Mandi Pintado - Uma Espécie Com Potencial de Cultivo para o Rio Iguaçu PDF
Mandi Pintado - Uma Espécie Com Potencial de Cultivo para o Rio Iguaçu PDF
Mandi Pintado - Uma Espécie Com Potencial de Cultivo para o Rio Iguaçu PDF
Aldi Feiden
Wilson Rogrio Boscolo
Mandi-Pintado
Uma espcie com potencial de
cultivo para o rio Iguau
M272
Agradecimentos
Ao MDA/PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, pelo apoio ao projeto
de extenso que deu suporte a esta publicao.
SETI Secretaria de Estado de Cincia, Tecnologia e Ensino Superior, pelo apoio aos projetos de
pesquisa e desenvolvimento tecnolgico que permitiram o desenvolvimento dos produtos derivados de
peixes cultivados.
Dedicatria
Prefcio
Apoiar projetos para criar uma base tcnico-cientfica estadual que
contribua para o desenvolvimento da sociedade paranaense parte das polticas
pblicas desenvolvidas pela Secretaria de Estado da Cincia, Tecnologia e Ensino
Superior SETI. Por meio da Unidade Gestora do Fundo de Cincia e Tecnologia e
da Fundao Araucria, a SETI apia projetos que buscam aliar o conhecimento
gerado nas Instituies de Ensino e Pesquisa do Estado com as prticas
empreendedoras dos setores econmicos e sociais paranaenses.
Exemplo disso o presente texto, resultado do trabalho de nossos
pesquisadores.
Um belo manual para conhecer, entender hbitos e a biologia de um
peixe que pertence a uma das trs principais espcies nativas com potencial de
cultivo na bacia do rio Iguau.
Os autores descrevem minuciosamente como selecionar, manter e
reproduzir o chamado mandi-pintado, mesmo nas condies adversas ao seu
ambiente natural quando cultivado em cativeiro. Assim, compartilham o
conhecimento acadmico com aqueles que desejam iniciar-se, ou com aqueles que
tm na atividade pesqueira seu empreendimento, seja ele de mera subsistncia ou
gerador de emprego e renda. Para aqueles que querem investir na atividade, os
detalhes expostos no livro so de enorme clareza, de modo a oferecer informaes
absolutamente necessrias para suas anlises quanto s incertezas e retorno do
investimento que se quer fazer.
Mais do que isso: colocam a cincia a servio do homem, a servio da
sociedade. Disponibilizam informaes essenciais para os que vivem da pesca ou
para os que querem fazer dela uma atividade econmica complementar sua
gerao de renda.
Trata-se de um texto objetivo, ricamente ilustrado e que certamente far
parte dos compndios escolares bem como servir como manual necessrio para
quem quer compreender a espcie estudada com objetivos de empreender
atividade econmica ou subsidiar polticas pblicas de repovoamento de rios com
espcies nativas. Polticas que apoiam iniciativas que buscam contribuir para o
equilbrio ecolgico das nossas bacias hidrogrficas, preservando o meio ambiente.
Autores
Aldi Feiden
Possui graduao em Agronomia pela Universidade Estadual de Maring
(1989); mestrado em Ecologia de Ambientes Aquticos Continentais pela
Universidade Estadual de Maring (1999); e doutorado em Ecologia de Ambientes
Aquticos Continentais pela Universidade Estadual de Maring (2003). Atualmente
professor adjunto da Universidade Estadual do Oeste do Paran e Gerente de
Transferncia e Popularizao de Cincia e Tecnologia da Unidade Gestora do
Fundo Paran, na Secretaria de Estado de Cincia, Tecnologia e Ensino Superior
do Paran. Tem experincia na rea de Recursos Pesqueiros, com nfase em
Aquicultura, atuando principalmente nos seguintes temas: piscicultura, tanquesrede, criao de tilpias e peixes nativos, e alimentao e nutrio de peixes.
Tambm atua na difuso de tecnologias pesqueiras, na organizao da cadeia
produtiva do pescado cultivado em viveiros de terra e tanques-rede. orientador do
Programa de Ps-Graduao em Zootecnia da Unioeste, Campus de Marechal
Cndido Rondon, e do Programa de Ps-Graduao em Recursos Pesqueiros e
Engenharia de Pesca da Unioeste, Campus de Toledo, nveis de Mestrado.
Cesar Sary
Possui graduao em Zootecnia pela Pontifcia Universidade Catlica do Paran,
PUCPR (2008). Atualmente mestrando no Programa de Ps-Graduao em
Zootecnia da Universidade Estadual do Oeste do Paran. Pesquisador do Grupo de
Estudo de Manejo na Aquicultura GEMAq, da UNIOESTE. Tem experincia na
rea de aquicultura, com nfase em reproduo, nutrio e manejo de espcies
nativas, e Aquicultura Sustentvel.
Altevir Signor
Engenheiro de Pesca formado pela Universidade Estadual do Oeste do
Paran (2004). mestre em Aquicultura pelo Programa de Ps-Graduao em
Aquicultura de Organismos Aquticos de guas Continentais, do Centro de
Aquicultura da Unesp -- CAUNESP -- Campus de Jaboticabal/SP (2007). tambm
doutor em Zootecnia pelo Programa de Ps-graduao em Zootecnia da Faculdade
de Medicina Veterinria e Zootecnia da UNESP FMVZ Campus de Botucatu, e
sua rea de concentrao Nutrio e Produo Animal (2009). Atualmente atua
como pesquisador do Grupo de Estudo de Manejo na Aquicultura GEMAq, da
UNIOESTE , do Instituto gua Viva e de Nutrio e Sade de Peixes do AquaNutri
da FMVZ UNESP. Tem experincia em Aquicultura e Recursos Pesqueiros e
Engenharia de Pesca, suas principais reas de estudo sendo: Tecnologia e
Industrializao do Pescado, Nutrio, Fisiologia, Sade, Reproduo e
Desenvolvimento de organismos aquticos, Qualidade de gua, Manejo Alimentar e
Aquicultura Sustentvel.
Micheli Zaminhan
Acadmica do curso de Engenharia de Pesca na Universidade Estadual do Oeste
do Paran (Unioeste), em 2006. Foi bolsista da Fundao Terra/EMATER nos anos
de 2006 e 2007, e tambm da Universidade sem Fronteiras em 2008 e 2009.
parte do Grupo de Estudos de Manejo na Aquicultura (GEMAq) e sua experincia
engloba as reas de hematologia e microbiologia, com atuao principal na rea de
hematologia e bioqumica.
Odair Diemer
Formou-se Engenheiro de Pesca pela Universidade Estadual do Oeste do Paran UNIOESTE no ano de 2008. Atualmente Mestrando em Zootecnia, na rea de
nutrio animal, sendo tambm Pesquisador do Instituto gua Viva, "Pesquisa e
Extenso". Tem experincia na rea de Recursos Pesqueiros e Engenharia de
Pesca, nas reas de nutrio de organismos aquticos, reproduo de peixes e
Limnologia.
Apresentao
A riqueza da ictiofauna brasileira inquestionvel, e muitas vezes
desconhecida. Isso se deve s caractersticas faunsticas de cada regio. O Rio
Iguau apresenta desde sua nascente at sua foz cinco usinas hidreltricas que
contribuem na ameaa conservao da biodiversidade, caso em que h
endemismo de diversas espcies de peixes.
Como o mandi-pintado uma espcie com potencial de cultivo para os
produtores que vivem na regio do baixo Iguau, surgiu a ideia de elaborar um livro
que contemplasse o ciclo de vida desta espcie e seu processamento. Dessa forma
surge o livro Mandi-pintado, uma espcie com potencial de cultivo para o rio
Iguau, elaborado com a colaborao de diversos pesquisadores, em parceria da
Secretaria de Estado de Cincia, Tecnologia e Ensino Superior SETI, durante
mais de um ano de trabalho e dedicao.
com imenso e honroso prazer que disponibilizamos esta obra a toda a
comunidade. Desejamos que sirva para todas as classes, produtores, estudantes,
universitrios, pesquisadores e a quem interessar.
Acreditamos que a partir de pequenos gestos podemos caminhar ao
desenvolvimento da aquicultura sustentvel, passando por todos os alicerces da
comunidade, desde a capacitao de produtores at a coordenao e organizao
de materiais que sirvam de auxlio para a concretizao de um ideal.
Os Autores
Dezembro de 2009
Sumrio
Contedo
Introduo .............................................................................................19
1.1 Caractersticas regionais e da ictiofauna.................................19
1.2 rea de ocorrncia da espcie.................................................. 20
1.3 Biologia da Espcie ....................................................................... 20
1.4 Referncias.....................................................................................21
Reproduo do mandi-pintado......................................................... 23
2.1 Consideraes gerais ................................................................... 23
2.2 Seleo e manuteno de matrizes ......................................... 23
2.3 Induo e reproduo ................................................................. 24
2.3.1 Induo........................................................................................ 24
2.3.2 Coleta dos gametas e fertilizao........................................ 25
2.3.3 Dados reprodutivos.................................................................. 25
2.4 Referncias bibliogrficas......................................................... 26
2.5 Figuras............................................................................................ 27
Avaliao quali-quantitativa de gametas de peixes ................ 29
3.1 Consideraes gerais ................................................................... 30
3.2 Anlise do smen.......................................................................... 30
3.3 Anlise dos ovcitos .....................................................................31
3.4 Taxa de fertilizao e ecloso...................................................31
3.5 Referncias bibliogrficas......................................................... 32
3.6 Figuras............................................................................................ 33
Captulo 1
1.Introduo
Aldi Feiden1
Dacley Hertes Neu2
Altevir Signor3
Bruno Estevo de Souza4
Figura 1. Distribuio geogrfica de Pimelodus britskii para o rio Iguau. Adaptado de Garavello
e Shibata (2007).
1.4 Referncias
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GARAVELLO, J.C.; SHIBATTA, O.K. A new species of the genus Pimelodus La Cpde, 1803
from the rio Iguau Basin and a reappraisal of the Pimelodus ortmanni Haseman, 1911 from the
rio Paran System, Brazil (Ostariophysi: Siluriformes: Pimelodidae). Neotropical Ichthyology, v.
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Pimelodidae), na plancie de inundao do alto rio Paran, Brasil. Boletim do Instituto de Pesca,
v. 23. p. 187-202. 1996.
Captulo 2
Reproduo do mandi-pintado
Bruno Estevo de Souza 1
Cesar Sary 2
Juliana Alice Lsch 3
Odair Diemer 4
outros, tais como as condies de cultivo, densidade de estocagem, nutrio, estresse, entre
outros.
O reconhecimento dos sexos do mandi-pintado, P. britskii praticamente impossvel
de ser determinado atravs da observao, a no ser no perodo reprodutivo. Apesar dos
machos normalmente no liberarem smen quando pressionados na papila urogenital, as
fmeas passam a apresentar o abdmen arredondado, e a papila urogenital intumescida e
avermelhada, o que ento possibilita a sua identificao.
Porm, recomendado que se realize uma bipsia ovariana (canulao) por meio da
introduo de um cateter plstico (sonda uretral) atravs da papila, para a retirada de uma
alquota de ovcitos ou no, tendo assim certeza do sexo do reprodutor e, consequentemente,
poder selecionar a proporo ideal de machos e fmeos na montagem dos lotes a serem
induzidos (figura 1).
A alquota de ovcitos retirada na bipsia ovariana deve ser colocada sobre uma
lmina, e sobre eles adicionadas algumas gotas de soluo de Serra (Lemanova & Sakun,
1975). Aproximadamente sessenta segundos depois, dever ser realizada uma observao em
lupa com aumento de pelo menos 4X. A vescula germinativa (ncleo), no incio da maturao,
ocupa posio central na clula (ovcito). Se o ovcito estiver na periferia da clula, significa
que a fmea est no estgio final de maturao, isto , apta induo hormonal e reproduo
(figura 2). Fmeas que apresentarem acima de 80% dos ovcitos com estas caractersticas
devero ser selecionadas.
Os animais selecionados devero ser transportados para o laboratrio de reproduo,
onde devero ser individualmente pesados, marcados (figura 3) e separados por sexo, em
tanques preferencialmente circulares, e de no mnimo 250L, com renovao constante de gua
e controle de temperatura.
Tabela 1. Valores mdios de peso, comprimento total e nmero de ovcitos por grama de
reprodutor fmea de mandi-pintado P. britskii.
Peso
(g)
Comprimento
(cm)
n. ovcitos/g
reprodutor
217,57 28,47
26,9 1,3
40,71 25,24
Tabela 2. Valores mdios de peso, comprimento total e peso das gnadas de reprodutor de
mandi, P. britskii.
Peso (g)
Comprimento (cm)
135,50 31,71
24,34 1,19
1,36 0,54
A taxa de fertilizao (%) foi aferida 8 horas aps a fertilizao, no estgio em que,
aps a fertilizao, os ovos so adicionados em incubadoras com formato cilndrico. Os valores
mdios apresentados foram de 86,37 5,79.
A ecloso das larvas ocorre 20h30min aps a fertilizao, quando a temperatura da
gua das incubadoras mantida em 24,0 1,0C. As larvas eclodiram com comprimento total
mdio de 3,59 0,14mm.
2.5 Figuras
Figura 6: Remoo dos testculos e gnadas dos manchos de mandi-pintado P. britskii para
obteno de smen para fertilizao.
Figura 7: Bacia com os ovos do mandi-pintado P. britskii hidratando antes de serem transferidos
para a incubadora.
Captulo 3
Avaliao quali-quantitativa de
gametas de peixes
Bruno Estevo de Souza1
Cesar Sary2
1918), corante recomendado para peixes por Streit Jr. et al., (2004), e, depois de secos, levados
ao microscpio de contraste de fase com objetiva de 40X. Assim, realiza-se o exame de 120
espermatozides entre as lminas feitas de cada amostra de smen, classificando-os em
normais, com patologias primrias ou secundrias, de acordo com Streit Jr. et al. (2008).
Taxa de Fertiliza o =
Taxa de Ecloso =
Taxas de ecloso acima de 85% podem ser consideradas como um bom resultado.
3.6 Figuras
Captulo 4
Desenvolvimento embrionrio e
larval do Mandi-Pintado
Luciana Nakaghi Ganeco1
Cesar Sary2
4.1 Introduo
O conhecimento do desenvolvimento embrionrio e larval de cada espcie de peixe na
natureza de grande importncia antes de se iniciar sua criao em cativeiro. Alm disso, o
estudo dos eventos morfolgicos que envolvem o desenvolvimento inicial pode ser uma
ferramenta til para uma srie de pesquisas, tais como caracterizao das espcies, localizao
de reas de desova, estudo dos ndices zootcnicos e avaliao da qualidade do ambiente e do
efeito de substncias txicas sobre a fauna aqutica.
O incio do desenvolvimento a fase mais sensvel do ciclo de vida dos peixes (Hallare
et al., 2005) e a baixa sobrevivncia na fase larval um dos grandes problemas na larvicultura
das espcies nativas (Castagnolli, 1992). O desenvolvimento inicial de peixes envolve etapas do
ciclo biolgico que abrange ovos, embries e larvas (Depche e Billard, 1994).
Diversos fatores podem afetar o desenvolvimento embrionrio e larval, tais como a
temperatura (Arenzon et al., 2002; Ninhaus-Silveira et al., 2006), a salinidade (Weingartner e
Zaniboni-Filho, 2004), o pH (Ferreira et al., 2001), a luminosidade (Duray et al., 1996; Feiden et
al., 2006a), a alimentao artificial ou natural (Soares et al,. 2000; Feiden et al., 2005; Feiden et
al., 2006b), a densidade de estocagem dos ovos (Cerqueira, et al., 2005) e das larvas (Luz &
Zaniboni Filho, 2002) e, por fim, a contaminao da gua por agrotxicos (Westernhagen &
Dethlefsen, 1997; Alvares e Fuiman, 2005).
O mandi-pintado, Pimelodus britskii (Garavello & Shibatta, 2007), uma nova espcie
do gnero Pimelodus endmica bacia do rio Iguau. Sua reproduo j vem sendo induzida
em laboratrio com sucesso.
FERREIRA, A.A. NUER, A.P.O.; ESQUIVEL, J.R. Influncia do pH sobre ovos e larvas de
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GODINHO, H.P.; SANTOS, J.E.; SATO, Y. Ontognese larval de cinco espcies do So
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GODINHO, H.P. Estratgias reprodutivas de peixes aplicadas aquicultura: bases para o
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LEME DOS SANTOS, H.S.; AZOUBEL, R. Embriologia comparada. 189p. Jaboticabal: FUNEP.
1996.
4.6 Figuras
CG
Ep
ag
Captulo 5
Larvicultura do mandi-pintado
Dacley Hertes Neu1
Odair Diemer2
Altevir Signor3
Micheli Zaminhan4
Joana Karin Finkler5
5.1 Introduo
Na larvicultura do mandi-pintado, alguns cuidados devem ser tomados para que se
possa ter a melhor resposta possvel dos peixes quanto sobrevivncia e ao crescimento.
Cuidados com os parmetros da gua -- como vazo, oxignio dissolvido, temperatura, pH,
amnia e condutividade -- devem ser monitorados, evitando, assim, a proliferao de fungos
(Silva, 2004). Outro fator importantssimo na larvicultura de peixes o conhecimento das
exigncias nutricionais, atualmente desconhecidas.
A larvicultura o ponto mais crtico no processo de produo de peixes, devido a
elevadas taxas de mortalidade. A busca de condies ideais de cultivo das larvas e alevinos que
proporcionem maiores taxas de sobrevivncia uma constante (Luz & Zaniboni Filho 2002; ElSayed et al., 2003), pois se as larvas apresentarem bom estado nutricional e sade,
consequentemente haver sucesso na produo de alevinos.
Quando a temperatura favorvel, aps dois dias e meio da ecloso dos ovos as larvas
de mandi-pintado comeam a aceitar alimento vivo em sua dieta. O alimento mais comum para
essa fase a artmia, que ofertada devido ao pequeno tamanho da boca das larvas. Alm dos
aspectos nutricionais, importante que se tenha o conhecimento sobre a intensidade luminosa,
a densidade de estocagem e tambm sobre a salinidade da gua do ambiente de criao, pois
estes so alguns dos fatores que podem influenciar o desenvolvimento dos peixes desde a fase
de larva at a fase de alevino. Esses fatores podem e devem ser manipulados de forma a
maximizar a sobrevivncia e a qualidade das larvas produzidas.
5.2 Salinidade
Alm da relao da salinidade com o crescimento e com a sobrevivncia o que foi
observado por alguns autores (Swanson, 1998; Baldisserotto, 2002; Partridge & Jenkins, 2002) - h outras situaes e formas de utilizao do sal na piscicultura: na preveno e controle de
1Engenheiro
Nveis de Salinidade ()
1
2
3
0,602a
41,855a
0,658a
43,507a
0,565a
41,330ab
0,451b
38,666
C.V. (%)
12,54
4,03
75a
92,5a
62,5a
57,5a
25,8
Sobrevivncia (%)
*Valores na mesma linha seguidos de letras distintas diferem estatisticamente (P <0,05) pelo teste de
Tukey.
5.3 Densidade
A densidade de estocagem outro processo ao qual se merece dar ateno,
principalmente devido a sua influncia sobre o desenvolvimento, o que pode acarretar srios
prejuzos produo.
De acordo com Luz & Santos (2008), peixes criados em baixas densidades de
estocagem apresentam boa taxa de crescimento e alta porcentagem de sobrevivncia. Por outro
lado, a utilizao de quantidades reduzidas de animais leva a uma subutilizao do espao
disponvel. Em contrapartida, a utilizao de altas densidades pode ser prejudicial, podendo
ocasionar elevada taxa de mortalidade.
Na busca de solues para este problema, foi realizado um estudo com o objetivo de
avaliar o efeito da densidade de estocagem sobre o desempenho e sobrevivncia de larvas do
Tabela 4. Valores de peso final (PF), comprimento final (CF) e sobrevivncia (SO) para o mandipintado P. britski cultivado em diferentes densidades.
Parmetros
PF (g)
CF (cm)
SO (%)
Densidade (larvas/L)
CV (%)
0,25
0,5
0,1483ab
0,1517a
0,1120b
0,1145ab
13,72
2,6046a
2,6312a
2,3491b
2,3401b
4,09
90,625a
98,333a
85,000a
85,000a
10,28
Mdias na mesma linha seguidas de letras distintas diferem (P<0,05) pelo teste de Tukey.
5.4 Luminosidade
Outro fator que pode influenciar o desenvolvimento dos peixes a luminosidade. Os
peixes exibem um ciclo de 24 horas nas suas atividades, sendo a presena ou ausncia de luz
um fator importante para o sucesso da larvicultura. Este ciclo afeta principalmente o ritmo
alimentar que caracterstico de cada espcie (Baldisserotto, 2002).
O mecanismo que regula o ritmo de alimentao e produz efeitos sobre o crescimento
no conhecido completamente. Sabe-se, entretanto, que o fotoperodo pode influenciar a
liberao de hormnios e produzir efeitos sobre o desenvolvimento dos peixes, ocorrendo
geralmente em peixes Siluriformes (Baldisserotto, 2002). Em larvas de mandi-pintado, a
luminosidade afeta indiretamente o desempenho, isto , o peixe est mais ligado com a captura
de alimento do que com o fotoperodo. Contudo, foi observado por Feinden et al (2006a) que os
melhores resultados de desempenho inicial para surubim do Iguau que tambm uma
espcie de couro e da mesma famlia do mandi-pintado -- foi quando os mesmos foram
mantidos em ambientes escuros e sem refgios.
Para elucidar essa questo, foi realizado um estudo com o objetivo de avaliar o efeito
do fotoperodo sobre o desempenho e a sobrevivncia de larvas de mandi-pintado. Os
resultados podem ser vistos na tabela 5.
Dois fotoperodos foram utilizados como tratamentos: fotoperodo natural, que aquele
em que no havia controle sobre a luz, e o outro foi composto por fotoperodo escuro, sendo os
peixes submetidos a 24 horas de escurido total durante todo perodo experimental. Os peixes
foram alimentados com dois tratamentos: artmia e rao.
Os peixes mostraram ter capacidade de se alimentarem tanto em ambientes escuros
como claros. Entretanto, quando fornecido alimentos inertes, o desempenho foi prejudicado com
elevadas taxas de mortalidades. As larvas de mandi-pintado apresentaram maior sobrevivncia
quando expostas escurido e alimentadas com artmia, e menor taxa de sobrevivncia
quando expostas ao escuro e alimentadas com raes, embora os parmetros de desempenho
no tenham sido influenciados pelo fotoperodo.
Tabela 5. Valores de peso final mdio (PF), comprimento final mdio (CF) e sobrevivncia (SO)
para o mandi-pintado P. britski cultivado em diferentes fotoperodos.
Variveis*
PF (g)
CF (mm)
Tratamentos
3
CV (%)
0,630,07a
0,610,05a
0,100,04b
0,200,12b
22,43
41,792,44a
41,243,32a
24,031,79b
29,444,73b
24,70
88a
18c
8d
74,01
*Mdias na mesma linha seguidas de letras distintas diferem (P<0,05) pelo teste de Tukey. 1) Fotoperodo
Natural alimentadas com Artemia, 2) Fotoperodo Escuro alimentadas com Artemia, 3) Fotoperodo Natural
alimentadas com Rao e, 4) Fotoperodo Escuro alimentadas com Rao.
Tempo de Artmia
15
20
10
C.V. (%)
0,014c
0,036bc
0,109b
0,193a
53,25
6,160b 10,314b
23,728a
28,262a
41,21
8b
24ab
48ab
60a
65,78
*Valores na mesma linha seguidos de letras distintas diferem estatisticamente (P <0,05) pelo teste de
Tukey 5%.
Tabela 7 - Valores mdios dos parmetros biticos de larvas de Pimelodus britskii alimentadas
com diferentes dietas.
Variveis*
Tratamentos
C.V.
0,3860,13a
0,0900,05c
0,604 0,17a
0,4240,18b
12,4
36,343,98b
22,183,88c
41,51 4,41a
36,586,03b
35,9
87,33a
40,00b
94,00a
85,83a
47,9
*Valores na mesma linha seguidos de mesma letra no diferem estatisticamente (P<0,05) pelo teste Tukey.
Tratamentos: 1) Artmia; 2) Rao; 3) Artmia + Rao e, 4) Artmia por duas semanas e depois rao.
C.V. Coeficiente de Variao (%).
aps o consumo do saco vitelnico, sendo apresentada pela artmia uma adequada composio
nutricional para a fase de larvicultura.
Pastosa
Raes
Farelada
Extrusada moda
C.V. (%)
84,4726,25
22,522,01ab
77,4321,81
22,282,03b
94,3831,51
23,952,41a
31,38
9,42
92
92
92
30,09
*Valores com letras iguais em uma mesma linha no diferem estatisticamente de acordo com o teste de
Tukey (P>0,05).
Um dos motivos que explica a melhora no crescimento dos peixes atravs da dieta
extrusada moda o fato de ela ter passado pelo processo de extruso, que em si proporciona
maior estabilidade e disponibilidade de seus nutrientes devido s mudanas fsicas que ocorrem
atravs do aquecimento (Signor, 2008). Alm disso, a moagem, por tornar os grnulos menores,
faz com que os peixes tenham maior facilidade de se alimentar. Porm, esse processo acaba
elevando o preo devido ao maior tempo gasto, a mo-de-obra e ao maior consumo de energia
(Meurer et al., 2005).
Variveis
C.V.
PF (mg)
9030
8020
8030
8020
7020
28,62
CT(mm)
21,831,66
22,131,84
21,922,35
21,432,38
21,082,47
9,00
SO (%)
87,5
87,5
81,25
78,12
24,55
84,37
5.9 Referncias
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Captulo 6
Cultivo do mandi-pintado em
tanque-rede
Csar Sary1
Fausto Renato Weirich2
Junior Dasoler Luchesi3
Aldi Feiden4
qumicas do corpo hdrico (Bozano & Cyrino, 1999). Consequentemente, a aquicultura intensiva
deve ser conduzida de maneira planejada e sustentvel (Ayrosa et al., 2006).
6.2 Nutrio
O mandi-pintado apresenta alimentao variada, mostrando-se claramente oportunista.
Segundo Cassemiro et al. (2005), outras espcies do gnero descritas nos locais de ocorrncia
do mandi-pintado apresentam hbito alimentar varivel (carcinfaga, onvora, piscvora,
insetvora) durante as fases de crescimento, dependendo da quantidade e da qualidade do
alimento no ambiente.
O fornecimento de raes balanceadas nutricionalmente fundamental nas diferentes
fases de vida dos peixes, melhorando o crescimento, a sobrevivncia e a converso alimentar
(Cho et al., 2003).
O manejo alimentar adequado proporciona uma taxa de ingesto maior, que reflete na
relao entre a quantidade de alimento fornecido e a produo de biomassa. Logo, o gasto com
rao na produo de uma mesma biomassa de peixe, ou o tempo de cultivo, se torna menor
(Crescmcio et al., 2005).
As informaes sobre as exigncias nutricionais em cultivo para o mandi-pintado na
fase de engorda so hipotticas. Freitas et al. (2008), avaliando os nveis de protena bruta em
raes para juvenis de mandi Pimelodus sp., no observou diferena significativa (tabela 10)
quando forneceu raes contendo 30, 34, 38, 42 e 46 % de protena bruta, em peixes com peso
inicial mdio de 106,53 29,02 g, comprimento total inicial mdio de 21,53 1,97 cm, exceto
para comprimento total e comprimento padro entre os tratamentos.
Tabela 10. Parmetros avaliados encontrados para o mandi submetido a dietas contendo
diferentes nveis de protena bruta.
Nveis de protena bruta (PB)
CV(%)
Parmetros
30%
34%
38%
42%
46%
PF
122,84a
131,86a
138,88a
134,03a
143,21a
12,351NS
GP
16,30a
25,33a
32,35a
27,50a
36,68a
59,960 NS
CR
391,53a
647,49a
462,49a
454,79a
593,53a
36,949 NS
CA
27,36a
31,01a
22,45a
29,09a
16,04a
77,663 NS
EA
0,04a
0,04a
0,07a
0,06a
0,06a
59,628 NS
CFT
22,00b
22,97ab
22,90ab
22,57ab
24,25a
5,225*
CFP
10,25b
18,97ab
19,06ab
18,70ab
19,69a
4,510*
SO
95,00a
70,00a
80,00a
85,00a
70,00a
22,003 NS
FC
1,15a
1,09a
1,15a
1,15a
1,02a
9,497 NS
RC
89,34a
92,87a
93,52a
91,38a
93,67a
3,883 NS
GV
2,11a
1,95a
1,90a
1,97a
1,95a
18,507 NS
Mdias na mesma linha seguida de letras distintas diferem pelo teste de Duncan (P<0,05).
PF= peso final; GP= ganho de peso; CR= consumo de rao; CA= converso alimentar; EA=
eficincia alimentar; CFT= comprimento final total; CFP= comprimento final padro; SO=
sobrevivncia; FC= fator de condio; RC= rendimento de carcaa; GV= gordura visceral.
6.5 Referncias
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6.6 Figuras
Captulo 7
Processamento do Mandi-pintado
Juliana Cristina Veit1
Jakeline Marcela Azambuja de Freitas2
Elenice Souza dos Reis3
Wilson Rogrio Boscolo4
Tabela 11. Composio centesimal dos fils de mandi-pintado (P. britskii), capturados no rio
Iguau em maio de 2009.
Parmetro
Protena
Lipdios
Cinzas
Umidade
Mdia (%)
17,39
12,34
1,11
68,71
CV (%)
7,88
17,67
1,47
2,57
O mandi-pintado apresenta uma carne com alto teor de lipdios, sendo ento
considerado gordo, pois, segundo Bressan (2002), peixes com percentual de gordura acima de
1Nutricionista.
8% so assim classificados. Em geral, o alto teor de lipdios no pescado pode ser benfico,
tendo em vista que esta caracterstica torna a carne mais saborosa (Ogawa, 1999b). Alm disso,
os lipdios so fonte de energia, constituintes de membranas, tm grande poder de saciedade e
so essenciais para a absoro das vitaminas lipossolveis. So, portanto, fundamentais para o
desenvolvimento adequado e para a manuteno da sade humana.
Tabela 12. Propores corporais do mandi-pintado (P. britskii), coletados no rio Iguau em maio
de 2009.
Parmetro Mdias
Individua
s
Desvio
padro
Pesos
iniciais
(g)
Desvio
padro
Rendimentos
(%)
Desvio
padro
2,45
-
139,16
76,84
1,81
37,83
56,84
25,38
0,71
14,59
20,92
55,11
1,38
27,35
40,44
41,96
6,70
0,65
7,79
6,11
is
CT (cm)
Peso (g)
TL (%)
GV (%)
PCAB (%)
Fil (%)
22,01
-
Tabela 13. Proporo corporal para o mandi P. britskii coletado no rio Iguau, no inverno e
no vero.
Parmetros
CT (cm)
Peso (g)
Estao
Inverno
23,10a
111,23a
Vero
18,16b
54,67b
CV(%)
9,78*
24,97*
TL (%)
GV (%)
PCAB (%)
Fil (%)
51,77a
1,24a
25,68a
26,12b
47,58
2,10
26,77
30,06
14,63NS
129,92NS
16,23NS
21,91*
*Mdias na mesma linha seguida de letras distintas diferem (p < 0,05) pelo teste de Duncan.
pores com uma fina camada de farinha, antes de aplicar o batter, e tem como funo melhorar
a adeso pela absoro da umidade, funcionando como agente fsico para a adeso do lquido
de empanamento (Minozzo & Dieterich, 2007).
O batter, de forma geral, uma mistura de farinhas, amidos e temperos, misturados
com gua, formando um lquido viscoso de forma a cobrir uniformemente as pores e promover
a adeso da farinha de cobertura (Minozzo & Dieterich, 2007). Uma vez que o produto est
coberto pelo batter, procede-se a empan-lo (breading) (Hurni & Loewe, 1990).
A operao mecnica do breading consiste em passar o produto que previamente foi
submetido ao batter por uma pulverizao de farinha de empanamento sobre a superfcie do
produto (Hurni & Loewe, 1990).
Aps o empanamento, as pores so submetidas pr-fritura, a uma temperatura de
180 a 193C, por um minuto e meio, tendo como objetivos manter a cobertura do empanamento,
evitar a desidratao e contribuir para o gosto e cor do produto (Minozzo & Dieterich, 2007).
Antes da moldagem dos empanados interessante que a temperatura da massa
esteja baixa, do contrrio ela se torna mole e no adquire a forma desejada.
A Tabela 14 apresenta uma proposta para formulao de empanados de mandipintado e a Figura 1, o fluxograma operacional.
Tabela 14. Proposta para formulao de empanado elaborado com fil de mandi-pintado (P.
britskii).
INGREDIENTES
Fil de pescado triturado
gua gelada
Amido de milho
Protena texturizada de soja
Isolado Protico de soja
Sal
Cebola desidratada
leo de soja
Alho desidratado
Cebolinha desidratada
Salsinha desidratada
Glutamato monossdico
Pimenta branca
Total
Porcentagem (%)
83,0
4,0
2,5
2,0
2,0
1,5
1,5
1,2
0,8
0,6
0,6
0,2
0,1
100
Resfriamento
Moldagem
Empanamento
Pr-fritura
Embalagem
Congelamento
Figura 1. Fluxograma operacional para obteno de empanado de mandi-pintado (P. britskii).
Mdia (%)
14,67
10,11
2,69
56,08
CV
10,80
0,59
3,25
0,31
Tabela 16. Proposta para formulao de hambrguer produzido com fil de mandi-pintado (P.
britskii).
INGREDIENTES
Fil de pescado triturado
gua gelada
Protena texturizada de soja
Amido de milho
leo de soja
Sal
Cebola desidratada
Alho desidratado
Salsinha desidratada
Cebolinha desidratada
Glutamato monossdico
Pimenta branca
Total
%
81,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,5
1,4
0,8
0,5
0,4
0,2
0,2
100
Empanamento
Pr-fritura
Embalagem
Congelamento
Figura 2. Fluxograma operacional para obteno de hambrguer de mandi-pintado (P. britskii).
Na Tabela 17 possvel observar a composio centesimal do hambrguer de mandipintado, que apresenta valores de protena, lipdios e cinzas superiores aos de hambrguer de
tilpia-do-nilo (Oreochromis niloticus) (Marengoni et al., 2009), comprovando seu forte potencial
para industrializao e comercializao de produtos processados de alto valor agregado.
Mdia (%)
CV
18,57
12,75
3,08
61,29
0,67
3,23
2,92
0,02
7.3.3. Defumao
A defumao, embora seja uma antiga tcnica de conservao, atualmente tem sido
utilizada para melhorar a qualidade dos pescados, tendo em vista que a fumaa provoca
mudanas nos atributos sensoriais (aroma, sabor, colorao e textura) (Minozzo & Boscolo,
2007; Sigurgisladottir et al., 2000).
Dois mtodos de defumao so comumente conhecidos: a frio e a quente Porm,
podem tambm ser utilizados a fumaa lquida, o mtodo eletrosttico e a elaborao de
produtos defumados condimentados (Minozzo & Boscolo, 2007).
A defumao a quente tem como principal objetivo proporcionar sabor caracterstico.
J na defumao a frio, o objetivo maior o prolongamento da vida til do produto. O tempo de
exposio fumaa menor na defumao a quente, em funo da maior temperatura
empregada (Minozzo & Boscolo, 2007).
Alguns fatores influenciam na composio centesimal do pescado, tais como: idade,
peso, alimentao, sazonalidade, fase fisiolgica, bem como as diferentes partes do corpo
(Minozzo & Boscolo, 2007). Como o mandi-pintado um peixe gorduroso, seu teor de umidade
Protena
Lipdios
Cinzas
Umidade
Fil in natura CV
Mdia (%) (%)
17,39
12,34
1,11
68,71
7,88
17,67
1,47
2,57
Fil
defumado
Mdia (%)
CV
(%)
Mandi Inteiro
Defumado
Mdia (%)
CV
(%)
31,50
25,31
9,73
39,16
2,20
20,34
3,22
1,46
30,37
27,54
10,57
37,54
0,63
1,84
2,29
0,25
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7.5 Figuras
Figura 5. Mandi-pintado inteiro defumado (A). Fils crus (B). Fils defumados (C).