Publicao Projeto Aguia Escola Especial
Publicao Projeto Aguia Escola Especial
Publicao Projeto Aguia Escola Especial
Educao Especial no
Espao da Escola Especial
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente
Srgio Sampaio Bezerra
Vice-presidente
Maria Alice Magalhes Lima
1 Diretora secretria
Ana Paulina de Abreu
2 Diretor secretrio
Sandro Cataldo da Mota
1 Diretor financeiro
Milton Gontijo Ferreira
2 Diretor financeiro
Joo Bosco Pinto Monteiro
Diretora social
Maria das Graas de Oliveira Ancelmo
Diretores representante das pessoas com deficincia
Marilda Francisca dos Santos
Alisson Vinicius da Silva Pinto
CONSELHO DE ADMINISTRAO
Conselheiros regionais:
Alto Paranaba I
Alto Pranaba II
Campo das Vertentes
Centro I
Centro II
Centro IV
Centro V
Centro Oeste I
Centro Oeste II
Centro Oeste III
Circuito das guas I
Circuito das guas II
Circuito das Malhas
Noroeste Mineiro
Mdio So Francisco
Norte I
Norte II
Sudoeste I
Sudoeste II
Sul I
Sul II
Tringulo Mineiro I
Tringulo Mineiro II
Vale da Eletrnica
Vale do Ao I
Vale do Ao e Rio Doce
Vale do Suau
Vale do Jequitinhonha
Vale do Mucuri
Vale do Piranga
Zona da Mata I
Zona da Mata II
Zona da Mata III
Trs Vales
CONSELHO FISCAL
(Efetivos)
Dr. Jos Slaib
Maria Abadia de Oliveira
Luza de Marilac Hosken Vieira Teixeira
(Suplentes)
Milton Jos Machado
Mrcia Ribeiro de Oliveira
Regina Clia Vieira Jorge Loiola
CONSELHO CONSULTIVO
Eduardo Barbosa
Luiza Pinto Coelho
EQUIPE TCNICA
Procuradoria Jurdica
D
Secretria Executiva
Ncleo Administrativo-Financeiro
Equipe de Apoio Administrativo
Jarbas Feldner
Helena Milagres
Luciene Carvalhais
Alisson Vinicius
Jnia ngela de Jesus Lima
tvio Oswaldo Pignolato Filho
Idelino Alves Jnior
Marli Helena Duarte
Alberth SantAna Costa da Silva
Organizao/Autora
Jnia ngela de Jesus Lima
Colaborao
Darci Barbosa
Marli Helena Duarte Silva
Srgio Bezerra Sampaio
Reviso
Maria Cristina Xavier
Esta cartilha uma publicao da Federao das Apaes do Estado de Minas Gerais. Sua reproduo total ou
parcial permitida, desde que citada a fonte.
SUMRIO
APRESENTAO .............................................................................................. 6
1
INTRODUO ................................................................................................... 7
2.1
2.2
2.2.1
2.2.2
2.2.3
2.2.4
2.3
3.1
3.1.1
3.1.2
3.2
3.2.1
4.1
4.2
4.3
4.4
4.5
4.6
4.7
4.7.1
4.8
6.1
Educao Infantil.................................................................................................... 42
APRESENTAO
O objetivo desse documento apresentar uma proposta norteadora de reorganizao da escola
especial das Apaes, tendo em vista as necessidades do pblico alvo, os avanos da educao
inclusiva e da legislao.
A ressignificao da escola especial da Apae deve ter como estratgias pedaggicas: o que
ensinar, quando ensinar e para que ensinar, ou seja, a inteno determinar os objetivos;
os contedos conceituais, procedimentais e atitudinais; colocando-os na mesma categoria de
importncia para facilitar a construo de repostas educativas dos alunos com deficincias
intelectuais e mltiplas que necessitam de apoios extensivos e generalizados dentro de uma
mesma programao curricular.
Em termos de estrutura, esta proposta constituda por uma introduo e pelos captulos
indicados a seguir:
Capitulo 1- Deficincia intelectual: conhecer para promover a autonomia e a independncia:
este captulo trata da caracterizao do pblico com deficincia intelectual e mltipla que
necessita de apoios extensivos e/ou generalizados e que, por isso, deve ser atendido nas
escolas especiais das Apaes.
Captulo 2 - Educao especial no Movimento das Apaes: traz a perspectiva da organizao
da educao escolar nacional e da escola especial.
Captulo 3: Reestruturao da Escola Especial da Apae apresentando a organizao dos nveis
de ensino considerando as faixas etrias dos alunos nos ciclos de aprendizagem;
Captulo 4: Aes de apoio complementares pessoa com deficincia intelectual matriculada
nas escolas comuns.
Captulo 5: Proposta curricular, de forma interdisciplinar descreve a organizao dos
contedos das reas de conhecimento, de forma interdisciplinar.
Captulo 6: Por fim fazem-se algumas consideraes finais.
1 INTRODUO
A mais recente trajetria dos estudos sociolgicos em educao se divide em duas fases: a
fase que vai at os anos 60, denominada de otimismo pedaggico, quando a educao
concebida como fator de democratizao, distribuio de renda e melhoramento da natureza
humana; e a fase sucessiva, dos anos 70, denominada de pessimismo pedaggico. Nesta, a
educao passa a ser vista com desiluso e cinismo e passa a ser percebida como um processo
de manuteno do poder estabelecido. Essas duas fases correspondem basicamente a dois
paradigmas o consenso e o conflito (GOMES, 2005).
Segundo esse autor, o paradigma do consenso basicamente v a sociedade como um conjunto
de pessoas e grupos unidos por valores comuns que geram um consenso espontneo. O
paradigma do conflito v a sociedade como um conjunto de grupos em contnuo conflito,
onde uns estabelecem dominao sobre os outros. A educao considerada como um
instrumento de dominao e reproduo da estrutura de classes.
Nos tempos atuais, com o advento da globalizao, o paradigma do conflito perde fora, e
passa-se a dar importncia econmica educao, por suas ligaes com a produo, com a
tecnologia e, por conseguinte, com as prprias perspectivas de competitividade e prosperidade
de cada pas.
Esse novo paradigma agrava a questo da incluso de pessoas com deficincia intelectual e
mltipla com maior comprometimento em escolas comuns de ensino.
Paralelamente a isso, movimentos organizados de pessoas com deficincia comeam a
expressar claramente os anseios, dessas pessoas e de suas famlias, ao acesso formao, ao
conhecimento e ao desenvolvimento de habilidades que promovam uma vida plena. Passam a
exigir ambientaes educacionais que favoream o amplo desenvolvimento das pessoas com
deficincia para que elas atinjam uma vida autnoma e independente.
Dentro deste contexto, o Brasil tem sido amplamente influenciado por um desfile de
tendncias tericas, em geral elaboradas em outros pases, e que vo desde a cpia servil
reelaborao e aplicao profcua das contribuies estrangeiras, sem considerar as
A seguir conheceremos esse sujeito, que no nosso entendimento, necessita da escola especial
para o desenvolvimento de sua autonomia e independncia e para a sua incluso nos diversos
espaos sociais.
10
autonomia e independncia. Essa nova concepo ressalta a grande importncia dos apoios e
prope um sistema de classificao deles baseado na intensidade da necessidade das pessoas
com deficincia intelectual (limitado, intermitente, extenso e pervasivo ou generalizado), no
lugar de valorizar os nveis de inteligncia (leve, moderado, severo e profundo), como era feito
anteriormente.
A deficincia intelectual uma condio complexa. Seu diagnstico envolve uma abordagem
multifatorial e a compreenso da ao combinada de quatro grupos de fatores etiolgicos
biomdicos, comportamentais, sociais e educacionais, que se interagem no tempo durante a
vida do indivduo e entre geraes de pais para filhos. Os fatores biomdicos se relacionam
com os processos biolgicos, como transtornos genticos ou nutritivos; os fatores sociais se
relacionam com a interao social e familiar, como estimulao e capacidade de resposta do
adulto; os fatores comportamentais se relacionam com os comportamentos potencialmente
causais, como atividades prejudiciais ou abuso materno de substncia, como droga e lcool; os
fatores educacionais esto relacionados disponibilidade de apoios educacionais adequados
que promovem o desenvolvimento cognitivo e as habilidades adaptativas.
Assim, o conhecimento da etiologia da deficincia intelectual em um determinado indivduo
deve consistir na procura de todos os fatores de risco que podem resultar no funcionamento
prejudicado desse indivduo e tambm no desenvolvimento de programas efetivos para a
preveno da deficincia intelectual.
O registro do diagnstico destina-se a finalidades diversas, como elegibilidade para
interveno; benefcios e assistncia previdenciria; proteo legal; acesso s cotas de emprego
e outras. Desse modo, como instrumento clnico e legal, o diagnstico est incorporado s
prticas sociais.
2.2 Definio de Deficincia Intelectual
2.2.1 Concepo da Associao Americana de Deficincia Intelectual e Desenvolvimento2
(AADID)
11
12
13
(b)
(c)
14
As
limitaes
do
comportamento
adaptativo
devem
ser
analisadas
15
16
17
18
19
(a)
diariamente, semanalmente). So recomendados para alguns ambientes (escola, trabalho, lar), sem
limitaes de temporalidade.
(d)
diversos ambientes, potencialmente durante toda a vida, podendo envolver uma equipe com maior
nmero de pessoas.
O modelo de apoio proposto pela AADID d sentido ao processo avaliativo, cujo objetivo
principal consiste em identificar limitaes pessoais, a fim de desenvolver um perfil de apoio
adequado, na intensidade devida, perdurando enquanto durar a demanda.
Os apoios podem ser proporcionados pelo pai/me, por um amigo, professor, psiclogo, mdico
ou por ele prprio. Quando se planeja os apoios, importante definir quem o responsvel por
providenci-los, a sua frequncia, a durao e o tipo de apoio (prontido verbal, assistncia
fsica, etc.).
O apoio se aplica a nove reas fundamentais:
I.
Desenvolvimento humano;
II.
Ensino e educao;
III.
Vida domstica;
IV.
Vida comunitria;
V.
Emprego/trabalho;
VI.
Sade e segurana;
VI.
Comportamento;
Proteo e defesa.
20
21
Desenvolvimento
humano,
ensino,
educao,
vida
domstica,
vida
Frequncia;
Tipos de apoio;
Resultados pessoais;
22
23
DA
EDUCAO
em:
24
Lei n11. 274 de 6 de fevereiro de 2006, altera a redao da LDB nos artigos 30, 32 e 87 dispondo sobre a
durao de 9 (nove) anos para o Ensino Fundamental, com matrcula obrigatria a partir dos 6 (seis) anos de
idade.
25
A educao especial surge para atender uma populao excluda do processo educacional
comum. Houve um tempo em que as escolas pblicas s recebiam as crianas e jovens
pertencentes a famlias que tinham boas condies financeiras e sociais, eram inteligentes,
enfim, a crianas e os jovens sem problemas.
Dentre as pessoas no aceitas, estavam as crianas que apresentavam fracasso na
aprendizagem e os grupos sociais excludos, entre eles as pessoas com deficincia intelectual
e mltipla, pblico prioritrio das Associaes de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) 9.
Foi assim que surgiu no Brasil, a partir da dcada de 70, a educao especial (BUENO, 1993,
expandindo-se em classes e escolas especiais, em sua maioria ofertada por organizaes
sociais, para atender crianas e jovens que no tinham acesso s escolas comuns.
No mbito da iniciativa oficial, a educao especial organizou-se por meio de propostas
curriculares, documentos administrativos e normativos. Vale esclarecer que essa organizao
oficial foi consolidada por meio do Centro Nacional de Educao Especial (CENESP)10,
criado com a finalidade de planejar, coordenar e promover o desenvolvimento da Educao
Especial (BRASIL, 1973) e houve a publicao da coletnea Subsdios para Organizao e
Funcionamento de Servios de Educao Especial pelo Ministrio da Educao, em 1984.
Posteriormente,
com
nova
Lei
de
Diretrizes
Base
da
Educao
Nacional (LDBEN), Lei 9394/96, de 20 de dezembro de 1996, traz no seu texto o captulo V,
dedicado educao especial, onde a garantia ao atendimento educacional especializado est
implcito nos trs artigos que o compem. Principalmente no artigo 58, que faz aluso oferta
da educao especial preferencialmente na rede regular de ensino, com a importante ressalva
contida no pargrafo 2: O atendimento educacional especializado ser feito em classes,
escolas ou servios especializados, sempre que, em funo das condies especficas dos
alunos, no for possvel a sua integrao nas classes comuns de ensino regular (BRASIL,
1996).
Organizaes sociais que prestam ateno integral e integrada pessoa com deficincia intelectual e mltipla.
10
Criado pelo Decreto n 72.425. BRASIL. Decreto n 72.425, de 3 de julho de 1973. Cria o Braslia, 1973.
Disponvel em: < http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=186315>. Acesso em: 20
nov. 2011.
26
Atualmente, o conceito de educao especial vem passado por importantes mudanas, que
esto gerando novos enfoques educativos em muitas partes do mundo. Segundo a Declarao
de Salamanca (UNESCO, 1994), falar de necessidades educacionais especiais implica
enfatizar como a escola pode compensar as dificuldades do aluno/a enfocando suas
possibilidades em interao com a condio educacional que lhe oferecida. Assim, a escola
especial no seria entendida como segregadora, mas inclusiva, uma vez que busca oferecer ao
seu alunado um processo de aprendizagem condizente com as suas necessidades, dando-lhe
oportunidade de aprender e de participar de todo o processo de ensino e aprendizagem com
vistas ao desenvolvimento da autogesto e autodefesa para o exerccio da cidadania.
A Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia11, aprovada pela ONU em 2006,
da qual o Brasil signatrio, estabelece que os Estados Partes devem assegurar um sistema de
educao inclusiva em todos os nveis de ensino, em ambientes que maximizem o
desenvolvimento acadmico e social compatvel com a meta de incluso plena, adotando
medidas para garantir que:
a) As pessoas com deficincia no sejam excludas do sistema educacional
geral sob alegao de deficincia e que as crianas com deficincia no
sejam excludas do ensino fundamental gratuito e compulsrio, sob alegao
de deficincia;
b) As pessoas com deficincia possam ter acesso ao ensino fundamental
inclusivo, de qualidade e gratuito, em igualdade de condies com as demais
pessoas na comunidade em que vivem (BRASIL. Constituio. Converso
sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia, art.24, item 2).
O espao escolar deve ser preparado de forma a receber o aluno, oferecendo condies
prprias para o seu aprendizado, num processo educacional definido em uma proposta
pedaggica que assegure recursos educacionais especiais, organizados institucionalmente para
11
27
28
educao inclusiva necessria e fundamental para a incluso social. Sem o acesso escola,
dificilmente as pessoas com deficincia intelectual e mltipla conseguiro exercer a sua
cidadania com plenitude.
As Apaes tm vasta experincia no campo da educao especial para alunos com deficincia,
e tm em seus quadros profissionais competentes e experientes, tanto no atendimento escolar,
quanto em outras reas como, promoo da sade; autogesto, autodefesa e famlia;
assistncia social; trabalho, emprego e renda. As Apaes contam com ambientes equipados
para dar suporte s necessidades especficas dos alunos que chegam s suas escolas.
Por fim, as Apaes podem disponibilizar seus esforos, sua experincia e recursos para a
construo de uma educao que no segregue, que no rotule e que no discrimine, mas que
trate as pessoas em sua singularidade, com respeito e dignidade, como prev a legislao.
29
30
Tudo isso exigir que a equipe multidisciplinar atue na integralidade das aes visando o
melhor desempenho do aluno com deficincia intelectual e mltipla que necessita de apoios
generalizados ou extensivos.
Dos porteiros aos dirigentes, a questo da intencionalidade educativa deve ser entendida como
o compromisso de todos com a formao de pessoas e cidados cada vez mais autnomos e
responsveis. A intencionalidade educativa (o para qu) vai refletir os valores de autonomia,
12
Apoios extensivos e generalizados so recursos e estratgias que promovem a funcionalidade da pessoa com
deficincia intelectual caracterizada por sua Constancia, regularidade, em vrios ambientes (escola, trabalho,
vida domstica), no limitado no tempo, e que exige o envolvimento de vrios membros da equipe
multidisciplinar (AADID, 2006)
31
13
De acordo com Perraudeau (2009), a avaliao processual e contnua de carter formativo possui componente
qualitativo que vai alm de quantificar. Possibilita ao professor, em funo das respostas dos alunos, reajustar as
atividades sua prtica e ao educativa.
14
Segundo Perraudeau (2009), avaliao processual e contnua de carter somativo pode ser estabelecida em
porcentagem estabelecida como ndice de referncia para o desempenho dos alunos.
32
4.4 Metodologia
As atividades pedaggicas propostas devem ser desenvolvidas em uma sequncia do simples
para o complexo (VERDUGO, 2006). Em cada proposta procura-se incrementar o nvel de
dificuldade das tarefas, segundo o progresso do aluno. O ambiente tem que ser o mais similar
possvel ao da situao real de execuo das atividades propostas. fundamental que no
decorrer do processo de aprendizagem, o professor promova o interesse do aluno em todas as
atividades, com uma didtica provocativa que estimule a sequncia lgica do pensamento, o
que fundamental tambm para a execuo de tarefas. Cada nova situao deve ser
aproveitada para provocar desafios e construir conhecimentos.
A progresso e o grau de dificuldades das atividades pedaggicas, como tambm a exigncia
de repostas com qualidade precisam ser perseguidas para que a pessoa com deficincia
intelectual e mltipla evolua na sua capacidade cognitiva, evitando-se assim que as atividades
sejam executadas de forma automtica, sem propiciar desafios. Todos os contedos e
33
habilidades propostos devem ser desenvolvidos levando-se em conta o ciclo de vida da pessoa
em questo.
4. 5 A organizao da escriturao escolar
A organizao da documentao da vida escolar do aluno um procedimento importante no
acompanhamento do processo de aprendizagem e desenvolvimento da pessoa com deficincia
intelectual e mltipla que necessita de apoios extensivos e ou generalizados. A documentao
vai garantir a efetividade do processo e vai assegurar que o aluno realize o seu percurso
escolar obtendo aprendizagens significativas que contribuam na melhoria de sua
funcionalidade. a documentao escolar que garante a efetivao do currculo e que retrata
o desenvolvimento progressivo de cada aluno. Essa documentao deve considerar os
conhecimentos e os valores culturais que cada aluno possui; deve garantir a ampliao dos
conhecimentos de maneira a possibilitar a construo de autonomia, de cooperao, de crtica,
de criatividade, responsabilidade e contribuir com a formao do autoconceito, portanto, a
formao da cidadania.
Entre o conjunto de documentos escolares que monitoram o percurso escolar do aluno, estar
o Protocolo de Avaliao Multidimensional (APNDICE A), a Avaliao Pedaggica Inicial,
o Plano de Desenvolvimento Individual do Aluno (PDI) e a Avaliao Contnua do Aluno.
Esses documentos vo subsidiar o registro de todo o processo de desenvolvimento e
aprendizagem do aluno. Alm dos documentos j citados, a secretaria escolar deve possuir os
documentos que registram a organizao da vida escolar do aluno:
a) Ficha de matrcula
b) Ficha individual do aluno
c) Dirio de classe
d) Livros de matrcula
e) Livro de transferncia recebida e expedida
f) Livro de ata de resultado final
g) Livro de expedio de histrico-escolar
h) Histrico escolar.
34
FASE I
Creche
Zero a 03
anos
Ensino Fundamental
0a5
PrEscola
04 a 05
anos
FASE II
EJA - Educao
de Jovens e
Adultos
Ciclo de
Aprendizagem
Inicial
02 anos
EJA 1 segmento do
ensino fundamental
04 anos
Ciclo de
Aprendizagem
Intermedirio
03 anos
EJA 2 segmento do
ensino fundamental
03 anos
FIGURA 3: Esquema representativo - Incluso Social: Educao Especial no Espao da Escola Especial
Fonte: Adaptado da Estrutura Organizao da Apae Educadora (FENAPAES, 2011, p.35)
AES DE A PRENDIZAGEM
EDUCAO ESPECIAL
Educao Infantil
35
36
37
38
39
4.7.1 Educao de Jovens e Adultos (EJA): anos iniciais do ensino fundamental (Ciclo inicial
e intermedirio)
Aqui nos referimos aos alunos jovens e aos adultos com deficincia intelectual e mltipla,
com idade acima de 15 anos, que estiverem iniciando ou dando continuidade sua trajetria
escolar nos anos iniciais do ensino fundamental.
Esta modalidade de educao focaliza a dimenso cognitiva, a aprendizagem de valores e
atitudes e a melhoria da qualidade de vida. Oportuniza o exerccio da autogesto e autodefesa,
alm de capacitar o aluno no domnio dos instrumentos de letramento, o que permite melhor
compreenso do mundo em que se vive e melhor atuao (RIBEIRO, 1999).
40
articulao entre as habilidades conceituais e as habilidades sociais e prticas, contemplandose assim a melhoria da qualidade de vida.
4.8 Consideraes importantes acerca da organizao da escola especial das Apaes
Em todas as fases de organizao das aes de aprendizagem oferecidas pela escola especial
da Apae, a Educao Fsica e as Artes sero oferecidas na dimenso educativa. Essas duas
atividades compreendem os aspectos educativos da linguagem em sua abordagem mais
ldica, integrativa, de apropriao do corpo, do movimento e so oferecidas s pessoas em
seu percurso escolar, tendo-se em vista que essas linguagens so necessrias ao processo de
aprendizagem e ao desenvolvimento das pessoas com deficincia intelectual e mltipla.
Segundo Sousa (2003), a educao pela arte proporciona todo um vasto leque de vivncias
simblicas e emocionais, que contribuem de modo muito especial, no s para o
desenvolvimento afetivo-emocional e intelectual do aluno, como tambm permitem colocar
em ao toda uma srie de mecanismos psicolgicos de defesa que robustecem o aluno na
sua luta contra as frustraes e conflitos da vida. A educao pela arte utiliza, sobretudo, os
princpios da espontaneidade, da atividade, do ludismo, da criao e da expressividade, em
todas as reas artsticas: expresso musical, expresso dramtica, expresso danada,
expresso verbal, expresso plstica, expresso literria, etc.
A educao fsica deve incluir o movimento e a ludicidade como aspectos educacionais
indissociveis, e deve oferecer oportunidades educacionais adequadas ao desenvolvimento
integral e manuteno da sade na busca de uma efetiva participao e integrao social.
Deve oportunizar a todos os alunos, independentemente de suas condies biopsicossociais,
o desenvolvimento de suas dimenses cognitivas, corporal, afetiva, tica, esttica, de relao
interpessoal e insero social (FENAPAES, 2001).
A educao fsica e as artes so componentes curriculares com contedos, objetivos e com
estratgias metodolgicas orientadas pelo Referencial Curricular Nacional de Educao
Infantil (RCN) e pelos Parmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o ensino
fundamental.
A estruturao da carga horria (ano, semana, mdulos, aulas e dias letivos) das fases I, II, III
e da modalidade EJA ser detalhada no plano curricular de acordo com as orientaes legais.
41
Essas aes devem ser organizadas como um centro de apoio complementar de educao
integral para pessoas com deficincia intelectual e mltipla que requeiram apoios limitados15
e que frequentem as escolas comuns. Sero oferecidos recursos e mdias distintas no processo
de aprendizagem desses alunos. Esses recursos sero organizados de maneira que os alunos
possam praticar, aprender e avanar no seu conhecimento e sero oferecidos nos seguintes
espaos:
Cada aluno que for indicado para o atendimento educacional especializado complementar
dever, em seu PDI, ter identificados os objetivos gerais e especficos.
15
42
6 PROPOSTA CURRICULAR
6.1 Educao infantil
A LDB (1996) e, sobretudo o Referencial Curricular Nacional para a Educao Infantil RCN,
MEC, (1999), dizem como prioridade que as crianas possuem uma natureza singular, que
as caracterizam como seres que pensam o mundo de um jeito muito prprio. No processo de
construo do conhecimento, estabelecem relaes com as outras pessoas e com o meio em
que vivem, fruto de um intenso trabalho de criao, significao e ressignificao.
Hoje a Educao Infantil constitui um segmento importante do sistema educacional do pas,
reconhecida como a primeira etapa da educao bsica. Diante dessa realidade, fundamental
repensar o fazer na Educao Infantil, buscando nesse contexto uma aprendizagem mais
significativa, construda a partir dos conhecimentos prvios da criana, respeitando as suas
fases maturacionais, como um ser que relaciona consigo, com os outros e com a natureza.
16
em:
<
43
A LDB 9.394/96 tem na cidadania o seu eixo orientador e se compromete com valores e
conhecimentos que viabilizam a participao do aluno na vida social. A Resoluo n7 de 14
de outubro de 2010, que dispe sobre as diretrizes curriculares para o ensino fundamental de 9
anos no seu artigo 11 e o primeiro pargrafo, relata que:
A base nacional comum e a parte diversificada do currculo do Ensino Fundamental
constituem um todo integrado e no podem ser consideradas como dois blocos distintos.
(Artigo,11)
A articulao entre a base nacional comum e a parte diversificada do currculo do Ensino
Fundamental possibilita a sintonia dos interesses mais amplos de formao bsica do
cidado com a realidade local, as necessidades dos alunos, as caractersticas regionais da
sociedade, da cultura e da economia e perpassa todo o currculo (Pargrafo 1) (BRASIL,
2010).
44
Vale destacar que o Plano Curricular e da Educao Infantil, o Plano Curricular de Ensino
Fundamental - anos iniciais, Plano Curricular Ensino Fundamental - anos finais e Educao
de Jovens e Adultos correspondem, respectivamente aos APNDICES B, C, D, E. J o
formulrio de sugesto para a elaborao do Histrico Escolar o APNDICE F.
45
7 CONSIDERAES FINAIS
Essa proposta levou em considerao o contexto externo e interno em que atualmente esto
inseridas as escolas especiais das Apaes, principalmente com o advento da educao inclusiva
que consisti numa conquista para as pessoas com deficincia.
Diante disso, esta proposta tem como centralidade a definio do pblico que dever ser
atendido pelas escolas especiais das Apaes, bem como a definio do percurso escolar dos
alunos com deficincia intelectual e mltipla nessa escola especial com vistas concluso do
ensino fundamental para a promoo da sua autonomia e independncia.
Acreditamos que s a unio de todo o corpo docente com uma gesto participativa e atuante,
possibilitar a transformao do ensino na escola especial da Apae, tornando-o um ensino de
qualidade, onde o aluno compreenda os conceitos, se envolva no processo do ensino e da
aprendizagem e construa novos conhecimentos que sejam favorveis sua autogesto.
Igualmente importante ser uma reviso epistemolgica dos contedos e das metodologias
que impliquem numa melhoria qualitativa da didtica do professor em sala de aula. No
esqueamos que a cristalizao de determinadas prticas devem ser objeto de permanente
ateno e estudo, no sentido de no se tornarem defasadas ou mesmo obtusas.
Entendemos que assim atenderemos as aspiraes e expectativas do movimento apaeano
mineiro quanto sua atuao educacional, com uma prtica que tem como objetivo primeiro a
incluso social do aluno com deficincia intelectual e mltipla.
46
REFERNCIAS
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classificao e sistemas de apoio. Magda Frana Lopes (Trad.). Porto Alegre 10. ed., 2006.
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dez. 1996.
BRASIL. Resoluo CNE/CEB N 2, de 11 de setembro de 2001, art. 8, Item V. Institui
Diretrizes Nacionais para a Educao Especial na Educao Bsica. Dirio Oficial
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48
APNDICE A
AVALIAO MULTIDIMENSIONAL DE DEFICINCIA INTELECTUAL
(Adaptado da AAMR, 2006)
DATA:_______/_________/________
DADOS PESSOAIS
Nome:____________________________________________________________________________
DN:__________Idade:___________Telefone:_________________________cel:_________________
End:_____________________________________________________________________________
Pai:______________________________________________________________________________
Me:_____________________________________________________________________________
aprendizagem
Potencialidades: _____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Dificuldades:_________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
COMPORTAMENTO ADAPTATIVO
2.1
Linguagem
Potencialidades: ______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
Dificuldades:__________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
49
2.2
Auto-estima,
Credulidade,
Potencialidades: ______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
Avaliao Multidimensional de deficincia intelectual
Dificuldades:__________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
2.3 Habilidades Comportamentais Adaptativas Prticas (AVD -comer,transitar, usar o banheiro, vestir-se); AVP
(preparo das refeies, cuidado com a casa, transporte, tomar remdios, manejo do dinheiro, uso do telefone,
Manter o ambiente seguro).
Potencialidades: ______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
Dificuldades:__________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
3 PARTICIPAO, INTERAES, PAPIS SOCIAIS (Eventos, Interao familiar, amigos, escola e
comunidade, trabalho , lazer, recreao, vida espiritual).
Potencialidades: ______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
Dificuldades:__________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
4 SADE (Fsica, Mental, Etiologia)
Potencialidades: ______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
Dificuldades:__________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
5 CONTEXTO SOCIAL (Considerando o ambiente em que o indivduo vive)
5.1 Ambiente Imediato ( pessoa, famlia, apoiador direto)
Potencialidades: ______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
Dificuldades:__________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
Dificuldades:__________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
5.3 Sociedade (cultura, pas, sociopoltica)
Potencialidades: ______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
Dificuldades:__________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
DIAGNSTICO
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
INDICAES
(Propor os atendimentos de acordo com os apoios que a pessoa com deficincia necessita)
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
UIPE
RESPONSVEL
______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
APNDICE B
______________________________________________________________________________
APNDICE C
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APNDICE F
Componentes curriculares obrigatrios do ensino fundamental
O currculo da base nacional comum do Ensino Fundamental deve abranger, obrigatoriamente, conforme o
art. 26 da Lei n 9.394/9617, o estudo da Lngua Portuguesa e da Matemtica, o conhecimento do mundo
fsico e natural e da realidade social e poltica, especialmente a do Brasil, bem como o ensino da Arte, a
Educao Fsica e o Ensino Religioso. Os componentes curriculares obrigatrios do Ensino Fundamental
sero assim organizados em relao s reas de conhecimento: (CNE resoluo N7/2010 art.14 e 15)
I Linguagens
Lngua Materna, para populaes indgenas; Lngua Estrangeira moderna; Arte; e Educao Fsica;
REAS DE
CONHECIMENTO
a) Lngua Portuguesa;
CONTEDOS
O objetivo maior da disciplina de portugus propiciar aos alunos espaos
facilitadores de sua comunicao com as pessoas. Esta comunicao pode ser
verbal ou no verbal, apoiada por gestos, sinais, gravuras ou smbolos.
Dessa forma o professor deve intensificar o trabalho com toda a turma; a leitura de
mundo; a observao de palavras; textos; rtulos; anncios; logomarcas; sinais e
smbolos que sejam facilitadores da compreenso das tarefas a serem realizadas;
facilitar a compreenso pelo aluno do que lhe solicitado pelo meio. Assim, todos
os espaos e atividades tornam-se oportunidades para a comunicao e, portanto,
para o estudo da lngua portuguesa..
O momento da avaliao excelente para anlise do comportamento e da
produtividade da turma. Realiza-se uma reunio semanal, e esta permite aos
alunos a vivncia da comunicao de sentimentos, idias, pensamentos, a
organizao dos fatos em seqncias, a fluncia verbal e a desinibio ao falar em
pblico.
b) Educao Fsica
17
52
d)Lngua estrangeira
53
II Matemtica
Segundo Busenos (2004), a matemtica promove a construo da cidadania, na medida em que, a partir de seu
currculo, discute as diferenas socioculturais, as contradies do trabalho, entre outras questes, fazendo com que o
aluno adquira a capacidade de compreender as diversas informaes da mdia, e as compare com a nossa realidade.
Para que o aluno tenha a capacidade exercer a cidadania, tem que saber lidar com a linguagem e com as novas
tecnologias, e neste aspecto que a matemtica colabora, pois a mesma ajuda na criatividade, no trabalho coletivo, na
assimilao rpida de novas informaes, na autonomia, proporcionando, enfim, destreza no raciocnio, o que leva o
indivduo a adaptar-se a novas situaes e a pensar criticamente, tomando decises.
Os conceitos de nmeros, quantidades, contagem, noes de volume, peso, conceitos espaciais, temporais e
monetrios so trabalhados de forma prtica, atravs de vivncias com materiais concretos, atravs da compra de
produtos utilizados nas oficinas ou para confeco de receitas na aulas, ensinando o aluno a us-los em suas
necessidades do dia a dia. Utiliza-se da calculadora com o objetivo de facilitar o conhecimento de nmeros e
quantidade, facilitando a aplicao de contedos e eliminando o uso da escrita formal na aplicao dos
conhecimentos matemticos.
H um razovel consenso no sentido de que os currculos de Matemtica para o ensino fundamental devam
contemplar o estudo dos nmeros e das operaes (no campo da Aritmtica e da lgebra), o estudo do espao e das
formas (no campo da Geometria) e o estudo das grandezas e das medidas (que permite interligaes entre os campos
da Aritmtica, da lgebra e da Geometria).
O desafio aqui apresentado identificar, dentro de cada um desses vastos campos, que conhecimentos, competncias,
hbitos e valores so socialmente relevantes. E, por outro lado, em que medida realmente contribuem para o
desenvolvimento intelectual do aluno, ou seja, na construo e coordenao do pensamento lgico-matemtico, na
criatividade, na intuio, na capacidade de anlise e de crtica, que constituem esquemas lgicos de referncia para
interpretar fatos e fenmenos.
Um olhar mais atento para nossa sociedade mostra a necessidade de acrescentar a esses contedos aqueles que
permitam ao cidado tratar as informaes que recebe cotidianamente, aprendendo a lidar com dados estatsticos,
tabelas e grficos, a raciocinar utilizando idias relativas probabilidade e combinatria (PCNs)
54
A horticultura e a jardinagem so excelentes alternativas para os alunos aprenderem a preparar pequenos canteiros, a
plantar mudas e sementes de plantas medicinais e ornamentais comuns no ambiente domiciliar. Apreendem tambm a
dividir o lixo de maneira organizada e responsvel. H tambm a possibilidade de aprenderem a lidar com pequenos
animais, que podem ser trazidos escola para visitas.
VI Cincias Humanas
a)
Conhecimento do corpo
Nessa disciplina os alunos estudam desde as noes simples de identidade e
conhecimento de partes do corpo, at o nvel de autonomia para cuidar de sua
alimentao, higiene, vesturio e locomoo. Nessa rea de conhecimento
podemos tambm trabalhar os contedos relativos Educao Sexual:
identificao da anatomia sexual, namoro, relacionamento humano, casamento,
amizade, doenas sexualmente transmissveis e doenas venreas.
b)
Histria
18
Acesso em
55
c) Geografia
As visitas ao centro da cidade e aos bairros incluem ainda o conhecimento e o
uso adequado de locais pblicos como: igrejas, bancos, lojas, prefeitura,
hospitais, postos de sade, supermercados, etc..
Nas atividades comunitrias, os alunos so levados a perceber pontos de
referncia que facilitam a sua locomoo na cidade.
A geografia deve ser trabalhada de maneira que favorea aos alunos a noo de
ocupao e o conhecimento funcional dos espaos utilizados por eles. Prope-se,
ento, estudar o espao escolar suas caractersticas e especificidades, o bairro
onde se situa a escola, os bairros onde moram os alunos e o centro da cidade. Este
estudo, essencialmente prtico, confere aos alunos a noo de cidade que
progressivamente construda.
As atividades para o conhecimento dos espaos devem ser diversificadas, como
por exemplo, compra de materiais, visitas a casas dos colegas, a espaos
tursticos, a espaos culturais, participao em ventos culturais, esportivos,
atividades de lazer, pesquisas etc..
Dessa maneira, possvel levar os alunos a perceber, analisar e comparar os
diferentes bairros, os tipos de moradias, os acidentes geogrficos e os recursos
naturais existentes em cada local visitado ou identificado. Nesses momentos
pode-se ainda estudar os meios de transporte e de comunicao, apoiando os
alunos para que o uso dos mesmos seja efetivo e se generalize para alm das
atividades escolares.
V Ensino Religioso
A incluso de atividades significativas amplia os vnculos afetivos e, principalmente, confere a possibilidade de
realizar tarefas de maneira mais prazerosa. O desenvolvimento de prticas didticas envolvendo atividades ldicas,
projetos e trabalhos interdisciplinares, possibilita a participao efetiva do aluno no processo de construo do seu
prprio conhecimento, criando, deste modo, possibilidades de situaes concretas de interaes discursivas por meio
da leitura, da escrita, da fala e da compreenso oral. O professor assume o papel de facilitador e de mediador das
situaes de todo o processo de aprendizagem, contribuindo para a formao de aprendizes mais autnomos,
incentivando-os a se responsabilizarem por sua aprendizagem e conscientizando-os sobre os processos cognitivos.