Artigo - Financiamento Ao Tráfico
Artigo - Financiamento Ao Tráfico
Artigo - Financiamento Ao Tráfico
padro
judicial
para
dosimetria
da
pena)
que,
uma
vez
integrando
dos
quais
estavam
obrigados
efetivavam
julgamento
da
pertinente
Apelao
n.
pelas
interceptaes
telefnicas
diante
do
robusto
acervo
probatrio,
do
entendimento
esboado
pelo
de
vrios
outros
ilcitos
penais,
sequer
ilcito
de
trfico
de
entorpecentes,
Apelao interposta
Autos n. 1247/2011
Apelante: MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE SO PAULO
Apelado: WILLIAM RODRIGUES DA SILVA
um
contraponto,
despotismo,
mas
dois,
ISENSEE, Josef. Das Grudrecht auf Sicherheit, S. 60. Apud, BALTAZAR JNIOR, Jos Paulo. Crime
SUMRIO:
I RELATRIO
II FUNDAMENTAO
1.
2.
3.
a)
Financiamento ao trfico
b)
Trfico de drogas
c)
b)
Interceptao telefnica
III DISPOSITIVO
EGRGIO TRIBUNAL
NCLITOS DESEMBARGADORES
DOUTA PROCURADORIA DE JUSTIA
I - RELATRIO
WILLIAM RODRIGUES DA SILVA foi acusado e
processado como incurso nos artigo 33, 35, caput, e pargrafo
nico; e artigo 36, todos da Lei n. 11.343/06; todos c.c. artigo 69,
caput, do Cdigo Penal, porque nas condies espaciais e temporais
descritas na denncia: a) financiou ou custeou o trfico ilcito de
entorpecentes; b) adquiriu, transportou e entregou a consumo,
substncias entorpecentes, que causam dependncia fsica e/ou
psquica, sem autorizao ou em desacordo com determinao legal
ou regulamentar; c) associou-se com terceiras pessoas para praticar,
reiteradamente ou no, o trfico ilcito de entorpecentes.
5
II - FUNDAMENTAO
A r. sentena a fls. 752/764 deve ser reformada.
1.
elucidar
desenvolvidas
no
descortinar
Municpio
de
atividades
Araatuba
pela
criminosas
organizao
para
trfico
de
entorpecentes,
trfico
de
intermdio
de
interceptaes
telefnicas
quantidade
de
drogas,
armas,
rdios
na
Consta dos autos, apreendido em poder de WILLIAM RODRIGUES DA SILVA, a fls. 86/89.
Estatutos esses que alm de revelar as diretrizes a serem seguidas pela organizao criminosa, ainda
demonstram que os seus tentculos j se espalharam pelos Estados do Paran e Minas Gerais.
magnitude
da
organizao
por
desmembrar
as
investigaes
em
aes
penais
presente
relativa
ao
apenas
ao
penal
abordou
indivduo
situao
identificado
como
da
improcedncia
total
lanada
pelo
Os
elementos
de
prova
amealhados
foram
no
apenas
em
decorrncia
das
interceptaes
apreenses
de
tales
de
rifas,
cadernos
de
Araatuba, foram apreendidas planilhas indicativas de peso e valor das drogas a serem distribudas,
anotaes contbeis relativas aos valores amealhados e a serem pagos, tales de rifas, bem como
estatutos do PCC (BO n. 840/2011 3. DP de Araatuba).
integrantes
da
organizao
criminosa
ainda
contribuem,
portanto,
que
por
intermdio
desses
da
faco
criminosa,
de
suas
respectivas
cidades,
conforme
documentos
juntados
fls.
659/666,
anotaes
Padrinho
sobre
ligaes
tais
telefnicas
pagamentos
onde
(rifas
ru
diz
caixinhas),
11
12
mensalidade (caixinha), das rifas e da droga (progresso), liga para o denunciado, no interior do
presdio onde ele estava preso, dizendo que o prazo para pagamento estavam vencendo. O denunciado
disse que, o dinheiro que tinha em sua casa, proveniente da atividade ilcita, tinha sido apreendido.
6
O denunciado completa dizendo que o dinheiro estava dentro de sua casa (local onde foi apreendido) e
que seria levado por ele at Sass, o interlocutor, em tpico ato de financiamento.
13
O denunciado diz qual ser seu libi. A pessoa que estava junto dele ir assumir a propriedade integral
Falam expressamente qual a droga apreendida, no caso Cannabis Sativa L., popular maconha. A
A dvida do denunciado ser paga por um menor que trabalha para ele. Sass dever retirar com esse
menor uma parte em droga e uma arma de fogo (madeira), que est com ele e pertence a Cocada.
14
contatos
eram
realizados
pelo
membro
que
que
demonstra
sua
filiao
ao
partido.
Pelo
obrigaes
referidas
variam
desde
Com efeito, na noite de 12 de maio de 2006, ocorreu a maior onda de violncia contra foras de
segurana e alguns alvos civis que se tem notcia na histria do Brasil, com origem no estado de So
Paulo. No dia 14, o ataque j havia se espalhado por outros estados do Brasil, como Esprito Santo,
Paran, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e BahiaOs ataques ocorreram na cidade de So Paulo, na
Grande So Paulo (Guarulhos, Santo Andr, So Bernardo do Campo, Jandira, Osasco, Mogi das Cruzes e
Cotia), no litoral (Guaruj, Praia Grande, Cubato) e no interior do estado (So Jos dos Campos, Jacare,
Araras, Marlia, Campinas, Campo Limpo Paulista, Itapira, Mogi Mirim, Ourinhos, Paulnia, guas de
Lindoia, Piracicaba, Ribeiro Preto, Santa Brbara d'Oeste, Vrzea Paulista e Presidente Venceslau).
Os 251 ataques registrados logo no incio, incluram rebelies em 73 presdios, Centro de Deteno
Provisria e 9 cadeias pblicas na capital[6], Grande So Paulo, interior e litoral do estado. Na noite do dia
14, 53 unidades tinham presos rebelados simultaneamente. Foram registradas tentativas de resgates de
presos.
Noventa nibus foram queimados (51 em So Paulo e os outros na regio do ABC, em Osasco e em
16
os
irmos
que
esto
nas
prises
ser
dos
integrantes
da
organizao
criminosa
na
cidade,
ocasio
ocorreram
128
mortes
59
pessoas
ficaram
feridas.
Disponvel
em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Atos_de_viol%C3%AAncia_organizada_no_Brasil_em_2006.
17
(Assis),
KAK/VENENO
(Assis),
PARAN,
GIL,
PACOTE
FININHO
(Rancharia),
CAIPIRA
(Guararapes),
CLEBER
(Dracena),
FLAMENGUISTA
(Birigui),
LUCIANO
(Penpolis),
POLACO
CHARADA
(Pirapozinho),
(Dracena),
CARA
PRETA
Guarda
(Maracai),
VEIN/VELHOTE-Marcos
Antnio
Aparecido
das
conversas
Gustavo (Paraguau).
As
expresses
cifradas
que
falam
tambm
CAIXINHA/CAIXOTE,
escrevem,
CUNHADA,
tais
como
REGIONAL
DA
TR,
PT,
018
ML,
(EU),
que
pagam
caixinha
RODRIGUES
pelo
trfico
de
drogas
decorrente
da
um
bloco
de
rifa,
entregue
pelo
20
21
os
interlocutores.
Pena
que
juzo
no
autorizou
SILVA, financiou
a organizao,
pois
tendo seus
valores
ainda
soltos,
conseguiu
angariar
recursos
para
22
Sass conversa com os responsveis pela Sintonia Final sobre dvida de um membro da rea 18. A
23
Denota-se, pela ligao, que toda vez que algum irmo vai preso, a pessoa que fica responsvel pelos
seus pontos de venda de droga (quebrada), tambm assume o pagamento das dvidas em atraso, do
que foi preso, para com a faco.
14
A cifra utilizada para designar o ato do financeiro que deposita o dinheiro arrecadado em contas
bancrias de uso da Sintonia Final. Pelas obrigaes mensais de cada irmo, d para fazermos uma
estimativa do quanto movimentado na regio pela faco.
24
Refere-se priso de FELIPE que anteriormente exercia a funo de contabilidade e foi preso na
cidade de Assis/SP.
16
Telefone celular fraudado que fala por algum tempo sem haver cobrana. As operadoras, quando
25
Observa-se que h seriedade na questo das dvidas, quanto a prazos e meses, o que demonstra a
26
27
Nesse ponto do dilogo Sass fala com a Sintonia que conseguiu receber o dinheiro da faco, mesmo
A partir desse ponto do dilogo, o interlocutor que fala com Sass pergunta sobre cada membro da
28
29
prisma,
jurisprudncia
TRIBUNAL
DE
conduta
financiar
deve
ser
entendida
como
31
relevante
crucialmente,
trfico
ilcito
de
entorpecentes.
Com efeito, basta leitura atenta dos autos de
degravao das conversas telefnicas para se aferir que WILLIAN
custeava o trfico de entorpecentes desempenhado pela organizao
criminosa PCC, da qual integrante, mediante o pagamento de
mensalidades e rifas, em valores e datas religiosamente certas,
utilizados nas atividades da faco, cujo principal vis, a despeito de
outros igualmente ilcitos, eram a aquisio, transporte e distribuio
de brutais quantidades de txicos aos seus filiados.
Nunca demais repetir e insistir, que em poder de
WILLIAN foi apreendida grande quantidade de droga para os padres
da cidade (um quilo de maconha e pores de crack), um
talonrio da rifa do PCC (ao entre amigos) e R$ 4.179,00 (quatro
mil, cento e setenta e nove reais) em dinheiro, que segundo ele
mesmo, era para pagamento de suas obrigaes com a organizao
criminosa.
Acrdo ainda mais claro tratou especificamente
32
em
Juzo
(...),
nica
oportunidade
em
que
totalmente
isolada
dissociada
do
contexto
recepcionada
acolhida,
se
cotejada
com
os
prestigiar
absolutamente
correta
condenao
imposta
(...),
por
33
das
oportunidades,
apontamento
com
declara
irmo
da
que
marcou
regio
para
ele
um
vir
se
faz
esclarecer,
assim
como
criminosa
PCC,
especializada
no
trfico
de
34
ao
trfico
trfico
de
drogas,
seria
35
onde
nos
paramos
para
fumar
um
na
quebradinha aqui.
HNI: mas no tem como pegar e trazer at aqui no seu bairro
porque o povo t aqui esperando.
COCADA: tem, vai al na dona Maria e fala.
Na
terceira,
complementando
anterior,
pegando
fio
desenterrando,
chegando.
HNI: ahm.
SILVA,
19:47:52,
durao
00:01:17,
registro
2011011319475214, entre os telefones (18) 8155-0728 e (18) 81442147, diz que est em casa e que est manuseando o entorpecente.
Vejamos a transcrio (fls. 406/407):
COCADA: pronto.
FLAVIA: fal e ai Cocada.
COCADA: c quiser vir aqui em casa eu t aqui, mas .....
FLAVIA: mano cuidado que a barca acabou de descer.
COCADA: eu sei, eu acho que se voc no querer pegar
vou mexer em toda a fita porque deu uma moiada
numa situao, eu t at aqui com o cara aqui
entendeu21.
FLAVIA: que moa...
COCADA: mouiou uns pedaos aqui eu vou abrir todos.
FLAVIA: mais voc vai separar os melhores pra ele,
al, al, al.
COCADA: voc vai acompanhar ento acompanha o que voc
falou, a onde.
FLAVIA: al.
WILLIAN
RODRIGUES
DA
SILVA
continuou
associado
policiais a droga do tipo maconha estava aberta em um cmodo no fundo da casa, prximo a umas
ferramentas, e tiveram a impresso de que estava molhada e havia sido colocada naquele local para
secar.
37
desde
julho
de
2010.
Durante
este
perodo
cumpriu
era
membro
atuante,
recebendo
drogas
para
venda,
do
apelante,
nos
exatos
termos
em
que
denunciado e sentenciado.
40
ocasional
exigido
no
se
confunde
com
41
habitual
para
trfico,
porquanto
ambas
as
conhecimento
Ministrio
22
Pblico
em
de
uma
relao
investigao
a
possvel
feita
pelo
organizao
42
entre
amigos,
normalmente
utilizado
por
Recibos
de
depsitos
bancrios
tambm
foram
43
so
obrigados
pagar
mensalidade
em
Araatuba
Magro,
Remedivaldo,
regio
eram
Ricardinho,
Sass,
Sirso,
depoimento
deste
policial
imensamente
FUNDAMENTOS
JUDICIAIS
OUTROS
REFORMVEIS
jurisprudncia
dos
Tribunais
Superiores
CORPUS.
FORMAO
DE
ASSOCIAO
QUADRILHA.
PARA
1.
TRFICO
RELATRIO
POLICIAL
NO
SE
PROJETA
INTERCEPTAO
REALIZAO
DE
PARA
TELEFNICA.
PERCIA
PENAL.
2.
DESNECESSIDADE
DE
PARA
AO
IDENTIFICAO
DE
SER
OBTIDA
POR
OUTROS
MEIOS.
3.
DAS
INTERCEPTAES.
PREJUZO
NO
TELEFNICO
AUTORIZADO
DE
FORMA
IMPRESCINDIBILIDADE
PARA
45
PROSSEGUIMENTO
FACO
DAS
CRIMINOSA
INVESTIGAES.
PCC.
5.
PRISO
COMPLEXA
PREVENTIVA.
PRAZO
SUPERADO.
NOVOS
ELEMENTOS.
TTULO
pelo
Centro
de
Inteligncia
Policial
da
polcia
determinado,
que
no
passa
de
mera
extrajudicial
no
se
projetam
na
ao
penal.
Precedentes.
4. A jurisprudncia desta Corte Superior no sentido
de ser prescindvel a realizao de percia para a
identificao das vozes captadas nas interceptaes
telefnicas, especialmente quando pode ser aferida
por outros meios de provas e diante da ausncia de
previso na Lei n. 9.296/1996.
5. Embora as transcries das interceptaes no tenham
sido juntadas antes da apresentao da defesa prvia, o
foram no decorrer da instruo criminal, possibilitando
defesa o acesso, a fim de refut-las antes da prolao da
sentena, o que garantiu o pleno exerccio da ampla defesa e
do contraditrio, de forma que no ficou demonstrado o
prejuzo oriundo da referida juntada tardia, circunstncia
imprescindvel para a caracterizao da suscitada nulidade.
6. O monitoramento telefnico foi autorizado de forma
46
justificadas
com
base,
essencialmente,
nos
assim,
nenhuma
ilegalidade,
tampouco
criminosa
Primeiro
ordenou
priso
preventiva.
Proferida
sentena
Habeas
corpus
parcialmente
conhecido
e,
nessa
extenso,
denegado.
47
que
convencionamos
chamar
de
relatrio
de
qualificado
WILLIAN
RODRIGUES
DA
51.430.324-4
determinado
(criminal).
levantamento
de
Quando
contatos
pois
as
diligncias
foram
no
o
acompanhavam
exerccio
alvo
quando
da
funo,
que
corriqueiramente
da
realizao
o
de
(iii) Com
base
em
dilogos
interceptados,
presas
durante
monitoramento
quinzena
de
monitoramento,
como
sendo
de
WILLIAN
aparentemente
um
traficante
um
critrio
objetivo
que
atribudos
aos
participantes
dos
frequncia,
pelos
prprios
citados
pelos
participantes
da
Depreende-se,
portanto,
que
celulares
funcionamento),
(3
quebrados
dentre
eles
e
o
em
telefone
597
que
os
funcionamento
trs
foram
celulares
em
apreendidos
em
transcritas
antes
da
na
priso;
denncia,
outro
dos
membros
do
PCC
que
estavam
DE
para
clandestinamente
SOUZA,
um
vulgo
telefone
naquele
Sass,
existente
estabelecimento
seu
resgate
Rapidamente
daquela
cadeia
providenciou-se
policiais
comandantes
militares
de equipe
testemunhas,
da
Fora
Ttica,
no
vislumbramos
possibilidade
de
se
afastar
to
uma
vez
que
nome
do
ru
foi
recorrentemente
Resoluo
13/06
do
CNMP
instauramos
Procedimento
quando
da
necessidade
de
53
circunstanciado
das
investigaes
com
seu
resultado.
com
os
textos
correspondentes.
Tais procedimentos permitiram-nos constatar que
54
representando
fidedignamente
contedo gravado.
A audio e a interpretao dos trechos dos
dilogos gravados, no seu conjunto, com grias,
expresses dissimuladas, termos e expresses
habituais
investigao,
inerentes
alm
relacionadas
de
aos
grupos
sob
palavras
diretamente
entorpecentes
(cocana,
que
eram
desenvolvidas
com
elementos
para
afirmar
que
os
1,
Os
nomes
ou
alcunhas
atribudos
aos
pessoa.
Depreende-se,
portanto,
que
55
por
interlocutor
que
se
dirige
INTERNACIONAL.
INTERCEPTAES
TELEFNICAS. PERCIA.
Cuida-se
de
condenado
pela
prtica
dos
delitos
previstos nos arts. 33, caput, 35, caput, c/c o art. 40, I,
todos da Lei n. 11.343/2006, em que o tribunal a quo
afastou as preliminares suscitadas na apelao e deu
parcial provimento apenas para reduzir a pena imposta.
O REsp foi conhecido na parte em que o recorrente
apontou nulidade das interceptaes telefnicas por
inobservncia ao disposto no art. 6, 1 e 2, da Lei
n. 9.296/1996 quanto necessidade da identificao
dos interlocutores por meio de percia tcnica e de
degravao dos dilogos em sua ntegra, tambm
efetuada
por
consequentemente,
percia
a
tcnica,
imprestabilidade
pleiteando,
da
escuta
56
DJe
2/3/2009,
HC
66.967-SC,
DJ
TRFICO
INTERCEPTAO
ILCITO
DE
TELEFNICA.
ENTORPECENTES.
DEGRAVAO.
DE
DEFESA
ABSOLUTA.
PRECEDENTES
PRELIMINAR.
DESTA
NULIDADE
CORTE
DO
57
ampla
inegvel
defesa
prejuzo
do
ao
contraditrio,
acusado.
5.
encerrando
Habeas
corpus
despacho
de
recebimento
da
denncia,
est
embasada
em
farto
conjunto
58
"
vlida
prova
obtida
por
meio
de
Resta
preclusa
matria
no
impugnada
no
PRISIONAL.
INTERCEPTAOTELEFNICA.
ELABORADO
POR
INEXISTNCIADE
LEGALIDADE.
LAUDO
PERITO
NULIDADE.
ABOLITIO
DEGRAVAO
PERICIAL
AD
FIXAO
CRIMINIS.
DE
HOC.
DA PENA.
NOINCIDNCIA.
Inexiste
irregularidade
ou
ilegalidade
nas
da
carreira
policial
para
esta
59
atividade.
2. Improcede a alegao de que a condenao se
lastreou
apenas
no
contedo
das
interceptaes
pena-base
deve
ser
fixada
concreta
referido:
A audio e a interpretao dos trechos dos
dilogos gravados, no seu conjunto, com grias,
expresses dissimuladas, termos e expresses
habituais
investigao,
inerentes
alm
relacionadas
de
aos
grupos
sob
palavras
diretamente
entorpecentes
(cocana,
que
eram
desenvolvidas
com
61
SASS: No.
COCADA: Cinco mil.
SASS: Em dinheiro.
COCADA: Em dinheiro.
SASS: A...
COCADA: To te falando, olha ai pra voc ve, puxa na ronda
que voc vai v.
SASS: Pegou dentro da onde, dentro da sua casa?
COCADA: Dentro de casa.
SASS: A.., mais voc tambm irmo, t moscando.
COCADA: E eu tava levando proce irmo.
SASS: Pra.
COCADA: Minha coroa tinha acabado de chegar em casa, e o
Magrelo tinha acabado de sair veio.
SASS: Puta, quanto BO.
COCADA: Sorte que o dinheiro o ... vai pegar, que entrou com
um papel ali entendeu, que comprova que o dinheiro foi
tirado do banco, entendeu.
SASS: Entendeu.
COCADA: E o numero do Magrelo?
SASS: Pegou quanto com voc?
COCADA: Comigo no pegou nada no, pegou com o
moleque, o moleque aqui assumiu o BO, entendeu,
logo mais daqui uns trinta dias estou na rua.
SASS: Pegou quanto com voc irmo?
CODADA: Comigo?
SASS: .
COCADA: S o dinheiro, cinco mil.
SASS: E com o moleque?
COCADA: Com o moleque pegou uma paradinha e uma
quilo.
SASS: De maconha23?
COCADA: .
SASS: Que moleque?
COCADA: Um moleque que faz um corre pra mim,
moleque menor no, o maiorzinho.
SASS: No um do canho la no?
COCADA: No, no, no, aquele do canho ta pro outro lado,
23
Falam expressamente qual a droga apreendida, no caso Cannabis Sativa L., popular maconha. A
62
percias,
em
nossos
procedimentos
investigatrios,
requisitamos
percia
de
confrontao
de
mdias
e
63
com
base
nos
mesmos
fundamentos,
sua
apenas
quando
da
instruo,
nos
termos
da
III- DISPOSITIVO
Crente
na
reforma
integral
da
sentena,
nos
termos
acima
postulados,
para
ver
apelado
WILLIAN
66