A Contribuição e A Importância Do Teatro Na Educação Integral Da Criança
A Contribuição e A Importância Do Teatro Na Educação Integral Da Criança
A Contribuição e A Importância Do Teatro Na Educação Integral Da Criança
A CONTRIBUIO E A IMPORTNCIA DO
TEATRO
NA EDUCAO INTEGRAL DA CRIANA
Mestrado em Educao
rea de Especializao em Educao Artstica
Setembro de 2013
ndice
AGRADECIMENTOS .................................................................................................. 1
RESUMO..................................................................................................................... 2
ABSTRACT ................................................................................................................. 3
1. INTRODUO ........................................................................................................ 4
1.1. PROBLEMTICA DE INVESTIGAO ............................................................ 5
1.2. OBJETIVOS ...................................................................................................... 6
1.3. CONTEXTO ...................................................................................................... 6
1.4. PERTINNCIA .................................................................................................. 7
1.5. QUESTES DE INVESTIGAO .................................................................... 7
2. REVISO DA LITERATURA ................................................................................... 8
2.1. ARTE E EDUCAO ........................................................................................ 9
2.2. EDUCAO ARTSTICA EM CABO VERDE ................................................. 11
2.3. TEATRO E EDUCAO (panorama histrico) ............................................... 13
2.4. O JOGO TEATRAL NO CONTEXTO EDUCATIVO ........................................ 16
2.5. OS CONTEDOS DO ENSINO DO TEATRO ................................................ 19
2.6.TEATRO: ASPECTOS SOCIAIS E CULTURAIS DO ENSINO ........................ 21
2.7. O TEATRO E A INTERDISCIPLINARIDADE .................................................. 24
2.8. O TEATRO E A TRANSVERSALIDADE ......................................................... 26
3. METODOLOGIA DA INVESTIGAO .................................................................. 30
3.1. O MTODO: INVESTIGAO-AO ............................................................ 31
3.2. VANTAGENS E DESVANTAGENS DO MTODO ......................................... 34
3.3. DESENHO DA PESQUISA ............................................................................. 35
3.4. PLANO DE ACO ........................................................................................ 36
3.5. CONTEXTO DA PESQUISA ........................................................................... 37
3.6. INTERVENIENTES ......................................................................................... 38
3.7. PAPEL DO INVESTIGADOR .......................................................................... 38
3.8.INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS ................................................ 39
3.8.1 A OBSERVAO PARTICIPANTE ........................................................... 39
3.8.2. NOTAS DE CAMPO ................................................................................. 41
3.8.3. ENTREVISTA ........................................................................................... 41
AGRADECIMENTOS
RESUMO
O presente trabalho apresenta uma investigao a respeito da contribuio e
da importncia do teatro na educao integral da criana. Discute a realizao de
atividades teatrais na escola como prtica educativa motivadora da aprendizagem,
da interao social e da expresso individual dos sujeitos. O teatro uma
modalidade artstica que privilegia o uso da linguagem e promove o desenvolvimento
da imaginao e do pensamento generalizante. Como atividade coletiva, o teatro
promove uma forma especial de interao e cooperao entre os sujeitos. A anlise
do processo e dos resultados foi feita a partir do referencial terico de Koudela, Viola
Spolin, Boal, Vygotsky os quais inscrevem o nosso trabalho numa perspectiva
histrica e cultural.
Este trabalho relata e avalia uma experincia com um grupo de crianas,
durante uma oficina de teatro, numa escola, e os efeitos dessa atividade no
processo educacional. A metodologia utilizada foi a investigao-ao, aplicada para
uma turma do quinto ano do ensino bsico, na ilha de So Vicente Cabo Verde. O
trabalho foi realizado com dezoito crianas com idades compreendidas entre dez e
doze anos. Os resultados obtidos confirmam a linguagem teatral como recurso
valiosssimo e privilegiado para a aprendizagem de contedos cientficos no meio
escolar. Estes resultados encontram eco no referencial terico na medida em que a
linguagem teatral, atravs da riqueza dos seus recursos, disponibiliza ao aluno uma
maior quantidade de mediaes semnticas, as quais acrescentam s mediaes
estritamente conceituais um sentido mais amplo, permitindo dessa maneira que o
aluno se aproprie do conhecimento de maneira mais significativa. O teatro revela-se
como um importante e eficiente recurso psicopedaggico, de vasta possibilidade de
utilizao dentro da escola, reduzindo ou eliminando alguns obstculos no processo
educativo e no desenvolvimento integral dos educandos. O estudo permitiu concluir
sobre os efeitos positivos da prtica de teatro na motivao, criatividade,
comunicao e expresso, timidez e autoconhecimento dos alunos.
Palavras-chave: Educao - Teatro - Aprendizagem - Formao da Criana Interao social
ABSTRACT
This dissertation presents the results of an investigation regarding the
contribution and importance of theatre for the comprehensive education of children. It
discusses the implementation of theatrical activities in school as an educational
practice to motivate learning, social interaction and individual expression. Theatre is
an art form that emphasizes the use of language and promotes the development of
imagination and general thinking. As a collective activity, theatre promotes a special
form of interaction and cooperation between subjects. The analysis of the process
and of the results was situated within the theoretical frameworks of Koudela, Viola
Spolin, Boal and Vygotsky, which impart a historical and cultural perspective to the
research.
The dissertation describes and evaluates the implementation of a theatre
workshop with a group of children at school, and the effects of this activity on the
educational process. The chosen methodology was action research, carried out with
a class of fifth grade primary school children on the island of Sao Vicente in Cape
Verde. The work was carried out with eighteen children aged between ten and
twelve. The results obtained confirm the hypothesis that theatrical language
constitutes an extremely rich and valuable resource for learning the contents of
science in school. These results corroborate the postulates of the theoretical
framework adopted which argue that the language of theatre, through the richness of
its resources, provides the student with a greater amount of semantic mediation
which, by broadening the meanings of the strictly conceptual mediations, allows the
student to appropriate knowledge more meaningfully. Theatre is thus revealed as an
important and efficient psycho-pedagogical resource, with a vast possibility of uses
within school that helps to reduce or eliminate some of the obstacles present in the
educational process and in the comprehensive development of students. The study is
able to confirm the positive effects of theatre upon the motivation, creativity,
communication and expression, shyness and self-knowledge of the students.
1. INTRODUO
como agente
cultural, tenho
constatado
que no
existe
um
Educao
Artstica
um
instrumento
importante
para
desenvolvimento cognitivo, intelectual e emocional e obriga a educao a alicerarse constantemente numa cultura investigativa (Einser, 1979).
Assim, como educador, pesquisador e artista, proponho-me encontrar
caminhos, ou apontar os j encontrados por diversos autores, para a incluso do
teatro no mbito escolar, procurando garantir e preservar a sua qualidade e sentido
da promoo de uma educao integral da criana, envolvendo os sentidos, o corpo,
os sentimentos, a imaginao e a criatividade. A fim de que o teatro no se torne
mais e apenas um contedo intelectual, e a sua orientao no siga um padro
autoritrio e exibicionista (valorizando apenas o produto); e para que exista dentro
da escola um espao reservado ao processo educativo mais amplo e integral.
Acreditando que, com uma orientao adequada, o teatro pode oferecer muitas
contribuies psicopedaggicas, e ajudar significativamente no desenvolvimento
saudvel das crianas.
Segundo Lopes, (1999) torna-se necessrio estruturar projetos com
continuidade, que acompanhem a criana e o jovem no percurso da descoberta e do
desenvolvimento harmonioso, que o dotem de memrias e ferramentas vlidas para
o exerccio saudvel da cidadania,
Sabendo das diversas potencialidades que o teatro pode canalizar para o
sistema educacional, nomeadamente no Ensino Bsico, a investigao pretende dar
um contributo para o conhecimento dessa rea, podendo tambm servir para, a
partir deste, serem realizados outros estudos, mais aprofundados, para passar a
experincia do prprio estudo ao contexto educativo e acrescentar ao campo
cientfico mais fontes que sirvam de suporte a esse conhecimento.
1.2. OBJETIVOS
Investigar a contribuio e a importncia do teatro na educao integral da criana
1.3. CONTEXTO
educao
no
seu
todo
possibilitando
um
melhor
1.4. PERTINNCIA
Este estudo justifica-se pela possibilidade de explorar as vrias qualidades
desse campo da arte que o teatro. Partimos do princpio que na educao da
criana necessrio um trabalho com diversas linguagens, oferecendo criana e o
jovem oportunidades de experimentao, e consideramos que o carcter
multidimensional e educativo da linguagem teatral pode acarretar grandes benefcios
no processo de ensino/aprendizagem.
Assim, no campo da educao, este estudo salienta a importncia do teatro
como ferramenta pedaggica com vista a uma melhoria na articulao de saberes e
prticas educativas. Por outro lado, valoriza a educao artstica no domnio da
formao humana e social dos nossos alunos e o seu impacto na vida escolar e
familiar. Por ltimo, apresenta o projeto artstico como um instrumento de promoo
de saberes, destrezas e afetos.
ii) Como que o teatro pode ser utilizado como instrumento propulsor do processo
ensino/aprendizagem?
2. REVISO DA LITERATURA
abordar
das
terminologias
contributo
dos
da formao
conceitos,
artstica
importa-nos
esttica,
no
ainda, que a obra de arte interessa-nos, por que nos ensina o que poderamos, ou
teramos conseguido fazer com os nossos sentidos, a nossa sensibilidade, a nossa
vida. Isto, sem esquecer que a arte deve, jamais, ser instrumentalizada para fins de
qualquer natureza, cumpre-lhe apenas revelar os limites da realidade e suscitar a
conscincia da necessidade de transformar o mundo (Veiguinha, 1998).
Sousa (2003a) afirma que a educao da pessoa no seu todo, holstica, foi
inicialmente preconizada por Pitgoras, que baseou a sua tese na formao atravs
do autoconhecimento. No se trata, portanto, de uma concepo recente. Embora
bastantes filsofos e pedagogos como Rousseau e Schiller, entre outros, tivessem
apelado a uma educao que no se limitasse simples transmisso de saberes,
introduo das artes no contexto escolar, a realidade que essa possibilidade tem
sido descurada pelos poderes polticos que tm dado prioridade aos valores
materialistas, ao que produza resultados econmicos imediatos (Sousa, 2003a).
A arte, ao constituir a linguagem dos afectos (emoes, sentimentos), dever
ser considerada uma das reas mais importantes. Mauco (1986: 13) interroga-se: se
a escola ensina cincias e letras, se ensina a juventude na histria do passado, na
geografia dos mais longnquos, por que razo no haveria de dizer acerca do mundo
que cada um tem em si?
Read (1982: 90) afirma que a civilizao moderna caracterizada por uma
conscincia dividida, um mundo feito de foras discordantes, um mundo de imagens
divorciadas da realidade, de conceitos divorciados da sensao, da lgica divorciada
da vida. Face aos desafios da complexidade do mundo contemporneo, Fernandes
(2000:12) prope:
() um novo paradigma educacional que visa o desenvolvimento global dos seres
humanos, em todas as suas dimenses cognitivas, afectivas, ticas, estticas,
criativas e crticas. necessrio passar da unidimensionalidade cognitiva do presente
multidimensional dos seres humanos, de forma a torn-los aptos a combater com
eficcia os efeitos perversos da globalizao.
10
como uma arte que fortalece a memria, regula o tom e efeito da voz e pronncia,
ensina um comportamento decente para a fisionomia e a expresso gestual,
promove a autoconfiana e habitua os jovens a no se sentirem incmodos quando
estiverem sendo observados (Courtney, 1980, p. 12).
No final do sculo XIX e, em especial, na primeira metade do sculo XX,
diversos autores se debruam sobre o tema teatro/educao, desenvolvendo
abordagens pedaggicas que continuam, at os dias de hoje, a influenciar trabalhos
na rea. o caso, por exemplo, da norte-americana WinifredWard (1884-1975), cuja
obra reflete os postulados da Escola Nova. A autora enfatiza a importncia da
expresso criativa da criana, defendendo que o processo do trabalho com teatro
em escolas deve ser mais enfatizado que o seu produto final (Ward, 1957).
Destaca-se tambm, na primeira metade do sculo XX, a obra de Caldwell
Cook (1885-1939), formulador da ideia de que a atividade dramtica poderia ser um
mtodo eficiente de aprendizagem (Coutrney, 1980). Em The Play (Cook, 1917), o
professor ingls exps o seu mtodo de abordagem de atividades dramticas em
ambientes escolares, tambm denominado play way. At ento, conforme j
explicitado, o teatro nas escolas consistia apenas em encenao de peas e leituras
de dilogos em aulas de lngua. Cook props uma nova forma de abordagem: para
ele, a atuao, por meio do jogo dramtico, era um caminho seguro para a
aprendizagem, no apenas de lnguas. O seu mtodo consistia em utilizar o
contedo dos livros didticos de diversas disciplinas como pretexto para que os
alunos o encenassem, facilitando, assim, a aprendizagem. Desse modo, na aula de
Histria, por exemplo, os alunos representavam os fatos histricos que estavam
sendo trabalhados. Cook, para o desenvolvimento de seu mtodo, partia dos
seguintes princpios: que o aprendizado e a proficincia advm da experincia e no
da escuta ou da leitura; que o bom trabalho costuma ser resultado do livre interesse
e do esforo espontneo; e que o jogo o meio natural de estudo para a juventude
(Cook, 1917). O que o autor propunha era uma encenao livremente improvisada
pelos alunos, em sala de aula, sem a interveno do professor e ausente de maiores
preocupaes com convenes teatrais.
15
preciosas
conquistas
experienciais
vivenciais
favor
do
seu
desenvolvimento. principalmente pelo jogo que a criana processa a sua autoeducao (Sousa, 2003a). Sendo uma actividade pulsional e natural na criana e
possuindo todo esse poder, ser de todo pertinente que, em educao, se d
primazia s metodologias educacionais baseadas no jogo, quer seja espontneo,
quer seja sugerido pelo adulto. O jogo teatral foi conceptualizado e apresentado em
forma de sistema metodolgico para o desenvolvimento de trabalho pedaggico com
o teatro pela norte-americana Viola Spolin. O sistema de jogos teatrais desenvolvido
pela diretora, atriz e professora de teatro foi exposto pela primeira vez em 1962, no
seu livro Improvisao para o Teatro (Spolin, 2000). Apesar de os jogos teatrais
serem amplamente utilizados em ambientes escolares at aos dias atuais, a obra de
Spolin no se dirige apenas a interessados no trabalho com teatro em escolas, mas
a todos os que desejem se expressar atravs do teatro, sejam eles profissionais,
amadores ou crianas (Koudela, 1992 p.40).
17
23
quando nos fala da sua importncia na formao da linguagem est embebido das
ideias de Vygotski.
Vygotski apoia-se na grandeza da linguagem teatral, que agrega a linguagem
falada, corporal, simblica e esttica comunicando ao homem o sentido global em
sua profundidade de significados objetivos e subjetivos da questo exposta, para
justificar a valorizao do seu papel na educao.
A criana mimetiza as impresses externas que percebe do meio que a rodeia. Com
a fora de seu instinto e sua imaginao, cria situaes e ambientes que
proporcionam uma vida para improvisar impulsos emocionais (herosmo,
desenvoltura, abnegao). A fantasia infantil no se detm atmosfera de sonho,
como acontece para os adultos. A criana quer tornar real em aces, em imagens
vivas, tudo o que pensam e sentem (Petrova apud Vygotski, 1987)
24
os
autores
estudados
nesta
pesquisa
trazem
vises
interessantes
Richard Courtney (2003) faz uso de mltiplos conhecimentos para nos falar sobre a
importncia do teatro, para ele a linguagem teatral muito mais do que
simplesmente uma tcnica de arte a ser aprendida e reproduzida. O autor acredita
estar depositada no teatro toda a significao da humanidade na medida em que a
expresso mais pura.
Se o teatro est entrelaado s crenas fundamentais do homem da maneira como
se infere da abordagem sociolgica, esse fato ter certamente sua influncia sobre
todo o conjunto de campos anlogos de estudo: como o homem se posicionou com
relao ao universo (filosofia e religio); as diferentes interpretaes que o homem
deu ao mundo a cada perodo (histria) e com isso se relacionam com sua
compreenso do teatro e das formas dramticas (crtica teatral); como o homem
observou o funcionamento de seus prprios processos mentais (psicologia) e a
relao destes com a criao artstica (esttica) (Courtney, 2003, p. 190)
os
fatos
histricos
esto
retratados
preservados
atravs
destas
25
Mais ainda, Courtney acredita que o teatro possa ser um grande elo para
todos os conhecimentos humanos, funcionando como mtodo e ferramenta tanto no
processo do seu ensino, como na construo dos elementos necessrios para a sua
concretizao final - o espetculo teatral.
() a Educao Dramtica uma disciplina acadmica abrangente. Utiliza
como instrumento todos os ramos do aprendizado que se relacionam com o impulso
dramtico. Utiliza ecleticamente toda e qualquer disciplina em um corpo unificado de
conhecimentos, de maneira a que possa nos ajudar a compreender a natureza da
experincia. Rene muitos aspetos dos estudos at ento no relacionados: aspetos
da filosofia, pois temos examinar por que educamos nossas crianas dessa maneira;
da psicanlise, para entender os smbolos utilizados pelas crianas e os motivos
subliminares no contexto do jogo; da sociologia, pois atuar atividade social que
inclui a interao dos indivduos; da psicologia social, porque imitao, identificao,
desempenho de papis e tudo o mais est diretamente ligado atuao do homem
em seu meio; da cognio psicolingustica, pois o relacionamento entre a formao
do conceito e linguagem influencia diretamente o mtodo dramtico de
aprendizagem. E, ao aproximar-se do teatro, aspetos de matemtica, fsica,
engenharia, esttica e outros campos de estudos vm ampliar o nosso raio de ao
(Courtney, 2003, p. 58).
26
27
29
3. METODOLOGIA DA INVESTIGAO
30
estruturada
dentro
dos
seus
princpios
geradores
sua
resoluo
dentro
desse
mesmo
contexto;
colaborativa,
porque
33
34
35
Ao
Recolha de dados
Calendarizao
Recolha bibliogrfica
Definio
e
reafirmao
do Contatos com o diretor
problema e do propsito de estudo da escola
Ciclo I
Reviso da literatura
Contato com os alunos Novembro de
2012
Passos I, II, III Organizao e distribuio dos participantes,
Janeiro 2013
e IV
formulrios sobre questes de encarregados
de
tica
educao
Reflexo
do
investigador
36
Desenho
implementao
do
estratgias, Reflexo do
investigador
definio dos passos da ao e
aulas,
Ciclo II
Passos V e VI
criao
de
sobre
todos
os
para
recursos
Fevereiro
de
2012
Maro 2012
implementao do ciclo 3.
Informao recolhida
em
cada aula atravs de:
-Registo de vdeo
-Comentrios e
comportamentos dos
alunos
-Reflexo e notas de
campo do
professor/investigador
Abril de 2012
Junho de 2013
37
3.6. INTERVENIENTES
O estudo decorreu na localidade de Ribeira Bote, na cidade de Mindelo, ilha
de So Vicente, Cabo Verde. Os intervenientes integram a turma do 5 ano do
ensino bsico, constituda por dezoito alunos, sendo dez do sexo feminino e oito do
sexo masculino, com idades compreendidas entre dez e doze anos e seus
respetivos encarregados de educao.
O
contexto
de
desenvolvimento
uma Oficina
de
38
das pessoas que nele se movimentam e as suas interaes (Cohen et al, 2000).
Flick (2009) refere que este mtodo remete para um dilema: o mergulhar em
profundidade no campo para aumentar a compreenso e por outro lado manter a
distncia necessria compreenso cientfica e verificvel. No entanto, reconhece
que na observao participante, a inteirao com o campo e o objeto de estudo
pode fazer-se de forma consistente. Ao integrar outros mtodos, os procedimentos
metdicos desta estratgia podem ser especialmente bem adaptados s questes
de investigao.
O investigador qualitativo tenta captar a dinmica natural dos fenmenos, na
procura da intencionalidade e de padres. Segundo Cohen e col. (2000) so
igualmente importantes os incidentes que so excepcionais e sobressaem da rotina.
No caso deste estudo, optou-se por uma observao no estruturada, isto ,
deixaremos que os elementos da situao em observao falem por si (Cohen e tal,
2000) sem estabelecer comparao com outras situaes.
a partir da observao que se levantam os problemas de investigao.
Segundo Wilson (in Moura, 2008), o papel da observao pedaggica fundamentada
exigida pela prtica quotidiana, que deve ser aplicada para que, atravs de uma
atitude experimental se torne possvel estudar a realidade e construir hipteses
explicativas. Problematizar a partir do que observvel permitir assim, atuar de
modo fundamentado, de forma a analisar e resolver problemas reais.
Cohen et al. (2000) alertam para o risco de enviesamento de muitas
observaes devido aos seguintes fatores: ateno seletiva do observador;
reatividade dos participantes ao saberem que esto a ser observados; dfice de
ateno do observador; a validade dos constructos; dados seletivos; memria
seletiva; efeitos expectveis e as interpretaes do investigador podem ser afetadas
por julgamentos e preferncias.
Ainda segundo os mesmos autores, estes problemas que tm a ver com
validade e confiabilidade, podero ser superados se tiver em conta os seguintes
aspetos:
assegurar-se
que
os
constructos
utilizados
so
slidos
40
3.8.3. ENTREVISTA
Em investigao qualitativa, as entrevistas podem ser utilizadas de duas formas.
Podem constituir a estratgia dominante para a recolha de dados ou podem ser
utilizadas em conjunto com a observao participante. ... Em todas estas situaes, a
entrevista utilizada para recolher dados descritivos na linguagem do prprio sujeito,
permitindo ao investigador desenvolver intuitivamente uma ideia sobre a maneira
como os sujeitos interpretam aspectos do mundo. (Bogdan&Biklen, 1994, p. 134)
41
3.8.4. QUESTIONRIO
O questionrio um instrumento de investigao que consiste em um
conjunto de questes apresentadas por escrito com o objectivo de obter informao
42
44
perturbao que este mtodo de recolha de dados possa causar (Moura 2003), optei
pela sua utilizao apenas no terceiro ciclo da investigao.
3.8.6.TRIANGULAO
A triangulao dos dados, permite utilizar diferentes fontes para a obteno
de evidncias. Segundo a perspectiva de Cohen & Manion (2002, p. 331) o () uso
de dois ou mais mtodos de recolha de dados no estudo de algum aspecto do
comportamento humano chamado de triangulao.
O recurso triangulao, para Stake (1995), indispensvel, uma vez que
permite aumentar a credibilidade das interpretaes que o investigador faz. Neste
estudo, decidiu-se por uma triangulao de dados onde as informaes recolhidas
foram analisadas possibilitando o cruzamento de pontos de vista, evitando,
concluses tendenciosas. Alm disso, compreendeu-se que para uma correcta
triangulao se, deve utilizar tambm mais do que um tipo ou tcnica de observao,
que como afirma Graue (2003, p.128), fazendo uso de mtodos diversos pois isso
fundamental para a recolha de dados.
46
4.DESCRIO DA AO
47
de
interveno:
numa
primeira
fase,
procedeu-se
ao
201
2/
201
3
Nov
Dez
Jan
Fev
Mar
Abri
Mai
Jun
Jul
Ago
Revis
o da
literatu
ra
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Observa
o
participan
te
X
X
X
X
x
x
x
Organigrama da Investigao
Grava Tratamen Analis
es de
to dos
e dos
vdeos
dados
dados
x
X
x
x
x
x
x
x
x
x
x
48
este
documento,
pretendeu-se
avaliar
as
competncias
n participantes: 18 alunos
Insuficiente0%
(0)
Suficiente
5%
(1 alunos)
Bom
28%
(5 alunos)
Muito Bom
67%
(12 alunos)
insuficiente
0%
suficiente
5%
bom
28%
muito bom
67%
49
Sim
89%
(16 alunos)
No
11%
(2alunos)
No
11%
0% 0%
Sim
89%
SIM
83%
(15 alunos)
NO
17%
(3 alunos
0%
0%
No
17%
Sim
83%
50
SIM
100%
No
0%
(18 alunos)
(0 alunos)
No
0%
Sim
100%
Sim
94%
No
6%
(17 alunos )
(1 aluno )
No
0%
6%
Sim
94%
51
Baixo
5%
(1aluno)
Mdio
17%
(3 alunos)
Elevado
78%
(14 aluno)
Baixa Mdia
5%
17%
0%
Elevada
78%
Insuficiente
0%
(0)
Suficiente
5%
(1 alunos
Bom
17
(3 alunos)
78%
(14 alunos)
Muto bom
Insuficiente
0%
Suficiente Bom
5%
17%
Muito bom
78%
52
Baixa
0%
(0)
Boa
11%
( 4alunos)
Alta
89%
(14alunos)
0%
Boa
22%
Baixa
0%
Alta
78%
53
Primeira reunio
No dia 24 de Novembro, pelas 18 horas e 30 minutos e com a durao de uma hora
e quinze minutos, realizei a primeira reunio com a participao de alguns
encarregados de educao contactados via carta, entregue em mo pelo
educando e uma professora, tambm atriz, contactado oralmente para colaborar
no projeto. A professora o meu par pedaggico nas aulas de teatro, desde 2004.
Nesta ocasio foi apenas convidada a assistir reunio para conhecer o projecto.
Para a utilizao do espao da reunio pedi autorizao oral ao director da
escola. Conduzi informalmente a reunio. De incio, apresentei-me aos convidados e
convidei-os tambm a fazerem uma curta apresentao. Em seguida, apresentei o
tema do projecto, expliquei as suas finalidades, a razo pela qual pretendia
54
Segunda reunio
Terceira reunio
No dia 19 Janeiro de 2013, pelas dezassete horas, reuni-me com a minha
parceira (observadora) na investigao para debater e ajustar as finalidades e as
questes-chave
da
investigao.
Discutimos
tambm
alguns
mtodos
de
Quarta reunio
56
Primeira reunio
57
Foi tambm informado aos encarregados de educao que sempre que fosse
necessrio os alunos seriam solicitados a trazerem algum material que fosse
pertinente no decorrer do projecto. Todos os encarregados de educao
responderam afirmativamente solicitao.
Agradeci a todos o interesse e a disponibilidade demonstrada, e tambm as
palavras de incentivo no prosseguimento deste projecto.
Segunda reunio
59
60
que isso em nada contribuiria com o nosso trabalho, e que teramos um espao
reservado para avaliar o que estvamos fazendo. Esse acordo era relembrado nos
primeiros encontros, e talvez em algum outro momento, mas no me recordo de ter
presenciado qualquer evento que rompesse esse combinado. Penso que talvez
tenha conseguido, com isso, um espao protegido, favorvel livre expresso de
cada um.
Os objetivos do laboratrio de teatro so o desenvolvimento da criatividade
das habilidades de comunicao e expresso, educao dos sentimentos e a
espontaneidade. Algumas tcnicas so apresentadas, como meio e no como fim,
sendo este mais voltado para o desenvolvimento integral e educao dos
sentimentos.
Os contedos desenvolvidos foram: as diferentes formas de expresso como
a corporal, verbal, gestual e simblica (envolvendo a mmica e a tcnica de palhao),
a imaginao, a criatividade e a linguagem dos sentimentos (a partir das formas
teatrais: comdia, drama e ainda atravs da msica e da poesia). Os contedos
esto interligados e so cumulativos, ou seja, cada novo contedo trabalhado pode
englobar os anteriores.
A tcnica da mmica desenvolvida com o grupo refere-se a uma
representao onde alguns objetos importantes esto ausentes, mas que o ator
consegue torn-lo visvel ao espectador. Para tal, as crianas aprendem a
descrever, com as mos, superfcies diversas, como uma parede, uma bola, uma
caixa ou uma corda, por exemplo. Fazem uma cena utilizando um determinado
objeto, como uma xcara ou uma cadeira, e depois repetem sem o objeto.
O palhao uma figura cmica, e existe uma tcnica para a sua realizao,
desde os seus movimentos exagerados, o seu modo de andar at sua expresso
facial. uma personagem cujas aes so antecipadamente erradas, gerando
novas aes atrapalhadas. De entre os movimentos do palhao, desenvolvemos
algumas aes como: andar, tropear, cair (sem se machucar), respirar, sentar,
cumprimentar um companheiro, varrer, carregar coisas, lutar, entre outros. As cenas
so criadas com nfase nos movimentos e em aes simples, mas intercaladas de
obstculos com os quais o palhao se atrapalha exageradamente.
Sobre os contedos, gostaria de comentar algumas observaes constatadas
em diferentes grupos de crianas. Nesta faixa etria (dez ou onze anos), elas tm
um certo bloqueio com relao fala, e muitas vezes, numa improvisao dramtica,
62
63
sempre que a criana representa do seu jeito. s vezes, quando a criana tem
dificuldade por estar inibida, peo para algum dar uma ou mais ideias de como
poderia ser feito, ou eu mesmo fao de duas ou mais maneiras diferentes (para que
a prpria criana possa equacionar a sua atuao).
A representao para uma plateia formada pelos colegas e familiares das
crianas um momento muito esperado e desejado. A grande expectativa tende a
gerar uma certa dose de ansiedade com relao apresentao. A o momento de
voltar ao primeiro encontro e lembrar o sentido de nosso trabalho: experincia.
Enfatizo que o mais importante j foi realizado, e que a apresentao para
mostrar aos colegas, pais e encarregados o resultado dessas experincias.
A plateia tambm preparada no mesmo sentido. Apresentamos os objetivos
do nosso trabalho, a ideia do laboratrio e lembramos que no se trata de um grupo
profissional, mas um grupo infantil e que a receptividade da plateia ajuda as crianas
a sentirem-se mais seguras.
A pea final girou a volta das vertentes ecolgica, escolar e familiar, e conta a
estria de menino que no caminho da escola para casa, preocupado com as lies
que aprendeu na aula, deitou-se sombra de uma rvore e adormeceu. No seu
caminho aconteceram coisas interessantes. Tinha at uma rvore que falava. A pea
fala ainda dos problemas escolares, trs alunas preocupadas entre livros e
cadernos, comentam os seus problemas, nomeadamente a falta de debate na
escola, a postura autoritria do professor, estratgias de ensino, a necessidade de
remunerao aos alunos porque elas consideram-se trabalhadores e ressalvam que
estudar um trabalho como qualquer outro. Tudo isso intercalado com algumas
brincadeiras tradicionais que deu um cunho ldico e pedaggico pea.
O roteiro foi criado primeiramente a partir das personagens que cada um
queria representar e das ideias que tinham. Fiquei at surpreendido quando depois
de um intervalo se dirigiram a mim dizendo que j tinham distribudo as personagens
entresi, (eu quero ser a Simone porque uma personagem muito divertida, eu vou
fazer de Marta por ela que d sentido estria, eu fao de Lcia porque uma
personagem simples etc.). Afinal j tinham preparado o elenco sem que eu
soubesse. Ento levantamos as necessidades, construmos a estria onde
poderamos encaixar todos aqueles personagens e fizemos, ento, a nossa
adaptao.
65
4.3.5. As entrevistas
As entrevistas foram realizadas aps a apresentao pblica e o
visionamento dos vdeos. Pretendia-se com esta estratgia colher a viso dos alunos
sobre as suas prprias aces para se poder confirmar, ou no, as inferncias que o
observador fez sobre as mesmas aces.
O tipo de entrevista utilizada permite, partindo dum quadro de referncia j
existente, alargar o conhecimento prvio de que se dispe. Trata-se duma entrevista
orientada por objectivos, funcionando as perguntas como tpicos para o entrevistado
desenvolver. Para o efeito, elaboramos um guio da entrevista aos alunos (Anexo 3)
estabelecendo os seguintes objectivos gerais:
a) Recolher dados do aluno relativamente percepo que este tem das
actividades de teatro na escola;
b) Recolher dados relativos percepo do aluno no que diz respeito
interaco com os seus pares;
c) Identificar caractersticas especficas da actividade Teatro.
nomeadamente
do
significado
que
os
sujeitos
atribuem
67
68
indivduo, ou que se torna uma desculpa para fugir de certas situaes. Pode acabar
por tornar-se cmodo ser tmido, pois liberta o indivduo de certas responsabilidades.
II. Criatividade
A criatividade um potencial inerente ao ser humano, e o desenvolvimento
deste potencial uma necessidade. Esse potencial e os processos criativos no
dizem respeito exclusivamente arte, abrangem o ser humano em todos os seus
aspectos e se faz necessria em todos eles: intelectual, afetivo, comunicativo, fsico,
artstico. Ozinga (1969) aponta a necessidade de relacionar os processos criativos
ao todo, no ser humano: O criar s pode ser visto num sentido global, como um agir
integrado em um viver humano. De fato, criar e viver se interligam (Ozinga, 1969:5).
A criatividade, enquanto categoria, contempla uma amplitude significativa por
entremear-se a todas as outras. O substrato da criatividade a imaginao, a sua
dinmica ldica e prazerosa, portanto permeada de satisfao; gera novos
smbolos e transforma qualitativamente o processo de comunicao; por fim, amplia
o horizonte do conhecimento, integrando novas ideias, conceitos e experincias. A
criatividade desempenha papel de relevante
importncia no processo de
III. Motivao
Esta categoria compreende o sentimento de satisfao e prazer que conferem
s atividades um carter ldico, capaz de gerar alegria e motivar os seus
participantes.
Podemos definir a motivao como o fenmeno responsvel por colocar o
indivduo em ao. aquilo que o impele a agir. Ela em primeira instncia um
estado de tenso, gerado pela vivncia de uma necessidade.
A motivao compreende, ento, um estado de disposio para a ao no
sentido de uma busca da satisfao das necessidades humanas. Maslow (1970)
70
71
IV. Autoconhecimento
A personalidade humana bastante complexa, e manifesta-se parcialmente
nos comportamentos do dia a dia, sendo, a partir da sua manifestao, confrontada
com os padres culturais. A consequncia ou reao provocada por determinada
manifestao de um aspecto da personalidade pode inibir ou reforar a sua
manifestao, determinando o seu lugar na conscincia ou no inconsciente.
Os papis que o indivduo desempenha no seu dia-a-dia oferecem uma
delimitao da sua ao, podendo assim facilitar ou limitar a sua atuao, de acordo
com o seu processo de identificao com o mesmo. A identidade do indivduo
constri-se na somatria dos papis que o indivduo representa nas suas interrelaes.
Nem sempre, porm, o indivduo conhece alguns papis que representa,
sendo, assim, inconsciente de si. E certamente, a qualidade das inter-relaes fica
prejudicada. A autenticidade um elemento importante no relacionamento humano,
e est relacionada ao desenvolvimento da identidade.
O crescimento psicolgico, denominado por Jung de individuao, um
caminho para torna-se mais inteiro, integrando na conscincia diversos aspectos da
psique. , portanto, um processo de desenvolvimento da totalidade psquica, e
atribui existncia um carter de maior liberdade e de individualidade, no sentido de
singularidade.
Conhecer
integrar
na
conscincia
aspectos
desconhecidos
da
72
I. Timidez
A2
Falas transformadas
O
teatro
eliminou
seu
sentimento de vergonha ao se
expressar.
para aprender.
Envolve coisas interessantes
para aprender.
A3
Eu era muito tmida, agora no. Agora eu O teatro ajudou a superar sua
no tenho mais vergonha
timidez
O teatro foi muito bom para mim. A pea de Sente-se mais desinibida
teatro foi muito legal. Vale muito pena
fazer teatro, porque pode mudar sua vida Enfatiza a importncia do teatro
na timidez e muitas outras coisas.
na transformao de sua vida,
principalmente no que se refere
sua percepo da prpria
timidez.
A4
A5
A6
A7
A8
A9
A10
Melhora as falas.
Melhora a fala
Desinibiu-se
A11
Fazendo teatro eu fiquei com menos
vergonha.
Eu acho o teatro muito legal, pois antes eu
tinha muita vergonha e agora, com as
peas, brincadeiras, e outras coisas que eu
fiz com o grupo, me tiraram a vergonha. O
teatro me ajuda a ser mais solta
Desinibiu-se
Ressalta a importncia do teatro
na superao de sua timidez,
considerando que o teatro
ajudou-a a ser mais solta, mais
espontnea.
74
A13
Antes eu ficava escondido atrs da minha Melhorou sensivelmente com
me, tinha medo de falar com as pessoas. relao timidez e inibio que
Agora no sinto tanta vergonha.
eram excessivos
A14
Desinibiu-se
A15
Antes de fazer teatro eu tinha vergonha de O teatro ajudou muito por faztudo, e agora que eu estou no teatro eu la superar sua timidez.
pude perder quase toda a minha vergonha,
e isso me ajudou muito.
progresso.
Com
isso
certamente
podero
se
manifestar
mais
II. Criatividade
DEPOIMENTO DAS CRIANAS
A1
FALAS TRANSFORMADAS
A explorao da criatividade
nitidamente maior nas aulas de
teatro que em outras aulas e,
este um fator positivo, que
75
A2
A4
A6
A7
A11
A6
proporcionar
um
desenvolvimento.
melhor
A necessidade de se utilizar os
prprios recursos criativos, vem
ao encontro de suas
expectativas e necessidades.
Estimula a criatividade
15
O teatro me ajudou muito nas aulas da
escola, porque no teatro eu usei muita
imaginao.
O exerccio de imaginao,
constante nas aulas de teatro
contribuiu com outras atividades
da escola.
Os sujeitos consideraram que o teatro explora muito o potencial criativo,
exercitando a imaginao e promovendo um amplo desenvolvimento de sua
criatividade e capacidade criadora. Valorizaram esse aspecto, ressaltando o prazer e
a satisfao gerados nos processos de criao.
Eles sentiram-se mais soltos, espontneos e livres em sua expresso e
processos criativos, ressaltando a possibilidade de se utilizarem recursos
expressivos variados, diferentes dos utilizados no quotidiano escolar.
76
III. Motivao
A1
A2
FALAS TRANSFORMADAS
Porque eu me sinto muito mais feliz e O teatro a faz sentir-se mais feliz
aprendo mais
e aprender coisas novas.
O teatro faz voc se sentir mais solto, mais O teatro proporciona maior
animado. No teatro H muitas coisas boas espontaneidade e motivao
para aprender.
e isso traz satisfao.
Envolve coisas interessantes
para aprender.
A6
A7
A8
Eu me sinto melhor fazendo aula de teatro. Fazer aula de teatro faz sentir-se
melhor.
A9
Sente prazer
77
A4
A5
FALAS TRANSFORMADAS
A6
A8
A13
As falas.
Melhora a fala
A14
78
A4
Os
sujeitos
identificaram
uma
maior
facilidade
de
comunicao,
V. Autoconhecimento
DEPOIMENTO DAS CRIANAS
A1
A2
FALAS TRANSFORMADAS
A5
A7
A15
O
teatro
identidade.
desenvolve
81
6. CONCLUSES
82
Iniciemos este ponto sobre a criatividade dizendo que se afigura difcil e muito
complexo um esforo de definio do termo criatividade porque so vrias as
perspectivas que encontrmos na reviso da literatura.
Segundo a psicologia, a criatividade um dos mais fascinantes fenmenos do
ser humano. Est ligada s camadas mais profundas da psique humana, ao
inconsciente. Portanto, a criatividade, ao contrrio do que muitos pensam, no
privilgio dos gnios, cientistas, artistas, talentosos ou inventores: uma funo
psicolgica comum a todos, a disposio para criar que existe potencialmente em
todos os indivduos e em todas as idades, em estreita dependncia do meio
sociocultural (Sillamy cit. por Gloton e Clero, 1976:33). A criatividade consiste no
processo de imaginao ou fantasia (coletiva ou individual), no sentido de
transformao da realidade, devendo ser estimulada desde cedo nos ambientes
escolares. Para a criana, a atividade criadora est ligada ao ldico, onde se
reelabora a experincia vivida, edificando novas realidades de acordo com os seus
desejos, necessidades e motivaes.
Quanto mais rica a experincia de vida do indivduo, maior ser a sua
bagagem criativa, e maior ser o material disponvel para a sua imaginao.
Segundo Vygotsky (1990), memria, fantasia e imaginao, so funes
psicolgicas que se inter-relacionam, fazendo parte da composio do quadro da
atividade criadora humana. Por isso Vygotsky define a criatividade como toda
realizao humana criadora de algo novo, quer se trate de reflexos de algum objeto
do mundo exterior, quer de determinadas construes do crebro ou do sentimento,
que vivem e se manifestam apenas no prprio ser humano. Desta forma, tudo o que
externo ao homem, e que produzido por ele, advm da sua imaginao: Todos
os objetos da vida diria, sem excluir os mais simples e habituais, vm a ser algo
assim como fantasia cristalizada (1982, p.10).
A atividade teatral infantil, desenvolvida de forma ldica e espontnea,
constitui uma rica experincia para o desenvolvimento do potencial criativo das
crianas. Alm disso, segundo Vygotsky (1990), essa atividade contribui para:
incremento das intenes voluntrias; formao e distino dos planos da realidade
e da fantasia; fortalecimento das noes de lazer e trabalho; interiorizao de papis
83
resolver
problemas
necessrio
para
sobrevivncia,
para
Pensa-se
que
a educao no
consiste
6.2. CONCLUSES
correo
nunca
foram
impedimentos,
mas
sim
premissas
para
de
89
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96
ANEXOS
97
Anexo 1
I.
Ms
Abril
Contedos procedimentais
Processo de montagem
de espetculo.
Improvisao.
Trabalho pr-expressivo
no teatro
Maio
- Elaborao
improvisao.
de
cenas
na
perspectiva
- Estudo do objeto cultural definido na primeira etapa - Percepo e articulao dos signos e significados
do processo de montagem.
apresentados no plano sensorial, corporal e espacial.
Encenao e dramaturgia.
Maio
- Dinmica da fala (respirao: inspirao, reteno - Percepo dos limites de cada um, num modo
do ar, expirao e respirao, articulao, pronncia, contnuo de desafios geradores de descobertas e
vocalizao, registos, timbres, extenso, etc.).
possibilidades.
- Dramaturgia em processo: organizao do material - Reconhecimento da necessidade de criao de
criado nas sesses de trabalho.
formas de organizar o material cnico levantado.
Conceito de encenao.
Encenao.
Junh
o
Visualidade e sonorizao
no teatro
- Elaborao de elementos de
(adereos, figurinos, cenografia).
caracterizao
- Ensaios.
- Apresentao pblica
Anexo - 2
QUESTIONRIO - intermedirio
Responde s questes seguintes, colocando X na opo que achares mais justa de
acordo com as prticas desenvolvidas ao longo do primeiro ms da oficina.
ao
No
Sim
No
No
No
Mdio Elevado
Anexo - 3
Avaliao final das atividades de Teatro
Nome:____________________________________________
1. Voc acha que o teatro traz alguma mudana para sua vida?
Explique.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
2. O que voc aprendeu nas aulas de teatro?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
3. Voc acha que melhora alguma coisa em sua vida fazendo teatro?
Explique.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
4. Como voc se sente fazendo teatro?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
5. O que voc percebe que desenvolve fazendo teatro?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
6. Voc acha que, na sala de aula, possvel desenvolver as mesmas
coisa? Explique.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
7. O que voc acha que poderia melhorar e porque?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Depoimento 7 (A7)
Eu sempre quis fazer teatro dez da primeira ano. Quando eu tive meu primeiro dia de
teatro eu gostei muito, gostei do professor e dos meus amigos. Eu no perco nem uma
aula de teatro.
No teatro ns brincamos e aprendemos muitas coisas: relaxamento, expresses com o
corpo, brincadeiras e tambm teatro, claro.
O teatro tambm pode ser bom para o meu futuro, porque se no futuro eu for alguma
coisa, talvez precise do teatro. Teatro me trouxe mais criatividade e imaginao. No
teatro eu s no acho muito boa na hora de esperar a gravao, mas se eles me
esperam, eu tambm!!!
No teatro aprendemos fazer vrios tipos de personagens: alegres, bravos, tristes...
No prximo ano eu gostaria de fazer um teatro no auditrio ou no ginsio para toda a
escola.
Questionrio
1. Acho. Porque eu me senti melhor fazendo as aulas de teatro.
2. Eu aprendi muitas coisas, como falar mais alto, me sentir melhor no palco.
3. Acho que melhorei, na hora de decorar as falas eu decoro.
4. Sinto muito alegre.
5. Me desenvolvo o meu jeito de ser.
6. Acho que na sala de aula eu no fao as mesmas coisas que no teatro.
7. Acho que eu preciso falar mais alto, porque ainda falo baixo.
Depoimento 8 (A8)
O teatro uma coisa muito boa em minha vida, pois desenvolve a minha criatividade, e
tambm porque antes eu tinha muita vergonha de subir no palco e falar uma palavra, j
agora que eu entrei no teatro, a vergonha acabou, eu subo no palco e falo quanto for
necessrio.
Existem vrias diferenas entre a classe de aula e o teatro, por exemplo, no teatro ns
brincamos, falamos e interpretamos, em classe de aula as coisas que ns mais
fazemos escrever e ler e isso cansa.
A nica coisa que eu no gosto de vir no teatro e no ser gravada, assim eu no me
sinto bem. Mas por outro lado eu gostei muito do programa das atividades. Mas o que
mais me agrada no teatro que voc a nosso professor.
Questionrio
1. Sim, pois teatro uma atividade que mais gosto sempre quis fazer teatro e muda a
minha vida: estou com mais alegria agora, pois tambm temos um professor bom como
o senhor Jorge que nos ensina como fazer as coisas.
2. Aprendi que o teatro no muito esforo, s a nossa criatividade.
3. Sim, pois o teatro s alegria e espero que no ano que vem eu caia de novo no
teatro.
4. Sinto alegre, com muita felicidade e muito engraada.
5. Percebo que desenvolve muito na voz, na vergonha, etc.
6. Sim, pois na sala de aula, muitas pessoas se sentem melhor, pois no palco a gente
fica nervoso, e esquecemos as falas, mas na sala tem que imaginar o palco.
7. Eu poderia melhorar na vergonha, nos sentimentos e tambm nas novas ideias.
Depoimento 9 (A9)
No comeo no sabia o que iramos fazer. Comecei a gostar no primeiro dia, s que
algum tempo depois comecei a desconfiar que ns estvamos atrasados s pensando
no que iria fazer, algumas vezes me assustava.
Depois que comeamos a fazer a pea fiquei meio envergonhado, pensava que nunca
iramos terminar, acabar aquilo, fazendo cada parte umas mil vezes. Mas fiquei muito
envergonhado quando vimos o vdeo.
Questionrio
1. Sim, pois a minha satisfao de me divertir.
2. Eu acho que a imaginao desenvolvida.
3. Sim, as falas.
4. Bem, mas quando fao uma pea tenho vergonha.
5. Eu melhorei as minhas habilidades.
6. No, que na sala de aula se desenvolve o estudo.
7. As habilidades de mais coragem.
Depoimento 10 (A10)
Aprendemos muitas coisas divertidas e interessantes como a mmica, a tcnica de
palhao, a trocar de personagem no meio do jogo.
Adorei fazer a rvore, mas deu muito trabalho, agora quero fazer um papel
diferente, mais autoritario.
As aulas so muito divertidas, e s vezes alguns meninos fazem esquecem de
seriedade.
Antes eu tinha vergonha de tudo, e agora, eu me sinto muito bem.
Questionrio
1. Sim, antes de fazer teatro eu tinha vergonha de fazer tudo.
2. Aprendi a tcnica de palhao, a mmica e que para uma pea ficar boa preciso
muita criatividade.
3. Sim, antes de fazer teatro eu tinha vergonha de fazer tudo.
4. Eu me sinto bem
5. Eu percebo que antes eu no sabia muitas coisas como a mmica.
6. No porque em sala de aula ns no fazemos peas.
7. Eu acho que ns podamos aprender mais coisas.
Depoimento 11 (A11)
Eu acho o teatro muito legal, pois antes eu tinha muita vergonha e agora, com as
peas, brincadeiras e outras coisas que eu fiz com o grupo me tiraram a vergonha.
O teatro me ajuda a ser mais solta.
Eu, como todas as crianas, converso, mas bem menos que os meninos.
A brincadeira que eu mais gostei foi as esttuas que mexem. O que poderia mudar,
que os meninos pararem de conversar e os meninos no ficarem com vergonha de
pegar na mo das meninas.
Questionrio.
1. Sim, o teatro me deixa mais criativa.
2. Eu aprendi mmica, tcnica de palhao.
3. Sim, fazendo teatro eu fiquei com menos vergonha.
4. Eu me sinto alegre.
5. Eu percebi que me desenvolveu a criatividade.
6. No, porque em sala de aula eu aprendo obrigaes e no teatro uma coisa mais
livre.
7. Eu acho que devia tirar os meninos chatos, porque eles atrapalham.
Depoimento 13 (A13)
O teatro uma coisa que eu gosto muito de fazer. Antes eu era muito tmido, agora
consegui melhorar. As atividades que mais gostei foram a das crianas no dentista, das
poesias que a gente gravou e ficou bonito, do menino e da arvore que fala arvore do e
da video tambm.
No prximo ano, quero que continue sendo bonito e que tenha novas brincadeiras.
Questionrio
1. Sim, antes eu ficava escondido atrs da minha me, tinha medo de falar com as
pessoas, agora no sinto tanta vergonha.
2. Mmica, fazer pea e tcnica de palhao.
3. Sim, perco a vergonha
4. Muito bem
5. Minha fala, e a vergonha
6. No porque ficamos sentados o tempo todo e no teatro a gente no tem cadeiras.
7. Nada.
Depoimento 14 (A14)
Eu gostei muito de fazer teatro porque no teatro eu me soltei muito mais. Antes eu tinha
muita vergonha de falar, agora me sinto mais feliz.
As aulas so diferentes e divertidas, porque a gente brinca a maior parte do tempo e
isso muito legal. Alguns meninos atrapalham porque no sabem brincar e
atrapalham. A gravao foi bom tambm, porque a gente se sente bem.
Questionrio
1. Sim, pois eu era muito tmida e ainda sou um pouco mas melhorei muito e agora no
tenho quase nada de vergonha.
2. Mmica, muitas brincadeiras, fazer gestos e falar mais alto.
3. Sim. Fico mais vontade e mais solta. E alm disso fico muito animada.
4. Muito feliz.
5. O jeito de ser atriz.
6. No porque na aula a gente no pode falar tanto.
7. Acho que podia ser do mesmo jeito porque voc muito boa pessoa.
Depoimento 15 (A15)
Antes de fazer teatro eu tinha vergonha de tudo e agora que eu estou no teatro eu
perdi quase toda a minha vergonha, e isso me ajudou muito.
Quando o professor ensinou a fazer mmica eu gostei muito porque sempre tive
vontade de fazer mmica.
Eu tambm gostei muito de fazer o filme.
O teatro me ajudou muito nas aulas da escola porque no teatro eu usei muito a
imaginao.No teatro eu descobri diferentes jeitos de ser como: ser malvada, vingativa,
mandona, boazinha, maluca, etc...
No inicio do ano letivo eu gostaria de apresentar a pea na escola para as outras
pessoas. Eu adoro fazer isso. Eu adoro fazer teatro !
Questionrio
1. Sim, porque a gente aprende muitas coisas
2. Que preciso ensaiar bastante e usar a criatividade para fazer uma pea boa.
3. Sim, na vergonha.
4. Sinto realizada.
5. Todas as coisas
6. No porque a gente s estuda, fica escrevendo,...
7. Eu adoro tudo.
Anexo - 4
Carta e questionrio enviada aos Encarregados de Educao
4. Gostaria de fazer algum comentrio / sugesto, para alm das questes colocadas?
1
Demonstrou bem.
No.
Acho excelente.
Bem-haja o professor, pelo
tempo que dispensa e da sua
dedicao de corpo e alma a
esta actividade to
enriquecedora.
Sim,
um
pedido
de
agradecimento ao seu trabalho
com todos os alunos da
Oficina de Teatro/ Expresso
Dramtica e um especial pela
dedicao
que
tanto
enriqueceram
pela
socializao e integrao.
Muito impacto passava quase Acho que lhes faz muito bem
todo o dia a falar das alm de os ensinar.
actividades e estava sempre
ansiosa para chegar o dia da
apresentao.
representar.
5
Sim, com nimo e com muito
dinamismo.
Mostrou
muito
interesse.
Manifestando-se muito satisfeita com o
trabalho
desenvolvido,
falando
frequentemente deste assunto, sempre
que o fazia era com muita vivacidade e
alegria.
7
A minha filha fala com entusiasmo das Acho que aumenta a sua autosuas participaes nas actividades que estima.
tem entrado.
Continua.
Ela adorou.
Muito Bom.
8
Est uma menina mais viva e
mais alegre
criana
9
Mostrou bastante interesse.
Pelo
seu
desempenho
representao
10
Demonstrou bastante interesse.
No, no
impacto.
causou
11
Sim. Fez de tudo para eu a deixar ir.
12
Gostaria que este tipo de
actividades se mantivesse,
sendo importante na minha
opinio, uma mais valia para
as crianas.
Anexo 5
POLO EDUCATICO N 15
PEDIDO DE AUTORIZAO
O professor
___________________________________
Anexo 6
POLO EDUCATICO N 15
Ano Lectivo 2010/2011
O professor
____________________________________
Anexo 7
POLO EDUCATICO N 15
PEDIDO DE AUTORIZAO
Atenciosamente.
Autorizo
No autorizo
Assinatura:
ANEXO 8
Imagens do processo de desenvolvimento do projeto