Apostila Revisada (Diacono)
Apostila Revisada (Diacono)
Apostila Revisada (Diacono)
O dicono tem um papel importante na igreja e deve ser treinado para auxiliar seu
pastor. A questo : que tipo de homens tem sido colocado nesse ofcio? Conclios e
congregaes, que tipo de homens vocs nomeiam e elegem? Diconos, que tipo
de homens vocs so em toda a sua vida?Um grande perigo para as igrejas e
crentes que comeamos a formar nossas prprias idias de qual tipo de homens
mais capaz de servir no ofcio da igreja. Nossa natureza nos levaria a nomear ou
votar naqueles de quem mais gostamos, ou com quem mais nos relacionamos; ou
num bom administrador que pensamos ser mais bem equipado para manusear
nosso dinheiro; ou algum que busque coisas (coisas terrenas, espirituais mas no-
essenciais, ou qualquer outra coisa) da nossa maneira.Contudo, errado seguir a
direo da nossa natureza ao nomear ou votar em diconos.
1. O elemento fundamental
E perseveravam na doutrina dos apstolos ... Esta parte inicial do
texto de Atos2.42 mostra que os membros da Igreja Primitiva participavam
com fidelidade do ensino dos apstolos. Portanto, ser fiel exercitar a f nos
ensinos do Senhor, que os apstolos transmitiam Igreja.A escuta e a obedincia
aos ensinos do Senhor se constitui o primeiro trao caracterstico da comunidade
crist de todos os tempos e espaos. Desta maneira os leitores de todos os tempos
e espaos tm diante dos olhos um projeto de comunidade crist ideal no qual
inspirar-se.O elemento fundamental e que qualifica a comunidade a perseverana
ou fidelidade no empenho assumido. O verbo escolhido por Lucas, proskarterein
significa ser assduo, perseverante em alguma coisa, com ressonncia litrgica e
cultural, ressalta muito bem o comportamento de dedicao constante e
comprometida dos
convertidos.A perseverana se exprime em momentos ou estruturas essenciais: O
ensinamento dos apstolos, a comunho fraterna e a frao do po.
1
2 Cf. FABRIS, Rinaldo. Os Atos dos Apstolos. Traduo e comentrios. So Paulo: Loyola, 1991, p.
75 ss.
3 GRUNDMANN, proskartere, GLNT V, 225-229. In: FABRIS, 76.
3. A comunho fraterna
A expresso traduz um vocbulo grego que ocorre s em Lucas, koinnia.4 Podese
dizer que a comunho fraterna a unio espiritual dos crentes baseada na mesma
f e no mesmo projeto de vida.5
A comunidade crist realiza o ideal dos amigos entre os quais tudo comum.
Assim, a lgica proprietria e patronal substituda pela da participao e da
solidariedade. Em outros autores Paulo e Joo - o termo koinnia indica a
comunho de f com Deus ou com Cristo e a unio mais profunda entre os crentes,
que se exprime e atua na
f comum, na experincia eucarstica e na participao espontnea dos bens.
4. A frao do po
Partir o po ou frao do po, no ambiente judaico, significava cumprir o gesto
ritual ao incio da refeio em comum: o pai de famlia ou o chefe do grupo toma
entre as mos o po, d graas a Deus e o parte para distribu-lo aos comensais.
Na linguagem de Atos, a expresso refere-se a toda refeio (2.42,46). Todos
participam, na condio no mais de uma famlia em particular, mas como famlia
da f com um alto projeto de vida em comum. A refeio comum e reservada dos
cristos acontece num clima de alegria e de simplicidade de corao. a alegria
2
festiva que acompanha a experincia ou a esperana da libertao ou salvao
messinica.
5. As oraes
Trata-se daquelas oraes que demarcam o dia do judeu piedoso, a profisso de f
no incio e no final do dia, a ao de graas antes das vrias aes. O grupo dos
cristos toma parte assiduamente e unido na liturgia do templo. O templo de
Jerusalm, para Lucas, o centro da histria salvfica, o lugar onde Jesus se
manifestou como sabedoria (Lc 2.41-50) e ensinou ao povo (Lc 10.47; 21.37;
22.53).
O grupo dos discpulos, aps a pscoa, toma o lugar de Jesus no templo (24.53).
Lucas, assim, ressalta a continuidade entre a nova comunidade messinica e a
antiga histria da salvao, concentrada no smbolo do templo. Uma comunidade
unida, solidria, pronta a repartir at os bens materiais, aberta esperana e
reconhecida a Deus. Este estilo de vida traduz-se espontaneamente num estilo de
orao, que d o ritmo da vida comum dos primeiros discpulos aps a pscoa.
Assim tambm vs, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos
servos inteis; fizemos somente o que devamos fazer. Lucas17:10
O servo intil a qual fala o versculo e o servo a quem nada se deve, que cumpre os
seus deveres. Aqui intil no no sentido de no prestar para nada, folgado, que
no serve para o servio ou que no sabe fazer o servio, pois o servo fazia tudo
para o seu senhor. Esse servo e algum a quem o Senhor no deve agradecimento
5
ou favor. Algum a quem o Senhor no fica obrigado para com o seu servo,
quando este cumpre todas as suas ordens, pois ele no fez mais do que a sua
obrigao de servo. O servo trabalha movido por um senso de dever e lealdade, e
no com a esperana de ganhar recompensas. De fato, depois de ter cumprido
todas as ordens (Aqui o servo era vaqueiro, agricultor e tambm cozinheiro), ele
diz: Nada me devem; cumpri apenas o meu dever.
Conforme Max De Pree Um servo aquele que est disposto a fazer o que
Jesus Cristo fez, dando a sua prpria vida para cumprir a misso. ( escritor )
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Servio atendendo s necessidades domsticas.
Lucas 10.40 - Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos
servios [diakonia].
8
1 Corntios 12.5 - E tambm h diversidade nos servios [diakonia], mas o
Senhor o mesmo.
Expresso tcnica para se referir ao labor evangelstico
Romanos 11.13 - Dirijo-me a vs outros, que sois gentios! Visto, pois, que eu
sou apstolo dos gentios, glorifico o meu ministrio [diakonia].
2 Corntios 5.18 - Ora, tudo provm de Deus, que nos reconciliou
consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministrio [diakonia]
da reconciliao.
2 Timteo 4.5 - Tu, porm, s sbrio em todas as coisas, suporta
as aflies, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o
teu ministrio [diakonia].
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Este servio, no qual as foras e os bens so investidos a favor dos outros,
se revela
como o elemento fundamental para a manuteno da comunho (koinonia) (Todos
os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas
propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, medida que algum
tinha necessidade. Diariamente
perseveravam unnimes no templo, partiam po de casa em casa e tomavam as
suas refeies com alegria e singeleza de corao, louvando a Deus e contando com
a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os
que iam
sendo salvos - Atos 2.44-47).
Este servio que envolve no apenas o dinheiro e os bens, mas, tambm, o corpo
e a vida (2 Cor 8.5 - E no somente fizeram como ns espervamos, mas tambm
deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a ns, pela vontade de Deus),
se torna uma fora que dinamiza todo o Corpo de Cristo (Ef 4.12 - com vistas ao
aperfeioamento dos santos para o desempenho do seu servio, para a edificao
do corpo de Cristo). Por isso Paulo chama as funes carismticas que so
exercidas dentro da igreja de servios [diakonia]
(1 Cor 12.5 - E tambm h diversidade nos servios [diakonia], mas o Senhor o
mesmo). Mas diakonia pode se referir, tambm, a um nico carisma (Rom 12.7 -
se ministrio [diakonia] dediquemo-nos ao ministrio).
Paulo amplifica o conceito de diakonia ainda mais quando ele se refere a toda
a obra salvadora de Deus como a uma diakonia de Deus em Cristo a favor de todos
os homens. J no Velho Testamento havia uma diakonia de Deus, mas no sentido
da lei e, por isso, da
morte, da condenao (2 Cor 3.7,9). Mas por meio de Jesus irrompeu o ministrio
(diakonia) do Esprito, da justia, da reconciliao (2Cor 3.8,9 - Como no ser de
maior glria o ministrio [diakonia] do Esprito? Porque se o ministrio [diakonia]
da condenao tinha glria, muito mais excede em glria o ministrio [diakonia] da
justia). Este ministrio foi confiado ao apstolo que como embaixador de Cristo
proclama: Deixai-vos reconciliar com Deus. Mas todas as coisas provem de Deus,
que nos reconciliou consigo
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mesmo por Cristo, e nos confiou o ministrio [diakonia] da reconciliao - 2Cor
5.18-20). A palavra diakonia, de certa maneira, , portanto, uma palavra tcnica
para se referir ao trabalho evangelstico.
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2 Corntios 11.23 - So ministros [diakonos] de Cristo? (Falo como fora de
mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prises; em
aoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes.
Dicono de Deus
2 Corntios 6.4 - Pelo contrrio, em tudo recomendando-nos a ns
mesmos como ministros [diakonos] de Deus: na muita pacincia, nas aflies,
nas privaes, nas angstias.
Dicono da Igreja
Colossenses 1.24,25 - Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vs; e
preencho o que resta das aflies de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo,
que a igreja; da qual me tornei ministro [diakonos] de acordo com a dispensao
da parte de Deus, que me foi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento
palavra de
Deus.
Dicono, junto com Apolo, pelo qual os corntios chegaram f 1
Corntios 3.5 - Quem Apolo? E quem Paulo? Servos [diakonos] por
meio de quem crestes.
4. Paulo designa seus cooperadores de diconos.
Efsios 6.21 - E, para que saibais tambm a meu respeito e o que fao, de
tudo vos informar Tquico, o irmo amado e fiel ministro [diakonos] do Senhor.
Colossenses 1.7 - Segundo fostes instrudos por Epafras, nosso amado
conservo e, quanto a vs outros, fiel ministro [diakonos] de Cristo.
Colossenses 4.7 - Quanto minha situao, Tquico, irmo amado, e fiel
ministro [diakonos], e conservo no Senhor, de tudo vos informar.
1 Tessalonicenses 3.2 - E enviamos nosso irmo Timteo, ministro [diakonos]
de Deus no evangelho de Cristo, para, em benefcio da vossa f, confirmar-vos e
exortar-vos.
5. Cristo chamado de dicono.
Romanos 15.8 - Digo, pois, que Cristo foi constitudo ministro
[diakonos] da circunciso, em prol da verdade de Deus, para confirmar as
promessas feitas aos nossos pais.
6. As autoridades so diconos de Deus.
Romanos 13.4 - visto que a autoridade ministro [diakonos] de Deus para
teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque no sem motivo que ela traz
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a espada; pois ministro [diakonos] de Deus, vingador, para castigar o que pratica
o mal.
7. Cargo na Igreja junto com os bispos (presbteros).
Filipenses 1.1 - Paulo e Timteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em
Cristo Jesus, inclusive bispos e diconos [diakonos] que vivem em Filipos.
1 Timteo 3.8ss - Semelhantemente, quanto a diconos [diakonos],
necessrio que sejam respeitveis, de uma s palavra, no inclinados a muito
vinho, no cobiosos de srdida ganncia ...
EXPOSIO
8. O dicono como algum que serve num sentido amplo e
Geral Paulo se v, repetindo o j exposto antes, como:
Dicono (servo) do Evangelho (Se que permaneceis na f,
alicerados e firmes, no vos deixando afastar da esperana do
evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do
cu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro [diakonos] Col 1.23).
Dicono (servo) pelo qual os corntios chegaram f (Quem
Apolo? E quem Paulo? Servos [diakonos] por meio de quem crestes
(1Cor 3.5).
Dicono (servo) da Nova aliana (O qual nos habilitou para
sermos ministros [diakonos] de uma nova aliana, no da letra, mas
do esprito; porque a letra mata, mas o esprito vivifica 2Cor 3.6).
Dicono (servo) de Cristo (So ministros [diakonos] de Cristo?
(Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais;
muito mais em prises; em aoites, sem medida; em perigos de morte,
muitas vezes 2Cor 11.23).
Dicono (servo) de Deus (Pelo contrrio, em tudo recomendando-nos a ns
mesmos como ministros [diakonos] de Deus: na muita pacincia, nas aflies, nas
privaes, nas angstia 2Cor 6.4).
Dicono (servo) da igreja (Agora, me regozijo nos meus
sofrimentos por vs; e preencho o que resta das aflies de Cristo,
na minha carne, a favor do seu corpo, que a igreja; da qual me
tornei ministro [diakonos] de acordo com a dispensao da parte de
Deus, que me foi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento
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palavra de Deus Col 1.24,25). O dicono est envolvido na tarefa de servir
amorosamente igreja, aos irmos e s pessoas seja por meio da diaconia da
palavra ou da diaconia das aes. Pedro disse: Servi [diakoneo - verbo] uns aos
outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da
multiforme graa de Deus. Se algum fala, fale de acordo com os orculos de Deus;
se algum serve [diakoneo- verbo], faa-o na fora que Deus supre (1Ped 4.10-
11). O diacno, aquele que serve, que ministra de acordo com o dom
que recebeu. Sempre o dicono algum que serve a partir do grande Dicono que
Cristo. Ele continua a obra de diaconia, a obra de servir, de Cristo e, deste modo
est envolvido ativamente na obra da salvao
das pessoas. Esta preocupao com o bem das pessoas envolve o corpo e a alma e,
deste modo, Paulo se empenha tanto para a coleta para os
irmos pobres da Judia (2 Cor 8.4 - usa a palavra diakonia), como
para a pregao do Evangelho. A pregao e a ao de ajuda amorosa
so um todo inseparvel. Tambm os seus companheiros Paulo chama de
diconos.
Sua Origem.
Fil. 1.1 e 1 Tim 3.1-13 Sua origem est em Atos cap 6. Houve necessidade de
pessoas que atendessem distribuio diria de alimentos s vivas. Os apstolos
disseram que no podiam deixar a diaconia da palavra e a orao, para se dedicar
diaconia das mesas. Deste modo a igreja escolheu 7 homens que ficaram
encarregados deste servio. Eles no so chamados de diconos, mas a
diaconia, especialmente pela palavra dos apstolos, est no pano de fundo deste
acontecimento. Percebemos aqui que os diconos foram institudos para ajudar aos
apstolos, para que eles pudessem estar livres para realizar o seu ministrio
principal. Creio que esta at hoje a funo principal dos diconos nas igrejas
locais: ajudarem os presbteros na realizao de seu trabalho. Esta ajuda pode ser
a ministrao na igreja aos pobres e carentes, ou outro servio qualquer. O
ministrio da batista regular se entende igualmente deste modo: ser um brao da
igreja para realizar, no em lugar da igreja, mas junto com a igreja e como uma
inspirao para a igreja, o ministrio diaconal de multiformes maneiras, conforme a
direo e vocao do Senhor da Igreja e da Irmandade, o Grande e Supremo
Dicono.
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III. OBRAS COMO RESULTADO DA SALVAO.
DIACONOS: SERVOS DE DEUS NO CORPO DE CRISTO.
A experincia de salvao na vida de uma pessoa deve resultar, sempre, em obras,
em frutos e, em segundo lugar, qual deve ser a motivao do cristo na prtica das
boas obras. O texto de Efsios 2.8-10 deixa bem claro que somos salvos pela f e
no pelas obras, contudo, a salvao pela f resulta em frutos, em obras nas vidas
dos salvos. Paulo nos afirma que fomos criados em Cristo Jesus para as boas
obras, obras que Deus preparou de antemo para andarmos nelas. Um exemplo
de
transformao da vida ps-salvao temos em Zaqueu que disse:
Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se
nalguma coisa tenho defraudado algum, restituo quatro vezes mais
(Mt 19.8). Portanto...
1. A salvao deve ter frutos em nossa vida;
2. A salvao deve apresentar resultados em nossa vida;
3. A salvao que no modifica a vida no salvao.
O texto de Tito 2.13,14 mostra, tambm, que Jesus se deu por
ns a fim de nos remir de nos remir de toda iniqidade e purificar,
para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.
O resultado da redeno, da purificao, o resultado de fazermos
parte de um povo que pertence exclusivamente a Jesus, sermos
zelosos de boas obras.
Quando a Bblia afirma que Deus preparou obras para andarmos
nelas (Ef 2.10). Isto significa que ns no podemos fazer tudo o
deve ser feito, mas h algo que Deus quer que ns faamos, coisas
que Ele preparou de antemo para ns.
Por exemplo, considerando a parbola do Bom Samaritano
sabemos que muitas pessoas eram assaltadas, muitas pessoas estavam
cadas, necessitadas beira do caminho. Havia o problema social
da violncia e da insegurana nas estradas, mas o Bom Samaritano,
fez a sua parte, fez aquilo que lhe cabia fazer: Atendeu ao cado.
Na parbola do Rico e do Lzaro o rico foi responsabilizado por
no ter atendido aquele pobre que estava sua porta. Sem dvida
existiam muitos outros miserveis, mas aquele pobre era a sua
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responsabilidade.
Quando Lucas nos conta a experincia de Felipe evangelizando
ao eunuco no caminho de Gaza que estava deserto, mostra que,
apesar de existirem multides necessitadas, aquele homem, naquele
momento, naquela estrada, era a sua responsabilidade.
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ns devemos fazer. Pessoas tocadas pelo amor de Cristo iro, tambm, dar a sua
vida pelos irmos. De acordo com o exemplo que, neste texto Joo apresenta sobre
o que significa dar a vida pelo irmo, aprendemos que no morrer pelo irmos,
mas dar de sua vida, dar de seus recursos, para suprir as necessidades do irmo.
Se meu irmo tem uma necessidade e eu tenho um recurso que pode ajud-lo, eu
devo abrir meu corao em amor, e agir a seu favor. Pode ser em coisas bem
pequenas, como um abrao carinhoso, um sorriso amigo, um telefonema numa
hora oportuna ou podem ser coisas maiores como investir uma noite ao lado de sua
cama de enfermo. No importa, o amor de Jesus que deu sua vida por mim me
levar a dar de minha vida para os meus irmos.
O grande missionrio Carlos Studd disse: Se Jesus Cristo sendo
Deus morreu por mim, no haver, ento, sacrifcio demasiado
grande para eu fazer por Ele.
2. A glria de Deus
Outra motivao cuja importncia no pode ser adequadamente
enfatizada e a glria de Deus. Jesus ensinou: Assim brilhe tambm
a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras
e glorifiquem a vosso Pai que est nos cus (Mt 5.16). Tudo o que
fazemos deve ter um propsito maior: A glria de Deus.
Podemos ter outros motivos, motivos...
Errados;
Egostas;
Mesquinhos;
A busca da fama, glria para ns.
Mesmo na realizao do servio de ajuda social podemos ter motivaes erradas.
Num boletim da Viso Mundial se apresentam motivaes erradas para o servio
social:
Vazio, ou sentimento de culpa;
Competio com outras igrejas;
O empreguismo;
Ativismo impensado;
Modismo;
Disponibilidade de verbas;
Isca evangelstica;
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Manipulao poltica;
Ocupao de espaos ociosos nas igrejas;
Ideologias, quer polticas, quer religiosas.
Jesus s tinha uma motivao em tudo o que fazia: A Glria de
Deus. Mesmo diante da cruz a sua orao foi: Pai glorifica o teu
nome (Jo 12.28). Que seja esta, tambm, a nossa motivao em
tudo o que fizermos.
3. Nossa prpria experincia
Mas uma outra motivao em fazer o bem para o prximo deve
ser a nossa prpria experincia. Quando Deus ordenou que o povo
de Israel no oprimisse os estrangeiros, a razo que Deus apresentou
foi que eles mesmos tinham sido estrangeiros no Egito e, portanto,
conheciam o corao do estrangeiro, suas angstias e aflies: Pois
vs conheceis o corao do forasteiro, visto que fostes forasteiros na
terra do Egito (x 23:9); Am-lo-eis como a vs mesmos, pois
estrangeiros fostes na terra do Egito (Lv 19.33-34)
Deus est dizendo ao povo:
Vocs se lembram de quando foram estrangeiros no Egito?
Vocs se lembram das necessidades que tinham?
Vocs se lembram de suas angstias?
Vocs se lembram do que queriam que acontecesse com vocs?
Vocs se lembram de como queriam que os egpcios agissem
com vocs?
Pois bem: tratem bem os estrangeiros. A lembrana das
experincias passadas como estrangeiros no Egito devia lhes dar um
corao compassivo para com os estrangeiros. Conosco tambm deve ser assim.
Ns estivemos alguma vez em necessidades e fomos ajudados? J estivemos em
dificuldades e algum nos estendeu a mo? Pois bem: Esta experincia deve
nosmotivar a ajudar aos que esto em necessidades.
4. A responsabilidade que temos
No s as nossas experincias nos devem levar a fazer o bem,
mas tambm a responsabilidade que Deus colocou sobre ns. Deus
coloca sobre ns a responsabilidade para com as outras pessoas, a
comear com a nossa prpria famlia. Jamais deveramos ter a atitude
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de Caim, que quando questionado por Deus cer de seu irmo Abel
deu de ombros e disse: No sei, por acaso eu sou o guarda do meu
irmo? (Gn 4.9). Ns somos responsveis pelas pessoas que Deus nos confia.
Somos responsveis pelo sangue, pela vida, pelas almas das pessoas que Deus
coloca em nosso caminho. Deus pedir contas de ns do que fizemos ou deixamos
de fazer para com a nossa famlia, colegas,
vizinhos aos quais deveramos ter feito o bem, e o maior de todos
os bens, compartilhando Jesus. Anos atrs houve um desastre de trem. Dois trens
se chocaram. Quando um dos maquinistas foi retirado das ferragens ainda vivo, ele
tirou um papel amassado do bolso e disse: Tomem isto e vero que recebi as
ordens erradas. Diante do tribunal de Cristo no poderemos dizer que recebemos
as ordens erradas. O Senhor falou claramente que ns somos responsveis.
5. A necessidade do irmo.
Uma outra poderosa motivao para fazermos o bem a viso
da necessidade do irmo. Joo disse: Aquele que possuir recursos
deste mundo e vir a seu irmo padecer necessidade e fechar-lhe o seu corao,
como pode permanecer nele o amor de Deus (1Jo 3.17).
Toda a ao comea com uma viso. O Bom Samaritano viu a
pessoa cada e ajudou-a. Jesus viu Jesus uma grande multido e
compadeceu-se dela porque eram como ovelhas que no tem pastor
e passou a ensinar-lhes muitas coisas. Obras missionrias comearam com a viso
das almas perdidas: Hudson Taylor viu os milhes da China. William Carey viu os
milhes da ndia. Quantas obras de ajuda e de diaconia comearam tambm
comuma viso. Viso...
Dos famintos;
Das crianas desabrigadas;
Dos leprosos;
Dos desabrigados;
Dos refugiados.
Certa vez um navio naufragou, no meio de uma tempestade, perto da costa, onde
havia uma colnia de pescadores. Muitos nufragos se debatiam nas ondas
tempestuosas. Os pescadores vez aps vez foram ao mar, com o risco de suas
vidas, para salv-los. Finalmente estavam todos completamente exaustos. Mas um
deles lanou o desafio: H ainda um homem l fora no mar, quem ir comigo para
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salv-lo? A me do pescador se lanou ao pescoo do filho suplicando: Meu filho
no v. Seu pai morreu no mar. Seu irmo Guilherme foi ao mar e nunca mais
tivemos notcias dele. Voc tudo que me resta. No v! Delicadamente se
desvencilhou dos braos da me dizendo: H um homem se afogando. Tenho que ir
salv-lo, e com mais alguns, se lanou, com o pequeno barco, mais uma vez ao
mar. Na praia todos aguardavam cheios de medo e ansiedade. Finalmente, no meio
da bruma avistaram o barquinho. Na frente estava o pescador que gritou mais alto
que o barulho da tempestade: Ns o encontramos, ns o salva-mos, e digam para
a mame que meu irmo Guilherme.
Quantos de nossos irmos esto naufragando, se afogando, no
mar tempestuoso da vida...
Pessoas que no conhecem a Deus pessoalmente,
Que precisam a salvao em Jesus,
Afundando na falta de sentido de suas existncias,
Na incapacidade de vencerem no meio de seus problemas
No fracasso de seus lares e suas famlias.
Quem ir jogar-lhes a bia da salvao. Quem lhes ir falar de
Jesus, que Ele salva e transforma?
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3. Ser Cheio de Sabedoria (At 6.3). Esta sabedoria tem pouco ou nada a
ver comconhecimento cultural ou cientfico. Os diconos precisam ter a sabedoria
concedida peloEsprito Santo, para saberem como resolver os problemas existentes
e outros que, certamente, ainda vo surgir. Se algum necessita de sabedoria,
pea a Deus que a
todos d liberalmente. Pea-a, porem, com f... (Tg 1.5, 6).
4. Ser Respeitvel (ITm 3.8). O dicono precisa ter honestidade, dignidade
e seriedade (1 Tm 3.8,11; Tt 2.2; Fp 4.8), para conquistar respeitabilidade, para
ser respeitvel. Deve ter um procedimento srio, digno de todo respeito e
admirao, como
resultado da submisso a Deus dos seus sentimentos e pensamentos.
5. Ter Uma S Palavra (I Tm 3.8). O dicono deve ser de uma s palavra
(1 Tm 3.8). A idia de que no devem ter duas palavras. Tal expresso pode
ser entendida de trs formas no excludentes:
a) O dicono no deve ser um difamador, levando e trazendo
casos dos lares que visita (no deve ser mexeriqueiro);
b) No deve ser algum que pense uma coisa e diga outra;
c) no deve ser algum que diz uma coisa para uma
pessoa e algo diferente para outra, falando conforme o interesse do seu
interlocutor.
6. No Ser Inclinado a Muito Vinho (I Tm 3.8). Essa orientao de Paulo
indica o perigo da embriaguez, ao que parece, existente mesmo entre os crentes (I
Co 11.21).
Sobre o dicono pesava grande responsabilidade. Ele teria acesso aos lares,
tomaria conhecimento dos problemas ntimos e, tambm teria de administrar os
bens da Igreja dedicados aos necessitados. Tudo isso requer sobriedade. Eu creio
que a abstinncia total seja recomendvel (Rm 14.21; I Ts 5.22).
7. No Cobiosos de Srdida Ganncia (I Tm 3.8). Isto , algum que
lucra desonestamente, adaptando, modificando os ensinamentos aos interesses de
seus ouvintes a fim de ganhar dinheiro deles. No nos esqueamos do princpio
bblico expresso em textos como I Tm 6.10; Tt 1.10, 11; Ec 5.10; Sl 62.10.
8 . Deve Conservar o Ministrio da F com a Conscincia Limpa (I Tm
3.9). Paulo ensina que os diconos devem ser bem instrudos no mistrio da f;
porque, embora no desempenhem o ofcio docente, exercem um ofcio pblico na
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Igreja e sempre ministram conselhos a outros; o que precisam fazer bem, com a
conscincia limpa, por terem orientado e aconselhado de acordo com a palavra do
Senhor.
Segundo, que tipo de esposas eles devem ter? Terceiro, o que requerido
deles com respeito a como governam em seus lares?Qual o ponto real do
requerimento que o dicono deve ser "marido de uma s mulher?" Homens
solteiros podem servir nesse ofcio? Caso sua esposa morra, pode um dicono se
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casar novamente?A nfase desse requerimento cai sobre a palavra "s." Esse o
ponto que Esprito est enfatizando para a igreja: "O dicono seja marido de uma
s mulher." Que essa palavra recebe a nfase claro a partir da ordem das
palavras da sentena no original grego: "O dicono seja de uma s mulher marido."
"S" vem primeiro. A nfase no primariamente sobre o dicono ser casado ou
no, mas sobre o nmero de esposas que tem. Se a nfase fosse sobre ele ser
casado ou no, a palavra "s" no seria necessria. "O dicono seja marido de uma
mulher," ou de maneira mais simplificada, "o dicono seja casado," seria suficiente.
Mas o Esprito Santo adicionou a palavra "uma," e a colocou num lugar enftico na
sentena.
Historicamente, bem possvel que esse requerimento era necessrio por causa da
poligamia na igreja primitiva. E devemos lembrar que poligamia no uma coisa do
passado, inofensiva igreja de Jesus Cristo! O novo casamento de pessoas
divorciadas, enquanto seu ex-cnjuge e nico cnjuge legtimo aos olhos de Deus
est vivo uma forma moderna de poligamia. Nenhum homem divorciado e
casado novamente, cuja esposa ainda vive, pode servir no ofcio de dicono. De
fato, no deveria nem mesmo ser membro da igreja.Alm do mais, essa
qualificao necessria porque ressalta um princpio positivo sobre os casamentos
cristos em geral, e o casamento de um dicono em particular: nossos casamentos
devem ser caracterizados por estabilidade e fidelidade. Ao requerer que os diconos
sejam maridos de uma mulher, Deus no requer meramente o bvio, que haja um
relacionamento legal de casamento entre um dicono e sua esposa. Antes, Deus
enfatiza que o dicono, o marido, deve ser o homem de uma mulher, fiel sua
esposa em tudo. Ele deve ser um marido piedoso, amando sua esposa com o amor
altrusta e imutvel que Cristo tem por sua igreja.Outros que tm estudado essa
passagem chegaram mesma concluso, que a nfase cai sobre o amor e a
devoo de um dicono sua esposa. James Barnett escreve: " o melhor
entendimento dessa passagem que o requerimento um de fidelidade sua
esposa O bispo ou dicono deve ter um casamento estvel e harmonioso, que
dar certeza que ele realizar o servio pastoral desse ofcio com dignidade e
eficincia."2 O Pr.. George Lubbers, explicando a mesma frase como aplicada aos
presbteros (1Tm. 3:2), escreve: "A nfase cai sobre a qualidade do homem e no
24
muito sobre o nmero de esposas que ele tem. Ele deve ser um homem
estritamente leal sua nica esposa; no deve ser um galanteador. Nesse respeito,
deve ser de integridade inquestionvel. No suficiente que tenha apenas uma
esposa; nenhuma meno perversa deve ser feita dele, e os homens no devem
sussurrar sobre ele."3Entendendo a nfase apropriada do texto, podemos fazer
vrias observaes.Primeiro, o Esprito Santo no pretende proibir um homem
solteiro de ter o ofcio. O ponto do texto no requerer que ele seja casado, mas
que seja certo tipo de homem quando for casado. Talvez seja prefervelque os
diconos sejam casados; certamente prefervel que a maioria dos diconos numa
congregao seja casada. O casamento d a um homem oportunidades especficas
para crescer em pacincia, compaixo e entendimento da natureza humana
(especialmente da sua; aprendi algumas coisas nos ltimos quatro anos!). muito
possvel que o dicono casado que deve visitar uma famlia que pediu benevolncia
teria um melhor entendimento do que uma famlia precisa para viver, e seria mais
capaz de ver quais sacrifcios financeiros essa famlia particular em necessidade j
est fazendo, do que um dicono solteiro. Contudo, o Esprito no requer que todo
dicono seja casado. Compaixo, pacincia e discernimento so dons que Deus d
tambm a alguns homens solteiros em sua igreja.Segundo, o que j foi dito se
aplica tambm queles diconos que so casados, mas a quem Deus no deu
filhos. O texto refere-se aos filhos dos diconos: "governe bem seus filhos e a
prpria casa". Mas uma vez mais, isso no significa que um homem que no tenha
filhos no esteja qualificado para o ofcio. Antes, significa que se um homem tem
filhos, e no os governa bem, ele no est qualificado para o ofcio. Assim como a
nfase da frase "marido de uma s mulher" cai sobre a qualidade do seu
casamento, assim a nfase aqui cai sobre a qualidade de seu relacionamento com
seus filhos, no sobre se tem ou no filhos. A isso retornaremos em breve.Terceiro,
o texto no probe que um dicono cuja esposa tenha morrido se case novamente.
Algum poderia chorar ao ouvir que no somente existem igrejas que colocam essa
restrio sobre os diconos, mas que at mesmo verses da Bblia traduzem assim
o texto. A The New Revised Standard Version, por exemplo, traduz o texto dessa
forma errnea: "casado apenas uma vez". Em nenhum lugar a Escritura probe o
novo casamento de uma pessoa na igreja cujo cnjuge tenha morrido. De fato, ela
d explicitamente liberdade para assim o fazer: "A mulher casada est ligada pela
lei todo o tempo em que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre
25
para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor" (I Co. 7:39).E
finalmente, embora tenhamos notado que o texto no requer que um dicono seja
casado, triste tambm que algumas igrejas probam pessoas casadas (mesmo
uma nica vez) de ser diconos, ou que se casem uma vez que estejam no ofcio.
Roma, sabemos, faz tais restries. E essas restries tm sua origem nas decises
de conclios da igreja primitiva. O Conclio de Elvira (aproximadamente 305 d.C.,
perto de Granada, Espanha) ordenou: "Determinou-se unanimemente estabelecer a
proibio de que os bispos, os sacerdotes e os diconos, isto , todos os clrigos
constitudos no ministrio, se abstenham de esposas, e no gerem filhos: e, aquele,
quem for que seja, que o tenha feito seja declarado decado da honra da
clericatura."4 Mesmo que I Timteo 3:11-12, propriamente entendido, no requeira
que os diconos sejam casados, certamente a passagem permite isso, e at mesmo
assume que eles casaro. Proibir que os oficiais sejam casados colocar sobre eles
um fardo que Cristo no colocaria. Tais regras de proibio so regras de homens, 5
no de Deus, e indica que tais igrejas no fazem da Palavra de Deus sua autoridade
para o governo da igreja.
Primeiro Marca , deve ser honesta. Essa palavra usada tambm com
referncia ao dicono no versculo 8, como explicamos em nosso ltimo artigo. Ela
deve ser sria e digna; sua conduta e atitudes devem trazer sobre ela o respeito
dos outros.
26
Terceiro Marca, ela deve ser sbria, isto , temperante. No somente com
respeito ao vinho, mas a todos os bens e prazeres terrenos, ela deve ser auto-
controlada, no dada ao excesso. Os prazeres e desejos espirituais devem encher
sua alma, e as atividades espirituais devem tomar o seu tempo.
Quarto Marca: Lugar, ela deve ser fiel em tudo. Deve ser uma pessoa confivel,
responsvel, devotada causa do reino de Deus e ao seu servio.Por que Deus faz
esses requerimentos de uma esposa de dicono? Por que, luz do fato que ela no
possui ofcio na igreja? E por que o captulo no d nenhum dos tais requerimentos
para a esposa de um dicono?As esposas dos dicono tambm devem ser mulheres
piedosas. Para um presbtero, dicono, ou pastor ter tal esposa seria uma evidncia
de sua prpria piedade. Ele procurou pelo tipo correto de esposa! Sua preocupao
foi casar no Senhor! A piedade de sua esposa tambm evidncia que seu marido
trabalha para edificar crentes na f e piedade, comeando em sua prpria casa com
sua esposa.Mas h uma razo mais fundamental pela qual as esposas dos diconos
devem ser tais mulheres, e porque o requerimento no feito explicitamente
quanto s esposas dos presbteros. A obra e autoridade do dicono se estendem
alm do reunir e distribuir caridades; inclui tambm a manifestao prtica de
misericrdia para com os enfermos, idosos, e outros em necessidade especial.
Alguns dos nefitos podem ser mulheres idosas ou invlidas que precisam de ajuda
com seu cuidado especial. A obra de cuidar de tais mulheres propriamente a obra
dos diconos, pois uma obra de misericrdia. Mas seria muito inapropriado um
homem ajudar a uma mulher invlida. Em tal caso, as esposas dos diconos podem
ajudar oportunamente os seus maridos. Assim, as esposas deles devem satisfazer
certos requerimentos.O caso diferente com os presbteros, cuja obra ensinar e
governar. A esposa de nenhum presbtero pode ajud-lo a fazer essa obra. Deus
probe que a mulher ensine ou governe na igreja. E nenhum presbtero pode pedir
para que sua esposa faa uma chamada disciplinar no seu lugar mesmo a uma
mulher! Assim, os requerimentos no so dados para as esposas dos
presbteros.Talvez os diconos inscrevero a ajuda de outras na congregao para
atender s necessidades fsicas dos doentes e invlidos seja arrumando
transporte at o escritrio do mdico, conseguindo mantimentos, etc. Ento o
princpio do versculo 11 se aplica a essas ajudantes tambm que sejam
exemplares em sua piedade!Um dia, se Deus quiser, aps termos lidado com outros
27
aspectos do ofcio e obra dos diconos, retornaremos a examinar em maiores
detalhes essa idia das ajudantes dos diconos, ou "diaconisas" num sentido
apropriado.
uma abordagem dos principais textos bblicos sobre o papel das mulheres nas igrejas.
Introduo
Qual o papel da mulher nas igrejas locais? Ser que elas podem assumir
ministrios como pastoras, presbteras, diaconisas, professoras? Quais ministrios
as mulheres podem exercer no Corpo de Cristo? H restries ao ministrio de
mulheres nas igrejas?
Nossas respostas a estas perguntas vo depender, essencialmente, de
nossa forma de interpretar a Bblia, ou seja, dependem de nossa hermenutica e de
nossa fidelidade ao que a Bblia diz.
H pessoas que dizem que das circunstncias especficas nas quais
escritor e destinatrios estavam envolvidos no podemos tirar princpios
permanentes, ou seja, aplicveis para a igreja do sculo XXI. Se interpretarmos a
Bblia assim, qualquer assunto poder ser descartado, at mesmo a ordem de se
fazer discpulos de Mt 28.18-20. Portanto, neste trabalho vamos considerar
atentamente o que certas passagens bblicas chaves acerca do ministrio feminino
podem nos ensinar.
De incio, podemos considerar duas categorias sobre quais so os
ministrios apoiados teologicamente para as mulheres. De um lado temos o
chamado movimento feminista evanglico, tambm denominado igualitaristas. Do
outro lado temos os diferencialistas ou complementaristas.
Em resumo o que cada um destes grupos defendem? Os igualitaristas
dizem que no h diferena alguma entre o papel do homem e o papel da mulher.
Dizem que, de fato, injusto e discriminatrio sustentar tais diferenas.1 Dizem
tambm que Deus originalmente criou o homem e a mulher iguais; a subordinao
feminina foi parte do castigo divino por causa da Queda, com conseqentes reflexos
scio-culturais.2
1
PIPER, John; GRUDEM, Wayne, compiladores.Homem e mulher: seu papel bblico no lar, na igreja e na sociedade. p. 5
2
LOPES, Augustus Nicodemos. Ordenao de mulheres: Que diz o Novo Testamento? p. 5
28
Os diferencialistas, por sua vez, entendem que desde a Criao e
portanto, antes da Queda Deus estabeleceu papis distintos para o homem e a
mulher.3
Neste trabalho vamos argumentar em favor da posio diferencialista,
usando como base textos chaves desta questo. Vamos tambm considerar os
argumentos levantados pelos igualitaristas, mas desde j, podemos dizer que as
suas principais argumentaes esto baseadas no prprio avano da participao
das mulheres nas sociedades modernas, ou seja, os argumentos so mais culturais
do que exegticos, conseqentemente demonstram certas dificuldades de
interpretao das Escrituras.
2. Gnesis 3.16-17
A sentena com relao mulher:
1. Dor do parto - Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez
Deus determinou que a mulher sofreria em relao aos seus filhos. A punio no
foi o parto em si, mas a dor multiplicada.
3
Id.
4
PIPER, John; GRUDEM, Wayne. p. 42
29
2. Relao com o marido - o teu desejo ser para o teu marido, e ele te
governar. Por ter usurpado a liderana do marido, na tentao, Deus a entrega
misria da competio com aquele que, por direito, seu lder. Isto justia, uma
resposta na proporo do seu pecado.5
Seja qual for o sentido desta sentena para a mulher, o certo que antes
mesmo da queda o homem j havia sido colocado na posio de lder sobre a
mulher.
A sentena com relao ao homem:
Deus diz que Ado pecou no somente por ter comido o fruto, mas
tambm por ter abandonado sua liderana. E a Ado disse: Visto que atendeste a
voz da mulher.... Deus se dirigiu assim ao homem evidenciando que Ado era o
lder naquela relao.
3. Romanos 16.7
Este versculo tem sido usado pelos defensores da ordenao de mulheres
devido a citao de Jnias como possivelmente uma apstola. Mas ser que isto
mesmo que o texto diz? Vejamos trs questes a respeito deste texto:
1. O nome Jnias Jnias um nome feminino ou masculino? As
pesquisas sobre este nome so inconclusivas. O que podemos afirmar que o
nome foi usado tanto para homem quanto para mulher e que h mais evidncias
para defendermos que era um nome masculino. Outros nomes masculinos tambm
tm a mesma terminao: Andr (Andreas); Elias e Zacarias.
2. A expresso so notveis entre os apstolos Esta expresso
gramaticalmente pode ser entendida de duas formas diferentes: Primeiro que
Andrnico e Jnias eram apstolos de destaque, apstolos de grande
reconhecimento; a segunda interpretao a que diz que Andrnico e Jnias eram
pessoas de grande apreo aos olhos dos apstolos, ou seja, os apstolos os tinham
como notveis. Sendo assim, mesmo que Jnias fosse realmente uma mulher, ela
poderia estar sendo identificada como outras mulheres foram chamadas de
ajudadoras de Paulo (Fp 4.2-3 Evdia e Sntique; Rm 16).
3. O termo apstolos Temos que lembrar que o termo foi usado para
identificar os doze chamados por Jesus, mas tambm para alguns homens
associados a estes doze como Barnab e Silas (At 14.14;). Porm o termo em si
5
Id. p. 47
30
no tcnico - significa enviado, mensageiro, representante, sentido usado em
Fp 2.25 em relao a Epafrodito e tambm em 2 Co 8.23 a outras pessoas. Logo,
possvel que Andrnico e Jnias estejam sendo citados como mensageiros e no
como apstolos propriamente ditos.
Como vimos, Romanos 16.7 no tem base suficiente para defender a
ordenao de mulheres ao ministrio.
4. Glatas 3.28
O versculo no diz que todos so iguais como dizem os feministas. O
versculo diz que todos so um em Cristo, portanto so duas coisas diferentes.
Basta respeitarmos o contexto para interpretarmos corretamente a passagem.
Paulo escreveu a Epstola aos Glatas tratando da doutrina da justificao pela f.
No captulo trs precisamente Paulo fala sobre a lei de Moiss que teve a funo de
aio e destaca no versculo 28 que todos so um em relao a justificao pela f.
Ento, o versculo no est tratando sobre os papis de homem e mulher, e sim
sobre a unidade na justificao em Cristo.
A Bblia clara em dizer que tanto mulheres quanto homens so
participantes da graa de Deus. Ambos so iguais espiritualmente, mas tm papis
diferentes.
5. Atos 2.16-18
Ser que este texto fundamenta adequadamente a posio daqueles que
defendem a ordenao de mulheres ao ministrio pastoral? Certamente no. O
texto realmente diz que as mulheres receberiam o Esprito Santo, da mesma forma
que os homens. O versculo diz que as mulheres (vossas filhas profetizaro)
profetizaro, mas no diz que sero pastoras.
Se no perodo do Novo Testamento, logo aps o evento do Pentecostes de
Atos 2, as mulheres estivessem exercendo os mesmos ministrios que os homens,
com base nesta passagem, por que Paulo ao instruir Timteo e Tito quanto a
ordenao de presbteros no mencionou as mulheres? Por que tambm usaria
expresses claramente se referindo a homens, tais como: marido de uma s
esposa, deve governar bem a sua casa e seus filhos? E tambm porque nenhuma
mulher foi citada em todo o Novo Testamento como pastora?
31
Profetisas no Novo Testamento O Novo Testamento nos d a
entender que mulheres exerciam o ministrio de profecia (At 21.9 e 1 Co 11.5) 6,
todavia no h ligao com o ministrio da pregao no aspecto pastoral. Profetizar
no era apenas uma funo dos pastores, sendo assim, quem profetizava no
necessariamente era um pastor.
Mesmo que as mulheres profetizassem na igreja primitiva, no podemos
deixar de mencionar que o ministrio exercido por elas no estava em p de
igualdade com os homens. Vamos notar esta diferena especialmente em 1 Co
11.3-15, quando as mulheres tinham que profetizar com a cabea coberta,
demonstrando submisso as lideranas masculinas.
Profetisas no Antigo Testamento Jz 4.4 diz Dbora, profetisa,
mulher de Lapidote julgava a Israel naquele tempo. Dbora era uma profetisa no
Antigo Testamento, uma juza, porm no agia da mesma forma que os demais
juzes. Nos versculos 6 e 7 vemos que ela recebeu a Palavra do Senhor convocando
Baraque para a ao militar. Podemos notar que Dbora no tinha a funo militar e
que ela priorizou um homem. No versculo 8 Baraque diz que s vai a batalha se
Dbora for tambm. E no versculo 9, Dbora mais uma vez anuncia a Palavra de
Deus falando sobre a glria que ser de uma mulher, mas no se identificando
como esta mulher, pois foi uma referncia a Jael (vv. 17-24). Durante toda a
conversa com Baraque, Dbora no imps sua liderana sobre ele.
Outro destaque que podemos dar que o versculo 5 diz que Dbora
atendia os filhos de Israel que iam at ela. Logo, suas instrues eram individuais e
no pblicas como faziam os profetas do Antigo Testamento. At a Palavra dada a
Baraque foi de forma individual (v. 6) Mandou ela chamar a Baraque....
Em 2 Rs 22.14-20 temos algo bem parecido. Mensageiros de Josias foram
at a profetisa Hulda. Mais uma situao de uma profetisa que no agia contra a
liderana masculina.
O Antigo Testamento tambm menciona Miri (Ex 15.20) e a esposa de
Isaas (Is 8.3) como profetisas, mas certo que Israel no teve nenhuma rainha,
nem no Reino do Sul, nem no Reino do Norte (Atalia tomou o trono).
Profecia e ensino importante diferenciarmos profecia de ensino.
Olhando para 1 Co 14.29-33 nos parece que profecia era baseada em
manifestaes voluntrias. J o ensino uma explicao, uma exposio das
6
Ana (Lc 2.36-39).
32
verdades bblicas manifestadas por Deus. Tanto que no Antigo Testamento temos
citaes de algumas profetisas, mas nenhuma como sacerdote, uma vez que os
sacerdotes eram responsveis pela instruo do povo (Lv 10.11; Ml 2.6-7).
7. 1 Corntios 11.2-16
Esta no uma passagem fcil de interpretar. Os estudiosos da
hermenutica costumam abordar as dificuldades de se recuperar totalmente as
questes culturais nas quais os destinatrios e os remetentes dos escritos bblicos
estavam inseridos. Roy Zuck aborda este assunto chamando de abismo cultural.
Porm, o que podemos notar na passagem de 1 Co 11.2-16 que era necessrio
que as mulheres ao orarem ou profetizarem estivessem com a cabea coberta, isto
, com vu uma espcie de xale.
Parece que de alguma forma, as mulheres em Corinto estavam deixando
de usar o vu, que era um sinal de subordinao na cultura da poca, isto , para
as igrejas do primeiro sculo do mundo grego (1 Co 11.16). As mulheres no
estavam sendo proibidas de participarem dos cultos, mas sim de no expressarem
a subordinao esperada e de expressarem uma independncia do marido. O
adorno apropriado mostra que uma mulher submissa liderana masculina at
mesmo enquanto profetiza7.
No judasmo do sculo I e no mundo grego-romano, cobrir a cabea em
pblico de fato era sinal de submisso da mulher ao marido. No usar a
7
Id. p. 93
33
cobertura indicava insubordinao ou rebeldia. H meno disso em 3
Macabeus 36 e nos escritos de Plutarco, estadista romano8.
8. 1 Corntios 14.33b-38
O termo usado por Paulo aqui nesta passagem bem geral: falar Este
verbo no tem nada de especial para que pudssemos rapidamente entender o que
Paulo quis dizer. Considerando outras passagens bblicas como 1 Co 11.5 e Ef 5.18-
19 (falando entre vs), podemos deduzir que as mulheres no estavam sendo
impedidas de falar totalmente.
Ento que restrio Paulo faz em 1 Co 14.33b-38? Algumas interpretaes
tm surgido deste texto. Uma delas que o apstolo est proibindo que as
8
ZUCK, Roy B. A interpretao bblica. 108-109
9
LOPES, Augustus Nicodemus, p. 31
34
mulheres falem em lnguas nos cultos pblicos; outra que as mulheres no devem
falar em voz alta; mas o que parece mesmo que a proibio est mais uma vez
relacionada a questo de gnero.
No contexto imediato Paulo fala do julgamento dos profetas no culto (v.
29), o que envolveria certamente questionamentos, e mesmo a correo dos
profetas por parte da igreja reunida.10 Neste caso, no caberia a mulher impor sua
opinio sobre a de um homem em um culto pblico. No caberia a mulher
questionar como parecendo algum pertencente a liderana pastoral da igreja local.
Mais uma vez, algo s para os corntios? Parece que no. O verso 33b
diz Como em todas as igrejas dos santos. Alm do mais h uma referncia a lei
no versculo 34, que aparentemente uma maneira de citar as Escrituras,
possivelmente lembrando do princpio da criao em Gnesis.
9. 1 Timteo 2.11-15
Nesta passagem o apstolo Paulo determina que as mulheres crentes de
feso aprendam a doutrina crist em silncio, submetendo-se autoridade
eclesistica dos que ensinam no contexto, homens (v. 11).11 Homens em geral, e
no no sentido restrito marido. Mais uma vez a argumentao est em torno de
Gnesis, quando citada a ordem na criao (v. 13) e o engano por parte da
mulher (v. 14). A ordem da criao para enfatizar a posio de liderana do homem
sobre a mulher e o engano por parte de Eva para mostrar o que aconteceu quanto
Eva assumiu a posio de Ado. Mesmo os dois tendo pecado, em Rm 5.12-21
Paulo menciona Ado como culpado, lembrando que Deus chamou a ele em Gn 3.9
para prestar contas Onde ests? Ado tinha a responsabilidade primria de
liderar sua esposa em uma direo que glorificaria a Deus.12
Por que est citao? No contexto geral da Epstola a Timteo, Paulo trata
os ataques que a igreja em feso estava sofrendo por parte dos falsos mestres. Um
destes ataques era contra o casamento ceticismo como um meio de adquirir
espiritualidade (4.13) e vrias mulheres estavam sendo enganadas pelos falsos
mestres (1 Tm 5.12,15 e 2 Tm 3.6,7). Parece que contra estes ensinos Paulo faz
uma correo dizendo Quero, portanto, que as vivas mais novas se casem, criem
filhos, sejam boas donas de casa e no dem ao adversrio ocasio favorvel de
10
Id. p. 43
11
Id. p. 45
12
PIPER, John; GRUDEM, Wayne. p. 46
35
maledicncia. (1 Tm 5.14). Paulo tambm valoriza a funo de me para as
mulheres em 1 Tm 2.15. Agora, o que quer dizer a expresso ser salva, ser
preservada13? uma expresso difcil de interpretar, mas no nega a nfase no
principal papel da mulher. Vejamos a explicao de John MacArthur:
Paulo, de fato, ensina que, embora a mulher tenha provocado a Queda, as
mulheres so preservadas deste estigma por meio da maternidade. Uma
mulher levou a humanidade ao pecado, mas outras beneficiam a raa humana
renovando-a. Alm disso, elas tm a oportunidade de levar a humanidade
piedade por meio de sua influncia sobre as crianas. Longe de ser cidads de
segunda classe, as mulheres tm a responsabilidade primria de criar filhos
piedosos14.
13
Palavra derivada do verso - salvo, liberto, preservo, livro, curo.
14
MacARTHUR JR., John. Homens e mulheres: a intimidade espiritual no casamento. p. 157
15
Forma imperativa de da mesma raiz de: discpulo, aprendiz.
16
Id. p. 147
17
O termo usado por Paulo em Tt 2.4 no a mesma palavra para ensino em outras passagens das
pastorais. que significa avisar, incentivar ou instar.
36
10. Romanos 16.1-2
Aqui temos a meno do nome de Febe. Esta mulher citada como
diaconisa? O interessante que o termo diakonos usado nesta passagem um
termo genrico, o mesmo termo usado em Fp 1.1 e 1 Tm 3.8. Portanto, Paulo se
refere a Febe como dicono e no como diaconisa. Literalmente o texto diz:
Recomendo a vs Febe a nossa irm, sendo dicono da igreja em Cencria.
Algumas pessoas acham que Paulo tambm identifica Febe como lder no
versculo 2, dizendo que o vocbulo traduzido como protetora pode ser traduzido
tambm como lder. Mas isto no verdade. O termo pode sim ser traduzido
como ajudadora, protetora. Alm do mais ser que Paulo realmente estaria
dizendo que Febe tinha uma posio de autoridade sobre ele mesmo? No o que
texto quer dizer.
O termo diakonos tambm tem seu uso no-tcnico, ou seja, esta
palavra pode se referir ao oficial auxiliar, especialmente de servios prticos em prol
das necessidades congregacionais, mas tambm a qualquer pessoa que sirva na
obra de Deus (o prprio Paulo e Apolo 1 Co 3.5; Tquico - Ef 6.21). Logo, o
apstolo Paulo pode estar se referindo a Febe como uma serva de Deus e no como
uma mulher dicono (diaconisa). Assim, temos aqui a indicao de uma mulher
que servia a uma comunidade crist como cooperadora do evangelho, uma
auxiliadora de muitos, inclusive do prprio apstolo, sob a liderana especfica da
igreja.18
11. (1 Timteo 3.11 )
No se pode negar que este versculo est no meio das descries
exigidas dos diconos (8-10 e 12-13). A pergunta : trata-se de diaconisas ou
das mulheres dos diconos? E mesmo que seja uma abordagem sobre as
diaconisas parece ser fundamental que elas sejam as esposas dos diconos.
Enfim, o que de mais relevncia entender que o ofcio de dicono no tem a
funo de liderar ou governar a igreja local, tanto que ser apto para ensinar e
governar a igreja no fazem parte da responsabilidade dos diconos (1 Tm 3.2,5;
Tt 1.9; At 20.28). Este ofcio est relacionado ao auxlio pastoral, sendo assim o
texto bblico no d base para a ordenao de mulheres para o ministrio pastoral.
Consideraes finais:
18
AMARAL, Wagner Lima. Ministrio pastoral feminino. p. 11
37
Para concluir vale a pena mencionar uma argumentao dos
igualitaristas que dizem que muitas mulheres tm sido usadas por Deus para
abenoar e edificar outros por meio de seus ensinos e pregaes. Este um
argumento muito subjetivo, mas podemos dizer que nenhum resultado justifica a
prtica utilizada.
A Bblia apresenta limitaes de ministrio para as mulheres, mas h
muitas outras reas nas quais elas podem e devem atuar, visando a glria de
Deus19:
Semelhante a Priscila, as mulheres podem acompanhar seus maridos,
visando edificar vidas (At 18.26).
Semelhante a Priscila, as mulheres devem estudar a Palavra de Deus (At
18.26; 1 Tm 2.11).
Semelhante a Febe, as mulheres podem trabalhar em benefcio da obra de
Deus e de seus obreiros (Rm 16.1-2).
Semelhante a Dorcas, as mulheres podem exercer ministrios notveis de
trabalhos sociais (At 9.36-43, esp. 36).
As mulheres podem apoiar e acompanhar seus esposos diconos (1 Tm
3.11).
As mulheres podem ensinar outras mulheres e praticarem seus dons nesta
rea (Tt 2.3-5).
As mulheres podem evangelizar qualquer pessoa (Sl 68.11; Jo 4.39; no
estar exercendo autoridade pblica sobre os homens 1 Tm 2.11-15).
As mulheres podem exercer ministrios de orao (At1.13-14)
As mulheres podem exercer ministrios em relao as crianas (Lide e
Eunice em relao a Timteo 1 Tm 1.5; 3.15).
As mulheres tm como uma das mais significativas funes os ministrios
de me (Pv 1.8; 31.26) e esposa (Pv 31.10-31; 1 Tm 5.14).
As mulheres podem exercer funes administrativas e de direo de cultos
(dependendo da forma da estrutura da igreja e de como estas funes so
realizadas).
Esta no uma lista exaustiva, mas apenas uma tentativa de mostrar como
so vastas as opes para a atuao das mulheres nas igrejas locais.
19
As mulheres na igreja primitiva: At 1.14; 12.12,13; 1 Co 11.5, 14.34; 1 Tm 2.11; Mc 15.46,47; 16.1-6; Lc 23.27,28,49, 55,
56; 24.1-10.
38
CONCLUSO
A diaconia (ato de servir) o estilo de vida do cristo. Sendo servidos pelo Senhor,
servimos s pessoas realizando aquelas obras que Deus preparou para ns e que
so a nossa responsabilidade pessoal.
Lembre-se sempre de que ser dicono ser servo, servidor e ministro de Deus.
Marcos 10.4 5 Pois o Filho do homem tambm no veio para ser
servido, mas para servir.
39
Referncias bibliogrficas
40
PIPER, John; GRUDEM, Wayne, compiladores. Homem e mulher: seu papel
bblico no lar, na igreja e na sociedade. So Jos dos Campos: Fiel, 1996. Ttulo
original: Recovering biblical manhood and womanhood.
STOTT, John. A mensagem de I Timteo e Tito: a vida da igreja local: a
doutrina e o dever. Traduo de Milton Azevedo Andrade. So Paulo: ABU, 2004.
Ttulo original: The message of 1 Timothy and Titus.
ZUCK, Roy B. A interpretao bblica: meios de descobrir a verdade da Bblia.
Traduo de Csar de F. A. Bueno Vieira. So Paulo: Vida Nova, 1997. Ttulo
original: Basic Bible interpretation.
41