Primeira Infancia - Lei 13257 - 2016
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Presidncia da Repblica
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurdicos
LEI N 13.257, DE 8 DE MARO DE 2016.
Dispe sobre as polticas pblicas para a primeira
infncia e altera a Lei no 8.069, de 13 de julho de
1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente), o
Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941
(Cdigo de Processo Penal), a Consolidao das
Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei
no 5.452, de 1o de maio de 1943, a Lei no 11.770, de
9 de setembro de 2008, e a Lei no 12.662, de 5 de
junho de 2012.
A PRESIDENTA DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei:
Art. 1o Esta Lei estabelece princpios e diretrizes para a formulao e a implementao de polticas
pblicas para a primeira infncia em ateno especificidade e relevncia dos primeiros anos de vida no
desenvolvimento infantil e no desenvolvimento do ser humano, em consonncia com os princpios e
diretrizes da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente); altera a Lei no
8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente); altera os arts. 6o, 185, 304 e 318 do
Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Cdigo de Processo Penal); acrescenta incisos ao art. 473
da Consolidao das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943;
altera os arts. 1o, 3o, 4o e 5o da Lei no 11.770, de 9 de setembro de 2008; e acrescenta pargrafos ao art.
5o da Lei no 12.662, de 5 de junho de 2012.
Art. 2o Para os efeitos desta Lei, considera-se primeira infncia o perodo que abrange os primeiros
6 (seis) anos completos ou 72 (setenta e dois) meses de vida da criana.
Art. 3o A prioridade absoluta em assegurar os direitos da criana, do adolescente e do jovem, nos
termos do art. 227 da Constituio Federal e do art. 4o da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, implica o
dever do Estado de estabelecer polticas, planos, programas e servios para a primeira infncia que
atendam s especificidades dessa faixa etria, visando a garantir seu desenvolvimento integral.
Art. 4o As polticas pblicas voltadas ao atendimento dos direitos da criana na primeira infncia
sero elaboradas e executadas de forma a:
I - atender ao interesse superior da criana e sua condio de sujeito de direitos e de cidad;
II - incluir a participao da criana na definio das aes que lhe digam respeito, em conformidade
com suas caractersticas etrias e de desenvolvimento;
III - respeitar a individualidade e os ritmos de desenvolvimento das crianas e valorizar a
diversidade da infncia brasileira, assim como as diferenas entre as crianas em seus contextos sociais e
culturais;
IV - reduzir as desigualdades no acesso aos bens e servios que atendam aos direitos da criana
na primeira infncia, priorizando o investimento pblico na promoo da justia social, da equidade e da
incluso sem discriminao da criana;
V - articular as dimenses tica, humanista e poltica da criana cidad com as evidncias
cientficas e a prtica profissional no atendimento da primeira infncia;
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.............................................................................................
5o A assistncia referida no 4o deste artigo dever ser prestada
tambm a gestantes e mes que manifestem interesse em entregar seus filhos
para adoo, bem como a gestantes e mes que se encontrem em situao de
privao de liberdade.
6o A gestante e a parturiente tm direito a 1 (um) acompanhante de
sua preferncia durante o perodo do pr-natal, do trabalho de parto e do psparto imediato.
7o A gestante dever receber orientao sobre aleitamento materno,
alimentao complementar saudvel e crescimento e desenvolvimento infantil,
bem como sobre formas de favorecer a criao de vnculos afetivos e de
estimular o desenvolvimento integral da criana.
8o A gestante tem direito a acompanhamento saudvel durante toda a
gestao e a parto natural cuidadoso, estabelecendo-se a aplicao de
cesariana e outras intervenes cirrgicas por motivos mdicos.
9o A ateno primria sade far a busca ativa da gestante que no
iniciar ou que abandonar as consultas de pr-natal, bem como da purpera que
no comparecer s consultas ps-parto.
10. Incumbe ao poder pblico garantir, gestante e mulher com filho
na primeira infncia que se encontrem sob custdia em unidade de privao de
liberdade, ambincia que atenda s normas sanitrias e assistenciais do
Sistema nico de Sade para o acolhimento do filho, em articulao com o
sistema de ensino competente, visando ao desenvolvimento integral da
criana. (NR)
Art. 20. O art. 9o da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, passa a vigorar acrescido dos seguintes
1 e 2o:
o
Art. 9o ........................................................................
1o Os profissionais das unidades primrias de
aes sistemticas, individuais ou coletivas, visando
implementao e avaliao de aes de promoo,
aleitamento materno e alimentao complementar
contnua.
sade desenvolvero
ao planejamento,
proteo e apoio ao
saudvel, de forma
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Art. 29. O inciso II do art. 87 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, passa a vigorar com a
seguinte redao:
Art. 87. .......................................................................
.............................................................................................
II - servios, programas, projetos e benefcios de assistncia social de
garantia de proteo social e de preveno e reduo de violaes de direitos,
seus agravamentos ou reincidncias;
................................................................................... (NR)
Art. 30. O art. 88 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, passa a vigorar acrescido dos seguintes
incisos VIII, IX e X:
Art. 88. ......................................................................
............................................................................................
VIII - especializao e formao continuada dos profissionais que
trabalham nas diferentes reas da ateno primeira infncia, incluindo os
conhecimentos sobre direitos da criana e sobre desenvolvimento infantil;
IX - formao profissional com abrangncia dos diversos direitos da
criana e do adolescente que favorea a intersetorialidade no atendimento da
criana e do adolescente e seu desenvolvimento integral;
X - realizao e divulgao de pesquisas sobre desenvolvimento infantil
e sobre preveno da violncia. (NR)
Art. 31. O art. 92 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte
o
7:
Art. 92. .....................................................................
.............................................................................................
7o Quando se tratar de criana de 0 (zero) a 3 (trs) anos em
acolhimento institucional, dar-se- especial ateno atuao de educadores
de referncia estveis e qualitativamente significativos, s rotinas especficas e
ao atendimento das necessidades bsicas, incluindo as de afeto como
prioritrias. (NR)
Art. 32. O inciso IV do caput do art. 101 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, passa a vigorar
com a seguinte redao:
Art. 101. ....................................................................
............................................................................................
IV - incluso em servios e programas oficiais ou comunitrios de
proteo, apoio e promoo da famlia, da criana e do adolescente;
................................................................................... (NR)
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Art. 33. O art. 102 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, passa a vigorar acrescido dos seguintes
5 e 6o:
o
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Art. 37. O art. 473 da Consolidao das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no
5.452, de 1o de maio de 1943, passa a vigorar acrescido dos seguintes incisos X e XI:
Art. 473. ....................................................................
.............................................................................................
X - at 2 (dois) dias para acompanhar consultas mdicas e exames
complementares durante o perodo de gravidez de sua esposa ou
companheira;
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de at 6 (seis) anos
em consulta mdica. (NR)
Art. 38. Os arts. 1o, 3o, 4o e 5o da Lei no 11.770, de 9 de setembro de 2008, passam a vigorar com
as seguintes alteraes:
(Produo de efeito)
Art. 1o institudo o Programa Empresa Cidad, destinado a prorrogar:
I - por 60 (sessenta) dias a durao da licena-maternidade prevista no
inciso XVIII do caput do art. 7 da Constituio Federal;
II - por 15 (quinze) dias a durao da licena-paternidade, nos termos
desta Lei, alm dos 5 (cinco) dias estabelecidos no 1o do art. 10 do Ato das
Disposies Constitucionais Transitrias.
1o A prorrogao de que trata este artigo:
I - ser garantida empregada da pessoa jurdica que aderir ao
Programa, desde que a empregada a requeira at o final do primeiro ms aps
o parto, e ser concedida imediatamente aps a fruio da licena-maternidade
de que trata o inciso XVIII do caput do art. 7 da Constituio Federal;
II - ser garantida ao empregado da pessoa jurdica que aderir ao
Programa, desde que o empregado a requeira no prazo de 2 (dois) dias teis
aps o parto e comprove participao em programa ou atividade de orientao
sobre paternidade responsvel.
2o A prorrogao ser garantida, na mesma proporo, empregada e
ao empregado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoo de
criana. (NR)
Art. 3o Durante o perodo de prorrogao da licena-maternidade e da
licena-paternidade:
I - a empregada ter direito remunerao integral, nos mesmos moldes
devidos no perodo de percepo do salrio-maternidade pago pelo Regime
Geral de Previdncia Social (RGPS);
II - o empregado ter direito remunerao integral. (NR)
Art. 4o No perodo de prorrogao da licena-maternidade e da licenapaternidade de que trata esta Lei, a empregada e o empregado no podero
exercer nenhuma atividade remunerada, e a criana dever ser mantida sob
seus cuidados.
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Art. 5o .........................................................................
.............................................................................................
3o O sistema previsto no caput dever assegurar a interoperabilidade
com o Sistema Nacional de Informaes de Registro Civil (Sirc).
4o Os estabelecimentos de sade pblicos e privados que realizam
partos tero prazo de 1 (um) ano para se interligarem, mediante sistema
informatizado, s serventias de registro civil existentes nas unidades
federativas que aderirem ao sistema interligado previsto em regramento do
Conselho Nacional de Justia (CNJ). (NR)
Art. 43. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.
Braslia, 8 de maro de 2016; 195o da Independncia e 128o da Repblica.
DILMA ROUSSEFF
Nelson Barbosa
Aloizio Mercadante
Marcelo Costa e Castro
Tereza Campello
Nilma Lino Gomes
Este texto no substitui o publicado no DOU de 9.3.2016
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