Apostila de Controle de Qualidade em Radiologia Diagnóstica 2a Parte
Apostila de Controle de Qualidade em Radiologia Diagnóstica 2a Parte
Apostila de Controle de Qualidade em Radiologia Diagnóstica 2a Parte
2 Parte
Janeiro de 2011
CONTEDO
1)
2)
B.
C.
D.
E.
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descrio dos procedimentos para a realizao de um conjunto mnimo de testes de qualidade para
equipamentos de radiodiagnstico mdico que confirmem o bom desempenho desses equipamentos ou
indiquem a necessidade de manuteno corretiva.
Freqncia Mnima dos Testes de Controle de Qualidade
Segundo o item 4.45 da Portaria 453, o controle de qualidade previsto no programa de garantia
de qualidade, deve incluir o seguinte conjunto mnimo de testes de constncia, com a seguinte
freqncia mnima:
a) Testes bianuais:
(i) valores representativos de dose dada aos pacientes em radiografia e CT realizadas no servio;
(ii) valores representativos de taxa de dose dada ao paciente em fluoroscopia e do tempo de exame, ou
do produto dose-rea.
b) Testes anuais:
(i) exatido do indicador de tenso do tubo (kVp);
(ii) exatido do tempo de exposio, quando aplicvel;
(iii) camada semi-redutora;
(iv) alinhamento do eixo central do feixe de raios-x;
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(v) rendimento do tubo (mGy m / mA min);
(vi) linearidade da taxa de kerma no ar com o mAs;
(vii) reprodutibilidade da taxa de kerma no ar;
(viii) reprodutibilidade do sistema automtico de exposio;
(ix) tamanho do ponto focal;
(x) integridade dos acessrios e vestimentas de proteo individual;
(xi) vedao da cmara escura.
c) Testes semestrais
(i) exatido do sistema de colimao;
(ii) resoluo de baixo e alto contraste em fluoroscopia;
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Importncia
a) Quando a mesa no se encontra perpendicular ao feixe central de radiao, a imagem
apresentar distoro lateral, conforme mostra as imagens na Figura 1, onde o objeto a ser radiografado
ir aparentar-se na imagem maior ou mais alongado que realmente , podendo resultar em uma falsa
interpretao pelo mdico.
b) A no coincidncia do campo luminoso com o campo de radiao geralmente resulta em
uma abertura do colimador maior que as dimenses do filme, resultando, portanto em uma maior dose
ao paciente que a necessria para o exame. A Figura 1 mostra a imagem de um colimador aberto onde
se pode observar o espelho que reflete a luz na mesma direo do feixe de radiao. Geralmente,
problemas de coincidncia do campo de radiao com o campo luminoso esto associados angulao
errada neste espelho.
Figura 1: Esquema da distoro lateral. O objeto apresenta-se mais alongado ou maior que realmente . Espelho do sistema de
colimao. Freqentemente o ngulo desse espelho est incorreto.
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Equipamentos
a) Dispositivo para teste de tamanho de campo e alinhamento do feixe central mostrado na
Figura 2. Na falta de tal dispositivo, a colimao pode avaliada improvisando com 4 objetos
radiopacos colocados sobre o chassi.
b) Um chassi carregado com um filme radiogrfico.
c) Trena
Figura 2: Equipamento utilizado para medir a colimao e o alinhamento do feixe de radiao posicionado sobre o chassi.
Metodologia
1) Verificar se a cpula do equipamento de raios X encontra-se nivelada em relao mesa ou
outro suporte adequado.
2) Posicionar o ponto focal a 1m da mesa ou suporte.
3) Posicionar o chassi carregado sobre a mesa ou suporte.
4) Posicionar o dispositivo para teste de tamanho de campo sobre o chassi.
5) Abrir o colimador de forma a ajustar o campo luminoso ao campo do dispositivo de teste de
tamanho de campo.
6) Posicionar o cilindro para teste de alinhamento sobre o centro do dispositivo para teste de
tamanho de campo.
7) Fazer uma exposio usando aproximadamente 40 kVp e 3 mAs.
8) Revelar o filme.
Resultados
(1) Alinhamento do eixo central
Verificar a localizao da imagem da esfera do topo do cilindro. Ser obtida uma
imagem semelhante mostrada na Figura 4.
Se a imagem estiver dentro do primeiro crculo, a inclinao < 1,5.
Se a imagem estiver entre o primeiro e o segundo crculo, a inclinao < 3.
Segundo o Ministrio da Sade, o ngulo de inclinao em relao ao eixo central do
feixe deve ser menor que 3.
EXERCCIOS Lista n 6
1.
Em um teste de colimao do feixe, uma placa de teste foi posicionada sobre um chassi
conforme mostra a Figura 3. O campo luminoso foi fechado no quadrado indicado pela seta e a
distncia foco-filme ajustada para 1 m. Aps disparar com 40 kV e 2 mAs, a radiografia foi
revelada e a imagem obtida mostrada na Figura 4. Determine os 4 valores dos desvios entre a
borda do campo luminoso e o feixe de radiao e avalie se o alinhamento do feixe est
adequado. Compare com os valores de tolerncia e conclua se o equipamento est adequado,
segundo o Ministrio da Sade.
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B. TENSO DO TUBO
Objetivos
Avaliar a exatido e a reprodutibilidade da tenso do tubo de raios-X.
Importncia
O ajuste preciso da tenso do tubo (kVp), assim como do mAs, fundamental na obteno de
uma imagem com qualidade adequada, uma vez que ela afeta diretamente a dose que o paciente
recebe e qualidade da imagem radiogrfica. Lembre que uma tcnica com alto kVp e baixo mAs
resultar em menor dose ao paciente que uma outra tcnica com baixo kVp e alto mAs.
Equipamentos
Medidor de kVp de leitura direta e calibrado, com incerteza mxima de 2%, como o mostrado na Figura
5.
Metodologia
A)
1)
2)
3)
4)
B)
1)
2)
3)
Resultados
A) Reprodutibilidade da tenso do tubo
Determinar, para cada srie de medidas, a reprodutibilidade R(%), utilizando a relao
abaixo:
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( )
onde:
kVpmx = valor mximo encontrado.
kVpmin = valor mnimo encontrado.
Determinar, para cada valor de tenso, o desvio (d) entre os valores nominais e os valores
mdios, utilizando a relao abaixo:
( )
onde:
kVpnom = valor nominal selecionado no equipamento.
kVpmdio = mdia das medidas realizadas, para cada valor de tenso.
C. TEMPO DE EXPOSIO
Objetivos
Avaliar a exatido e a reprodutibilidade do tempo de exposio do equipamento de raios-X.
Equipamentos
Medidor de tempo de exposio de leitura direta e calibrado.
Metodologia
A)
1)
2)
3)
4)
Resultados
A) Reprodutibilidade do tempo de exposio
Determinar, para cada srie de medidas, a reprodutibilidade R(%), utilizando a relao
abaixo:
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( )
onde:
tmx = valor mximo encontrado.
tmin = valor mnimo encontrado.
Determinar, para cada valor de tempo, o desvio (d) entre os valores nominais e os valores
mdios, utilizando a relao abaixo:
( )
onde:
tnom = valor nominal selecionado no equipamento.
tmdio = mdia das medidas realizadas, para cada valor de tempo.
EXERCCIOS Lista n 7
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Importncia
A determinao da camada semi-redutora ir verificar se a espessura do filtro de alumnio
adicional est adequada. O filtro adicional tem a absorver a radiao de baixa energia que no chegaria
at o filme e assim reduzir a dose na pele do paciente.
Equipamentos
a) Cmara de ionizao e eletrmetro.
b) Suporte para cmara de ionizao.
c) Lminas de alumnio com pureza de 99,0% e espessuras variveis de 0,1 mm a 2,0 mm (Figura
6).
Metodologia
1) Selecionar um valor de tenso igual a 80 kVp (medido) e um valor entre 20 e 40 mAs.
2) Posicionar a cmara de ionizao dentro do campo de radiao, centralizada em relao ao
feixe de raios X, tal que a distncia foco-detector seja cerca de 60 cm, ao mesmo tempo
mantendo uma distncia entre o detector e a mesa de cerca de 40 cm.
3) Realizar trs exposies e anotar os valores das leituras.
4) Realizar novas exposies adicionando atenuadores de 0,5 mm ou de 1,0 mm de alumnio entre
o foco e o detector, at obter uma leitura de exposio inferior metade do valor inicial
(obtido no item 4).
Resultados
1) Calcular L0 como sendo a mdia dos valores medidos sem filtros.
2) Calcular o valor da CSR utilizando a equao abaixo:
[
[ ]
onde:
La = leitura de exposio imediatamente superior a L 0/2.
Lb = leitura de exposio imediatamente inferior a L 0/2.
xa = espessura de Al correspondente leitura La.
xb = espessura de Al correspondente leitura L b.
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3) Comparar o valor da CSR obtida com os valores fornecidos na Tabela 1, para os diferentes
valores de kVp e tipos de retificao do equipamento de raios X.
Tabela 1: Valores mnimos para a Camada Semi-redutora (CSR) para cada tenso do tubo e tipo de gerador de alta tenso
(radiologia convencional).
Monofsico
Trifsico
70
80
90
100
110
2,1
2,3
2,5
2,7
3,0
2,3
2,6
3,0
3,2
3,5
EXERCCIOS Lista n 8
1. Para a determinao da CSR, foram feitas trs leituras usando uma cmara de ionizao conforme a
metodologia adotada pelo Ministrio da Sade. A 1 leitura foi feito sem filtro, a 2 leitura com um
filtro de 3 mm Al e a 3 leitura com um filtro de 4 mm Al. Os resultados so mostrados abaixo.
Determine o valor da CSR usando a frmula apresentada na seo anterior.
Filtrao (mm Al)
Leitura Mdia (mGy):
0 mm Al
4,53 mGy
3 mm de Al
2,54 mGy
4 mm de Al
2,14 mGy
2. Compare o resultado com o limite de tolerncia sabendo que o equipamento tem gerador tipo
trifsico e que a tenso do tubo utilizada foi de 80 kV. O equipamento est adequado?
3. Uma cmara de ionizao foi posicionada a 1m de uma fonte de raios-X e feita uma irradiao. A
leitura obtida foi de 122 mGy. Em seguida, um atenuador de alumnio com 3,4 mm de espessura foi
colocado entre a fonte de raios-X e o detector e feita outra irradiao com os mesmos parmetros,
onde se obteve a leitura de 63,4 mGy. O procedimento foi repetido at obterem-se os pontos
indicados na Tabela 1. Qual o valor da camada semi-redutora para este feixe de radiao?
Tabela 2: Leituras obtidas com os atenuadores de alumnio.
Leitura (mGy)
63,4
61,0
58,7
56,5
4. Uma cmara de ionizao foi posicionada a 1m de uma fonte de raios-X e feita uma irradiao. A
leitura obtida foi de 140 mGy. Em seguida, um atenuador de alumnio com 2 mm de espessura foi
colocado entre a fonte de raios-X e o detector e feita outra irradiao com os mesmos parmetros,
onde se obteve a leitura de 78,6 mGy. O procedimento foi repetido at obterem-se os pontos
indicados na Tabela 3. Determine o valor da camada semi-redutora para este feixe de radiao.
Tabela 3: Leituras obtidas com os atenuadores de alumnio.
x (mm Al)
Leitura (mGy)
0,0
140
2,0
78,6
2,2
74,2
2,6
66,1
3,0
58,9
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Importncia
O aumento do vu do filme, decorrente da entrada de luz na cmara escura, mesmo em
quantidades pequenas, reduz o contraste da imagem radiogrfica. Estruturas com baixo contraste
dentro da radiografia podero ter identificao dificultada ou at deixar de ser visveis.
Outros fatores que tambm reduzem o contraste radiogrfico so (1) o armazenamento
inadequado dos filmes (por exemplo, deixar a caixa de filmes sobre a processadora, ou em lugar quarto
quente ou mido); (2) filmes fora do prazo de validade; (3) deixar o chassi carregado ou caixa de filmes
dentro da sala de raios-X e sem proteo adequada da radiao secundria (radiao espalhada pelo
paciente).
Equipamentos
1) Moeda
2) Chassi carregado com um filme radiogrfico
Metodologia
1)
2)
3)
4)
5)
Resultados
1) Verificar se a imagem da moeda aparece na imagem. Se a moeda estiver visvel, como mostra a
Figura 7, a vedao da cmara escura ou luz de segurana esto inadequadas.
Figura 7: Filme obtido aps a revelao. A imagem da moeda indica a entrada de luz na cmara escura.
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