Relatório Bombas
Relatório Bombas
Relatório Bombas
Sumrio
1.Introduo........................................................................................................... 3
4.Materiais e mtodos............................................................................................ 5
5.Resultados........................................................................................................... 5
3.1 Dados experimentais ......................................................................................
6.Concluso............................................................................................................ 8
7.Referncias bibliogrficas.................................................................................... 8
Resumo:
O presente relatrio objetivou, por meio de dados obtidos experimentalmente, determinar a
curva caracterstica de uma bomba centrfuga, sua vazo de operao, altura manomtrica e
eficincia. O experimento consistiu em tomar medidas necessrias em uma bancada hidrulica,
variando-se a vazo. Os valores encontrados por meio do tratamento de dados para a vazo de
operao foi de
1,37.10 m / s
10,61m
1. Introduo
Para que seja possvel o escoamento de um lquido em uma tubulao a uma vazo, presso
e altura manomtrica especfica so necessrias a utilizao de mquinas geratrizes denominadas
bombas, responsveis por transporte e separao de fluidos. As bombas transportam um fluido
incompressvel para outro local, ou o mantm em movimento, transformando o trabalho mecnico em
energia hidrulica, comunicando ao fluido em acrscimo de energia na forma de energia potencial, de
presso e energia cintica. O uso de bombas em uma linha se d com o intuito de compensar as
perdas localizadas e/ou distribudas na mesma, bem como aumentar presso, velocidade e altura do
fluido [1].
As bombas se dividem de acordo com a forma como a energia fornecida ao fluido, sendo
ento classificadas em dois grandes grupos, as Bombas de Deslocamento Positivo (alternativa ou
rotativa) e as Bombas Centrfugas. [1]
As Bombas de Deslocamento Positivo funcionam da seguinte forma, uma poro do fluido
presa numa cmara, assim, pela ao de um pisto ou uma pea rotativa, o fluido impulsionado
para fora.[1]
As bombas centrfugas possuem como caracterstica um peso reduzido, simples construo,
baixo custo de operao e manuteno, tornam-se assim um dos equipamentos mais usados no
mundo [2]. Seu princpio de funcionamento consiste em um rotor que gira dentro de uma carcaa por
meio de um eixo. O fluido entra pela carcaa na direo axial e em seguida aspirado pelas ps do
rotor que aumentam a sua energia cintica convertendo-a em energia de presso. Aps passar pelo
rotor o fluido ganha velocidade e presso, dirigindo-se de forma radial a sada da bomba.
Alm das vantagens j citadas, na bomba centrfuga, o fluido descarregado a uma presso
uniforme, sem pulsaes e a linha de descarga pode ser estrangulada sem danificar a bomba. A
desvantagem desse tipo de bomba encontra-se no fato de que elas no servem para altas presses,
so sujeitas incorporao de ar, sua mxima eficincia ocorre dentro de um curto intervalo de
condies e s bombeia fluidos num limite de 40cp de viscosidade [3].
A escolha da bomba deve levar em considerao o tipo de fluido a ser transportado, assim
considera-se: quantidade de fluido a transportar (vazo), a natureza do fluido a bombear (viscosidade,
corrosividade, presena de slidos em suspenso), a fonte de energia, a carga contra a qual h que
bombear o fluido (HB) e se a bomba ser utilizada de forma intermitente ou no. Avalia-se ainda o
custo e a eficincia mecnica da mquina [4].
Por ser um sistema hidrulico, a bomba est sujeita ao fenmeno conhecido por cavitao.
Isso ocorre quando a presso do fluido incompreensvel na linha de suco se torna menor que a
presso de vapor do mesmo, assim o lquido evapora formando bolhas de vapor no fluido que
causam eroso e rudos no equipamento [4]. Essas bolhas vo se condensar bruscamente, fazendo
com que o lquido atinja a superfcie do rotor em altas velocidades causando a desagregao do
material [7]. A cavitao acompanhada de vibraes e rudos em conjunto com uma queda
progressiva de rendimento. Em geral este problema se apresenta por altura inadequada de suco,
velocidades excessivas de escoamento ou por escoamento incorreto, e para evitar a cavitao, a
presso na entrada da bomba deve ser maior que a presso de vapor do fluido em certo valor
chamado NPSH (altura livre positiva de suco) [7].
Quanto a sua aplicao, as bombas so usadas em sistemas de esgotos, abastecimento de
gua, alimentao de caldeiras, combate a incndio, irrigao, drenagem, dragagem, servio
martimo, sistemas de condensados, gua de refrigerao [5].
Todas as formas de energia envolvidas em um sistema de fluxo de lquido so expressas em
termos de altura de coluna do lquido, isto , carga [4]. Para descrever as caractersticas operacionais
de uma bomba so utilizadas suas curvas caractersticas onde sua capacidade, isto , a vazo
volumtrica plotada contra a carga desenvolvida. Esta curva contm informaes sobre o
equipamento como, a carga da bomba, altura manomtrica (H), capacidade (Q), a eficincia ( ),
NPSH (presso absoluta disponvel na entrada da bomba) e a potncia (P). A bomba escolhida para
um determinado servio deve possuir caractersticas operacionais estveis [4].
O formato mais comum da curva caracterstica de bombas centrfugas pode ser visto na
Figura 1, a seguir, onde observa-se que a medida que a vazo do liquido aumenta, a vazo
manomtrica da bomba cai.
2. Modelo
Para o tratamento dos dados experimentais no presente relatrio, as equaes a seguir
sero utilizadas.
A vazo pode ser definida como sendo a quantidade em volume que escoa atravs de certa
seco em um intervalo de tempo considerado, ou seja, a relao entre o volume e o tempo que
representa a rapidez com que o fluido escoa.
Q=
Onde V o volume em
V
t
(1)
H B=
P2 P1
p.g
(2)
Em que
P2
a presso em um
g a acelerao da gravidade.
B =
B
Em que
yQ H B
NB
a eficincia da bomba,
(3)
NB
y o
apotncia de eixo da
bomba.
3. Objetivo
A partir das medidas de vazo e presso tomadas em ensaios realizados em laboratrio o
presente relatrio possui o objetivo de determinar a curva caracterstica de uma bomba centrfuga,
sua vazo de operao, altura manomtrica e eficincia.
4. Materiais e mtodos
O ensaio foi realizado utilizando-se os seguintes materiais:
Bomba centrfuga
Vlvulas
Balde
Proveta
Cronmetro
Trena
Inicialmente foi ajustada a vazo por meio da vlvula a montante da bomba e em seguida a
mesma foi acionada. Aps as alturas do manmetro em U terem se estabilizado, foram mensuradas
as diferenas entre elas a fim de se determinar a presso de suco. Anotou-se a presso de
recalque indicada pelo manmetro de Bourdon. Estipulou-se o tempo de 10 segundos para o
enchimento do tanque. A altura resultante da gua no tanque foi anotada. Anotou-se ainda as
dimenses do tanque para o clculo de seu volume. O procedimento foi repetido trs vezes para cada
vazo de operao, totalizando 15 pontos.
5. Resultados
3.1 Dados experimentais
Os dados obtidos no experimento encontram-se dispostos na tabela 1. PS e PR se referem a,
respectivamente, presso de suco e presso de recalque. A altura manomtrica foi obtida a partir
g=9,78 m/ s2
da equao 2, considerando
PS
( Pa )
PR
( Pa )
manomtrica
(m)
Altura
Volume
Tempo
(m)
( m3 )
(s )
7504,65
161809,7
15,78
0,146
0,009969
9,97
8093,25
161809,7
15,72
0,147
0,010002
10,19
8093,25
161809,7
15,72
0,149
0,010125
10,22
6582,51
176519,7
17,38
0,124
0,008426
10,03
6533,46
176519,7
17,38
0,123
0,008358
9,93
6582,51
176519,7
17,38
0,122
0,00829
9,90
5846,76
186326,4
18,45
0,102
0,006931
10,25
5670,18
186326,4
18,47
0,102
0,006931
10,25
5758,47
186326,4
18,46
0,103
0,006999
10,10
10
4610,7
196133
19,58
0,076
0,005164
10,25
11
4836,33
196133
19,56
0,074
0,005028
10,22
12
4561,65
196133
19,59
0,074
0,005028
10,31
13
2344,59
205939,7
20,82
0,036
0,002446
10,25
14
2521,17
205939,7
20,80
0,035
0,002378
10,25
15
2432,88
205939,7
20,81
0,035
0,002378
10,25
A partir dos dados dispostos na Tabela 1, e das dimenses do tanque (0,274 (m) x 0,248 (m)),
calculou-se o valor mdio dos volumes das cinco vazes. O tempo mdio para cada vazo tambm
foi calculado, e utilizando a equao 2, calculou-se a vazo volumtrica. A tabela 2 expressa os
valores calculados.
Tabela - Valores calculados para o volume mdio, tempo mdio e vazo volumtrica.
Vazo volumtrica
Volume mdio
Tempo mdio
( 10 3 m3 )
(s )
10,03 0,08
10,13 0,14
9,91
8,36 0,07
9,95 0,07
8,40
6,95 0,04
10,20 0,09
6,82
5,07 0,08
10,26 0,05
4,94
2,40 0,04
10,25 0,00
2,34
Vazo
10
s
A partir dos valores mdios das alturas manomtricas (Hb) e das vazes volumtricas (Q),
plotou-se um grfico para determinar qual seria a equao da curva caracterstica da bomba. Assim,
encontrou-se:
6
Qo=1,37.10 3
m3
s
Ho=10,61 m
=9780 N / m
N B =372,75W , encontrou-se:
B =38,13
6. Concluso
O tratamento de dados consistiu em construir a curva caracterstica da bomba e ao comparla com a curva do sistema obter a vazo de operao da bomba e a altura manomtrica da mesma.
Com os devidos valores obtidos foi possvel calcular a eficincia da bomba onde o valor encontrado
foi de 38,13%. Conclui-se que esse valor relativamente baixo porm satisfatrio uma vez que uma
bomba centrfuga possui eficincia entre 30 e 50% para fluidos de processos e at 75% para gua, de
acordo com a literatura [8]. O baixo valor pode estar relacionado a possveis erros ocorridos na
realizao do experimento.
7. Referncias bibliogrficas
[1]
Bombas
instalaes
de
bombeamento.
Disponvel
em:
ftp://ftp.mecanica.ufu.br/LIVRE/Ribeiro/maquinas%20de%20fluxo/textos%20basicos/Bombas%20e
%20instala%E7%F5es%20de%20bombeamento.doc. Acesso em novembro de 2015.
[2] Operaes Unitrias I. Bombas. Disponvel em:
www.unicamp.br/fea/ortega/aulas/aula11_Bombas.ppt. Acesso em novembro de 2015.
[3] GANGHIS, D. ,Apostila de Bombas Industriais, CEFET/BA.
[4] Operaes Unitrias I. Bombas e Compressores.
Material elaborado pelas Prof. Katia Tannous e Prof. Sandra C.S. Rocha. Disponvel em:
http://www.ocw.unicamp.br/fileadmin/user_upload/cursos/EQ651/Capitulo_I.pdf. Acessado novembro
de 2015.
[5] Operaes Unitrias I. Material elaborado por Prof. Gernimo Taglieferro. Disponvel em:
http://sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/5840921/390/Aula1de0PUnitIpdf.pdf . Acesso em
novembro de 2015.
[6] Mecnica dos Fluidos, Escola da Vida. Disponvel
em :http://www.escoladavida.eng.br/mecfluquimica/primeiro2008/quinta_aula_de_complemento.pdf.
Acesso em novembro de 2015.
[7] RODRIGUES, L. Mecnica dos Fludos.Engbrasil. Disponvel em:<www.engbrasil.
CREMASCO,
Marco
Aurlio.
Operaes
Unitrias
em
Sistemas
Particulados