Apostila - Sistema de Gestão de Segurança Do Trabalho - OIT
Apostila - Sistema de Gestão de Segurança Do Trabalho - OIT
Apostila - Sistema de Gestão de Segurança Do Trabalho - OIT
da Segurana e
Sade no Trabalho:
Um instrumento para uma
melhoria contnua
DIA MUNDIAL DA
SEGURANA E SADE
NO TRABALHO
28 Abril 2011 - www.ilo.org/safeday
Sistema de Gesto da Segurana e Sade no Trabalho: Um instrumento para uma melhoria contnua
Edio: Abril 2011
Tiragem: 2 500 Exemplares
ISBN: 978-989-8076-71-7 (edio impressa)
ISBN: 978-989-8076-72-4 (web pdf)
Deprito legal:
Impresso: Cincia Grfica
Traduo: WWF - World Wide Funds
Reviso tcnica: Lus Rodrigues (ACT)
Igualmente disponvel em ingls: OSH Management System: A tool for continual improvement. ISBN 978-92-2-1247395 (print). ISBN 978-92-2-124740-1 (web pdf), Turim, 2011, em francs: Systme de gestion de la SST: un outil pour
une amlioration continue. ISBN 978-92-2-224739-4 (print). ISBN 978-92-2-224740-0 (web pdf), Turim, 2011, e em
espanhol: Sistema de gestin de la SST: una herramienta para la mejora continua. ISBN 978-92-2-324739-3 (print). ISBN 97892-2-324740-9 (web pdf), Turim, 2011.
ndice
Introduo ................................................................................................................................ 1
Avaliao e gesto de riscos ...................................................................................................... 1
O que um Sistema de Gesto da Segurana e Sade no Trabalho (SGSST)? ............................... 3
O caminho para o SGSST .......................................................................................................... 4
A OIT e SGSST .......................................................................................................................... 5
SGSST para sistemas nacionais ................................................................................................ 7
SGSST e as organizaes (empresas) ..................................................................................... 8
Auditorias .............................................................................................................................. 9
Participao dos trabalhadores .................................................................................................. 10
Empresas de pequena dimenso .............................................................................................. 11
O SGSST e os sectores de risco elevado ........................................................................................ 12
Produtos qumicos e SGSST ..................................................................................................... 13
Controlo de Riscos Graves ...................................................................................................... 14
Nanotecnologias ...................................................................................................................... 15
Os sistemas de gesto so benficos para a SST? .................................................................... 16
Pontos fortes de um SGSST ................................................................................................. 17
Limitaes de um SGSST ..................................................................................................... 18
Cooperao tcnica do BIT relativa aos sistemas de gesto da segurana
e sade no trabalho.................................................................................................................. 20
Observaes finais................................................................................................................... 21
Referncias ............................................................................................................................. 22
Anexo 1 - Elementos essenciais de um sistema de gesto da segurana e sade no trabalho ..... 23
Introduo
A Segurana e sade no trabalho (SST) uma disciplina que trata da preveno de acidentes
e de doenas profissionais bem como da proteco e promoo da sade dos trabalhadores.
Tem como objectivo melhorar as condies e o ambiente de trabalho. A sade no trabalho
abrange a promoo e a manuteno do mais alto grau de sade fsica e mental e de bem-estar
social dos trabalhadores em todas as profisses. Neste contexto, a antecipao, a identificao, a avaliao e o controlo de riscos com origem no local de trabalho, ou da decorrentes, que possam deteriorar a sade e o bem-estar dos trabalhadores, so os princpios fundamentais do processo de avaliao e de gesto de riscos profissionais. O possvel impacto nas
comunidades envolventes e no meio ambiente deve ser igualmente tomado em considerao.
O processo fundamental de aprendizagem sobre a reduo dos riscos est na origem
dos princpios mais sofisticados que regem a actual SST. Presentemente, a necessidade de controlar uma industrializao galopante e as suas solicitaes em matria de fontes energticas altamente e inerentemente perigosas, tal como o uso de energia nuclear, de sistemas de transporte e de tecnologias cada vez mais complexas, conduziu ao
desenvolvimento de mtodos de avaliao e de gesto de riscos muito mais sofisticados.
Relativamente a todas as reas da actividade humana, deve fazer-se um balano entre as vantagens e os custos associados aos riscos. No caso da SST, esse balano complexo recebe a influncia de muitos factores, tais como o rpido progresso cientfico e tecnolgico, um mundo
do trabalho muito diversificado e em alterao constante, incluindo os aspectos econmicos.
O facto de que a aplicao dos princpios de SST implica a mobilizao de todas as disciplinas sociais e cientficas, uma medida clara da complexidade do seu campo de aplicao.
Este conceito de procedimento baseia-se no princpio do Ciclo Deming PlanificarDesenvolver-Verificar-Ajustar (PDVA), concebido nos anos 50 para verificar o desempenho
de empresas numa base de continuidade. Quando aplicado a SST, Planificar envolve o
estabelecimento de uma poltica de SST, o planeamento incluindo a afectao de recursos,
a aquisio de competncias e a organizao do sistema, a identificao de perigos e a
avaliao de riscos. A etapa Desenvolver refere-se implementao e operacionalidade
do programa de SST. A etapa Verificar destina-se a medir a eficcia anterior e posterior
ao programa. Finalmente, a etapa Ajustar fecha o ciclo com uma anlise do sistema no
contexto de uma melhoria contnua e do aperfeioamento do sistema para o ciclo seguinte.
Um SGSST uma ferramenta lgica, flexvel, que pode ser adequada dimenso e actividade
da organizao e centrar-se em perigos e riscos de carcter genrico e especfico, associados
referida actividade. A respectiva complexidade pode abranger desde as necessidades simples
de uma pequena empresa gerindo um nico processo produtivo, no qual os perigos e os riscos
sejam de fcil identificao, a actividades de mltiplos riscos como o sector da construo civil
e obras pblicas, a actividade mineira, a energia nuclear ou o fabrico de produtos qumicos.
1
Diagrama de Karn G. Bulsuk:
(http://blog.bulsuk.com/2009/02/taking-first-step-with-pdca.html#axzz1GBg5Y7Fn)
Nos ltimos dez anos, o conceito de SGSST tem vindo a ser apresentado como um
modo efectivo de melhorar a implementao de SST no local de trabalho, assegurando
que as respectivas necessidades integrem os planeamentos empresariais e os processos de
desenvolvimento. Um nmero significativo de normas e de linhas orientadoras de SST
tem vindo, desde ento, a ser desenvolvido por entidades profissionais, governamentais e
internacionais com responsabilidades ou interesses na rea de SST. Muitos pases formularam
estratgias nacionais de SST que integram, igualmente, a abordagem dos sistemas de gesto.
A nvel internacional, a OIT publicou em 2001 Sistemas de gesto da segurana e sade no
trabalho: Directrizes prticas da OIT (OIT-SST 2001), que, pela abordagem tripartida, se
tornou num modelo largamente utilizado para o desenvolvimento de normas nacionais nessa
rea.
A OIT e SGSST
A abordagem de SGSST ganhou apoios na sequncia da ampla adeso s normas ISO
da Organizao Internacional para a Normalizao (ISO) e do sucesso que tiveram,
nomeadamente as normas para a Qualidade (srie ISO 9000) e, posteriormente, para o
Ambiente (srie ISO 14000). Este modelo baseia-se em teorias sistmicas desenvolvidas em
primeiro lugar no mbito das cincias naturais e sociais, mas tem tambm algumas semelhanas
com mecanismos de gesto empresarial. H quatro elementos comuns s referidas teorias
gerais: actividades, desenvolvimento, resultados e retorno (feedback).
Na sequncia da adopo das normas tcnicas de gesto de qualidade (ISO 9000) e de gesto
do ambiente (ISO 14000) no incio dos anos 90, foi discutida, num colquio internacional
organizado pela ISO em 1996, a possibilidade de desenvolver uma norma ISO nos sistemas
de gesto de SST. Tornou-se rapidamente evidente que, sendo a proteco da sade e da
vida de seres humanos o objectivo da segurana e sade, deveria estar j consignada nas
legislaes nacionais como uma obrigao para o empregador.
Neste contexto, foram tambm abordadas outras questes
relacionadas com tica, direitos e deveres e a participao
dos Parceiros Sociais. Daqui resultou a obrigatoriedade de
uma norma de gesto nesta rea integrar os princpios das
normas de SST da OIT, nomeadamente na Conveno sobre
Segurana e Sade no Trabalho, 1981 (N. 155), no podendo
ser tratada do mesma forma que outras matrias ambientais
e de qualidade. Esta tornou-se numa questo fundamental de
debate e acordou-se que, com a sua estrutura tripartida e a sua
responsabilidade no estabelecimento de normas, a OIT era a
entidade mais adequada para desenvolver normas orientadoras
de SST a nvel internacional. Uma tentativa de 1999 do Instituto
de Normalizao Britnico (BSI) para desenvolver uma norma
de gesto de SST sob a influncia da ISO, originou de novo uma
forte oposio internacional, tendo como resultado o adiamento
da proposta. O BSI desenvolveu mais tarde linhas orientadoras
de SGSST na forma de normas tcnicas de carcter privado
(OHSAS) mas a ISO no o fez.
ILO
A segurana e sade no trabalho uma rea complexa, que chama interveno de mltiplas
matrias e ao envolvimento de todos os interessados. As disposies institucionais necessrias
transposio da poltica nacional de SST para execuo reflectem, inevitavelmente, essa
complexidade. Em consequncia, as respectivas infra-estruturas obrigam a mecanismos de
comunicao e de tomada de deciso muito mais lentos e, assim, a uma dificuldade natural
de adaptao continuada s alteraes no mundo do trabalho a um ritmo adequado. Dado
que tanto os sistemas nacionais de SST, que regulamentam as necessidades de SST, como
as empresas que devem aplicar esses sistemas tm de acompanhar esse ritmo de mudana
continuado e rpido, a aplicao da abordagem de sistemas de gesto operacionalidade dos
sistemas nacionais de SST pareceria ser um desenvolvimento lgico. Se a sua aplicao se
tornasse sistemtica, essa abordagem traria coerncia, coordenao, simplificao e rapidez,
muito necessrias aos processos de transposio de disposies regulamentares para medidas
eficazes de preveno e de proteco e de avaliao da respectiva conformidade.
A finalidade de uma melhoria contnua no sentido de atingir e de
sustentar condies e um ambiente de trabalho dignos, seguros
e saudveis est prevista na Estratgia Global de SST da OIT
de 2003. A ideia de aplicar o SGSST a sistemas nacionais de SST
foi posteriormente concretizada, pela primeira vez, numa norma
internacional em 2006, quando a Conferncia Internacional da OIT
adoptou uma Conveno sobre Enquadramento promocional
de segurana e sade no trabalho (N.187) e a correspondente
Recomendao (N. 197). O objectivo fundamental da Conveno
assegurar que seja atribuda maior prioridade a SST em agendas
nacionais e suscitar compromissos polticos para incremento de SST
num contexto tripartido. O respectivo contedo mais promocional
do que prescritivo e baseia-se em dois conceitos diferentes,
designadamente o desenvolvimento e a manuteno de uma cultura
preventiva de segurana e sade e a aplicao, a nvel nacional, de
uma abordagem do sistema de gesto a SST. A Conveno define, em
termos gerais, os elementos e a funo de uma poltica nacional, de
um sistema nacional e de um programa nacional.
O elemento operacional fulcral a formulao de programas nacionais
de SST, que deveriam ser aprovados pela mais alta autoridade
governamental no sentido de assegurar uma ampla consciencializao do compromisso
nacional. A aplicao da abordagem dos sistemas de gesto a nvel nacional prope um
mecanismo operacional integrado para melhoria contnua, abrangendo:
Uma poltica nacional de SST formulada, implementada e periodicamente revista por
uma autoridade competente, em consulta com as organizaes mais representativas dos
empregadores e dos trabalhadores;
Um sistema nacional de SST cuja infra-estrutura permita implementar a poltica nacional e os
programas nacionais e coordenar as actividades reguladoras, tcnicas e promocionais relacionadas
com SST;
Um programa nacional de SST que defina objectivos nacionais relevantes para SST num
perodo de tempo previamente determinado, estabelecendo prioridades e meios de aco
desenvolvidos atravs de uma anlise da situao de SST, conforme estabelecido por um
Perfil Nacional de SST
Um mecanismo para reviso dos resultados do programa nacional, com vista a avaliar o
progresso dos mesmos e a definir novos objectivos e actividades para o ciclo seguinte.
A Conveno n. 187 sublinha a importncia do dilogo social e da total participao de todos
os interessados nesta rea, como requisito prvio para uma gesto bem sucedida do sistema
nacional de SST. A educao e a formao profissional a todos os nveis so, igualmente,
considerados factores essenciais para o sistema e a respectiva operacionalidade.
Os sistemas de inspeco do trabalho continuam a ser o principal elo oficial entre o sistema
nacional de SST e as organizaes relativas a relaes de trabalho e a SST. Com formao
profissional adequada, poderiam certamente representar um papel decisivo em assegurar
que os programas de SGSST, incluindo mecanismos de auditoria, estejam em conformidade
com a legislao e a regulamentao nacional.
Os instrumentos da OIT directamente relacionados com a gesto de SST nas empresas,
designadamente a Conveno OIT SST, 1981 (N. 155), o Enquadramento Promocional
para a Conveno SST, 2006 (N. 187) e as Directrizes prcticas OIT-SST 2001, definem
os elementos e as funes essenciais de uma estrutura de gesto de SST, tanto para sistemas
nacionais como para organizaes (empresas). O futuro do SGSST reside em procurar um
equilbrio certo entre abordagens voluntrias e obrigatrias, reflectindo as necessidades e as
prticas locais.
ILO/Maillard J.
assegurar que o sistema seja construdo para melhorar a eficcia das medidas de preveno
e de proteco e permanea mais centrado na implementao desse objectivo do que em
tornar-se um fim em si prprio. Dever igualmente assegurar que as auditorias contribuam
para o processo de melhoria contnua em vez de se tornarem mecanismos para melhorar
unicamente os resultados da prpria auditoria.
Auditorias
Um dos interesses fundamentais do SGSST a capacidade de medir a eficcia do sistema e
da sua melhoria ao longo do tempo. A qualidade dessas medidas depende muito da qualidade
do mecanismo de auditoria usado, interno ou externo, e da competncia dos auditores. De
um modo geral, auditoria a monitorizao de um processo por uma pessoa ou equipa
competentes, que no estejam ligadas ao processo em questo. Dever proceder-se a
auditorias peridicas para determinar se o sistema de gesto de SST e os seus elementos esto
bem implementados, se so adequados e eficazes na proteco da segurana e da sade dos
trabalhadores e na preveno de acidentes de trabalho. Fornecem, igualmente, os meios para
avaliar a eficcia do sistema ao longo do tempo.
Quando se planeiam melhorias, os resultados das auditorias deveriam ser sempre vistos em
paralelo com outros dados sobre o desempenho do sistema. Qualquer sistema de avaliao de
uma auditoria deveria providenciar referncias para melhorias futuras em vez de realar bons
resultados obtidos no passado. As concluses da auditoria deveriam determinar se o SGSST
implementado eficaz relativamente aos objectivos e poltica de SST da organizao e na
promoo da ampla participao dos trabalhadores; na resposta aos resultados da avaliao
da eficcia da SST e a auditorias prvias; em dar organizao a possibilidade de cumprir
a legislao e a regulamentao nacionais relevantes e de atingir os objectivos fixados de
melhoria contnua e de utilizao de melhores prticas em SST. As auditorias requerem uma
boa comunicao dentro de uma organizao, de modo a que, quando a auditoria est a ser
conduzida, as pessoas estejam prontas a fornecer a informao necessria sob a forma de
documentos/registos, entrevistas ou acesso ao local. Verifica-se tambm a necessidade de
bons mtodos de comunicao quando os resultados da auditoria forem difundidos.
As empresas privadas de auditoria e de certificao podem facilmente entrar numa situao de
conflito ao ajudarem a organizao a implementar o seu SGSST e ao procederem de seguida
sua monitorizao. Algumas experincias com auditorias financeiras tm mostrado que pode
ser difcil prestar servios de auditoria realmente independentes caso haja um relacionamento
concreto com os auditores, ou quando os custos dos servios se tornam o principal factor
condutor. H que considerar cuidadosamente a seleco dos auditores e a definio de termos
de referncia precisos para levar a efeito auditorias, no sentido de assegurar que o perfil
especfico da organizao seja tido em devida conta. Um sistema de auditoria realmente eficaz
aquele em que os que vo ser auditados aguardam o seguimento do processo, esperando
por ideias novas e teis para aperfeioamentos prticos. Se as auditorias so encaradas com
apreenso, o sistema de auditorias que necessita de ser melhorado e no quem est a ser
auditado.
Quer o SGSST seja voluntrio ou obrigatrio, as organizaes (empresas) dependem de
entidades de auditoria e de certificao acreditadas a nvel nacional ou profissional para
avaliar o seu nvel de cumprimento relativamente s exigncias do SGSST e a eficcia das
medidas implementadas. Os processos de auditoria completam o SGSST, providenciando
uma avaliao independente do seu desempenho e propondo aces correctivas e novos
objectivos para melhorias futuras.
9
Um princpio fundamental do
SGSST consiste em estabelecer
responsabilidades para todos os
nveis da hierarquia, incluindo o
envolvimento expresso de todos os
trabalhadores a todos os nveis na
organizao, com responsabilidades
definidas em SST. Tem sido
demonstrado por diversas vezes que
a implementao de SST, e mais ainda de um SGSST, s pode ter sucesso se todos os interessados
participarem amplamente nessa implementao atravs do dilogo e da cooperao. No caso
do SGSST, um sistema gerido somente por administradores, sem qualquer contribuio dos
trabalhadores dos nveis mais baixos da hierarquia, est condenado a perder o seu objectivo
e a falhar. Alguns estudos sugerem a existncia de uma associao entre taxas mais baixas
de acidentes com ausncia ao trabalho e a presena na organizao (empresa) de comisses
de SST e de sindicatos. Outros estudos indicam que os acordos participativos no local de
trabalho levam a prticas de SGSST que resultam num melhor desempenho da SST, dando
ainda melhores resultados em locais de trabalho onde os trabalhadores so sindicalizados.
A ampla participao dos trabalhadores fortemente aconselhada e promovida em todas as
normas da OIT, particularmente na Conveno da OIT sobre Segurana e Sade no Trabalho,
1981 (N. 155) e na correspondente Recomendao (N. 164), bem como nas Linhas
Orientadoras da OIT sobre SGSST. Para que as comisses de SST e outros instrumentos
similares sejam eficazes, importante que sejam disponibilizadas informao e formao
profissional adequadas, que sejam estabelecidos mecanismos de dilogo social e de comunicao
eficazes e que os trabalhadores e os seus representantes sejam envolvidos na implementao
de medidas de SST. Embora geralmente se entenda que a participao no SGSST se refere
aos empregadores e aos trabalhadores nas organizaes (empresas), a participao no
sentido da comunicao e da troca de informaes deveria igualmente abranger, no que se
refere implementao de medidas, a subcontratao de servios e as partes interessadas
externas organizao. Podem aqui considerar-se autoridades de controlo, prestadores de
servios, comunidades e organizaes vizinhas, clientes e empresas que integrem a cadeia dos
fornecedores, seguradoras, accionistas e consumidores, bem como entidades internacionais de
normalizao.
10
ILO/Maillard J.
ILO/Maillard J.
ILO/Crozet M.
Pelo atrs demonstrado, a essncia da SST a gesto dos riscos profissionais. Do mesmo modo,
o SGSST um mtodo genrico, que pode ser adaptado gesto dos riscos especficos de
uma determinada indstria ou processo produtivo, particularmente em indstrias de risco
elevado, nas quais a implementao de medidas preventivas e de proteco requer uma
avaliao exaustiva e organizada dos riscos e a verificao contnua da eficcia de sistemas de
controlo complexos. Alguns dos exemplos que a seguir se indicam descrevem a aplicao do
SGSST a sectores chave de risco elevado da actividade econmica.
O sector da construo tem uma taxa elevada de acidentes de trabalho, sendo que o recurso
a mltiplos empreiteiros e subempreiteiros regra nos estaleiros de construo. Um forte
incentivo para se utilizar um SGSST neste sector o facto de que o mesmo oferece uma matriz
comum, permitindo que todos os intervenientes no empreendimento possam harmonizar o
planeamento, a implementao e a monitorizao das exigncias em matria de SST e construir
uma base para a auditoria ao desempenho. Facilita tambm a integrao das necessidades de
SST na preparao das fases prvias dos processos complexos de concepo e de planeamento,
contratao e arranque de um projecto de construo. Assim, a implementao de sistemas
de gesto integrados no sector da construo reconhecida como uma ferramenta eficaz
12
para assegurar uma integrao coerente da qualidade, das questes ambientais e de SST num
estaleiro com mltiplos intervenientes. A indstria mineira outra indstria de risco elevado,
na qual o SGSST, com a sua abordagem coerente, progressiva e lgica pode constituir uma
ferramenta eficaz na reduo de acidentes e de doenas profissionais. O sector martimo
outro exemplo de um sector de alto risco. A Conveno sobre Trabalho Martimo da
OIT, 2006, tem como objectivo promover a preparao de linhas orientadoras e de polticas
nacionais relativamente a sistemas de gesto de segurana e sade no trabalho e de disposies,
regras e manuais sobre a preveno de acidentes.
2NT
13
http://www.saicm.org.
No sentido de uma gesto responsvel (Nota da Tradutora)
5NT
Condies de funcionamento (Nota da Tradutora)
4NT
14
ILO/Maillard J.
4NT
Fotolia IV
Nanotecnologias
15
ILO/Crozet M.
Os SGSST no deveriam ser considerados como a panaceia que permite melhorar a eficcia
da organizao relativamente a assegurar e a sustentar um ambiente de trabalho seguro e
saudvel. Como qualquer mtodo, o SGSST tem pontos fortes e fracos, e a sua eficcia depende
em grande parte da forma como entendido e aplicado. Enquanto que muitas organizaes
beneficiaro provavelmente de uma verso exaustiva de um SGSST, outras podero considerar
a utilizao de uma abordagem gesto de SST mais reduzida e menos formal. A deciso de
optar por um SGSST pode ser por vezes difcil de justificar, visto que a diferena entre um
programa e um sistema potencialmente frgil. As abordagens programticas como a que a
Conveno sobre SST da OIT 1981 (N. 155) oferece, contm
caractersticas sistmicas e, do mesmo modo, as abordagens dos
sistemas contm caractersticas programticas. Isto passa-se
tambm num grande nmero de legislaes nacionais de SST.
Contudo, a gesto sistmica confere SST a possibilidade de
estabelecer mecanismos visando no s a avaliao e a melhoria
contnua do desempenho de SST, mas tambm a construo
de uma cultura preventiva de segurana e sade, tal como se
encontra definida na Estratgia Global em matria de SST
(2003) da OIT e na Conveno sobre um Enquadramento
Promocional para Segurana e Sade no Trabalho da OIT, 2006
(N. 187).
ILO/Crozet M.
17
Limitaes de um SGSST
Embora o potencial de um SGSST para melhorar a segurana e a sade seja inegvel, h muitas
armadilhas que, se no evitadas, podem muito rapidamente conduzir ao insucesso. A utilidade
de um SGSST tem sido questionada em vrios estudos levados a efeito sobre o assunto, nos
quais foram sublinhadas algumas dificuldades possveis, tais como:
A produo de documentos e de registos necessita de ser cuidadosamente controlada
para evitar a inibio do objectivo do sistema, atolando-o com informao excessiva. A
importncia do factor humano pode perder-se caso se d mais nfase aos procedimentos
administrativos de um SGSST do que s pessoas.
So de evitar os desequilbrios entre os processos de gesto (qualidade, SST e ambiente)
para que as exigncias e as prioridades no sejam enfraquecidas. A falta de um planeamento
cuidado e de uma ampla comunicao anterior introduo de um programa de SGSST
pode levantar suspeitas e resistncia mudana.
Um SGSST d geralmente maior nfase segurana do que sade, com o risco de no
detectar o surgimento de doenas profissionais. A vigilncia da sade ocupacional dos
trabalhadores deve ser integrada no sistema como um instrumento importante e eficaz de
controlo da sade dos trabalhadores a longo prazo. Os servios de medicina ocupacional,
tal como definidos na Conveno sobre Servios de Medicina Ocupacional, 1985 (N. 161)
e na correspondente Recomendao (N. 171), deveriam ser parte integrante do SGSST.
Dependendo da dimenso da organizao, os recursos necessrios implementao de um
SGSST podem ser significativos, devendo, assim, ser objecto de uma estimativa realista de
custos globais em termos do tempo necessrio referida implementao, s competncias
e aos recursos humanos necessrios para a instalao e a gesto do sistema. Isto
particularmente importante quando se trata de subcontratao do trabalho.
18
19
20
Note da Tradutora
Embora as organizaes possam utilizar muitas verses das normas de um SGSST em funo
das necessidades nacionais e do sector envolvido, todas essas normas integram o modelo
PFVANT7 j atrs mencionado. Diversas normas tcnicas de SGSST e de linhas orientadoras
elaboradas para organizaes (empresas), foram desenvolvidas por entidades privadas tais
como o Instituto Nacional de Normalizao Americano (ANSI Z10) ou o Instituto de
Normalizao Britnico (BSI OHSAS 18000 series). Nos ltimos 20 anos, uma grande maioria
de pases tem vindo a introduzir a implementao de SGSST nas organizaes atravs de
vrios mecanismos voluntrios ou reguladores, que podem ser:
Obrigatrios em resultado de medidas reguladoras, pelo menos para empresas especficas
(Indonsia, Noruega, Singapura);
Normas voluntrias aplicveis no mbito nacional com o suporte de mecanismos de
certificao (Austrlia e Nova Zelndia, China, Taiwan, Tailndia);
Voluntrios atravs da promoo de linhas orientadoras nacionais de SGSST elaboradas por
uma entidade nacional (Hong Kong, Japo, Koreia);
Voluntrios atravs da adopo de um SGSST reconhecido internacionalmente, tal como o
constante na Conveno OIT-SST 2001 (ndia, Malsia).
Observaes Finais
Durante a ltima dcada, a abordagem sistmica de um SGSST popularizou-se e foi introduzida
tanto em pases industrializados como em pases em desenvolvimento. As formas de que a
promoo da respectiva aplicao se reveste variam entre as disposies regulamentares e os
mecanismos voluntrios. A experincia mostra que um SGSST um instrumento lgico e
til de promoo da melhoria contnua do funcionamento da SST a nvel organizacional. Os
elementos chave para que a sua aplicao seja bem sucedida passam por assegurar a existncia de
compromissos da parte da direco e a participao activa dos trabalhadores na implementao
conjunta. Espera-se que cada vez mais pases integrem o SGSST nos programas nacionais
de SST, como um meio de promover estrategicamente o desenvolvimento de mecanismos
sustentveis para aperfeioamentos de SST nas organizaes.
7NT
Mencionado com referncia ao Ciclo de Deming, na pgina 3 desta publicao (Nota da Tradutora).
21
Referncias
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site: http://www.ilo.org/ilolex/english/subjectE.htm#s12
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http://www.ilo.org/safework/info/publications/
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155), the Occupational Safety and Health Recommendation, 1981(No. 164), and the
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ICCA-initiatives/Responsible-Care/
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15. Systems in focus: Guidance on occupational safety and health management systems,
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16. Workplace Arrangements for OHS in the 21st Century, Professor David Walters, TUC
Professor of Work Environment, School of Social Sciences, Cardiff University, United
Kingdom, July 2003.
22
Anexo 1.
Elementos essenciais de um sistema de gesto da
segurana e sade no trabalho
Poltica
Poltica de SST: O empregador, em consulta com os trabalhadores e os seus representantes, deveria formular
por escrito uma Poltica para SST.
Participao dos trabalhadores: A participao dos trabalhadores um elemento essencial de um sistema de
gesto de segurana e sade no local de trabalho.
Organizao
Responsabilidade e obrigaes: O empregador deveria ser globalmente responsvel pela proteco da
segurana e sade dos trabalhadores, liderar as actividades de SST e assegurar que a SST uma responsabilidade
da hierarquia, conhecida e aceite a todos os nveis.
Competncia e formao profissional: O empregador deveria definir os requisitos necessrios para as
competncias em SST, sendo que deveriam ser estabelecidas e confirmadas disposies que assegurassem a
competncia de todas as pessoas para assumirem os seus deveres e as suas responsabilidades relativamente aos
aspectos de segurana e sade.
Documentao: De acordo com a dimenso do local de trabalho e com a natureza das respectivas actividades,
a documentao relativa a SST deveria ser elaborada, actualizada, revista, modificada se necessrio, comunicada
e prontamente acessvel a todos os trabalhadores no local de trabalho ou afectos ao mesmo. A documentao
poderia abranger: a poltica de SST; responsabilidades atribudas; disposies sobre perigos e riscos profissionais
assim como medidas para a respectiva preveno e controlo; registos das actividades de SST, acidentes de
trabalho, doena e incidentes, legislao e regulamentao nacionais sobre SST; registos de exposio, controlo
do ambiente de trabalho, dados sobre a sade dos trabalhadores; resultados do controlo; procedimentos tcnicos
e administrativos, instrues e outros documentos relevantes para orientao interna.
Comunicao: Dever-se-ia proceder ao estabelecimento e actualizao dos procedimentos e das disposies
necessrios para receber, documentar e responder adequadamente a comunicaes internas e externas relativas
a SST; a garantir a comunicao interna de informaes sobre SST entre nveis e funes relevantes no local de
trabalho; e assegurar que as preocupaes, as ideias e os contributos dos trabalhadores e dos seus representantes
sobre matrias de SST sejam recebidos, considerados e que lhes seja dada resposta.
Planeamento e implementao
Anlise inicial: O sistema de gesto de SST existente e as disposies relevantes deveriam ser avaliados
atravs de uma anlise inicial adequada ao fornecimento de uma linha de base a partir da qual se possa medir
o processo de melhoria contnua do sistema de gesto de SST. No caso de no existir qualquer sistema de
gesto de SST, a anlise inicial serviria de base para criar um sistema de gesto de SST. A anlise inicial deveria
ser levada a efeito por pessoas competentes, consultados os trabalhadores e os seus representantes, como
conveniente.
Planeamento, desenvolvimento e implementao do sistema: O objectivo do planeamento deveria ser
criar um sistema de gesto de SST que preveja: (a) no mnimo, a existncia de conformidade com as leis e
regulamentaes nacionais; (b) os elementos do sistema de gesto de SST; e (c) a melhoria continuada dos
resultados obtidos em matria de SST. Deveriam ser implementadas disposies para um planeamento adequado
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e apropriado em matria de SST com base nos resultados da anlise inicial, em anlises subsequentes e noutros
dados disponveis. Estas disposies para o planeamento deveriam contribuir para a proteco da segurana e
sade no trabalho, devendo abranger o desenvolvimento e a implementao de todos os elementos do sistema
de gesto de SST.
Objectivos da segurana e sade no trabalho: Em conformidade com a poltica de SST e com base na
anlise inicial e noutras anlises subsequentes, deveriam ser estabelecidos objectivos mensurveis de SST
e as necessidades especficas do local de trabalho. Deveriam estar em conformidade com a legislao e as
regulamentaes nacionais; dirigir-se melhoria continua da proteco dos trabalhadores para atingir o melhor
desempenho de SST; ser realistas e alcanveis; ser documentadas e comunicadas a todas as funes e nveis
relevantes no local de trabalho; ser periodicamente avaliadas e, se necessrio, actualizadas.
Preveno de riscos
Medidas de preveno e de controlo: Os perigos e os riscos para a segurana e sade dos trabalhadores
deveriam ser identificados, hierarquizados e avaliados numa base de continuidade. Por ordem de prioridade, as
medidas preventivas e de proteco deveriam: (a) eliminar os perigos e os riscos; (b) controlar os riscos na sua
origem atravs de medidas adequadas; (c) minimizar os riscos atravs da concepo de sistemas de trabalho
seguro; e (d) quando os riscos residuais no puderem ser controlados por medidas colectivas, o empregador
deveria providenciar equipamento de proteco individual apropriado incluindo vesturio, a ttulo gratuito, e
deveria implementar medidas para garantir a utilizao e a conservao do referido equipamento.
Deveriam ser estabelecidos procedimentos de preveno e de controlo de riscos, devendo tambm: (a) ser
adaptados aos riscos identificados na organizao;(b) ser revistos e modificados, se necessrio, com regularidade;
(c) estar em conformidade com a legislao e as regulamentaes nacionais e reflectir boas prticas; e (d) ter em
conta o estado actual do conhecimento sobre a matria, incluindo informaes e relatrios de organizaes, tais
como servios de inspeco do trabalho, servios de segurana e sade no trabalho e, eventualmente, outros
servios.
Gesto da mudana: O impacto na SST de mudanas internas (tais como as relativas a pessoal, novos
processos, procedimentos de trabalho, estruturas organizacionais ou aquisies) e de mudanas externas (por
exemplo, em resultado de alteraes na legislao e regulamentaes nacionais, de fuses de empresas e de
desenvolvimentos nos conhecimentos e na tecnologia de SST) deveria ser avaliado, sendo que se deveriam
tomar medidas preventivas antes de concretizar essas mudanas. Deveria proceder-se, no local de trabalho, a
uma identificao de perigos e a uma avaliao de riscos antes de qualquer modificao ou introduo de novos
mtodos de trabalho, de processos ou de maquinaria. Tal avaliao deveria ser levada a efeito em consulta com
os trabalhadores, envolvendo-os, aos seus representantes e, eventualmente, ao comit de segurana e sade
no trabalho. Para a implementao de uma deciso de mudar, dever-se-ia assegurar que todos os membros
interessados da organizao fossem devidamente informados e recebessem formao adequada para o efeito.
Preparao e resposta a emergncias: Os procedimentos de preveno, preparao e resposta a emergncias
deveriam ser estabelecidos e confirmados por meio de informao e formao internas continuadas e da
comunicao com servios de emergncia externos. Esses procedimentos deveriam identificar a possibilidade
de ocorrncia de acidentes e de situaes de emergncia e prevenir os riscos em matria de SST da decorrentes.
Deveriam, ainda, ser estabelecidos em cooperao com servios de emergncia externos e, eventualmente, com
outras entidades.
Aquisies: Deveriam ser estabelecidos e actualizados os procedimentos necessrios para assegurar que: (a)
as condies necessrias em matria de segurana e sade no local de trabalho sejam identificadas, avaliadas
e integradas nas especificaes de compra e de locao de bens e servios; (b) as exigncias em matria de
segurana e sade no trabalho previstas na legislao e nas regulamentaes nacionais e pela organizao sejam
identificadas antes da aquisio de bens e servios; e (c) antes da utilizao desses bens e servios se tomem
disposies que estejam em conformidade com as exigncias mencionadas.
Contratao: Deveriam ser estabelecidos e actualizados procedimentos para assegurar que as exigncias de
segurana e sade no local de trabalho sejam aplicadas aos subcontratados e aos seus trabalhadores.
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Avaliao
Monitorizao e medio do desempenho: Os procedimentos para controlar, medir e registar regularmente
o desempenho de SST deveriam ser desenvolvidos, implementados e revistos periodicamente. Deveriam ser
atribudas responsabilidades, obrigaes e poderes de controlo aos diferentes nveis da estrutura.
Investigao de acidentes de trabalho, doenas e incidentes e o seu impacto na eficcia das medidas de
SST: A investigao da origem e das causas subjacentes dos acidentes de trabalho, das doenas e dos incidentes
deveria identificar algumas falhas no sistema de gesto de SST e deveria ser documentada. Tais investigaes
deveriam ser levadas a efeito por pessoas competentes, com a adequada participao dos trabalhadores e dos
seus representantes. Os resultados deveriam ser comunicados comisso de segurana e sade, sempre que
exista, e a comisso deveria fazer as recomendaes adequadas. Os dados da investigao e as recomendaes
deveriam ser objecto de comunicao s pessoas adequadas, visando medidas correctivas a incluir na anlise de
gesto e ser tidas em conta para fins de melhoria contnua. Os relatrios produzidos por agncias de investigao
externas, tais como servios de inspeco do trabalho e instituies de segurana social, deveriam ser tratadas do
mesmo modo que as investigaes internas, respeitando a devida confidencialidade.
Auditoria: Deveriam ser estabelecidas disposies no sentido de efectuar auditorias peridicas de cada um
dos elementos do sistema de gesto de SST, para determinar o desempenho global do sistema e a sua eficcia
na proteco da segurana e sade dos trabalhadores e na preveno de acidentes. Deveria proceder-se ao
desenvolvimento de uma poltica e de um programa de auditorias, que englobem a designao da competncia
do auditor, o mbito da auditoria, a frequncia das auditorias, a metodologia das mesmas e os respectivos
relatrios.
Anlise da gesto: As anlises da gesto deveriam ser efectuadas periodicamente, no sentido de avaliar a
estratgia global do sistema de gesto de SST para determinar se corresponde aos objectivos previstos e s
necessidades do local de trabalho; deveriam basear-se nos dados coligidos e nas aces levadas a efeito durante
o perodo em considerao, bem como na identificao dos aspectos e das prioridades a alterar para melhorar a
eficcia do sistema e atingir os objectivos.
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