Resumo Dutra A Jango

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O ESTADO NOVO

ESTADO NOVO (1937 1945):


Nova constituio (1937): POLACA
(constituio fascista).
Estado de Emergncia permanente plenos
poderes ao presidente e a polcia.
Congresso fechado decretos-lei.
Proibio de greves.

Censura permanente (DIP Departamento


de Imprensa e Propaganda).
Priso de qualquer opositor.
Apoio das foras armadas.
Simpatia ao fascismo.
Ausncia de qualquer partido (at a AIB foi
fechada).
1938 - Intentona Integralista:

Golpe fracassado da AIB.


Lderes presos.
Plnio Salgado exila-se em Portugal.

Poltica internacional pragmtica:

Explorao de rivalidades para obter vantagens para o


Brasil.
Projeto de industrializao.

1942: Navios brasileiros so afundados por


submarinos alemes.
Brasil declara guerra ao Eixo (ALE + ITA +
JAP).
1943: Edio da CLT (controle dos
trabalhadores).
1944: FEB (Fora Expedicionria Brasileira)
desembarca na Itlia com aproximadamente
25 mil homens.

FAB

FEB

Luta

contra o nazifascismo estabelece


contradio interna: ditadura lutando ao lado das
foras pr-democracia.
Diversos setores sociais comeam a pedir
democracia interna (entre eles a UNE, criada em
1937, os meios de comunicao, apesar da
censura...).
Vargas convoca eleies para 1945, acaba com
a censura e anistia presos polticos.
Vargas cria 2 partidos polticos, o PTB e o PSD, para
agradar aos trabalhadores e a elite, respectivamente, alm
de permitir a formao de partidos oposicionistas.
Surge o Queremismo, apoiado discretamente por
Vargas.

Vitria de Vargas:
Falta de outra lideranas (velhas ou novas);
Herana do culto personalidade do Estado Novo;
Fracasso econmico do Governo Dutra

Vargas aproxima-se at dos comunistas para


permanecer no poder.
Prope uma Lei Anti-Truste que desagrada
os EUA.
Em 1945, afastado do poder pelo exrcito
(influenciado pelos EUA), que temia uma
nova tentativa golpista do presidente. Vargas
retorna para So Borja e eleito
posteriormente senador por dois estados ao
mesmo tempo (RS e SP).
Jos Linhares (presidente do STF) assume o
poder at que as eleies tivessem
transcorrido e o novo presidente assumisse.
JOS LINHARES

3 - CARACTERSTICAS GERAIS DO GOVERNO VARGAS:


POPULISMO tipo de governo que possui as seguintes
caractersticas: autoritarismo, estatismo, corporativismo,
culto ao lder combinado com concesses parciais a
camada mais pobre da populao visando obter seu
apoio. Ocorreu na Amrica Latina entre os anos 30 e 50, e
tem em Getlio Vargas, no Brasil, Juan Domingo Pern, na
Argentina e Lzaro Cardenas, no Mxico seus mais
notrios representantes.
O Estado era o mediador dos conflitos sociais.
Nacionalismo econmico, com criao de empresas
estatais e obras pblicas.
Interveno do Estado na economia, inspirado no
modelo do New Deal norte-americano.

Controle dos trabalhadores com criao de


leis (a CLT, um exemplo disso) e atrelamento
dos sindicatos.
Utilizao intensa de propaganda
governamental e censura, com a criao da
DIP (Departamento de Imprensa e
Propaganda), que cuidadosamente fabrica a
imagem do pai do trabalhador.

Descaso com o trabalhador rural


(as leis trabalhistas no chegavam
no campo).
Aproximao com camadas
populares urbanas.

Incentivo ao mercado interno.


Recuperao do preo do caf (queima de
estoque).
Incentivos a indstria nacional (especialmente
a de base durante a II Guerra Mundial), com a
criao da CSN (Companhia Siderrgica
Nacional) e a nacionalizao de refinarias de
petrleo.

GOVERNO EURICO GASPAR DUTRA


( 1946 1950)

As eleies de 1945 foi a primeira vez que o povo


voto de forma direta, secreta e feminina.
Foi eleito com 55% dos votos, apoiado por Getlio
Vargas.
General Dutra PSD E
PTB - 55%
Brigadeiro Eduardo
Gomes UDN - 35%
Iedo Fiza PCB - 10%

1. Governo Eurico Gaspar Dutra (1946-1951)


Assemblia Constituinte / Constituio de 1946
(caractersticas);
Reunio da Assemblia Constituinte
de 1946

Plano SALTE (sade, alimentao, transporte e energia)

Abrindo as portas aos importados, consumiu os saldos (reservas


cambias) conquistados durante a II Guerra Mundial (U$ 700 milhes);
Por influncia da Guerra Fria: cassou o registro do PCB e seus
parlamentares, rompeu relaes diplomticas com a URSS
e interveio nos sindicatos;
Registraram-se elevado
ndice inflacionrio e
arrocho salarial.

Lus Carlos Prestes em


campanha eleitoral (1945)

Governo Getlio VARGAS (1951-1954)

Se for eleito a 3 de
outubro, o povo subir
comigo as escadas do
Catete e comigo ficar
no governo.

Manuteno do estilo nacionalista,


populista e intervencionista;
Criao de Petrobrs (1953) - O petrleo
nosso;

Incentivo indstria de base sem alterar a


estrutura fundiria;
A crise socioeconmica e a queda do ministro
Joo Goulart (1954);

A oposio a Vargas: Carlos Lacerda e toda a UDN,


empresrios nacionais ligados ao capital estrangeiro
e governo norte-americano;

Discurso nacionalista

Falta de conciliao entre


os
diversos
grupos
conservadores
que
tinham apoiado Vargas.

GOVERNO GETLIO VARGAS (1950-1954)

Retorno da industrializao como condio para o


progresso, porm dividiu a sociedade:

Nacionalistas

"Entreguistas"

Estado deveria intervir na


economia, investindo em
reas estratgicas (petrleo,
siderurgica, transportes...)

A economia deveria
caminhar sem a interferncia
do Estado

Limitao e controle da
entrada de capital
estrangeiro

O capital estrangeiro
condio para o progresso do
Brasil.

O atentado da Rua Tonelero (5 de agosto /1954);


As presses exigindo a renncia e o consequente suicdio de
Vargas (24 de agosto /1954);

Gregrio
Fortunato

Atentado da Rua Toneleros


Em agosto de 1954 a tenso poltica do
pas chegou a seu momento mais perigoso. Os
tiros que deveriam calar o jornalista Lacerda
acertaram o major da FAB Rubens Vaz.
O atentado foi atribudo a Gregrio
Fortunato ( o anjo negro),
homem de
confiana de Vargas.
Buscando justia, as foras armadas e a
imprensa conservadora exigiram a punio de
todos os envolvidos no crime do RJ.

Termina tragicamente com o suicdio do


presidente, em agosto de 1954.

O suicdio de Vargas neutralizou a


oposio;
Revolta popular tudo o que lembrava a
oposio Vargas foi atacado;
Dizem que o golpe que no foi dado em 54
gestou o golpe de 64...

Sucesso: Caf Filho Carlos Luz Nereu Ramos;

O papel do general Teixeira Lott, garantindo a posse do candidato


eleito, Juscelino Kubitschek.

Na mesma manh do suicdio de Vargas, Joo Caf


Filho foi empossado como presidente da Repblica.

Caf Filho manteve-se no cargo at 3 de novembro


de 1955, quando um distrbio cardiovascular levou
sua substituio por Carlos Coimbra da Luz,
presidente da Cmara dos deputados.
Caf Filho (1954-1955)

Poucos dias aps ser nomeado presidente provisrio, Carlos Luz foi
acusado de articular um golpe de Estado com a ajuda de Carlos Lacerda
e de uma parcela do setor militar.
Nereu Ramos, presidente do Senado, foi indicado pelo Congresso
Nacional como novo presidente provisrio.
Ramos governou sob estado de stio at a posse do presidente eleito
em 3 de outubro: Juscelino Kubitschek (PSD PTB).

Kubitschek foi eleito com 36% dos votos, recebendo pouco mais de 3
milhes de votos.

Sua estratgia nacional-desenvolvimentista pautava-se no discurso de


progresso para o pas, na certeza de que o Brasil tinha todos os
elementos necessrios para se destacar no cenrio mundial.
O presidente afirmava que o destino do pas era o desenvolvimento
econmico atravs da modernizao e da expanso do parque industrial.

O carisma de Kubitschek e a intensa utilizao dos


meios de comunicao para divulgar suas ideias
acabou dando resultado. A popularidade do
presidente estava em alta e a populao
demonstrava confiana e valorizava o contexto
democrtico.

Cinquenta anos em cinco foi slogan de


Juscelino desde o incio da campanha
eleitoral. Nos cinco anos de seu governo o
Brasil passaria por alteraes que
normalmente demorariam meio sculo.

A maior parte dos investimentos


foi direcionada para os setores de
transportes e gerao de energia,
conferindo ao pas a infraestrutura necessria
industrializao. Aproveitou a
conjuntura internacional favorvel
para atrair investimentos
estrangeiros diretos na produo
de bens de consumo durveis,
implantando a indstria
automobilstica.

Energia (1 a 5)
Energia eltrica
Energia nuclear
Carvo
Produo
Refino de petrleo

Transportes (6 a 12)
Reativar estradas de ferro
Estradas de rodagem
Portos
Barragens
Marinha mercante
Aviao

Alimentao (13 a 18)


Trigo
Armazenagem e silos
Frigorficos
Matadouros
Tecnologia no campo
Fertilizantes

Indstrias de base
(19 a 29)
Alumnio
Metais no ferrosos
lcalis
Papel e celulose
Borracha
Exportao de ferro
Indstria de
automveis
Indstria de
construo naval
Mquinas pesadas
Material eltrico.
Educao (30)

Braslia (31)

O Plano de Metas teve pleno xito, pois no


transcurso da gesto governamental a economia
brasileira registrou taxas de crescimento da
produo industrial em torno de 80%.
No entanto, o plano foi responsvel pela
consolidao de um capitalismo extremamente
dependente que sofreu muitas crticas e acirrou
o
debate
em
torno
da
poltica
desenvolvimentista.
O sucesso do Plano de Metas dependia do apoio
do capital internacional. Os emprstimos foram
tomados da Inglaterra, da Frana, da Alemanha,
do Japo e posteriormente, dos Estados
Unidos.
Cerca de 2,18 bilhes de dlares entraram no pas entre 1956 e 1961, e 95%
dessa verba foi aplicada em iniciativas estabelecidas pelo Plano.

Durante o governo Kubitschek, caminhes e carros passaram a ser fabricados


no Brasil pelas empresas Willys e General Motors (EUA), Simca (Frana),
Toyota (Japo) e DKW e Volkswagen (Alemanha).
O verdadeiro
urbano,
doisde
lugares, simplicidade e economia
Em 1956, Kubitschek
instituiu carro
o GEIA
(Grupo
Executivos para a Indstria Automobilstica.
Em 1955 comeou a ser produzida a Romi-Isetta,
primeiro veiculo automotor de produo nacional.

A maior
parte das
empresas se
estabeleceu
no ABC
paulista.

O Cruzeiro, n.27, 16 abr. 1960

A nova capital foi projetada


pelos
arquitetos
Oscar
Niemeyer e Lcio Costa.
Valendo-se
de
intensa
propaganda,
a
Novacap,
empresa responsvel pela
construo
de
Braslia,
atraiu para a regio mais de
trs mil operrios
que
ficaram conhecidos como
candangos.

Foi inaugurada em 21 de
janeiro de 1960.

A dvida externa do Brasil passou de 87 para 310 milhes de dlares.


Juscelino definiu-se como um poltico de centro: puniu e beneficiou
esquerdas e a direita.

as

Seu governo foi constantemente ameaado pelo fantasma do golpe militar que
encontrava apoio na UDN.
As greves eram freqentes, motivadas pelo aumento da inflao. Kubitschek
manteve rgido controle das organizaes sindicais, punindo os rebeldes que
agiam sob a bandeira do Partido Comunista.
Nesse perodo foram criadas as Ligas Camponesas
sob a liderana do advogado e deputado estadual pelo
Partido Socialista, Francisco Julio. A situao no
campo era tensa. A queda nos preos do caf, a seca
e o descaso do governo com os trabalhadores rurais
aumentou o desemprego e o xodo rural. Os
camponeses receberam apoio dos comunistas e da
Igreja Catlica que pressionava o poder pblico para
que a reforma agrria fosse realizada.

Em 1959, o presidente Kubitschek criou a Superintendncia


do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) e nomeou Celso
Furtado para a presidncia do rgo.
O objetivo da Sudene era promover o desenvolvimento econmico do Nordeste
modernizando a agricultura e instalando empresas visando a gerao de
empregos.
A resistncia das elites locais e a falta de interesse dos investidores
dificultou a ao da Sudene.
O governo JK ficou gravado na
memria dos brasileiros como um
perodo bom. Foi um tempo de
liberdade e de grande atividade
cultural. O salrio mnimo atingiu seu
maior valor e havia pouco desemprego
devido ao surto desenvolvimentista.

Em 1960 houve eleies para a escolha


do sucessor de Juscelino.

Prdio da Superintendncia do Desenvolvimento do


Nordeste- Sudene, Recife

Em 31 de janeiro de 1961, Juscelino


entregou a faixa presidencial para Jnio
Quadros, eleito com 6 milhes de votos
(48%), a maior votao at ento obtida por
um candidato a presidente.
Apoiado por um conjunto de partidos
liderados pela UDN, Jnio utilizou como
smbolo de campanha a vassoura para
ilustrar a promessa de varrer a corrupo
e a imoralidade no pas.
O vice-presidente eleito foi Joo
Goulart, conhecido como Jango e
considerado como afilhado poltico de
Vargas.
Adotou medidas polmicas como proibir
as mulheres de usarem biquni nas
praias e impedir brigas de galo.

Adotou medidas polmicas como proibir as mulheres de


usarem biquni nas praias e impedir brigas de galo.
Para resolver o problema da inflao, Jnio adotou uma
poltica econmica que diminuiu investimentos e provocou
desemprego.
Condecorou o guerrilheiro Ernesto Che
Guevara e
prometeu reatar relaes diplomticas com a Unio
Sovitica como forma de manter uma poltica externa
independente.
Sofrendo forte
oposio do
Congresso e sem
apoio das camadas
populares, Jnio
Quadros agiu de
forma impulsiva e
renunciou em
agosto de 1961.

Por ocasio da renncia de Jnio


Quadros, Joo Goulart estava em
viagem China e a presidncia foi
ocupada
provisoriamente
pelo
deputado Ranieri Mazzilli.
Jango era considerado pelos
militares e conservadores, um
aliado dos comunistas.

Por essa razo, setores da direita


resolveram se organizar para impedir sua
posse.
Leonel Brizola, governador do Rio Grande
do Sul e cunhado de Goulart, formou a
Rede da Legalidade e atravs de
emissoras de rdio liderou uma campanha
para garantir a posse de Jango.

O Congresso decidiu o impasse alterando as


regras do jogo: Votou uma emenda
Constituio, adotando o parlamentarismo que
seria votado em plebiscito no ano de 1965,
para confirmar ou no o sistema.
Trancredo Neves foi nomeado como primeiroministro mas logo foi substitudo.
Jango antecipou essa consulta para 1963 e o presidencialismo saiu vitorioso
concedendo maiores poderes ao presidente da Repblica.
O governo de Goulart foi um perodo de
muitas agitaes polticas. Progressistas e
conservadores mediam foras lutando por
ideais opostos: os primeiros eram
operrios, estudantes, intelectuais,
militares e setores das classes mdias que
exigiam mudanas significativas; j os
conservadores queriam manter os
privilgios dos grandes proprietrios
rurais e dos empresrios. Eram apoiados
por setores mdios.

Apoiado pelos progressistas, Jango tentou


fazer as chamadas Reformas de Base:
reforma agrria, educacional e bancria;
nacionalizao de setores da economia
controlados por capitais estrangeiros.
Com as reformas, o presidente pretendia
ampliar o mercado consumidor, melhorando a
qualidade
de
vida
da
populao
e
fortalecendo o capitalismo brasileiro.

No entanto, os conservadores sentiram-se


ameaados. Acharam que as reformas eram
coisa de comunista e passaram a fazer
forte oposio ao governo.

Em 1963,Jango sancionou a lei do Estatuto do Trabalhador Rural estendendo


aos trabalhadores do campo os mesmos direitos do operariado urbano.
A grande imprensa fazia forte oposio ao governo de Jango valorizando a
quantidade de greves realizadas nos ltimos tempos, chamando de baderna a
movimentao estudantil da UNE (Unio Nacional dos Estudantes). Jornais como
O Estado de So Paulo e O Globo eram implacveis.
Os analistas norte-americanos viam Joo Goulart como um presidente fraco,
incapaz de enfrentar a instabilidade econmica e poltica gerada com a
organizao e o avano dos comunistas.

No ms de outubro, o
presidente enviou ao Congresso
um anteprojeto de reforma
constitucional que possibilitaria
o incio das discusses acerca
das reformas de base. A UDN e
o PSD posicionaram-se contra as
reformas.

A autoridade do presidente era questionada


tanto pela direita quanto pela esquerda. Os
primeiros denunciavam a esquerdizao do
pas e a desordem provocada pelo governo e
pelas foras subversivas.
A esquerda, mesmo procurando vincular-se
ao presidente, reclamava da omisso de
Goulart em relao a algumas questes
concretas que poderiam ser decididas sem
passar pelo parlamento.
Isolado, Jango encaminhou o pedido de estado de stio
para a apreciao do Congresso. Trs dias depois, o
pedido foi retirado e a crise poltica se agigantava.
Manifestaes e greves tomavam conta das grandes
cidades brasileiras. A poltica deixava de ser um
privilgio dos parlamentares e estendia-se s
universidades, s escolas, s fbricas, aos quartis e s
reas rurais. A intensa movimentao poltica incendiou
tambm as camadas subalternas das Foras Armadas.

Os estudantes, divididos em diversos agrupamentos de esquerda, defendiam a


formao de uma aliana com os operrios e os camponeses. Foi criada a Frente
de Mobilizao Popular (FMP) que procurava congregar a UNE, o Comando Geral
dos Trabalhadores (CGT), as Ligas Camponesas e setores da Igreja Catlica
como a Juventude Operria Catlica (JOC) e a Juventude Universitria Catlica
(JUC)
direita surgiu uma srie de movimentos empenhados em frear o avano das
reivindicaes populares e destituir Jango da presidncia.
O Instituto Brasileiro de Ao
Democrtica (IBAD) recebia
dlares dos EUA e financiava as
campanhas de candidatos
conservadores e udenistas
enquanto o Instituto Brasileiro de
Pesquisas Sociais (IPES) planejava
propagandas atacando os
comunistas, os nacionalistas e o
presidente Joo Goulart.

Os comandantes militares brasileiros que defendiam a


interveno no governo, seguiam os princpios da DSN
Doutrina de Segurana Nacional, divulgada pela ESG
Escola Superior de Guerra (Sorbonne) que tinha
frente o general Golbery do Couto e Silva
Nos primeiros meses de 1964, Jango regulamentou a
Lei de Remessas de Lucros ao exterior e props a
formao de uma frente poltica que congregasse
desde o PSD at o PCB capaz de implementar as
reformas e a reviso constitucional.

No dia 13 de maro de 1964, Jango


realizou o famoso comcio da Central do
Brasil onde o presidente anunciou as
primeiras aes concretas das reformas
de base.
Jango prometeu ainda tabelar os aluguis
e promulgar uma nova Constituio. Era a
cartada definitiva do regime populista.

Rapidamente a UDN, unindo-se ao PSD e contando com a


gradativa adeso de militares deu a resposta.
A Marcha da Famlia com Deus pela Liberdade foi
realizada em So Paulo e contou com a liderana de
empresrios, proprietrios rurais e a Igreja Catlica, com
apoio de oficiais das Foras Armadas.
O grito dos manifestantes:
Verde amarelo sem foice nem
martelo; Deputados patriotas, o
povo est com vocs; Brizola:
playboy de Copacabana; Reformas
s dentro da Constituio; Basta
de palhaada, queremos Governo
honesto; Queremos governo
cristo; A melhor reforma o
respeito lei; Senhora Aparecida
iluminai os reacionrios".

Em 31 de maro, o general Olmpio Mouro Filho, iniciou o deslocamento de


tropas para o Estado da Guanabara. Em outras regies do pas seguiram-se
movimentaes de destacamentos militares contra o governo. Havia receio,
por parte dos Estados Unidos, de que o golpe falhasse ou que as foras que
apoiavam Goulart - inclusive militares - ensaiassem algum tipo de resistncia.

Nada disso, porm,


aconteceu. Jango voou
de Braslia para Porto
Alegre. De l percebeu
que a resistncia agiria
at o derramamento de
sangue e optou pelo
exlio no Uruguai.

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