras Dez/11
6.000,00
Compras Jan/12
6.000,00
9.000,00
Compras Fev/12
5.000,00 5.000,00
Dvida Bancria
9.000,00
Despesas Operacionais
4.500,00
Dividendos
E - SALDO FINAL
9.000,00
9.000,00
4.500,00
5.700,00
8.920,00
11.450,00
4.500,00 13.500,00
5.700,00
32.950,00 53.320,00
116
FRMULA
CAPITAL
CIRCULANTE LQUIDO
CCL = AC - PC
NDICE DE LIQUIDEZ
CORRENTE
LC = AC/PC
NDICE DE LIQUIDEZ
SECO
LS= AC - ESTOQUE/ PC
O QUE MEDE
Embora no seja um ndice, usado
para medir a lquidez global da
empresa (Evidencia a Liquidez
Operacional)
Mede a capacidade da empresa para
satisfazer suas obrigaes de curto
prazo.
Exclui os estoques do AC, por ser o
ativo de menor liquidez.
117
Para as trs medidas de liquidez = quanto maior for seu valor, mais lquida
poder ser considerada a empresa.
O capital de giro lquido ou capital circulante lquido definido como a
diferena entre o total do Ativo Circulante e o total do Passivo Circulante. o total dos
recursos de curto prazo necessrios para fazer girar a empresa ou instituio no diaa-dia. A administrao do capital de giro assume grande importncia e toma muito
tempo do administrador financeiro, devido ao imenso nmero de itens a serem
acompanhados e controlados, como caixa, contas a receber, contas a pagar, estoques,
entre outras.
A administrao do capital de giro , na verdade, a administrao do ciclo
operacional, ou seja, do ciclo correspondente sua atividade bsica, visando assegurar
uma situao financeira estvel e segura, garantindo a capacidade da instituio de
pagar suas dvidas e uma utilizao eficiente dos recursos disponveis, com a
manuteno do custo dos servios sob controle.
Para cada tipo de ativo, as empresas enfrentam uma troca (trade-off)
fundamental: os ativos circulantes, isto , o capital de giro, so necessrios para
conduzir um negcio, e quanto maior a manuteno de ativos circulantes, menor o
risco de sua falta; portanto, menor ser o risco operacional da empresa. Entretanto,
manter capital de giro tem um alto custo se os estoques forem grandes demais
geram custos com armazenamento e materiais danificados; se as duplicatas a receber
forem demais, aumenta o custo com cobrana e inadimplncia.
6.4.2. Anlise de Atividade
Os ndices de atividade podem ser usados para medir a rapidez com que as
contas circulantes estoque, duplicatas a receber e duplicatas a pagar so
convertidas em vendas ou em caixa.
118
NDICES
GIRO DOS
ESTOQUES
IDADE MDIA DOS
ESTOQUES
PERODO MDIO
DE COBRANA
PERODO MDIO
DE PAGAMENTO
FRMULA
GE= Custo do Produto Vendido /
Estoques
IME= 360/Giro do Estoque
PMC = Duplicatas a Receber
Vendas anuais/ 360
O QUE MEDE
Mede a atividade, ou liquidez, dos
estoques da Empresa.
Perodo Mdio de tempo em que os
estoques so mantidos pela Empresa
Mede o prazo mdio necessrio para
cobrar das duplicatas a receber
GAP= VENDAS
AP Lquido
GAT= VENDAS
Ativos Totais
119
NDICES
NDICE DE
ENDIVIDAMENTO
GERAL
NDICE EXIGVEL AO
LONGO PRAZO PL
FRMULA
IEG= EXIGVEL TOTAL
ATIVO TOTAL
O QUE MEDE
Mede a proporo dos ativos totais da
empresa financiada pelos credores.
Quanto mais alto, maior ser o montante
do capital de terceiros que vem sendo
utilizado para gerar lucros.
Indica a relao entre os recursos de
longo prazo fornecidos por credores e os
recursos fornecidos pelos proprietrios da
empresa . Mede o grau de alavancagem
da empresa.
NDICES
FRMULA
Vendas- Custo dos Prod.Vendidos
MARGEM BRUTA
Vendas
MARGEM
OPERACIONAL
MARGEM
LQUIDA
TX DE RETORNO
SOBRE O ATIVO
TOTAL
TX DE RETORNO
SOBRE O
PATRIMNIO
LQUIDO
O QUE MEDE
Mede a porcentagem de cada unidade
monetria de venda que restou aps a
empresa pagar seus produtos. Quanto
mais alta, melhor.
Mede a % de lucro obtido em cada
unid.monetria de venda, antes dos
juros e do IR.
Mede a % de cada unidade monetria
de venda que restou, depois da
deduo de todas as despesas,
inclusive o IR.Quanto mais alto,melhor.
Mede a eficincia da administrao na
gerao de lucros com seus ativos
totais; tambm conhecido como
retorno sobre o investimento. Quanto
maior, melhor.
Mede o retorno obtido sobre o
investimento (aes preferenciais e
ordinrias) dos proprietrios da
empresa. Quanto mais alta, melhor.
121
EXERCCIOS DE FIXAO:
1. A classificao dos custos em diretos e indiretos feita com relao a qu?
2. Qual a diferena entre custo fixo e custo varivel?
3. Custo fixo aquele que fixo por produto?
4. Classifique os itens adiante em custo, despesa, perda ou investimento e, quando
for cabvel, classifique ainda em direto ou indireto e em fixo e varivel. Se mais de
uma alternativa for vlida, assinale todas ou a(s) que considerar mais
predominante(s).
A. Compra de matria-prima em uma fazenda
B. Consumo de energia eltrica em uma metalrgica
C. Mo-de-obra direta
D. Consumo de combustvel em veculos
E. Conta mensal de telefone
F. Aquisio de equipamentos
G. Depreciao da caldeira em uma usina de acar e lcool
H. Consumo de gua industrial
I. Consumo de Materiais diversos na Administrao
J.
K. Honorrio da Administrao
L. Honorrio do encarregado em uma agroindstria
M. Depreciao do prdio da sede da empresa
N. Deteriorao do estoque de materiais por enchente
O. Tempo do pessoal em greve prolongada (remunerado)
P. Sucata no processo produtivo (desperdcio normal)
Q. Lote de material danificado acidentalmente em uma operao industrial
R. Orelhes depredados em uma empresa de telefonia
S. Aquisio de embalagens
T. Consumo de materiais para manuteno dos equipamentos da fbrica
5 - Agora que aprendemos alguns elementos financeiros, vamos resolver um
exerccio sobre Receitas, Despesas, Custos, Margem de Contribuio, Ponto de
Equilbrio e DRE.
122
Dona Maria vende sanduches naturais no parque da cidade. Os custos do seu negcio
so:
Locao do ponto no parque
R$ 100,00
Salrio do funcionrio
R$ 630,00
R$
Saquinho Plstico
R$
0,10
Guardanapo
R$
0,75
Condimentos
R$
0,50
R$
3,00
Projeo de Venda no ms
1,00
400 sanduches
123
CUSTOS FIXOS
Salrios e Encargos
Pr-labore
gua, luz e telefone
Assinaturas Internet
Material de Escritrio
Manuteno de Mquinas e Equipamentos
Honorrios Contbeis
Depreciao de Mquinas/Mveis/Equipamentos
Provises
Outras Despesas
TOTAL
Esfirra Coxinha
2370
2490
0,85
0,75
Preo de Venda
Calcule:
1,50
1.200,00
2.000,00
200,00
50,00
150,00
65,00
300,00
70,00
200,00
55,00
Kibe
1730
1,2
1,50
Po Pizza Sucos
1970
8560
1,35
0,45
1,50
1,50
0,75
7 - Sr. Joo pretende abrir uma papelaria no centro da cidade. Ele est na fase das
projees financeiras do seu negcio. De acordo com as pesquisas que realizou, Joo
projetou os seguintes dados:
1- Projeo de vendas vista da semana 1 = R$ 2.500,00
2- Projeo de vendas vista da semana 2= aumento de 30% em relao s
vendas vista da semana 1.
3- Projeo de vendas vista das semanas 3 e 4= 20% maior em relao s
vendas vista da semana 2.
4- Projeo semanal de vendas a prazo= R$ 1.250,00
5- Gastos com fornecedores= 40% em relao s vendas totais semanais
6- Comisso do vendedor= 10% sobre as vendas totais semanais
7- Impostos totais= 15% sobre as vendas totais semanais
8- Custos Fixos semanais= 750,00
Usando o modelo abaixo, calcule o fluxo de caixa, sabendo que ele tem R$
600,00 disponveis em caixa para iniciar suas atividades.
124
SEM 1
SEM 2
SEM 3
SEM 4
Saldo Inicial
Entradas
Vendas Vista
Vendas a Prazo
Outras Entradas
Sadas
Fornecedores
Comisses
Impostos
Custos Fixos
Saldo Final = SI + (E-S)
R$ - 2.500,00
R$ 850,00
R$ 4.300,00
R$ 3.800,00
R$ 4.500,00
R$ 2.200,00
SEM 1
SEM 2
SEM 3
SEM 4
SALDO INICIAL
ENTRADAS
Vendas Vista
Vendas a Prazo
Outras Entradas
SADAS
Fornecedores
Comisses
Impostos
Custos Fixos
SALDO FINAL= SI + (E-S)
A Cia. Gleubert Ltda. comprou 500 peas para os Estoques (supor sem impostos) no
total de $ 100.000,00. Teve Receita de Servios de $ 111.000,00 que sero recebidas
daqui a 30 dias, sendo que foram empregadas 250 peas dos estoques.
9 - Pode-se afirmar que o Lucro do perodo foi de:
a) $ 50.000,00
b) $ 111.000,00
c) $ 100.000,00
d) $ 61.000,00
e) n.d.a.
10 - Pode-se afirmar que o CMV do perodo da Cia. Gleubert foi de:
a) $ 100.000,00
126
b) $ 250.000,00
c) $ 50.000,00
d) $ 111.000,00
e) n.d.a.
11 - O Ativo Circulante tambm pode ser denominado como:
a) Capital de movimentao
b) Capital corrente fixo
c) Capital de giro prprio
d) Capital em giro ou capital de giro
e) n.d.a.
12 - O Capital Circulante Lquido, que resulta do Ativo Circulante menos o Passivo
Circulante pode ser denominado como:
a) Capital andante
b) Capital fixo
c) Capital de giro prprio
d) Capital em giro ou capital de giro
e) n.d.a.
13 - A anlise da situao financeira ser efetuada entre:
a) Ativo Circulante e Patrimnio Lquido
b) Ativo Circulante e Passivo Circulante
c) Passivo e Patrimnio Lquido
d) Passivo Circulante e Ativo Total
e) n.d.a.
MDULO I
127
MDULO II
1A
2B
3C
4D
5E
MDULO III
2E
3C
4C
5B
128
MDULO V
01 - E
02 - C
03 - D
04 - A
05 - B
06 - A
07 - B
08 - C
09 - D
10 A
11 - B
12 - C
13 - C
14 - D
15 - D
16 - D
17 - C
18 - A
19 - D
MDULO VI
9d
10 c
11 d
12 c
13 - b
129
REFERNCIAS:
ALMEIDA, Martinho Isnard Ribeiro de. Manual de Planejamento Estratgico. So Paulo:
Atlas, 2001.
BERNARDI, Luiz Antonio. Manual de plano de negcios: fund. processos e estruturao.
SP: Atlas, 2006
COGAN, Samuel. Custos e Preos. 1 ed. So Paulo: Pioneira,1999.
DOLABELA, Fernando. Oficina do Empreendedor. 1 ed. So Paulo: Cultura, 1999.
DORNELAS, Jose Carlos Assis. Empreendedorismo - Transformando Idias em Negcios
Edio Comemorativa de 10 Anos. 4. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier-Campus, 2011.
FERRONATO, Airton Joo. Gesto contbil-financeira de micro e pequenas empresas:
sobrevivncia e sustentabilidade. So Paulo: Atlas, 2011.
FRANCO, Hilrio. Contabilidade Comercial. So Paulo: Atlas, 2004.
130
131