Literatura Cinema
Literatura Cinema
Literatura Cinema
Resumo
O objetivo deste artigo discutir as relaes entre literatura e cinema em nveis tericos,
considerando que ambas as artes possuem elos e diferenas. Da mesma maneira que a
literatura foi a expresso artstica de maior repercusso nos sculos XIX e XX, o cinema
desponta hoje como a arte universal, aquela que agrega o maior nmero de interessados.
Nesse sentido, o estudo comparado entre essas duas expresses permite uma anlise da
extraordinria contribuio que uma arte traz outra.
Palavras-chave: literatura, cinema, arte
* Formada em Letras,
mestre e doutoranda
pela UNESP/Assis,
com a tese Literatura e
cinema: representaes do
feminino em Washington
Square, Daisy Miller
e The Europeans
Abstract
The objective of this paper is to discuss the relations between literature and cinema in
theoretical levels considering that both arts have connections and differences. Just as
the literature was the most important art expression in the 19th and 20th centuries,
the cinema nowadays is considered the universal art. In other words, cinema is the
art which unite the biggest number of interested people. Then, the comparative study
between these art expressions allows an analysis of the extraordinary contribution that
one art brings to another.
Keywords: literature, cinema, art
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CONSIDERAES INICIAIS
a mesma maneira que a literatura foi a expresso artstica de maior
repercusso nos sculos XIX e XX, o cinema desponta hoje como a
mais unificante das artes, aquela que agrega o maior nmero de interessados. De acordo com Bluestone (1973: 3), um tero dos filmes produzidos
nos estdios da RKO, Paramount e Universal so adaptaes de romances.
Isso porque, alm de serem obras mais inclinadas a ganhar prmios, o pblico
demonstra enorme interesse em assisti-las, j que as advindas de romances
renomados so tidas com maior ndice de qualidade.
Num momento em que o cinema o maior meio de divulgao cultural
e que a literatura tem um pblico to reduzido, o cinema no deve ser encarado somente como fenmeno cinematogrfico, nem mesmo como fenmeno
artstico, mas como a possibilidade de adquirir o equilbrio, a liberdade, a
possibilidade de tornar-se humano (Bernardet, 1985: 34). Dados estatsticos
demonstram que a procura pelo texto de partida aumenta consideravelmente
com as adaptaes de romances assistidas pelo pblico ( o caso recente de
O Cdigo da Vinci, O Senhor dos Anis e Harry Potter).
Compartilhando da ideia de que o cinema no s a arte contempornea
do homem, mas a arte criada pelo homem contemporneo (Silveira, 1966: 167)
e de que o romance makes life, makes interest, makes importance... and I know
of no substitute whatever for the force and beauty of its process1 (James, 1987: 11).
O estudo comparado entre essas duas expresses permite uma anlise da extraordinria contribuio que uma arte traz outra. Alm disso, na era da
interdisciplinaridade, nada mais saudvel do que tentar ver a verbalidade da
literatura pelo vis do cinema, e a iconicidade do cinema pelo vis da literatura
(Brito, 2006: 131).
Pensando nisso, o objetivo deste artigo discutir as relaes entre literatura
e cinema em nveis tericos, considerando que ambas as artes possuem elos
e diferenas. Nosso principal interesse investigar as tcnicas especficas de
linguagem em cada tipo de narrativa, utilizando como suporte terico a mais
moderna teoria de traduo e teoria de intertextualidade.
Nesse sentido, dividiremos este estudo em quatro partes intituladas:
Romance e filme: Obras Autnomas, O elo e O confronto e A Noo de
Fidelidade. A primeira tratar da questo da obra flmica no ser considerada
uma mera cpia da literria, mas sim autnoma, independente, que mantm
relao com a obra de partida, mas conserva caractersticas e motivaes
prprias.
Na segunda parte, vamos nos ater exclusivamente s semelhanas entre as
duas expresses artsticas mencionadas. Um trabalho comparativo que pretenda
analisar as relaes entre um romance e um filme s possvel porque existem pontos de contato entre ambos e so nessas proximidades que vamos nos
focar. A fim de no nos alongarmos em demasia, priorizamos apenas duas
semelhanas, as quais acreditamos ser as mais significativas para o estudo que
aqui pretendemos realizar. A saber: a estrutura narrativa (todo filme , em sua
essncia, uma narrao, alm do fato de que antes de se apresentar na tela ele
passou por um roteiro) e a impresso de realidade, cujas tcnicas usadas pelo
narrador encontram equivalentes nas adotadas pelo diretor, sempre de acordo
com seus objetivos e ideologia.
J na terceira subdiviso, estudaremos aquilo que distancia uma arte da
outra. Logo no incio, trataremos da linguagem literria e da linguagem cinematogrfica apontando as principais diferenas entre ambas e de que maneira
esse distanciamento permite a releitura e o enriquecimento de uma obra que
traduz outra. A seguir, discorremos a respeito do princpio de equivalncia
entre a palavra e a foto(grama) j que estamos diante de duas expresses
artsticas diversas, faz-se necessrio tecer breves consideraes acerca das
diferenas entre o meio literrio e o flmico, sendo que o ato da escrita expresso
em imagens caracteriza-se pelo maior distanciamento da arte literria para a
cinematogrfica.
Da mesma maneira que no item anterior optamos por apenas dois
pontos de contato, aqui tambm escolhemos somente duas diferenas: a
questo da verbalidade da literatura em confronto com a iconicidade do
cinema e a relao entre o tempo e o espao que no romance ocorre de
maneira bastante diferente do filme, j que em relao ao tempo, o primeiro relata aquilo que j aconteceu enquanto o ltimo narra o que est
acontecendo; em relao ao espao, o filme se vale muito mais das locaes
do que o romance e elas influenciam no comportamento dos personagens
e no desenrolar dos eventos.
Por fim, a ltima parte diz respeito ao fato de estarmos considerando
aqui o filme como uma obra autnoma. Isso quer dizer que, como tal, estamos
diante de uma obra independente, j que carrega objetivos predeterminados,
ideologia do diretor, mas que mantm estreita relao com a obra de partida.
Nesse sentido, de suma importncia estudar as definies de adaptao,
focando os conceitos de transposio, de recriao e de traduo intersemitica, que diz respeito busca por equivalentes de um determinado sistema
semitico, de elementos cuja funo se assemelhe de elementos de outro
sistema de signos. Por essa razo, no se pode priorizar a fidelidade ao texto
original, pois no possvel encontrar uma correspondncia total entre dois
textos que pertencem a semas diferentes.
1. O romance cria
vida, cria interesse,
cria importncia... e eu
no conheo nenhum
substituto para a fora e
beleza de seu processo.
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hibridizaes
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possvel confrontar
essa ideia com a de
ECO nas
"confisses", quando
diz valorizar muito o
espao da narrativa.
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O ELO
O livro pode sugerir filmes que o espectador que o leu gostaria de poder fazer
e que, observa, consternado, no foram os efetivamente feitos. O filme pode ter
nascido de um livro menor e sugerir coisas que, bem aproveitadas, dariam em
literatura de qualidade superior. A multiplicidade dos caminhos e possibilidades
prope um debate que nunca se esgotar (Lopes, 2004).
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A estrutura narrativa
Um estudo comparado focando literatura e cinema s se realiza pelo
fato de existirem algumas aproximaes entre ambas as artes e, talvez, de
todos os elementos que mantm literatura e cinema em estado sincrnico
de comparabilidade, a estrutura narrativa se apresenta como o principal elo
entre as duas.
Para Michel do Esprito Santo (1973: 49), o filme cinematogrfico de longa
metragem quase sempre uma narrao, isto , uma mensagem complexa
apresentando uma srie de situaes, de acontecimentos e de aes ajustados na
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A impresso de realidade
Outra similaridade entre uma obra visual e outra verbal a impresso
de realidade construda a partir de tcnicas especficas. Segundo JeanClaude Bernardet (1985: 17), essa iluso de verdade provavelmente foi a
base para o enorme sucesso do cinema, pois, de fato, esse tipo de expresso
artstica nos d uma forte impresso de que a vida est expressa na tela.
Para o crtico, no s o cinema seria a reproduo da realidade, seria
tambm a reproduo da prpria viso do homem (Ibid.). Alm disso,
quando vamos ao cinema, apesar de sabermos que tudo fico, que cada
elemento apresentado passou por um processo seletivo, por ajustes e que
tudo criao do diretor, contrariando as nossas certezas, a realidade se
impe de maneira fortssima. Entretanto, o sucesso do cinema no reside
no grau de realismo que pode obter, e sim na explorao dos recursos
cinematogrficos e no uso desses recursos para criar o contexto da ao
(Diniz, 1999: 31).
interessante pensar que o contexto da ao minuciosamente planejado,
segue uma ideia preestabelecida, possui objetivos claros e revela determinada
ideologia. As tcnicas escolhidas pelo diretor e suas estratgias formais como
a montagem, o distanciamento da cmera, o close-up, por exemplo, so alguns
dos caminhos encontrados para romper com o mundo real e construir um
significado que no preexiste representao.
Pensando nisso, Ismail Xavier (1984) observa que
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O CONFRONTO
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A PALAVRA
A FOTO(GRAMA)
LINGUAGEM LITERRIA
LINGUAGEM
CINEMATOGRFICA
Representao de imagens
Reproduo de imagens
Privilegia a observao direta do mundo real, a transfigurao fantasmtica e onrica, o mundo figurativo (...) e
um processo de abstrao, condensao e interiorizao
da experincia sensvel (Calvino, 1990: 110).
Espetculo atualizante,
presentificador o tempo
aparece espacializado (Brito,
2006: 146).
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O tempo e o espao
A medida e o controle que se tem em relao ao tempo e ao espao diferem
no romance e no filme, apesar de ambos os meios de expresso no necessitarem desenrolar-se cronologicamente. As reminiscncias podem ser narradas
em quadros no ordenados que se ligam, por associaes ou mesmo indcios,
dentro da mente de determinada personagem e, dessa maneira, podem resultar
em imagens visuais. Explicando melhor: os filmes podem seguir uma sequncia
com saltos ou lapsos de um tempo para outro ou ento valerem-se das tcnicas
literrias do flashback ou do flashfoward, mas precisar de algum efeito na
tela (mudana de cor geralmente as lembranas aparecem para o espectador
em preto e branco ou com colorao plida, envelhecida velocidade das tomadas, ausncia de ao ou mesmo de falas etc.) enquanto que na literatura
essas mudanas podem ser facilmente representadas por meio de um marcador
temporal advrbio ou tempo de verbo.
O cinema no conta com esses marcadores, haja vista que a tomada de uma
mulher chorando, um homem correndo, uma criana caindo, por exemplo,
atemporal. Na obra cinematogrfica, a noo de tempo s pode ser criada
atravs do contexto, da relao entre a tomada e o resto do filme, ou por meio
verbal (Diniz, 1986: 99-100). Vale lembrar que outro exemplo de manipulao
temporal a capacidade do cinema de mostrar aes simultneas ou atravs da
diviso da tela ou quando h troca de cena sem nenhuma variao de tomada.
No romance, o tempo codificado linguisticamente; no filme se apresenta
com imagens de aes concretas. O tempo do filme percebido como anlogo
ao tempo real, em que notamos ao e movimento e no o tempo. O espao
predomina no filme; em contrapartida, o tempo predomina no romance.
O espao conceitual no romance, mas o tempo expresso intensamente
desde a sucesso dos episdios.
Joo Batista de Brito (2006) sintetiza bem essa diferena:
Sendo o romance eminentemente conceitual e mediatizante, e o filme, eminentemente espetculo atualizante, presentificador, o espao aparece sempre naquele
primeiro como se temporalizado, ao passo que o tempo aparece neste segundo
sempre como que espacializado. Isso porque o que em literatura resultado (a
construo da imagem mental, advinda da decodificao da linha discursiva), no
cinema um ponto de partida (a imagem concreta) (Ibid.: 146).
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A NOO DE FIDELIDADE
Adaptao
A questo da adaptao de um romance para o cinema nunca foi uma atividade pacfica. Os literatos alegam a falta de fidelidade ao original ou a distncia
semitica entre as duas linguagens. Os cinfilos, por sua vez, argumentam que
deve existir liberdade em qualquer trabalho de criao, pois
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Jean Mitry (apud Diniz, 1999) prev duas opes para um cineasta que
deseja adaptar um romance: ou ele segue a histria passo a passo e tenta
traduzir no a significao das palavras, mas as coisas referidas por elas (e
neste caso o filme no uma expresso criativa autnoma, somente uma
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3. Reativao ou ativao
toda espcie de referncia
a outro texto, desde
simplificao, traduo
para outra lngua ou outro
sistema semitico.
4. Estamos considerando
aqui o conceito de ideologia de Mario Carlisky
(1965: 7): ideologa representa una actitud mental
del ser humano, orientada
hacia un nuevo modo de
aprehender y conocer la
realidad (Ideologia representa uma atitude mental
do ser humano, orientada
por um novo modo de
apreender e conhecer a
realidade traduo livre).
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acontecimentos que narra. No cinema, onde o narrador s se dirige excepcionalmente ao pblico, estes julgamentos se exprimem, seja de maneira explcita,
mas indireta, pela boca de um personagem autorizado, de maneira direta, mas
implcita, pela adoo de um tom de narrao. O tom marca uma espcie de
desdobramento da mensagem que comunica, de um lado, uma histria, de
outro, um julgamento sobre esta histria. Pelo tom, o narrador se compromete
com os contedos que mostra (Bremond, 1973: 69).
Esses contedos que o diretor nos mostra, tambm conhecidos como elementos cinematogrficos (o argumento, a ambientao, a escolha do ngulo
de filmagem, a caracterizao dos personagens, as tcnicas de montagem etc.)
relacionam-se s paixes do homem. Por esse motivo, eles jamais esto isentos de
Numa narrativa, a responsabilidade moral do narrador est comprometida com os julgamentos de valor que ele atribui (ou recusa atribuir) aos
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repercusso afetiva, nem de implicao tica. A escolha de um assunto, a integrao de um tema ao desenvolvimento deste assunto (abstraindo-se o tratamento
que a narrao os faz sofrer) j so atos que engendram a responsabilidade moral
do cineasta (Bremond, 1973: 49).
Traduo intersemitica
A expresso traduo intersemitica foi dada por Roman Jakobson em 1959
para conceituar a transmutao ou interpretao de signos verbais por meio de
signos no-verbais. Nesse sentido, a traduo intersemitica inclui a busca, em
um determinado sistema semitico, de elementos cuja funo se assemelhe
de elementos de outro sistema de signos (Apud Diniz, 1996: 9).
Todavia, esse procedimento considera a existncia de um determinado
sentido no texto que dever ser traduzido para um outro texto (ou sistema),
ou seja, entende-se que o sentido seja inerente ao texto, provenha diretamente
de sua estrutura. Isto posto, ao reformular a mensagem, transportando-a para
um outro sistema, ou melhor, traduzindo-a, abre-se mo da fidelidade ao texto
original, haja vista que mesmo estabelecendo equivalentes semnticos para os
elementos de dois sistemas de signos diferentes, impossvel abranger todas
as nuances de cada um dos sistemas. Por isso, como bem reconhecem todas
as teorias de traduo, no se pode encontrar uma correspondncia total entre
dois textos (sejam eles ou no de sistemas diferentes) (Diniz, 1996: 10).
Por essa razo, toda traduo ir oferecer sempre algo alm do texto de
partida e seu sucesso no depender apenas da criatividade nem da habilidade,
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mas das decises tomadas pelo tradutor, seja sacrificando algo, ou encontrando
a todo custo um equivalente (Ibid.).
Lembrando que o sentido nada mais do que o resultado de uma interpretao, de uma leitura, de um olhar sobre o texto, jamais poderemos avaliar uma
traduo a partir de critrios que priorizem a fidelidade. Isso acontece porque,
apesar da traduo se realizar a partir de uma intencionalidade comunicativa
cujo objetivo a construo de sentido, este constantemente frustrado j que tal
procedimento apresenta variaes em si mesmo e das condies em que se realiza.
CONSIDERAES FINAIS
Isso posto, quando se percebe a diferena entre os meios de expresso aqui
focados, possvel vislumbrar a rica contribuio que uma arte traz outra.
Na verdade, o espectador no deve somente interessar-se pelo bem filmado,
deve, sobretudo, preocupar-se como est sendo filmado, o que sugere muito
mais amplas implicaes valorativas. Em muitos filmes contemporneos, o
pormenor expressivo nos fornecido por uma cmera que intervm, que nos
invade, que nos obriga a pensar, que se emociona e nos coage emoo, que
sofre, que acusa e denuncia a complicada situao expressa na tela. Nesse tipo
de obra, os personagens no so resultados de uma experimentao, trata-se
de personagens complexos.
Para tornar crvel e aceita sem relutncia pelo expectador a realidade apresentada pela narrativa, o diretor opta pela total ausncia de ao sensorial, em
favor de uma ao conceitual, na qual as palavras e o tom de narrao assumem
um amplo sentido, de tal forma que quem assiste no sai indiferente ao filme.
5. [A literatura no
cinema] uma expanso
da dico exata, formada
pela poesia e pela prosa,
em um novo universo no
qual a imagem desenhada
se materializa diretamente
em percepes auditivas e
visuais (traduo nossa).
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em pauta
A traduo intersemitica de muitos filmes privilegia um trabalho autnomo e independente. Ligado obra literria, o filme no deixa de ser uma
reinterpretao do romance e por isso d novos contornos obra de partida. Considerando que a literatura no cinema es una expansin de la diccin
estricta, hermoseada por la poesia y la prosa, en um nuevo reino en el cual
la imagen deseada se materializa directamente en percepciones auditivas e
visuales5 (Eisenstein, 1959: 202), algumas obras se resolvem de maneira muito
diferente do romance: os personagens so mais dramticos, a contextualizao
justifica as alteraes de nomes, lugares, profisses, ambientes e mesmo o final
condizente com toda a ao apresentada.
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