Perfil - Litoral Norte e Agreste Baiano PDF

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Territrio de Identidade

Litoral Norte e
Agreste Baiano
Perfil Sinttico

SECRETARIA DE
DESENVOLVIMENTO RURAL

Rui Costa
Governador do Estado da Bahia

Joo Leo
Vice-Governador do Estado da Bahia

Jernimo Rodrigues Souza

Sumrio

Secretrio de Desenvolvimento Rural

Edson Neves Valadares


Chefe de Gabinete

Mrio S. N. de Freitas
Coordenador de Planejamento e Gesto

Mrcia Carvalho
Coordenadora de Gesto Organizacional e TIC

Andr Pomponet
Especialista em Polticas Pblicas
e Gesto Governamental

Robson Batista

Apresentao

Caracterizao

A Realidade Rural

Aspectos Demogrficos

Educao

Sade

Assessor Tcnico

Leonardo de Farias
Assessor Tcnico

Maria de Ftima Vaccarezza


Assessora Tcnica

Fernando Coelho
Secretrio Administrativo

Riqueciano Soares

Vulnerabilidade

10

Mercado de Trabalho

11

gua e Saneamento

12

Analista de Sistemas

ELABORAO
Assessoria de Planejamento e Gesto

Andr Pomponet
Pesquisa e Redao

Robson Batista
Layout e Digramao

Apresentao

O Perfil Sinttico dos Territrios de Identidade da Bahia tem o propsito de oferecer


um conjunto de informaes bsicas sobre a realidade de cada um dos 27 territrios
que so utilizados como unidade de planejamento pelo Governo da Bahia. Embora a
nfase se d em relao s questes rurais, consideramos fundamental apresentar
informaes adicionais que envolvem a populao do campo, como aspectos
demogrficos e indicadores de sade e educao.
A concepo e a implementao de polticas pblicas com efetivo sucesso exigem o
conhecimento prvio sobre a realidade que se pretende transformar. Sendo assim, a
presente publicao tem o objetivo de contribuir para as discusses em andamento e
servir de subsdio para aqueles que trabalham com o tema do Desenvolvimento Rural
e com a questo territorial.
Este Perfil Sinttico tambm refora o nosso compromisso com a transparncia e a
construo coletiva, medida que busca a difuso de informaes entre todos
aqueles que esto engajados na questo do Desenvolvimento Rural..

Jernimo Rodrigues Souza


Secretrio de Desenvolvimento Rural
Salvador, Bahia, 2015

Caracterizao

O Territrio de Identidade Litoral Norte e Agreste Baiano possui extenso total de


13,7 mil quilmetros quadrados e populao estimada de 628,2 mil habitantes, de
acordo com o Censo 2010 do IBGE. composto por 22 municpios: Acajutiba,
Alagoinhas, Apor, Aras, Aramari, Cardeal da Silva, Catu, Conde, Crispolis, Entre
Rios, Esplanada, Inhambupe, Itanagra, Itapicuru, Jandara, Mata de So Joo,
Olindina, Ouriangas, Pedro, Pojuca, Rio Real, Stiro Dias. O maior municpio do
territrio Alagoinhas, com populao de 141,9 mil habitantes. Catu (51 mil), Mata
de So Joo (40,1 mil) e Entre Rios (39,8 mil) tambm esto entre os maiores
municpios do territrio.
A variedade climtica no territrio muito ampla, abrangendo do tropical mido a
sub-mido, mido, submido a seco e at semirido. Essa variedade se reflete sobre
o regime de chuvas que podem oscilar entre 500mm a 800mm, nas reas mais
ridas, at 2000mm em ambientes mais midos. No Litoral Norte e Agreste Baiano
predominam dois biomas: a Caatinga e, em maior escala, a Mata Atlntica.
Uma das atividades econmicas mais relevantes do territrio o turismo, alavancado
pelas belezas naturais do Litoral Norte baiano. Essa regio, nos ltimos anos, atraiu
significativos investimentos em infraestrutura turstica, a exemplo de hotis, resorts e
condomnios de alto luxo.

A Realidade Rural

O Territrio de Identidade Litoral Norte e Agreste Baiano tem 33,8 mil


estabelecimentos agropecurios com Agricultura Familiar, segundo levantamento do
Censo Agropecurio 2006 do IBGE. A maior quantidade localiza-se em
Crispolis(5,6 mil), seguido de Itapicuru (3,5 mil) e Rio Real(3,4 mil). Os municpios
com menor nmero de estabelecimentos com Agricultura Familiar no territrio so
Cardeal da Silva (81) e Itanagra (115).
Em relao distribuio da propriedade entre os agricultores familiares, a maior
quantidade est entre aqueles que so titulares da terra que cultivam (31.026). H o
registro de outras situaes, como a parceria (508), o arrendamento (155) e tambm
as ocupaes (1.656). As propriedades ocupadas representam 4,8% do total de
estabelecimento da Agricultura Familiar no Litoral Norte e Agreste Baiano.
As principais atividades agropecurias envolvem a avicultura integrada, a apicultura,
a bovinocultura, a ovino-caprinocultura, alm da citricultura, manicultura,
silvicultura e os cultivos de mamo, coco, milho e maracuj, conforme dados do
Zoneamento Ecolgico-Econmico (ZEE) realizado em 2013.Uma caracterstica do
territrio a presena de 12 comunidades remanescentes de quilombos,
concentradas em Alagoinhas, Aras e Mata de So Joo.H tambm o registro de
10associaes e colnias pesqueiras artesanais, distribudas por quatro municpios,
conforme dados da CDA e Ufba.
No Litoral Norte e Agreste Baiano o rebanho bovino totaliza 363,1 mil animais, de
acordo com dados do IBGE de 2010. Nessa atividade, destacam-se os municpios de
Rio Real, Inhambupe e Entre Rios, com cerca de 25% do rebanho total do territrio.

Aspectos Demogrficos

Acompanhando a tendncia observada em parte do Pas, o crescimento da


populao dos municpios do Litoral Norte e Agreste Baiano perdeu ritmo entre os
anos de 2000 e 2010. A taxa de expanso da populao ficou em 1,1%, superior
mdia de 0,7% da Bahia. Ressalte-se que, na zona rural, a populao cresceu apenas
0,6%, contra 1,5% dos residentes nas reas urbanas. Pojuca (2,4%) e Inhambupe
(2,1%) foram os municpios que mais cresceram. Os que menos cresceram foram
Pedro (0,1%) e Acajutiba (0,2%).
A populao com idade superior a 60 anos vem crescendo no territrio, embora a
uma taxa inferior da Bahia. No estado, a populao idosa totaliza 10,3%, contra
9,9% no Litoral Norte e Agreste Baiano. No censo anterior, em 2000, esse percentual
era de 8,6%.
A populao com idade at 14 anos, no entanto, vem diminuindo no territrio. O
nmero de crianas e adolescentes at 14 anos, em 2010, totalizou 27,4% da
populao, contra 33,7% dez anos antes. Esse nmero, a propsito, superior
mdia baiana, de 25,4%. J a populao que normalmente est em idade produtiva,
na faixa dos 15 aos 59 anos, foi de 62,7% em 2010, contra 57,7% em 2000.

Educao

Apesar do avano na reduo do


analfabetismo entre 2000 e 2010, o
Litoral Norte e Agreste Baiano ainda
apresentapercentual mdio superior
ao da Bahia: 18,5%, contra 16,3% do
estado, conforme o Censo 2010 do
IBGE. Em 2000, esse indicador
alcanava 24,9% da populao com
idade superior a 15 anos. Pojuca
(8,8%) e Alagoinhas (9,6%) so os dois
nicos municpios cujo percentual de
analfabetos inferior a dois dgitos. A
situao mais precria em Apor
(28,3%) e em Stiro Dias (27,7%).
O acesso educao se ampliou
significativamente entre os anos de
2000/2010 na faixa etria dos 6 aos
14 anos: em 2000, o ndice era de 92,1%, atingindo 96,9% dez anos depois,
percentual exatamente igual ao do estado. No Litoral Norte e Agreste Baiano todos
os municpios ostentam ndice de acesso superior a 90%, com destaque para Jandara
(99%) e Ouriangas (98,7%). S Olindina (91,4%) tem percentual inferior a 95%.
Na faixa etria dos 15 aos 17 anos, no entanto, a lacuna mais significativa, embora
o acesso tenha passado de 79,3% para 85% entre 2000 e 2010, percentual inclusive
superior ao do estado (83,7%). Quando se considera a taxa lquida de escolarizao
nessa faixa etria desconsiderando-se a evaso que se percebe a magnitude do
desafio de manter os adolescentes na escola: a taxa de apenas 30,8%, embora
fosse de apenas 13,6% no censo anterior, em 2000. Note-se que o percentual em
2010 era inferior mdia da Bahia, que alcanava 38%.

Sade

A mortalidade infantil vem se reduzindo nos


municpios do Litoral Norte e Agreste Baiano
a um ritmo superior mdia da Bahia. Entre
2000 e 2010, o nmero de mortes por cada
grupo de mil crianas nascidas vivas recuou
de 28,7 para 17,2. Na Bahia, esse indicador
passou de 26,6 para 18. Assim, o territrio,
que ostentava uma situao geral pior que o
estado em 2000, avanou em um ritmo mais
acelerado ao longo da dcada at 2010.
A mesma situao se repete em relao
mortalidade entre crianas com idade at 5
anos. Nos municpios do Litoral Norte e
Agreste Baiano, a taxa recuou de 33,9por
mil para 20,6por mil entre 2000 e 2010. No
estado, esse ndice passou de 30,9 por mil
para 20,7 por mil no mesmo intervalo.
Outros indicadores de sade tambm vm registrando avanos no territrio. o caso
da incidncia de tuberculose, cujos registros recuaram de 239 em 2001 para 139 em
2012. A hansenase se elevou de31 casos para 75 no mesmo perodo, embora o
nmero de casos tenha alcanado 100 registros em 2007 e 115 em 2009, declinando
lentamente desde ento.
A dengue segue como um problema no Litoral Norte e Agreste Baiano. Em 2001
foram computados642 casos, que declinaram para 276 em 2012. Note-se que,
exceo de 2002, quando foram notificados 2,1 mil casos, o nmero de registros
jamais ultrapassou as 500 ocorrncias.

Vulnerabilidade
Embora venha avanando ao longo dos anos, o ndice de Desenvolvimento Humano
IDH nos municpios do Litoral Norte e Agreste Baiano ainda est aqum do nvel
alcanado pela Bahia. No estado, o ndice de 0,660. No territrio, somente quatro
municpios tem indicador superior: Alagoinhas (0,683), Catu (0,677), Mata de So
Joo (0,668) e Pojuca (0,666). J Itapicuru (0,486) o nico municpio que no
alcanou a marca de 0,500 no territrio. No entanto, todos os municpios avanaram
no intervalo entre 2000 e 2010.
O ndice de Desenvolvimento Humano um indicador de qualidade de vida de uma
populao. Compem o IDH a expectativa de vida ao nascer, o nvel de escolaridade
e a renda per capita. O IDH entre zero e 0,499 considerado baixo; entre 0,500 e
0,799 considerado mdio e, acima de 0,800, o nvel de desenvolvimento alto. O
nvel de desenvolvimento do Litoral Norte e Agreste Baiano, portanto, pode ser
considerado mdio.
O Territrio Litoral Norte e Agreste Baiano registra ndice de concentrao de renda
Gini inferior mdia da Bahia. No estado, o ndice alcana 0,631, contra 0,597 no
territrio. Quanto mais elevado o Gini, maior a concentrao de riqueza. O territrio,
inclusive, registra avanos em relao melhor distribuio da riqueza, j que em
2000 esse ndice era de 0,609.
Um dos efeitos da desconcentrao da renda a reduo da extrema pobreza no
Litoral Norte e Agreste Baiano. No territrio, o ndice se reduziu de 33,6% para 20,3%
entre 2000 e 2010. Somente Alagoinhas, com 9,4%, registra percentual de extrema
pobreza inferior a dois dgitos. A situao pode ser considerada alarmante em Apor
(39%), em Olindina (35,8%) e em Conde (35,2%).
Os avanos na reduo da pobreza devem ser creditados, em parte, s polticas de
transferncia de renda, a exemplo do Programa Bolsa Famlia PBF. No territrio,
90,3 mil famlias so beneficirias do programa, cujo repasse de recursos atingiu R$
156,4 milhes entre janeiro e outubro de 2013.O maior nmero de famlias
beneficirias est em Alagoinhas (15,8 mil), assim como o maior valor repassado (R$
25,5 milhes), no mesmo intervalo.

10

Mercado de Trabalho

A ampliao no nmero de empregos formais no


Litoral Norte e Agreste Baiano tambm um fator
que contribuiu para a reduo da
pobreza no territrio. O nmero de
postos de trabalho se ampliou de 31,9
mil para 77,1 mil entre os anos de
2001 e 2011. O setor que mais se
sobressaiu foi o de Servios,
cujoestoquepassou de 9,6 mil para 23
mil empregos. Em parte, o salto se
deve ao crescimento do turismo ao
longo da dcada.
O Comrcio, embora tenham gerado empregos, tem
influncia mais modesta no Mercado de Trabalho: no
setor, os empregos passaram de 4,9 mil para 12,2 mil. Parte do aumento se deve
Administrao Pblica, que ampliou o nmero de empregos de 7,9 mil para 23 mil no
mesmo intervalo.
A quantidade de empregos formais, no entanto, limitada quando se considera o
volume de trabalhadores sem carteira assinada: 57,9 mil pessoas esto nessa
condio, com remunerao bem abaixo da renda do setor formal: R$ 401, contra R$
953 dos trabalhadores que esto no mercado formal de trabalho, conforme dados do
Censo 2010 do IBGE.

11

gua e Saneamento

O nmero de domiclios interligados rede geral


de esgoto quase dobrou no Litoral Norte e Agreste
Baiano em apenas uma dcada: eram 26,8 mil em
2000 e passaram a 49,2 mil dez anos depois.
Os desafios em relao ao esgotamento
sanitrio no territrio, no entanto, ainda so
significativos: mais de 93 mil domiclios ainda
utilizam fossas rudimentares para o descarte de
resduos.
O acesso rede geral de distribuio de gua
tambm melhorou: eram 85,8 mil domiclios atendidos em 2000, passando para 144
mil no levantamento realizado em 2010. Apesar dos avanos, mais de 34,5 mil
domiclios ainda recorrem a outras formas de abastecimento, a exemplo de
nascentes, poos, rios, audes ou lagos.

12

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