12 Portas de Jerusalem

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AUTOR
Sobre o Autor: Welliton Alves dos Santos

Welliton Alves dos Santos, um cristão dedicado de 29 anos, tem uma trajetória
marcante de fé e comprometimento com sua jornada espiritual. Nascido e criado em
uma família assembleiana, sua jornada na fé começou cedo, sendo profundamente
influenciado pelos valores e princípios cristãos. Hoje, Welliton é membro ativo da
Igreja Batista da Lagoinha, onde continua a crescer em sua caminhada espiritual e a
compartilhar seu conhecimento e paixão pela Palavra de Deus com outros membros da
igreja e além. Ele tem sido uma presença inspiradora na comunidade da Lagoinha,
onde sua fé e dedicação ao Senhor servem como um farol para aqueles que o conhecem.

Casado com a irmã Franciclea Aguiar, Welliton também desempenha um papel


essencial como pai, educando e inspirando seu filho Edison. Uma característica notável
de Welliton é seu dom para a escrita, que ele utiliza como uma ferramenta para ajudar
centenas de cristãos em sua jornada de crescimento espiritual. Seu compromisso em
compartilhar a Palavra de Deus e inspirar outros a se desenvolverem na fé o levou a
contribuir para este e-book, "O segredo das 12 portas de jerusalém." Seu desejo sincero
é que esse conteúdo possa ser uma bênção na vida de todos os leitores, ajudando-os a
aprofundar seu entendimento da Palavra de Deus e a crescer em sua jornada espiritual.

Welliton Alves dos Santos é um exemplo inspirador de um cristão que utiliza seus
talentos e paixões para servir ao Senhor e à comunidade cristã, deixando um impacto
positivo e duradouro por onde passa. Sua dedicação à fé e ao estudo da Palavra de Deus
é uma fonte de encorajamento para todos aqueles que têm o privilégio de conhecê-lo.

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Introdução ................................................................. 5
Contexto Histórico e Bíblico de Jerusalém ............ 6
Textos Bíblicos Referentes às Portas ...................... 10
A Importância das Portas na Época .................... 14
A Função Específica de Cada Porta: .................. 16
Representações Espirituais das Portas:................. 19
Conclusão ................................................................ 22

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Jerusalém, frequentemente referida como a "Cidade de Deus", tem sido um farol de fé,
história e conflito durante milênios. Sua topografia única, emaranhada em colinas e
vales, é eclipsada apenas pela rica tapeçaria de histórias que a cidade detém. Entre os
muitos mistérios e maravilhas desta cidade antiga, estão as suas portas. Não são meras
entradas ou saídas, mas sim cápsulas do tempo, contendo fragmentos da história,
cultura e crenças de gerações.

Este e-book mergulhará nas profundezas das 12 portas de Jerusalém. Cada porta tem
sua própria narrativa, interligada com textos bíblicos que as mencionam e enriquecidas
pela importância que tiveram ao longo do tempo. Por que, por exemplo, uma porta era
chamada de "Porta das Ovelhas"? Qual era a função específica da "Porta dos Peixes"?
E, além de seu papel prático, que significado espiritual essas portas carregavam para o
povo de Israel e para os crentes de hoje?

Ao embarcar nesta jornada, não apenas aprenderemos sobre pedras antigas e portais
guardados, mas também desvendaremos camadas de significado espiritual que podem
servir de reflexão para nossa própria jornada de fé. Convido você a se juntar a mim
nesta exploração,abrindo cada "porta" com curiosidade e reverência, e descobrindo os
tesouros escondidos que Jerusalém tem a oferecer.

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Jerusalém é mais do que uma cidade; é um compêndio vivo da fé, da história e do
espírito humano. Fundada milhares de anos atrás, suas raízes mergulham
profundamente na história da humanidade.

Historicamente, a cidade desempenhou um papel central para várias civilizações e


reinos. Desde os jebuseus, seus primeiros habitantes conhecidos, até a conquista de
David, Jerusalém tem sido palco de inúmeras histórias de triunfo, tragédia, fé e
esperança.

A Bíblia faz referência a Jerusalém centenas de vezes, o que por si só testemunha sua
importância no contexto judaico-cristão. Para os israelitas, Jerusalém não era apenas
sua capital política, mas também o centro espiritual do Judaísmo. O Templo de
Salomão, erguido no Monte Moriá, tornou-se o coração religioso de Israel, onde
sacrifícios eram feitos e festas religiosas eram celebradas.

Mas Jerusalém não foi apenas um lugar de paz e adoração. Suas muralhas viram
assédios, batalhas e destruições. Babilônios, assírios, romanos - todos tiveram, em
algum momento, domínio sobre a cidade, deixando atrás de si camadas de história e
tradição.

O papel da cidade no Novo Testamento também é vital. Jerusalém foi o cenário de


muitos dos ensinamentos de Jesus, e foi dentro de suas muralhas que ocorreram
eventos cruciais, como a Última Ceia, a crucificação e a ressurreição. O significado de
Jerusalém, portanto, transcende sua importância geográfica ou política. Para bilhões ao
redor do mundo, representa um lugar sagrado, onde o céu e a terra parecem se
encontrar e onde as promessas divinas se manifestaram ao longo dos tempos.

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Ao nos aprofundarmos nas 12 portas desta cidade milenar, estaremos, de muitas
maneiras, navegando pelos corredores da história bíblica e humana, desvendando não
apenas os mistérios das pedras antigas, mas também os desígnios divinos tecidos ao
longo dos séculos.

As 12 Portas de Jerusalém: Uma Visão GeralJerusalém, com sua rica tapeçaria de


história e fé, é cercada por muralhas robustas que testemunharam o passar dos séculos.
Estas muralhas, por sua vez, são marcadas por 12 portas distintas, cada uma com sua
própria história, propósito e significado.

01-Porta das Ovelhas:


Localizada ao norte da cidade, esta porta possivelmente recebeu seu nome por ser o
ponto onde o gado era trazido para a cidade, especialmente as ovelhas destinadas aos
sacrifícios no Templo.

02-Porta dos Peixes:


Também ao norte, é dito que esta porta era usada pelos pescadores e mercadores que
traziam peixes do Mar da Galiléia e do Rio Jordão para vender na cidade.

03-Porta Velha (ou Porta Antiga):


Ainda pouco se sabe sobre a origem deste nome, mas sugere-se que seja uma das
entradas mais antigas da cidade.

04-Porta de Efraim:
Ao noroeste, esta porta pode ter sido nomeada em homenagem à tribo de Efraim e
pode ter sido uma entrada principal para a cidade na época bíblica.

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05-Porta do Homem (ou Porta de Jafá):
Uma das mais conhecidas, conduzia à cidade de Jafá e era uma das principais rotas
comerciais.

06-Porta do Vale:
Localizada no oeste, pode ter recebido este nome por causa do Vale de Hinom, que
ficava nas proximidades.

07-Porta do Monturo (ou Porta do Estrume):


Situada ao sul, acredita-se que esta porta levava ao local onde os resíduos e o estrume
da cidade eram descartados.

08-Porta da Fonte:
Esta porta leva ao tanque de Siloé, uma fonte vital de água para a cidade.

09-Porta das Águas:


Localizada perto do tanque de Betesda, esta porta pode estar associada às águas
curativas desse tanque.

10-Porta dos Cavalos:


Situada ao leste, pode ter sido um ponto de entrada para cavalos e carros de guerra.

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11-Porta Oriental (ou Porta Dourada ou Porta da
Misericórdia):
Uma das mais místicas, esta porta está fechada há séculos, mas tem grande significado
espiritual para judeus, cristãos e muçulmanos.

12-Porta de Mifcad (ou Porta da Inspeção):


Menos mencionada, pode ter sido um local de inspeção ou um posto avançado de
defesa.

Cada uma dessas portas não era apenas uma passagem física, mas também
representava aspectos culturais, comerciais, sociais e espirituais da vida em Jerusalém.
À medida que exploramos mais a fundo cada uma delas, revelaremos as histórias e os
significados ocultos que estão entrelaçados em seus batentes e soleiras.

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A Bíblia menciona as portas de Jerusalém em várias ocasiões, principalmente em
livros históricos e proféticos. Estas referências dão um vislumbre da importância e
função de cada porta na vida diária e espiritual de Israel.

01-Porta das Ovelhas:


1. Neemias 3:1 - Os sacerdotes se dedicaram à reconstrução da Porta das Ovelhas.
Eles a consagraram e instalaram as suas portas.
2. Contexto: A reconstrução das muralhas de Jerusalém sob a liderança de
Neemias. A consagração indica a importância espiritual desta porta.

02-Porta dos Peixes:


1. Neemias 3:3 - Os filhos de Hassenaá construíram a Porta dos Peixes. Eles a
emadeiraram e instalaram as suas portas, fechaduras e trancas.
2. Contexto: Mais uma etapa na reconstrução das muralhas. A menção específica
de portas, fechaduras e trancas sugere a importância comercial desta porta.

03-Porta Velha (ou Porta Antiga):


1. Neemias 3:6 - Joiada e Mesulão, filhos de Paséia, junto com Mesulão, filho de
Besodias, repararam a Porta Antiga. Eles a emadeiraram e instalaram as suas
portas, fechaduras e trancas.
2. Contexto: Mais uma das portas reconstruídas por Neemias, evidenciando sua
antiguidade e importância.

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04-Porta de Efraim:
1. 2 Reis 14:13 - Joás, rei de Israel, destruiu 600 metros da muralha de Jerusalém,
desde a Porta de Efraim até a Porta da Esquina.
2. Contexto: Este trecho relata um episódio de confronto entre os reinos de Judá e
Israel. A Porta de Efraim foi um ponto crucial na defesa da cidade.
[Nota: A Porta de Efraim não é diretamente mencionada em Neemias, mas muitos
estudiosos a identificam com uma das portas mencionadas.] ... [o padrão continua para
cada porta]

05-Porta Oriental (ou Porta Dourada ou Porta da


Misericórdia):
1. Ezequiel 44:1-3 - A Porta Oriental está fechada e não será reaberta até que o
Príncipe entre por ela.
2. Contexto: Este é um texto profético, e muitos acreditam que se refere à vinda
do Messias. A Porta Oriental tem grande significado para várias tradições
religiosas e continua fechada até hoje.

06-Porta de Mifcad (ou Porta da Inspeção):


1. Neemias 3:31 - Depois dele, Malquias, ourives, fez os reparos até a casa dos
oficiais do templo e dos comerciantes, em frente à Porta da Inspeção, até o
quarto andar da esquina.
2. Contexto: Esta porta também é parte da reconstrução descrita em Neemias. A
menção de ourives e comerciantes sugere sua importância econômica.

07-Porta do Vale:
1. Neemias 3:13 - A Porta do Vale foi reparada por Hanum e pelos habitantes de
Zanoa; eles a reconstruíram e colocaram suas portas, fechaduras e trancas.
2. Contexto: Situada no oeste e perto do Vale de Hinom, esta porta pode ter sido
de importância estratégica e defensiva.

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08-Porta da Fonte:
1. Neemias 3:15 - A Porta da Fonte foi reparada por Salum, filho de Col-Hozé.
Ele a reconstruiu, colocou suas portas, fechaduras e trancas, e também reparou o
muro do tanque de Siloé, junto ao jardim do rei, até as escadas que descem da
Cidade de Davi.
2. Contexto: Esta porta era crucial para o acesso à fonte de água, um recurso vital
para a cidade.

09-Porta das Águas:


1. Neemias 8:1 - Todo o povo se reuniu como um só na praça, em frente à Porta
das Águas, e pediram a Esdras, o escriba, que trouxesse o Livro da Lei de
Moisés.
2. Contexto: Uma porta importante para rituais e leituras públicas, como indicado
pela reunião do povo aqui.

10-Porta dos Cavalos:


Esta porta é menos mencionada diretamente nas escrituras, mas sua localização sugere
que poderia ser usada para a entrada de cavalos e carros de guerra.

11-Porta Oriental (ou Porta Dourada ou Porta da


Misericórdia):
Ezequiel 44:1-3 - A Porta Oriental está fechada e não será reaberta até que o Príncipe
entre por ela.
Contexto: Como mencionado anteriormente, esta é uma passagem profética e tem
significados importantes para a escatologia judaica, cristã e islâmica.

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12-Porta de Ester:
Esta é uma das portas menos mencionadas na Bíblia e, portanto, tem menos
informações contextuais diretas. No entanto, de acordo com tradições e alguns textos,
a Porta de Ester pode estar associada à região onde a rainha Ester possivelmente
morava ou tinha alguma significância, refletindo a importância dela na história
judaica.

Estas referências bíblicas pintam um quadro da funcionalidade e simbolismo das


portas em diferentes épocas da história de Jerusalém. Através destas passagens,
podemos começar a entender a interseção da vida diária, defesa, comércio, ritual e
profecia nas muralhas da cidade.

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Em tempos antigos, as muralhas e portas de uma cidade eram símbolos vitais de
proteção, status e poder. Jerusalém, sendo uma cidade de significado religioso, político
e comercialinigualável, possuía portas que desempenhavam papéis cruciais em
diversos aspectos da vida diária e espiritual.

Proteção e Defesa:
Cada porta era uma entrada potencial para amigos e inimigos. As portas eram
estrategicamente posicionadas e fortificadas para oferecer defesa contra invasões. Elas
eram fechadas à noite e durante tempos de cerco para proteger os habitantes de
ameaças externas.

Comércio e Economia:
Portas como a dos Peixes e a da Fonte estavam associadas a atividades comerciais.
Mercadores, viajantes e artesãos frequentemente passavam por elas, fazendo dessas
entradas pontos cruciais para a economia local.

Culto e Ritual:
A Porta das Ovelhas, por exemplo, era provavelmente o ponto onde o gado era trazido
para sacrifícios rituais. A Porta das Águas estava associada a rituais e leituras públicas,
servindo como ponto de reunião para atividades religiosas.

Ordem Social e Administração:


Algumas portas eram pontos de encontro para líderes, juízes e anciãos da cidade. Eles
discutiam assuntos públicos, tomavam decisões judiciais e administravam a justiça.

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Simbolismo e Identidade:
Cada porta tinha seu próprio significado simbólico. Por exemplo, a Porta Oriental,
apesar de estar fechada, carrega uma forte conotação messiânica em várias tradições
religiosas.

Comunicação e Interação:
As portas serviam como pontos de interação entre os habitantes da cidade e aqueles de
fora. Elas eram locais de notícias, troca de informações e estabelecimento de alianças.

Espiritualidade e Profecia:
Algumas portas, devido à sua menção nas Escrituras, detinham significados proféticos,
tornando-se foco de esperança, expectativa e especulação religiosa. Em resumo, as
portas de Jerusalém não eram meras passagens físicas. Elas eram pulsos da cidade,
cada uma ressoando com sua própria vida e significado, refletindo a multifacetada
tapeçaria de Jerusalém. Elas testemunharam alianças feitas, batalhas travadas,
profecias proclamadas e a incessante marcha da história que transformou Jerusalém na
cidade inigualável que conhecemos hoje.

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Porta das Ovelhas:
Esta porta era possivelmente usada para o trânsito de ovelhas e cordeiros que seriam
utilizados nos rituais de sacrifício no Templo. Dada sua proximidade com o Templo,
essa porta tinha uma função sagrada e de culto.

Porta dos Peixes:


Situada perto do mercado de peixes, servia como entrada principal para os pescadores
e mercadores que traziam peixes do Mar Morto ou do Mar Mediterrâneo. Era,
portanto, essencial para o comércio e a economia da cidade.

Porta Velha (ou Porta Antiga):


Sendo uma das portas mais antigas, pode ter sido uma entrada principal em tempos
anteriores. Servia como um lembrete das raízes e história da cidade.

Porta de Efraim:
Esta porta, possivelmente localizada ao norte, poderia ter servido como uma rota
principal para as tribos do norte de Israel, especialmente a tribo de Efraim.

Porta do Vale:
Por estar próxima ao Vale de Hinom, essa porta tinha uma função estratégica e
defensiva. Também poderia ter sido usada para disposição de resíduos e dejetos da
cidade.

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Porta da Fonte:
Esta porta dava acesso direto à Fonte de Siloé, uma fonte crucial de água fresca para
Jerusalém. Era, portanto, vital para o abastecimento e purificação.

Porta das Águas:


Associada à Torre dos Cem, esta porta possivelmente tinha funções rituais, onde a
água era retirada para cerimônias de purificação.

Porta dos Cavalos:


Estrategicamente localizada, essa porta provavelmente era usada para a entrada e saída
de cavalos e carros de guerra, essenciais para a defesa da cidade.

Porta Oriental (ou Porta Dourada ou Porta da


Misericórdia):
Com profundo significado espiritual, esta porta estava voltada para o Leste e tinha
vista para o Monte das Oliveiras. Muitos acreditam que será por esta porta que o
Messias entrará.

Porta de Mifcad (ou Porta da Inspeção):


Situada perto da região do templo, esta porta poderia ter sido usada para fins
administrativos, incluindo a inspeção de mercadorias e tributos.

Porta de Ester:
Embora não mencionada diretamente na Bíblia, a tradição sugere que esta porta pode
ter sido de importância residencial ou palaciana, possivelmente relacionada à rainha
Ester.

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Porta da Prisão (ou Porta da Guarda):
Esta porta poderia estar associada à torre de vigia e à detenção de prisioneiros. Sua
função era essencialmente de defesa e segurança. Cada porta de Jerusalém tinha seu
propósito distinto, refletindo as diversas necessidades e funções da cidade em sua
época de esplendor. Juntas, essas portas contam uma história rica sobre a vida, cultura,
e fé do povo de Jerusalém.

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Porta das Ovelhas:
Espiritualmente, esta porta é frequentemente associada ao sacrifício. Assim como
ovelhas eram levadas por essa porta para serem sacrificadas, Jesus, descrito como o
"Cordeiro de Deus", foi sacrificado para a redenção da humanidade.

Porta dos Peixes:


Pode simbolizar a provisão e a abundância de Deus. Assim como os peixes
sustentavam a cidade fisicamente, a graça de Deus sustenta os crentes espiritualmente.

Porta Velha (ou Porta Antiga):


Representa a tradição e os antigos caminhos de adoração. Pode lembrar os crentes da
importância das fundações espirituais e dos ensinamentos antigos.

Porta de Efraim:
Simboliza a restauração e a renovação. Assim como Efraim era uma das tribos
perdidas de Israel, essa porta pode lembrar a promessa de Deus de reunir e restaurar
seu povo.

Porta do Vale:
Pode representar humildade e tribulação. Assim como o Vale de Hinom era um lugar
de desolação, os desafios da vida podem levar à humilhação, mas também à renovação
espiritual.

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Porta da Fonte:
Simboliza a purificação e o Espírito Santo. A água viva é frequentemente usada na
Bíblia como uma metáfora para a presença vivificante e purificadora de Deus.

Porta das Águas:


Pode representar a palavra de Deus, que purifica e revigora a alma. Assim como a
água limpa e refresca, a palavra de Deus traz clareza e renovação à vida espiritual.

Porta dos Cavalos:


Representa a batalha espiritual. Assim como os cavalos eram símbolos de guerra, essa
porta pode lembrar aos crentes da luta constante entre o bem e o mal.

Porta Oriental (ou Porta Dourada ou Porta da


Misericórdia):
Simboliza a esperança messiânica e a vinda gloriosa. É esperado que o redentor entre
por esta porta, trazendo salvação e justiça.

Porta de Mifcad (ou Porta da Inspeção):


Pode representar o julgamento divino. Assim como os itens eram inspecionados nesta
porta, a vida dos crentes será avaliada por Deus.

Porta de Ester:
Simboliza a intercessão e a bravura. Assim como Ester intercedeu pelo seu povo, os
crentes são chamados a interceder uns pelos outros em oração.

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Porta da Prisão (ou Porta da Guarda):
Representa a libertação e a salvação. Assim como as prisões mantêm as pessoas
cativas, o pecado aprisiona espiritualmente, mas há promessa de liberdade em Deus.

Essas representações espirituais servem para aprofundar a compreensão das escrituras


e inspirar reflexão e conexão pessoal com os ensinamentos divinos. As portas de
Jerusalém, em sua rica tapeçaria de significados, proporcionam uma jornada de
descoberta espiritual para todos que buscam entendimento e propósito.

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As portas de Jerusalém, ao longo dos séculos, testemunharam incontáveis momentos
históricos, desde a glória de reinos passados até os desafios de invasões e cercos. Elas
foram mais do que simples entradas; cada uma tinha um propósito, uma função, e,
mais profundo que isso, um significado espiritual que se entrelaça com a tapeçaria da
fé de inúmeras gerações.

Através deste estudo, somos levados a perceber que a arquitetura e a estrutura de uma
cidade antiga, como Jerusalém, têm lições profundas para nos ensinar, não apenas
sobre o passado, mas também sobre nossa própria jornada espiritual. Assim como cada
porta tinha uma função específica, cada um de nós tem um propósito e um chamado
único na grandiosa narrativa divina.

O simbolismo espiritual de cada porta nos convida a refletir sobre nossa relação com o
Divino, nos desafiando a buscar purificação, enfrentar nossas batalhas, valorizar
tradições, abraçar a esperança e ansiar pela salvação e liberdade que é prometida.

Em um mundo em constante mudança, a cidade eterna de Jerusalém e suas portas


permanecem como faróis de fé, lembrando-nos das promessas imutáveis de Deus e da
interconexão entre o físico e o espiritual. Que esta exploração das portas de Jerusalém
sirva não apenas como um aprendizado histórico, mas também como um convite para
abrir as portas de nossos corações, permitindo que a sabedoria, o amor e a graça
divinos entrem e renovem nossas almas.

Ao fechar este e-book, que não seja o fim de sua jornada, mas sim o início de uma
profunda reflexão e transformação pessoal. Que as lições das portas de Jerusalém
inspirem e guiem cada leitor em sua própria jornada espiritual, conduzindo a uma
conexão mais profunda e autêntica com o sagrado.

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