Noelle Lechat - As Raízes Históricas Da Economia Solidária e Seu Aparecimento No Brasil
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Noelle Lechat - As Raízes Históricas Da Economia Solidária e Seu Aparecimento No Brasil
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Introduo
A Antropologia ensina que a histria das origens sempre mitolgica. O que vou apresentar aqui, hoje, vai ser mais uma
verso, bastante limitada, do mito de origem da economia solidria e espero que vocs tragam outros dados, outras
maneiras de ver esta questo; todos eles, sem dvida, importantes e enriquecedores. Para falar das origens, gosto de usar a
metfora das buscas da nascente do rio Nilo que, no sculo XIX, envolveu exploradores e gegrafos numa famosa
polmica, retratada de maneira romanesca pelo filme Montanhas da Lua de Bob Rafelson (1990). De fato, o rio Nilo no
possui uma nascente, mas vrias, e algumas surgem nos lagos, o que torna ainda mais difcil a sua localizao. Assim
tambm so os fenmenos sociais; alm do mais, uma viso processual e dialtica da Histria no permite falar do
surgimento de uma nova realidade com incio datado e registrado, pois os processos so demorados e o que ns
chamamos de novo recobre, em geral, fenmenos antigos reinterpretados, modificados pelas novas condies sciohistricas e que, em determinado momento, comeam a tornar-se significativos para um grande nmero de pessoas, sendo
objeto de uma ao consciente articulada e atraindo financiamentos, pesquisa e divulgao atravs da mdia. Tudo isto
concorrendo para o reconhecimento pblico, poltico e, finalmente, s vezes, legal, da problemtica em questo.
Segundo Pierre Bourdieu, para no sermos objeto dos problemas que escolhemos como objeto de estudo, preciso fazer
a histria social da emergncia desses problemas, da sua constituio progressiva, quer dizer, do trabalho coletivo
freqentemente realizado na concorrncia e na luta o qual foi necessrio para dar a conhecer e fazer reconhecer estes
problemas como problemas legtimos, confessveis, publicveis, pblicos, oficiais (Bourdieu, 2000:37). Este autor nos
alerta, tambm, sobre o perigo que o socilogo corre de ser apenas instrumento do que ele quer pensar (idem, 36) e
prope como remdio, como instrumento para romper com essa situao fazer a histria do trabalho social de construo
de instrumentos de construo da realidade social (ibidem). Ou seja, quais so nossos pressupostos, nosso quadro
conceitual e terico, como estamos construindo os conceitos de economia solidria, de incubadora tecnolgica de
cooperativas populares, etc.
Nesse sentido, pretendo resgatar as origens da economia solidria e de seus conceitos alm-mar para, depois, apresentar
como esse tema vai aparecer na literatura brasileira; e os passos dados, em vrias regies do pas, por intelectuais que, na
maioria das vezes, no tinham conhecimento do que acontecia em outros lugares.
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Aps a Segunda Guerra mundial, a economia no-monetria (domstica e de reciprocidade) tinha ficado marginalizada
pela expanso do mercado e pela estatizao das iniciativas associativas mais dinmicas. Segundo Laville e Roustang,
houve separao entre o social, o econmico e o poltico. A reao contra os efeitos nefastos do capitalismo s pde
acontecer dentro de subconjuntos distintos, uns pertencentes economia de mercado e outros economia de no-mercado.
Mas este quadro mudou a partir da segunda metade da dcada de 70 do sculo XX. Uma nova crise do sistema capitalista
trouxe, por conseqncias, o desemprego e o fechamento de empresas, e criou-se um quadro dramtico para a classe
trabalhadora. Floresceu ento, a partir de 1977 e at 1984, uma srie de iniciativas para salvar ou criar empregos, atravs
de empresas autogeridas pelos prprios trabalhadores e isto com o apoio de alguns sindicatos progressistas. Entre 1980 e
1985, foram criadas em massa cooperativas de trabalhadores em toda a Europa (Defourny, 2001). Por outro lado, os
inmeros movimentos sociais e tnicos trouxeram uma nova viso do social, da sua relao com o econmico e da relao
do homem com o meio ambiente. A queda do muro de Berlim, smbolo do fim de uma utopia, levou produo de novas
utopias compostas por comunitarismo, ecologismo, solidariedade e voluntarismo.
A partir dessa nova onda de economia social, surgiu nos anos 1980, uma nova literatura[6] a seu respeito na Europa e na
Amrica do Norte; mas tambm na Amrica Latina e, em particular, no Chile, onde se desenvolveu sobretudo graas a
Lus Razeto.
Numerosos pesquisadores, principalmente economistas e socilogos, entusiasmados com esta realidade, produziram novas
teorias para estudar estes fenmenos. Uma srie de economistas passou pela escola de Cornell, nos Estados Unidos; e, para
alguns, foi l que tudo comeou. Nesta escola, Yaroslav Vaneck, um pensador checo imigrado nos Estados Unidos, tinha
desenvolvido uma teoria econmica da autogesto. Vindo da Universidade de Harvard, ele tinha muito crdito e fez
escola. Ao longo da dcada de 1970, uma srie de economistas norte americanos, mas tambm do mundo inteiro, passou
por l. Esses economistas ficaram entusiasmados no somente pelo movimento operrio que transformava as empresas
falidas em empresas autogeridas, mas tambm pela formao de inmeras cooperativas de trabalho. No entanto, segundo
Defourny (2001),
quando esse movimento comeou a decrescer, realizou-se em toda a Europa, mais ou menos ao mesmo tempo, que
mesmo se esta realidade muito importante, ela fica quantitativamente restrita. Ento, uma srie de pesquisadores
pensou em alargar seu campo de estudo ao associacionismo. Pois havia muita coisa em comum entre as
cooperativas de trabalho autogestionadas e as associaes. Ento estes economistas descobrem que as associaes
no pertencem unicamente esfera scio-cultural, mas fazem tambm parte da economia de no-mercado. E para
unir essas duas realidades, o termo economia social era muito apropriado.
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Canteiro de Socioeconomia Solidria que organizou vrios novos encontros; como em 1998, em Porto Alegre, e de 11 a 18
de junho de 2000, em Mendes, Rio de Janeiro (Encontro de Cultura e Socioeconomia Solidria). Segundo seu boletim,
este ltimo encontro foi fruto de um conjunto de encontros internacionais sobre experincias de autogesto e economia
popular solidria [que aconteceram] entre 1988 e 1998 e foi o bero da Rede Brasileira de Socioeconomia Solidria
RBSES. Na coordenao dos trabalhos destes encontros encontramos, entre outros, Marcos Arruda; e, na rede, tambm
Eucldes Mance.
No Rio de Janeiro temos, alm do PACS, a Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ, onde professores e tcnicos
do Centro de Ps-graduao de Engenharia (Coppe) atenderam aos pedidos de formao de cooperativas de trabalho[14].
Em meados de 1995, criaram a Incubadora Tecnolgica de Cooperativas Populares (ITCP). Alm da ajuda da Ao pela
Cidadania, ganharam apoio financeiro da FINEP e do Banco do Brasil. A partir da, vrias universidades vo implantar
incubadoras tecnolgicas de cooperativas populares e a Rede Universitria das incubadoras vai ser formada. Mas vou
deixar os prprios autores nos contarem esta histria sexta-feira [22/3/2002].
O primeiro grupo de professores pesquisadores sobre a temtica da economia solidria se forma na Faculdade de Filosofia
e Cincias da UNESP, campus de Marlia, em 1996 (?), com o nome de Organizaes e Democracia, e coordenado por
Cndido Vieitez e Neusa Dal Ri. Fazia parte deste grupo, tambm, Gustavo Gutierrez, que pesquisava desde o incio da
dcada de 1980 questes ligadas autogesto, tema de sua dissertao de mestrado, tese de doutorado e ps-doutorado
[15]; e a Mariza Galvo, coordenadora deste Seminrio. A primeira publicao do grupo, A empresa sem patro,
resultado do I Simpsio realizado em junho de 1996. Em novembro de 1998, realiza-se o II Simpsio Nacional
Universidade-Empresa sobre Autogesto e Participao. Destes Simpsios participaram representantes de entidades
organizativas de empresas autogeridas e cooperativas. O grupo teve contatos com o MST e com a CONCRAB, mas foi
com a ANTEAG[16] que a colaborao mais avanou. Por ocasio do segundo Simpsio, o professor Singer, da USP,
juntou-se ao grupo de pesquisas e estudos da UNESP. Mais tarde, ele e a professora Marilena Nakato, integrante do grupo,
atuaram junto ANTEAG: Singer no Conselho Nacional e Nakato no apoio tcnico e educacional.
Os empreendimentos so extremamente variados e dispersos pelo Brasil, mas o fato deles terem ligaes com movimentos
ou instituies com visibilidade e contatos a nvel macro permitiram-lhes aflorar para a conscincia social do momento.
Em 1997, a Fundao Unitrabalho[17] toma a deciso de criar um grupo de trabalho de economia solidria. A coordenao
foi feita pelos professores Cndido Vieitez, da UNESP, Newton Brian, da UNICAMP e Paul Singer, da USP. Foram
chamados pesquisadores universitrios de todo Brasil para participar do grupo. At que, em janeiro de 1999, aps a
realizao de vrios seminrios, foi elaborado um projeto de pesquisa de mbito nacional intitulado Economia solidria e
autogestionria em vista de um amplo levantamento desta realidade no Brasil.
As trs propostas, elencadas acima, que identifiquei a partir de Gaiger, Singer e Arruda, com suas especificidades e
divergncias, vo ser reunidas pela primeira vez em 1999, na Universidade Catlica de Salvador, por ocasio do seminrio
Economia dos setores populares: entre a realidade e a utopia, e foram publicadas num livro com o mesmo ttulo. Aps
isto, Paul Singer organizou, com Andr de Souza, a obra intitulada A economia solidria no Brasil: a autogesto como
resposta ao desemprego, onde mais uma vez os trs autores foram reunidos. Muitos outros acadmicos e atores esto neste
campo e outros viro. Gostaria, por exemplo, de sublinhar a importante produo intelectual de Armando Lisboa e de
Euclides Mance, mas estou ainda no incio de minhas pesquisas e no posso apresentar a todos. Isto no significa de minha
parte desconsiderao, mas expressa as minhas limitaes.
Alm de investigar como as experincias de autogesto e associaes voluntrias tornaram-se objeto de estudo e
pesquisas, e foram batizadas com os conceitos de economia solidria, socioeconomia solidria, economia popular
autogestionria e solidria etc. e quais as fronteiras que os autores estabelecem entre estes termos e a economia social ou
ainda com o terceiro setor, devemos tambm questionar como ganhou receptividade a tese que () v [os
empreendimentos econmicos solidrios] como uma base fundamental para a reconstruo do meio social em que vivem
as classes populares (Gaiger: 1999a), ou para a construo de um novo modo de produo no-capitalista (Singer, 2000;
Tiriba, 1997), o que , se no me engano, uma viso especificamente latino-americana. Fora do Brasil, temos na Nicargua
Orlando Nuez (1998), que fala de um Projeto Comunitrio para ele, a economia solidria parte da tomada do poder
poltico, parte da revoluo, parte da transio e da construo do socialismo (1997/98); e Verano Paez (2001), fundador
da COLACOT, que fala em socialismo autogestionrio.
Ao que tudo indica, o final do sculo XX viu nascer um novo paradigma socioeconmico, poltico e cultural
fundamentado na solidariedade. Estamos aqui, vocs e eu, para participar desta construo. Muito obrigada a todas e a
todos.
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[1] Palestra proferida na UNICAMP por ocasio do II Seminrio de Incubadoras Tecnolgicas de Cooperativas Populares, em 20/3/2002.
[2] Professora de Antropologia na UNIJUI (RS). Doutoranda em Cincias Sociais, IFCH - UNICAMP (Orientadora: Professora doutora Maria Suely Kofes).
Endereo de correio eletrnico: [email protected].
[3] Para Lvesque, Malo e Girard, trata-se dos anos 1840-1850.
[9] Pelo que conhecemos, com algumas ressalvas para Razeto, Jos Luis Coraggio e Orlando Nez, na Amrica Latina o termo economia solidria equivale
a economia social.
[10] Que muito problemtica e no bem-aceita.
[13] A proposta era de Paul Singer, mas foi Alosio Mercadante que a batizou com o nome de economia solidria (Singer, 2001).
[14] A primeira iniciativa foi da FIOCRUZ, para montar uma cooperativa de limpeza com trabalhadores dos morros de Manguinhos, a COOTRAM.
[15] Tese: Autogesto, Participao e Estrutura Organizacional, (EAESP-FGV) 1989. Dissertao: Autogesto e Condies Modernas de Produo (PUCSP) 1983.
[16] A ANTEAG foi fundada em So Paulo, em 1994, e seus fundadores so oriundos em grande parte da militncia por um sindicalismo alternativo no final
da dcada de 1970 e incio da dcada de 1980, e em particular da Secretaria de Formao do Sindicato dos Qumicos de So Paulo. Na ANTEAG destaca-se
seu diretor tcnico, o economista e administrador de empresas Aparecido Farias; a casa dele foi a primeira sede e, naquela poca, os tcnicos no tinham
qualquer tipo de remunerao.
[17] Hoje, Rede Interuniversitria de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho.