Um Outro Olhar Sobre A Vida - Ernani Fornari
Um Outro Olhar Sobre A Vida - Ernani Fornari
Um Outro Olhar Sobre A Vida - Ernani Fornari
ERNANI FORNARI
UM OUTRO
OLHAR SOBRE
A VIDA
(Reflexes sobre os novos paradigmas)
2014
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Em memria de
Aloysio Delgado Nascimento
(xam Dior Allem)
e
Alex Fausti,
com todo o meu respeito e gratido
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INDICE
Introduo ............................................................................................................... 5
Prefcio do livro Fogo Sagrado .......................................................................... 7
Prefcio do livro Alinhamento Energtico ......................................................... 14
Sobre a Realidade .................................................................................................. 19
Reflexes sobre a expanso do Conhecimento ....................................................... 22
A Terceira Fora ..................................................................................................... 25
Uma reflexo bem atual .......................................................................................... 34
Sobre karma, ressonncia, sincronicidade e Lei da atrao .................................... 36
Pecador, culpado ou ignorante? .............................................................................. 39
Sobre a sombra ....................................................................................................... 41
Sobre livre-arbtrio e karma .................................................................................... 47
Sobre a ressonncia e a sincronicidade .................................................................. 49
Sobre as escolhas e as opes ................................................................................ 55
Sobre o amor incondicional ................................................................................... 56
Sobre amar a si mesmo .......................................................................................... 58
Sobre a neutralidade e o no-julgamento ............................................................... 60
Sobre a aceitao .................................................................................................... 62
Sobre a Lei da Atrao ........................................................................................... 64
Sobre inteno, ateno e imaginao ................................................................... 66
Sobre as trs vises ................................................................................................ 69
Sobre conceitos e preconceitos .............................................................................. 72
Sobre passado, presente e futuro ........................................................................... 76
Substituindo o OU pelo E ...................................................................................... 77
Sobre os pais .......................................................................................................... 79
Sobre a primeira e a terceira idades ....................................................................... 82
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INTRODUO
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E Alex influenciou profundamente esta terapia (bem como o meu caminho pessoal e
profissional e o de muita gente) com seus conceitos tirados das escolas da Leitura
Corporal e da Linguagem Orgnica, esta ultima criada e desenvolvida por ele.
Ou seja, o Aloysio canalizou e sistematizou a tcnica e Mnica Oliveira e seu excunhado Carlos Henrique Alves Correa deram ao trabalho uma ambincia e um foco
mais teraputicos.
Depois eu contribu ajudando a estabelecer o seu embasamento filosfico e ideolgico e
o Alex contribuiu trazendo um raciocnio teraputico ao Alinhamento Energtico.
Mnica aperfeioou a tcnica rebatizando-a de Fogo Sagrado e Carlos Henrique
desenvolveu a tcnica para ser feita por um s terapeuta (o formato original para ser
feita por dois terapeutas) e deu ao seu trabalho o nome de Ouro Verde.
Eu e minha esposa e parceira Gabriela Carvalho, desenvolvemos uma integrao do
Alinhamento Energtico com as Constelaes Sistmicas e demos ao nosso trabalho o
nome de Cura Interior.
Bem, e da minha aceitao assumida e agradecida em relao s duas tarefas a que fui
convidado a contribuir, surgiram trs livros :
O Fogo Sagrado lanado em 2010 pela editora Vida e Conscincia e o Alinhamento
Energtico, uma terapia quntica para o terceiro milnio, lanado em 2014 pela mesma
editora, e em co-autoria com a Gabriela.
E agora surge este presente (terceiro) livro na forma de uma coletnea dos textos que
foram escritos por mim entre 2008 e 2014 - e que foram sendo disponibilizados aos
nossos colegas, clientes e alunos, bem como foram sendo postados nos nossos sites,
blogs e nas redes sociais - com a finalidade de dar mais suporte filosfico, terico e
psicolgico tcnica abordada pelos dois livros citados acima, e que ensinada nos
cursos de formao de terapeutas e aplicada nos clientes em consultrios e trabalhos em
grupos hoje em vrios estados do Brasil e em vrios pases da Europa.
A funo destes textos no foi vender nenhum peixe esotrico nem pregar alguma
doutrina ou caminho espiritual, at porque Alinhamento Energtico no uma religio,
uma terapia.
Como j falei acima, a minha proposta aqui a de oferecer o fruto parcial das minhas
reflexes e da integrao que venho fazendo h trs dcadas entre as vrias referncias
que vem ajudando a construir o meu caminhar pessoal e profissional.
E estas referncias que procuro integrar em minha vida e em meu trabalho so
principalmente o mundo oriental (o Yoga, a Vedanta, o Tantra e o Ayurveda), o mundo
nativo (o Xamanismo), o mundo psi (especialmente a Psicologia Transpessoal e a
Parapsicologia) e a Fsica Quntica.
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E o foco central desta integrao e uma questo que est presente desde sempre na
minha histria de estudioso e buscador o meu interesse profundo por aonde todas
estas culturas, religies, filosofias e escolas que citei acima esto dizendo a mesma
coisa (embora usando linguagens e formas diferentes de abordar).
E este lugar de convergncia e de co-incidencias que me interessa e que tem me
convidado a investir a minha vida e o meu trabalho.
Trs princpios norteiam a forma como procuro operacionalizar e desenvolver na prtica
em minha vida pessoal e profissional, a integrao das referncias que citei acima: a
sincronicidade, a ressonncia e a auto referncia, conceitos que vo ser bastante
abordados nos textos seguir.
E neste cadeiro ecltico de conhecimentos milenares e modernos, que vamos ferver
ao longo deste livro, cruzando informaes, fazendo pontes, instigando novos olhares
para velhas questes, explorando velhos e novos paradigmas, enfim, refletindo,
aprofundando e expandindo um pouco mais o nosso olhar e o nosso corao para ns,
para o outro e para a vida.
Os textos no tem uma sequencia especifica e definida. Podem ser lidos na ordem que
voc quiser.
Bons insights !
2014
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PREFCIO DO LIVRO
Fogo Sagrado
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E esta mudana de perspectiva veio trazer um novo alento a pssima auto-estima a que
a religio vigente nos condicionou.
Agora sabemos que no somos mais vs pecadores e culpados congnitos que dependem
da misericrdia divina de um Deus que est em um paraso distante, para podermos vir a
ser algo que ainda no somos.
E que tambm, alm de no sermos culpados de nada (nem vtimas de nada nem de
ningum), no somos o produto final top de linha da Criao, e nem a Terra foi
criada prioritariamente para nosso uso exclusivo, como se fosse um grande shopping
center nossa inteira e ilimitada disposio.
O novo paradigma vem nos (re)informar que na verdade, j somos a Perfeio, a
Plenitude e a Felicidade que buscamos. Nossa essncia primordial o Uno, a pura Luz e o
puro Amor.
Ns s estamos mopes, ignorantes dessa Realidade. S temos que resgatar a
conscincia de que somos todos co-criadores e co-responsveis pelo Universo e pela Vida,
de que somos partes desse Todo consciente e vivo que a Criao, o Universo.
No bem melhor ser ignorante do que culpado e pecador ?
Uma outra grande contribuio trazida do Oriente foi o conhecimento da Energia. Da
Energia Vital (prana, chi, ki) em suas mais diversas manifestaes - que est a
sustentando o Universo e que, de tantas formas e maneiras, podemos instrumentaliz-la e
utiliz-la em nosso favor para nossa cura, evoluo e crescimento.
A partir do universo aberto pelo Oriente muitos caminhos se desdobraram, cresceram e
multiplicaram - inicialmente atravs dos beatniks e dos hippies - como a conscincia e o
movimento ecolgico, as terapias alternativas, a agricultura orgnica, a alimentao natural
e o espiritualismo em geral.
Tudo agora j bastante inserido em nosso universo urbano e globalizado, trazendo no
seu cerne uma nova viso de mundo holstica, sistmica e integrativa.
Paralelamente a estes acontecimentos, a cincia tambm j vinha sacudindo seus velhos
paradigmas, com a expanso da Fsica Quntica que veio e vem corroborando e
respaldando o que os orientais e os xams e pajs vem dizendo h milnios.
Quando os pais da Fsica Quntica perceberam que a menor poro de matria podia se
comportar como onda ou como partcula, dependendo do ponto de vista do observador,
este fato veio fazer um super link com a concepo oriental que diz que estar no nvel do
absoluto ou no do relativo, estar na sombra ou na Luz, estar na ignorncia ou no
Conhecimento, s uma questo de ponto de vista, de perspectiva.
E a Psicologia, atravs principalmente da Psicologia Transpessoal, tambm expandiu
grandemente as possibilidades de compreenso da mente e da vida, e tem ajudado a
resgatar a utilizao das inmeras ferramentas de cura das antigas Tradies.
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Ainda assim, haviam mais algumas culturas ancestrais que provavelmente seria muito
bom, na perspectiva da Gaya, que tambm voltassem superfcie trazendo seu
milenar Conhecimento e Sabedoria.
E assim, os anos 70 e 80 viram o incio de um movimento de resgate de muitas culturas
distintas, tais como os povos das Amricas (ndios brasileiros e norte-americanos, incas,
astecas e maias, esquims), os africanos, os siberianos, os aborgines australianos e os
havaianos.
E tudo isso tem sido chamado de Xamanismo.
Existem duas profecias muito significativas no universo xamnico : A primeira uma
profecia sul-americana que dizia que 500 anos depois da invaso dos povos que viriam do
mar, a guia voltaria voar com o condor, fazendo uma aluso ao resgate e
(re)integrao dos povos nativos das Amricas.
A outra profecia, dos ndios norte-americanos, dizia que tambm 500 anos depois do
flagelo que se abateria sobre aquela terra, os vermelhos voltariam a renascer como brancos,
e estes brancos chamados de Guerreiros do Arco-ris ajudariam a resgatar o Caminho
Vermelho.
E estas duas profecias esto realmente acontecendo nos tempos atuais, assim como
muitas profecias orientais que dizem que nestes tempos, monges e Mestres orientais,
estariam renascendo no ocidente como brancos.
Mas qual ser a contribuio que tem a dar ao mundo moderno e tecnolgico estas
culturas aparentemente to primitivas - na viso do mundo ocidental j que a maioria
delas, por exemplo, nem desenvolveu a escrita ?
Em primeiro lugar, referendar tudo o que os orientais j tinham dito. No Xamanismo a
idia da Unidade tambm a espinha dorsal, o ponto central do Conhecimento e do
Caminho.
Em segundo lugar, o reconhecimento, a percepo e a utilizao da energia, tambm
amplamente conhecido e praticado.
E ainda - e talvez a principal contribuio que o chamado Xamanismo vem nos trazer e que tambm uma das razes pelas quais culturas to distantes e diferentes como, por
exemplo, siberianos e australianos, so includas num mesmo rtulo de Xamanismo
o que poderamos chamar de resgate do sexto-sentido, da sensitividade. Este sentido
adormecido que tambm chamado de paranormalidade, mediunidade e percepo extrasensorial.
Um dos principais postulados do Xamanismo a realidade multidimensional do
Universo. S que como nossa cultura (e sua religio dominante) renegou o sexto-sentido e
a energia, o homem ficou apenas com os cinco sentidos e a mente racional para poder
viver, pesquisar seu interior e curar suas questes psico-emocionais e espirituais.
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Os cinco sentidos e a mente racional, so timos instrumentos para viver e lidar bem na
vida material, objetiva e concreta.
Mas na vida multidimensional, no mundo da intuio, no mundo do sentir, do
inconsciente, do contato com outros nveis sutis de existncia (que a Fsica Quntica
chama de realidade no-local), estes cinco sentidos no so a ferramenta mais adequada.
o sexto-sentido quem abre as portas para uma vida multidimensional consciente.
Ns fomos educados com a idia de que a conscincia prerrogativa de um crebro
humano cheio de neurnios.
Mas os ndios sabem, por exemplo, que a Conscincia est e se expressa em cada pedra,
em cada animal, em cada planta, em cada ser vivo e em cada dimenso da Existncia. S
que para se comunicar com estes outros reinos e nveis, no com os cinco sentidos nem
com a mente racional. com o sexto-sentido.
E por isso - e assim que, por exemplo, o ndio se comunica com pedras, com
rvores, com os animais e com seres de outras dimenses.
Outra coisa interessante de se notar, que sempre que na histria da Humanidade,
quando no se sabia a origem natural de alguma coisa, de algum fenmeno inexplicvel,
normalmente se atribua a uma razo sobrenatural, mstica, super poderosa, oculta. E
assim se criaram as religies, o misticismo, o esoterismo e as mitologias.
E depois muita coisa foi deixando de ser considerada mstica ou esotrica quando a
cincia ocidental (especialmente agora com a Fsica Quntica) comeou a fazer uma outra
leitura da realidade.
Imagine voc tentando descrever telefone celular ou Internet para uma pessoa da Idade
Mdia. Muito provavelmente te queimariam imediatamente na fogueira por magia negra !
Ento, o que est se tratando aqui, so de leis universais que foram descobertas h
muito tempo, e de antigas tecnologias que foram desenvolvidas a partir destes
conhecimentos, e que agora esto sofrendo resgates e releituras.
Por exemplo, quando S. Freud denunciou o inconsciente ao mundo ocidental e quando
falou da libido ; quando C. G. Jung falou do Self, dos arqutipos e do inconsciente coletivo
; e quando W. Reich descobria a correlao entre as emoes, a energia e o corpo fsico, e
descobria a energia orgnica, todos eles estavam, conscientemente ou no, relendo
cientficamente e isso foi e maravilhoso - conhecimentos que muitos povos antigos j
tinham descoberto, explicado e instrumentalizado dentro de outros parmetros e
perspectivas prprias.
E a maior parte da humanidade sempre utilizou o sexto-sentido.
Mais modernamente, por exemplo, Allan Kardek teve o insight de desenvolver e
especializar o sexto-sentido para abrir um canal de interao com o mundo dos espritos
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desencarnados. E de fato, ele desenvolveu uma metodologia muito sria e competente, que
chamou de Espiritismo.
A Umbanda, religio brasileira que integra cultura africana, indgena, esprita, catlica e
oriental, tambm trabalha com o sexto-sentido dentro desta mesma perspectiva a
mediunidade e a conexo com a dimenso dos desencarnados.
J no Candombl (os cultos afro), praticamente no se trabalha com mediunizar
desencarnados. O mdium incorpora as foras arquetpicas deuses - da Natureza (os
Orixs) e desfruta de seu Ax (sua energia e suas qualidades). uma outra utilizao do
mesmo sexto-sentido.
No mundo xamnico - onde tambm acontecem tambm as duas formas de utilizao
do sexto-sentido citadas acima - a tnica, a principal forma de utilizao da sensitividade
para se acessar os contedos do inconsciente, as crenas e padres psico-emocionais
negativos (auto-boicotadores e sabotadores), os ns que vem de vidas passadas ou da
ancestralidade, as dores e bloqueios que comeam em algum evento traumtico localizado
em algum ponto da nossa histria e que at hoje esto vibrando em ns (acabando por se
somatizar em doenas fsicas e psquicas), dificuldades na vida afetiva, profissional e
financeira ou em repetidos casos de interferncia energtica (energia intrusa, obsesso).
O sexto-sentido uma ferramenta habilitada para se acessar diretamente estes
contedos psico-emocionais em desequilbrio, que so quem entrava a caminhada de todo
o ser humano rumo sua maior realizao que a (re)experienciao de sua natureza real
a Unidade.
Como nossa cultura no aceitou a idia do sexto-sentido e da energia (e de toda a
perspectiva holstica, sistmica e animista da vida), acabou construindo sua cincia, sua
Filosofia, sua Medicina (com a sua viso aloptica, reducionista e sintomtica da sade) e
sua Psicologia (principalmente a Psicanlise) sob um paradigma cartesiano e mecanicista,
baseadas no universo dos cinco sentidos, do ego e da mente racional.
Por isso, por exemplo, em Psicoterapia, (especialmente em Psicanlise) os processos
teraputicos costumam demorar tanto - e isto no uma crtica !
Na maior parte das vezes realmente necessrio que se demore mesmo, pois atravs do
verbal e do desdobramento do racional, o terapeuta vai facilitando habilmente ao cliente a
desconstruo gradativa da intrincada rede de resistncias, controles e defesas que vamos
construindo ao longo de nossa(s) vida(s) para no acessarmos nossas dores, at chegar-se
ao contato com os contedos e seus ncleos, e a efetuar sua catarse e sua re-significao.
E tudo isso normalmente tem que ser lento mesmo, pois no se pode sair detonando as
defesas das pessoas, que muitas das vezes o que as mantm vivas.
Mas se temos uma ferramenta capaz de acessar diretamente os ncleos formadores de
padres (que os hindus chamam de samskaras), e transmut-los e esta a proposta da
canalizao, uma outra forma de utilizao do sexto-sentido a teia de defesas e controles
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2010
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PREFCIO DO LIVRO
Alinhamento Energtico, uma terapia quntica para o terceiro milnio
Queridos amigos
Este o meu dcimo livro e o segundo que escrevo sobre este tema.
Numa primeira fase da minha atividade literria interagi com trs editoras : a extinta
Alhambra (do Rio de Janeiro), a Aquariana/Ground e a extinta Sol Nascente, ambas de
So Paulo.
A primeira, de propriedade do amigo Joaquim Campelo Marques (que entre outras
coisas, coordenou a equipe que acessorou Aurlio Buarque de Hollanda na confeco
do seu famoso dicionrio) e as outras duas, tradicionais editoras paulistas de livros
espiritualistas, ecolgicos e naturalistas.
E com elas publiquei sete livros em vinte anos.
Dentre eles o Dicionrio Prtico de Ecologia, um dos primeiros desta rea
publicado no Brasil cujo lanamento aconteceu durante a Eco 92 e j teve duas edies
publicadas (e agora vai sair a 3. edio revisada e aumentada).
E tambm escrev um dos primeiros livros sobre Agroecologia (naquele tempo se
chamava Agricultura Alternativa) publicados em nosso pas e que j teve trs edies (e
que agora vai sair em forma de dicionrio).
Quando terminei de escrever o livro Fogo Sagrado sobre a terapia do Alinhamento
Energtico resolvi mudar de estratgia (e de editoras) e fiz o que chamei de jogar
garrafas ao mar, ou seja, ia mandando pelo correio uma cpia encadernada dos
originais do livro para cada editora da rea, que eu ia mapeando na internet e nas
livrarias.
E mandei o Fogo Sagrado para onze editoras, todos pelo correio e sem fazer
contato pessoal com ningum.
Algumas editoras declinaram, outras nem responderam, algumas devolveram os
originais recusados, outras no, e depois de um bom tempo sem um retorno concreto, eu
desisti...
Um belo dia soube do relanamento do livro Resgate de alma da terapeuta
xamnica norte americana Sandra Ingerman pela editora paulista Vida e Conscincia.
Eu realmente adoro este livro e tinha uma preciosa fotocpia toda rabiscada da edio
anterior publicada por uma outra editora, e que estava esgotada j havia algum tempo.
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Num primeiro momento tive como mestra e parceira Mnica Oliveira, uma das duas
pessoas que receberam da Egrgora do Ministrio de Cristo e deAloysio Delgado
Nascimento (o xam Dior Allem) a misso de estruturar o ensino deste trabalho e de
espalh-lo pelo mundo.
A outra pessoa foi Carlos Henrique Alves Correa que se fixou em So Paulo
juntamente com Desire Costa , expandindo o seu trabalho assim como Mnica
tambm o faz - por vrios pases da Europa desde 2002.
Carlos Henrique que teve estreito contato com o xam - foi quem desenvolveu a
tcnica de se fazer Alinhamento Energtico com um s terapeuta dando sua terapia e
ao seu instituto o nome de Ouro Verde.
E Mnica deu ao seu trabalho o nome de Fogo Sagrado, abrindo no Rio de Janeiro
o Ncleo Fogo Sagrado juntamente com sua filha Tatiana Auler e com a terapeuta e
cantora Letcia Tu.
Ambos, Fogo Sagrado e Ouro Verde so afluentes diretos do Alinhamento
Energtico original canalizado pelo xam.
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2013
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SOBRE A REALIDADE
O que a Realidade ?
Os hindus e chineses do a dica quando apresentam o milenar conceito
filosfico/dialtico do Absoluto / Relativo.
Os chineses chamaram o Absoluto de Tao e o Relativo de Yin e Yang.
Os hindus chamaram o Absoluto de Brahman (Purusha, Shiva) e o Relativo de Maya
(Prakriti, Shakti).
O Absoluto a Conscincia Eterna, Incriada, Transcedental, no dual e permanente.
Os hindus dizem que Brahman Satchidananda (Conscincia, Eternidade e BemAventurana).
O Relativo a dualidade, a impermanncia, a identificao da mente/sentidos/ego
com a parte ao invs do Todo.
Isto expressa a idia fundamental de que nos relacionamos simultaneamente com 2
realidades :
- a realidade que construmos com toda a nossa bagagem krmica, gentica, cultural,
educacional, psico emocional, etc. a auto-imagem (quem eu acredito que sou) e a
particular viso de mundo que cada um constri e mantm.
- e a Realidade que existe por Si, independente das infinitas realidades relativas
construdas por cada um. Ela no apenas a soma das realidades relativas (isso seria
Pantesmo). Ela simultaneamente imanente e transcendente a elas. A Realidade a
prpria Conscincia Uma e Eterna (que as religies chamam de Deus).
Para o hindu, estar na Sombra ou na Luz, na ignorncia ou na Sabedoria, na
diversidade ou na Unidade, s uma questo de perspectiva, de tica. Da as escolas
filosficas hindus se chamarem Darshanas, cuja traduo literal pontos de vista
(acerca da Realidade).
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Buddha foi chamado de ateu porque jamais falou em Deus e em alma. Ele dizia que o
homem um agregado de ego, sentidos e mente que constantemente geram karma,
fomentando assim a reencarnao (samsara).
Levei muito tempo para finalmente pescar o insight de que realmente a Conscincia
no pode ser partida.
Ns no temos uma parte do Todo. Deus no fica tirando pedaos de Si para
colocar em cada embrio que fecundado..
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Claro que a Conscincia, a Alma (atma, como chamam os hindus) Uma s para
toda a Criao.
Por isso se fala modernamente que o Universo hologrfico (da mesma forma que j
se sabe que o crebro humano funciona hologrficamente, no analgicamente), pois
cada parte sua contm a totalidade, como diz o mantra no incio.
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A TERCEIRA FORA
I. O assunto poltica no ocupa exatamente uma prioridade no meu espao mental, mas
sou um ser (tambm) poltico e sempre fiz questo de me manter bem informado sobre
este assunto, para pelo menos, na medida do possvel, no ser (ou no me sentir)
manipulado.
Talvez seja uma caracterstica de quem tem meio-de-cu em Gmeos e/ou a
configurao aqurio (ar) e virgem (terra), sei l, no saco bem dessa praia (al al
astrlogos), mas o fato que empunhar bandeiras, fazer partes de grupos, pertencer a
faces de seja l do que for, abraar opinies e pontos de vista fechados sobre alguma
coisa, nunca fez parte das minhas caractersticas.
Sempre gostei de, como dizem os ndios americanos, procurar me colocar nos
mocassins do outro.
Adorei quando conheci os conceitos budistas de equanimidade e impermanncia.
Adorei quando conheci o conceito nativo norte americano de Viso da guia.
Adorei quando aprendi e fui estimulado a inserir na minha vida e na minha atividade
teraputica estes conceitos juntamente com os conceitos de neutralidade e de no
julgamento.
Mas foi quando andei postando umas opinies no Facebook sobre a nossa poltica atual
especialmente quando critiquei um texto do mestre Leonardo Boff e depois lendo os
feed backs dos posts, que acabei tendo um insight e usei a expresso Terceira Fora
(que eu vou passar a chamar aqui de TF).
Depois me lembrei de um texto interessante que recebi recentemente e que fala da
Terceira Inteligncia, a espiritual, entendendo como as outras duas, a mental e a
emocional. Talvez eu tenha sido induzido pelo nome.
Sempre achei tragicmicas essas polarizaes maniquestas tipo direita-esquerda, bemmal, certo-errado. A boa e velha dualidade.
Ento TF foi o nome que me ocorreu (canalizei?) para ter aqui um nome para aquilo
que eu reputo como sendo o raciocnio que norteia as minhas reflexes e que eu quero
compartilhar..
Bem, eu no posto as minhas idias no FB para discutir ou debater da forma que a nossa
mente normalmente adora, que se disputar e competir para ver quem est com a razo,
quem est certo, ou melhor ainda, para afirmar (muitas vezes aos gritos em letras
maisculas) que eu estou certo e voc errado.
Posto apenas para me expressar e para poder ouvir outras vozes e outras opinies sobre
o tema.
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Fora algumas excees, no achei que as pessoas amigas estavam entendendo o que eu
estava querendo dizer, nem qual era a bola que eu estou querendo levantar.
A resolvi escrever um pouco (que acabou ficando enorme...) para continuar fazendo
esse eterno brainstorming que refletir sobre a vida sem a arrogncia de ter respostas,
mas com a esperana de perceber os sinais e as dicas do Universo.
E fiquei o final de semana inteiro ruminando sobre a tal da Terceira Fora, e o que esse
nome que brotou de mim queria dizer em funo das minhas convices e opinies
(ainda que assumidamente transitrias).
Talvez por vcio profissional, espiritual e intelectual, nas minhas reflexes eu acabo
sempre me reportando aos povos antigos, s informaes que vem dos milnios.
E isso acaba me remetendo mesma perspectiva a que nunca me canso de admirar com
reverncia e respeito, que sa coincidncias, digamos, paradigmticas, que existem
entre a essncia do pensamento e do ponto de vista em relao vida, a Deus, etc. dos
orientais, dos povos nativos das Amricas e dos africanos.
Claro que tem muito mais culturas e povos, mas estas so as que conheo mais.
Culturas estas que tiveram (e ainda tem) em comum a fundamental capacidade de
perceber e reconhecer a realidade multidimensional da existncia.
(E no lindo quando vemos esta unanimidade de perspectivas de mundo
considerando,claro,as muitas diferenas entre elas - serem corroboradas por vrias
vertentes do conhecimento ocidental moderno, tais como por exemplo, a Fsica
Quntica e as linhas mais transpessoais da Psicologia e da Filosofia?)
Culturas que entendiam a imensa e absurdamente complexa interrelao e
interdependncia - em todos os nveis da existncia - que existe entre tudo o que foi
criado no Universo.
Culturas que percebiam o profundo aspecto animista da vida, isto , a percepo de que
tudo vivo e tudo abriga e expressa a mesma conscincia e inteligncia.
Budista e vedanticamente falando, s h Uma Conscincia, uma nica Alma no
Universo. Uma nica Mente. Um nico inconsciente.
Quem quer que seja Deus, com certeza no fica recortando pedaos de Si mesmo e
colando em cada embrio fecundado.
Ento parece que compartilhamos a mesma Mente, a mesma Alma e a mesma
Conscincia.
Eu sei perfeitamente que quando falo em conscincia e inteligncia muita gente ainda
pensa em um crebro cheio de neurnios que produzem pensamento. E em um intelecto
racional que elabora inteligentemente estes pensamentos.
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E dessa forma fica realmente muito difcil aceitar que uma rvore ou uma pedra sejam
inteligentes.
Essa Inteligncia e essa Conscincia se expressam na vida atravs de todos os seres
animados e (ditos) inanimados. Em cada um de cada reino conforme seu grau de
evoluo e nvel de realidade.
Culturas aquelas, que sabiam que na psique humana existe um vasto universo interior
desconhecido, e que l onde esto registradas e impressas as nossas memrias,
traumas, dores, crenas, e que vo aparecer em nossa vida humana apresentando
diversos sintomas em diversas reas, causando os nossos problemas, sofrimentos e
limitaes fsicas, psico-emocionais e sociais.
Estas culturas antigas sabiam tambm - e muito bem - que fundamental abrir-se uma
via de acesso a este mundo no consciente (que tio Freud chamou de inconsciente),
lanar um outro olhar, ressignificar e curar este material, que fator determinante da
qualidade interna (e externa) que experimentamos hoje em nossa vida humana.
Um parentesis importante aqui : estou falando em nome de culturas antigas (at porque
eu tenho uma boa estrada nelas), mas em nenhum momento estou aqui fazendo a
apologia maniquesta do ndio legal / branco ruim, embora tivesse abundante material
histrico para me respaldar. Mas eu estaria contradizendo tudo o que estou levantando
aqui !!!
Estou apenas pegando carona no antiqssimo know-how e na longussima
kilometragem que essa galera antiga tem.
Dito isso, creio que o que poderia ser chamado de TERCEIRA FORA, no nada
mais do que um novo/velho ponto de vista em relao vida.
No um movimento, no uma nova filosofia ou ideologia, no seita ou partido
novo, mas um ponto de vista multidimensional (poderamos chamar mais
modernamente de holstico ou sistmico) em relao a si prprio, ao outro e vida
como um todo.
Um ponto de vista onde a mente readquire a habilidade de observar sem racionalizar
nem julgar, e que considera que o que chamamos de religiosamente de sagrado
inerente a toda a existncia.
E como os orientais conhecem isso! E a meditao a melhor forma de reabilitar essa
importante ferramenta que a nossa cultura desprezou em funo do bizarro equivoco
cartesiano penso logo existo (sinto logo existo talvez fosse mais correto, ou mesmo
existo logo penso, no mesmo?): a capacidade de se observar de forma isenta e
neutra.
A verdadeira compreenso s pode acontecer atravs de uma mente que no elabora ao
observar. Ela apenas v.
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Mas vivemos uma ditadura da mente racional, onde para os ocidentais s parece ter
valor o que vem de elaborao mental, como se a inteligncia s se manifestasse atravs
do pensamento racional.
Isso, claro, no desqualifica a mente racional. Pelo contrrio, isso resgata para a mente
pensante o seu verdadeiro lugar, ou seja, ser uma poderosa ferramenta de lidar com as
questes do mundo material tridimensional que acessado pelos cinco sentidos. E s.
preciso deixar bem claro aqui, que iseno, no julgamento e neutralidade, no so
palavras que significam indiferena, no ter opinio formada, ser complacente, alienado
e no fazer nada.
Ter opinio inevitvel, e at biolgico ! No tem como no se ter opinio, at para
poder se fazer as escolhas e opes.
O segredo e ai os orientais tambm do banho no no fazer nada (at porque isso
seria impossvel, pois o fazer faz-se por si mesmo).
no estar identificado e apegado aos movimentos que a mente cria e no deixar que
estas identificaes psico emocionais tenham um papel to determinante em ns, j que
so instncias efmeras e passageiras.
As opinies formadas, os gostos e averses e os julgamentos vo mudar, como muda
tudo no Universo o tempo todo!
E para no se identificar e no se apegar necessrio ter alguma perspectiva de fora,
at para que as coisas tenham o tamanho que elas tem, j que o nosso emocional tende
em geral a hiperdimensionar o que nos acontece de ruim (dentro ou fora de ns).
S que a nossa cultura cartesiana/newtoniana misturou conscincia e pensamento (assim
como tambm misturamos religio e espiritualidade).
E esse descolamento - que o que vai possibilitar o resgate da mente que observa ,
na minha opinio o importantssimo trabalho de auto-reeducao que nos vai viabilizar
o acesso ao que chamei de Terceira Fora.
No captulo sobre Meditao voltaremos a falar sobre este tema.
A TF portanto, esse olhar multidimensional e sistmico que sabe que a vida acontece
em diversos e incontveis nveis de realidade.
E que sabe tambm que a prpria realidade se expressa em dois aspectos : a relatividade
que nos ilude e nos prende no jogo ilusrio das dualidades e o Absoluto, a nossa
natureza real.
Desta forma, a TF entende que trazemos todo o Universo e todas as potencialidades
dentro de ns, bastando olhar para elas, aceita-las e desenvolve-las.
Por isso uma das propostas deste ponto de vista abrir mo da viso dualista e
maniquesta do OU (fulano ou bom ou ruim, ou a pessoa honesta ou
#)!
!
#*!
!
$+!
!
A TF acredita que nada realmente est sob o controle do homem, e acredita que o que
chamam de livre-arbtrio est profunda e complexamente entretecido com os livresarbtrios de tudo o que existe na Criao.
Por isso a TF acolhe e respeita livros como o TaoTeKing e a Bhagavad Gita, e
empatiza profundamente com a idia da ao na inao e inao na ao.
Viver tendo como prioridade trabalhar internamente para descobrir e experienciar quem
verdadeiramente se , no deve de forma nenhuma nos eximir das diversas personas que
temos que encarnar pr viver aqui: pai, me, profissional, filho, irmo, cidado, amigo,
etc.etc.
Todas as funes e papis tem sua importncia no individual e no coletivo,
e todas podem ser transformadas em eficientes ferramentas de crescimento e libertao.
Mas s uma mente treinada na viso ampla e neutra consegue perceber a escala dos
nveis de realidade que a diversidade oferece, para a poder pensar e agir conforme esta
percepo.
Se estamos totalmente imersos em uma s opinio, ou viso religiosa ou filosfica, ou
ideologia poltica, s conseguimos ver pedaos. Nunca o todo.
Tive um professor que dizia que as religies so como um bolo (daqueles que tem um
furo no centro) cheio de fatias. Todas as fatias se encontram no furo central (que no
exemplo aqui representa Deus).
O problema, dizia ele, que cada fatia fica tentando convencer as outras fatias, de que
ela, fatia, o bolo todo...
Por isso a TF sabe - assim como por exemplo a Fsica Quntica tambm sabe - que a
vida externa, fsica, material, aparentemente tridimensional s um reflexo, uma
resultante da vida interna.
Assim como dentro fora.
O fora construdo por ns e est a servio do dentro, simplesmente porque tudo na
vida est a servio do desvelar de quem se (e isso no tem necessariamente nada a ver
com religio, pelo menos no sentido institucional do termo).
E o fora uma das formas que a Inteligncia auto reguladora tem de nos mostrar o
que no est sendo visto e experienciado equilibradamente dentro de ns.
A TF sabe da inutilidade de se tentar mudar o externo sem mudar o interno.
E sabe que quando no se sabe disso, o que se faz dar murro em ponta de faca.
E qualquer um pode ver que a Histria apenas uma sucesso das mesmas velhas
recorrncias, onde s muda a cenografia, o figurino, a sonoplastia e os personagens,
pois o script sempre o mesmo...
$"!
!
II. Se me permitido aqui delirar um pouco, penso que na construo do que viria ser
uma TR no ocidente, reputo alguns acontecimentos como sendo absolutamente
preponderantes:
A entrada do mundo africano nas Amricas com a escravido, o advento da Psicanlise
atravs de S.Freud (e depois C.G.Jung e W.Reich), o advento do Espiritismo atravs de
Allan Kardec, a entrada do conhecimento oriental no ocidente com Helena Blavatsky, o
surgimento da Fsica e da Mecnica Qunticas no inicio do sculo 20, e a invaso do
oriente no ocidente nos anos 60/70 e a jovem invaso do mundo nativo (chamada de
Xamanismo) a partir dos anos 70/80.
O mundo africano e Kardec vem abrir para o ocidente o conhecimento do sexto sentido
(tambm chamado de sensitividade, percepo extra-sensorial, mediunidade) - a via de
acesso s multidimenses, assim como do karma e da reencarnao.
A Psicanlise vem abrir para o mundo ocidental cristo-judaico a dimenso do
inconsciente (que depois Jung aperfeioa introduzindo o conceito de Inconsciente
Coletivo), dentre muitas outras coisas.
claro que o mundo oriental j estava careca de saber disso tudo, mas talvez o que
viria a ser o que chamei de invaso do oriente no ocidente nos anos 60/70
(influenciando profundamente no s a espiritualidade e as terapias, mas tambm a
viso ocidental de mundo), precisasse de uma retraduo prvia dos seus conceitos para
uma linguagem mais palatvel aos ocidentais racionalistas.
Helena Blavatsky, criadora da Teosofia, tambm foi muito importante neste processo de
preparar o ocidente para o pensamento oriental.
E quando um ramo top da cincia desemboca no que passou a ser chamado de Fisica
Quntica, e que, da mesma forma como ocorre com Freud, (e Jung e Reich) e Kardek,
interessante perceber que em grande parte o que foi trazido por todas estas pessoas
uma retraduo moderna e em linguagem e conceitos adequados nossa cultura, dos
conhecimentos antigos.
Para mim fica bem claro embora assuma que pode ser a maior viagem - o
encadeamento dos acontecimentos que iriam abrir a possibilidade de uma compreenso
muito mais ampla e profunda sobre a vida, do que a que as religies mais populares o
mundo cristo/judaico/islmico - at ento ofereciam.
E a razo deste movimento todo, me parece ser o de vir atender a necessidade planetria
urgente de se abrir um novo tipo de olhar para a vida.
E de repente estas culturas antigas podem ajudar bastante, como j tem feito.
Se realmente temos que salvar alguma coisa, se realmente o planeta Terra est passando
por alguma coisa errada que fugiu ao controle de Deus, talvez o que v efetivamente
salvar o planeta no sejam aes ecolgicas ou polticas ambientais.
$#!
!
$$!
!
Eu no sou esprita (nem sou de religio nenhuma) mas simpatizo muito com a teoria
kardecista de que a Terra seria um planeta de expiao (embora deteste este termo),
ou seja, de que aqui seria um laboratrio, uma escola, onde viemos para lapidar e burilar
nossa natureza humana ainda cheia de imperfeies, raivas, tristezas, apegos, invejas e
cimes.
E nesse sentido, a impresso que d a de que, apesar dos imensos avanos
tecnolgicos que houveram ao longo da histria da humanidade, muito pouco se
avanou na rea da tica, da moral, da compaixo e da fraternidade.
Me parece que um dos indicativos interessantes de ser considerado, o fato de que ao
longo da histria do homem na Terra, inumerveis pessoas iluminadas como foram
Jesus e Buddha, por exemplo vieram sistematicamente para falar exatamente a mesma
coisa.
Quando olho para trs e vejo o desenrolar da vida humana na Terra, me ocorre sempre a
pergunta: Em que fase da vida humana houve realmente fraternidade entre os povos,
amor ao prximo, ausncia de guerras e de dominao do homem sobre o homem?.
Me parece que fora episdios isolados e temporrios, em nenhum momento houve a to
sonhada plena harmonia e equilbrio no planeta.
E talvez equilbrio seja uma palavra chave, na medida em que estar errado muito
diferente de estar desequilibrado (os orientais tinham uma viso bem clara disso,
entendendo profundamente a natureza auto reguladora do Universo).
Ento talvez nossa funo aqui no seja salvar nada nem consertar nada, j que ningum
tem cacife em funo da imensa complexidade da existncia - para afirmar que o que
ocorre no planeta hoje e sempre esteja ambiental ou humanamente errado.
Vendo sob um aspecto religioso, seria como ter que considerar que Deus se enganou ou
se distraiu, ou que Deus vingativo e punidor, ou pior, que Satans existe e est a
tentando sacanear o projeto divino ao menor descuido nosso...
Talvez o grande desafio humano seja muito mais complexo e difcil do que ficar
exaustivamente tentando consertar o que acha que est errado, e talvez seja muito mais
instigador do que ficar sentado esperando complacentemente (ou preguiosamente) que
as mudanas caiam do cu.
Creio que livros como o Tao Te King e a Bhagavad Gita so manuais poderosos
que versam exatamente sobre esta difcil temtica : a cincia da ao na inao e da
inao na ao.
Ou seja, talvez no estejamos aqui para usar nossa inteligncia e nosso poder de agir
para mudar nada externamente, e sim para mudar internamente aproveitando todo o
$%!
!
treinamento, os testes e as provas que a vida oferece em seu dinmico laboratrio cheio
de desequilbrios (que no esto propriamente errados).
Talvez o nosso fazer devesse ser aplicado no sentido de inteligentemente e
relaxadamente se fazer pelo fazer, simplesmente porque fazer inevitvel (segundo os
orientais o fazer faz-se por si mesmo).
Mas no necessariamente para mudar o que est hipoteticamente errado, e sim para
aproveitar o grosso caldo de injustias, dios, guerras, etc.etc. como precioso material
de trabalho interno.
E isso se d em funo da percepo - que deveria ser bvia - de que nico setor onde
temos efetivamente poder de mudana real, o setor interno do nosso ser.
Talvez devessemos desmontar esse pensamento prepotente e arrogante de que sabemos
o que est errado no mundo e nas pessoas, e de que temos poder de mudar tudo isso, e
pior, de que sabemos como ser o certo.
E como disse, o desafio extremamente complexo : agir com a competncia de quem
pode mudar alguma coisa mas com a conscincia de que no se est aqui para mudar
nada alm de si mesmo, e de que e acho que esta a grande chave, o grande segredo as mudanas externas esto inexoravelmente ligadas s mudanas internas.
$&!
!
$'!
!
Mas necessitamos do outro para que este amor que constitucionalmente nosso
possa ser acessado, expresso e expandido.
Ento (co)atramos krmicamente algum para "plugarmos" o nosso amor, que em
ultima instncia, o amor por ns mesmos que precisa ser constantemente
experienciado e expandido, at que ele se realize como Amor Incondicional e Universal
(que os hindus chamam de Prema Bhakti).
A grande armadilha que neste processo e at por ignorncia do prprio processo
acabamos, ao invs do exerccio da troca saudvel que gera crescimento para todos,
desenvolvemos apegos, dependncias, cimes,etc.
Em terapia muito importante que o terapeuta tenha a conscincia de que cada cliente
que chega para ser tratado por ele, uma parte dele mesmo que ele (co)atraiu para que
pudesse ser tambm acessada e curada nele mesmo.
A Ressonncia, em terapia, aparece expressando uma compreenso mais ampla e mais
profunda daquilo que Freud chamou de transferncia e contra-transferncia nas quais se
baseia o processo da psicanlise.
Se sofremos porque nossos pais no nos viram e nos reconheceram como somos,
podemos inferir que talvez esse no-reconhecimento seja um reflexo, uma indicao, do
nosso prprio no auto reconhecimento.
A podemos atrair pais (ou amigos, conjuges, filhos) que no nos reconhecem, para que
possamos acessar e reequilibrar internamente nosso auto reconhecimento, nosso auto
valor, nosso poder pessoal e nossa auto estima.
Mas como, enquanto cultura, no aprendemos tudo isso e ainda temos o binmio
culpa/vtima profundamente inserido em nossa viso de mundo, demoramos a entender
este processo, e nossas questes muitas vezes acabam se repetindo e repetindo (em geral
cada vez mais contundentemente) at que em algum momento acessemos, entendamos e
transformemos o que ainda nos faz experimentar sofrimento e limitao.
Um exemplo : certa vez chegou ao nosso consultrio uma mulher muito deprimida
dizendo que ela havia descoberto na semana anterior que o marido a traa com uma
amiga sua.
Claro que demos toda a ateno e acolhimento ela. E ela estava naturalmente muito
triste e muito revoltada e atribuindo aos dois traidores toda a culpa no evento.
Mais adiante perguntei : Que traio voc deve estar fazendo com voc mesma que a
sua alma precisou atrair uma traio fora, para voc poder entrar em contato com a
traio que voc deve estar se fazendo internamente?
Ela arregalou os olhos, ficou irritadssima (porque o que eu falei no faz o menor
sentido...) e quase gritando falou : Eu fui uma excelente esposa, terminei a faculdade
$(!
!
em uma rea que eu adorava e nem exerc minha profisso para poder cuidar
integralmente da famlia, me doei o tempo todo aos filhos e ao marido...
A, percebendo o timing certo, eu tive que interromper a sua fala para que o insight
pudesse acontecer e a cliente perceber que, independente da tima inteno que ela teve
e da sua indiscutvel eficincia, ningum passa por cima de si mesmo impunemente,
mesmo que priorizar o outro em detrimento de si ainda seja uma coisa vista como muito
virtuosa em nossa cultura.
Talvez um dos sistemas de cura onde a Ressonncia e a Sincronicidade so mais
explicitamente consideradas e trabalhadas, na ancestral tcnica do xamanismo
havaiano chamada de Hoponopono.
Um mdico psiquiatra havaiano chamado Dr. Len (que aprendeu esta tcnica de sua
mestra kahuna ), apresentou-se para trabalhar em um sanatrio no Hava, no setor mais
complicado, que era onde estavam os doentes criminosos de altssima periculosidade.
Ningum mais queria trabalhar l.
Perguntado como iria proceder, ele disse que necessitava apenas de uma sala e dos
pronturios dos pacientes, e que no iria ser necessrio estar pessoalmente com eles.
O resultado ao longo do tempo, foi que acabaram tendo que fechar aquele setor do
sanatrio pela falta de doentes... todos eles haviam se curado !
Mais tarde, perguntado como havia procedido, qual era a mgica, o Dr. Len contou
que ele apenas olhava o pronturio, via a foto e o nome do paciente, lia seu caso, e
procurava, pela ressonncia, curar as doenas em si mesmo.
Perguntado novamente qual era o segredo destas curas fantsticas (provavelmente
deveria ser uma tecnologia extremamente complexa), respondeu que ele apenas dizia
internamente : Sinto muito (a aceitao do que foi e do que ), Me perdoe, Eu te
agradeo (a compreenso da funo) e Eu te amo (o reequilbrio e a cura).
Ou seja, ele curava dentro dele aquilo que a sincronicidade e a ressonncia faziam entrar
no seu campo de conscincia.
Dr. Len diz que qualquer coisa que entre no seu campo de conscincia, voc faz parte
daquilo tambm. Pode ser uma noticia no jornal na banca.
Ou seja, se a sincronicidade fez com que ele estivesse durante aquele tempo naquele
sanatrio havaiano, com aqueles pronturios, era porque aquilo tudo estava enredado
com ele tambm. E a ele mapeava o externo, co-responsabilizava-se por sua parte e
trabalhava dentro de si.
Tenho experincia prpria e conhecimento de inmeras curas atravs desta
tcnica to simples e to eficaz.
$)!
!
Os hindus dizem que todas as doenas que existem - sejam fsicas, emocionais,
psquicas, energticas, comportamentais ou sociais - derivam, de uma forma ou de
outra, de uma nica doena que constitucional e nuclear em toda a existncia: a
ignorncia de quem somos, de nossa natureza Real, a Unidade. E chamam a esta
ignorncia primordial de avidya.
Toda a Criao uma grande web hologrfica onde tudo vivo, inteligente,
interligado, interagente e interdependente.
Lembro de uma palestra nos anos 80 com um swami indiano, quando em algum
momento ele bateu com a mo na parede e perguntou : Para vocs esta parede um
objeto inanimado, no mesmo?. Todos mexeram a cabea dizendo que sim. Ao que
ele sugeriu : Coloque ento um pedao desta parede no microscpio eletrnico e veja
a dana de vida que existe nele.
Realmente - e felizmente - no estamos irremediavelmente presos ao tempo e
espao e nossa mente racional. E no s as antigas tradies, mas a Fsica Quntica
atual afirmam amplamente esta questo.
Com toda a certeza Descartes e Newton se equivocaram e este equvoco
determinou profundamente a viso de mundo da cultura ocidental.
Considerando nossa natureza Una, saiba que no h nada fora de voc que voc
precise obter e j no tenha.
Nenhum Deva, Santo, Anjo, Orix ou Guru precisa (e pode) te dar o que voc j
tem. A funo destes Seres de Luz nos ajudar a realizar que j somos quem estamos
buscando ser e j estamos no lugar para onde estamos nos encaminhando.
Est tudo dentro de ns, todo o Universo. Ns apenas precisamos (re)lembrar e
(re)experienciar nossa natureza original, que est pulsando em cada partcula do
Universo, em cada pessoa, em cada ser de cada reino e de cada dimenso da Criao.
Todo amor, paz e felicidade j esto dentro de voc, sempre.
Voc decididamente no um pecador ou um culpado de nascena. Voc no
uma pedra bruta que precisa ser lapidada. No alguma coisa que no e tem que vir a
ser. Voc j uma jia pronta, maravilhosa, s que recoberta pela poeira desta
ignorncia primordial avidya.
E esta poeira so nossos corpos energticos (samskaras, vasanas e vrittis),
nossos registros e memrias psico emocionais com suas crenas e padres dolorosos e
limitadores, que nos amarram na roda do karma (samsara);
$*!
!
%+!
!
SOBRE A SOMBRA
%#!
!
%$!
!
%&!
!
o primeiro passo para amar a si mesmo, que o primeiro passo para amar ao
prximo e ao Universo.
%'!
!
Uma pergunta clssica que todo mundo um dia fez (normalmente na infncia) : Se
Deus to bom e justo, porque o mundo to ruim, com tanta injustia e maldade ?
Se quem te respondeu foi um religioso cristo, provavelmente ter lhe dito que Deus
fez tudo certinho e deu ao homem livre-arbtrio, que o usou mal.
No interessante Deus ter dado um poder to grande ao homem que nem Ele
poderia saber o que este homem faria?
Mas Deus no onisciente? Como poderia no saber o que o homem ia fazer?
Ah, mas ento se Ele sabia, a Criao um jogo de cartas marcadas? Deus j sabia
de antemo quem ia para o Cu ou para o inferno?
Bem, talvez seja melhor, menos absurdo e muito mais lgico, entendermos que o
nosso livre-arbtrio talvez esteja absolutamente interligado e inter-relacionado com
todos os livres-arbtrios de todos os elementos constituintes da Criao. E que somos
todos co-responsveis e co-criadores desta mesma Criao.
Somos como uma teia de aranha, que por maior que seja, quando mexemos em uma
das pontas a teia inteira se mexe.
O que acha? Vamos (re)adotar este novo (e to velho) conceito ?
A, entre outras coisas, poderemos deixar de achar que o mundo ruim e que as
coisas que acontecem esto erradas, so injustas e ms.
E poderemos compreender que por trs da superfcie do aparente caos poludo,
violento e decadente que vivemos no planeta atualmente, existe uma Inteligncia
perfeita que trabalha incessantemente atravs da grande fora de homeostase e autoregulao universal, rumo re-experienciao e realizao de sua natureza essencial
a Unidade.
Todo mundo acha terrvel o que est ocorrendo na Terra hoje. Mas ningum se
revolta quando uma supernova explode e causa uma gigantesca destruio em alguma
esquina de alguma galxia. Isso passa por normal.
Kardec provavelmente acertou quando disse que a Terra era um planeta de expiao.
E expiao justamente o necessrio encontro evolutivo das sombras, que como ele
disse, pode se dar pelo Amor ou pela dor.
Pelo Amor quando, entre outras coisas, desenvolvemos a conscincia da
impermanncia da Vida e o consequente o desapego para aceitar o que no pode ser
controlado.
%(!
!
Pela dor, quando temos ainda que atrair coisas, pessoas e situaes que
krmicamente vem nos trazer os exerccios necessrios, muitas vezes dolorosos (e
muitas vezes repetidos, at que acordemos), em funo das nossas resistncias.
Isto indica que Cu e inferno so instncias internas.
Perceba como existem pessoas que vivem super bem, mesmo com dificuldades
materiais ou de sade, enquanto outras vivem uma vida interior de pssima qualidade,
mesmo tendo fortuna ou fama.
Talvez da conhecida Lei do Karma precise tambm passar por uma re-interpretao.
Repare que ningum diz Fulano ganhou na Sena, que karma, heim!. Mas todo
mundo diz Fulano foi atropelado. Que karma!.
A Lei do Karma, um conceito hindu, veio para o ocidente com uma conotao quase
de azar e punio, quando esta lei absolutamente neutra.
Karma uma verso da Lei de Newton para cada ao h uma ao oposta e na
mesma intensidade s que aplicada dentro de uma realidade sistmica e
multidimensional.
Como nossa cultura enraizada em um pensamento cartesiano e mecanicista, a lei do
Karma acabou sendo uma espcie de lei do bateu-levou. E talvez no seja assim.
Talvez esta lei de causa e efeito funcione dentro de parmetros muito mais complexos
que supe a nossa v filosofia.
%)!
!
Hermes Trimegistro com seu o que est em cima como o que est embaixo e o
que est embaixo como o que est em cima parece expressar o mesmo postulado
que muito oriental e ao mesmo tempo modernamente quntico que reza que o
mundo externo s um reflexo do mundo interno (entendendo-se como externo a
impermanente relatividade da existncia, e como interno a mente e a Conscincia).
O mundo externo uma construo da nossa mente.
E simultaneamente todo o Universo est dentro de ns.
A sincronicidade e a ressonncia so formas como se expressa a Unidade na
diversidade, indicativos que norteiam como se movimenta a Conscincia absoluta na
relatividade.
Ressonncia o retorno que o externo nos d atravs do espelhamento que ele faz
para ns internamente.
Aprendemos desde sempre, que Deus criou o mundo em 7 dias, fez tudo certo mas
um tal de Ado resolveu comer ma, foi expulso do paraso, e agora Deus est no
paraso de onde ele arbitra nossas vidas, e ns aqui penando nesse mal necessrio que
essa pecaminosa vida material de onde devemos nos esforar muito para sair logo...
Ainda h o agravante de que existe um anjo que resolveu querer se igualar a Deus,
caiu e virou Satans, e desde ento vem se esforando bastante para botar areia no
projeto divino e nos lanar eternamente no sofrimento.
Parece uma brincadeira, mas srio!
Isto ajudou a imprimir em nossa cultura ao longo dos ltimos dois milnios, entre
outras coisas, a crena coletiva de que o mundo externo que o real, o conceito de que
a realidade s aquilo que os 5 sentidos e a mente racional apreendem, e a crena de
que pensar o produto mais elaborado e sofisticado que o ser humano (que por sua vez,
o ser top de linha da Criao) produz.
E em cima desta base, deste paradigma, construiu-se toda uma cultura. A nossa
cultura ocidental europia, branca, crist-judaica, capitalista e de pensamento cartesiano
e mecanicista.
Aprendemos que somos pecadores e culpados de nascena, sentimentos que at hoje
permeiam profundamente nossas relaes internas e interpessoais.
Ento quando me ensinam que no sou e/ou no tenho (virtudes, talentos, qualidades,
potencial, importncia, amor, alegria, confiana,etc.etc.) aonde vou automaticamente buscar ser e/ou ter ? Fora de mim, claro.
%*!
!
&+!
!
Na verdade, precisamos do outro no para nos trazer o amor que no tnhamos, mas
para que experienciemos atravs dele o nosso prprio amor (e o outro idem).
Por isso, por exemplo, distorcemos a funo original dos mitos produzidos pelas
diversas civilizaes - como os deuses das diversas mitologias, os Orishs, Anjos,
Santos, Animais de Poder - que deveriam ser para ns os espelhos arquetpicos que nos
refletem a perfeio interna que essencialmente somos mas que no acessamos.
Mas acabamos fazendo com eles idolatria, barganhas, esperando que estes Seres de
Luz possam nos dar aquilo que pensamos que no temos, quando sua funo
justamente nos ajudar a perceber que j somos e temos quem e o que buscamos ser e ter.
O que as culturas antigas e a moderna psicologia especialmente as escolas
transpessoais esto propondo a idia de que o que quer que seja Deus para cada um,
est dentro do ser humano como Conscincia eterna.
Ento eu no preciso mais de um Deus pessoal em algum Paraso arbitrando de l a
minha vida, me punindo e me recompensando.
Deus est dentro de mim trabalhando comigo pela minha prpria expanso e auto
realizao.
E o que quer que seja o Mal, ele em sntese, toda a minha resistncia em romper a
inrcia dos meus controles e das minhas defesas e resistncias, e mudar para crescer.
Ele, o Mal, tambm todos os obstculos e bloqueios que coloco para que eu no
veja quem Eu Sou verdadeiramente, e ento assim tenha que superar estes obstculos e
bloqueios e aprender com os exerccios evolutivos para poder conquistar a experincia
da liberdade da Conscincia eterna.
E esse Deus, esse Eu Superior, essa Presena Divina, ou como O quiserem chamar,
age de dentro de mim atraindo todas as experincias - vindas atravs de pessoas,
coisas ou de eventos - que eu como humano, evolutivamente, karmicamente, preciso
exercitar e aprender para transpor estes obstculos e resistncias que eu mesmo,
consciente e inconscientemente, coloco no meu processo de expanso e auto realizao.
Sou sempre co-criador e co-responsvel pelo meu destino e pela qualidade dele.
E o que a ressonncia e a sincronicidade esto mostrando o tempo todo , trocando
em midos, que todos e tudo somos Um em todos os nveis, e que o Universo est
sempre se auto-regulando, sempre buscando a homeostase, e est sempre se
comunicando conosco atravs de todos os reinos da Natureza e das multidimenses.
Acredito que a sincronicidade e a ressonncia so dois aspectos da lei do karma e que
so a prpria Inteligncia em ao no(s) sistema(s).
Compartilhamos todos a mesma Conscincia Eterna. Compartilhamos o mesmo
inconsciente humano (C.G.Jung no falou do inconsciente coletivo?). Compartilhamos
&"!
!
&#!
!
&$!
!
Ento dois ndios que esto com alguma questo pendente, em vez de discutirem e
brigarem, sentam-se um na frente do outro, um deles pega o basto e a pode falar o que
quiser durante o tempo que quiser, o outro no pode interromper e tem que procurar
ouvir tudo com uma escuta aberta, receptiva e neutra (no julgadora).
Depois troca-se o basto.
Desta forma, depois que termina os ndios podem resolver sua questo, ou podem at
se levantar e ir embora sem falar mais nada, porque um j sabe o sagrado ponto de
vista do outro, o que motivou o outro, qual foi a inteno do outro sob a perspectiva do
outro.
E isso s vezes o suficiente para que possamos perceber qual o exerccio evolutivo
que o outro nos trouxe atravs do espelho que ele est nos fazendo.
&%!
!
Cem por cento do que somos e vivemos (inclusive o que supomos ser acidentes e
tragdias) completamente fruto de nossas escolhas e opes.
Conscientes ou inconscientes. Feitas nesta ou em outras vidas. Feitas neste ou em outros
planos.
Lembre-se de que ns sofremos de dois grandes esquecimentos :
Quando nascemos esquecemos tudo o que fizemos nas vidas passadas e nos perodos
entre a encarnaes, e quando acordamos a cada manh esquecemos tudo o que fizemos
enquanto dormamos (pois s quem dorme o corpo, enquanto o esprito continua
acordado, aprendendo e trabalhando).
Tudo o que nos acontece na forma de pessoas, coisas ou acontecimentos, so atrados
por ns mesmos (ou pr-contratados por ns) porque nosso Eu Superior que ns
mesmos em nossa dimenso mais sutil e iluminada - sabe exatamente o que ns na
dimenso humana precisamos exercitar e aprender para podermos integrar nossas
dimenses divina e humana (o que Jung chamou de individuao).
No preciso nenhum deus em algum paraso distante para ficar nos punindo e nos
recompensando. Ns mesmos construmos nosso destino em parceria com o Universo.
Ns mesmos somos nosso prprio Paraso ou inferno.
O grande n da questo que a maior parte da nossa vida psico emocional acontece no
mbito do que Freud chamou de inconsciente (mais de 90% da ambincia psquica
inconsciente)...
A maior parte do que somos se processa sem que saibamos. Ento temos que ser muito
humildes em relao este fato.
Efetivamente no controlamos quase nada.
Muitos xams, pajs, yogues e buscadores de inmeras antigas tradies, treinam para
ficar conscientes no sonho, conscientes das vidas passadas, do plano dos desencarnados,
dos elementais, dos anjos e do prprio mundo do inconsciente pessoal e coletivo.
Isso amplia bastante a quantidade de vida consciente em ns.
Portanto, temos que ir desenvolvendo e resgatando nossa capacidade de lidar
conscientemente nas mais diversas dimenses da existncia, seja pelas terapias, pela
meditao, pela viso da guia, pela canalizao, pela mediunizao ou pela intuio,
para que possamos fazer cada vez mais as nossas escolhas e opes mais equilibradas e
corretas.
&&!
!
Interessante como muita gente enche a boca para falar em nome de um amor
incondicional.
A inteno em um nvel mais superficial muito bacana, mas o que percebo na grande
maioria das vezes que esse amor incondicional como que um sobre-ego construdo
para compensar (e anestesiar) uma profunda dor, uma profunda ciso interna no Eu
humano.
A eu me invisto dessas palavras bonitas e super aceitas pelo coletivo e dou, dou, dou,
dou incondicionalmente, passando com um trator por cima de mim, na tentativa
desesperada de ser aceito, amado e reconhecido e a talvez possa receber, receber,
receber (aquilo que eu acredito que no possuo) para embriagar a minha dor.
Infelizmente nossa cultura respalda essa doena, com a manuteno de velhas crenas que muita gente boa alternativa e espiritualista engole e acredita tais como : dar mais
nobre do que receber, fazer pelo outro mais elevado que fazer por mim, fazer por mim
egosmo, etc.etc.
Axiomas excelentes que igrejas e ditaduras sempre usaram para dominar e manipular.
Mas Cristo deixou bem claro o caminho : Amai ao prximo COMO a ti mesmo .
No falou ANTES nem MAIS. Mas foi lido assim...
E a s resta a mxima : Ningum d o que no tem!
Voc ama incondicionalmente a voc mesmo?
Se ama, ok, est coerente. Voc uma pessoa especial e que pode fazer real diferena
no mundo.
Se no, voc apenas fica alternando algumas personas internas que adoram este
servio doador (para poder receber em troca) : a prostituta, o vampiro, o escravo e o
ladro?
Qual dessas personas seu amor incondicional lana mo para seus intentos recompensadores?
Qual destes personagens mticos alimentam sua sndrome do salvador ou sua
obcesso em agradar sempre?
Alm disso, voc tambm se reconhece como portador da sndrome do cachorro vadio
(que toma porrada, toma porrada e sempre volta)?
Para piorar mais, a religio ainda misturou se priorizar com egosmo, auto valor com
vaidade, pobreza com virtude, e por a vai.
&'!
!
Galera, pr falar em nome do amor incondicional, vocs tem pelo menos que ter a
estatura de um Chico Xavier, de um Dalai Lama ou de uma Madre Tereza.
Fora isso, amigos, puro ego fake (geralmente muito estruturado) querendo compensar
um ego profundamente machucado.
Ento vamos ser mais humanos e humildes e aceitar com compaixo o nosso amor
condicional, humano e ainda limitado.
Me lembro sempre do grande Bert Hellinger quando diz que : Quem falou que filhos
tem que amar os pais?
O prprio mandamento diz HONRAR PAI E ME, no AMAR.
Ningum ama quem o machuca, quem o oprime, quem o rejeita.
Claro, a no ser que voc seja Madre Tereza ou masoquista.
Se o seu caso a primeira opo, parabns. O mundo est precisando muito de gente
assim.
Se a segunda opo, recomendo terapia. Urgente !
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!
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!
importantes!) eu envolvo meus esgotos, minha criana ferida e meu passado fustigador
em um sentimento de compaixo e acolhimento.
Compaixo tambm outra palavra que precisa ter um significado preciso aqui:
compaixo no pena.
Compaixo, neste caso, a conscincia amorosa e no julgadora em relao nossa
parte sombria.
Lembro de C.G.Jung que dizia que o processo da individuao exige fundamentalmente
a ressignificao do olhar para a nossa sombra e a sua integrao plena na
personalidade.
&*!
!
Vou dar um exemplo simples para facilitar a compreenso desta linha de pensamento
:
A tatuagem. Vamos imaginar aqui que a pessoa do nosso exemplo uma pessoa bem
conservadora e que detesta tatuagem.
- Fato : A tatuagem hoje uma prtica amplamente disseminada por todas as
nacionalidades, idades, sexos, raas, religies e classes sociais.
- Gosto : Eu no gosto de tatuagem.
- Julgamento : Tatuagem coisa de bandido e de prostituta.
- Condenao : Tatuagem deveria ser proibido (ou Toda a pessoa tatuada deveria
ser presa ou obrigada a tira-la).
Penso que se dssemos uma utilizao mais saudvel ao nosso aparelho psquico,
deveramos em primeiro lugar, sermos capazes de observar de forma neutra e sem
julgamento para poder compreender o que se observa, isto , o fato.
Por outro lado o gosto vai sendo construdo ao longo da vida em funo de vrios
fatores (krmicos, genticos, culturais, educao familiar e escolar, influncias das
amizades e da mdia, etc.). No penso que o caso negar ou desqualificar o gosto.
Gostar ou no gostar (raga e dwesha na psicologia hindu) inerente ao ser humano.
Talvez s precisemos entender que o nosso gosto no pode se cristalizar, empedrar, nem
pode nos dominar, nos escravizar. Tem que ser equilibrado porm mutante, em
constante atualizao e expanso, e tem estar disponvel para ir se reeducando,
ampliando e aprofundando.
E a nossa apreciao dos eventos deveria parar por a. Na conscientizao do fato e
na aferio do gosto.
Mas a nossa mente quase sempre continua o processo e nos leva inevitavelmente ao
julgamento e a condenao. E isso j nos afunda em uma perspectiva totalmente egica
sobre o fato em questo. A partir da entra em cena, por exemplo, o estar certo ou
errado.
O gosto tambm uma perspectiva egica, mas se estivermos conscientes disso e
estivermos sempre disponveis para mudar e melhorar, no acarreta em nenhum
problema o gostar e no gostar. Voc no precisa achar que o outro est errado, nem o
julgar e condenar se ele gosta de coisas diferentes de voc.
A cura para o julgamento e a condenao pode ser a auto referncia, ou seja,
perceber que aquilo que eu no gosto, julgo e condeno no outro, de alguma forma, em
algum nvel, eu no gosto, julgo e condeno em mim, e eu sei que atra o outro para me
fazer este espelho atravs da ressonncia, para que eu pudesse entrar em contato com
questes que provavelmente eu no estou vendo e/ou no estou trabalhando.
'"!
!
SOBRE A ACEITAO
Sempre que entramos em contato com alguma dificuldade ou fraqueza nossa, atravs
de algum ou de alguma circunstncia - que ns atramos - normalmente o primeiro
impulso do complexo mente racional/ego : ou nos defendemos, negando e resistindo a
entrar em contato (muitas vezes entrando na irritao e na revolta, geralmente
imputando a culpa a algum ou a alguma coisa) ou entramos na condio de vtimas
culpadas, mergulhando na baixa auto-estima e no baixo-valor.
Aceite sua Sombra. Aceite a Sombra do outro. No compare, apenas veja aonde a
Sombra do outro faz ressonncia com a sua prpria Sombra, perceba a funo do
evento que foi co-atrado pelos dois, e tenha compaixo sem julgar.
No veja mais sua Sombra como uma maldio, um castigo de Deus ou culpa
dos seus pais ou sua, veja sua Sombra como os obstculos e exerccios necessrios
para seu crescimento, e que todos foram pr-contratados voluntriamente por voc
(mesmo que voc no se lembre disso ...).
Sua Sombra a caixa preta onde mora sua natureza mais animal e mais
primitiva, onde moram seus defeitos, falhas e imperfeies humanas e tambm onde
moram seus potenciais e talentos que ainda no esto sendo acessados e utilizados.
Aceite tambm os movimentos do Universo (a chamada vontade de Deus).
Nem sempre as coisas so como desejamos ou pensamos que necessitamos, mas
tudo sempre tem sua lgica maior, sua inteligncia e funcionamento perfeitos. Tudo
sempre acontece para cumprir uma funo positiva no crescimento e na expanso da
vida.
E claro que aceitar no sentar e esperar que o Universo faa tudo. Ao
contrrio de ser conformismo, passividade ou complacncia, a aceitao uma
atitude ativa e ampla, de compreenso e entendimento da dinmica da existncia.
Veja o Universo como um scio majoritrio em sua Empresa da Vida, e que
alm de majoritrio mais qualificado do que voc. Ento no tente fazer ou querer
controlar o trabalho do seu scio.
A depresso quando voc desiste de fazer a sua parte e espera que seu scio a
faa por voc. A ansiedade quando voc quer fazer a parte do seu scio. A raiva
quando o scio no fez o que voc queria.
Mesmo o que s vezes parece tragdia ou desgraa, se visto numa perspectiva
mais panormica e neutra (a perspectiva da funo) percebe-se que tudo sempre est
'#!
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'$!
!
Adote na sua vida as perguntas : Porque eu atra isto ? e O que que eu tenho
que aprender com isso que eu atra ?.
Todas (todas mesmo) as coisas que nos acontecem so atradas por ns para nos
exercitar e nos ensinar.
O nosso Eu Superior e a Vida esto sempre fazendo suas arrumaes para que
possamos aprender e evoluir.
Por isso algum j disse : Cuidado com o que voc deseja pois pode acontecer
!.
Ns costumamos achar que quando pedimos a Deus alguma virtude ou
qualidade positiva, Ele vai milagrosamente introduzir esta virtude em nossa mente e
de repente ficamos pacientes, ou disciplinados, ou tolerantes...
Provavelmente o que a Vida- que antes de mais nada uma fora autoreguladora - far, te proporcionar pessoas e situaes que vo te fazer desenvolver
e exercitar aquela virtude.
Se voc pediu pacincia, provavelmente vai atrair pessoas que vo te fazer
perd-la, e a que estar o seu exerccio e seu aprendizado.
Ento, sempre que as pessoas ou as circunstncias te trouxerem desconfortos ou
incmodos, ao invs de se revoltar, se ofender ou se entristecer, ou ainda pior, achar que
a culpa s do outro (ou sua), pergunte Vida o que esta situao atrada por voc est
te obrigando a trabalhar.
Que virtudes e qualidades voc est tendo que desenvolver para lidar com isso de
forma harmnica e equilibrada, de forma a que possa favorecer seu crescimento?
Agora, se ao ler o ttulo deste item voc achou que tinha algo a ver com o filme que
fala sobre a Lei da Atrao, lembre-se de que voc at pode conseguir uma casa de
milhes de dlares.
Mas nunca se esquea de que o Universo quem decide, e que o desapego uma das
maiores e mais inteligentes virtudes. At para no criar mais um frustrado, caso seu
merecimento no lhe disponibilizar o que voc deseja na hora em que voc quer.
Saiba tambm que o Universo no entende e no registra a palavra NO.
Nunca afirme nada no negativo. No diga, por exemplo, no quero ficar doente.
Para o Universo o mesmo que dizer eu quero ficar doente. Diga eu sou saudvel,
eu sou rico (ao invs de eu no quero ser pobre), e por a afora. Assim, a Criao
funcionar como sua parceira.
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asanas e dos pranayamas segue esta mesma idia de se observar como era o velho
padro e repetir um novo formato mais harmnico e equilibrado at que este se reinstale).
sabido que todas as crenas e padres, ou seja, toda a nossa personalidade, nosso
sistema de crenas, sustentado no nvel fsico por complexos sistemas de redes neurais
e hormnios.
Estas redes so quem mantm as crenas e padres vivos , reciclados e atualizados, j
que o prprio crebro no reconhece a diferena entre passado e presente.
O Alinhamento Energtico trabalha justamente transmutando e equilibrando a
qualidade energtica e vibratria dos corpos energticos, mas preciso que o cliente
depois trabalhe com a Senha para que os novos contedos - o Corpo em Luz - se
(re)enraizem no inconsciente, evitando a reconstruo dos velhos padres, j que ao
serem captados os corpos energticos, pode ainda restar no inconsciente um residual de
memria dos velhos contedos, sustentada por sua antiga rede neural.
O uso da Senha ajuda a desconstruir a memria do velho padro, e a reconstruir as
novas redes neurais que vo dar suporte ao upgrade que ocorre com a
(re)incorporao do Corpo em Luz.
Em seguida, uma outra ferramenta importante a imaginao (imagem em ao).
Quando eu concentro inteno e ateno e imagino, eu crio minha realidade e atraio
tudo que preciso e desejo pela ressonncia tudo dentro, claro, de uma Inteligncia e
de uma Justia Maior (Karma).
A imaginao quem plasma e constri no sutil o que a ateno/inteno desejou e
focou.
O crebro alm de no reconhecer a diferena entre passado e presente, tambm no
reconhece a diferena entre interno e externo.
Por exemplo, se eu me recordar de um momento bem ruim (ou de um muito bom)
logo em seguida o corpo j responde com seus hormnios, como se o fato estivesse
acontecendo no externo neste momento.
W. Reich dizia que em menos de meio minuto sentindo/pensando alguma coisa, o
corpo j responde.
Mais recentemente, pesquisas cientficas constataram que se voc se concentra em
alguma parte especfica do corpo, rpidamente aumenta a quantidade de sangue e O2 (e,
bviamente, de energia) no local.
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!
Ento, o fato que ns, com toda a nossa bagagem krmica, educacional e cultural,
construmos as pessoas e as coisas ao nosso redor. E tambm temos o poder de mudar
'*!
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estes constructos.
Veja que ao nosso redor existem pessoas vivendo no Cu e outras no inferno, e no
estamos (literalmente) em nenhum destes dois lugares. O que para um delcia para o
outro pode ser sofrimento e limitao.
Tudo uma questo das crenas que carregamos, frutos de nossos registros psicoemocionais (samskaras, corpos energticos).
Dentro desta perspectiva, considerando que somos todos Um, e considerando tambm a
Ressonncia e a Sincronicidade, podemos dizer que o Universo nos fala atravs da boca
do outro (e de todas as coisas).
E se quisermos ser ainda mais especficos e corretos, podemos dizer que ns mesmos
(nosso Self) nos falamos atravs dos outros e das situaes. Esta a forma que a
Inteligncia Universal usa para nos informar e nos oferecer as dicas e os exerccios
perfeitos para nossa caminhada evolutiva.
Usando uma imagem para ilustrar, poderamos dizer que quando imputamos ao outro
culpas e responsabilidades pelas nossas dores, estamos fazendo um movimento de
dentro pr fora. E quando imputamos a ns prprios estas culpas, estamos fazendo o
movimento de fora pr dentro.
Urge ento restabelecer novamente a conscincia da mo dupla nas relaes. Um
movimento de 8 deitado (lembra do smbolo do infinito ?), que vai e volta
incessantemente. Sem culpas nem vitimas. Apenas como co-criadores e co-responsveis
que se espelham magneticamente, como ms mutuamente funcionais, trabalhando em
prol da expanso da Criao..
3. A VISO HOLOGRFICA/SISTMICA : Mais uma vez venho exortar a que nos
livremos do jugo do paradigma cartesiano e newtoniano que dominou e determinou a
nossa cultura e civilizao ocidentais.
Esta viso linear e mecanicista da Vida, aliada aos conceitos profundamente arraigados
que foram imputados pela religio vigente, foram quem mais fomentaram a destruio
gradual do planeta e a decadncia da atual civilizao.
Hologrfico quer dizer que cada parte contm o Todo. De cada perspectiva que
observarmos o Holos, vemos o Todo. Assim os orientais, os xams e a Fsica Quntica
esto concordando e nos indicando esta forma de ver a Vida multidimensionalmente.
J se sabe at que o prprio crebro humano no funciona analgica e sequencialmente,
e sim, hologrficamente.
(+!
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("!
!
I.
H alguns anos atrs em meio a uma conversa papo cabea onde estava
presente uma pessoa, que no me lembro mais quem era e nem se era
catlica ou evanglica, mencionei en passant os Orixs.
A pessoa em questo na mesma hora fez uma cara meio entre o horror e o
nojo (expresso esta que depois voltei a ver vrias vezes em outros papos na
presena de outras pessoas crists), e proferiu alguma verdade
preconceituosa tipo Orixs so demnios ou algo do gnero.
A perguntei para esta pessoa se ela acreditava nos Anjos, e ela prontamente
me respondeu que sim.
Em seguida perguntei o que ela achava que os Anjos eram, ao que ela me
respondeu que os Anjos eram seres que Deus havia criado para cuidar da
Criao e do ser humano.
No querendo polemizar, pensei c comigo que se esta pergunta fosse feita,
por exemplo, a um babalaorix africano (Quem so os Orixs?) ou a um
brahmane hindu (Quem so os Devas?) muito provavelmente a resposta seria
exatamente a mesma.
E fica aqui a reflexo : como maravilhosa a natureza absolutamente
democrtica de Deus que respeitou a enorme diversidade da humanidade, e
se apresentou a cada povo ao longo da Histria respeitando profundamente
as suas caractersticas geogrficas, histricas, raciais e culturais.
Seria realmente um absurdo divino, por exemplo, os negros africanos ou os
vermelhos nativos das Amricas acessarem os Seres Divinos como anjos de
pele branca, louros, de cabelos lisos e longas vestes...
Ao mesmo tempo parece no ocorrer aos cristos que os povos negros,
indgenas e orientais possam ter tambm uma viso demonaca e talvez
com muito mais razo a respeito de uma religio que manteve uma
inquisio por mais de um milnio matando muito mais gente que as duas
guerras mundiais por motivos torpes, fomentando pilhagens e chacinas
chamadas de Cruzadas, sendo conivente (ou no mnimo omissa) com os
genocdios e a escravido que ocorreram nas 3 Amricas, e mais
recentemente acobertando a pedofilia e outros escndalos no Vaticano. E
isso s para citar uns poucos fatos, pois tem muito mais.
(#!
II.
III.
Foi h muitos anos atrs, quando aluguei meu sitio para uma famlia
adventista que ficou tentando acirradamente me converter para o
($!
!
Alm do texto ser claramente um mito da criao - como tantos outros que a
humanidade produziu ao longo da sua histria - sabemos que a chave deste
conhecimento que foi revelado para Moiss est no estudo profundo do que os judeus
chamam de Kabalah.
Ou seja, s os judeus que estudam a Kabalah que podem saber o que realmente o
Genesis (bem como todo o Pentateuco) quer dizer !
E me parece que procurar se informar sobre isso mais inteligente do que ficar tentando
provar que a criao do mundo s tem 6000 anos e que o teste de carbono 14 mais
uma das fantsticas formas de Satans nos enganar.
(&!
!
('!
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SUBSTITUINDO O OU PELO E
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()!
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SOBRE OS PAIS
(*!
!
difceis que vieram deles tem muito mais a ver com eles e os pais deles do que com
a gente.
Mas como crianas no sabem disso, receberam tudo como se fosse pessoal quando
na verdade foram apenas projees.
A partir destas perspectivas, s precisa permanecer a gratido no seu corao em
relao aos seus pais. Gratido pelos exerccios que seu Eu Superior atraiu para voc
atravs deles.
Olhe para trs e veja quanta superao, quanto aprendizado e quanta experincia
adquiridos com todo esse espelho de Luz e Sombra que nossos pais nos
proporcionaram.
Quando no procedemos assim ficamos mantendo nossos pais na nossa frente
simblica e energeticamente falando - e a vamos transferindo-os para as pessoas
das nossas relaes. Ou seja, nosso marido vira nosso pai, nossa esposa vira
nossa me e por a afora, na tentativa (intil) do nosso psiquismo de se auto-regular.
Vamos re-colocar nossos pais no lugar energtico deles que atrs de ns com
toda a linhagem masculina e feminina de nossa famlia atrs deles.
Devolva interiormente (e amorosamente) para eles tudo o que eles te falaram
(suas crenas, expectativas, cobranas e julgamentos) e te fizeram, pois isso
pertence a eles.
E todos eles estaro l, na sua retaguarda, dando o suporte ancestral e energtico
necessrio ao desenvolvimento saudvel das geraes seguintes.
Aproveite tambm para re-significar sua concepo de dvida em relao aos
seus pais.
Nossas dvidas so sempre para com o Universo. Alis, nem so exatamente
dvidas (por isso coloquei entre aspas).
Como tudo no Universo na mo dupla - na causa e no efeito - ns temos apenas
que devolver ao Universo o que recebemos para assim manter a dinmica do fluxo
da espiral evolutiva.
Quando ns amamos, cuidamos e fazemos as coisas necessrias pelos nossos
filhos, estamos retornando ao Universo as coisas que recebemos de nossos pais.
Nossos filhos no nos devem nada.
Eles, por sua vez, vo retribuir ao Universo o que receberam de ns, amando e
cuidando de seus filhos.
Nossos filhos no so necessariamente ingratos se no procederem em funo das
nossas benesses da forma que gostaramos e esperamos. Eles no so nossos
)+!
!
devedores. O que fizemos por eles, fizemos para saldar com o Universo o que
recebemos de nossos pais.
Se no temos esta conscincia e no procedemos assim, acabamos muitas vezes
repetindo padres paternos. Ou para tentar curar os pais e/ou para tentar
compreende-los.
Tanto assim, que vejam como alto, por exemplo, o ndice de suicidas filhos
de suicidas e alcolatras filhos de alcolatras.
As Constelaes Familiares de Bert Hellinger trabalham muito dentro desta
idia.
Os ndios tambm do muita importncia para perceber os padres negativos da
ancestralidade que porventura ainda estejam no presente, para cur-los, de forma
que no passem para as geraes seguintes.
Por outro lado, temos ainda outro compromisso para com o Universo, que
cuidar de nossos pais na velhice, como eles cuidaram de ns na infncia, mas sem
infantiliza-los, claro, como o que a maioria acaba fazendo.
Ainda aqui, ningum deve nada a ningum. O Banco sempre o Universo - a
Inteligncia Absoluta e o Amor Incondicional.
)"!
!
Dentre as muitas coisas das culturas orientais e das culturas xamnicas que me
marcaram profundamente est a forma como hindus e os ndios lidam com a educao
das crianas e com a velhice.
Hoje sou muito grato ao Universo por ter tecido o meu encontro com estas duas
tradies. Isso mudou radicalmente o meu padro de relao com meus filhos e com
meus pais, e norteou para mim a possibilidade de uma via de envelhecer muito mais
plena e saudvel.
No interessante que em muitas culturas orientais, o melhor cmodo da casa seja
destinado para as pessoas mais velhas ?
Nas culturas indgenas os ancies so quem lidera, decide, orienta e ensina. Todo
respeito (e ouvidos) lhes devido.
Na cultura nativa norte-americana a maturidade est relacionada com o ponto cardeal
Norte, o lugar dos ancestrais e dos Mestres. Em muitas etnias indgenas, s pode ser
portador do Cachimbo Sagrado quem j av.
O Norte o ponto da Roda de Cura onde j se tem o que ensinar, onde j se tem
experincia e know-how para passar.
E isto era extremamente importante tanto para a preservao da cultura e do
Conhecimento, quanto tambm para a preservao fsica da prpria tribo.
Penso que uma pessoa idosa deveria ter trs coisas para compartilhar com a geraes
mais jovens : a experincia da vida, os conhecimentos e a Sabedoria.
Experincia da vida- ou vivncia - aquele tipo de conhecimento fruto do tempo
cronolgico vivido. Basta ser velho para ter experincia da vida. Este tipo de
conhecimento nivela, por exemplo, o catedrtico de fsica e o peo da roa.
Conhecimentos, acmulo de informaes, cultura, tcnicas, talentos, todos os idosos
tambm tem, cada um na sua rea de atuao e interesses.
O terceiro tipo - que chamei de Sabedoria - um tipo de conhecimento oriundo de
uma vida inteira dedicada conjuntamente com a vida rotineira - ao exerccio da tarefa
mais importante do ser humano : sua jornada de auto-conhecimento rumo Unidade.
Este exerccio que to comum aos universos oriental e xamnico, no teve eco em
nossa cultura (fora da esfera da religio institucionalizada), e parece que tudo o que
nossos velhos podem nos dar so testemunhos da sua vivncia e informaes sobre seus
conhecimentos, o que obviamente maravilhoso.
)#!
!
A Sabedoria foi relegada pela nossa cultura ocidental que s privilegiou a mente
racional, e no fez da Iluminao a meta principal da existncia.
Hoje, em nosso mundo hi-tech globalizado, descartvel e competitivo, a vivncia e os
conhecimentos prticos dos velhos j no so preponderantes para a preservao fsica
da nossa espcie.
E como lhes falta tambm esta Sabedoria ancestral caracterstica de culturas que se
dedicaram durante milnios s questes mais primordiais da existncia - quem somos,
de onde viemos, e para onde vamos- vemos nossa cultura tratar o idoso muito mal.
Repare como os ndios, os hindus, os japoneses e os chineses cultuam e reverenciam
os antepassados. A gratido, o respeito e o reconhecimento.
Sobre crianas, gostaria de compartilhar uma interessantssima conversa que tive com
uma me indiana, numa situao onde tinham crianas brincando perto e a conversa
acabou caindo em educao.
Percebi que esta indiana, que era muito tmida, no estava expressando exatamente a
sua opinio. Acabei insistindo e ela bastante envergonhada disse : Vocs criam as
crianas enfatizando os seus defeitos.
Uma lmpada acendeu, a ficha caiu e eu perguntei como ela fazia, e ela deu um
exemplo prtico mostrando as crianas que brincavam :
Por exemplo, se uma criana exibe um sintoma de ter dificuldade em compartilhar,
arranca os brinquedos dos outros, bate neles, no empresta o brinquedo dele, o que
vocs fazem normalmente ? Gritam (com raiva) dizendo que a criana egosta, po
dura, enfatizando e registrando mais ainda a caracterstica em questo. Isso quando no
as colocam de castigo ou batem nelas...
Bem, a eu perguntei como ela faria, e ela me respondeu que procuraria habilmente
criar uma brincadeira ou uma situao qualquer onde ela tivesse que compartilhar e
percebesse que era bom e prazeiroso compartilhar, dividir.
A o que eram tendncias de defeitos ainda em formao, poderiam ser transmutadas
nas qualidades opostas.
Um desdobramento interessante desta situao se deu quando uma amiga, para quem
eu havia contado este episdio com a indiana, foi passar um perodo em uma tribo no
interior do Brasil, e presenciou uma cena absolutamente similar ao exemplo que a
indiana havia dado, ou seja, as ndias se comportaram como as indianas.
Em termos de Alinhamento Energtico poderamos dizer que afirmar as virtudes e o
lado positivo dos desequilbrios das crianas no momento em que elas os exibem,
como trazer um Corpo em Luz e uma Senha.
)$!
!
Imagine que nossa vida so trs crculos concntricos : bem no centro est o Ser (ou
como diria Jung, o Self), no segundo crculo o Fazer e no mais externo, o Ter.
O ideal que vivessemos centrados conscientemente neste Self e tivssemos nossos
tentculos transitando no Fazer e no Ter, como ferramentas que utilizamos para
operacionalizar a vida material e psico-emocional de forma a passarmos por ela
saudavelmente.
O processo de Maya - a identificao do complexo ego/mente racional/5 sentidos
com a impermanencia da vida - acaba deslocando ilusoriamente o centro da nossa
existncia para a periferia, criando eus artificiais (complexos de corpos energticos)
que passam a funcionar como norteadores da nossa vida.
Isto produz internamente uma enorme sensao de vazio e de incompletude, que faz
com que estabeleamos nossa referncia no Fazer, ou pior, no Ter, que , por exemplo,
o que o sistema capitalista e seus merchandisings e marketings procura nos fazer o
tempo todo, tornando-nos compulsivos consumidores de produtos, sensaes e pessoas,
num frenesi interminvel e insacivel (e intil) de busca de uma completude que j est
dentro de ns o tempo todo.
O objetivo maior da Vida, assim como o objetivo de todos os trabalhos teraputicos e
espirituais nos reconduzir conscincia absoluta do Ser, sem negar a importncia
relativa do Fazer e do Ter.
)%!
!
GANHA/PERDE OU GANHA/GANHA ?
A ECONOMIA DA ALMA.
)'!
!
Acho que desde sempre - desde quando o ser humano se dedicou a pesquisar
profundamente a si mesmo - acabou criando sistemas de tipologias para melhor poder
entender e auxiliar a este mesmo ser humano em sua jornada evolutiva aqui no planeta.
Poderamos citar por exemplo, o Yin/Yang da cultura chinesa, os Doshas e as Gunas
do Ayurveda, os 4 humores de Hipcrates, os 9 tipos do Eneagrama, Jung tambm
tipificou, entre muitos outros.
Como pensador e pesquisador (e consequentemente como observador e estudioso)
tambm acabei criando os meus tipos.
Bem simples, bem generalistas (embora referenciados no meu universo pessoal e
profissional), apenas como um exerccio despretencioso s para poder ajudar a me
entender um pouco mais e ao meu semelhante.
Ento criei, nos meus devaneios filosficos, duas tipologias que eu chamei de :
1. Pessoas Custo / Pessoas Ganho
2. Faladores e Escutadores
1. Dentre as frases e pensamentos que ouvi do meu pai e que foram muito
importantes na minha formao, lembro-me de uma frase que um verdadeiro alicerce
na minha vida: Em vez de voc considerar que o custo um preo caro demais para o
ganho, pense que o ganho uma enorme compensao para o custo. Isso vale pr tudo
e foi fundamental na construo do meu carter e da minha personalidade ganho.
Bem mais tarde, atravs de um livro de PNL do dr.Lair Ribeiro, aprendi os conceitos
de ganha-perde e ganha-ganha. A economia krmica saudvel fundamentada, em ultima
anlise, na compreenso sistmica da sincronicidade, da ressonncia, e
consequentemente da lei da atrao.
Foi importantssimo ter conhecido estes conceitos, que ampliaram mais ainda minha
compreenso sobre este tema.
E mais pr frente ainda, em um filme -O Segredo que nem gosto muito embora
concorde totalmente com o esprito da coisa, me marcou muito aquele sujeito que
aparece vrias vezes recebendo contas pelo correio. No inicio de uma forma estressada e
ansiosa, e depois de uma forma relaxada e confiante.
Em vrias situaes financeiras que me poderiam ter sido tensas e ansiosas, me
lembrei do cara do filme e me reequilibrei.
)(!
!
))!
!
)*!
!
Ser simultaneamente firme e flexvel, profundo e ser leve, ativo e relaxado, esse
o desafio.
E j que falamos em Yoga (e j que falamos tambm que no respirar uma
forma inconsciente de se proteger da dor) duas coisas interessantes sobre respirao
:
- No Yoga amplamente conhecida a relao entre a freqncia (velocidade)
respiratria e a freqncia mental. Ao excitar um, excita-se o outro,
obrigatoriamente.
Repare como a respirao dos estressados rpida, curta e alta (no peito),
forando uma hiperventilao constante que estimula o sistema nervoso simptico.
Por outro lado, repare como na Meditao rapidamente a respirao se acalma, s
vezes dando a impresso de que vai parar. Assim aumenta o nvel de CO2 no
sistema estimulando o sistema parassimptico, e consequentemente a serenidade
fsica e mental.
- W. Reich dizia que a amplitude da respirao est completamente relacionada com
a amplitude do contato com as nossas emoes, ou seja, com a forma ampla ou
contrada com que nos relacionamos com elas. Ampliou uma, amplia a outra.
Limitou uma, limita a outra.
Ento, procurar equilibrar os sistemas simptico e parassimptico, equilibrar
adrenalinas e endorfinas, ao e relaxamento, firmeza e flexibilidade, leveza e
profundidade, o caminho para a sade fsica, emocional e mental.
E Yoga e Tai Chi Chuan, por exemplo, so excelentes para isso.
*"!
!
*#!
!
Aceitar o que vem do Universo com conscincia e maturidade, pois como dizia
Buddha, a existncia sempre anitya, impermanente, tudo passa, tudo passa...
*$!
!
SOBRE A F E A EXPERINCIA
Um dia (nos anos 80) em uma palestra de um swami indiano, o papo dele acabou caindo
na questo da f, e l pelas tantas ele falou : Eu s tenho f no que eu compreendo !.
Nesse momento a platia parou, congelou! Estava ali aquele monte gente espiritualista,
devota, querendo ouvir coisas transcedentais e devocionais e o venervel swami trazia a
temtica da f para a rbita do entendimento racional ???!!!
Todos ns temos incutido culturalmente no inconsciente coletivo, de uma forma ou de
outra, a idia da f cega, da f que eu acredito porque algum ou algum livro falou que
verdade mesmo que eu no entenda. E a gente acaba esperando que todas as pessoas
religiosas tenham este mesmo pensamento.
A um monte de gente na sala ao mesmo tempo comeou a querer fazer perguntas, rolou
um zumzumzum geral, o swami sorriu, esperou a poeira baixar e disse : Quando vocs
pensam sobre compreender algo pensam s com isso (e apontou para a testa). Na minha
cultura eu aprendi que eu entendo aqui (apontou para a testa), aqui (apontou para o
corao) e aqui (apontou para o topo da cabea).
E depois explicou sobre o valor da parceria entre o entendimento racional (pensar), o
entendimento emocional (sentir) e o entendimento intuitivo (a conexo com o sutil, com
as dimenses, com o Deus interno).
E falou daquela genial frase de Buddha que mais ou menos assim : No acredite em
nada do que eu te falar. Vai, pratica, experimenta e comprova.
Depois contou sobre como ele, como indiano e como hindusta, achava curioso como os
ocidentais acreditavam honestamente que conheciam alguma coisa s por terem lido ou
escutado sobre ela.
Na viso oriental s se considera que se conhece alguma coisa verdadeiramente, quando
se a experimenta. Uma coisa a experincia e outra coisa a informao. A primeira
resulta no conhecimento e a segunda em apenas mais informao.
E deu o exemplo clssico do acar : podemos ler tudo o que existe escrito sobre o
acar, ver o acar, cheir-lo, sentir a sua textura em nossas mos, ouvir depoimentos
de quem o experimentou, mas enquanto no provarmos o acar com nossa boca e
nossa lngua no o conheceremos verdadeiramente .
Na viso oriental, teremos apenas muitas informaes sobre ele, mas no o real
Conhecimento.
*%!
!
SOBRE A CARIDADE
(ou a Cincia do Dar e Receber)
No por causa do marido, minha amada, que o marido querido, e sim por causa
do Eu.
No por causa da esposa, minha amada, que a esposa querida, e sim por causa do
Eu.
No por causa dos filhos, minha amada, que os filhos so queridos, e sim por causa
do Eu.
No por causa da riqueza, minha amada, que a riqueza querida, e sim por causa
do Eu.
No por causa dos mundos elevados, minha amada, que os mundos elevados so
desejados, e sim por causa do Eu.
No por causa dos deuses, minha amada, que os deuses so adorados, mas por
causa do Eu.
No por causa das criaturas, minha amada, que as criaturas so queridas, e sim
por causa do Eu.
No por causa de si prpria, minha amada, que qualquer coisa estimada, e sim
por causa do Eu.
Quando Jesus falou amai ao prximo como a ti mesmo, Ele no disse que
deveramos amar ao prximo mais que a ns mesmos nem antes de ns mesmos.
Afinal como poderamos amar algum se no amamos aquele com quem teremos
que conviver por todas as nossas vidas ns mesmos ?
Se no nos amamos, tudo o que podemos sentir pelos outros e buscar neles so
interesses, transferncias, projees, segurana, soluo de carncias, atrao sexual,
dependncia, alimento de neuroses ... nada errado, apenas incompleto e
desequilibrado.
*&!
!
Nos amarmos no inflar nosso ego e nos sentirmos melhores ou maiores do que
algum ou alguma coisa.
Nos amarmos nos reconhecermos e nos respeitarmos em relao nossa
essncia Una, ao nosso potencial humano, talentos e realizaes, e s nossas
qualidades e virtudes.
No, isto no vaidade. Vaidade se achar melhor que os outros.
As religies que advogam a condio fundamentalmente culpada e pecadora do
homem, criaram uma crena moral-religiosa de que pensarmos prioritariamente em
ns e fazermos alguma coisa por ns mesmos um abominvel egosmo. A virtude
mxima anular-se por algum ou por alguma causa.
Mas se nos anulamos e nos consideramos o coc do cavalo do bandido, como
vamos amar o prximo como a ns mesmos ??? Que qualidade de amor vamos
poder compartilhar ???
Uma boa Senha neste caso seria : EU PRIMEIRO.
No, isto no egosmo! Egosmo seria se sua Senha fosse S EU.
Ento ficam aqui as seguintes perguntas para uma (re)reflexo, um
(re)questionamento de conceitos que esto to cristalizados em nosso inconsciente
coletivo cultural e religioso, que so considerados as verdades absolutas, os
valores corretos, sem maiores questionamentos, verdadeiros tabs :
- Porque dar mais nobre do que receber ?
- Porque fazer por si menos nobre do que fazer pelo outro ?
- Porque dar o que falta mais nobre do que dar o que sobra?
- Porque fazer o bem sem olhar a quem mais nobre do que optar e escolher a
quem voc vai disponibilizar sua ajuda ?
- Porque fazer sem esperar recompensa mais nobre que fazer esperando um
retorno (j que tudo d retorno mesmo que voc no queira, ento o que se tem que
desenvolver o desapego)?
Todo o Universo auto-regulado e funciona na mo dupla, na ida e no retorno, na
causa e no efeito, no Yin e no Yang. Quando uma das vias se bloqueia, desequilibrase todo o processo.
Por exemplo, achar que dar mais nobre que receber e que fazer pelo outro mais
importante do que fazer por si (e ser o bonzinho, aquela pessoa que faz tudo por
todo mundo e depois sofre porque acha que ningum retribui, que todos so
ingratos) e achar que dar o que falta mais elevado do que dar o que sobra, so
exatamente as portas para a descompensao, que acaba por ir abrigar em alguma
*'!
!
Talvez o mais inteligente seja entender que a maior tarefa que o ser humano tem a
realizar aqui na Terra recuperar a conscincia de sua condio essencialmente
Una, feliz e perfeita, e que os exerccios necessrios (que ele mesmo vai atraindo)
para ir avanando nesta jornada, ningum vai poder faze-los por ele.
Obviamente que como somos uma teia, vamos invarivel e inevitavelmente
interagindo com muita gente ao longo da vida, vamos ajudando e sendo ajudados
por muita gente, isto faz parte do nosso crescimento e maravilhoso.
No tem problema nenhum se fazer caridade, mas faa consciente de que voc
mesmo quem voc v refletido no prximo.
voc na sua dimenso mais humana e Voc na sua dimenso mais Divina (o Eu
de que fala l em cima a Upanishad).
Mas primeiro voc cuida de voc. At porque, ningum pode dar o que no tem...
*)!
!
**!
!
A grande parte dos conceitos da Fsica Quntica (assim como da moderna Psicologia) j
eram conhecidos dentro, bviamente de outros parmetros pelas culturas antigas.
Alguns dos pais da Fisica Quntica, como W.Heisenberg e Niels Bohr, eram muito
interessados e estudiosos dos conhecimentos orientais, especialmente da India.
E pessoas como Maharishi Mahesh Yogi, Fritjof Capra, Ken Wilber, Amit Goswami e
Deepak Chopra tambm sabem disso e ajudam a consolidar esta ponte.
Talvez em breve no seja mais necessria a separao entre espiritual e material,
religioso e mundano, natural e sobrenatural.
Provavelmente estas polarizaes aconteceram em funo da simples ignorncia das leis
universais.
Talvez possamos agora entender que tudo natural no Universo. No h sobrenatural.
Tudo o que at hoje tem sido abordado segundo uma tica religiosa e mstica, pode
tambm ser visto sob uma outra tica, que poderamos chamar aqui de vrios nomes :
holstica, quntica, sistmica...
Me parece que o conceito de sagrado no precisa mais estar necessriamente atrelado ao
ambiente religioso.
Sempre que me deparo com algum agnstico nas consultas ou nos cursos, me lembro
de um amigo que dizia: Imagina voc explicar para um cara da idade mdia sobre
algum conversando (e com imagem) em tempo real com outra pessoa do outro lado do
mundo em um IPad! Dava fogueira na certa !
Uma caixinha de plstico (alis s tentar explicar plstico j daria fogueira) que fala e
v do outro lado do planeta s pode ser magia negra!
Porque a internet e a telefonia celular, por exemplo, seriam menos fantsticas e mais
reais do que a mediunidade, a telepatia, a reencarnao, etc,etc???
s porque sobre a caixinha que fala e v, a nossa cincia atia descobriu as leis que
regem os seus processos e aprendeu a capitalizar-las e a instrumentaliza-las.
No que se refere ao que ainda se considera do domnio do religioso, do oculto, do
mstico e do esotrico, no h ainda por parte da cincia ocidental um respeito e um
reconhecimento da autoridade das culturas antigas como as da India, da China, do
Egito, das frica, dos ndios - que descobriram, sistematizaram e operacionalizaram
outras tantas leis universais, mas sob outros paradigmas e utilizando outros parametros
de investigao e instrumentalizao.
"++!
!
Talvez um dia a palavra religio (que vem de religare = religar) no esteja mais atrelada
idia de religio institucional.
E vou confessar : em relao a este Deus - pessoal, barbado, que mora nas nuvens, que
joga raios, que pune e recompensa, e que tem seu povo eleito - tipo o Alah dos
mulumanos e o Jeovah dos judeus e cristos, eu tambm sou ateu !
"+"!
!
SOBRE A MEDITAO
Ao longo dos mais de 15 anos em que fui instrutor de Yoga no Rio de Janeiro,
frequentemente como resposta pergunta que eu sempre fazia - se ele, o aluno,
meditava - ou de forma espontnea, muitos alunos reclamavam decepcionados e
frustrados que tentaram mas no haviam conseguido meditar.
Ao que eu perguntava o que eles haviam feito na tentativa.
Normalmente respondiam que haviam ficado sentados de olhos fechados tentando no
pensar...
E eu perguntava em seguida sobre o efeito disso e a resposta era muitas vezes...dor de
cabea!
Realmente, ficar tentando forar parar de pensar um tipo de exerccio que certamente
dar dor de cabea!
E na nossa cultura ocidental, onde se misturou conscincia com pensamento (lembra do
penso logo existo?), ainda existe uma crena de que o crebro quem produz os
pensamentos
Mas o oriente diz que a mente pensa por si mesma. Os pensamentos so pensados por si
mesmos.
Ningum os produz deliberadamente e conscientemente, na maior parte das vezes.
Os pensamentos (ou vrittis, no Yoga) vem das profundezas do inconsciente pessoal e do
coletivo, das memrias desta e das vidas passadas, das memrias desta e das geraes
passadas.
Os pensamentos - a sua qualidade e a sua quantidade - vem dos samskaras (impresses,
memrias e registros psico-emocionais) e dos vasanas (tendncias, hbitos,
personalidade) como se diz no Yoga.
Ou dos corpos energticos, como se diz no Alinhamento Energtico.
Ento, da mesma forma que impossvel fazer-se um rio parar de correr, impossvel
fazer a mente parar de pensar pelo menos neste primeiro momento do nosso nvel
evolutivo.
Mas da mesma forma que possvel sair do rio caudaloso e sentar-se na margem para
observar seu fluxo, possvel sair do fluxo da mente que pensa, e ficar da sua margem
"+#!
!
observando.
A meditao pretende resgatar uma faculdade que a nossa cultura ignorou e que os
orientais conhecem muito bem que a mente testemunha, isto , a parte do
psiquismo que capaz de se distanciar e de observar sem racionalizar, sem julgar, sem
avaliar e sem valorar.
Apenas est ali, absolutamente no presente, observando de forma passiva, neutra e
isenta o que se apresenta.
A idia da psicologia oriental, que a verdadeira compreenso s acontece quando
observamos os eventos internos e externos - de forma neutra, sem especulaes
racionais nem julgamentos. Apenas observamos. E s assim compreendemos.
Os ndios chamam a isso de viso da guia.
Enquanto estivermos observando a vida atravs da lente das nossas doutrinas, crenas e
bandeiras, o mximo que poderemos fazer valorar e julgar segundo estas crenas e
bandeiras;
Ento, regra numero 1 : meditar no ficar tentando forar a mente a parar de pensar.
Meditar tem que acontecer de forma relaxada. Meditar o prprio relaxamento da
mente.
a observao passiva de tudo dos pensamentos, da respirao, das sensaes, dos
rudos em volta sem avaliar, nem racionalizar, nem julgar.
E cada vez que voc se perceber embarcando e viajando em algum pensamento que
passou por voc, perceba a distrao, e volte ao objeto da meditao.
Este objeto pode ser um mantra, pode ser a observao da respirao (Annapanna), pode
ser Vipassana, pode ser zazen...
Distraiu, percebeu, voltou ao foco, distraiu, percebeu, voltou ao foco...
Relaxadamente, sem ficar zangado nem desanimado com a sua mente. Observe isso
tambm. Apenas observe.
Regra 2: Meditar sempre em posio sentada.
Deitado outra coisa, posio para relaxamento, yoga nidra, jornada xamnica.
Mas meditao, no sentido oriental da palavra, sempre e somente sentado.
"+$!
!
O ideal seria poder se meditar sempre nas mesmas horas. De manh e de tarde.
Acho 30 minutos para cada prtica de meditao, um tempo muito bom para comear.
Pode encostar na parede, pode meditar sentado em uma cadeira. No precisa sofrer para
ficar sentado no cho em postura de ltus.
No isso que vai ser o mais importante no processo.
Bem, e a muita gente pergunta: Meditar pr que? Pr que ficar ali repetindo
mentalmente aquele som ou prestando ateno na respirao?
Vou voltar ao exemplo do rio: imagine a vida como um rio caudaloso, um caudaloso rio
de emoes (pois o mundo do sentir quem essencialmente governa e norteia nossa
vida, no necessriamente o mundo do pensar), e ns estamos com a gua at logo
abaixo do nariz tentando no naufragar.
Desta perspectiva, qualquer marolinha pode ser fatal, pois o suficiente para encobrir
meu nariz e me afogar. Todo o nosso esforo est direcionado em no nos afogarmos.
E no tenho como parar o fluxo do rio.
Mas se eu nado at a margem e me sento e observo, desta nova perspectiva a marolinha
que antes podia ser fatal, agora s uma marolinha outra vez.
E o mais importante: passou...passou...
Ento a meditao nos traz - alm de melhorar o sono, de trazer mais equilbrio psquico
e emocional, de melhorar a memria e o desempenho intelectual, de ajudar a
desenvolver a intuio e a sensitividade, e de ajudar a promover uma boa imunidade,
dentre muitos outros benefcios que a literatura aponta - a possibilidade de aprender e de
desenvolver a preciosa habilidade de se ter um olhar neutro, isento, panormico,
equnime, sobre a vida, sobre si mesmo, sobre os outros.
Este olhar permite que se possa atravessar os rios caudalosos das emoes difceis, dos
sentimentos conturbados e das sensaes e memrias reprimidas e dolorosas vindas do
passado, de forma a no super dimensiona-los e de modo a que se possa acessar tudo
isso, viver tudo isso e curar tudo isso com a partir da forma e do tamanho que realmente
cada coisa e cada evento tem.
E depois temos que nos desapegar e deixar tudo isso ir.
Isso fruto de um constante exerccio de desidentificao com a mente, com o ego e
"+%!
!
"+(!
!
Nas tradies xamnicas - assim como nas orientais - a religio, a filosofia e toda a
vida em geral gira em torno da idia da Unidade. A idia de que toda a Criao um s
organismo, totalmente interligado, interagente e interdependente. Uma grande teia
inteligente.
E esta outra idia central do Xamanismo (e do Oriente): que toda a Criao
consciente. Os minerais, animais, vegetais, seres humanos (e todos os outros seres que
existem nas multi dimenses), todos os tomos do universo, todos expressam - cada um
segundo sua natureza - a mesma eterna Conscincia. Isto tambm se chama animismo.
Dentro desta perspectiva podemos dizer que todo o Universo est dentro de ns, e
que no h nada fora de ns que no tenhamos (ou que no saibamos) e de que
realmente necessitemos (at de comida tem gente que j prescinde...).
O que necessitamos nos (re)lembrarmos de nossa Natureza Real, a Unidade. Nossa
co-existncia consciente como co-criadores do Universo.
Quando a Humanidade criou as Mitologias com seus deuses e smbolos, o que se
estava fazendo na verdade era colocar fora do homem o que ele j tem dentro mas no
entra em contato e no desenvolve. Poderes, talentos, qualidades, capacidades, virtudes.
A criamos personagens-smbolo arquetpicos que vo espelhar para ns o que
pensamos que no temos, que pensamos que pode vir de fora e que pode nos ser dado
por algum.
Quando eu adoro um deus ou peo uma qualidade de um Animal de Poder ou de uma
Direo, estou na verdade puxando de dentro de mim mesmo estas mesmas qualidades,
virtudes e talentos.
E claro, como tudo Um, as mesmas virtudes e qualidades que esto dentro de cada
um, esto em todo o Universo e so gerenciadas csmicamente por energias
inteligentes, que na perspectiva do Xamanismo, tambm so experienciadas como os
Animais de Poder.
Na cultura Hindu, por exemplo, estudando-se os Chakras podemos ver que cada um
deles est relacionado a um animal mtico. E tambm no Hatha Yoga temos inmeras
Asanas inspiradas em plantas e em animais.
Considerando que toda a Criao fundamentalmente Conscincia e movimento (ou
permanncia e impermanncia / absoluto e relativo), todas as tradies se ocuparam em
compreender e codificar este complexo movimento universal criando diversos sistemas
dialticos, e tambm ocuparam-se em entender e instrumentalizar o uso da energia
csmica, produzindo diversas leituras, mtodos e tcnicas de utilizao desta energia.
"+)!
!
O que vamos focar aqui o sistema desenvolvido pelas tradies nativas norteamericanas com a sabedoria das Quatro Direes e dos Animais de Poder.
A Roda de Cura - fisicamente falando - uma roda de pedra com os 4 Pontos
Cardeais demarcados. Esta formao geomtrica tem a capacidade de funcionar - assim
como acontece, por exemplo, com as pirmides captando, concentrando e distribuindo
Energia.
Simbolicamente a Roda de Cura representa a Roda da Vida com seu eterno
movimento, suas diferentes fases e os significados e simbolismos caractersticos de cada
fase.
1. Leste : ndio comea contando do Leste (o Oriente, o Nascente) que de onde vem o
Sol, a Luz. O Leste o incio. O incio da vida na fase do nascimento e da primeira
infncia. a Primavera, o inicio do ciclo das estaes. o elemento Fogo. A cor
amarela. E o Leste est relacionado ao nvel espiritual e ao princpio masculino.
a Direo da guia.
A guia o ser vivo que voa mais alto e chega mais perto do Sol (da Luz). A guia
decola de dentro do burburinho dos eventos da vida e de cima observa - de forma ampla
e neutra - a panormica destes eventos. Sem envolvimento emocional (mas sem negar as
emoes) e consciente da transitoriedade deles.
E quando mira um objetivo mergulha nele, absolutamente concentrada, captura a
presa e volta para a perspectiva do alto.
A Meditao treina muito bem a mente para este tipo de funcionamento : aprender a
observar sem julgar, para podermos entender a funo evolutiva dos eventos, pessoas
e/ou coisas que atramos.
O Leste representa o arqutipo do Visionrio.
2. Sul : O Sul a Direo da juventude, da alegria, do jogo de cintura, da criana
interior. a Direo do elemento gua, das emoes, dos sentimentos. O Sul est
relacionado ao nvel emocional. A cor vermelha. E tambm ao Vero, a poca da vida
em que se est com mais energia, mais calor, mais exploso. O Sul tem como animais
principais o Lobo (o arqutipo do professor), o Coiote e o Golfinho. O Coiote o
divino trapaceiro sempre pronto a nos dar uma rasteira quando nosso ego infla, a
chamada ironia do destino. O Golfinho fala do alegre e equilibrado fluir das emoes
(da gua) consciente da impermanncia da vida.
Representa o arqutipo do Guerreiro.
"+*!
!
4.Norte : a Direo que tem a ver com os Mestres e com a ancestralidade. Tem a ver
tambm com a Sabedoria e com o Conhecimento. a direo relacionada a ultima fase
da vida onde j se tem o que ensinar para as geraes seguintes.
Relaciona-se com o elemento Ar, com a estao do Inverno e com a cor branca.
O Norte tambm est relacionado ao nvel mental. O uso equilibrado e sereno da
mente.
O Animal do Norte o Bfalo, com suas quatro patas bem conectadas com a Terra
e os chifres conectados com o Cu.
Representa o arqutipo do Mestre.
Como utilizar na prtica estas informaes :
Sempre que voc necessitar acordar dentro de voc alguma qualidade, poder, talento
ou virtude e ser auxiliado pelos Animais de Poder voc pode, p.ex., meditar de frente
para a Direo que voc quer a inspirao e a ajuda (ou imaginar que voc est de frente
para a direo, se voc no tiver como saber) para liberar esta qualidade ; ou pode
cantar e danar para a Direo. Ou pode vestir o manto do Animal imaginando que o
Animal se sobrepe a voc vibrando aquelas qualidades e caractersticas desejadas.
""+!
!
"""!
!
""#!
!
""$!
!
""%!
!
""&!
!
""'!
!
""(!
!
"")!
!
diversas invases e colonizaes. Vamos ver o que vai acontecer agora com a
colonizao global.
OS DALITS
Existem duas teorias sobre o surgimento da cultura vdica na ndia. A mais
conhecida diz que os Arianos (povo de pele mais clara, predominante no norte do pas)
invadiram a ndia h milnios atrs, vindos do oriente mdio, e conquistaram o povo
que l vivia (chamados de Dravidianos - pessoas de pele escura, mais predominantes
hoje no sul da ndia) implantando a cultura vdica, que acabou se misturando com a
espiritualidade existente (chamada de Tantrismo), gerando o que os ingleses chamaram
de Hindusmo e que os hindustas chamam de Sanathana Dharma, a Religio
Eterna.
Os Dalits - ou sem casta, ou ainda, intocveis - seriam os remanescentes destes
dravidianos conquistados e excludos.
A outra teoria tenta provar que tanto Arianos como Dravidianos se
desenvolveram na prpria ndia, no tendo havido nenhuma invaso no passado.
No passado, um Dalit no podia tocar a sombra de um Brahmane. O Brahmane
se considerava contaminado e tinha que tomar banho, trocar de roupa, fazer oraes...
Hoje, existem Dalits ricos e influentes, como a governadora de Uttar Pradesh e
o presidente da Suprema Corte, mas grande parte dos 160 milhes de Dalits ainda vive
em situao de extrema pobreza.
Uma curiosidade: Mahatma Gandhi, sempre viajava pela ndia e tinha que
pernoitar em alguma cidade, procurava saber onde era o bairro dos intocveis, e l
dormia.
""*!
!
Podemos, ento, observar muitos costumes que aos nossos olhos so estranhos,
incoerentes e paradoxais: na ndia a mulher considerada inferior ao homem (algumas
seitas chegam a considerar a mulher 7 vezes inferior ao homem, e outras consideram a
mulher como sendo uma casta inferior): come depois dos homens, no fala se no fosse
perguntada, anda atrs do homem na rua, alm de ter que no passado - se imolar na
pira do marido.
Por outro lado, ela quem tem a chave da casa e da despensa, e que quando o
marido recebe o salrio fica com todo o dinheiro. Ou seja, a esposa quem realmente
manda em tudo na casa. Assim, ao mesmo tempo em que a mulher considerada
inferior algumas linhas afirmam at que a mulher no pode se iluminar porque ela
quem leva o homem a cair na luxria - ela considerada a prpria expresso humana da
Me Divina.
Os casamentos tradicionalmente pr-arranjados, so a forma de se perpetuar o
sistema de castas e toda a antiga estrutura social e religiosa. Mas achei interessante
quando eles falam que no ocidente o casamento comea quente e depois esfria, e na
ndia comea frio e vai esquentando. uma outra perspectiva da vida afetiva e sexual.
Um outro costume, o fato de que tradicionalmente toda a famlia mora junta. A
mulher quando casa vai morar na casa dos sogros onde normalmente no muito bem
tratada inicialmente, e onde a maior prova de respeito e considerao, receber da sogra
a chave da despensa.
O fato que o ocidente e seus costumes esto entrando rpida e expansivamente
na ndia, remexendo com a velha estrutura, pois assim como tambm acontece com as
naes indgenas sul e norte americanas, os jovens no esto querendo mais seguir as
tradies, ento os costumes e hbitos mais antigos vo sendo preservados cada vez
mais apenas nas zonas rurais.
OS IDOSOS
Os velhos no Oriente so tratados de forma muito mais respeitosa e justa do que
entre ns ocidentais. Nas culturas antigas (isso vale, por exemplo, para orientais, os
africanos e os ndios), onde o principal veculo do aprendizado era a tradio oral, os
velhos tinham uma importncia enorme, tanto na manuteno da cultura e da
espiritualidade quanto na prpria sobrevivncia fsica. Era o ancio quem passava todo
o know how da cincia prtica da perpetuao da espcie e da cultura. Na ndia, e
acredito que em muitas outras culturas antigas, o melhor aposento da casa sempre para
a pessoa mais velha. E a palavra final sempre da pessoa mais idosa.
Pessoalmente, penso que uma pessoa idosa deveria ter trs coisas para
compartilhar com a geraes mais jovens: a experincia da vida, os conhecimentos e a
Sabedoria.
"#+!
!
CRIANAS e EDUCAO
Uma luz acendeu, perguntei como isto acontece em seu pas e ela deu um
exemplo prtico mostrando as crianas que brincavam: Por exemplo, se uma criana
exibe um comportamento de ter dificuldade em compartilhar, arranca os brinquedos dos
outros, bate, no empresta o dele, o que vocs fazem normalmente? Gritam (com raiva)
dizendo que a criana egosta, po dura, enfatizando e registrando mais ainda a
caracterstica em questo. Isso quando no a colocam de castigo ou batem....
Acrescentou que procuraria habilmente criar uma brincadeira, uma situao
qualquer onde a criana tivesse que compartilhar e assim percebesse que era bom o
dividir, o partilhar. Assim, o que eram tendncias de defeitos ainda em formao (que
os hindus chamam de Vasanas, que so formadas por Samskaras, registros psicoemocionais oriundos das experincias vividas), poderiam ser re-polarizadas (ou resignificadas) nas qualidades e virtudes opostas. Interessante, no?
Mais interessante ainda, foi que eu contei esta histria para uma amiga que
tempos depois foi passar um perodo em uma tribo indgena no centro do Brasil, e na
volta me contou, bastante impressionada, que ela havia visto acontecer entre os ndios
brasileiros aquilo que a indiana falara.
Em algum momento haviam crianas brincando, mulheres tomando conta, e
alguma criana manifestou algum defeito e logo as ndias criaram uma brincadeira
para curar a criana do que poderia ser um futuro padro desequilibrado de
comportamento.
Hoje sou muito grato ao Universo por ter tecido o meu encontro com estas duas
grandes Tradies: o Hindusmo e o Xamanismo. Isto mudou radicalmente o meu
padro de relao com meus filhos e com meus pais, e norteou para mim a possibilidade
de uma via de envelhecimento muito mais plena e saudvel.
"##!
!
falar de Chakras, Zen, Macrobitica, Ayurveda, Budismo etc. Enfim, passados mais de
40 anos, o universo oriental se integrou perfeitamente e ainda est se expandindo ao
ocidental.
Uma novela em horrio nobre da Rede Globo sobre a ndia h alguns anos atrs
foi, com certeza, uma constatao da integrao crescente entre estas duas culturas. O
que antes era cultuado por alguns pequenos grupos de adeptos do Yoga e da meditao,
agora est na grande mdia.
A grande mensagem e a principal contribuio dentre muitas - que o Oriente
veio nos trazer, foi a idia da Unidade. A perspectiva de que o Universo, a Criao,
um s Organismo, um s Ser, totalmente inter-relacionado, interligado, integrado,
interagente, interdependente, totalmente consciente, infinito e eterno. Uma grande teia
onde cada infinitesimal partcula sub-atmica e cada gigantesca galxia consciente e
inteligente. Onde cada elemento desta imensa rede, alm de estar interconectado com
toda a rede, tambm funciona como um im, que fica constantemente, magneticamente,
atraindo e repelindo coisas e situaes num movimento sincrnico e ressonante de
permanente evoluo, de contnua (re) criao da Realidade.
Como disse C. G. Jung em 1949, no prefcio do livro I Ching, de R. Wilhelm:
O pensamento tradicional chins apreende o cosmos de um modo semelhante ao do
fsico moderno, que no pode negar que seu modelo do mundo uma estrutura
decididamente psico-fsica.
Esta mudana de perspectiva trouxe um novo alento pssima autoestima a que
a religio vigente nos condicionou. Agora temos a informao de que no somos mais
vis pecadores e culpados congnitos que dependem da misericrdia divina de um Deus
que habita um paraso distante, para podermos vir a ser algo que ainda no somos. E
que tambm alm de no sermos culpados de nada (nem vtimas de nada nem de
ningum), no somos o produto final top de linha da Criao e nem a Terra foi criada
prioritariamente para nosso uso exclusivo, como se fosse um grande shopping center a
nossa inteira e ilimitada disposio.
O novo paradigma vem nos (re)informar que, na verdade, j somos a Perfeio,
a Plenitude e a Felicidade que buscamos. Nossa essncia primordial o Uno, a pura Luz
e o puro Amor. Ns s estamos mopes, ignorantes dessa realidade. S temos que
resgatar a conscincia de que somos todos co-criadores e corresponsveis pela Vida, de
que somos partes desse Todo consciente e vivo que a Criao, o Universo. ( bem
melhor ser ignorante do que culpado e pecador, no?)
Outra grande contribuio trazida do Oriente foi o resgate da Energia. Da Energia
Vital (Prana, Chi, Ki) em suas mais diversas manifestaes, que sustenta o Universo. E
tambm que podemos, de muitas formas e maneiras, instrumentaliz-la e utiliz-la em
nosso favor para nossa evoluo e crescimento.
"#$!
!
"#%!
!
1.
Todos ns ao nascer, ganhamos um espelho. Este espelho , ento, colado no
nosso peito. E assim vivemos toda a nossa vida, refletindo o outro e vendo no (espelho
do) outro o nosso reflexo. Hermann Hesse disse : Se voc odeia uma pessoa, odeia
algo nela que faz parte de voc. O que no faz parte de ns no nos incomoda.
Viver considerando isto, vai desenvolvendo nossa compaixo, nossa tolerncia, nossa
empatia e nossa solidariedade para com as nossas fraquezas e dificuldades e as dos
outros.
2.
Cem por cento do que somos e vivemos (inclusive o que supomos ser acidentes)
fruto de nossas escolhas e opes. Conscientes ou inconscientes. Desta ou de outras
vidas.
Viver consciente disto desenvolve nosso discernimento e nossa responsabilidade para
com a vida, com as pessoas e com nossas atitudes.
3.
Livre-se da culpa. A nica funo da culpa manter sua auto-estima baixa (por
isso algumas religies fomentam a idia da culpa para assim manter poder). Transmute
a culpa por responsabilidade. Ningum culpado de absolutamente nada, mas todos so
completamente responsveis por tudo.
Viver assim te torna mais atento e cuidadoso para com toda a existncia.
4.
Desenvolva a aceitao. Sempre que entramos em contato com alguma
dificuldade ou fraqueza nossa, atravs de algum ou de alguma circunstncia,
normalmente o primeiro impulso da mente/ego : ou nos defendemos, negando e
resistindo a entrar em contato (muitas vezes entrando na irritao e na revolta,
geralmente imputando a culpa a algum ou a alguma coisa), ou entramos na condio de
vtimas, mergulhando na baixa auto-estima.
Aceite sua natureza humana como ela e aceite tambm a sua sombra. Entenda que
voc est aqui na Terra para aprender e expandir sua existncia. Um Mestre hindu
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!
falou: Errar, ter defeitos, falhas, fraquezas, seu direito. Trabalhar para transmutar
isso tudo seu dever.
8.
Os hindus dizem que todas as doenas que existem - sejam fsicas, emocionais,
psquicas ou energticas - derivam, de uma forma ou de outra, de uma nica doena: a
ignorncia de nossa natureza real, a Unidade (eles chamam esta ignorncia de Avidya e
a Unidade de Brahman).
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9. Todo o Universo consciente ! Cada pessoa, cada animal, cada planta, cada pedra,
cada clula, cada tomo, cada galxia... A Conscincia no um privilgio do crebro
humano, que apenas um dos veculos onde esta Conscincia se expressa. Esta a
chamada onipresena e oniscincia de Deus. Os ndios tm formas sofisticadas de entrar
em contato e interagir com a Conscincia subjacente Natureza.
Viver considerando este fato torna tua vida muito mais respeitosa, consciente e
responsvel.
10. Quando a vida nos apresenta algum evento desconfortvel, algum obstculo ou
algum confronto, normalmente o que acionado em nosso corpo/mente o
automtico lutar ou fugir. A adrenalina est sempre pronta para desencadear ao.
Mas a verdade que na maior parte das vezes no seria necessrio lutar nem fugir,
bastaria relaxar e observar, e a partir da agir com conscincia, ou ento deixar os
acontecimentos se desenrolarem naturalmente. Vamos investir mais nas endorfinas !
Faa Yoga ou TaiChiChuan !
Desta forma, em todos os nveis e setores da nossa vida, podemos integrar firmeza e
simultaneamente relaxamento s firmeza gera rigidez e s relaxamento gera moleza
!
11. Adote a perguntas : Porque eu atra isto ? e O que que eu tenho que aprender
com isso ?. Todas (todas mesmo) as coisas que nos acontecem, vem para nos ensinar e
so atradas por ns (pelo nosso Self). A Vida est sempre fazendo suas arrumaes para
que possamos aprender e evoluir (pela dor ou pelo Amor, como dizia Kardec). Por isso
algum j disse : cuidado com o que voc deseja pois pode acontecer !. Ns
costumamos achar que quando pedimos Deus alguma virtude, Ele vai milagrosamente
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!
12. Gastamos grande tempo mental ficando angustiados por um passado que no
podemos mais mudar e/ou ficando ansiosos por um futuro que ainda no chegou. Outra
grande parte, ainda, gastamos sonhando acordados, delirando os nossos sonhos e
desejos. E a duas coisas ocorrem: uma, sobra pouco tempo para a conscincia do aquie-agora, o presente, que onde efetivamente a vida acontece ; duas, quando precisamos
da mente para as coisas que ela foi feita para funcionar a nossa vida humana diria
esta mente tem dificuldade em se concentrar, em estar presente, inteira, poderosa,
centrada.
Concentrando-nos no presente desfrutamos mais da vida. A meditao um timo
treinamento para aprender a viver no presente, nos livrando das pr-ocupaes
e desenvolvendo uma mente verdadeiramente eficiente.
13. Infelizmente, ainda vivemos sob a ideologia do ganha-perde, ou seja, temos muito
incutida em nossa cultura a idia de que para se ganhar algum precisa perder. assim
que se construiu, por exemplo, o sistema capitalista. Tambm seguindo esta filosofia
que est-se destruindo nosso planeta. E desse ganha-perde que esto impregnadas as
nossas relaes (lembra da lei de Grson?). No s no sentido profissional e
financeiro, mas tambm no emocional e no afetivo.
urgente reimplantar-se o ganha-ganha nas relaes interpessoais e nas relaes
do homem com a Natureza. No existe nenhuma possibilidade de ganho real para nada
nem ningum, em nenhum setor da vida, se este ganho for obtido em detrimento da
perda de algum ou de alguma coisa. Na viso oriental, o Karma Yoga a tcnica que
visa reeducar o homem e a sociedade para a verdadeira forma de ganhar.
Este procedimento simples pode transformar toda a perspectiva que temos em relao
vida, entendendo e vivendo na prtica a grande lei universal de causa e efeito.
14. Atente para a sincronicidade. Uma escritura Hindu diz : Nenhuma folha de grama
se mexe sem uma razo. Nada casual, mas tudo intrinsecamente causal. Um outro
Mestre disse : ns falamos com Deus atravs da orao, e Ele nos fala atravs da
sincronicidade. O Dr. C.G.Jung percebeu que era esta qualidade da Criao que fazia
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com que as artes divinatrias (I Ching, Tarot, Runas, Bzios) funcionassem. Todo o
Universo Um , portanto tudo interrelacionado. E a Lei do Karma quem disciplina
este interrelacionamento. Atente para os sinais ! O tempo todo o Universo est
interagindo com voc !
Estar atento sincronicidade desenvolve a intuio e a expanso da percepo do
movimento consciente e multidimensional do Universo.
15. E finalmente e sobretudo - no faas aos outros o que no queres que te faam
ainda a regra de ouro.
Viver integralmente assim te torna efetivamente consciente, pleno e equilibrado
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BIBLIOGRAFIA
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AGRADECIMENTOS
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SOBRE O AUTOR
Ernani Fornari, aquariano, nasceu no Rio de Janeiro em 1956 e iniciou sua prtica de
Yoga com Victor Binot em 1974.
A partir da, mergulhou no universo Hindu, estudando e praticando Yoga, Vedanta,
Tantra e Ayurveda.
Em 1983 foi iniciado por Swami Tilak, recebendo o nome espiritual de Dharmendra.
Morou por 20 anos no interior do RJ, tendo sido um dos pioneiros na produo
orgnica no estado, e um dos fundadores e diretores da pioneira (e extinta) ONG
agroecolgica carioca Coonatura.
Formou-se como profissional de Hatha Yoga pela Associao Brasileira de
Profissionais de Yoga (ABPY), em Dakshina Tantra Yoga com Paulo Murilo Rosas e
em Yogaterapia com Joseph Le Page (Integrative Yogatherapy).
Trabalha desde 1996 como profissional de Yoga, Yogaterapia e Massoterapia.
Foi vice-presidente da ABPY por dois mandatos e foi membro do corpo docente do
seu Curso de Formao por cinco anos. Colaborou na re-estruturao do curso de
formao desta entidade, que foi o primeiro no Brasil a ser reconhecido legalmente.
Foi filiado-fundador do Sindicato dos Profissionais de Yoga do RJ (SINPYERJ).
Aprendeu Massagem Ayurvdica com Luis Otvio Reis, Massagem Reichiana e
Bioenergtica com Ralph Viana, Quiropraxia oriental com Donati Caleri , Quiropraxia
Indiana com Alejandro Dupont, Massagem Tailandesa e Ayurvdica com Claudia
Godart, Massagem Espiritual com Maria Lucia Sauer , Reiki (III) com Carlos Humberto
Soares Jr. e Renascimento com Vasant e Ashara, Cinesiologia com Angela Giro e
Adriana Mangabeira e Constelaes Sistmicas no Metaforum (com Bernd Isert,
Cornelia, Sabine Klenke e Cecilio Regojo).
Foi scio fundador da Associao Brasileira de Ayurveda (ABRA) e da Associao
Brasileira de Dakshina Tantra Yoga (ABDTY).
Foi co-proprietrio e profissional de Yoga e terapias do ESPAO SADE (Rio de
Janeiro) de 1998 a 2013.
Em 1998 teve seus primeiros contatos com o Xamanismo, recebendo dos ndios
Krenak o nome de Guerer (o lagarto) e dos Fulni- o nome de Tchlek (o pai da
natureza).
Em 2003 aprendeu a terapia xamnica brasileira Alinhamento Energtico com Mnica
Oliveira - com quem trabalhou por 5 anos no Brasil e na Europa realizando milhares de
atendimentos e formando centenas de terapeutas ajudando-a a estruturar a filosofia e a
metodologia de trabalho e de ensino da terapia do Fogo Sagrado.
Desde 2009 trabalha com sua companheira e parceira Gabriela Carvalho com quem
desenvolveu uma terapia denominada Cura Interior Alinhamento Energtico, a partir
da integrao entre a terapia do Alinhamento Energtico e as Constelaes Sistmicas.
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EM PREPARO :
. Dicionrio Prtico de Ecologia (3.edio revisada e aumentada)
. Dicionrio Prtico de Agroecologia
. Dicionrio Prtico de Apicultura
. Dicionrio das Artes Divinatrias
MSICA (CDs):
. Corao Caipira
. Mantra
- ndios
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