A Luz e A Interpretação Visual Da Obra de Arte
A Luz e A Interpretação Visual Da Obra de Arte
A Luz e A Interpretação Visual Da Obra de Arte
FACULDADE DE BELAS-ARTES
DOUTORAMENTO EM BELAS-ARTES
(Especialidade de Cincias da Arte)
2012
UNIVERSIDADE DE LISBOA
FACULDADE DE BELAS-ARTES
DOUTORAMENTO EM BELAS-ARTES
(Especialidade de Cincias da Arte)
Tese orientada pelo Professor Doutor Fernando Antnio Baptista Pereira
2012
ii
RESUMO
iii
iv
ABSTRACT
This thesis analyzes and points out the importance of lighting in the visual
interpretation of the work of art in the context of museology. In fact, light withholds an
aesthetic and semantic potential that, when properly studied and applied in the
exhibitions lighting system, it reveals the art work authenticity and allows the viewer a
good visual interpretation of the piece.
An in-depth study of this topic involves an interdisciplinary approach, which
brings together the scientific aspects of museography and its practical application, so
needed for understanding the complex interrelation between the light, vision and the
object. To this effect, an analysis was conducted of the latest research findings on the
neurophysiology of the vision and related cerebral processes, as well as on the new
theories and cognitive-emotional models, lighting innovations and, a new specialization
area in the field of museology, that of the lighting design.
Although traditionally neglected by the large majority of the Portuguese
museums, knowledge in the above mentioned subjects is essential to the museum's staff
in the performance of their duties, from the curator to the conservator, in particular
when conducting the historical research of the art work, doing the inventory, or in the
follow-up of the different stages of planning, installation, and maintenance of
museographic lighting.
This thesis is widely supported by evidence: graphical, statistical and
photographic. In addition, it focuses on the analysis of three case studies and the
generation of two instruments of work: the list for optical classification of main
materials and artistic techniques and the technical lighting report.
In current times, characterized by a visual culture and the globalization of
knowledge, museums have followed policies that support new educational strategies
that further engage the public. Museum lighting plays a fundamental role as an efficient
instrument of aesthetic and artistic supremacy of the work of art, and a powerful tool to
attract the visual attention and open the way for the interpretation and dialogue between
the public and museum.
vi
AGRADECIMENTOS
vii
viii
ix
NDICE
INTRODUO................................................................................................................................1
CAPTULO1OOBJECTODEARTE,ALUZEAVISO...................................................................9
1.1.Oobjectoartsticoeaevoluohistricosocialdosmuseusdearte...............................9
1.2.Aluz,acoreasombrafaceaoobjectodearte...............................................................35
1.3.Oprocessopsicofisiolgicodaviso...............................................................................57
CAPTULO2AILUMINAODEOBJECTOSDEARTE................................................................85
2.1.Ainterrelaodaluzedasombranosatributosdaobradearte..................................85
2.2.Ailuminaoeoscentrosdecomposiodoobjecto...................................................109
CAPTULO3AILUMINAODOOBJECTOEAINTERPRETAOVISUAL...............................137
3.1.Aatenovisualdovisitante..........................................................................................137
3.2.Ocontributododesigndeiluminaoparaainterpretaovisual...............................158
CAPTULO4AILUMINAOMUSEOGRFICA........................................................................187
4.1.Princpios,tipologiasemtodosdeiluminaomuseogrfica......................................187
4.2.Ailuminaomuseogrficaeaconservaopreventiva...............................................213
CAPTULO5AFICHATCNICADEILUMINAOMUSEOGRFICA.........................................235
CAPTULO6PRTICASDEILUMINAOMUSEOGRFICAEMMUSEUSPORTUGUESES:
ANLISEDETRSESTUDOSDECASO........................................................................................255
6.1.Avaliaodeumquestionriosobreiluminao,efectuadoa57museusportugueses
...............................................................................................................................................255
6.2.Anlisedaaplicaodafichatcnicadeiluminaoem20obrasdearte....................262
6.3.Consideraessobreareacodopblicoiluminaoutilizadanaexposio
temporria:OsGregos.TesourosdoMuseuBenaki,patentenoMuseuCalousteGulbenkian.
...............................................................................................................................................270
xi
CONCLUSO..............................................................................................................................279
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................285
ANEXOS.....................................................................................................................................297
AnexoIQuadrodeclassificaopticadosprincipaismateriaisetcnicasartsticas.......298
AnexoIIDocumento1Questionriorelativoiluminaomuseogrfica........................305
AnexoIIDocumento2Relaodos57museusdearte,aosquaisfoienviadoo
questionrio..........................................................................................................................307
AnexoIIIDocumento1FichaTcnicadeIluminao/MNAA/CustdiadeBelm..........309
AnexoIIIDocumento2FichaTcnicadeIluminao/MNAA/Bacia...............................312
AnexoIIIDocumento3FichaTcnicadeIluminao/MNAA/Gomil..............................315
AnexoIIIDocumento4FichaTcnicadeIluminao/MNAA/Cofre...............................318
AnexoIIIDocumento5FichaTcnicadeIluminao/MNAA/Copo................................321
AnexoIIIDocumento6FichaTcnicadeIluminao/MNAA/Pendente........................324
AnexoIIIDocumento7FichaTcnicadeIluminao/MNAA/Tapearia........................327
AnexoIIIDocumento8FichaTcnicadeIluminao/MNAA/Estore..............................330
AnexoIIIDocumento9FichaTcnicadeIluminao/TMSB/NSenhoradoLeite.........333
AnexoIIIDocumento10FichaTcnicadeIluminao/TMSB/Mitraependentes..........336
AnexoIIIDocumento11FichaTcnicadeIluminao/TMSB/Luvaspontificais.............339
AnexoIIIDocumento12FichaTcnicadeIluminao/TMSB/rgopositivo................342
AnexoIIIDocumento13FichaTcnicadeIluminao/TMSB/Pintura............................345
AnexoIIIDocumento14FichaTcnicadeIluminao/TMSB/Cruzpeitoral...................348
AnexoIIIDocumento15FichaTcnicadeIluminao/TMSB/Cofre...............................351
AnexoIIIDocumento16FichaTcnicadeIluminao/TMSB/Baciadelavaps...........354
AnexoIIIDocumento17FichaTcnicadeIluminao/MCG/NaturezaMortacomPotede
GengibreeBeringelas...........................................................................................................357
AnexoIIIDocumento18FichaTcnicadeIluminao/MCG/CestodeLimeseGarrafa
...............................................................................................................................................360
xii
AnexoIIIDocumento19FichaTcnicadeIluminao/MCG/Naturezamorta(Jornale
Limo)....................................................................................................................................363
AnexoIIIDocumento20FichaTcnicadeIluminao/MCG/ORetrato.........................366
AnexoIIIDocumento21PlantasdoMuseuNacionaldeArteAntiga..............................369
AnexoIIIDocumento22PlantasdoTesouroMuseudaSdeBraga...............................371
AnexoIIIDocumento23PlantadaExposioTemporria:APerspectivadasCoisas.A
NaturezamortanaEuropa.Segundaparte:18401955,noMuseuCalousteGulbenkian...374
AnexoIVDocumento1Questionriorelativoiluminao............................................375
AnexoIVDocumento2Illuminationquestionnaire.........................................................377
AnexoIVDocumento3PlantadaExposioTemporria:OsGregos.TesourosdoMuseu
Benaki,noMuseuCalousteGulbenkian...............................................................................379
AnexoIVDocumento4Resultadosdoquestionrioaosvisitantes.................................380
AnexoIVDocumento5Grficocomosdadospessoaisdosvisitantes............................382
AnexoIVDocumento6Grficodasrespostassquestes1a4......................................383
AnexoIVDocumento7Grficodasrespostassquestes5a7.....................................384
AnexoIVDocumento8OpiniesdosvisitantesnoLivrodeHonra.................................385
xiii
xiv
NDICE DE IMAGENS
Pg.
Chamber of art and curiosities. Frans Francken II. 1636. Pintura. 10
El archiduque Leopoldo Guillermo en su galleria de pintura en Bruxeles. David Teniers.
1647-1651. Pintura 10
Lexposition de peinture au Louvre. Cabinet des Estampes, Bibliothque Nationale de France 11
Saleiro. Benim. MNAA 12
Gallerie des Illustres, Chteau de Beauregard (Frana) 12
Ahnengalerie, Residenz Museum (Munique) 12
Gabinete de miniaturas, Palcio de Schnbrunn (Viena, Austria) 13
Contador. Mobilirio. MNAA 13
Gustav IIIs Museum of Antiques. Pehr Hillestrm. Pintura. Palcio Real de
Estocolmo (Sucia) 13
Galerias. Palcio Real de Estocolmo (Sucia) 13
Gabinete de porcelana. Residenz Museum (Munique, Alemanha) 14
Vue du grand Salon Carr au Muse du Louvre. Pintura. Museu do Louvre (Paris, Frana) 15
Sala das Faianas, c.1920. MMC 18
Antiquarium, Palacio Residenz (Munique, Alemanha) 19
Sala Zurbarn e Sala da Cermica Portuguesa, nos anos 50-60, MNAA 20
Sala da Msica, PNA 24
Relgio de bufete. MNAA 27
Relgio de bufete em exposio, MNAA 27
Auto-retrato. Columbano Bordalo Pinheiro. MGV 29
Custdia. Ourivesaria. MAS 29
Garrafa. Cermica. CMAG 29
Santa Ins. Joo de Ruo. Escultura. MNMC 30
Contador. Mobilirio. MNAA 30
O Templo de Latona. Bernard Van Orley. 1525-1530. Tapearia. ML 30
Pagode em exposio no PNS 31
Pagode em exposio no MO 31
Camafeu iluminado por mesa de luz, em exposio no MCG 32
Taa sobre um espelho, em exposio no Corning Museum of Glass (Corning, EUA) 32
Visitante a tirar uma fotografia digital a uma pea, no MET 33
Espectro electromagntico 36
Onda sinusoidal 36
Cores aditivas e cores subtractivas primrias 42
Crculo de cores 44
Curva de eficincia luminosa CIE 47
Esquema de trs unidades fundamentais de iluminao. Sala de exposio na Galeria do
Rei D. Lus I, PNA 49
Reflexo directa ou especular 51
Reflexo difusa 51
Cofre de madreprola. MGV 52
Esquema de refraco da luz 53
Candeeiro de petrleo. Sc.XIX. PNA 54
As sombras produzidas pela iluminao lateral na Estatueta de Criana. MCG 55
Globo ocular 57
Esquema das patologias de miopia, hipermetropia e astigmatismo 60
Formao da imagem na retina de um globo ocular emtrope 62
Globo ocular com o pormenor da composio da retina 62
Esquema dos fotorreceptores 63
Localizao do quiasma ptico e percurso dos impulsos nervosos das clulas fotossensveis 65
Zonas de processamento da viso no crebro 66
xv
xvi
xvii
Trianon 122
Ratificao do Casamento do Rei D. Lus I. Antnio da Fonseca. Pintura. PNA 122
Viso de S. Bernardo. Pietro Perugino. Pintura. Alte-Pinakothek (Munique, Alemanha) 123
Aristotle with a bust of Homer. Rembrandt van Rijn. Pintura. MET 124
Saint Joseph Charpentier. Georges de la Tour .Pintura. Museu do Louvre (Paris, Frana) 124
Italian Interior. Jean Honor Fragonard. Pintura. MET 124
The dance class. Edgar Degas. Pintura. MET 124
Lake Keitele. Akseli Gallen-Kallela. Pintura. National Gallery (Londres, Reino Unido) 124
Ascenso (pormenor). Sc.XVII. Pintura. ML 125
Virgem da Anunciao (pormenor). Garcia Fernandes. 1520-1531. Pintura.. MNMC 125
Converso de Hermgenes. Mestre da Lourinh. Pintura. MNAA 125
Assuno da Virgem. Frei Carlos.1520-1530. Pintura. MNAA 125
Alegoria s virtudes do Prncipe Regente D. Joo VI. Domingos Sequeira. Pintura. PNQ 125
Profisso de Santa Eustquia (pormenor). Frei Carlos. 1520-1535. Pintura. MNAA 126
Ecce Homo (pormenor). 1570. Pintura. MNAA 126
Cristo no Horto (pormenor). Vasco Fernandes e Francisco Henriques. 1501-1506.
Pintura. MGV 126
Card Players in a Drawing Room. Pierre Dumesnil The Younger. Pintura.. MET 127
Tentaes de Santo Anto. Hieronymus Bosch. Pintura. MNAA 127
Ceia de Santa Clara e So Francisco. Bento Coelho da Silveira. Pintura. Igreja da Madre de
Deus (Lisboa) 127
A Grande Onda de Kanagawa. Katsushika Hokusai. Gravura. British Museum
(Londres, Reino Unido) 128
Jarra-ovo. Alexis-Etinne Julinne. Ourivesaria. PNA 130
Terrina. Mestre Toms Brunetto. Real Fbrica de Loua. Faiana. MNAA 130
Taa doceira. Fbrica do Cvo (?). Vidro. MNAA 130
Aucareiro com tampa. Companhia das ndias. Porcelana. MNAA 130
Retrato de senhora. Winolt Willems (?). Pintura. MNAA 131
Bartolommeo Bonghi. Giovanni Baptista Moroni. Pintura. MET 131
Retrato de D. Carlota Joaquina (pormenor). Pintura. PNA 132
D. Joo V tomando chocolate em casa do Duque de Lafes. A. Castrioto. Pintura. MNAA 132
Le jeune degustateur. Philippe Mercier. Pintura. Museu do Louvre (Paris, Frana) 132
Portrait of a man with a watch (Pormenor). Cornelis van Ceulen The Younger. Pintura. MET 132
Homme au verre de vin (Pormenor). Pintura. Museu do Louvre (Paris, Frana) 132
Apfelschlerin (Pormenor). Gerard ter Borch. Pintura. Kunsthistorishes Museum
(Viena, Austria) 132
Mrs. Shurlock (Pormenor). John Russell. Pintura. MET 132
Le dejeuner. Isidore Verheyden. Pintura. MRBA (Bruxelas, Blgica) 132
A Young woman and a Cavalier (Pormenor). Cornelius Bischop. MET 132
A Virgem, o Menino e dois anjos (Pormenor). Mestre da Lourinh (atrib.) 1515-1518.
Pintura. MNAA 132
Conversao. Pieter De Hooch. 1663-1665. Pintura. MNAA 133
La consultation. Quirin Gerritsz van Brekelenkam. Sc. XVII. Pintura. Museu do Louvre
(Paris, Frana) 133
Anunciao. Mestre do Retbulo da Capela do Esprito Santo de Miragaia. Sc.XVI.
Pintura. MA 134
Still life with Attributes of the Arts. Jean-Simeon Chardin. 1766. Pintura. MH 134
Retrato de Abel Accio Botelho. Antnio Ramalho. 1885. Pintura. MC-MNAC 134
Still life with silver. Alexandre Franois Desportes (1661-1743). Pintura. MET 135
Santa Clara (pormenor). Sc.XVI. Pintura. ME 135
Baptismo de Santo Hermenegildo (Pormenor). Giovanni Barbieri Guercino. Pintura. MNAA 135
Visitante a admirar uma pintura no MCG 137
Esquema: Human Visual Pathway 139
Esquema do modelo hierrquico moderno 140
Esquema do modelo em rede ps-moderno 140
xviii
Portrait of Young Saskia. Rembrandt van Rijn. Pintura. Gmaldegalerie (Dresden, Alemanha) 143
Portrait of Susanne Lunde.. Peter Paul Rubens. Pintura. National Gallery
(Londres, Reino Unido) 143
Virgem e o Menino. Antnio Vaz. C.1540. Pintura. MAS 144
Brahmin Delivers Rukmins Letter To Krishna (pormenor). Aguarela. MET 144
Pblico nas salas de exposio do MET e do MoMA 145
Visitantes a descansar numa sala de exposio do MoMA 148
Trs visitantes a observarem um retbulo no MET 150
Visitante a analisar com ateno uma pintura no MCG 151
Visitante a admirar uma Tapearia de Pastrana, no MNAA 153
Esquema do mtodo Eye Tracking 156
The execution of Lady Jane Grey. Paul Delaroche. Pintura. National Gallery 156
Ilustrao do projecto de Eye Tracking de Slavko Milekic 157
Torso de Potos. Escultura. MCG 161
Custdia, Ourivesaria. Denver Art Museum (Denver, USA) 161
Bero-embaladeira. Mobilirio. MNAA 162
Potes. Cermica. MNAA 162
Almofariz com mo. MNAA 162
Tentaes de Santo Anto. [Trptico]. Hieronymus Bosch. C.1505-1506. Pintura. MNAA 164
David with the head of Goliath. Caravaggio. Pintura. Gallerie Borghese (Roma, Itlia) 165
David with the head of Goliath. Guido Cagnacci. Pintura. Paul Getty Museum
(Los Angeles, USA) 165
Retbulo apresentando variaes nocivas de iluminncia, no MNAA 165
Visitante a reflectir a sua prpria sombra numa pintura, no MCG 166
Tigela Greco-Romana. MCG 166
Salva numa vitrine do MET 167
Busto Boto de Rosa, iluminado em diferentes ngulos 168
Escultura em exposio na National Gallery of Art (Washington, DC) 168
Vitrine com peas de ourivesaria no MNAA 169
Vitrine da sala Millefleurs no Museu do Louvre 169
Bacia. Florena. Sc.XVI Cermica. MNAA 170
Sala da exposio: Domnikos Theotokpoulos,1900, El Greco, no Palacio de Bellas
Artes del Distrito Federal (Mxico) 172
Salas da Exposio Deuses da sia, no MO 172
Sala Pintura e Escultura. Frana, sculo XIX, no MCG 173
Sala Ren Lalique, no MCG 173
Projecto luminotcnico de uma pea de vidro e a mesma em exposio 175
Pintura com brilho em exposio no MCG 176
Pea de prata com brilhos na Galeria D. Lus I, no PNA 176
Vitrine e respectivo pormenor de uma jarra no MCG 177
Vitrine com peas de vidro no MET 177
Sala no Getty Museum 178
Pintura com moldura dourada a provocar encadeamento 178
Xcara com pires, em exposio no MCG 178
Vitrine com peas de cermica, no MNAA 179
Vitrine com diversas peas, no MET 179
Vitrine com peas de ourivesaria, no MNAA 179
Vitrine da exposio temporria: Obras de referncia dos Museus da Madeira, 500 Anos
de Histria de um Arquiplago, na Galeria do Rei D. Lus I, no PNA 179
Vitrine com iluminao interna, inferior, no MCG 180
Exposio: Evocaes, Passagens, Atmosferas. Pintura do Museu Sakp Sabanc,
Istambul. Atmosferas, no MCG 181
Portrait of a Man. El Greco. Pintura. MET 182
Protrait of a Monk in Prayer. Pintura. MET 182
The Glorification of the Royal Hungarian Saints. Franz Anton Maulbertsch. Pintura. MET 182
xix
xx
xxi
ABREVIATURAS
xxii
Siglas de instituies
AFE - Association Franaise de lclairage
APOREM - Associao Portuguesa de Empresas com Museus
CCI - Canadian Conservation Institute
CECA - Comit International pour lEducation et lAction Culturelle
CIE - Commission Internationale de lclairage
CMAG Casa-Museu Dr. Anastcio Gonalves (Lisboa)
CMMA - Casa-Museu Medeiros e Almeida (Lisboa)
GCI - Getty Conservation Institute
xxiii
ICCROM - International Centre for the Study of the Preservation and Restoration of
Cultural Property
ICFA - Comit International pour les muses et collections des beaux-arts do ICOM
ICOFOM - Internacional Committee for Museology
ICOM - International Council of Museums
ICOM-CC - Preventive Conservation Working Group
IES - Illuminating Engineering Society
IIC - International Institute for Conservation of Historic and Artistic Works
IMC Instituto dos Museus e da Conservao
MA Museu de Aveiro
MAB - Museu do Abade de Baal (Bragana)
MAS Museu de Alberto Sampaio (Guimares)
MAS-VS Museu Arpad Szenes Vieira da Silva (Lisboa)
MC-MNAC - Museu do Chiado-Museu Nacional de Arte Contempornea (Lisboa)
MCG Museu Calouste Gulbenkian (Lisboa)
ME - Museu de vora
MET Metropolitain Museum of Art (Nova Iorque)
MGV Museu Gro Vasco (Viseu)
MH Museu Hermitage (S. Petersburgo)
MJM Museu Jos Malhoa (Caldas da Rainha)
ML Museu de Lamego
MNAA Museu Nacional de Arte Antiga (Lisboa)
MNMC Museu Nacional de Machado de Castro (Coimbra)
MNSR Museu Nacional de Soares dos Reis (Porto)
MO Museu do Oriente (Lisboa)
MoMA Museum of Modern Art (Nova Iorque)
MRBA - Muses Royaux des Beaux-Arts (Bruxelas)
MSR - Museu de S. Roque (Lisboa)
PNA Palcio Nacional da Ajuda (Lisboa)
PNM Palcio Nacional de Mafra
PNQ - Palcio Nacional de Queluz
PNS Palcio Nacional de Sintra
xxiv
xxv
xxvi
INTRODUO
4
CASANOVAS, Lus Efrem Elias, Conservao Preventiva e Preservao das Obras de Arte. Lisboa,
Edies Inapa/ Santa Casa da Misericrdia de Lisboa, 2008.
5
OLIVEIRA, Fernanda S, Iluminao Natural em Museus. Um estudo em Lisboa. Dissertao de
Mestrado em Construo, no Instituto Superior Tcnico, Lisboa, 2005. BERNARDES, Ivete Adelaide
Monteiro. Influncia da cor e da luz num espao expositivo. Dissertao de Mestrado em Arquitectura, na
Faculdade de Arquitectura, Universidade Tcnica de Lisboa, 2007.
6
MOURA, Carla Susana Mateus Dias, Iluminao do Objecto Museolgico. Dissertao de Mestrado na
Universidade Lusfona de Humanidades e Tecnologias, 2003.
Esta dissertao foi redigida de acordo com a antiga ortografia; nela se mantem a
referncia s tutelas da rea cultural vigentes data da respectiva elaborao.
A transcrio de citaes bibliogrficas em lngua estrangeira manteve o
respectivo idioma original (salvo raras excepes), por se revelar mais significativo.
A ilustrao dos contedos temticos da presente dissertao composta por
fotografias da autora e por imagens retiradas de bibliografia diversa ou da internet, as
quais so devidamente identificadas. A legendagem de imagens, relativas a obras de
arte, subordinou-se primordialmente respectiva apresentao em contexto
museogrfico e no identificao tcnica ou histrica; esta nem sempre foi possvel,
em detalhe, quando se tratou de obras expostas em conjuntos, sendo sumariamente
descritas.
Esta dissertao composta por seis captulos que pretendem abordar as diversas
componentes interdisciplinares da luz na interpretao da obra de arte.
O primeiro captulo visa contextualizar a temtica geral, sendo repartido em trs
subcaptulos, inter-relacionados: o objecto artstico e a evoluo histrico-social dos
museus de arte, desde o sc. XVIII at actualidade; a luz, face aos atributos do
objecto, no qual so abordados conceitos, como o espectro electromagntico, a cor, a
luminosidade, o brilho, os fenmenos pticos de interaco da luz com a matria e a
sombra; e a viso humana dos objectos, em que so abordadas algumas questes
essenciais para a compreenso da percepo visual, como a formao da imagem desde
a retina ao crebro, a percepo cromtica e acromtica ou a ateno visual.
O segundo captulo aborda a iluminao dos objectos, analisando, em dois
subcaptulos, a sua estrutura interior e as caractersticas exteriores, fundamentais a uma
correcta definio da incidncia da iluminao. No primeiro abordada a importncia
da luz e da sombra na anlise morfolgica e tcnica da obra, tendo em conta a inteno
plstica do artsta e a funo inicial. No segundo, so analisadas as reas de incidncia
da iluminao no objecto que possuem maior significado interpretativo, em particular o
centro psicovisual e o centro formal, e a definio dos eixos de posicionamento que
melhor identificam os objectos de artes plsticas e de artes decorativas.
O terceiro captulo foca a interpretao psicovisual do objecto de arte, em funo
da iluminao museogrfica, sendo repartido em dois subcaptulos de questes
relevantes: a problemtica do olhar e da ateno visual do visitante e o contributo do
CAPTULO 1
O OBJECTO DE ARTE, A LUZ E A VISO
7
Normas Gerais. Artes Plsticas e artes decorativas. Lisboa, Instituto Portugus de Museus, 1999, pp.83
a 87.
8
KNELL, Simon J., Museums and the Future of Collecting. Great Britain, Ashgate, 2004, Second
Edition, p.250.
9
BRIGOLA, Joo Carlos, Coleces, Gabinetes e Museus em Portugal no Sculo XVIII. Coimbra, Textos
Universitrios de Cincias Sociais e Humanas. Fundao Calouste Gulbenkian, Fundao para a Cincia e
a Tecnologia/ Ministrio da Cincia e do Ensino Superior, 2003, p.449.
10
BAZIN, Germain, Le Temps des Muses. Blgica, Desoer, 1967, p.115.
11
Domingos Agostino Vandelli (1735-1816), naturalista italiano, primeiro director do Museu de Histria
Natural, situado no Real Palcio da Ajuda (Lisboa), nos finais do Sc. XVIII. Autor de um importante
manuscrito, intitulado: Memrias sobre a utilidade dos Jardins Botnicos e Museo dHistoria Natural.
s/d. Biblioteca da Academia de Cincias de Lisboa, ms.143/2, srie vermelha.
12
BRIGOLA, Joo Carlos, op. cit., p.449.
13
BAZIN, Germain, op. cit., p. 87.
14
Chamber of art and curiosities. Frans Francken II. 1636. leo sobre tela. 86,5x120cm.
Kunsthistorisches Museum, Inv GG_1048. Imagem retirada do Site: http://www.khm.at no dia
03.01.2012.
10
15
El archiduque Leopoldo Guillermo en su galleria de pintura en Bruxeles. David Teniers. 1647-1651.
leo sobre placa de cobre. 104,8x130,4cm. Museu do Prado, InvPO1813. Imagem retirada do Site:
http://www.museodelprado.es, no dia 03.01.2012.
16
Lexposition de peinture au Louvre. Pietro Antnio Martini (1739-1797). 1785. Subscrio: Coup
doeil exact de larrangement des Peintures au Salon du Louvre, en 1785/ Grav de mmoire et termin
durant le temps de lexposition./ A Paris, chez Bornet, Peintre en miniature, Rue Gungaud N24.
Gravura sobre cobre. Paris, Bibliothque Nationale de France, Cabinet des Estampes. Imagem retirada do
site: http://galatea.univ-tlse2.fr, no dia 21.07.2010.
11
17
Saleiro. Benim. Sc.XVI. Marfim, 19,2x8cm. MNAA, Inv750 Esc. Imagem retirada do Site:
http://www.matrizpix.imc-ip-pt. no dia 21.07.2010. Este saleiro esteve includo na exposio temporria:
Encompassing the Globe, Portugal e o Mundo nos sculos XVI e XVII, realizada pelo Museu Nacional de
Arte Antiga, entre 16 de Julho e 11 de Outubro de 2009. Esta exposio apresentou ao pblico, entre
outras peas, objectos dos antigos gabinetes de curiosidades.
18
Imagem retirada do Site: http://www.chateaux-valdeloir.com, no dia 20.07.2010.
19
O Residenz Museum era a residncia dos Duques da Bavaria, entre 1508 e 1918, abrindo ao pblico
como Museu, em 1920. Imagem retirada do site: http://www.residenz-muenchen.de, no dia 22.07.2010.
12
20
Imagem retirada do Site: http://www.gettyimages.com, no dia 21.07.2010.
21
Contador. Sc.XVII (1640-1660). Anturpia. Carvalho, casquinha e outra madeira (estrutura), bano,
tartaruga, marfim, ferro, lato, marroquim e papel. 162x103x56 cm. MNAA, Inv1377 Mov. Imagem
retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 20.07.2010.
22
Gustav IIIs Museum of Antiques. Pehr Hillestrm (1732-1816). leo sobre tela. Palcio Real de
Estocolmo. Imagens retiradas do Site: http://www.royalcourt.se, no dia 21.07.2010.
13
copies nest pas dune importance cruciale23; facto importante para a compreenso e
contextualizao histrica das coleces herdadas pelos primeiros museus de arte, como
nos esclarece Fernando Baptista Pereira, a propsito da primeira pinacoteca portuguesa,
fundada no Mosteiro de S. Martinho de Tibes, em 1816, pelo monge beneditino Jos
da Apresentao, cuja coleco de pintura era destine la rcration et ltude des
grands matres24.
Alm das coleces de pintura e de escultura, o coleccionador poderia ter outro
gnero de coleces artsticas, como cermica, ourivesaria ou medalhstica;
semelhana das pinacotecas, os objectos integravam-se na decorao parietal,
preenchendo-a tanto quanto possvel.
Gabinete de porcelana do
Residenz Museum25 (Munique).
23
PEREIRA, Fernando Antnio Baptista, Le Rle de lglise dans la Formation des Premiers Muses au
Portugal la fin du XVIIIe sicle. In Les Muses en Europe la Veille de lOuverture du Louvre. Actes
du Colloque organis par le Service culturel du Muse du Louvre loccasion de la commmoration du
bicentenaire de louverture du Louvre les 3, 4 et 5 Juin 1993. Dir. Cientifique ddouard Pommier. Paris,
Klincksieck, 1995, p.472
24
Id., Ibid., p.472.
25
Imagem retirada do Site: http://www.residenz-muenchen.de, no dia 22.07.2010.
14
Como se pode constatar pela pintura, intitulada Vue du grand Salon Carr au
muse du Louvre, o processo de exposio mantinha o principio de que a qualidade era
tambm obtida pela quantidade. Este agrupamento de peas, embora muitas vezes
organizado numa escala decrescente na dimenso das obras, dificultava uma
interpretao isolada, devido excessiva informao visual do conjunto, tornando
impossible la relatin entre ellas simplesmente por razones perceptivas y espaciales29,
como afirma Juan Carlos Rico.
importante destacar uma particularidade expositiva, herdada de grande parte
das pinacotecas e galerias palacianas e que consistia numa inclinao propositada das
pinturas, penduradas nas paredes, a fim de evitar reflexos da iluminao zenital ou
lateral.
26
PEREIRA, Fernando Antnio Baptista, op. cit., p.464.
27
Denis Diderot (1713-1784) concebeu, em 1765, um projecto museolgico para o Louvre, inspirado no
Mouseion de Alexandria, onde defendia que o povo era capaz de apreciar obras de arte. Este projecto foi
publicado na sua Enciclopdia (1750-1772), tomo IX.
28
Vue du grand Salon Carr au Muse du Louvre. Giuseppe Castiglione (1829-1906). 1861. leo sobre
tela. 69x103cm. Museu do Louvre, Inv R.F.3734. Imagem retirada do Site: http://www.louvre.fr, no dia
11.07.2010.
29
RICO, Juan Carlos, Manual Prctico de Museologia, Museografia y Tcnicas Expositivas. Madrid,
Silex, 2006, p.37.
15
Ao longo do sc. XIX, por influncia das ideologias polticas, sociais e culturais
francesas, aliadas revoluo industrial, ao desenvolvimento econmico e ao
aparecimento de uma nova classe social, a burguesia, foram abertos ao pblico no s
grandes museus de carcter nacional, mas tambm museus regionais: o Museu de
Berlim, em 1810; o Museu do Rio de Janeiro, em 1818; o Museu do Prado, em 1820; o
Museu de Cape Town, em 1825; o Australian Museum (Sidney), em 1827; o
Metropolitain Museum of Art (Nova York), em 1870; o Tokyo National Museum, em
1872; o Museu Nacional de Belas-Artes e Arqueologia (actual Museu Nacional de Arte
Antiga, Lisboa), em 1884, entre outros.
Em Portugal, a extino das ordens religiosas, em 1834, marca a viragem da
poltica cultural do pas, uma vez que os esplios dos conventos so incorporados nos
bens da Fazenda Nacional, propiciando a criao de museus nacionais.
O sc. XIX , tambm, caracterizado pelo incremento das escavaes
arqueolgicas e pela recolha de peas etnogrficas e de espcimes naturais, fruto das
grandes exploraes cientficas nas colnias que iro, no s enriquecer as coleces
dos museus nacionais, mas tambm originar uma nova tipologia de museus,
nomeadamente, arqueolgicos, etnogrficos e cientficos, como o Museu Nacional de
Arqueologia (Lisboa), em 1893, ou Museu da Sociedade de Geografia de Lisboa, em
1875.
Nesta poca, o visitante usufrua apenas da contemplao visual, numa
descodificao somente acessvel a olhares eruditos: first museums were nothing but
visitable collections 30, como confirma Tomislav Sola. No entanto, j se denotava algum
empenhamento pedaggico, como um panfleto publicado pelo British Museum, em
1880, intitulado Conselhos teis para uma visita ao Museu, onde eram dadas vrias
sugestes, como evite ver objectos em demasia, lembre-se que um objecto bem
analisado pode fornecer mais informao que uma coleco de objectos ou antes de
entrar num museu, seleccione o que deseja ver e centre a ateno nessa escolha31.
Durante a primeira metade do sc. XX, h diversos acontecimentos histricos
que se repercutem na evoluo museolgica, nomeadamente, as duas Guerras Mundiais,
30
KNELL, Simon, op.cit., p.250.
31
Traduo realizada pela autora. Col. part.
16
32
A Revoluo Russa de 1917 proporcionou ao poder sovitico a confiscao de um vasto patrimnio de
palcios e coleces, pertena de czares e da aristocracia russa. Muitos palcios so mantidos intactos nas
suas coleces de arte, sendo transformados em museus pblicos para fins de propaganda poltica e de
educao do povo. Entre 1921 e 1936, abrem ao pblico 542 museus.
33
FERNNDEZ, Luis Alonso, Museologa y Museografia. Madrid, Ediciones del Serbal, 2001, 2
edicion, p.76.
17
34
Postal datvel de incios do Sc. XX, com a legenda: COIMBRA Museu Machado de Castro/ Sala das
Faianas. Col. part.
35
BELTING, H et alt., Quest-ce quun Chef-dOeuvre?. Paris, ditions Gallimard, 2000, p.87.
36
BAZIN, Germain, op.cit., p.271.
18
37
Imagens retiradas do Site: http://www.residenz-muenchen.de, no dia 22.07.2010.
38
O primeiro Servio Educativo portugus abriu, em 1953, no MNAA, graas ao enorme incentivo do seu
director, o Dr. Joo Couto (director entre 1938 e 1962). A preocupao em criar um Servio Educativo
data de 1924; em 1944, o Director incumbiu o Conservador Ajudante Adriano de Gusmo de redigir o
Plano de Aco Educativa e Publicitria a Desenvolver pelo Museu Nacional de Arte Antiga. In
Boletim do Museu Nacional de Arte Antiga. Lisboa, Janeiro a Dezembro de 1944, Fasc. 1-2, Vol.I, p.37.
39
COUTO, Joo, Justificao do arranjo de um museu. A transferncia do Museu Nacional de Arte
Antiga. In Boletim do Museu Nacional de Arte Antiga. Lisboa, Dezembro de 1948, Fasc. I, Vol. II. P.21.
19
Sala Zurbarn41 e Sala da Cermica Portuguesa42, Museu Nacional de Arte Antiga nos anos 50-60.
40
GUEDES, Natlia Correia, Museus. In Dicionrio de Histria de Portugal. Lisboa, Vol.VIII, 1999,
p.577.
41
GONALVES, Antnio Manuel, Iluminao dos Museus. Iluminao no Museu Nacional de Arte
Antiga. In Boletim do Museu Nacional de Arte Antiga. Lisboa, Janeiro a Dezembro de 1956, Fasc.III,
Vol. III. P.40.
42
Id, Ibid., p.41.
43
Id, Ibid., p.35.
20
durante os meses de vero, mas so escuros durante os meses de inverno. Por isso se
pensa a srio em instalar a luz artificial.44
Em meados de novecentos, so criadas as principais organizaes nacionais e
internacionais que definiro, a nvel global, novos conceitos e metodologias
museolgicas, como o International Council of Museums (ICOM), em 1946; o
International Institute for Conservation of Historic and Artistic Works (IIC), em 1950; o
International Center for Study of Preservation and Restauration of Cultural Property
(ICCROM), criado pela Unesco, em 1958.
Importante referir que o aumento do pblico e a crescente necessidade de textos
de apoio sobre as peas, a nvel museogrfico, advm da existncia de novas camadas
sociais (agora com 20/30 anos de idade) com um nvel cultural mais elevado, fruto da
obrigatoriedade do ensino primrio e da institucionalizao do direito a frias, desde os
incios do sc.XX.
A Frana daria um novo impulso na histria da museologia, em Maio de 1968,
aps o conflito estudantil que proclamava uma democratizao da cultura, com o
clebre lema: la Joconde au metro!. Este movimento iria revolucionar a abordagem
comunicativa do museu com a comunidade.
Nas ltimas dcadas, o museu transformou-se numa instituio cultural
focalizada na educao e na comunicao com o pblico. O estudo, a educao e a
fruio45 so os objectivos primordiais das actuais polticas museolgicas.
Este cariz social ainda mais vincado na definio redigida pelo Comit
Internacional para a Museologia (ICOFOM), durante a reunio de Calgary (Canad), em
2005: Le muse est une institution au service de la socit, qui a pour mission
dexplorer et de comprendre le monde par la recherche, la prservation et la
communication, notamment par linterprtation et par lexposition, des tmoins
matriels et immatriels qui constituent le patrimoine de lhumanit. Cest une
institution sans but lucratif.46
44
COUTO, Joo, A Pintura Representada no Museu das Janelas Verdes e o Critrio da sua Apresentao
na Galeria. In Boletim do Museu Nacional de Arte Antiga. Lisboa, Janeiro a Dezembro de 1957, Fasc.
IV, Vol. III. P.1.
45
Cdigo Deontolgico para os Museus, Comisso Nacional Portuguesa do ICOM, 2003, p.16.
46
MAIRESSE, Franois e DESVALLES, Andr, Vers une Redfinition du Muse? Paris, LHarmattan,
2007, p.14.
21
47
Inqurito aos Museus em Portugal. Lisboa, Ministrio da Cultura/ Instituto Portugus de Museus, 2000,
p.34.
48
As onze tipologias so: Museus de Arte, Museus Arqueolgicos e de Histria, Museus de Cincia e de
Histria Natural, Museus de Cincia e da Tecnologia, Museus de Etnografia e de Antropologia, Museus
Especializados, Museus Regionais, Museus Genricos, Outros Museus, Monumentos e Stios, Jardins
Zoolgicos e Botnicos, Aqurios e Reservas Naturais.
49
Inqurito, op. cit., p.34.
50
O Museu S. Joo de Deus Psiquiatria e Histria, de que tenho a honra de ser museloga e de ter
orientado a sua instalao, foi inaugurado a 8 de Maro de 2009. Este Museu pertence Ordem
Hospitaleira de S. Joo de Deus, encontrando-se instalado num edifcio da antiga Escola Apostlica, na
Casa de Sade do Telhal, em Sintra, uma das seis Casas da Ordem dedicadas psiquiatria, em Portugal,
tendo, actualmente, cerca de 500 doentes psiquitricos internados.
22
Fundao Calouste Gulbenkian ou o Museu Municipal Dr. Santos Rocha) ou por artistas
(como o Museu Jos Malhoa ou o Museu Municipal Amadeo de Sousa Cardoso).
Esta definio de parmetros museolgicos, escala nacional e internacional,
permite parcerias e associaes entre museus, de forma a desenvolverem e defenderem
as suas especificidades, como pretende a Rede Portuguesa de Museus (RPM), a
Associao Portuguesa de Empresas com Museus (APOREM) ou o Comit
International pour les muses et collections des beaux-arts (ICFA) do ICOM.
Os museus de arte, sobretudo os grandes museus nacionais, incluem percursos
expositivos especializados em pocas histrico-artsticas: a generalidade dos museus de
arte concede uma grande importncia Histrica, no s porque a Arte, como produto
do Homem, intrinsecamente histrica [...] como a sua apresentao feita, na maior
parte dos casos, respeitando a durao e a sequncia temporais51, como afirma
Fernando Baptista Pereira. Convm salientar que a complementaridade entre a arte e a
histria, no altera a vocao esttico-artstica, justificativa da classificao de museu
de arte.
A gesto museolgica das coleces de arte implica uma organizao dos
objectos por tipologias tcnicas (pintura, escultura, gravura, joalharia, mobilirio, etc.),
de modo a facilitar o respectivo estudo, inventrio, conservao preventiva e
organizao das reservas, uma vez que cada tipologia possui as suas especificidades de
execuo, dimenses e fragilidades materiais. Deste modo, em museus de arte, com
grande nmero e tipologia de obras de arte, existem departamentos e conservadores
especializados em cada tipo de coleco.
Hoje, o museu aposta nas profundas transformaes estruturais de poltica
cultural e educativa, numa inter-relao comunicativa com o pblico organizam-se
grandes exposies temporrias e itinerantes com apelativas temticas e designs;
desenvolve-se o turismo cultural, escala mundial; programa-se um intenso calendrio
mensal de actividades, visitas guiadas e publicaes pedaggicas dos Servios
Educativos; utiliza-se a interactividade nos equipamentos expositivos, sobretudo em
museus de cincia; incrementa-se a formao acadmica especializada em museologia,
em design de equipamentos e design de iluminao; aplicam-se novos sistemas e
produtos de iluminao; progride-se nas tecnologias multimdia; introduz-se e divulga-
51
PEREIRA, Fernando A. Baptista. Museus de Arte. In Iniciao Museologia. Maria Beatriz Rocha-
Trindade (coord.). Lisboa, Universidade Aberta, 1992, p.198.
23
Sala da Msica53,
no Palcio Nacional da Ajuda
52
VALENCIA, Paco Prez, La Insurreccin Expositiva. Espanha, Ediciones Trea, 2007, p.19.
53
Imagem retirada do Site: http://www.pnajuda.imc-ip.pt, no dia 13.07.2010.
24
54
O Bonnefantenmuseum inaugurou ao pblico em 1884, enquanto museu histrico e arqueolgico.
55
FOREST, Michel e VIENS, Jacques, Le Dfi de lExposition Itinrante. Qubec, Muse de la
Civilisation, 1990, p.21.
56
SHAH, Anita B., Dfinition du Muse. In Vers une Redfinition du Muse? Franois Mairesse e
Andr Desvalles (Coord.). Paris, LHarmattan, 2007, p.81.
25
57
Informao consultada no Site: http://www.vam.ac.uk, no dia 13.07.2010.
58
BRIGOLA, Joo Carlos, A Crise Institucional e Simblica do Museu nas Sociedades
Contemporneas. In museologia.pt. Ministrio da Cultura/ Instituto dos Museus e da Conservao. Ano
II, N2, 2008, p. 157.
26
59
SCHEINER, Tereza, Muse et Musologie Dfinitions en Cours. In Vers une Redfinition du
Muse? Franois Mairesse e Andr Desvalles (Coord.). Paris, LHarmattan, 2007, p.160.
60
Id., Ibid., p.160.
61
PEARCE, Susan M., Interpreting Objects and Collections. London, Routledge, Leicester Readers in
Museum Studies, 1998, p.10.
62
A legislao do patrimnio cultural de cada pas, estabelece normas de incorporao dos objectos no
museu. Em Portugal, essas normas encontram-se estipuladas na Lei Quadro dos Museus Portugueses.
In Dirio da Repblica, I Srie A, N195, 19 de Agosto de 2004, pp. 5380 e 5381.
63
Cdigo Deontolgico, cit, p.16.
64
Relgio de bufete. Bento Jos Miranda, Sc. XVIII. Vinhtico, castanho, lato, ao e vidro.
43x23,4x15,3 cm, MNAA, Inv22186. Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia
04.07.2010.
27
65
Fotografia tirada pela autora, na rea expositiva de mobilirio, no dia 06.02.2010.
66
SOURIAU, tienne, Vocabulaire dEsthtique. Paris, Quadrige/ PUF, 2009. 2e edition,., p.360.
67
BELTING, H. et al., op. cit., p.7.
68
Id., Ibid., p.13.
69
Id., Ibid., p.77.
28
1 2 3
70
DEVITT, Aedn Mac, La loi de Bon Aloi. La Lgislation dans les Muses: un tat des Lieux. In
Nouvelles de lICOM. Le Magazine du Conseil International des Muses. Paris, ICOM, Juin 2010,
Vol.63, N1, p.10.
71
O Decreto n19/2006. In Dirio da Repblica de 18 de Julho, corrigido pela Declarao da
Rectificao n62/2006, publicada a 15 de Setembro.
72
Dirio da Repblica, 1 Srie, N137. Decreto 19/2006 de 18 de Julho, p. 4994.
73
As seis imagens foram retiradas do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 08.07.2010.
29
4 5 6
Legendas:
1 - Auto-retrato. Columbano Bordalo Pinheiro. 1884. leo sobre madeira. 38x68,5cm. MGV, Inv2442.
2 - Custdia. A/d. 1534. Prata dourada.78,5x35,5cm. MAS, Inv MAS O 6.
3 - Garrafa. A/d. Sc.XVI- XVII, Dinastia Ming, perodo Wanli (1573-1620). Porcelana branca, azul
cobalto, vidrado e metal dourado. 24,1x15,1cm. CMAG, Inv CMAG32.
4 - Santa Ins. Joo de Ruo. 1535-1540. Escultura em calcrio policromado. 110x46x25cm. MNMC,
Inv803;E92.
5 - Contador. ndia mogol. Sc.XVII. Teca, carvalho, marfim e lato.140x117x124cm. MNAA, Inv 1312
Mov.
6 - O Templo de Latona. Bernard Van Orley. 1525-1530. Tapearia em l e seda. 430x390cm. ML, Inv2.
74
Informao consultada no Site: http://www.mnarteantiga-ipmuseus.pt., no dia 08.07.2010.
30
Esta pea, proveniente das antigas coleces reais, possui um valor histrico-
cultural fundamental para a compreenso das relaes polticas e diplomticas, dos
finais de setecentos, entre Portugal e a China; enquanto esteve no Palcio, numa sala de
passagem, era apresentado dentro de uma maquineta, sem realce apropriado. Entre Maio
2008 e Dezembro de 2009, ao ser integrado, em regime de emprstimo, na exposio
inaugural do Museu do Oriente (Lisboa), intitulada Presena Portuguesa na sia, foi
colocada no sector relativo ao antigo territrio portugus de Macau, sendo
contextualizado e posto em destaque no s pelo seu valor histrico, enquanto oferta em
1809, pelo Leal Senado de Macau ao prncipe regente D. Joo por iniciativa do
75
ADLER, Richard, On the Valuing of Museum Objects, In Museum Anthropology. American
Anthropological Association, 8 Jan. 2008. Vol.16, Issue 1, PP. 21-28. Consultado no Site:
http://www.3interscience.wiley.com,, no dia 01.07.2010.
76
Pagode. China. Sc.XVIII. Madeira, marfim e vidro. 295x195x128 cm. PNS, Inv PNS3005.
Informao consultada no Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 06.07.2010.
77
Imagem retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 06.07.2010.
78
Imagem retirada do Site: http://leticiabarreto.blogspot.com, no dia 06.07.2010.
31
Ouvidor Geral Miguel de Arriaga Brum da Silveira79, mas tambm pelo seu valor
esttico-artstico, atravs de uma boa iluminao de destaque.
A obra de arte, com os seus intrnsecos atributos - a matria, a cor, a forma, a
textura, a funo e o valor - pode ser analisada e interpretada isoladamente ou
contextualizada no grupo de peas que formam a coleco; estes so conjuntos
funcionalmente significativos, contextos, en relacin con los cuales cada objeto tiene un
sentido80, como afirma ngela Garca Blanco.
Importante referir que o muselogo possui uma responsabilidade acrescida na
interpretao visual da obra de arte, no s por constituir uma das suas principais
funes, o que implica uma formao, um saber tcnico e artstico acumulado e uma
pesquisa bibliogrfica especializada, mas tambm por ter acesso a uma anlise integral
da pea (sobretudo se for um objecto de dimenso pequena e tridimensional), uma vez
que lhe facultado o respectivo manuseamento. Deste modo, ao transmitir esta
informao ao pblico, especialmente no caso de peas expostas em vitrine, poder
incluir nos textos informaes visualmente inacessveis e propor tcnicas museogrficas
para maior visibilidade da pea no pormenor ou no seu todo, por exemplo atravs de
uma iluminao de realce, da colocao estratgica de espelhos ou de suportes
museogrficos.
A investigao, relativa obra de arte, tem tido, nas ltimas dcadas, um grande
desenvolvimento, motivado pela crescente interdisciplinaridade entre distintos ramos
79
PEREIRA, Fernando Antnio Baptista (Coord. Cientfica), Presena Portuguesa na sia. Lisboa,
Fundao Oriente, 2008, p. 239.
80
BLANCO, ngela Garca, La Exposicin. Un Medio de Comunicacin. Madrid, Akal, 2009, p.6.
81
Fotografia tirada pela autora em Maro de 2010.
82
CUTTLE, Christopher, Light for Arts Sake, Lighting for Artworks and Museum Displays. Oxford,
Butterworth-Heinemann, 2007, p.180.
32
83
As cmaras fotogrficas analgicas continuam a ser utilizadas na fotografia profissional de obras de
arte, principalmente na fotografia de edio. Apesar de possuir uma superior qualidade de imagem, este
tipo de fotografia no s mais caro, uma vez que implica custos de revelao, como tambm exige a
respectiva digitalizao para ser transferida em suporte informtico.
84
Fotografia tirada pela autora em Maro de 2010.
33
uma valorizao museogrfica da obra, sobretudo numa correcta iluminao que faculte
uma boa leitura visual. Esta valorizao incentiva a comunicao visual; no puede
existir una obra de arte sin dilogo85, como refere Francisca Hernndez Hernndez.
O desenvolvimento das tecnologias de informao e de comunicao, sobretudo
a partir de 1990, introduziu novos conceitos de abordagem dos objectos, no s atravs
de meios de comunicao audiovisual, como tambm atravs das redes informticas de
Intranet e Internet. Estas redes on-line constituem, actualmente, um meio fundamental
de divulgao e comunicao museolgica, escala mundial, permitindo o acesso do
pblico a uma vasta informao, especialmente s bases de dados das coleces, e
consequente transferncia, em suporte informtico, de informao textual e visual,
como vdeos de percursos museogrficos ou imagens das obras. No entanto, em relao
aos museus de arte, o contacto directo do visitante com a obra de arte continua a ser
insubstituvel; what you cannot get without actually going to a museum is the magic of
objects and the opportunity to discuss with other people what is there and to ask
questions about those things86, dizia-nos o grande especialista em comunicao,
Kenneth Hudson.
O conceito expositivo da obra de arte mudou nas ltimas dcadas; assistimos a
uma verdadeira rvolution copernicienne87, ou seja, se, anteriormente, o objecto era o
centro e o pblico a sua rbita; hoje, o pblico ou, melhor dizendo, o enfoque social, o
centro das atenes e o objecto a sua rbita.
Esta inverso conceptual veio acentuar as funes museolgicas de
interpretao, exposio e comunicao da obra de arte, de modo a aproximar o museu
das actuais expectativas do pblico. Neste actual contexto, a iluminao tem vindo a
desempenhar um papel preponderante na aplicao destas funes, conforme ser
abordado nos prximos captulos.
85
HERNNDEZ, Francisca Hernndez, El Museo como Espacio de Comunicacin. Gijn, Ediciones
Trea, 1998, p.36.
86
HUDSON, Kenneth, The Public Quality of a Museum. In Cahiers dtude. Comit International de
LICOM pour les Muses Rgionaux, 1999, p.4.
87
SANSONI, Andrs, Considrations pour une Altheia du Phnomne Muse. In Vers une
Redfinition du Muse? Franois Mairesse e Andr Desvalles (Coord.). Paris, LHarmattan, 2007, p.131.
34
88
HOMEM, Paula Menino, Ferramentas Inovadoras para Monitorizao Ambiental e Avaliao de
danos para Objectos em Museus, Palcios, Arquivos e Bibliotecas: a Exposio Luminosa e os
Dosmetros LightCheck. In Revista da Faculdade de Letras Cincias e Tcnicas do Patrimnio. Porto,
2006-2007, I Srie, Vol. V-VI, p.226.
89
A teoria do electromagnetismo foi estabelecida pelo fsico e matemtico ingls, James Clerk Maxwell
(1831-1879) que, em 1864, ao publicar a sua obra A Dynamical Theory of the Electromagnetic Field,
demonstrou em quatro equaes que as foras elctricas e magnticas tm a mesma natureza,
relacionando as leis de Ampre, a de Gauss e a da induo de Faraday.
35
Espectro electromagntico90
Onda sinusoidal91
90
Imagem retirada do Site: http://www.enciclopedia.com.pt, no dia 01.03.2010.
91
Imagem retirada do Site: http://divulgarciencia.com, no dia 01.03.2010.
36
92
O ciclo de uma onda definido como o padro repetido de uma onda.
93
O perodo de uma onda definido como o tempo entre duas passagens sucessivas de mxima ou de
mnima num ponto do espao.
94
A amplitude de uma onda corresponde ao comprimento do vector do campo elctrico no mximo da
onda.
95
A fase da onda constitui a relao da posio de uma determinada caracterstica do ciclo com a posio
da mesma em outra onda.
96
A existncia de radiaes Ultravioletas foi descoberta, em 1801, pelo cientista alemo Johann Wilhelm
Ritter (1776-1810).
97
A descoberta das radiaes Infravermelhas foi feita, em 1800, pelo astrnomo e compositor, Frederick
William Herschel (1738-1822).
37
molculas que pode ser emitido por uma fonte radiante natural, como o sol, ou artificial,
como a iluminao elctrica.
A fsica actual define a natureza e o comportamento da luz atravs da teoria da
dualidade onda-particula98, em que a luz composta, simultaneamente, por uma
radiao electromagntica e por um feixe de partculas ou quanta, chamadas fotes.
Esta dualidade comprovada na constante de Planck99, em que a energia dos fotes
directamente proporcional frequncia da onda e inversamente proporcional ao
comprimento de onda electromagntica.
A luz apresenta trs princpios fundamentais no comportamento de propagao
das radiaes electromagnticas, nomeadamente, o princpio de propagao rectilnea,
ou seja, a luz propaga-se em linha recta em meios homogneos; o princpio da
independncia de emisso dos raios de luz, o que significa que a direco e a sensao
de cor de um feixe luminoso mantm-se inaltervel, ao cruzar-se com outro feixe de luz;
e o principio de reversibilidade, em que a trajectria de um feixe de luz independente
do sentido do seu percurso.
Estes trs princpios de propagao da luz so fundamentais para a compreenso
dos fenmenos pticos de interaco da luz com os materiais das obras de arte, em
particular os fenmenos de reflexo, de refraco, de absoro e de transmisso que
sero posteriormente desenvolvidos neste subcaptulo.
A luz visvel ao ser humano100 constitui uma estreita faixa de radiaes, de tal
modo que Paola Bressan afirma: frente a la vastedad del espectro, somos criaturas
ciegas.101
98
A teoria da dualidade onda-partcula resultou de um longo processo, ainda no finalizado, de teorias
sobre a natureza e o comportamento da luz. Ao longo de trs sculos, definiram-se duas teorias principais:
a teoria corpuscular, de Isaac Newton (1642-1727), definida como feixes de pequenos corpsculos ou
partculas emitidas em linha recta por uma fonte de luz e a teoria ondulatria de Christian Huygens (1629-
1695), em que a luz era entendida como um fenmeno ondulatrio. Estas duas teorias foram sendo
desenvolvidas e enriquecidas com novas descobertas por vrios cientistas, entre os quais, Thomas Young
(1773-1829), Augustin Fresnel (1788-1827), Jean Foucault (1819-1868), James Maxwell (1831-1879),
Heinrich Hertz (1857-1894), Max Planck (1858-1947), Niels Bohr (1885-1962) e Albert Einstein (1879-
1955). Durante o Sc. XX, desenvolveu-se a actual teoria da dualidade onda-partcula, devendo-se a
sucessivas descobertas de Luis de Broglie (1892-1987), Clinton Davisson (1881-1958), Lester Germer
(1896-1971), George Thomson (1892-1975) e de Erwin Schrodinger (1887-1961), entre outros.
99
A constante de Planck constitui uma das constantes fundamentais da fsica e assim denominada em
homenagem ao seu inventor, Max Planck (1858-1947), considerado o fundador da Teoria Quntica.
100
A sensibilidade visual s radiaes electromagnticas varia consoante a fisiologia de cada espcie
animal e a sua necessidade de sobrevivncia, como o caso das abelhas que vem numa faixa de
radiaes (entre os 300nm e os 600nm) que abrange os Ultravioletas, permitindo-lhes detectar
determinadas flores a polarizar; ou o caso de algumas espcies de cobras, como as vboras, as pitons ou as
38
Os limites da luz situam-se entre o valor mais baixo de 380 nm e o mais alto de
780 nm102. No entanto, estes limites podem variar, dependendo da sensibilidade do
sistema visual de cada ser humano, como afirma Jnos Schander: There are observers
who also see in the near Ultraviolet (UV) and/or near Infrared (IR) region of the
spectrum up to about 300nm in the UV and 850nm in the IR103.
A viso humana da cor indissocivel do fenmeno fsico da luz, uma vez que a
sensao cromtica resulta da interferncia dos diferentes comprimentos de onda, do
espectro visvel, nos fotopigmentos da retina que, por sua vez, emitem impulsos
nervosos, atravs de um complexo encadeamento de sistemas fisiolgicos integrados,
desde o olho at ao crebro, onde so interpretados como cor.
O espectro visvel pode ser dividido em seis faixas de comprimentos de onda,
desencadeando, cada faixa, uma sensao cromtica no sistema visual. No entanto,
existem trs faixas, a de 435-500nm, a de 500-566nm e a de 630-780nm, s quais so
sensveis os nicos trs fotopigmentos - os cones azuis ou small, os verdes ou medium e
os vermelhos ou large - situados na retina que garantem a viso tricromtica. As trs
cores, desencadeadas por estes cones, so consideradas as cores fisiolgicas primrias,
ou seja, as cores que no conseguem ser obtidas pela mistura de outras cores e que,
misturadas, em iguais ou diferentes pores, do origem viso cromtica.
A faixa de luz, entre os 380nm e os 780nm, abrange os seguintes comprimentos
de onda que se fundem mtua e gradualmente, correspondentes percepo visual de
seis cores:
380 435 nm cor violeta
435 500 nm cor azul
500 566 nm cor verde
565 600 nm cor amarela
600 630 nm - cor-de-laranja
630 780 nm cor vermelha
39
104
Em 1704, Isaac Newton publica a obra The Optiks, onde descreve as suas descobertas sobre a natureza
corpuscular da luz e o fenmeno da cor.
105
Esta separao cromtica deve-se interaco dos seis comprimentos e frequncias de onda,
componentes da luz branca, com a composio material do vidro, resultando numa refraco que
diferencia estas radiaes, proporcionando a percepo de diferentes cores.
106
O inicio da investigao cientifica da cor baseou-se, sobretudo, em estudos de ptica e de fsica,
destacando-se Isaac Newton (1642-1727) nas suas obras New theory about light and color, de 1671 e The
Optiks, de 1704, onde demonstrou que a luz no tinha cor e a cor branca era uma mistura de todas as
cores do espectro. Esta teoria da cor foi-se desenvolvendo, ao longo do Sc.XIX, com uma crescente
valorizao da estreita relao entre a fsica e a viso, em que se salientou Thomas Young (1773-1829)
com a sua obra On the theory of light and colours, de 1802, onde defendeu a teoria tricromtica da viso
humana; James Clerck Maxwell (1831-1879) na obra Theory of the perception of colors, de 1857, onde
exps estudos sobre a percepo da cor e o daltonismo; e Hermann von Helmholtz (1821-1894) que na
obra Physiological optics, de 1866, estabeleceu a diferena entre mistura aditiva e mistura subtractiva.
Nos incios do sc. XX, o estudo da cor adquiriu uma valncia psicolgica, tornando-se uma cincia
interdisciplinar.
107
Nos incios do sc. XX, a teoria tricromtica de Young-Helmoltz foi contestada por Karl Ewal Hering
(1843-1918) que defendeu uma teoria de percepo cromtica, baseada num processo de oposio de seis
cores primrias, agrupadas em trs pares de cores (verde/vermelho, amarelo/azul e preto/branco).
40
108
Esta teoria, embora constitusse um fenmeno j enunciado por Johann Wofgang Goethe (1749-1832)
na sua obra Farbenlehre (Da Teoria das Cores), em 1810, e por Michel Eugne Chevreuil (1786-1889) na
sua obra De la Loi du Contrast Simultan des Couleurs, publicada em 1839, foi formulada e comprovada
cientificamente por Edwin Herbert Land (1909-1991), em 1971, e desenvolvida, na dcada de 1980, por
J. McCann, S. McKee e T. Taylor. A teoria retinex, assim denominada por unir o processo cromtico
desde a retina at ao cortex, defendia a existncia de trs receptores na retina que, individualmente,
comparavam os estmulos de comprimentos de onda longos, mdios e curtos do espectro visvel e as
enviavam ao cortex cerebral, fundamentando a percepo visual de constncia de cor.
109
Estas trs qualidades da cor, apesar de constiturem conceitos universais, apresentam diferentes
terminologias consoante o mtodo de organizao dos sistemas cromticos, como por exemplo o de
Albert Henry Munsell (1858-1918) que utiliza os termos hue, value e chroma ou os sistemas alternativos
do sistema RGB (Red, Green, Blue), o HSL (hue, saturation, lightness) e o HSV (hue, saturation, value)
de 1970. Esta terminologia tambm no se encontra uniformizada em portugus, aparecendo vrias
designaes para cada atributo da cor, como tom, tonalidade ou matiz, saturao ou cromacidade e valor,
brilho, claridade ou luminosidade. Deste modo, foram adoptadas, nesta dissertao, as designaes
tonalit, clart e saturation, baseadas na obra: ELIAS, Mady e LAFAIT, Jacques, La couleur. Lumire,
vision et matriaux. Paris, Belin, 2006, p.47.
41
110
Imagem retirada do Site: http://ncolour.blogspot.com, no dia 25.07.2011.
42
111
ARNHEIM, Rudolf, Arte & Percepo Visual. Uma Psicologia da Viso Criadora. 10 Edio, So
Paulo, Livraria Pioneira Editora, 1996, p.331.
43
112
Imagem retirada do Site: http://compondomoda.blogspot.com, no dia 05.03.2010.
44
113
O crculo de cores constitui uma forma de representao grfica da sensao cromtica do espectro
visvel que facilita a compreenso da relao entre as cores. O crculo pode incluir apenas as cores
primrias e secundrias ou abranger uma maior combinao cromtica.
114
BRESSAN, Paola, op. cit., p. 71.
115
LEE, David, Natures Palette. The Science of Plant Color. Chicago and London, The University of
Chicago Press, 2007, p.51.
116
Os Secoya constituem uma das etnias mais importantes da Amaznia equatorial.
117
LEE, David, op. cit., p.53.
45
118
Outros exemplos de sistemas de classificao de cores: o sueco NCS (Natural Colour System), o
OSA/UCS (Optical Society of America/ Uniform Color Scale), o DIN 6164 (Deutsches Institut fr
Normung Color System), o RGB (Red, Green, Blue), o atlas Normacolor, o CIE 1976 ou o CIELAB 2000.
119
Este atlas de cores foi inventado e publicado, em 1905, por Albert Munsell (1858-1918), consistindo
num sistema de organizao de cores, atravs de uma representao grfica tridimensional que relaciona
os trs atributos da cor.
120
O sistema de cores da CIE de 1931 continua a ser a verso mais utilizada, apesar de posteriores
revises de 1960 e 1976.
121
A computao grfica constitui uma rea da cincia da computao que implementa sistemas de
software de imagens com aplicao em diversas reas como as artes, a arquitectura, o cinema, a medicina,
a engenharia, entre outras.
122
O sistema digital utiliza tecnologia electrnica para gerir, arquivar e processar informao, baseada
num sistema binrio, como o exemplo da fotografia digital.
123
O LED (Light Emitting Diode) um diodo semicondutor que, ao ser estimulado com energia,
transmite luz.
46
100
90
80
Resposta espectral (%)
70
60
50
40
30
20
10
0
Infravermelho
400
450
Azul
500
550
600
650
700
Verde
Laranja
Ultravioleta
Violeta
Vermelho
Amarelo
124
Imagem retirada do Site: http://higiene-segurana-trabalho.dashofer.pt, no dia 16.07.2011.
125
A fotometria um ramo da ptica que mede o espectro visvel da luz em relao sensibilidade
luminosa do sistema visual humano. A distino entre fotometria e radiometria necessria, uma vez que
a percepo visual aos diferentes comprimentos de onda difere da realidade fsica. No entanto, possvel
converter grandezas fotomtricas em grandezas radiomtricas.
47
48
(lm) que a unidade do fluxo luminoso, o lux (lx) que a unidade de iluminncia e o
Watts/m2 que a medida do brilho.
A iluminao museogrfica implica o conhecimento, pelo muselogo, de quatro
unidades fundamentais, inter-relacionadas: o fluxo luminoso que consiste no fluxo total
emitido por uma fonte de luz; a intensidade luminosa que constitui a intensidade do
fluxo luminoso emitido por uma fonte de luz; a iluminncia, definida como o fluxo
luminoso incidente sobre uma superfcie, situada a uma certa distncia da fonte de luz; e
a luminncia, definida como a intensidade luminosa produzida ou reflectida por uma
superfcie.
Foco de luz
Iluminncia
Luminncia
126
Exposio temporria Obras de referncia dos Museus da Madeira, 500 Anos de Histria de um
Arquiplago. Patente, entre 21.11.2009 e 06.04.2010, na Galeria do Rei D. Lus I, no Palcio Nacional da
Ajuda. Esquema realizado pela autora. Fotografia tirada pela autora em Janeiro de 2010.
127
A lei de Kepler foi uma das trs leis, chamada Lei dos Perodos, formuladas por Johann Kepler (1571-
1630), a partir da observao astronmica do movimento dos planetas. Anos mais tarde, Isaac Newton
(1642-1727) desenvolveu, a partir da lei de Kepler, a lei do inverso do quadrado da distncia.
49
128
O efeito Stevens foi demonstrado por J.C. Stevens e S.S. Stevens no artigo Brightness Functions:
Effects and Adaptation. In Journal of the Optical Society of America. Vol. 53, 1963. pp. 375-385. Este
efeito e a percepo do contraste tem sido estudado, j no sc. XXI, por C.M. Liu e D. Fairchild que tm
publicado em livros e revistas da especialidade, dos quais se destaca o artigo Measuring the Relationship
between Perceived Image Contraste and Surround Illumination. In Society for Imaging Science and
Technology/ Society for Imaging Display,12th Colour Imaging Conference. Scottsdale, Arizona, 9 a
12.11.2004, pp.282 a 288.
50
129
A recta normal considerada a semi-recta perpendicular superfcie reflectora.
130
Imagem retirada do Site: http://www.geocities.ws, no dia 21.07.2011.
131
Imagem retirada do Site: http://www.geocities.ws, no dia 21.07.2011.
51
132
Outros fenmenos de complexa reflexo so por exemplo os efeitos de fluorescncia e de
fosforescncia.
133
A estrutura das asas destas borboletas, composta de finas camadas semitransparentes, tm uma sub
camada preta, composta por melanina que fornece um maior contraste cromtico.
134
Cofre. Sc.XVI. Madreprola e ferragens em cobre. 18,5x21x21,1cm. MGV, Inv2900. Informao e
imagem retiradas do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 25.07.2011.
52
Refraco da luz137
135
A lei de Beer-Lambert define o quoficiente de absoro de luz por um determinado material.
136
A lei da refraco de Snell-Descartes foi formulada por Villebrord Snell (1591-1626), em 1621, e
desenvolvida por Ren Descartes (1596-1650).
137
Imagem retirada do Site: http://afonsocfq.blogspot.com, no dia 25.07.2011.
53
Candeeiro de petrleo138
138
Candeeiro de petrleo. E.U.A. Sc.XIX (ltimo quartel). Metal prateado, metal e vidro. 54x33cm.
PNA, Inv 50478. Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix-ip.pt, no dia 18.09.2011.
54
Penumbra
Sombra prpria
Sombra projectada
mbra
139
Estatueta de Criana. Jean-Baptiste Pigalle. Sc.XVIII. Mrmore. 43cm. MCG, Inv249. A indicao
do tipo de sombras nesta pea foi realizada pela autora. Fotografia tirada pela autora em Maro de 2010.
55
56
Globo ocular140
140
Imagem retirada do Site: http://profs.ccems.pt, no dia 25.07.2011
57
141
SNOWDEN, Robert, THOMPSON, Peter e TROSCIANKO, Tom, Basic Vision, an Introduction to
Visual Perception. Oxford, Oxford University Press, 2006, p.24.
58
142
metrope o termo que designa um indivduo com uma viso considerada normal.
143
Amtrope considerado um indivduo com deficiente refraco ocular, como o caso da miopia, da
hipermetropia ou do astigmatismo, entre outros.
144
FAIRCHILD, Mark D., Color Appearance Models. Second Edition, John wiley & Sons, 2005, p.3.
145
A esclertica uma camada de tecido conjuntivo denso que d forma ao olho e protege as camadas
internas mais sensveis, excepto a crnea.
59
146
As dioptrias com valores positivos correspondem a lentes convergentes e com valores negativos a
lentes divergentes, por exemplo, uma lente convergente com distncia focal de 1m, tem o valor de +1
dioptria.
147
Imagem retirada do Site: http://www.opticapupila.com, no dia 25.07.2011.
148
Imagem retirada do Site: http://www.opticapupila.com, no dia 25.07.2011.
149
Imagem retirada do Site: http://www.opticapupila.com, no dia 25.07.2011.
150
Actualmente, existem equipamentos especializados de exames oftalmolgicos (como a retinografia, a
biometria, microscopia especular, perimetria computorizada) e de cirurgia (como a cirurgia laser).
60
151
LANTHONY, Philippe, Des Yeux pour Peindre. Paris, Runion des Muses Nationaux, 2006, pp.160
e 174.
152
Id., Ibid., p. 9.
153
SCHWARTZ, Steven H., Visual Perception. A Clinical Orientation. USA, McGraw-Hill Companies,
2009. Fourth Edition, p.6.
61
A relao dos sinais visuais com o tacto muito importante e , em parte, por
esse motivo que as crianas, numa fase inicial de desenvolvimento, tm a necessidade
de tocar em tudo o que vem.
O eixo ptico do globo ocular coincide com o centro da retina, onde se situa a
mcula155 com uma pequena concavidade de 0,4mm, chamada a fovea centralis ou
fvea que constitui, pela elevada concentrao de fotorreceptores, a zona com melhor
acuidade visual.
154
Imagem retirada do Site: http://www.upoop.pt, no dia 25.07.2011.
155
A mcula ou macula ltea uma rea oval, de cor amarela, com cerca de 1.5mm, situada junto ao
centro da retina e formada por uma camada de grande densidade de fotorreceptores.
156
Imagem retirada do Site: http://webvision.med.utah.edu, no dia 25.07.2011.
62
157
Imagem retirada do Site: http://achfoto.com.sapo.pt, no dia 25.07.2011.
158
A aparncia de forma geomtrica, destes dois tipos de clulas, originou as respectivas denominaes.
63
A associao de uma clula bipolar com cada tipo de fotorreceptor difere, uma
vez que esta clula necessita de cinco impulsos elctricos para ser estimulada e os
fotorreceptores possuem diferentes sensibilidades fotoqumicas. Deste modo, cada
clula bipolar encontra-se agregada a um s cone ou a um grupo de cinco bastonetes.
Por sua vez, cada clula bipolar possui um campo receptivo ou rea de sinapse
com as clulas horizontais. Esta rea formada por duas zonas concntricas, de centro e
de periferia, que transmitem sinais antagnicos entre si, ou seja, se o centro emite um
sinal excitativo, a periferia ope-se com um sinal inibitrio e vice-versa. Estes impulsos
nervosos so transmitidos, por sinapse, s clulas amcrinas que os reenviam s clulas
ganglionares.
Existem trs tipos de clulas ganglionares: as M (Magno), as P (Parvo) e as K
(Koniocelular) que simplificam a descodificao da informao. Estas clulas possuem
dois tipos de campos receptivos, formados por um centro e uma periferia, que
funcionam por oposio. O primeiro tipo chamado de centro-On, em que o centro
transmite um sinal excitatrio e a periferia um sinal inibitrio e, o segundo tipo de
campo receptivo, denominado de centro-Off que apresenta o processo inverso. Estes
dois tipos de centro-periferia s so estimulados quando h alteraes na informao
quer sejam de espao (como os limites de contraste cromtico ou de luminosidade num
objecto) quer sejam de tempo (como um sbito aumento ou reduo da intensidade de
iluminao).
Esta informao , posteriormente, enviada pelos axnios das clulas
ganglionares que se juntam, formando o nervo ptico. Este inicia-se no disco ptico ou
ponto cego159, situado na parte posterior da retina.
O nervo ptico que emerge de cada globo ocular, estende-se at ao quiasma
ptico. Neste, h uma diviso dos axnios, em que os que correspondem face temporal
da retina mantm-se lateralmente e os equivalentes face nasal cruzam para o lado
oposto, indo-se juntar aos da face temporal da retina do outro globo ocular. Este
cruzamento das fibras dos nervos pticos, emergentes de cada globo ocular, possui um
papel fundamental na viso tridimensional.
159
O disco ptico chamado de ponto cego, uma vez que constitui uma abertura no globo ocular, com
cerca de 1,5mm, por onde sai o nervo ptico e que no possui fotoreceptores, sendo, por isso, um ponto
invisual.
64
Esta diviso permite a unio das fibras nervosas que transportam a informao
do campo visual esquerdo dos dois olhos no trato ptico esquerdo e do campo visual
direito dos dois olhos no trato ptico direito, o que significa que cada hemisfrio
cerebral recebe informao de ambos os olhos.
160
Imagem retirada do Site: http://sentidos5espsmm.blogspot.com, no dia 25.07.2011.
161
A descoberta do processamento da informao no crtex visual primrio ou V1, foi feita por Torsten
Wiesel (1924) e David Hubel(1926), o que lhes valeu o Prmio Nobel da Fisiologia/ Medicina, em 1981.
65
find that the cells in the later extrastriate areas are almost all binocular162, como
referem Robert Snowden, Peter Thompson e Tom Troscianko.
162
SNOWDEN, Robert, et al., op. cit., p.87.
163
Id, Ibid., p.88.
66
164
SOURIAU, tienne, op. cit., p.1121.
165
LUCK, Steven J. e HOLLINGWORTH, Andrew Richard. Visual Memory. Oxford, Oxford University
Press, 2008, p.4.
166
Este termo foi definido e documentado, em 1960, pelo psiclogo George Sperling.
167
George Armitage Miller (1920) considerado um dos fundadores da cincia cognitiva moderna. Em
1956, definiu a teoria sobre a capacidade do ser humano em recordar estmulos na memria de curto
67
prazo, publicada na obra The Magical Number Seven, Plus or Minus Two: Some Limits on our Capacity
for Processing Information. Esta teoria ficaria conhecida como a lei de Miller.
168
LUCK, Steven J. e HOLLINGWORTH, Andrew Richard, op. cit., p.7.
169
CRANE, Susan A., Museums and Memory. California, Stanford University Press, 2000, p.3.
68
Segmento externo
que contm compostos Segmento externo
qumicos sensveis luz que contm compostos
qumicos sensveis luz
Ncleo
Ncleo
Bastonete Cone
Esquema da composio de um bastonete e de um cone170
170
Imagem retirada do Site: http://dialogusbiolocus.blogspot.com, no dia 25.07.2011.
69
171
O daltonismo foi pela primeira vez estudado e apresentado em 1794, pelo qumico John Dalton (1766-
1844) que tambm sofria desta patologia.
172
ELIAS, Mady e LAFAIT, Jacques, op.cit., p.42.
173
William Albert Hugh Rushton (1901-1980) enunciou, em 1970, o princpio da univarincia no seu
artigo Pigments and signals in colour vision.
70
174
Imagem retirada do Site: http://www.webexhibits.org, no dia 25.07.2011.
71
175
SNOWDEN, Robert et al., op. cit., p.39.
72
176
Imagem retirada do Site: www.unmc.edu, no dia 25.07.2011.
73
177
Este fenmeno foi definido por Johannes Evangelista Purkinje (1787-1869), fisiologista e histologista
checo; relaciona-se com a percepo da cor e da intensidade da luz na percepo visual da matria.
178
Imagem retirada do Site: http://webvision.med.utah.edu, no dia 25.07.2011.
74
uma hora para a rodopsina estabilizar e nos cones cerca de sete minutos para a opsina
assentar, gerando after images em positivo. A alterao inversa de luminosidade
significa que a fvea central se torna menos sensvel do que as suas zonas perifricas,
criando after images em negativo.
A percepo tridimensional do espao fundamental na orientao do
observador e na percepo da distribuio espacial dos objectos, a nvel da sua
localizao e da respectiva distncia, no campo visual.
A viso bifocal, ou seja, processada por dois globos oculares que se
encontram na parte frontal da face, afastados um do outro cerca de 6 a 6,5 cm. Apesar
de os dois olhos se movimentarem em simultneo e na mesma direco, possuem uma
disparidade retinal.
A disposio anatmica dos olhos reduz o campo de viso para 180 graus. No
entanto, a capacidade de movimento dos olhos e de rotao e inclinao da cabea
permitem alcanar um campo visual mais abrangente.
179
Imagem retirada do Site: www.geocities.ws, no dia 17.09.2011.
75
eyes. Evidence that these binocular neurons are actually used in stereoscopic depth was
reported by [Colin] Blakemore (1976)180.
O processamento da informao de um objecto gerado por estmulos de
contraste, descodificados pelos campos receptivos antagnicos das clulas ganglionares
e das clulas do ncleo geniculado lateral que os enviam ao crtex visual. Estes sinais
de contraste diferencial incluem a comparao de linhas ou pontos limtrofes de
luminosidade e de cor que so interligados nas vrias reas especializadas do crtex
visual, constituindo os indicadores perceptivos da forma, do tamanho, da orientao, da
distncia e da profundidade do objecto no espao tridimensional.
A percepo de profundidade pode ser transmitida por sinais oculomotores,
monoculares e binoculares. Importa referir que os sinais monoculares, constituindo
sinais transmitidos pelo campo visual de cada globo ocular, tornam-se sinais
binoculares, aps a descodificao da informao no crtex visual, excepto se o
observador mantiver um dos olhos fechados (como o caso dos chamados sinais
pictricos) ou sofrer de alguma patologia visual.
Os sinais pictricos, monoculares, so utilizados pelos artistas nas
representaes pictricas bidimensionais, enquanto indcios de tridimensionalidade,
como a perspectiva linear ou o sombreado que originam a sensao de profundidade. De
facto, verifica-se, independentemente das diferentes distncias representadas que, a
nvel fisiolgico, os graus de convergncia, de acomodao e de disparidade binocular
do observador, mantm-se idnticos na anlise de toda a obra.
Os sinais oculomotores incluem, sobretudo, os fenmenos de convergncia e de
acomodao ocular, cujos movimentos musculares transmitem ao crebro sinais sobre a
distncia visual dos objectos.
Os principais sinais monoculares e binoculares so:
- o contraste entre a luz e a sombra, em que a direco e o comprimento da
sombra de um objecto iluminado, definem a respectiva posio e profundidade
no espao;
- o tamanho relativo e a sobreposio entre dois objectos, os quais revelam que,
no primeiro caso, o objecto maior, e no segundo, o sobreposto, se encontram
mais prximos;
180
EYSENCK, Michael W. e KEANE, Mark T., Cognitive Psychology: a Students Handbook. New
York, Psychology Press, 2005. Fifth Edition, p.61.
76
181
BRUCE, Vicki; GREEN, Patrick R. e GEORGESON, Mark A., Visual Perception: Physiology,
Psychology & Ecology. New York, Psychology Press, 2003, p.207.
182
WAGNER, Mark, The Geometries of Visual Space. New Jersey, Lawrence Erlbaum Associates, 2006,
p.2.
77
183
SOURIAU, tienne, op. cit., p.760.
78
79
184
GOMBRISH, Ernest Hans; HOCHBERG, Julian E. e BLACK, Max, Art, Perception and Reality.
London, Johns Hopkins Press, 1996, p.6.
80
185
SNOWDEN, Robert et al., op. cit., p.6.
186
Pesquisa baseada nos estudos de A. L. YARBUS e na sua obra Eye Movements and Vision (New York,
Plenum Press, 1967). Informao consultada e imagem retirada do Site: http://www.Washington.edu, no
dia 10.09.2011.
81
sobre esta matria: everyone knows what attention is. It is the taking possession of the
mind in clear and vivid form, of one out of what seem several simultaneously possible
objects or trains of thought. Focalisation, concentration, of consciousness are of its
essence188; estes princpios conceptuais distinguiam uma ateno activa, controlada
pelos objectivos e expectativas do indivduo e uma passiva, influenciada por estmulos
externos.
Actualmente, a ateno envolve uma investigao interdisciplinar, incluindo
vrias reas cientficas como a neuropsicologia, a neurocincia cognitiva, a
psicofisiologia ou a filosofia, uma vez que a ateno constitui um complexo processo
fisiolgico e cognitivo de seleco perceptual.
O sistema visual processa a informao atravs de mecanismos psicofisiolgicos
de seleco e de simplificao, possuindo uma capacidade limitada no momento de
processamento da informao. Deste modo, a ateno fundamental: to restrict the
input to the conceptual system in order to prevent overload189.
A ateno visual pode ser classificada como endgena e exgena. A primeira
constitui uma motivao consciente, sendo o prprio indivduo a dirigir e a focar o olhar
num determinado objecto, requerendo esforo e tempo de concentrao. A ateno
exgena provocada por um estmulo exterior que atrai o olhar, constituindo um reflexo
automtico, rpido e transitrio.
A ateno endgena, ao implicar um esforo de concentrao, altera a percepo
sensorial exterior, no s ao nvel da viso, chamada, cientificamente, de cegueira
inatencional; como tambm interfere com outros sentidos, como o caso de bloqueio da
audio durante o tempo de concentrao visual.
A cegueira inatencional tem sido estudada por Arien Mack e Irving Rock, sendo
definida como: blindness caused by not attending to a stimulus [] not seeing
something that is plainly before your eyes [] when your attention is narrowly
focused190.
187
William James (1842-1910), psiclogo e filsofo americano que, em 1890, publicou The Principles of
Psychology, onde desenvolveu vrios conceitos, entre eles a ateno.
188
EYSENCK, Michael W. e KEANE, Mark T., op. cit., p.141.
189
JOHNSON, Addie e PROCTOR, Robert W., Attention: Theory and Practice. USA, Sage Publications,
2004, p.58.
190
COON, Dennis e MILTERER, John O., Introduction to Psychology: Gateways to Mind and Behavior.
USA, Wadsworth, Cengage Learning, 2008, p.153.
82
191
JOHNSON, Addie e PROCTOR, Robert W., op. cit., p.71.
192
CUTTLE, Christopher, op. cit. (Prefcio).
83
84
CAPTULO 2
A ILUMINAO DE OBJECTOS DE ARTE
A ideia criadora de uma obra de arte possui, na sua essncia, a interaco da luz
com a matria, uma vez que o pensamento, ao desencadear mecanismos cognitivos de
concepo material, recorre memria visual, construda a partir da percepo visual da
193
Normas de Inventrio, cit., p.69.
85
luz, como afirma Rudolf Arnheim: luz e sombra no mais so aplicadas aos objectos,
mas deles fazem parte194.
O conhecimento da interferncia da luz com a matria, permite um princpio
fundamental na criao artstica, a capacidade de controle da luz. Este feito durante a
execuo da obra de arte, atravs de uma pr-seleco dos respectivos atributos fsicos
(o material, a cor, a forma e a textura), em funo no s do efeito visual que produzem
ao serem iluminados, como tambm da definio da orientao representativa ou
decorativa na obra e do controle da iluminao, natural ou artificial, durante o acto de
produo da mesma.
O estudo e o conhecimento artstico sobre o efeito produzido pela luz no objecto
e a luz nele representada, nesta fase criativa, revela-se, ao longo da histria de arte, em
mltiplos esboos, projectos ou apontamentos fotogrficos preparatrios e em
referncias bibliogrficas sobre a matria, essenciais na formao artstica.
O Trattato della pittura195, de Leonardo da Vinci, possui um captulo
exclusivamente dedicado luz e sombra na pintura.
Della chiarezza del lume derivativo196 Como si deve conoscere qual parte del corpo
deve essere pi o men luminosa che le altre197
A obra era criada pelo artista, atendendo a uma direco estratgica de luz
natural. At aos finais do sc. XIX, embora houvesse iluminao artificial nos espaos
artsticos, o trabalho cingia-se, sobretudo, s horas de luz natural, uma vez que a
194
ARNHEIM, Rudolf, op. cit., p.318.
195
Esta obra constitui uma compilao pstuma de escritos de Leonardo da Vinci (1452-1519), impressa
pela primeira vez em 1651.
196
VINCI, Leonardo da, Trattato della Pittura. Storia dItalia Einaudi. 1924. P.342. Imagem retirada do
Site: http://www.liberliber.it, no dia 23.09.2010.
197
Idem, Ibidem. P.360. Imagem retirada do Site: http://www.liberliber.it, no dia 23.09.2010.
86
Scriptorium num mosteiro medieval200 La bottega del pittore a olio201, ca. 1595
198
A parafina um derivado do petrleo, tendo sido descoberta por Carl Reichenbach (1788-1869); uma
das suas principais propriedades a combusto, sendo utilizada na fabricao de velas.
199
A lmpada incandescente, foi inventada, em 1870, por Joseph Swan (1828-1914) e Thomas Edison
(1847-1931).
200
Gravura pertencente National Library of Russia. Imagem retirada do Site: http://www.nlr.ru, a
24.07.2010.
201
BORDINI, Silvia, Materia e Immagine. Fonti sulle Tecniche della Pittura. Roma, Leonardo De Luca
Editori, 1991, p.35. Gravura da autoria de Philip Galle (1537-1612), pertencente ao RijksprentenKabinet,
Amesterdo.
87
Fachada dos ateliers dos pintores Soares dos Reis202 e Jos Malhoa203
202
Fachada do atelier de Soares dos Reis, em Vila Nova de Gaia, In Album Fototpico de 1889. MNSR,
Inv17342. Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, a 29.07.2010.
203
Imagem retirada do Site: http://premiosvalmor.blogspot.com, no dia 12.10.2010.
204
Vista geral do atelier, em 1905. Imagem tirada do Site: http://www.rodin-web.org, no dia 22.07.2010.
205
Atelier de Pintura. Enrique Casanova. 1889-1895. Aguarela sobre papel. 27,5x19,9 cm. PNA,
Inv55450/4. Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-pt, no dia 29.07.2010.
88
206
O atelier de pintura, com uma decorao neogtica, foi projectado por Leandro Braga, em 1887, sendo
uma das salas preferidas do Rei D. Lus I.
207
BELL, Julian, 500 Self-portraits. London, Phaidon Press, 2004, p.178. The Painter in his Studio.
Adrien van Ostade (1610-1685). 1663. Gemldegalerie (Dresden).
208
Id., Ibid., p.157. Las Meninas. Diego Velzquez (1599-1660). 1656. Museo del Prado.
209
The Artists Studio. Johanes Vermeer (1632-1675). 1665. Kunsthistorisches Museum (Viena, Austria).
Imagem retirada do Site: http://www.vermeer-foundation.org, no dia 24.07.2010.
89
210
Escultor Alberto Nunes. Antnio Ramalho. 1887. leo sobre tela. 90x73 cm. MC-MNAC, Inv63.
Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 29.07.2010.
211
Imagem retirada do Site: http://www.rodin-web.org, no dia 03.08.2010.
212
RIGAUD, John Francis, A Treatise of Painting, by Leonardo da Vinci: Faithfully Translated from the
Original Italian. London, J.B. Nichols and Son, 1835, p.101.
213
Interieur de lAtelier de David au Collge des Quatre-Nations. Lon Mathieu Cochereau. Museu do
Louvre. Imagem retirada do Site: http://www.histoire-image.org, no dia 26.07.2010.
214
O Atelier do Estaturio Simes de Almeida. Jos Malhoa. 1883. leo sobre tela. Museu de Arte de So
Paulo. Imagem retirada do Site: http://pt.wikipedia.org, no dia 23.07.2010.
215
FONT-RAULX, Dominique de, The Artists Studio. Photography at the Muse dOrsay. Paris, 5
Continents, 2005. (CAT.23) Le Sculpteur Louis de Monard (1873-1939) avec La Chasse de laigle.
Anonyme. 1906.
216
O pintor americano John Goffe Rand inventou, em1841, o tubo de metal para guardar as tintas de leo.
217
A manufactura da Winsor & Newton foi fundada, em 1832, em Londres.
218
A manufactura Schmincke foi fundada, em 1881, em Erkrath, na Alemanha.
90
poderem deslocar com os seus materiais para o exterior, facilitando a produo nas suas
viagens.
219
Van Gogh painting sunflowers. Paul Gauguin (1848-1903), 1888. Van Gogh Museum, Amesterdo.
Imagem retirada do Site: http://www.vangoghmuseum.nl, no dia 06.08.2010.
220
Imagem retirada do Site: http://museesgalerie.pagesperso-orange.fr, no dia 23.07.2010.
221
O escultor Rembrandt Bugatti (1884-1916) produzia os modelos de animais por observao directa,
frequentemente no Jardim Zoolgico de Anturpia. Imagem retirada do Site:
http://www.bugattibuilder.com, no dia 03.08.2010.
222
Monet et sa Femme sur le Bateau-Atelier. Edouard Manet. 1874. leo sobre tela. Neue Pinakothek de
Munich. Imagem retirada do Site: http://www.lemondedesarts.com, no dia 03.08.2010.
223
Na Floresta de Fontainebleau, Columbano Bordalo Pinheiro. c.1882. Imagem retirada do Site:
http://memoriasimagens.blogspot.com, no dia 07.08.2010.
224
Imagem retirada do Site: http://www.nga.gov, no dia 05.08.2010.
91
The Artist in his Studio, The Painter before his Self-Portrait, in the
225 226
Rembrandt van Rijn picture. Honor Daumier Studio Francisco Goya227
225
BORDINI, Silvia, op. cit., p.64.
226
BELL, Julian, op. cit., p.296. The Painter before his picture. Honor Daumier. 1870. leo sobre tela.
Phillips Collection, Washington DC.
227
BELL, Julian, op. cit., p.247. Self-Portrait in the Studio. Francisco Goya (1746-1828). C.1791-2. leo
sobre tela. Academia di San Fernando, Madrid.
228
DRURY, Elizabeth, Antigedades. Tcnicas Artesanas Tradicionales, Grandes Maestros y cmo
autentificar las Obras. Barcelona. Ediciones Folio, 1991, p.35. Ilustrao da Encyclopdie de Diderot.
229
Oficina de ourives com a janela virada a Norte. Museu do Ouro, em Travassos.
92
230
A Fabrica de Faianas das Caldas da Rainha foi inaugurada em 1884, sob a direco de Rafael Bordalo
Pinheiro. O edifcio, de influncia japonesa, era constitudo por vrios espaos, entre eles, o forno de
sistema Minton, as oficinas de loia artstica e a sala de exposio dos produtos da fbrica. Esta gravura
foi publicada no Occidente, Revista Illustrada de Portugal e do Estrangeiro (10Ano Vol. X N321
21 de Fevereiro de 1887). Imagem retirada do Site: http://cavacosdascaldas.blogspot.com, no dia
05.08.2010.
231
DRURY, Elizabeth, op. cit., p.152.
232
BERGERON, Andr, Lclairage dans les Institutions Musales. Qubec, Socit des Muses
Qubcois, 1992, p.42.
233
CUTTLE, Christopher, op. cit., p.6.
234
TANIZAKI, Junichiro, Elogio da Sombra. Lisboa, Relgio Dgua, 1999, pp.25 e 26.
93
235
Santa Clara. Giovanni Battista Maini (1690-1752). 1728-1730. Itlia, Roma. Terracota. 70,5x31x21
cm. PNM, Inv 1040. Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 06.09.2010.
236
Santa Clara. Giovanni Battista Maini (1690-1752). Sc. XVIII. Mrmore. Imagem retirada do Site:
http://upload.wikimedia.org, no dia 06.09.2010.
94
A matria de uma obra de arte pode ser identificada por trs mtodos de anlise
qumica, microscpica ou por identificao visual. Apesar dos dois primeiros tipos de
anlise constiturem uma importante fonte de informao na identificao da
composio molecular dos materiais, da sua origem geogrfica e de tcnicas artsticas,
so utilizadas sobretudo no processo de restauro de obras de arte. De igual modo, a
nvel das propriedades pticas dos materiais, a medio do ndice de Refraco (IR), ao
implicar uma anlise molecular, aliada a factores condicionantes (como a frequncia da
luz incidente ou a temperatura) ou a consulta das respectivas tabelas de IR, ao exigirem
conhecimentos especializados sobre a composio molecular dos materiais, constituem
uma avaliao tcnica que tem sido utilizada exclusivamente no restauro.
A identificao visual constitui, deste modo, o principal mtodo de anlise
adoptado na pesquisa e na inventariao museolgica da obra de arte. No entanto, os
mtodos de restauro, alm de fornecerem informaes tcnicas relevantes na definio
de medidas de conservao preventiva, podero contribuir para um maior conhecimento
das propriedades pticas dos materiais e da sua consequente aplicabilidade expositiva.
As propriedades pticas dos materiais na sua interaco (reflexo, absoro,
refraco e transmisso) com a luz, conforme foi referido no subcaptulo anterior (1.2.),
constituem fenmenos pticos essenciais no conhecimento da percepo visual dos
objectos.
Embora o actual sistema de inventariao inclua uma detalhada informao
sobre cada pea, no compreende uma avaliao ptica dos materiais componentes da
mesma, essencial a uma correcta iluminao expositiva e legibilidade da pea. Ora, a
inexistncia desta avaliao ptica dos materiais no inventrio museolgico, repercute-
se na respectiva valorizao expositiva.
Constata-se este facto nas bases de dados sobre as coleces, disponveis em
diversos sites de museus, que ao possibilitarem uma pesquisa da obra de arte em todas
as suas componentes de informao terica, artstica e visual (como o Atlas: Database
of exhibits237 do Museu do Louvre, o Collection Database238 do Metropolitain Museum
of Art ou o Matriznet e Matrizpix, do Ministrio da Cultura), criam expectativas no
potencial visitante.
237
Informao consultada no Site: http://www.louvre.fr.
238
Informao consultada no Site: http://www.metmuseum.org.
95
239
Jarro. Josiah Wedgwood and Sons. C.1785-90. Porcelana. MET, Inv32.95.14. Imagem retirada do
Site: http://www.metmuseum.org, no dia 07.09.2010.
240
Fotografia tirada pela autora no MET, em Maro 2010.
241
Santa Catarina. Inglaterra. Sc.XV. Alabastro policromado. 96,5x15x31cm. MNAA, Inv144 Esc.
Imagem retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 07.09.2010.
242
Fotografia tirada pela autora no MNAA, em Fevereiro de 2010.
96
243
Normas de Inventrio, cit., pp.83 a 87.
97
98
244
Copo. Antnio Firmo da Costa. Sc.XIX. Prata e prata dourada. 9,5x8,7cm. MNAA, Inv 1268 Our.
Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 06.09.2010.
245
Copo de criana. Albert Coles. Ca. 1860. Prata. 7,3x8,9cm. MET, Inv52.113.1 Imagem retirada do
Site: http://www.metmuseum.org, no dia 05.10.2010.
246
Copo. Sc.XVII. Prata. MNAA, Inv 231 Our. Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-
ip.pt, no dia 06.09.2010.
99
247
ELIAS, Mady e LAFAIT, Jacques, op. cit., p.87.
100
Natureza morta com fruta248 Bacia de barba249 (Cor com Licoreiro250 (Cor com
(Cor com funo esttica) funo decorativo-utilitria) funo utilitria)
248
Natureza morta com fruta. Antnio Pereda y Salgado. Escola espanhola. 1650-1651. Pintura a leo
sobre tela. 75x143cm. MNAA, Inv469 Pint. Imagem retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no
dia 13.09.2010.
249
Bacia de barba. Manuel da Costa Brioso. 1775-1800. Faiana. 32x7,5x38,7 cm. MNMC, Inv 4744,
C378. Imagem retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 21.09.2011.
250
Licoreiro. Alemanha. 1862-1889. Vidro transparente acastanhado. 20,3x5cm. PNA, Inv 851. Imagem
retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 13.09.2010.
251
Este centro de mesa ou surtout faz parte da grande Baixela portuguesa, encomendada pelo Rei D. Jos
I ao mestre ourives Franois Thomas Germain, em 1755-1756. Na elaborao desta pea, colaborou o
escultor tienne Maurice Falconet (1716-1791), conforme o afirma Christiane Perrin na obra:
GODINHO, Isabel Silveira (Coord.), A Baixela de Sua Magestade Fidelssima, Uma obra de Franois
Thomas Germain. Lisboa, Ministrio da Cultura/ Instituto Portugus do Patrimnio Arquitectnico/
Palcio Nacional da Ajuda, 2002, p.24.
101
A cor de um material pode ser escolhida pelo artista quando a pea desempenha
uma funo esttica de representao pictrica ou quando no interfere com o
desempenho da respectiva funo utilitria, como o caso de cores mimticas aplicadas
na estrutura ou no revestimento de algumas peas. Estas, como exemplificado em
seguida, enganam a percepo visual de constncia de cor, uma vez que cada material,
orgnico ou inorgnico, identificado com o material predominante em cada tcnica
artstica.
Frasco256 (vidro a imitar porcelana) Brincos257 (quartzo com forro colorido a imitar
ametista)
252
Medalho com miniatura. Portugal. 1801-1825. Prata, cristais de rocha e marfim. 8,2x4,9cm. MNAA,
Inv1186 Joa. Imagem retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 13.09.2010.
253
Centro de mesa. Franois Thomas Germain. 1729-1730. Prata. 72,8x80,7x56,8cm. MNAA, Inv1827
Our. Imagem retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 17.09.2010.
254
Aucareiro. Sc.XIX. Cermica. 12,3x10,5cm. MAB, Inv958. Imagem retirada do Site:
http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 13.09.2010.
255
Clice. Estilo veneziano. 1862-1891. Vidro opaco com pintura marmoreada. 10,6x9,2x7,5cm. PNA,
Inv747. Imagem retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 16.09.2010.
102
Saleiro259 Bule260
256
Frasco. Sc.XVIII-XIX. Vidro coalhado e metal. 10,7x5,9x6,7cm. MAS, Inv V16. Imagem retirada
do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 16.09.2010.
257
Brincos (par). Sc.XVIII. Prata, ouro, lascas de diamante e quartzo com forro colorido. 3,4x2,3cm.
MA, Inv67D. Imagem retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 16.09.2010.
258
GAGE, John, Colour in Art. London, Thames & Hudson, 2006, p.11.
259
Saleiro. Franois Thomas Germain. 1757-1761. Prata e prata dourada. 21x9,4x12cm. MNAA,
Inv1840 Our. Imagem retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 20.09.2010.
103
260
Bule. Jos Pereira Ribeiro (atrib.). Porto. 1768-1784. Prata. 19,5x31,4x9,5cm. MNSR, Inv25 Our.
Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 20.09.2010.
104
261
Copo/ Servio de mesa. Baccarat. Paris, Frana. 1898-1901. Vidro. PNA, Inv 22099. Imagem retirada
do Site: http://www.pnajuda.imc-ip.pt, no dia 20.09.2010.
262
ARNHEIM, Rudolf, op. cit., p.89.
105
263
Pormenor da aguarela: Igreja Matriz das Caldas da Rainha [Igreja de Nossa Senhora do Populo].
Alberto de Souza (1880-1961). 1940. Aguarela. 45x36cm. MJM, Inv Pin.149. Imagem retirada do Site:
http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 22.09.2010.
264
A chvena de ch. Columbano Bordalo Pinheiro. 1898. leo sobre tela. 34x26cm. MC-MNAC,
Inv630. Imagem retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 22.09.2010.
106
265
Os pormenores pertencem s seguintes peas (enumeradas da esquerda para a direita e de cima para
baixo): Afrodite, mrmore, Inv52.11.5; Salva, prata, Inv 66.52.2; Frasco romano, vidro, Inv 15.43.168;
Travessa de cabelo, Ouro, esmalte, prolas e chifre, Inv52.43.3; Taa de libao, ouro, Inv 62.11.1;
Camafeu Cosimo de Medici, lpis-lazli, Inv 38.150.13; Copo, vidro, Inv30.120.308; Mscara, bronze,
Inv58.140; O enterro de Cristo, madeira, Inv16.32.220. As imagens do camafeu e do enterro de Cristo
foram retiradas do Site: http://www.metmuseum.org, no dia 23.09.2010. As restantes constituem
fotografias da autora, tiradas em Maro de 2010.
107
indirecta, realando o seu simbolismo espiritual e por uma iluminao artificial inferior,
fazendo a figura pairar no alto da escadaria, j liberta de amarras humanas.
266
Imagem retirada do Site: http://www.flickr.com, no dia 22.09.2010.
267
KANDINSKY, Wassily, Do Espiritual na Arte. Alfragide, D. Quixote, 2010, 8 Edio, p.113.
108
268
SOURIAU, tienne, op. cit., p.447.
109
Centro psicovisual
Centro formal
Centro de gravidade
Eixos de movimento da figura
269
BOULEAU, Charles, Charpentes: La Gomtrie Secrte des Peintres. Paris, Editions Seuil, 1963, p.8.
270
Cennino dAndrea Cennini (1370-1440), pintor, escreveu um manual de instrues sobre a arte do
Renascimento, denominado: Il libro dellarte [Dover Publications, 1954]; Leon Battista Alberti (1404-
1472), humanista e arquitecto, autor de dois tratados: De Pictura e De Statua, publicados em 1435 e em
1464 [Cambridge Univerty Press, 2011]; o pintor e matemtico italiano, Piero Della Francesca (1416-
1492), escreveu um tratado sobre a perspectiva: De prospectiva pingendi [Aboca Edizione, 2008]; a
Leonardo da Vinci (1452-1519), intitulado Trattato della Pittura, publicada pela primeira vez em 1651;
Albrecht Drer (1471-1528) escreveu dois tratados: Instruo para medies rgua e ao compasso,
publicado em 1525 [Abaris Bks., 1978] e Sobre proporo do corpo humano, publicado em 1528
[Babenberg Verlag; Crds edition, 2005]; Gian Paolo Lomazzo (1538-1600) autor de vrios tratados,
sendo o mais importante, nesta temtica, o Trattato dell'arte della pittura, scoltura et architettura;
Ferdinand Victor Eugne Delacroix (1798-1863) escreveu relevantes textos sobre a matria, como crits
sur lArt [Seguier, 2003].
271
ARNHEIM, Rudolf. op. cit., p. 12.
272
ARNHEIM, Rudolf. op. cit., p. 6.
273
Daphn (poursuivie par Apollon). Guillaume Coustou (1677-1746). 1713-1715. Escultura em
mrmore. Museu do Louvre, Inv MR 1807. Indicao dos centros estruturais e linhas de fora, na
imagem, efectuada pela autora. Imagem retirada do Site: http://www.culture.gouv.fr, no dia 26.11.2010.
110
sugerido, atravs do sentido e da orientao das respectivas linhas. Este centro inicia o
fio condutor do olhar e exerce, sobre este, uma forte atraco.
O centro formal da obra de arte a sua rea, o seu centro representativo por
aglutinar os outros grandes valores e motivos imanentes e significantes da pea o seu
corpo, os seus volumes, as cores, os movimentos, os gestos - organizados na grelha de
linhas de fora e de eixos geomtricos estruturais subjacentes que constituem o seu
esqueleto. Este centro, num primeiro relance parece concentrar a existncia da obra,
apesar do seu significado, num segundo olhar, depender sobretudo da fora do centro
psicovisual.
Este centro formal pode ou no coincidir com um centro importante, embora
secundrio no desenvolvimento desta temtica, o centro de gravidade. Na fsica, este
centro ou baricentro o ponto onde, teoricamente, considerada a aplicao da fora de
gravidade de toda a matria, sendo tambm o que assegura nossa mente, treinada e
moldada pelo efeito dessa fora de gravidade, o equilbrio necessrio plena aceitao
dos objectos. De facto, a sua localizao na obra imediatamente intuda pelo artista e
pelo observador.
Assim, se estes dois centros, o formal e o de gravidade, coincidirem na obra de
arte, h a tendncia para um maior equilbrio e simetria da pea; se se afastarem,
caminha-se para o efeito contrrio, como tantas vezes sucede na escultura barroca. Este
o caso da escultura Dafne perseguida por Apolo (imagem anterior), onde o centro
formal, por se situar no cruzamento dos grandes eixos de movimento da figura (linhas a
verde), os reala, impedindo essa coincidncia.
Adquirimos o conhecimento sobre o peso e o equilbrio da massa dos objectos
num lento processo de aprendizagem experimental, educacional e cultural. De assinalar
que desde os seis meses de vida que o ser humano comea a testar o efeito do peso
gravitacional e da consistncia dos materiais, ao tentar agarrar qualquer objecto ao seu
alcance, desprendendo-o de seguida e ao bater com as mos repetidamente nas
superfcies, iniciando o processo de memorizao tctil do mundo que o rodeia.
Dado que a mente humana formatada pela gravidade, natural que as artes
plsticas sejam foradas a respeit-la. Assim, na sequncia do eixo vertical, central (A,
A, A) que automaticamente sugerido pela viso de um objecto, os restantes
elementos que o constituem agrupam-se a um lado e outro, procurando equilbrios.
111
A A A
Este equilbrio, subjacente s obras de arte, pode ser mais ou menos dinmico e
, de novo, a viso do artista que pondera os pesos a ambos os lados do eixo pelo uso
da fora da cor e da forma, permitindo evitar a monotonia de uma representao ou de
uma simetria dominada por um excesso de linhas rectilneas ou arredondadas.
assim que nos esquemas simplificados - B e C - podemos substituir os crculos
ou formas apresentadas, como exemplo, pelo jogo de volumes ou manchas de cor, por
efeitos de luz, como os famosos efeitos de claro-escuro de Caravaggio, de Rembrandt
ou de Goya, pelos sfumattos de Leonardo da Vinci, pelas penumbras de Columbano ou
os raios de sol de Silva Porto.
B C
112
Estes estudos envolvem dois tipos distintos de estrutura geomtrica: a primeira refere-se
geometria subjacente na representao ou na decorao bidimensional (como o
comprovam os Estudos para um altar e Clara ou Torcendo a roupa, cuja quadricula
indica a transposio das respectivas propores e cujo centro formal, situado no
cruzamento das grandes diagonais do quadro, destaca o tema ou, ainda, os projectos
decorativos para peas de cermica que ilustram este texto); o segundo tipo diz respeito
composio estrutural e decorativa do objecto tridimensional (como o modelo para a
esttua O Rapto de Ganimedes e os estudos para diversas peas de artes decorativas).
274
Estudo para um altar. Oberrheim. 1500. Desenho sobre papel. 62,6x29,9cm. Kunstmuseum de
Basileia, InvU.111.1. Imagem retirada do Site: http://www.kunstmuseumbasel.de, no dia 12.11.2010.
275
Estudo para o quadro Clara. Jos Malhoa. Sc.XX. Carvo sobre papel. 55,5x30,5cm. MJM, Inv190.
Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 15.10.2010.
276
Clara ou Torcendo a roupa. Jos Malhoa. 1903. leo sobre tela. 244x134cm. MJM, Inv1604. Imagem
retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 15.10.2010.
277
O Rapto de Ganimedes. Antnio Fernandes de S. 1898. Escultura em gesso. 149x190x90cm. MNSR,
Inv Dep.194/97 MNSR. Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 10.11.2010.
278
O Rapto de Ganimedes. Antnio Fernandes de S. 1898. Escultura em bronze. Esttua colocada na
Praa da Repblica, no Porto. Imagem retirada do Site: http://quartarepublica.blogspot.com, no dia
10.11.2010.
113
279
Da esquerda para a direita e de cima para baixo: (1) Dix dessins: thrires, tasse, sucrier. Page
dalbum. Eugne Froment. 1880. 27,4x37,6cm. Inv CD6736.33. (2) Huilier-vinaigrier aux citrons. Page
dalbum. Annimo. Augsbourg. Sc.XVIII, 36,5x35,5cm. Inv CD.4284.125. (3) Dix modles de peignes.
Page dalbum. Maison Petiteau, Paris. 1850-1878. Desenho a carvo, guache e aguarela. 46x30,7 cm.
Inv CD.7445.82 a 91. (4) Canap Louis XIV, petit sculpture, ceinture. Page dalbum. Annimo, Frana.
Sc. XIX. Inv CD 6737.17. (5) Etagre suspendue et bibelots. Alphonse Giroux. Maison Giroux. Frana.
1852-1870. 31x47,5cm. Inv CD.6495.55. Imagens retiradas do Site: http://www.lesartsdecoratifs.fr, no
dia 15.10.2010.
280
BOULEAU, Charles. op. cit., p.30.
114
A funo inicial de uma obra de arte define duas ndoles distintas de centro
psicovisual. As artes plsticas e os objectos decorativo-utilitrios possuem, neste centro,
a principal mensagem esttico-artstica da obra que pode apresentar um carcter geral
(implicando uma leitura visual global que passa a ser, em si prprio, o centro), ou um
carcter de detalhe (referindo-se a um s elemento iniciador do percurso interpretativo).
Os objectos utilitrios constituem o centro psicovisual, uma vez que qualquer obra de
arte um objecto perceptual283, sendo definido pela sua funcionalidade, salvo algumas
excepes ou se a temtica expositiva focar um diferente atributo.
Os centros formal e psicovisual podem ou no coincidir, mas ambos esto
intimamente relacionados. A fim de demonstrar este facto, foram seleccionados dois
retratos femininos, de modo a simplificar a anlise pela presena da unidade e por
ambos representarem rostos, um dos elementos de maior atraco visual, constituindo,
por este motivo, o centro psicovisual. Assim, considerando o crculo vermelho, o centro
formal, e o circulo magenta, o centro psicovisual, o retrato de Maria possui os dois
centros quase coincidentes; enquanto que a pose da figura, no Retrato de Madame
281
Adorao dos Magos. Domenico Ghirlandacio. 1487. Tmpera sobre madeira. 172cm. Galeria Uffizi
de Florena, Inv1619. Imagem retirada do Site: http://cielbleaudecastille.blogspot.com, no dia
12.11.2010.
282
Piet. Michelangelo di Ludovico Buonarroti (1475-1564). 1499. Insc.: Michael Angelus Bonarotus.
Florent. Facieba(t). Escultura em mrmore. 174x195cm. Baslica de S. Pedro, Vaticano. Imagem retirada
do Site: http://pt.wikipedia.org, no dia 24.11.2010.
283
ARNHEIM, Rudolf. O Poder do Centro. Um Estudo da Composio nas Artes Visuais. Lisboa,
Edies 70, 1990, p.69.
115
Claude Monet, cria uma distncia entre os dois centros, embora na sequncia de uma
das diagonais.
284
Maria. Carlos Bonvalot (1894-1934). 1918. leo sobre tela. 26,5x21,5cm. MC-MNAC, Inv441.
Imagem retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 16.10.2010.
285
Retrato de Madame Claude Monet. Pierre-Auguste Renoir (1841-1919). C.1874. leo sobre tela.
53x71,7cm. MCG, Inv2301. Imagem retirada do Site: http://www.museu.gulbenkian.pt, no dia
11.11.2010.
116
286
Assuno da Virgem. Andr Reinoso (act.1610-1641). C.1635-1640. leo sobre tela. 170x111cm.
MA, Inv61/A. Imagem retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 16.11.2010.
287
The Penitent Magdalen. Georges de La Tour (1593-1652). leo sobre tela. 133,4x102,2cm. MET,
Inv1978.517. Imagem retirada do Site: http://www.metmuseum.org, no dia 21.10.2010.
288
A women ironing. Edgar Degas (1834-1917). 1873. leo sobre tela. 54,3x59,4cm. MET,
Inv29.100.46. Imagem retirada do Site: http://www.metmuseum.org, no dia 18.11.2010.
117
289
Virgem da Piedade. Oficinas de Nottingham. Sc. XV. Escultura em alabastro. 84x35x10cm. MNAA,
Inv822 Esc. Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 8.12.2010.
290
Virgem com o Menino. Autor desconhecido. Sc. XVIII. Escultura em madeira pintada e estofada.
72,5x28,5x20. MA, Inv144/B. Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia
8.12.2010.
291
Eva. Diogo de Macedo. 1923. Escultura em gesso. 100x31x28. MC-MNAC, Inv613. Imagem retirada
do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 8.12.2010.
118
292
Apresentao do Menino no Templo (do retbulo da Capela-mor da S de Lamego). Vasco Fernandes,
Gro Vasco (1475/1480-1542). 1506-1511. leo sobre madeira de castanho.183x101cm. ML, Inv18.
Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 20.10.2010. As duas ltimas imagens
foram tratadas, pela autora, no programa Photoshop.
293
HOLANDA, Francisco de, Da Pintura Antiga. Livros Horizonte, 1984, p.19.
119
294
O Quarto Dia: Criao dos Luzeiros. Francisco de Holanda (1517-1585). In De Aetatibus Mundi
Imagines. Madrid. Biblioteca Nacional. Imagem retirada do Site: http://cvc.instituto-camoes.pt, no dia
01.10.2010.
295
Vue dArcachon: soleil levant. Adrien Dauzats (1804-1868). 1858. leo sobre madeira. 15,7x21,8 cm.
Muse des Beaux-Arts, Bordeaux, InvBx.1985.3.2. Imagem retirada do Site: http://www.culture.gouv.fr,
no dia 22.10.2010
296
Pr-do-sol (Alcochete). Antnio Carvalho da Silva Porto (1822-1896). Sc. XIX. leo sobre tela.
77x55 cm. MNSR, Inv 66 Pin. Imagem retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia
16.11.2010.
120
297
Uma paisagem representando a plancie. Antnio Carvalho da Silva Porto (1850-1893). 1876. leo
sobre tela. 70,5x120,7. MNSR, Inv119 Pin. Imagem retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no
dia 17.11.2010.
298
Praia de banhos, Pvoa do Varzim. Joo Marcos de Oliveira (1853-1927). 1884. leo sobre tela.
47,5x69,5cm. MC-MNAC, Inv327. Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia
20.10.2010.
299
Slne et Endymion. Grard de Lairesse. 1678-1682. leo sobre tela. 177x118,5cm. Rijksmuseum,
Inv SK-A-4210. Imagem retirada do Site: http://www.rijksmuseum.nl, no dia 10.11.2010.
300
Le Sommeil. Pierre Pluvis de Chavannes. 1867. leo sobre tela. Palais des Beaux-Arts, Lille, Inv
P625. Imagem retirada do Site: http://www.palaisdesbeauxarts.fr, no dia 10.11.2010.
121
301
Banquet du mariage de Napoleon Ier et de Marie-Louise dans la salle de spectacle des Tuilleries.
Alexandre Benoit Jean Dufay. 1812. leo sobre tela. 148x224,5cm. Muse National du Chteau de
Fontainebleau, Inv MV8071; F3557. Imagem retirada do Site: http://www.culture.gouv.fr, no dia
22.10.2010.
302
Auto-retrato. Adolphe-Felix Cals (1810-1880). 1886. leo sobre tela. 82x66 cm. Muse National des
Chteaux de Versailles et Trianon, Inv MV 6172. Imagem retirada do Site: http://www.culture.gouv.fr,
no dia 22.10.2010.
122
Viso de S. Bernardo304
303
Ratificao do Casamento do Rei D. Lus I. Antnio da Fonseca. 1864. leo sobre tela. 128x106cm.
PNA, Inv1335. Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip-pt, no dia 20.10.2010.
304
Viso de S. Bernardo. Pietro Perugino (1445-1523). Florena. 1490-1494. leo sobre madeira.
173x170cm. Alte-Pinakothek, Inv WAF 764. Imagem retirada do Site: http://www.pinakothek.de, no dia
17.11.2010.
123
305
Aristotle with a bust of Homer. Rembrandt van Rijn (1606-1669). 1653. leo sobre tela. 143,5x136,5.
MET, Inv61.198. Imagem retirada do Site: http://www.metmuseum.org, no dia 18.11.2010.
306
Saint Joseph Charpentier. Georges de la Tour (1593-1652). C.1640. leo sobre tela. 137x102 cm.
Museu do Louvre, Inv RF 1948-27. Imagem retirada do Site: http://www.culture.gouv.fr, no dia
22.10.2010.
307
Italian Interior. Jean Honor Fragonard (1732-1806). C. 1760. leo sobre tela. 48,9x59,4cm. MET,
Inv46.30. Imagem retirada do Site: http://www.metmuseum.org, no dia 18.11.2010.
308
The dance class. Edgar Degas (1834-1917). 1874. leo sobre tela. 83,5x77,2cm. MET, Inv1987.47.1.
Imagem retirada do Site: http://www.metmuseum.org, no dia 18.11.2010.
309
Lake Keitele. Akseli Gallen-Kallela (1865-1931). 1905. leo sobre tela. 53x66 cm. National Gallery,
Londres, Inv NG 6523. Imagem retirada do Site: http://www.nationalgallery.org.uk, no dia 22.10.2010.
124
310
Ascenso (pormenor). Autor desconhecido. Sc.XVII. Pintura a leo. 80,5x67,5cm. ML, Inv122/45.
Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 01.01.2012.
311
Virgem da Anunciao (pormenor). Trptico Apario de Cristo Virgem. Garcia Fernandes. 1520-
1531. leo sobre madeira de Carvalho. 123,5x43,5cm. MNMC, Inv2517;P17C. Imagem retirada do Site:
http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 01.01.2012.
312
Converso de Hermgenes (pormenor). Retbulo da Vida de Santiago, Mestre da Lourinh. 1520-
1525. leo sobre madeira de Carvalho. 128x84cm. MNAA, Inv 20 Pin. Imagem retirada do Site:
http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 20.10.2010.
313
Assuno da Virgem. Frei Carlos.1520-1530. leo sobre madeira de carvalho. 163x121,5 cm. MNAA,
Inv 82 Pin. Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 20.10.2010.
125
Importa referir que o fogo, enquanto fonte de luz, alm de ser representado como
iluminao artificial, pode constituir uma fonte indirecta de luz em certas temticas,
sobretudo de ambientes domsticos, de cenas blicas, catastrficas ou simblicas. Estes
temas podem exigir distintas tcnicas de composio, uma vez que este fenmeno, ao
desencadear uma forte atraco visual no observador, pode competir com a leitura do
centro psicovisual da obra.
A representao do fogo em actividades ou ambientes domsticos, como a
lareira da sala ou o lume da cozinha, frequentemente subentendido (de modo a que o
observador no fique atrado pelas respectivas labaredas) ou representado numa
reduzida amplitude espacial. Nas cenas blicas ou catastrficas com incndios, pelo
contrrio, o fogo desempenha um papel de relevo, sendo toda a composio estruturada
em funo do fenmeno, como nas Tentaes de Santo Anto, onde representado,
314
Alegoria s virtudes do Prncipe Regente D. Joo VI. Domingos Antnio de Sequeira (1768-1837).
1818. leo sobre tela. 151x200cm. PNQ, Inv1434. Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-
ip.pt, no dia 20.10.2010.
315
Profisso de Santa Eustquia (pormenor). Frei Carlos. 1520-1535. leo sobre madeira de carvalho..
MNAA, Inv 90 Pin. Imagem tirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 04.01.2012.
316
Ecce Homo (pormenor). Autor desconhecido. 1570. leo sobre madeira de carvalho. 89x65cm.
MNAA, Inv433 Pint. Imagem retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 01.01.2012.
317
Cristo no Horto (pormenor). Retbulo da S de Viseu. Vasco Fernandes e Francisco Henriques. 1501-
1506. leo sobre madeira de carvalho. 131x81cm. MGV, Inv2150; P28. Imagem retirada do Site:
http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 01.01.2012.
126
318
Card Players in a Drawing Room. Pierre Louis Dumesnil The Younger (1698-1781). Sc.XVIII. leo
sobre tela. 79,1x98,4cm. MET, Inv 1976.100.8. Imagem retirada do Site: http://www.metmuseum.org, no
dia 21.10.2010.
319
Painel central do trptico: Tentaes de Santo Anto. Hieronymus Bosch. Escola flamenga. C.1505-
1506. leo sobre madeira de carvalho. 131,5x119 cm. MNAA, Inv 1498 Pin. Imagem retirada do Site:
http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 20.10.2010.
320
Ceia de Santa Clara e So Francisco. Bento Coelho da Silveira. Sc.XVII. leo sobre tela. 180x150
cm. Igreja da Madre de Deus (Lisboa). Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia
20.10.2010.
127
mtodos interpretativos que facilitem a respectiva leitura destas obras, nos quais se
destaca a iluminao museogrfica.
Por exemplo, A Grande Onda de
Kanagawa321, do pintor japons Hokusai,
em exposio no British Museum, deve ser
analisada no sentido da escrita japonesa, ou
seja, da direita para a esquerda e no em
sentido inverso. De notar que a assinatura
do autor, confirma este sentido caligrfico,
situando-se no canto oposto ao local habitual de assinatura na pintura ocidental. No caso
desta obra, a iluminao museogrfica, se acompanhar o sentido oriental da
composio, poder contribuir para uma correcta leitura interpretativa pelo pblico.
Na escultura, as reas de incidncia de iluminao externa, indiciam-se atravs
da orientao das principais linhas de fora e do centro psicovisual.
A escultura tridimensional, nas suas diversas tipologias de vulto pleno, de vulto
a trs quartos com as costas planas, escavadas ou de meio vulto, deve ser iluminada, de
forma a permitir, ao observador, a sua identificao temtica e facilitar a respectiva
interpretao. Este facto pressupe, de igual modo, a implementao de uma iluminao
geral para identificao da pea na sua totalidade e de uma iluminao de destaque que
evidencie o respectivo centro psicovisual.
A escultura de vulto pleno possui um potencial de mltiplas leituras
interpretativas, ao poder ser visualizada num ngulo de 360. No entanto, detm linhas
directrizes de composio que implicam sempre um centro psicovisual quer seja na
configurao geral como a dinmica das formas quer seja num pormenor como a
expresso do rosto ou a inteno de um gesto.
Os dois tipos de iluminao citados pressupem o destaque de tcnicas de
acabamento (pintura, policromado, dourado, estofado, etc.) que podero ser valorizadas,
a nvel museogrfico, pelo controle dos nveis da Temperatura de Cor ou da
iluminncia.
321
A Grande Onda de Kanagawa. Katsushika Hokusai (1760-1849). Japo. 1823-1829. Gravura sobre
papel. British Museum, Inv1906, 1220, 0.533. Imagem retirada do Site: http://www.britishmuseum.org,
no dia 12.11.2010.
128
129
Alguns exemplos de peas com asas laterais323: jarra-ovo, terrina, taa doceira e aucareiro.
322
Este termo aplicado fisionomia das mos significa que estas, no sendo sobreponveis, apresentam
sentidos opostos. Este facto relevante na concepo formal dos objectos e no respectivo manuseamento.
323
Da esquerda para a direita e de cima para baixo: (1) Jarra-ovo. Alexis-Etinne Julinne. 1849.
Ourivesaria. Bronze. 108x43cm. PNA, Inv3959. (2) Terrina. Mestre Toms Brunetto. Real Fbrica de
130
Loua (Rato), Lisboa. Sc.XVIII. Faiana.32x28cm. MNAA, Inv 6751 Cer. (3) Taa doceira. Fbrica do
Cvo (?). Portugal. Sc.XVII. Vidro. 11,5x16,6cm. MNAA, Inv153 Vid. (4) Aucareiro com tampa.
Companhia das ndias. 1790-1800. Porcelana. 13,7x14,5x11,2cm. MNAA, Inv5787 Cer. Imagens
retiradas do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 25.11.2010.
324
Retrato de senhora. Winolt Willems (?). Escola Holandesa. 1643. leo sobre madeira de
carvalho.71,5x55,5cm. MNAA, Inv671 Pint. Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt,
no dia 20.10.2010.
325
Bartolommeo Bonghi (?-1584). Giovanni Baptista Moroni (1524-1578). C.1553. leo sobre tela.
101,6x81,9cm. MET, Inv13.177. Imagem retirada do Site: http://www.metmuseum.org, no dia
21.10.2010.
131
326
Da esquerda para a direita e de cima para baixo: (1) Retrato de D. Carlota Joaquina (pormenor). A/d..
Sc.XIX. leo sobre tela. 12,5x74cm. PNA, Inv41367. (2) D. Joo V tomando chocolate em casa do
Duque de Lafes. A. Castrioto. 1720. leo sobre marfim. 12x11cm. MNAA, Inv 58Min. (3) Le jeune
degustateur. Philippe Mercier. 1725-1730. leo sobre tela. 27x35cm. Museu do Louvre, Inv RF1582. (4)
Portrait of a man with a watch (Pormenor). Cornelis van Ceulen The Younger. 1657. leo sobre tela.
83,8x70,5cm. MET, Inv 41.116.3. (5) Homme au verre de vin (Pormenor). Portugal (?). Sc.XV.
63x43,5cm. Museu do Louvre, Inv RF 1585. (6) Apfelschlerin (Pormenor). Gerard ter Borch. 1660.
leo sobre tela. 36,3x30,7cm. Kunsthistorishes Museum, InvGG_588. (7) Mrs. Shurlock (Pormenor).
John Russell. 1801. Pastel. 61x45,4 cm. MET, Inv1975.217.2. (8) Le dejeuner. Isidore Verheyden.
C.1905. leo sobre tela. 101,5x127 cm. MRBA, Inv3892. (9) A Young woman and a Cavalier
(Pormenor). Cornelius Bischop. C.1660. 97,8x88,3cm. MET, Inv1982.60.33. (10) A Virgem, o Menino e
dois anjos ou Trptico dos Infantes. (Pormenor). Mestre da Lourinh (atrib.) 1515-1518. leo sobre
madeira. 157x90cm. MNAA, Inv 25Pin. As imagens foram retiradas dos Sites: (1, 2 e 10)
http://www.matrizpix.imc-ip.pt, (3 e 5) http://www.culture.gouv.fr, (4, 7 e 9) http://www.metmuseum.org,
(6) http://www.khm.at e (8) http://www.fine-arts-museum.be, nos dias 20 a 24.10.2010
132
uma vez que o artista, ao represent-las, tem de as iluminar e posicionar num ngulo de
viso, de forma a serem facilmente identificadas pelo observador.
Embora a pintura mantivesse a sua funo inicial, enquanto objecto de
contemplao, o seu posicionamento podia transmitir diferentes significados no espao
interior, consoante a altura da respectiva colocao. Deste modo, aparece representada
em igrejas ou em espaos palacianos, a um nvel de supraverso do olhar, no s para
cumprir a sua funo pedaggica e social (ao permitir a sua visualizao a nmero
alargado de pessoas), mas sobretudo para enaltecer a simbologia da elevao divina ou a
superioridade rgia ou nobre, como na Conversao. Em cenas de ambientes
domsticos, socialmente inferiores, a pintura aparece como elemento decorativo, cuja
altura de colocao do centro psicovisual da obra tende a coincidir com o nvel do olhar
do observador de p, como se constata na segunda imagem.
Conversao327 La consultatioin328
327
Conversao. Pieter De Hooch (1629-1684). 1663-1665. leo sobre tela. 64,5x74,5cm. MNAA,
Inv1620 Pin.Imagem retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 16.10.2010.
328
La consultation. Quirin Gerritsz van Brekelenkam (1620-1667/68).Escola holandesa. Sc. XVII. leo
sobre tela. 57x52cm. Museu do Louvre, Inv M907. Imagem retirada do Site: http://www.culture.gouv.fr,
no dia 22.10.2010.
133
329
Anunciao. Reverso do Trptico da Assuno da Virgem, So Tiago e Santo Estevo. Mestre do
Retbulo da Capela do Esprito Santo de Miragaia. Sc.XVI. leo sobre madeira. 40,5x21cm. MA,
Inv98/A. Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 16.11.2010.
330
Still life with Attributes of the Arts. Jean-Simeon Chardin. 1766. Frana. leo sobre tela.
112x140,5cm. MH. Imagem retirada do Site: http://www.hermitagemuseum.org, no dia 21.10.2010.
331
Retrato de Abel Accio Botelho. Antnio Monteiro Ramalho (Jnior). (1859-1929). 1885. leo sobre
tela. 200x300cm. MC-MNAC, Inv1524. Imagem retirada do Site: http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia
16.10.2010.
134
Still life with silver332 Pormenores de pinturas que representam alfaias litrgicas:
ostensrio, bacia e gomil333.
332
Still life with silver. Alexandre Franois Desportes (1661-1743). leo sobre tela.261,6x187,3cm.
MET, Inv64.315. Imagem retirada do Site: http://www.metmuseum.org, no dia 18.11.2010.
333
Da esquerda para a direita: (1) Santa Clara (pormenor). A/ d. Escola portuguesa. Sc.XVI. leo sobre
madeira. 63,5x56,5cm. ME, Inv ME1442. (2) Baptismo de Santo Hermenegildo (Pormenor). Giovanni
Francesco Barbieri Guercino. Escola Italiana. Sc. XVIII. leo sobre tela. 238x180cm. MNAA, Inv 438
Pin. Imagens retiradas do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 20.10.2010.
135
136
CAPTULO 3
A ILUMINAO DO OBJECTO E A INTERPRETAO VISUAL
334
Fotografia tirada pela autora na exposio Evocaes, Passagens, Atmosferas. Pintura do Museu Sakp
Sabanc, Istambul. Patente no MCG, entre 15 de Junho e 26 de Agosto de 2007.
137
335
Estas novas tecnologias so baseadas na ressonncia magntica, tomografia de emisso de positres,
magnetoencefalografia e em outras tcnicas electrofisiolgicas.
336
Antnio Rosa Damsio (1944), neurologista, professor da ctedra David Dorsnsife de Neurocincia,
Neurologia e Psicologia na University of Sourthern Califrnia, onde dirige o Brain and Creativity
Institute. Autor de vrias obras e artigos importantes sobre a matria.
337
DAMSIO, Antnio, O Livro da Conscincia: A Construo do Crebro Consciente. Crculo de
Leitores. 2010, p.39.
338
Id., Ibid., p.90.
339
Id., Ibid., p.118.
340
Id., Ibid., p.143.
138
341
OLIVA, Aude e TORRALBA, Antnio, Modeling the Shape of a Scene: A Holistic Representation of
the Spacial Envelope. In International Journal of Computer Vision, Kluwer Academic Publishers, 2001.
42(3), 145-175, p.29.
342
WANG, Wei, Visual Attention. In ECCV08 European Conference on Computer Vision. Marseille.
12 a 18 de Outubro 2008. Imagem retirada do Site: www.math.pku.edu.cn, no dia 27.01.2011.
139
O ser humano possui profundas razes biolgicas com a arte que, segundo
Damsio, prevaleceu na evoluo porque teve valor para a sobrevivncia e porque
contribuiu para o desenvolvimento do conceito de bem-estar. Ajudou a consolidar os
grupos sociais e a promover a organizao social; apoiou a comunicao; compensou
os desequilbrios emocionais (...); e provavelmente abriu as portas ao longo processo
de estabelecimento de memrias externas da vida cultural347. A arte, citando Sophia de
Mello Breyner, faz parte do real e destino, realizao, salvao e vida. (...) apenas
uma questo de ateno, de sequncia e de rigor...348
343
Professor Catedrtico da Art Education Division, University of South Australia. Autor de diversos
artigos sobre a matria e da obra Visual Culture in the Art Classes: Case Studies. Natl Art Education
Assn, 2006.
344
Estes esquemas foram apresentados (com imagens similares) por Paul Duncum na Conferncia:
Cultura Visual e Prtica Educativa, promovida pelo Museu Coleco Berardo, em parceria com o Centro
de Investigao e de Estudos em Belas-Artes, da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, no
Museu Coleco Berardo/ Centro Cultural de Belm, 30 de Maio de 2009.
345
Imagem retirada do Site: http://vicissitudedeser.worldpress.com, no dia 10.02.2011.
346
Imagem retirada do Site: : http://www.eb1-montejuntos.rcts.pt, no dia 10.02.2011.
347
DAMSIO, Antnio, op. cit., pp..362 e 363.
348
Sophia de Mello Breyner (1919-2004). Excerto do texto Arte Potica, declamado pela poetisa, a
11.07.1964, no almoo de homenagem promovido pela Sociedade Portuguesa de Escritores, por ocasio
da entrega do grande Prmio de Poesia, atribudo a Livro Sexto. Referncia consultada no Site
http://cvc.instituto-camoes.pt, no dia 28.01.2011.
140
349
LEHRER, Jonah, Proust era um Neurocientista: como a Arte antecipa a Cincia. Lua de Papel, 2009,
p.11.
350
Emile Bernard (1868-1941) foi um pintor ps-impressionista que escreveu vrias obras de referncia
sobre arte, como Propos sur lart. Sguier. 2003.
351
Citao retirada do Site: http://fr.wikipedia.org, no dia 10.02.2011.
352
DAMSIO, Antnio, op. cit., p.254.
353
HOOPER-GREENHILL, Eilean, Learning in Art Museums: Strategies of Interpretation. In Testing
the water: young people and galleries. Naomi Horlock. Liverpool, Liverpool University Press, 2000,
p.139.
141
what we are interested in seeing354, como refere Ron Gallagher. Assim sendo, a
motivao inicial da visita a um museu, assente em diversas premissas, como o
conhecimento, a curiosidade, a contemplao artstica, o convvio social ou o
entretenimento, interfere no primeiro olhar do percurso expositivo ou da obra de arte. A
partir do momento em que o visitante se foca numa pea e se concentra na sua anlise, a
respectiva interpretao fundamentada nas suas estruturas e capacidades cognitivas de
raciocnio, de sentimentos emocionais e de memria. Quando os visitantes entram num
museu, afirma I. Karp, no deixam a sua cultura e a sua identidade no bengaleiro, nem
respondem passivamente aos materiais expostos. Pelo contrrio, interpretam as
mostras em exibio atravs da experincia vivida e os modelos, os valores e as
capacidades perceptivas culturalmente apreendidas e conquistadas no seio de grupos
vrios355.
Tendo em conta o modelo ps-moderno de mapeamento mental, a obra de arte
nunca interpretada, cognitivamente, de forma isolada, mas integrada numa associao
progressiva de pensamentos e de sentimentos emocionais, estruturados na memria de
conhecimentos e de experincias vividas que estabelecem inter-relaes num dilogo
permanente com a obra. Esta, independentemente dos valores esttico-artsticos ou
histrico-culturais, s tem significado se for interpretada por um olhar atento, uma
mente que pensa e um corao que sente356.
Os objectos contm narrativas visuais que no se restringem s interpretaes
das temticas expositivas. O conhecimento das obras de arte frgil e ambguo porque
depende da capacidade e da liberdade, de cada visitante, em decifrar e apreender a
imensa e potencial riqueza interpretativa de mltiplos significados e sentimentos
emocionais, envolvendo pressupostos que se ligam a Beleza, Verdade, Gnio,
Civilizao, Forma, Estatuto Social, Gosto, etc.357
Em termos museogrficos, embora a informao disponvel (em legendas,
textos, reprodues de imagem ou audiovisuais) seja crucial na construo de um
conhecimento mais abrangente sobre o objecto, a interpretao visual constitui o
354
GALLAGHER, Ron, The Recognition Moment: The Cognitive Dynamics of Pictorial Recognition.
P.10. Artigo consultado no Site: http://www.alisongoodman.com.au, no dia 24.01.2011.
355
TOTA, Anna Lisa, A Sociologia da Arte, Do Museu Tradicional Arte Multimdia. Lisboa, Editorial
Estampa, 2000, p.123.
356
FRIS, Joo Pedro, Os Museus de Arte e a Educao: Discursos e Prticas Contemporneas. In
Museologia.pt. Instituto dos Museus e da Conservao. Ano II, n2, 2008, p.68.
357
BERGER, John, Modos de Ver. Lisboa, Edies 70, 1987, p.15.
142
358
Portrait of Young Saskia. Rembrandt van Rijn. 1633. Gmaldegalerie (Dresden, Alemanha). Imagem
retirada do Site: http://www.rembrandtonline.org, no dia 02.02.2011.
359
Portrait of Susanne Lunden (?) ou Le Chapeau de Paille. Peter Paul Rubens. 1622-25. National
Gallery (Londres). Imagem retirada do Site: http://www.peterpeulrubens.org, no dia 02.02.2011.
143
fidelidade, enquanto que o tecido azul em Krishna simboliza, na cultura hindu, a fora
da divindade.
360
Virgem e o Menino. Antnio Vaz. C.1540. leo sobre tela. 59,5x49,5cm. MAS, Inv P7. Imagem
retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 11.02.20011.
361
The Brahmin Delivers Rukmins Letter To Krishna: Page From a Dispersed Bhagavata Purana
(Ancient Stories of Lord Vishnu), (pormenor). ndia. C.1610. Aguarela sobre papel. 17,1x25,1cm. MET,
Inv1977.441. Imagem retirada do Site: http://www.metmuseum.org, no dia 11.02.2011.
362
MACDONALD, Sharon, A companion to Museum Studies. Oxford, Blackwell Publishing, 2006,
p.331.
363
DAMSIO, Antnio, op.cit., p.162.
144
de uma obra de arte, podendo ser divididos em trs grupos, conforme prope David
Dean364. O primeiro grupo caracteriza-se por despender pouco tempo na analise dos
objectos, percorrendo com rapidez o percurso expositivo. O segundo, demonstra um
interesse genuno pelas peas expostas, mas circula de forma irregular no percurso
expositivo, uma vez que s se aproxima de objectos que lhe despertem estmulos visuais
ou motivos de interesse; estes, normalmente, no lem os textos de apoio que exijam
esforo de compreenso, contextualizando as obras pela leitura dos ttulos dos referidos
textos e pelas legendas. Por fim, o terceiro grupo observa com tempo e ateno as peas,
lendo as respectivas legendas e os textos explicativos; embora sejam visitantes
frequentes, constituem uma minoria de pblico.
O comportamento destes trs tipos de pblico verifica-se tanto em visitantes
isolados, como em grupos organizados de visitas guiadas. Nos dois primeiros tipos de
visitantes supracitados, se estiverem numa visita guiada de grupo, verifica-se uma
tendncia para manterem uma distncia controlada do resto do grupo, afim de no se
perderem no edifcio do museu.
364
DEAN, David, Museum Exhibition: Theory and Practice. London. Routledge. 1996, pp.25 e 26.
365
Fotografias tiradas pela autora, entre os dias 10 a 15.03.2010.
366
HUDSON, Kenneth, op. cit., p.4.
145
comportamento dos visitantes, afirma: the contemporary viewer is simply not interest
and attentive enough to face the challenges presented by the art object367. A pesquisa
efectuada por Elaine Gurian368, refora esta problemtica, ao constatar que, em mdia,
os visitantes gastam quase metade do tempo da visita entretidos com coisas diversas,
sem prestar ateno aos objectos expostos e um tero do tempo a interagir com outras
pessoas. Se ainda se tiver em conta que as visitas so curtas, cerca de duas horas por
ano369, torna-se premente a compreenso do actual comportamento inatencional dos
visitantes na observao de peas em exposio.
A anlise desta problemtica exige uma reflexo profunda e interdisciplinar,
constituindo um dos grandes desafios da actual museologia, como refere L. Kesner: One
of the greatest challenges to the museological profession is the problem of how to
engage the complex issues of perception, vision and subjective experience more
properly in the museological discourse, so that they can be reflected in theories of
presentation and interpretation370.
Tendo em conta a temtica desta dissertao, s sero abordados aspectos
relacionados com a observao da obra de arte e com a museografia, nomeadamente,
factores visuais e cognitivos do visitante e factores expositivos e ambientais que
interfiram com a interpretao da obra de arte.
Os estudos de anlise do pblico, relativos ateno visual e interpretao de
uma obra de arte, assentam em mtodos de observao do comportamento dos visitantes
ao longo do percurso expositivo, conjugados com entrevistas e questionrios que
facultam o acesso aos conhecimentos cognitivos e aos sentimentos emocionais dos
prprios visitantes.
Destaca-se o processo de quantificao de dados, proposto por Alessandro Bollo
e Luca Del Pozzolo, aplicvel ao mtodo de observao, calculado atravs de trs
indicadores: attraction power, holding power e Diligent Visitor Index (DVI)371. O
367
KESNER, L., The role of cognitive competence in the art museum experience. In Museum
Management and Curotorship. Elsevier, 2006. XX, p.5.
368
GURIAN, Elaine Heumann, Civilizing the Museum: The Collected Writing of Elaine Heumann
Gurian. Oxon, Routledge, 2006, p.108.
369
STOCKLMAYER, Sue; GORE, Michael M. e BRYANT, Chris, Science Communication in Theory
and Practice. Holand, Kluwer Academic Publishers, 2001, p.110.
370
KESNER, L. op. cit., p.1.
371
BOLLO, Alessandro e POZZOLO, Luca Del, Analysis of Visitor Behaviour inside the Museum. An
Empirical Study. In International Conference on Arts & Cultural Management. Montreal (Canada),
2005, p.4. Artigo consultado no Site: http://neumann.hec.ca, no dia 19.01.2011
146
primeiro permite avaliar a incidncia relativa de visitantes que param em frente de uma
determinada obra de arte durante o percurso expositivo, sendo calculado pela diviso do
nmero total de visitantes que param a observar o objecto pelo nmero total de
visitantes que entram no museu ou na exposio.
Por fim, o terceiro indicador medido pela percentagem de visitantes que param
em mais de metade dos objectos da exposio. Este ltimo indicador permite avaliar no
s a percentagem de pblico que usufrui de uma visita de qualidade, mas tambm
permite definir se o nmero de objectos expostos adequada ao tempo disponvel de
observao pelos visitantes; se a respectiva percentagem for baixa, poder indicar duas
opes: ou a exposio demasiado extensa ou revela um baixo nvel de interesse.
Estas pesquisas de pblico tm revelado vrias causas desencadeadoras de
inateno: o excesso de estmulos visuais na exposio das coleces, o factor esttico
das peas, a fadiga visual374, as atitudes dos prprios tcnicos do museu ou do pblico, a
dimenso espacial e as condies ambientais do museu e/ou do percurso expositivo e,
por fim, sendo por vezes a de maior importncia, a iluminao museogrfica.
O facto das obras de arte apresentarem um potencial multissensorial que
limitado ao sentido da viso no espao expositivo, propicia no s uma interpretao
visual especfica, as the nature of the object changes, it changes the nature of the look
372
Id., Ibid., p.4.
373
Id., Ibid., p.4.
374
A fadiga visual constitui um fenmeno psicofisiolgico muscular (cansao dos msculos da viso) e
nervoso (esgotamento dos neurotransmissores) que potenciado por demasiadas solicitaes visuais. Os
sintomas so os olhos vermelhos, o lacrimejar, as contracturas e o ardor nos olhos.
147
we assign it375, como afirma L. Kesner; mas tambm um esforo visual acrescido que
contribui para a fadiga.
O factor esttico das obras de arte em exposio, contrapondo-se a uma
sociedade vincada pelo movimento contnuo de imagens nos mais diversos suportes,
poder inibir a ateno e desencadear, especialmente nas camadas etrias mais jovens,
uma iliteracia visual, por no se conseguirem adaptar ao tempo necessrio de
interpretao da obra de arte.
Segundo a Visitor Studies Association376, uma das principais causas da
sistemtica diminuio da ateno visual e da interpretao da obra de arte, a fadiga
fsica e mental do visitante. Esta fadiga tende sempre a aumentar ao longo do percurso
expositivo, chegando o visitante, por vezes, exausto.
375
KESNER, L.. op. cit., p.7.
376
A Debate Over Measuring Museum Fadigue, In Visitor Studies Association. Consultado no site:
http://visitorstudies.org, no dia 11.01.2011.
377
Fotografia tirada pela autora, no dia 12.03.2010.
148
Esta fadiga pode ser aliviada, como prope Edward Robinson378, se se criar uma
descontinuidade no design museogrfico, de modo a proporcionar uma pausa visual na
dinmica expositiva, por exemplo a series of paintings might be broken up with a piece
of sculpture or an arrangement of furniture379. Outras alternativas so sugeridas por M.
Harvey380 que defende que o visitante despender mais tempo numa exposio, se
forem introduzidos elementos de estimulao multissensorial, uma melhor iluminao e
textos graficamente mais legveis.
Alguns directores e muselogos nem sempre so sensveis correcta
implementao de medidas expositivas que facultem a ateno visual do visitante,
preferem, constata Kesner: more seats, more toilets and more coffee381. Sem dvida,
uma proposta que melhora o conforto da visita, mas no a qualidade da mesma; como
num espectculo de ballet, em que a sala pode ter confortveis cadeiras e at haver um
perfumado caf com bolinhos no intervalo, mas o motivo da deslocao dos
espectadores o prazer mgico de ver danar e essa a sua real qualidade.
O prprio pblico, entre si, pode interferir, ao desencadear estmulos exgenos
que o desconcentrem e o incomodem. Se estes estmulos forem sbitos, como um rudo,
um movimento ou um flash de uma mquina fotogrfica, causam uma imediata e total
inateno, uma vez que desencadeiam reaces inatas de sobrevivncia no ser humano.
Unexpected, novel, salient and potentially dangerous events take high priority in the
brain, and are processed at the expense of ongoing behavior and neural activity382,
refere Stephen Bitgood. Outro estmulo que causa inateno e desconforto consiste na
intruso, entre visitantes (sem relaes sociais entre eles), do espao de distncia
ntima383 (correspondente a c.45cm em redor de cada ser humano), o que acontece com
frequncia quando vrios visitantes se aproximam de um mesmo objecto de reduzidas
dimenses para o conseguir visualizar ou quando uma exposio tem um nmero
excessivo de visitantes, em relao ao espao. Este facto fundamenta o estudo de
378
Edward Stevens Robinson autor da obra The Behavior of the Museum Visitor que, embora tenha sido
publicada em 1928, continua a ser relevante nas problemticas actuais, relacionadas com o estudo de
visitantes.
379
BELL, Paul A. et alt., Environmental Psychology. Orlando, Psychology Press, 2006. Fifth edition,
p.455.
380
Id,, Ibid., p. 455.
381
KESNER, L.. op. cit., p.13.
382
BITGOOD, Stephen, An Attention-Value Model of museum Visitors. In Newsletter of the Center
for Advanced of Informal Science Education (CAISE). 15 de Outubro de 2010. N15. P.6. Consultado no
Site: http://caise.incsi.org, no dia 20.01.2011.
383
Definio consultada no Site: htpp://pt.wikipedia.org, no dia 31.01.2011.
149
Michel Van Pret384 que verificou que quanto maior for o nmero de visitantes num
museu ou numa exposio, menor o tempo dedicado observao dos objectos e,
consequentemente, menor a qualidade da visita.
384
HUDSON, Kenneth, op. cit., p.4.
385
Fotografia tirada pela autora, entre os dias 10 a 15.03.2010.
386
FALK, John e DIERKING, Lynn Diane, The Museum Experience. Washington, Howels House, 2002,
pp. 55 e 56.
150
387
Visitante a analisar com ateno uma pintura
387
Fotografia tirada pela autora na exposio Evocaes, Passagens, Atmosferas. Pintura do Museu Sakp
Sabanc, Istambul. Patente no MCG, entre 15 de Junho a 26 de Agosto de 2007.
388
WALSH, John, Pictures, Tears, Lights and Seats. In, Whose Muse? Art Museums and the Public
Trust. James B. Cuno e Neil Macgregor. Cambridge, Harvard University Art Museums. 2004, p.85.
151
389
KPES, Gyorgy, Language of Vision. New York, Dover Publications, 1995, p.12.
390
FRIS, Joo Pedro, Dialog on Visual Culture and Education for the XXI Century. Entrevista ao
Professor Paul Duncum. Lisboa, 2009, p..3.
391
DAMSIO, Antnio, op. cit., p.47.
392
Cdigo Deontolgico, cit., p.16.
152
393
Dirio da Repblica, I Srie-A, N195, 19 de Agosto de 2004, p. 5379.
394
Exposio temporria Inveno da Glria: D. Afonso V e as Tapearias de Pastrana. 12 de Junho a 3
de Outubro de 2010. Fotografia tirada pela autora, em Setembro de 2010.
153
395
Inqurito aos Museus, cit.
396
OLEIRO, Manuel Bairro (Coord.), O Panorama Museolgico em Portugal [2000 2003]. Lisboa,
Instituto Portugus de Museus/ Rede Portuguesa de Museus e Observatrio das Actividades Culturais,
2005.
397
ALEXANDER, Mary e ALEXANDER, Edward Porter, Museums in Motion: An Introduction to the
History and Functions of Museums. USA, Altamira Press, 2008, p.257.
398
HOOPER-GREENHILL, Eilean, Museums and the Interpretation of Visual Culture. London,
Routledge, 2000, p.14.
154
155
399
Imagem retirada do Site: http://www.uarts-eyetracking.org, no dia 24.01.2011.
400
The execution of Lady Jane Grey. Paul Delaroche. 1833. leo sobre tela. 246x297cm. National
Gallery (Londres), Inv NG1909. Imagem retirada do site: http://www.archimuse.com, no dia 26.01.2011.
156
401
Informao consultada no Site: http://www.and-there-was-light.com, no dia 31.01.2011.
402
MILEKIC, Slavko, Gaze-Tracking and Museums: Current Research and Complications. In Museum
and the Web 2010. International Conference for Culture and heritage on-line. 13 a 17 de Abril de 2010.
Denver, Colorado. Artigo consultado no Site: http://www.archimuse.com, no dia 26.01.2011.
157
junto deste suporte e ao olhar para os centros psicovisuais da obra, iria accionar o
sistema Eye Tracking que, conforme a direco do olhar do visitante, comandaria a
respectiva descrio udio e a incidncia do foco de luz.
Estas investigaes de intercmbio institucional demonstram dois aspectos
relevantes para a aproximao comunicativa entre o museu e o pblico: primeiro, a
necessidade de interdisciplinaridade nas pesquisas para a compreenso global dos
fenmenos; e em segundo, a imprescindvel investigao com o recurso s novas
tecnologias que permite aceder a novas dimenses na esfera do conhecimento cognitivo,
esttico e artstico; novas tecnologias, nas quais a iluminao museogrfica pode
desempenhar um papel fundamental na valorizao expositiva da obra de arte e na
consequente interpretao pelo visitante, abrindo novas perspectivas de visibilidade
sociocultural.
158
403
MILLER, Jack V. e MILLER, Ruth Ellen, Museum Lighting Pure and Simple. NoUVIR Research,
p.4. Consultado no Site: http://www.nouvir.com, no dia 22.02.2011.
404
O anglicismo design significa, em portugus, desenho, tendo sido adoptado, a nvel internacional, para
designar uma disciplina que cherche harmoniser lenvironment humain, depuis la conception des objets
courants jusqu lurbanisation. SOURIAU, tienne, op. cit., p.566.
405
CUTTLE, Christopher, op. cit., p.13.
159
406
O design de Iluminao leccionado, em Portugal, como formao especializada, entre outros, no
Curso de Estudos Avanados em Design de Iluminao da Faculdade de Arquitectura da Universidade
Tcnica de Lisboa.
407
LORITE, Miguel Angel Rodriguez, La Iluminacin en las Exposiciones Temporales de Bienes
Culturales. 2005. Artigo consultado no Site: http://ge-iic.com, no dia 21.02.2011.
408
TURNER, Janet, Designing with Light. Public Places. Lighting Solutions for Exhibitions, Museums
and Historic Spaces. Suia, RotoVision SA, 1998, p.15.
160
409
Torso de Potos. Romano. Sc. I a.C.- I d.C. Mrmore. MCG, Inv MNAA745. Foto tirada pela autora
em Maro de 2010.
410
Custdia, Denver Art Museum. Imagem retirada da obra: CUTTLE, Christopher, op. cit., p.164.
411
Veja-se, a ttulo de exemplo, a citao consultada no Site: http://www.tecnicaindustrial.es, no dia
24.02.2011.
412
MILLER, Jack V. e MILLER, Ruth Ellen, op. cit., p.9.
161
413
DEAN, David, op. cit., p.26.
414
Bero-embaladeira. Sc.XVIII. Portugal. Vinhtico, pau-santo e sicmoro. 86,5x51,5x98cm. MNAA,
Inv1020Mov. Fotografia tirada pela autora em Fevereiro de 2010.
415
Potes. MNAA. Fotografia tirada pela autora em Fevereiro de 2010.
416
Almofariz com mo. Sc.XVII-XVIII. Marfim. 18,3x12cm. MNAA, In24Div. Fotografia tirada pela
autora em Fevereiro de 2010.
162
417
BLACK, Graham, The Engaging Museum: Developing Museums for Visitor Involvement. Oxon,
Routledge, 2005, p.279.
418
DEAN, David, op. cit., p.26.
419
Esta atitude caracterstica do ser humano, uma vez que, em espaos fechados, tem tendncia para se
movimentar junto das paredes como reaco natural de segurana; constata-se com frequncia nos
restaurantes, onde os ltimos lugares a serem preenchidos, normalmente, so os do centro da sala.
420
Tentaes de Santo Anto. [Trptico]. Hieronymus Bosch. C.1505-1506. leo sobre carvalho.
131,5x119cm (painel central), 53cm (volantes). MNAA, Inv1498 Pint. Informao retirada do Site:
http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no dia 25.03.2011. Fotografia tirada pela autora, no dia 06.02.2010.
163
421
CUTTLE, Christofle, op. cit., p.215.
164
David con la testa di Golia422 David with the head of Goliath 423
Alm destes dois tipos de iluminao, existe a luz de atenuao e a contraluz que
podero constituir mtodos de realce, consoante a temtica expositiva, o conceito de
design e a singularidade da pea. A luz de atenuao poder desempenhar um papel
fundamental na diminuio de sombras originadas pela luz de destaque, em particular
nas peas tridimensionais.
Na pintura, a instalao luminotcnica deve garantir sempre uma iluminao
uniforme em toda a superfcie da obra (independentemente de necessitar ou no de uma
iluminao de destaque). No entanto, constata-se com frequncia que as obras
apresentam um nvel elevado de iluminncia na zona pictrica mais prxima da
respectiva fonte de luz, o que dificulta a legibilidade integral da obra, podendo
desencadear a inateno visual.
422
David with the head of Goliath. Caravaggio. 1610. leo sobre tela. 125x101cm. Gallerie Borghese.
Informao e imagem retirada do Site: http://www.galleriaborghese.it, no dia 24.03.2011.
423
David with the head of Goliath. Guido Cagnacci. Ca.1645-1650. leo sobre tela. 108x85,7cm. Paul
Getty Museum (Los Angeles), Inv2008.43. Informao e imagem retirada do Site: http://www.getty.edu.
165
424
Retbulo Natividade, Adorao dos Magos,Virgem da Anunciao e Anjo da Anunciao, patente na
exposio temporria Primitivos portugueses (1450-1550). O Sculo de Nuno Gonalves. Patente no
MNAA, entre 11.11.2010 a 27.02.2011. Foto tirada pela autora em Janeiro de 2011.
425
Foto tirada pela autora na exposio Evocaes, Passagens, Atmosferas. Pintura do Museu Sakp
Sabanc, Istambul. Patente no MCG, entre 15 de Junho e 26 de Agosto de 2007.
426
Tigela. poca Greco-Romana. Dinastia Ptolomaica. 305-30 a.C. MCG, Inv1064. Imagem retirada do
Site: http://www.ldandt.co.uk, no dia 23.02.2011.
166
427
Salva. Tiffany & Company (1837-present) . 1879-1880. Prata, cobre, lato e ouro. 23,2x2,2cm. MET,
Inv66.52.2. Fotografias tiradas pela autora em Maro de 2010.
167
1 2 3 4
428
Busto Boto de Rosa, iluminado em diferentes ngulos
Escultura em exposio na
National Gallery of Art (Washington, DC)429
Os principais problemas de iluminao, interna ou externa, nas vitrines so
causados, sobretudo, por uma incorrecta direco da fonte de luz. Este facto, alm de
428
Boto de Rosa. Antnio Teixeira Lopes. 1888. Terracota. 13x11x5,6cm.. Col. part. Fotografias tiradas
pela autora a 02.04.2011.
429
CUTTLE, Christopher, op. cit., p.163.
168
430
Foto tirada pela autora em Fevereiro de 2010.
431
Imagem retirada do Site: http://www.insecula.com, no dia 25.03.2011.
169
Bacia432
432
Bacia. Florena. Sc.XVI, dita porcelana de Mdici. 10,3x42,7cm. MNAA, Inv5896 Cer. Foto tirada
pela autora em Fevereiro de 2010.
170
433
Iluminacin Museografica. Entrevista arquitecta Maria del Carmen Alvarez del Castillo do Museo
Universum, consultada no Site: http://iluminet.wordpress.com, no dia 22.02.2011.
434
ELKINS, James, Pictures & Tears: a History of People who have cried in Front of Paintings. London,
Routledge, 2004, p.142.
435
El Greco: de Toledo a Mxico. In ABC.es Cultura, 05.09.2009. Informao consultada no site:
http://www.abc.es, no dia 15.05.2010.
436
ORDAZ, Pablo, Mxico Saca los Colores a El Greco. In El Pas Cultura, 05.09.2009.
Informao consultada no site: http://www.elpais.com, no dia 15.05.2010.
171
437
Imagem retirada do Site: http://www.etcetra.com.mx, no dia 15.05.2010.
438
Fotografias tiradas pela autora a 29.03.2011.
172
439
PEREIRA, Fernando Antnio Baptista, O Museu do Oriente. O Conceito, o Programa e os Circuitos
Expositivos. In Museu do Oriente: De Armazm Frigorifico a Espao Museolgico. Lisboa, 2008, pp.68
a 77.
440
Fotografia tirada pela autora em Maro de 2010.
441
Fotografia tirada pela autora em Maro de 2010.
442
LEMAIGRE-VOREAUX, Pierre, Guide pour lclairage des Muses, des Collections Particulires et
des Galeries dArt. Paris, Lux Socit dditions, 1991, p.11.
173
443
PINTO, Paulo Daniel et alt., Correlated Color Temperature Preferred by Observers for Illumination
of Artistic Paintings. In Journal of the Optical Society of America. Vol.25, N3, Maro de 2008, p.623.
444
LEMAIGRE-VOREAUX, Pierre. op. cit., p.46.
174
Acuidade (dezenas)446
15
10
5
1 10 100 1000
Iluminncia (Lux)
445
LANTHONY, Philippe. op. cit., p.185.
446
LEMAIGRE-VOREAUX, Pierre, op. cit., p.45. Quadro traduzido pela autora.
447
TURNER, Janet, op. cit. p.48.
175
448
Fotografia tirada pela autora na exposio temporria: Evocaes, Passagens, Atmosferas. Pintura do
Museu Sakp Sabanc, Istambul. Patente no MCG, entre 15 de Junho e 26 de Agosto de 2007.
449
Pea numa vitrine da exposio temporria: Obras de referncia dos Museus da Madeira, 500 Anos de
Histria de um Arquiplago. Patente, entre 21.11.2009 e 06.04.2010, na Galeria do Rei D. Lus I, no
PNA. Fotografia tirada pela autora em Janeiro de 2010.
176
indirecta. No caso de encadeamento directo por luz natural, este efeito acontece,
sobretudo, quando o objecto se encontra exposto junto a uma janela, a contraluz.
Importa referir que, segundo estudos recentes, o encadeamento por luz natural
causa menos desconforto visual que o mesmo por luz artificial, facto justificado pelo
valor psicofisiolgico da sensao de bem-estar causado pela luz natural450.
Este fenmeno acontece nas duas primeiras imagens que apresentam uma vitrine
e o respectivo pormenor de uma jarra. Embora, em dias de elevada luminosidade, o
Museu coloque uma cortina semi-transparente na janela em causa, esta no impede
totalmente o encadeamento na interpretao da pea. A vitrine da terceira imagem,
embora apresente condies expositivas semelhantes anterior, no provoca o
encadeamento do visitante, por ter um vidro translcido instalado na sua parte posterior.
Vitrine e respectivo
pormenor de uma jarra451
450
Aspectos Subjectivos do Conforto Visual: Percepes e Expectativas. Lisboa, Laboratrio Nacional de
Engenharia Civil (LNEC), Relatrio 219/2010, pp.31 e 32.
451
Vitrine da sala Arte do Extremo-Oriente. Jarra com tampa. China, Sc.XVIII. gata. MCG, Inv465.
Fotografia tirada pela autora em Maro de 2010.
452
Vitrine no MET. Fotografia tirada pela autoria a 12.03.2010.
177
imagem seguinte, na qual a luz zenital incide num retbulo, impossibilitando a correcta
leitura do mesmo.
453
Imagem retirada do Site: http://www.insecula.com, no dia 25.03.2011
454
Pintura na exposio temporria: Obras de referncia dos Museus da Madeira, 500 Anos de Histria
de um Arquiplago. Patente, entre 21.11.2009 e 06.04.2010, na Galeria do Rei D. Lus I, no PNA.
Fotografia tirada pela autora em Janeiro de 2010.
178
1456 2457
3458 4459
455
Xcara com pires. MCG, Inv339. Fotografia tirada pela autora em Maro de 2010.
456
Vitrine com peas de cermica, no MNAA. Fotografia tirada pela autora em Fevereiro de 2010.
457
Vitrine com diversas peas, no MET. Fotografia tirada pela autora em Maro de 2010.
458
Vitrine com peas de ourivesaria, no MNAA. Fotografia tirada pela autora em Fevereiro de 2010.
179
459
Vitrine da exposio temporria: Obras de referncia dos Museus da Madeira, 500 Anos de Histria
de um Arquiplago. Patente, entre 21.11.2009 e 06.04.2010, na Galeria do Rei D. Lus I, no PNA.
Fotografia tirada pela autora em Janeiro de 2010.
460
Vaso. Egpto (ou Sria). Sc.XIV. Perodo Mameluco. Vidro esmaltado e dourado. MCG, Inv2293.
Fotografia tirada pela autora em Maro de 2010.
461
L'clairage et la Mise en Valeur des Objets dArt et Objets Sensibles la Lumire. Socit Rudolph
Wendel. Artigo consultado no Site : www.enssib.fr, no dia 22.02.2011.
180
462
REA, Mark Stanley, Lighting Handbook: Reference & Application. New York, Illuminating
Engineering Society of North America, 2000, 9th Edition, p.580.
463
Fotografia tirada pela autora na exposio temporria: Evocaes, Passagens, Atmosferas. Pintura do
Museu Sakp Sabanc, Istambul. Patente no MCG, entre 15 de Junho e 26 de Agosto de 2007.
181
464
LEMAIGRE-VOREAUX, Pierre. op. cit., p.19.
465
Portrait of a Man. El Greco. 1590-1600. leo sobre tela. 52,7x46,7cm. MET, Inv24.197.1.
Informao retirada do site: http://www.metmuseum.org, no dia 28.03.2011. Foto tirada pela autora em
Maro de 2010.
466
Protrait of a Monk in Prayer. Pintor francs. C. 1500. leo sobre madeira. 33,7x24,1cm. MET, Inv
37.155. Informao retirada do Site: http://www.metmuseum.org, no dia 28.03.2011. Foto tirada pela
autora em Maro de 2010.
467
The Glorification of the Royal Hungarian Saints. Franz Anton Maulbertsch. C.1772. leo sobre tela.
70x50,5cm. MET, Inv2007.28. Informao retirada do Site: http://www.metmuseum.org, no dia
28.03.2011. Foto tirada pela autora em Maro de 2010.
182
Pintura sobre fundo magenta468 Pintura: Pope Benedict XIV 469 sobre fundo vermelho
Jarro470 Escultura471
468
Pintura na exposio temporria: Primitivos portugueses, 1450-1550. O Sculo de Nuno Gonalves.
Patente no MNAA, entre 11.11.2010 a 27.02.2011. Fotografia tirada pela autora em Janeiro de 2011.
469
Pope Benedict XIV. Pierre Hubert Subleyras. 1746. leo sobre tela. 64,1x48,9cm. MET, Inv2009.145.
Informao retirada do Site: http://www.metmuseum.org, no dia 28.03.2010. Fotografia tirada pela autora
em Maro de 2010.
470
Jarro. sia Central, Samarcanta. Perodo timrida, 1417-1449. Jade branco (nefrite). 14,5x16cm.
MCG, Inv328. Informao retirada do Site: www.museu.gulbenkian.pt., no dia 28.03.2011. Fotografia
tirada pela autora em Maro de 2010.
471
Vitrine na exposio temporria: Obras de referncia dos Museus da Madeira, 500 Anos de Histria
de um Arquiplago. Patente na Galeria do Rei D. Lus I, no PNA, entre 21.11.2009 e 06.04.2010.
Fotografia tirada pela autora em Janeiro de 2010.
183
472
As quatro esculturas, da esquerda para a direita, so: Luta entre Pantera e Veado. Antoine Louis
Barye. Paris. 1865. Bronze. MCG, Inv 17. Cupido ferido. Jean-Baptiste Carpeaux. Paris, 1873-1875.
Bronze. MCG, Inv104. Estatueta de criana. Aim-Jules Dalou. Paris, 1902-1905. Bronze. MCG,
Inv564. A Primavera Eterna. Auguste Rodin. Paris. C.1884. Bronze. MCG, Inv28. Fotografia tirada
pela autora em Maro de 2010.
184
exemple), les personnes ages auront des difficults tout voir convenablement, mme
si elles portent des verres foyers multiples473. Analisando as estatsticas de visitantes
do Museu Nacional de Arte Antiga, durante o ano de 2010474, a percentagem do grupo
de visitantes com idade superior a 65 anos, bastante significativa quase de 10%. No
entanto, importante referir que esta degenerao ocular no apenas caracterstica de
idade avanada, havendo geraes mais novas de amtropes com deficincias de
acomodao.
O segundo factor, de ndole museogrfica, refere-se dificuldade acrescida de
acomodao visual no caso de objectos expostos com barreiras de proteco ou
resguardados em vitrines, o que impede a aproximao do visitante para uma adequada
visibilidade, agravando-se a situao se apresentarem reduzidos nveis de iluminncia.
Estes nveis de iluminncia acontecem, frequentemente, em trs circunstncias distintas,
designadamente, na exposio de objectos constitudos por materiais fotossensveis, o
que exige baixos nveis de lux por questes de conservao preventiva; a segunda,
quando a opo expositiva implica um percurso de penumbra; e a terceira, na incorrecta
iluminao do espao e das peas. Como cita Christofer Cuttle: If the viewers feel that
they want to carry an artwork across to a window to see what it really looks like, the
presentation must be regarded as a failure.475
O design de iluminao museogrfico exige uma rigorosa avaliao, seleco e
implementao do mtodo de iluminao que garanta um equilbrio entre a aplicao
dos processos psicovisuais citados, a valorizao da obra de arte e a respectiva
iluminao.
Neste intuito, fundamental o conhecimento das actuais potencialidades
museogrficas dos diferentes tipos de iluminao, de sistemas e de gamas de produtos
luminotcnicos, tendo em conta as normas de conservao preventiva, conforme ser
analisado no prximo captulo.
473
LEMAIGRE-VOREAUX, Pierre, op. cit., p.47.
474
As Estatsticas de Visitantes de Museus e Palcios do IMC, durante o ano de 2010, indicam para o
MNAA, um total de 118.112 visitantes, dos quais 10.299 constituem visitantes com mais de 65 anos, ou
seja 8,71% do total. Estas Estatsticas foram consultadas no Site: http://www.ipmuseus.pt, no dia
17.03.2011.
475
CUTTLE, Christopher, op. cit., p.9.
185
186
CAPTULO 4
A ILUMINAO MUSEOGRFICA
187
museogrfica. Deste modo, importante salientar que al no existir regras fijas que
puedan aplicarse en todos los casos; por lo que en la mayoria de las situaciones se van
a lograr los objetivos a travs de la experiencia476, como afirmam Luis e Isabel
Fernndez.
Uma iluminao museogrfica de qualidade implica o conhecimento, por estes
profissionais, das quatro unidades fundamentais, referidas no subcaptulo 1.1., de
quantificao da luz: o Watt (W), unidade de potncia; o lmen (lm), unidade de medida
do fluxo luminoso; o lux (lx), unidade de medida da iluminncia e o Kelvin (K),
unidade de medida da Temperatura de Cor (TC). Alm destas unidades, essencial o
conhecimento de um parmetro inter-relacionado, criado pela Commission
Internationale de lclairage (CIE), chamado ndice de Reproduo de Cor (IRC) ou
ndice de Rendimento Cromtico.
A potncia, medida em Watts, constitui uma unidade importante para a avaliao
do consumo energtico de uma lmpada. A substituio ou o aperfeioamento tcnico
das lmpadas convencionais em novas gamas economizadoras, tem representado uma
significativa reduo de potncia com um aumento dos nveis de fluxo luminoso,
optimizando a respectiva eficincia energtica477, como se pode constatar pelo quadro478
seguinte de equivalncia aproximada entre os nveis de potncia das convencionais
lmpadas incandescentes e os de trs tipos de lmpadas economizadoras.
Lmpadas Lmpadas
Lmpadas de
incandescentes Fluorescentes LEDs
halogneo
convencionais compactas
476
FERNNDEZ, Luis Alonso e FERNNDEZ, Isabel Garcia, Diseo de Exposiciones. Concepto,
Instalacin y Montaje. Madrid, Alianza Editorial, 2007. Cuarta reimpresin, p.87.
477
A eficincia energtica calculada pela quantidade de luz emitida (lumens), dividida pela potncia da
lmpada (watts), sendo expressa em lumens por watts.
478
Informao consultada nos Sites: http://www.voltimum.pt e http://www.nemasavesenergy.org, no dia
28.05.2011.
188
479
Um lux corresponde a um lumen por metro quadrado (lm/m2).
480
HOMEM, Paula Menino, op. cit., p.231.
189
190
Escala de
Temperatura de Cor481
O termo de luz quente ou luz fria no se refere ao calor fsico de uma fonte de
luz, mas equivalente banda de frequncias no espectro electromagntico.
A luz branca composta por todas as cores do espectro visvel. No entanto, nem
sempre a proporo das radiaes homognea, o que proporciona ao ambiente
iluminado, uma percepo visual de luz branca com uma ligeira variante de tonalidade.
Assim, quanto mais alta for a temperatura de cor, mais clara a tonalidade da luz. Deste
modo, a luz considerada quente emite no objecto uma tonalidade de branco amarelado,
embora possua uma temperatura baixa e a luz fria, emite uma tonalidade de branco
azulado, detendo uma temperatura elevada.
481
Imagem retirada do Site: http://www.fazendovideo.com.br, no dia 23.04.2011.
191
Estas diferenas de tonalidades da luz branca tm vindo a ser aplicadas com fins
comerciais482, uma vez que a luz quente, ao incidir em produtos com cores entre o
amarelo e o vermelho, faz com que essas cores fiquem visualmente mais saturadas e a
luz fria, ao incidir em produtos de tons azuis, faz sobressair estas tonalidades.
Esta circunstncia perceptual tem sido implementada em novos conceitos de
design de iluminao para realar as cores de determinados objectos policromos.
Convm referir que o ser humano, entre as diversas tonalidades da luz branca,
no considera agradveis os tons de branco-esverdeado e de branco-magenta, por no
conferirem ao ambiente uma sensao de luz natural.
483
Esquema da Temperatura de Cor da luz natural
482
Um exemplo frequente de aplicao comercial o caso da instalao, nos hipermercados, de uma luz
quente a incidir na carne para a tornar mais viva e de uma luz fria no peixe para parecer fresco.
483
Imagem retirada do Site: http://alangouveia.files.worldpress.com, no dia 22.04.2011.
484
O ritmo circadiano corresponde a cerca de um dia (24 horas).
192
Escala de
Temperatura de Cor485
Sensibilidade espectral
com a viso escotpica
(ponteado) e fotpica
(tracejado)486
485
Imagem retirada do Site: http://www.fazendovideo.com.br, no dia 23.04.2011.
193
486
Imagem retirada do Site: http://www.osetorelectrico.com.br, no dia 21.05.2011.
487
FERNNDEZ, Luis Alonso, Op. Cit., pp.222 e 244.
194
Nveis Nveis de
Grau de sensibilidade
recomendados de Temperatura de Tonalidade
dos objectos luz
iluminncia (lux) Cor (Kelvin)
Sensveis, como a
pintura a leo, o couro, 150 - 200 lx 3.000 4.000 K Quente neutro
a madeira ou o marfim.
195
A
B
Curva de Kruithof488
Nveis de Nveis de
Grau de sensibilidade
iluminncia (lux) Temperatura de Tonalidade
dos objectos luz
recomendados Cor (Kelvin)
488
A. A. Kruithof publicou, em 1941, um artigo intitulado Tubular Luminescence Lamps for General
Illumination, in Philips Technical Review (vol.6, 65-96, 1941) em que apresentou um grfico
relacionando trs factores: a Temperature de Cor, a iluminncia e a qualidade visual de uma fonte de luz.
Imagem retirada do Site: http://www.canonistas.com, no dia 20.04.2011.
489
MCGUIRE, Kevin P., Daylight: It is in the Eye of the Beholder? Artigo consultado no Site:
http://www.solux.net, no dia 30.06.2007.
196
Verifica-se que abaixo dos 30 lux a viso no tem capacidade de ver a cor, o que
significa que os nveis de 50 lx podero comprometer a boa visibilidade cromtica das
obras de arte. A inter-relao da Temperatura de Cor com a iluminncia ainda poder
agravar esta circunstncia visual, ao ser definida, em funo dos 50 lx, como tonalidade
de luz agradvel ao visitante, a luz amarelada quente que poder alterar a percepo da
cor real do objecto.
O ndice de Reproduo de Cor (IRC) avalia a comparao entre a cor real do
objecto e a sua aparncia visual, face a uma fonte de luz de referncia. O ndice vai de 0
a 100.
A luz natural, composta por todos os comprimentos de onda do espectro visvel,
considerada o espectro ideal de reproduo de cores, apresentando um IRC de 100.
A luz artificial, por regra, deve possuir um nvel de IRC, o mais prximo
possvel da luz natural, tendo em conta que a maior parte das coleces de arte so
constitudas por objectos policromos. Deste modo, quanto mais alto for o respectivo
valor, maior a fidelidade e a preciso na distino visual das cores, sendo aconselhado
um IRC superior a 90.
O grande problema, na conjugao da iluminao natural com a iluminao
artificial, reside na obteno do equilbrio entre os nveis de Temperatura de Cor e o
ndice de Reproduo Cromtica das duas fontes de luz, em relao sensao visual de
TC, como se pode constatar na imagem seguinte.
Como sugere Christopher Cuttle, quando: we are fully adapted to daylight, the
common forms of electric lighting may appear to give a yellowish cast to whatever they
490
Fotografia tirada pela autora no MNAA, no dia 06.02.2010.
197
are illuminating, but if we return at night time when the whole space is lit by electric
lighting, the same lighting appears acceptably white.491
Actualmente, a iluminao museogrfica baseia-se numa luz mista que conjuga a
luz natural e a artificial, ou numa iluminao exclusivamente artificial. Na iluminao
mista, a luz artificial pode desempenhar dois objectivos distintos: compensar a luz
natural em determinadas horas, condies meteorolgicas de fraca intensidade luminosa
ou durante o perodo nocturno e, o segundo, constituir a fonte de iluminao principal,
sendo a luz natural encarada, unicamente, como um meio de ligao com o exterior,
factor importante a nvel do conforto psicovisual do visitante.
As duas imagens seguintes demonstram estes dois objectivos, vendo-se, na
primeira imagem, a luz zenital como fonte principal de iluminao do espao, sendo
complementada por um sistema luminotcnico e, na segunda imagem, a luz artificial
instalada no interior das vitrines constitui meio primordial de visibilidade das peas,
desempenhando a iluminao natural, provinda de amplas janelas, a exclusiva funo de
prolongamento visual da rea expositiva para o jardim exterior.
491
CUTTLE, Christopher, op. cit., p.183.
492
Fotografia tirada pela autora no MET, no dia 12.03.2010.
493
Fotografia tirada pela autora no MCG, no dia 06.02.2010.
198
494
Fotografia tirada pela autora no dia 12.03.2010.
199
495
Um dia de sol, no Vero, pode apresentar 100.000lx, enquanto que um dia chuvoso de Inverno
apresenta apenas 3.000lx.
496
Artigo consultado no Site: http://www.renzopiano.com, no dia 18.02.2011.
497
OLIVEIRA, Fernanda e STEEMERS, Koen, 210: Daylighting Museums a Survey on the Behavior
and Satisfaction of Visitors. In PLEA 2008 25th Conference on Passive and Low Energy Architecture.
Dublin, 22nd to 24nd October 2008, p.1.
200
498
Regulamento (CE) N244/2009 da Comisso, de 18 de Maro de 2009. In Jornal Oficial da Unio
Europeia, L 76/3, de 24.03.2009. Este regulamento d execuo Directiva 2005/32/CE do Parlamento
Europeu e do Conselho da Europa, no que respeita aos requisitos de concepo ecolgica para as
lmpadas domsticas no direccionais.
499
Directiva 2009/125/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Outubro de 2009. In Jornal
Oficial da Unio Europeia, L 285/10, de 31.10.2009. Esta Directiva relativa criao de um quadro
para definir os requisitos de concepo ecolgica dos produtos relacionados com o consumo de energia.
500
Imagem retirada do Site: http://www.osram.pt, no dia 30.05.2011.
201
501
Imagem retirada do Site: http://www.energysavers.gov, no dia 31.05.2011.
202
502
Imagem retirada do Site: http://www.erco.com, no dia 25.05.2011.
503
Imagem retirada do Site: http://www.gelighting.com, no dia 30.05.2011.
504
Informao consultada no Site: http://www.erco.com, no dia 26.05.2011.
505
Imagem retirada do Site: http://www.erco.com, no dia 26.05.2011.
203
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h
Fluorescente 7.000-
600 lm 9W 2.700K-
compacta 80-89 12.000
2.800 lm 36 W 5.000K
h
506
A informao sobre iluminao artificial foi consultada no catlogo de 2011 e no site da ERCO,
conceituada empresa alem de sistemas e produtos de iluminao para museus, a qual fornece vrios
museus em Portugal (como o MNAA, MC-MNAC ou o MCG): http://www.erco.com, no dia 27.05.2011.
204
Uma iluminao que conjugue lmpadas fluorescentes, para criar luz ambiente
no espao expositivo, e as de halogneo, para destacar os objectos, poder constituir
uma boa opo de iluminao museogrfica, uma vez que os respectivos nveis de
Temperaturas de Cor podero complementar-se, ampliando os limites de TC. Este
conceito de iluminao j aplicado em alguns museus nacionais, como o Museu do
Chiado Museu Nacional de Arte Contempornea.
O projecto e a instalao de luminrias devem ter em ateno a direco do
percurso expositivo, devendo-se evitar serem direccionadas no sentido oposto ao
percurso, de forma a no causarem o encadeamento visual do pblico.
As luminrias podem apresentar trs categorias de controle ptico da amplitude
da luz: o spotlight, o floodlight e o wallwasher, correspondendo, respectivamente, a uma
luz de destaque de feixe estreito, de feixe mais amplo e a uma de carcter geral. Esta
ltima tipologia pode abranger a totalidade de uma superfcie vertical (parede ou
painel), iluminando vrias peas bidimensionais, em simultneo.
507
As seis imagens correspondentes s luminrias de tipo spotlights, floodlights e wallwashers foram
retiradas do Site: http://www.erco.com, no dia 26.05.2011.
205
206
a totalidade do objecto, delineando o seu perfil, o que cria a aparncia visual da pea ser
auto-iluminada ou translcida.
Acessrio de enquadramento508 Obras de arte iluminadas com luz de recorte509
508
REA, Mark Stanley, op. cit., p.9.
509
Fotografia tirada pela autora na Exposio Temporria: Os Gregos. Tesouros do Museu Benaki,
patente no MCG, entre 27.09.2007 a 06.01.2008.
207
510
CUTTLE, Christopher, op. cit., p.167.
511
Imagem retirada do Site: http://www.erco.com, no dia 16.05.2011.
208
Diversos museus optam por uma iluminao geral difusa. No entanto, este tipo
de iluminao tem maior dificuldade em cativar a ateno visual do visitante em todo o
percurso expositivo, por no orientar o olhar e por no desencadear o conforto visual, ao
no apresentar variaes de luminosidade, semelhana da luz natural. Deste modo, a
par de uma iluminao geral difusa, dever haver uma cuidadosa iluminao de
destaque das peas, valorizando-as e proporcionando a atraco do olhar e o conforto
necessrio a uma boa interpretao dos objectos.
A iluminao museogrfica secciona as obras de arte em quatro categorias, em
funo das necessidades especficas da respectiva instalao de sistemas de
luminotecnia:
objectos expostos em superfcies verticais, quer bidimensionais (como a pintura,
a tapearia ou o vitral) quer tridimensionais (como a escultura em baixo ou em
alto-relevo);
objectos tridimensionais expostos (com ou sem suportes de apoio) de forma a
serem visualizados num ngulo de 360;
objectos expostos em vitrine (com iluminao interna ou externa);
objectos expostos em reconstituies de ambientes histrico-artsticos.
A iluminao de uma pea bidimensional, disposta numa superfcie vertical,
deve ter em considerao no s a altura em que se encontra pendurada, a rea de
superfcie que ocupa e a distncia a outras peas, mas tambm a zona de contemplao
da obra na sua globalidade que aumenta proporcionalmente respectiva dimenso. Cada
pea dever ser valorizada por um ou mais focos de destaque, consoante os centros
psicovisuais pr-definidos. No caso de representaes pictricas policromas, a lmpada
seleccionada para a luminria de destaque, poder valorizar a representao pictrica da
luz, se for escolhida uma TC similar.
Em contraste com a exposio de objectos bidimensionais, em particular a
pintura, a gravura e o desenho, cuja altura recomendada de colocao de 1,50m do
solo, ou seja, ao nvel da altura mdia dos olhos dos visitantes, nos objectos
tridimensionais, esta altura muito varivel, dependendo das dimenses da pea e do
respectivo suporte expositivo, do local escolhido no percurso expositivo e do espao de
contemplao que, no caso da escultura, necesita una zon de respeto al igual que las
209
personas para poder respirar512, como afirma Juan Pablo Rodrigues. Este facto
significa que o nmero de focos, a sua direco e a amplitude podem variar, consoante o
tipo de objecto.
Os objectos de artes decorativas possuem uma preponderncia de materiais com
um elevado ndice de refraco, o que implica uma especial ateno com os nveis de
iluminncia e com a orientao das luminrias, afim de se evitarem os brilhos e os
encadeamentos indesejados, como acontece em peas de cermica vidrada ou de
joalharia. No caso especfico de peas de vidro transparente, a boa iluminao depende
da implementao de contraste entre a pea e o respectivo fundo expositivo, atravs da
iluminao da parte posterior da pea com luz difusa.
A iluminao, interior ou exterior, de vitrines pode destacar um conjunto de
objectos, uma s pea ou pormenores relevantes. Tratando-se da iluminao exterior, o
foco deve ser colocado no enfiamento do vidro protector da vitrine, de forma a evitar a
projeco da sombra nos objectos expostos, causada no s pelos visitantes, mas
tambm pela juno dos vidros de proteco (se for o caso de vitrines envidraadas na
parte superior e frontal). Na iluminao interior, aconselhvel a instalao de
lmpadas ou luminrias regulveis, de preferncia, por sistemas de controle remoto,
devendo ser instaladas num compartimento prprio, de fcil acesso exterior, para a
respectiva manuteno.
A iluminao de vitrines pode ser superior ou inferior, com ou sem a proteco
de placas translcidas, proporcionando, respectivamente, uma luz mais difusa ou
acentuada. Alm deste tipo de luz artificial, as vitrines tambm podem ser iluminadas
internamente por fibra ptica.
A grande desvantagem da iluminao interna das vitrines, ao longo das ltimas
dcadas, residia no calor transmitido pelas lmpadas, nefasto para a estabilidade fsico-
qumica das peas. No entanto, o aparecimento de uma nova gama de lmpadas
economizadoras, de elevada eficincia energtica, reduziu substancialmente a emisso
dos respectivos valores trmicos, permitindo desenvolver novos conceitos de design de
512
RODRIGUEZ, Juan Pablo, Criterios Museogrficos para la Exposicin de Materiales Escultricos,
p.118. Artigo consultado no Site: http://www.mcu.es, no dia 18.02.2011.
210
513
O sistema de fibra ptica consiste num conjunto de fibras de plstico ou de vidro, revestidas por um
tubo, o qual est ligado, numa das extremidades, a uma caixa. Esta contem uma lmpada de halogneo,
um transformador, um ventilador, reguladores de iluminncia e encaixes para a aplicao de filtros. O seu
funcionamento consiste na emisso de feixes de luz, a partir da lmpada instalada na caixa, que percorrem
as fibras do tubo por meio de reflexes sucessivas.
514
Imagem retirada do Site: http://www.fibraoptica.com.br, no dia 30.05.2011.
515
Fotografia tirada pela autora em Maro de 2010.
211
516
Imagem retirada do Site: http://www.metmuseum.org, no dia 16.11.2011.
212
517
BERGERON, Andr, op. cit., p.36.
518
GUICHEN, Gael de, La Conservation Prventive: un Changement profound de Mentalit. In
Cahiers dtude. Comit de Conservation (ICOM-CC), N1, 1995, p.5.
519
Id., Ibid., p.5.
520
ALARCO, Catarina, Prevenir para Preservar o Patrimnio Museolgico. In Museal: Revista do
Museu Municipal de Faro. Faro, Cmara Municipal de Faro, Junho 2007, N2, p.15.
521
Dirio da Repblica. I Srie. Lei N47/2004 de 19 de Agosto, art28.
213
522
DRUZIK, James e ESHJ, Bent, Museum Lighting: Its Past and Future Development. In Museum
Microclimates: contributions to the Copenhagen conference 19-23 November 2007. T. Padfield & K.
Borchersen Editors, National Museum of Denmark, 2007, p.51.
214
523
PUTT, Neal e SLADE, Sarah, Teamwork for Preventive Conservartion. ICCROM. E-doc. 2004/01.
Vers.1.0. 12/02/04. Documento consultado no Site: http://www.iccrom.org, no dia 25.06.2011.
215
524
SHAW, Kevan, Display and Conservation: The Dilema of lighting in Museums. 19.02.1996. Artigo
consultado no Site: http://www.kevan-shaw.com, no dia 10.06.2011.
216
525
MICHALSKI, Stefan, Light, Ultraviolet and Infrared. Canadian Conservation Institute, p.1.
Informao consultada no Site: http://www.cci-icc.gc.ca, no dia 16.02.2010.
526
HOMEM, Paula Menino, op. cit., p.227.
527
Imagem retirada do Site: http://www.cci-icc.gc.ca, no dia 22.06.2011.
217
528
Virgin and Child with two Saints. Bernardino Fungi. Siena. C.1480 1500. leo sobre madeira.
62x42cm. Victoria & Albert Museum, Inv 766-1865. Informao consultada no Site:
http://www.vam.ac.uk, no dia 22.06.2011.
529
Imagens retiradas do Site: http://www.vam.ac.uk, no dia 22.06.2011
218
Nveis aconselhados
Sensibilidade dos materiais
Iluminncia
UV (W/ lm)
(Lux)
530
MICHALSKI, Stefan, op. cit., p.10. Informao consultada no Site: http://www.cci-icc.gc.ca, no dia
16.02.2010.
531
AMARAL, Joana et alt.. Plano de Conservao Preventiva. Bases orientadoras, normas e
procedimentos. Lisboa, Instituto dos Museus e da Conservao/Ministrio da Cultura, 2007, Col. Temas
de Museologia, p.98.
219
532
Fotografia tirada pela autora no dia 12.03.2010.
533
LEMAIGRE-VOREAUX, Pierre, op. cit., p.35.
220
Iluminncia mxima de
Sensibilidade Nvel de iluminncia (lux)
exposio (lx/ano)
534
LEMAIGRE-VOREAUX, Pierre, op. cit., p.41.
535
CUTTLE, Christopher, op. cit., p.41.
536
Id., Ibid., p.46. A traduo da respectiva tabela foi feita pela autora.
221
Nvel de Tempo
Iluminncia mxima
Sensibilidade Iluminncia recomendado
de exposio (lux/ano)
(lux) (horas/ ano)
537
AMARAL, Joana et al., op. cit., p.98.
538
THOMSON, Garry, The Museum Environment. London, Butterworth-Heinemann, 1994, 2th edition,
p.23.
539
O horrio do MNAA foi consultado no site: http://www.mnarteantiga-ipmuseus.pt, no dia 06.06.2011.
540
O horrio do MCG foi consultado no Site: http://www.museu.gulbenkian.pt, no dia 06.06.2011.
222
Iluminncia
Sensibilidade Museu Museu Casa-Museu Museu
(lux)
Nacional de Calouste Medeiros e de S.
Arte Antiga Gulbenkian Almeida Roque
Muito
50 104.000 113.600 70.850 110.800
sensveis
Pouco
300 - - - -
sensveis
541
O horrio da CMMA foi consultado no Site: http://www.casa-museumedeirosealmeida.pt, no dia
06.06.2011.
542
O horrio do MSR foi consultado no Site: http://www.museudesaoroque.com, no dia 06.06.2011.
223
543
Leque. Frana. 1723-24. Papel e marfim. 27,9x50,8cm. MET, Inv35.80.29. Imagem retirada do Site:
http://www.metmuseum.org, no dia 07.06.2011.
544
Cadeira de braos. Frana, estilo Lus XV. 1720-1740. Nogueira, tapearia e pregaria em metal.
97,5x73,5x75cm. MNMC, Inv6016; M346. Imagem retirada do Site: http://www.matrizpix.imc-ip.pt, no
dia 10.06.2011.
224
545
Fotografia tirada pela autora a 26.06.2011.
546
Normas de Inventrio, cit., p.55.
547
THOMSON, Garry, op. cit., p.23.
548
Imagem retirada do Site: http://news.bbc.co.uk, no dia 28.09.2011.
225
Salle des tats, no Louvre, com uma iluminao549 destacando a sua singularidade; her
new spotlight helps bring out the true color of her hands, chest and face550, conforme
afirmou Cecile Scaillierez, conservadora do Museu. Neste caso, o projecto de
iluminao, alm de ter optimizado a percepo cromtica da pea e de ter conseguido
adaptar um novo e sofisticado sistema integrado, de luz zenital e artificial, a um edifcio
histrico, permitiu criar uma iluminao com boas condies de conservao
preventiva.
Os mtodos actuais de controle de iluminao museogrfica, combinam medidas
de preveno, h muito praticadas nos museus, com novos recursos electrnicos e
tecnolgicos de iluminao inteligente, os quais permitem uma eficiente gesto
integrada da luz natural e artificial, uma significativa poupana de energia, solues
flexveis e um design atractivo.
Os mtodos tradicionais de controle da luz, natural ou artificial, no espao
expositivo, baseiam-se em princpios fundamentais de preveno e na instalao de
produtos especializados de bloqueio das nocivas radiaes e de controle dos nveis de
iluminncia e de tempo de exposio; consistem em bloquear os vos de luz natural e
em desligar o sistema elctrico, sempre que o museu se encontra encerrado ao pblico;
em cumprir os planos gerais de gesto de riscos; em programar uma poltica preventiva
de rotatividade expositiva de objectos muito fotossensveis e em os monitorizar
periodicamente.
Na seleco e implementao de adequados produtos de controle da luz,
destacam-se, no caso da luz natural (zenital e lateral), a utilizao de telas standard ou
anti-UV, cortinas de pano-cru, estores, pelculas incolores anti-UV e vidros ou acrlicos
fotossensveis e anti-UV nos vos de iluminao; no caso da luz artificial, poder
considerar-se a seleco de lmpadas com baixos nveis ou isentas de UV e IV, de
luminrias e dos respectivos acessrios UV; optando-se por uma iluminao mista,
natural e artificial, a escolha de mobilirio expositivo que apresente boas solues de
diminuio do tempo de exposio e a aplicao de filtros UV em equipamento
expositivo, em particular nas vitrines.
549
A autoria do projecto de alterao da Salle des Etts (entre 2001 e 2005) para exposio do quadro
Mona Lisa, foi do Arquitecto Lorenzo Piqueras, em estreita colaborao com o responsvel de
investigao em iluminao do ENTPE (State National School of Public Works), o Prof. Marc
Fontoynont.
550
Informao retirada do Site: http://www.ruggedelegantliving.com, no dia 28.06.2011
226
551
Fotografia tirada pela autora no dia 26.06.2011.
552
Imagem retirada do Site: http://www.true-vue.com, no dia 24.06.2011.
553
CASANOVAS, Lus Efrem Elias, op. cit., p.85.
554
Fotografias tiradas pela autora no MSR, no dia 26.06.2011.
227
Uma das formas de gerir o tempo de exposio de uma obra de arte, consiste na
sua rotatividade com outro objecto em reserva ou de outra provenincia que detenha
atributos e um contexto histrico-artstico similares. No entanto, h objectos de
referncia insubstituveis, por exemplo Tentaes de Santo Anto, de Hieronymos
Bosch, patente no Museu Nacional de Arte Antiga; neste caso, dever-se-o encontrar
solues integradas de preveno, como o objecto ser iluminado, accionando detectores
de presena ou por um sistema de temporizador.
A rotatividade, acima referida, em particular nas exposies de longa durao,
implica sempre uma verificao da necessidade de reajustamento do nvel de
iluminncia e da correcta orientao da respectiva luminria, face ao objecto de
substituio. Devido ao efeito cumulativo da luz, a pea retirada de exposio, apesar de
ser resguardada na obscuridade, j no recupera da deteriorao acumulada durante o
perodo de exposio.
Actualmente, a iluminao artificial para museus constitui uma rea de
investigao e comercializao especializada que tem evoludo exponencialmente nas
duas ltimas dcadas, com o aparecimento de novos produtos, em particular lmpadas
isentas de UV e IV com elevada eficincia energtica, luminrias com reguladores
incorporados e acessrios de controle destas radiaes e de diversas gamas de sistemas
luminotcnicos de controle de iluminncia.
A boa eficincia energtica da recente gerao de lmpadas economizadoras, em
particular as de halogneo de baixa voltagem (12V), as fluorescentes tubulares ou
compactas e os LED, aumentando a expectativa de tempo de vida de um objecto,
permitem uma reavaliao do tempo calculado de exposio. No entanto, ainda persiste
a aplicao de algumas tipologias de lmpadas com valores significativos de UV e IV, o
que implica a aplicao das respectivas medidas de preveno.
Os filtros de UV e de IV para luz artificial constituem acessrios das luminrias,
aplicados na parte frontal das mesmas. No entanto, podem alterar o fluxo luminoso e o
IRC, o que exige uma verificao de valores e um eventual reajustamento, afim de no
pr em causa a boa percepo cromtica de determinados objectos.
O sistema de fibra ptica utilizado, frequentemente, na iluminao de vitrines,
cumpre as premissas de conservao preventiva, uma vez que alm de no apresentar
emisses de UV e de IV, possui um regulador de iluminncia.
228
555
Imagem retirada do Site: http://fasvs.pt, retirada no dia 12.04.2011.
556
Informao consultada no Site: http://www.domoticware.com, no dia 23.06.2011.
229
Efeito do vidro opaco e transparente do sistema D-MUTM Smart Museum Display Cases557
557
Imagem retirada do Site: http://www.domoticware.com, no dia 23.06.2011.
230
558
Imagem retirada do Site: http://www.erco.com, no dia 16.05.2011.
559
Imagem retirada do Site: http://www.conservationsupportsystems.com, no dia 24.06.2011.
231
560
HOMEM, Paula Menino, op. cit., p.234.
561
Id., Ibid., p.238.
562
Imagem retirada do Site: http://ec.europa.eu, no dia 23.06.2011.
232
Face ao que atrs expus, podemos concluir que a monitorizao das coleces
em exposio fundamental no s como medida de preveno, mas tambm como
meio de avaliao de riscos, face aos recentes produtos e sistemas de iluminao, e
como forma de diminuir futuras despesas com a conservao curativa ou o restauro.
A conservao preventiva e a iluminao museogrfica constituem,
indubitavelmente, duas reas cientficas da museologia que, interligadas numa adequada
poltica de gesto de riscos, permitiro criar elos mais abrangentes de comunicao
artstica e sociocultural, onde o objecto se revela na sua plena autenticidade e onde o
pblico o contempla em mltiplas interpretaes.
233
234
CAPTULO 5
A FICHA TCNICA DE ILUMINAO MUSEOGRFICA
235
563
Dirio da Repblica. I Srie. Lei N47/2004 de 19 de Agosto, art 28.
564
Informao consultada no Site: http://www.ipmuseus.pt, no dia 08.07.2011.
565
Informao consultada no Site: http://www.lending-for-europe.eu, no dia 08.07.2011.
236
566
Normas Gerais, cit., pp.69 a 72.
567
Matriz, cit., p.83.
568
Ibid., p.8.
569
Ibid., p.83.
237
570
Fotografias tiradas pela autora a 15.07.2011.
238
enquanto que as duas tabelas seguintes, constituem uma anlise da pea em contexto
museogrfico.
A ficha tcnica no inclui um campo para a especificao dos custos financeiros
com o projecto, a instalao e a manuteno do sistema de iluminao, uma vez que no
constitui, habitualmente, uma competncia do muselogo. No entanto, o oramento
apresentado pelo designer de iluminao ou pelo luminotcnico poder ser anexado
ficha respectiva, constituindo uma informao relevante para futuras decises.
Os contedos desta ficha podero ter uma diferente apresentao grfica,
conforme o suporte (documental ou informtico) e a tutela ou museu que a adoptar
como instrumento de trabalho.
O caso de estudo, apresentado no anexo 6.2, tem o intuito de demonstrar a
aplicabilidade e a relevncia museolgica desta ficha tcnica, atravs da anlise de vinte
obras de arte, realizadas para o efeito, distribudas pelas exposies permanentes do
Museu Nacional de Arte Antiga e do Tesouro-Museu da S de Braga, e pela exposio
temporria: A Perspectiva das Coisas. A Natureza-morta na Europa. Segunda parte:
1840 1955, patente (de 21.10.2011 a 08.01.2012) no Museu Calouste Gulbenkian.
571
Imagem retirada do Site: http://www.cantinhos.pt, no dia 03.01.2012.
239
1. Identificao da pea
Imagem principal
Instituio/ Proprietrio:___________________________________
Categoria/ Subcategoria:__________________________________
Denominao/ Ttulo:_____________________________________
Tema:_________________________________________________
N (s) Inventrio:________________________________________
Autoria/ Produo:_______________________________________
Datao:_______________________________________________
Informao tcnica
Matria:_______________________________________________ Registo de imagem
Suporte:_______________________________________________ Tipo:
Tcnica:_______________________________________________ Autor:
Data:
Dimenses
Altura (cm):________________________________________________________________________
Largura (cm):_______________________________________________________________________
Profundidade (cm):___________________________________________________________________
Espessura (cm):_____________________________________________________________________
Dimetro (cm):______________________________________________________________________
Comprimento (cm):__________________________________________________________________
Caractersticas da superfcie
Cor:_______________________________________________________________________________
Contorno:__________________________________________________________________________
Textura:____________________________________________________________________________
Opacidade:_________________________________________________________________________
Classificao ptica:__________________________________________________________________
Centro(s) psicovisual(ais)
Indicao do(s) centro(s)
Direco da luz representada:____________________________
Direco de iluminao recomendada:___________________ psicovisual(ais) na pea
Direco da iluminao na exposio:___________________
Conservao
Estado de conservao:_______________________________
Intervenes de conservao e restauro:__________________
Material de maior fotossensibilidade:____________________
Exposio
Ttulo:________________________________________________________________________
Tipologia de exposio:______________________________________________________________
Parmetro de organizao do percurso:_______________________________________________
Suporte expositivo:______________________________________________________________
Localizao:___________________________________________________________________
240
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo:
Autor:
Data:
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade):________________________________________________
Nvel de iluminncia (lux):________________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas):__________________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV):_____________________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao:____________________________________________________
Controle da iluminncia:___________________________________________________________
Lmpadas: - Tipologia:____________________________________________________________
- Quantidade: __________________________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V):_______________________________________
- Temperatura de Cor (Kelvin):_________________________________________
- ndice de Rendimento de Cor (%):________________________________________
- Vida mdia:__________________________________________________________
Luminrias (tipo e acessrios):________________________________________________________
Amplitude do fluxo luminoso no espao e no objecto:_____________________________________
Nvel de iluminncia (lux):___________________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas):______________________________________________________
Tipo de protectores (UV e IV):_________________________________________________________
Parmetros de visibilidade
Acuidade:______________________________________________________________________
Adaptao visual:________________________________________________________________
Acomodao:____________________________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:______________________________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:_____________________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________________
Inquritos:_______________________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:_________________________________________
Registo audiovisual:______________________________________________________________
241
1. Identificao da pea
572
Normas Gerais, cit., pp.69 a 72.
573
ARMINJON, Catherine e BLONDEL, Nicole, Objects Civils Domestiques. Vocabulaire Typologique.
Paris, Centre des monuments nationaux/ Monum, ditions du Patrimoine, 2002, pp.634 e 635.
242
France e nas Normas Gerais574. Convm, no entanto, referir que a pea pode ser
contextualizada pelo tema expositivo, podendo este prevalecer.
As caractersticas da superfcie englobam um conjunto de especificaes
relevantes do objecto para a instalao e montagem luminotcnica, nomeadamente, a
cor, o contorno, a textura, a opacidade e a classificao ptica; a sua referncia
importante, uma vez que nem sempre so identificveis pelas fotografias componentes
da ficha.
A cor da obra de arte pode provir da composio da respectiva estrutura
material, como o exemplo do contador, na imagem seguinte, em madeira com
embutidos de marfim; ou da cor aplicada ao revestimento da pea, como o caso de
uma escultura policromada.
Contador575
574
Normas Gerais, cit., pp.83 a 87.
575
Contador. ndia mogul. Sc. XVII. Mobilirio. Siss, teca, pau-santo, buxo, carvalho, marfim.
Ferragens em lato. 142x142x70cm. MNAA, Inv1312Mov. Imagem retirada do Site:
http://www.matriznet.imc-ip.pt, no dia 06.07.2011.
243
576
Foto tirada pela autora no MSR, no dia 26.06.2011.
244
577
Normas Gerais, cit., pp. 54 a 56.
245
578
Imagem retirada do Site: http://rublev-museum.livejournal.com, no dia 132.07.2011.
246
2. Condies de iluminao
579
Informao consultada no Site: http://www.britishmuseum.org, no dia 13.07.2011.
580
Fotografia tirada pela autora no MCG, em Maro de 2010.
581
Fotografia tirada pela autora numa sala do MET, no dia 12.03.2010.
247
248
249
582
Fotografia tirada pela autora numa sala do MET, a 12.03.2010.
583
Fotografia tirada pela autora numa sala do MET, a 12.03.2010.
584
Fotografia tirada pela autora no MSR, a 26.06.2011.
250
585
Fotografia tirada pela autora no MNAA, no dia 10.09.2011.
251
586
Tapearia de Pastrana, patente na exposio temporria: A Inveno da Glria. D. Afonso V e as
Tapearias de Pastrana, realizada no MNAA, entre 12.06 e 03.10.2010. Fotografia tirada pela autora em
Outubro de 2010.
587
FERNNDEZ, Luis Alonso e FERNNDEZ, Isabel Garcia, op. cit., pp.86 e 87
252
253
254
CAPTULO 6
PRTICAS DE ILUMINAO MUSEOGRFICA EM
MUSEUS PORTUGUESES: ANLISE DE TRS ESTUDOS DE CASO
255
N de
Tutela
museus
Instituto dos Museus e da
15
Conservao
Administrao Central Universidade 1
Estatal Presidncia da Repblica 1
Cmara Municipal 7
Administrao Local
Assembleia Distrital 1
Governo Regional 6
588
Inqurito aos Museus. cit., p.102.
256
Eclesistica 3
Fundao 7
Privada
Instituio 2
N Sem
N Pergunta Opes de resposta
Respostas resposta
O Museu possui um Vinculo ao museu 21
tcnico responsvel pela Sim 0
1. Vinculo tutela 5
montagem da iluminao
expositiva? No 17
Este tcnico tem uma Tcnico profissional 17
19
formao Formao universitria 8
Engenharia
2. 5
No caso de ter formao electrotcnica
Design de Iluminao 0 34
universitria, qual o curso
Outro 4
Funcionrio 17
3. Este tcnico 9
Contratado 17
No caso de ser servio Contrato individual 5
4. contratado, indique a 27
modalidade Empresa 11
Este tcnico participa nas
Sim 22
reunies da equipa
5. 12
responsvel pelo projecto
expositivo? No 9
Ficha de Inventrio 14
Quais os elementos que o
Museu lhe disponibiliza, Fotografia 14
19
relativos aos objectos a Estado de Conservao 10
6.
expor
Outros 13
No caso de serem outros elementos, especifique por
14 29
favor
257
258
259
21 24
22
9 10 9 9
7
2 1
Muito boa Boa Razovel Deficiente No Muito boa Boa Razovel Deficiente No
respondeu respondeu
260
261
262
589
Apesar de ter sido fundado em 1930, o Tesouro-Museu da S de Braga sofreu grandes obras de
remodelao e de ampliao dos seus espaos expositivos, entre os anos de 2003 a 2007. Neste ano, foi
inaugurada a exposio de longa durao, intitulada Razes de Eternidade: Jesus Cristo Uma Igreja,
cujo projecto de iluminao museogrfica da autoria do Arqto Paulo Providncia.
590
Fotografia tirada pela autora no dia 10.09.2011.
591
Fotografia tirada pela autora no dia 26.08.2011.
263
592
Fotografia tirada pela autora no dia 18.10.2011.
264
Potenciais fragilidades
Museu Categoria Ttulo da obra
museogrficas
Custdia de Belm
Ourivesaria Reflexo especular
Cofre
Gomil Reflexo especular e centros
Cermica
Lavanda psicovisuais
O contedo da informao destas vinte fichas tcnicas (vd. anexo III, docs 1 a
20), incluindo o registo fotogrfico, foi facultado pelos conservadores destes trs
Museus, pela consulta dos respectivos sites e por visitas in loco efectuadas pela autora,
265
266
267
268
269
270
Entrada da exposio
271
272
Neste exemplo, os grupos com vrias peas tinham, por vezes, uma colocada
num suporte de nvel superior, afixado ao painel do fundo, como era o caso dos grupos:
3, 4, 6, 7, 9, 10, 12, 13 e 15. Este suporte foi colocado, igualmente, de forma
descentrada.
A vitrine central, nos dois lados do percurso, tendo uma iluminao superior e de
destaque, criava, intencionalmente, sombras projectadas pelos objectos. Em
determinadas peas de silhuetas vazadas ou perfis recortados, as sombras sugeriram
reinterpretaes estticas e simblicas.
Nas duas vitrines, ao fundo da sala, a iluminao por focos foi instalada em
calhas no tecto, exteriores vitrine, havendo uma maior suavidade nas sombras
projectadas pelos objectos. Na instalao desta iluminao, houve o cuidado de
direccionar o ngulo de incidncia da luz, de forma a no projectar a sombra das arestas
das vitrines nos objectos expostos.
273
Convm referir que a tipologia de vidros protectores utilizados nas vitrines criou
reflexos. No entanto, esta utilizao baseou-se em trs argumentos: a reutilizao de
materiais de anteriores exposies temporrias, o elevado custo de vidros anti-reflexo e
o efeito do reflexo ser um meio de evitar que os visitantes esbarrassem no vidro, ao
aproximarem-se das vitrines.
As legendas, acompanhando exteriormente a disposio das peas na vitrine, no
tiveram iluminao de destaque e nem sempre os tons utilizados no lettering
contrastavam com o tom de fundo, provocando dificuldade na visibilidade das mesmas,
como o comprova a necessidade dos visitantes se aproximarem para as ler e a
considervel referncia, a este facto, nos inquritos.
Uma vez que h uma complementaridade na compreenso do objecto exposto, a
visibilidade das legendas e dos textos fundamental para a capacidade interpretativa do
visitante.
274
275
nforas em exposio
276
Iluminao de destaque
277
278
CONCLUSO
279
280
281
282
dados, proposto por Alessandro Bollo e Luca Del Pozzolo e os estudos sobre o
movimento sacdico dos olhos, apoiados por sofisticados equipamentos de Eye
Tracking.
Analisaram-se trs estudos de caso. O primeiro referiu-se a um questionrio
relativo iluminao museogrfica, efectuado a uma amostra de 57 museus de arte
portugueses, que revelou aspectos importantes que carecem de uma maior aposta
museolgica: o desconhecimento e exigncia de formao acadmica do tcnico
responsvel pela iluminao, a ausncia total de interveno do designer de iluminao,
a qualidade de iluminao das exposies de longa durao ser inferior das
temporrias e o facto do pblico reagir iluminao expositiva.
J o estudo de caso de anlise da ficha tcnica de iluminao, incidindo em vinte
obras de arte, em exposio no Museu Nacional de Arte Antiga, no Museu Calouste
Gulbenkian e no Tesouro-Museu da S de Braga, permitiu comprovar a importncia
desta ficha como instrumento de trabalho.
Finalmente, o estudo de caso sobre a reaco do pblico iluminao utilizada
na exposio temporria: Os Gregos. Tesouros do Museu Benaki (patente no Museu
Calouste Gulbenkian), confirmou o poder comunicativo da iluminao museogrfica,
uma vez que o pblico expressou diversas opinies no s sobre o conceito de
iluminao da prpria exposio, mas tambm sobre a iluminao de determinados
objectos.
Note-se que a vastido e complexidade temtica desta dissertao no se encerra
na pesquisa efectuada; ela constitui um contributo para futuras investigaes. Neste
mbito, salientam-se, em seguida, algumas propostas e recomendaes a ter em conta.
A ficha tcnica de iluminao e o Quadro de classificao ptica das principais
tcnicas e materiais das obras de arte, elaborados no mbito desta dissertao, podero
ser enriquecidos com novos campos, informatizados ou adaptados a programas de
inventrio e de gesto de coleces museolgicas.
O conservador e o muselogo ou o curador devero actualizar continuamente os
seus conhecimentos interdisciplinares, no mbito da iluminao museogrfica e da
interpretao visual da obra de arte; podero propor, a empresas de hardware e de
software, a criao de um programa especializado que os ajudem a definir os centros
283
284
BIBLIOGRAFIA
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296
ANEXOS
297
QUADRO D E CL A S S I F I C A O P T I C A D O S P R I NC I P A I S M A T E R I A I S E T C N I C A S A R T S T I C A S
Categoria/
Tcnica de Reflexo Reflexo Reflexo
Subcategoria Tcnica Reflexo Reflexo Reflexo
Orgnico Inorgnico acabamento da regular regular regular
artstica especular especular especular
superfcie e difusa e difusa e difusa
Cola animal
Ovo
Aglutinante Casena Pigmentos
leo de
linho
P ou folha de ouro Dourado X
Verniz Resina Envernizado X
Linho
Tela Algodo Pintura a X
Pintura
Cnhamo leo
Carvalho
Castanho
Pinho
Madeira Choupo X
Nogueira
Tlia
Abeto
Metal Cobre X
Pintura/ Goma-
Aglutinante Pigmentos X
Iluminura arbica
298
299
Pinho
Nogueira
Azinho
Pigmentos Policromado X
Osso P ou folha de ouro Dourado X
Polido X
Pigmentos Policromado X
Marfim Folha de ouro Dourado X
Polido X
Madreprola Polido X
Argila
Pigmentos Policromado Faiana X
Slica Vidrado
Ouro Polido X
Polido Ourivesaria X
Prata
Dourada X
Ouro Polido
Polido
Metal Prata X
Dourada
Lato Polido
Diamante
Crisberilos
Esmeralda
Rubi
Ourivesaria Safira
/ Joalharia Pedra Cristal de rocha
Lapidado X
Ametista
Topzio
gua-marinha
Granada
Cornalina
Vidro Slica
Turquesa
Pedra Polido X
Olho-de-tigre
300
Cornalina
Obsidiana
gata
Lpis-lazli
Opla
Pigmentos Bicromtico
gata
X
Pedra nix Polido Escultura
Sardnica (Camafeu)
Coral Polido X
Vidro Slica X
Pigmentos
Porcelana
Caulino Vidrado X
(Camafeu)
Slica
Pigmentos xidos metlicos
Cobre
Bronze Esmaltado X
Metal
Ouro
Prata
Azeviche Polido X
mbar Polido X
Prola X
Madreprola Polido X
Marfim Polido X
Tartaruga Polido X
Coral Polido X
Ouro Polido X
Polido
Metal Prata X
Dourado
Bronze Dourado X
Ourivesaria
Brilhante X
Jacinto X
Gemas Lapidado
Esmeralda X
Rubi X
301
Ametista X
Granada X
Quartzo X
Vidro Slica Polido X
Pigmentos xidos metlicos
Ouro Esmaltado X
Metal
Prata
Tartaruga Polido X
Coral Polido X
bano
Madeira Pau-santo Polido X
Nogueira
Osso Polido X
Marfim Polido X
Slica Incolor
Vidro X X
Pigmentos xidos metlicos Colorido
Slica
Vidro
Monocromado X
Pigmentos xidos metlicos coalhado
Policromado
Cera Encerado X
Laca Lacado X
Verniz Resina Acharoado X
Pigmentos Pintado X
P ou folha de ouro Dourado X
P ou folha de prata Prateado X
Pau-santo
Mobilirio
Pequi
Carvalho
Casquinha
Madeira Polido X
Choupo
Pau-rosa
Pau-cetim
Sicupira
302
Vinhtico
Mogno
Teca
bano
Siss
Faia
Tlia
Nogueira
Criptomeria
Osso Polido X
Marfim Polido X
Tartaruga Polido X
Madreprola Polido X
Envernizado X
Couro Pele
Encerado X
Pedra Mrmore Polido X
Prata Polido X
Bronze Dourado X
Metal
Ferro Dourado X
Lato Dourado X
Vidro Slica Espelhado X
Seda Espolinado X
Terracota Argila Polido X
Argila
Pigmentos xidos metlicos Esmaltado X
Slica
Argila
Pigmentos
Cermica Faiana
P ou folha de ouro Dourado X
Slica Vidrado X
Slica, quartzo e feldspato
Vidrado Grs X
xido de ferro
Caulino
Porcelana
Pigmentos
303
Slica Vidrado X
P ou folha de ouro Dourado X
P ou folha de prata Prateado X
Caulino
Bone
Pigmentos X X
China
Slica Vidrado
Caulino Moldado X
Prata Polido Biscuit X
Metal
Ouro Dourado X
Slica
Pigmentos Policromado
X X
xidos metlicos Pintado
Metal
Ouro Dourado
Vidro Slica Slica
Pigmentos Policromado
Vidro
Monocromado X
xidos metlicos coalhado
Metal Policromado
Ouro Dourado
Materiais utilizados nos adereos da escultura, sobretudo na escultura sacra (resplendor, cruz, etc.).
304
Museu:
Tutela:
Assinale com uma cruz, a sua opo e preencha observaes sempre que considere oportuno.
305
7. Esta informao inclui uma hierarquia de nfase de iluminao nos objectos a expor?
Sim__ No__
8. O Conservador do Museu acompanha e pronuncia-se sobre a montagem da iluminao em
cada objecto?
Sim__ No__
Observaes:
9. Considera existirem, nos diferentes sectores da Exposio Permanente, objectos com uma
iluminao:
Muito boa __ Boa __ Razovel __ Deficiente __
Observaes:
:
10. Considera existirem, nos diferentes sectores da actual Exposio Temporria, objectos com
uma iluminao:
Muito boa __ Boa __ Razovel __ Deficiente __
Indique o nome da referida Exposio:
Observaes:
306
Anexo II - Documento 2 - Relao dos 57 museus de arte, aos quais foi enviado o
questionrio
307
308
1. Identificao da pea
Imagem principal
Instituio/ Proprietrio: Museu Nacional de Arte Antiga__
Categoria/ Subcategoria: Ourivesaria__________________
Denominao/ Ttulo: Custdia de Belm______________
Tema: Arte sacra__________________________________
N (s) Inventrio: 740 Our__________________________
Autoria/ Produo: Gil Vicente (atrib.)________________
Datao: 1506____________________________________
Informao tcnica
Matria: Ouro, esmaltes policromos e vidro_____________
Suporte: ________________________________________
Tcnica: Ouro fundido, relevado, inciso e parcialmente___ Registo de imagem
esmaltado_________________________________
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Dimenses Data: 10.09.2011
Altura (cm): 73 cm________________________________
Largura (cm): 32 cm_______________________________
Profundidade (cm): 26 cm__________________________
Espessura (cm):___________________________________ Indicao do(s) centro(s)
Dimetro (cm): ___________________________________ psicovisual(ais) na pea
Comprimento (cm):________________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Policromado_________________________________
Contorno: Regular arredondado______________________
Textura:_________________________________________
Opacidade: Opaco_________________________________
Classificao ptica: Reflexo especular (Brilho)________
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: multilateral______________
Direco de iluminao recomendada: Multilateral_______
Direco da iluminao na exposio: Superior e inferior__
309
Conservao
Estado de conservao: Bom________________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:________________________________________
Material de maior fotossensibilidade:__________________________________________
Exposio
Ttulo: Ourivesaria. Sculos XII-XIX__________________________________________
Tipologia de exposio: Longa durao________________________________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico-artstico_________________________
Suporte expositivo: Vitrine__________________________________________________
Localizao: Piso 2, Sala 29_________________________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 10.09.2011
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade):________________________________________
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas):___________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV):___________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Localizado fibra ptica (12 pontos de luz na parte_
superior e inferior da vitrine.___________________
Controle da iluminncia: Regulador no sistema de fibra ptica______________________
Lmpadas: - Tipologia: Halogneo__________________________________________
- Quantidade:1_________________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 75W__________________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3.000K_____________________________
310
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Boa___________________________________________________________
Adaptao visual: Boa_____________________________________________________
Acomodao: Boa________________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):_________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Muito bom__________________________________
Grau de visibilidade: Bom__________________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:______________________________________________________
311
1. Identificao da pea
Imagem principal
Instituio/ Proprietrio: Museu Nacional de Arte Antiga___
Categoria/ Subcategoria: Cermica_____________________
Denominao/ Ttulo: Bacia__________________________
Tema: Decorao___________________________________
N (s) Inventrio: 5897 Cer___________________________
Autoria/ Produo: Florena__________________________
Datao: 1580_____________________________________
Registo de imagem
Informao tcnica
Tipo: Digital
Matria: Pasta tenra ligeiramente azulada________________ Autor: Carmina Montezuma
Suporte: __________________________________________ Data: 10.09.2011
Tcnica: Rodada, moldada e pintada____________________
Dimenses
Altura (cm): 10,3 cm________________________________
Largura (cm): _____________________________________
Profundidade (cm):_________________________________
Indicao do(s) centro(s)
Espessura (cm):____________________________________
psicovisual(ais) na pea
Dimetro (cm): 42,7 cm______________________________
Comprimento (cm):_________________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Bicromtico___________________________________
Contorno: Regular, arredondado_______________________
Textura:__________________________________________
Opacidade: Opaco__________________________________
Classificao ptica: Reflexo especular (Brilho)__________
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: Superior________________________________________
Direco de iluminao recomendada: Superior_________________________________
Direco da iluminao na exposio: Superior_________________________________
312
Conservao
Estado de conservao: Bom________________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:_______________________________________
Material de maior fotossensibilidade:_________________________________________
Exposio
Ttulo: Artes Decorativas__________________________________________________
Tipologia de exposio: Longa durao_______________________________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico-artstico________________________
Suporte expositivo: Vitrine_________________________________________________
Localizao: Piso 1, Sala 49________________________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 10.09.2011
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade):________________________________________
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas):___________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV):____________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central____________________________________
Controle da iluminncia: Central_____________________________________________
Lmpadas: - Tipologia: Halogneo__________________________________________
- Quantidade: 4________________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 35W__________________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3.000K_____________________________
- ndice de Rendimento de Cor (%): 100____________________________
313
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Razovel_______________________________________________________
Adaptao visual: Boa_____________________________________________________
Acomodao: Boa_________________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Bom_______________________________________
Grau de visibilidade: Bom__________________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:______________________________________________________
314
1. Identificao da pea
Imagem principal
Instituio/ Proprietrio: Museu Nacional de Arte Antiga___
Categoria/ Subcategoria: Cermica____________________
Denominao/ Ttulo: Gomil_________________________
Tema: Decorao__________________________________
N (s) Inventrio: 5896 Cer__________________________
Autoria/ Produo: Florena_________________________
Datao: 1580____________________________________
Dimenses
Altura (cm): 29,5 cm_______________________________
Largura (cm): 20 cm_______________________________
Profundidade (cm): ________________________________
Indicao do(s) centro(s)
Espessura (cm):___________________________________
psicovisual(ais) na pea
Dimetro (cm): 17,2 cm_____________________________
Comprimento (cm):________________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Bicromtico__________________________________
Contorno: Irregular_________________________________
Textura: _________________________________________
Opacidade: Opaco_________________________________
Classificao ptica: Reflexo especular (Brilho)_________
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: Superior (Bico e asa)______________________________
Direco de iluminao recomendada: Superior e bilateral________________________
Direco da iluminao na exposio: Superior_________________________________
315
Conservao
Estado de conservao: Bom________________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:_______________________________________
Material de maior fotossensibilidade:_________________________________________
Exposio
Ttulo: Artes Decorativas__________________________________________________
Tipologia de exposio: Longa durao_______________________________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico-artstico________________________
Suporte expositivo: Vitrine prateleira de vidro suspensa_________________________
Localizao: Piso 1, Sala 49________________________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 10.09.2011
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade):________________________________________
Nvel de iluminncia (lux): _________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas):___________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV):____________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central___________________________________
Controle da iluminncia: Central____________________________________________
Lmpadas: - Tipologia: Halogneo_________________________________________
- Quantidade: 4_______________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 35W_________________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3.000K____________________________
- ndice de Rendimento de Cor (%): 100____________________________
- Vida mdia: 4.000h___________________________________________
316
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Boa___________________________________________________________
Adaptao visual: Boa_____________________________________________________
Acomodao: Boa________________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):_________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Bom_______________________________________
Grau de visibilidade: Bom__________________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:______________________________________________________
317
1. Identificao da pea
Imagem principal
Instituio/ Proprietrio: Museu Nacional de Arte Antiga
Categoria/ Subcategoria: Ourivesaria________________
Denominao/ Ttulo: Cofre_______________________
Tema: Arte sacra________________________________
N (s) Inventrio: 576 Our_________________________
Autoria/ Produo: Veneza________________________
Datao: 1501-1525______________________________
Registo de imagem
Informao tcnica
Matria: Prata, cristal de rocha, bronze e madeira_lacada_ Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Suporte:_______________________________________
Data: 10.09.2011
Tcnica: Prata fundida e cinzelada. Cristal lapidado_____
Dimenses
Altura (cm): 55 cm______________________________
Largura (cm): 95 cm_____________________________
Profundidade (cm): 68 cm________________________
Espessura (cm):________________________________ Indicao do(s) centro(s)
Dimetro (cm):_________________________________ psicovisual(ais) na pea
Comprimento (cm):_____________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Policromtico______________________________
Contorno:_____________________________________
Textura:______________________________________
Opacidade: Opaco e transparente___________________
Classificao ptica: Reflexo especular (Brilho)______
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada:_______________________________________________
Direco de iluminao recomendada: Superior e multilateral_____________________
Direco da iluminao na exposio: Superior_________________________________
318
Conservao
Estado de conservao: Bom_______________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:_______________________________________
Material de maior fotossensibilidade: Madeira_________________________________
Exposio
Ttulo: Artes Decorativas__________________________________________________
Tipologia de exposio: Longa durao_______________________________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico-artstico________________________
Suporte expositivo: Vitrine_________________________________________________
Localizao: Piso 1, Sala 49________________________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 10.09.2011
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade):________________________________________
Nvel de iluminncia (lux): _________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas): ___________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV): ____________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central___________________________________
Controle da iluminncia: Central____________________________________________
Lmpadas: - Tipologia: Halogneo_________________________________________
- Quantidade: 6_______________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 35W_________________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3.000K____________________________
- ndice de Rendimento de Cor (%): 100___________________________
- Vida mdia: 4.000h___________________________________________
319
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Boa____________________________________________________________
Adaptao visual: Boa_____________________________________________________
Acomodao: Boa_________________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Bom________________________________________
Grau de visibilidade: Bom__________________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:_______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:_______________________________________________________
320
1. Identificao da pea
Imagem principal
Instituio/ Proprietrio: Museu Nacional de Arte Antiga______
Categoria/ Subcategoria: Vidro___________________________
Denominao/ Ttulo: Copo______________________________
Tema: Alimentao____________________________________
N (s) Inventrio: 742 Vid_______________________________
Autoria/ Produo: Real Fabrica da Marinha Grande__________
Datao: 1750-1755____________________________________
Informao tcnica
Registo de imagem
Matria: Vidro________________________________________
Suporte:_____________________________________________ Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Tcnica: Soprado, lapidado, gravado e dourado______________ Data: 10.09.2011
Dimenses
Altura (cm): 14 cm_____________________________________
Largura (cm):_________________________________________
Profundidade (cm):____________________________________
Espessura (cm):_______________________________________ Indicao do(s) centro(s)
Dimetro (cm): 11 cm__________________________________ psicovisual(ais) na pea
Comprimento (cm):____________________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Monocromtico___________________________________
Contorno: Regular, arredondado e facetado_________________
Textura:_____________________________________________
Opacidade: Translcido e transparente_____________________
Classificao ptica: Reflexo especular (Brilho)_____________
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: Geral (na efgie do Rei D. Jos I)____________________
Direco de iluminao recomendada: Bilateral e frontal__________________________
Direco da iluminao na exposio: Superior e lateral direita_____________________
321
Conservao
Estado de conservao: Bom________________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:________________________________________
Material de maior fotossensibilidade:__________________________________________
Exposio
Ttulo: Vidros portugueses__________________________________________________
Tipologia de exposio: Longa durao________________________________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico-artstico_________________________
Suporte expositivo: Vitrine - prateleira de vidro suspensa__________________________
Localizao: Piso 2, Sala 25, Vitrine B, n3_____________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 10.09.2011
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade): 1 Janela_________________________________
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas): 4h (3 feira) e 8h_____________________________
(4feira a Domingo)______________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV): Tela anti-UV_________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central____________________________________
Controle da iluminncia: Central_____________________________________________
Lmpadas: - Tipologia: Fluorescente________________________________________
- Quantidade: 4________________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 18V __________________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3.000K_____________________________
322
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Deficiente______________________________________________________
Adaptao visual: Boa_____________________________________________________
Acomodao: Boa_________________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Razovel____________________________________
Grau de visibilidade: Deficiente______________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:_______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:_______________________________________________________
323
1. Identificao da pea
Imagem principal
Instituio/ Proprietrio: Museu Nacional de Arte Antiga___
Categoria/ Subcategoria: Joalharia______________________
Denominao/ Ttulo: Pendente________________________
Tema: Arte sacra___________________________________
N (s) Inventrio: 889 Joa_____________________________
Autoria/ Produo: Pennsula Ibrica____________________
Datao: Incios do Sc.XVII_________________________
Informao tcnica
Matria: Ouro, cristal de rocha, esmaltes policromos,_______
madeira (buxo), prola_______________________ Registo de imagem
Suporte:__________________________________________ Tipo: Digital
Tcnica: Ouro fundido, cinzelado, inciso, parcialmente_____ Autor: Carmina Montezuma
esmaltado, madeira esculpida, prola transfurada___ Data: 10.09.2011
Dimenses
Altura (cm): 9,9 cm_________________________________
Largura (cm): 5,2 cm________________________________
Profundidade (cm):_________________________________
Espessura (cm): 0,9 cm______________________________ Indicao do(s) centro(s)
Dimetro (cm):_____________________________________ psicovisual(ais) na pea
Comprimento (cm):_________________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Policromtico__________________________________
Contorno:_________________________________________
Textura: __________________________________________
Opacidade: Opaco__________________________________
Classificao ptica: Reflexo especular (Brilho)__________
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: Geral (nas cenas da Vida da___
Virgem e da Paixo de Cristo)_
Direco de iluminao recomendada: Frontal____________
Direco da iluminao na exposio: Superior___________
324
Conservao
Estado de conservao: Bom________________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:________________________________________
Material de maior fotossensibilidade: Madeira e prola____________________________
Exposio
Ttulo: Joalharia__________________________________________________________
Tipologia de exposio: Longa durao________________________________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico-artstico_________________________
Suporte expositivo: Vitrine__________________________________________________
Localizao: Piso 2, Sala 30, Vitrine 13, n17___________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Iluminao natural Data: 10.09.2011
Vo de iluminao (tipo e quantidade):________________________________________
Nvel de iluminncia (lux):_________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas):___________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV):____________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central____________________________________
Controle da iluminncia: Central_____________________________________________
Lmpadas: - Tipologia: Fluorescente ________________________________________
- Quantidade: 2________________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 18W__________________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3.000K_____________________________
- ndice de Rendimento de Cor (%): 80-89___________________________
- Vida mdia: 20.000h___________________________________________
325
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Deficiente______________________________________________________
Adaptao visual: Boa_____________________________________________________
Acomodao: Boa_________________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Bom_______________________________________
Grau de visibilidade: Deficiente______________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:_______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:_______________________________________________________
326
1. Identificao da pea
Imagem principal
Instituio/ Proprietrio: Museu Nacional de Arte Antiga___
Categoria/ Subcategoria: Txteis_______________________
Denominao/ Ttulo: Assuero entrega o anel a Mardoqueu/
Histria de ster_________________
Tema: Decorao___________________________________
N (s) Inventrio: 1 Tap______________________________
Autoria/ Produo: Bruxelas__________________________
Datao: 1525-1550_________________________________
Informao tcnica
Matria: L e seda__________________________________
Registo de imagem
Suporte:__________________________________________
Tcnica: Tapearia__________________________________ Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 10.09.2011
Dimenses
Altura (cm): 352 cm_________________________________
Largura (cm): 352 cm________________________________
Profundidade (cm): _________________________________
Espessura (cm):____________________________________
Dimetro (cm):_____________________________________
Comprimento (cm):_________________________________
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: Superior lateral esquerda____
Direco de iluminao recomendada: Bilateral__________
Direco da iluminao na exposio: Bilateral__________
327
Conservao
Estado de conservao: Bom________________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:________________________________________
Material de maior fotossensibilidade: L e seda_________________________________
Exposio
Ttulo: Artes Decorativas___________________________________________________
Tipologia de exposio: Longa durao________________________________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico-artstico_________________________
Suporte expositivo: Pendurada verticalmente___________________________________
Localizao: Piso 1, Sala 55_________________________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Iluminao natural Data: 10.09.2011
Vo de iluminao (tipo e quantidade):________________________________________
Nvel de iluminncia (lux):_________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas): _________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV):____________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central____________________________________
Controle da iluminncia: Central_____________________________________________
Lmpadas: - Tipologia: Halogneo__________________________________________
- Quantidade: 2________________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 50W__________________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3.000K_____________________________
- ndice de Rendimento de Cor (%): 100____________________________
328
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Boa___________________________________________________________
Adaptao visual: Boa_____________________________________________________
Acomodao: Boa_________________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Bom_______________________________________
Grau de visibilidade: Bom__________________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:_______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:_______________________________________________________
329
1. Identificao da pea
Imagem principal
Instituio/ Proprietrio: Museu Nacional de Arte Antiga___
Categoria/ Subcategoria: Pintura_______________________
Denominao/ Ttulo: Estore com Paisagem______________
Tema: Paisagem____________________________________
N (s) Inventrio: 1015 Div___________________________
Autoria/ Produo: Joaquim Rafael_____________________
Datao: 1832______________________________________
Informao tcnica
Matria: Tintas de leo_______________________________
Registo de imagem
Suporte: Tela (tecido translcido)______________________
Tcnica: Pintura a leo (Window screen)_________________ Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 10.09.2011
Dimenses
Altura (cm): 200 cm_________________________________
Largura (cm): 116,8 cm______________________________
Profundidade (cm):_________________________________
Espessura (cm):____________________________________
Dimetro (cm): ____________________________________ Indicao do(s) centro(s)
Comprimento (cm):_________________________________ psicovisual(ais) na pea
Caractersticas da superfcie
Cor: Policromado___________________________________
Contorno:_________________________________________
Textura: __________________________________________
Opacidade: Translcido______________________________
Classificao ptica: Reflexo regular (mate)_____________
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: Superior lateral esquerda__________________________
Direco de iluminao recomendada: Contraluz_______________________________
Direco da iluminao na exposio: Contraluz________________________________
330
Conservao
Estado de conservao: Bom_______________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:_______________________________________
Material de maior fotossensibilidade: Pigmentos________________________________
Exposio
Ttulo: Mobilirio________________________________________________________
Tipologia de exposio: Longa durao_______________________________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico-artstico________________________
Suporte expositivo: Encaixada num painel ____________________________________
Localizao: Piso 1, Sala 43________________________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 10.09.2011
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade): 1 Janela________________________________
Nvel de iluminncia (lux): 30 lx_____________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas): 4h (3 feira) e 8h (4feira a Domingo)_____________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV): Tela de linho_________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao:_________________________________________
Controle da iluminncia:__________________________________________________
Lmpadas: - Tipologia: __________________________________________________
- Quantidade: ________________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): _____________________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): __________________________________
- ndice de Rendimento de Cor (%): ______________________________
- Vida mdia: ________________________________________________
Luminrias (tipo e acessrios):______________________________________________
331
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Boa__________________________________________________________
Adaptao visual: Boa____________________________________________________
Acomodao: Boa________________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):_________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:__________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Bom______________________________________
Grau de visibilidade: Bom_________________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:___________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:__________________________________
Inquritos:______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:_____________________________
Registo audiovisual:______________________________________________________
332
1. Identificao da pea
Imagem principal
Instituio/ Proprietrio: Tesouro-Museu da S de Braga_______
Categoria/ Subcategoria: Escultura/ Escultura________________
arquitectnica590__________________
Denominao/ Ttulo: Virgem Maria sob a invocao de Nossa_
Senhora do Leite____________________
Tema: Histrico: Religioso______________________________
N (s) Inventrio: TMSB 211 ESC________________________
Autoria/ Produo: Mestre dos Tmulos dos Reis (Atrib.)______
Datao: Ca.1515______________________________________
Dimenses
Altura (cm): 300 cm____________________________________ Indicao do(s) centro(s)
Largura (cm): 45 cm___________________________________ psicovisual(ais) na pea
Profundidade (cm): 40 cm_______________________________
Espessura (cm):_______________________________________
Dimetro (cm):___________________________________________
Comprimento (cm):____________________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Monocromtico (s tem vestgios de pigmentos)_________
Contorno: Arredondado_________________________________
Textura:_____________________________________________
Opacidade: Opaco_____________________________________
Classificao ptica: Reflexo regular (mate)________________
590
O conjunto formado pela escultura da Virgem Maria sob a invocao de Nossa Senhora do Leite, esteve,
desde o Sc.XVI at dcada de 90 do sc.XX, na cabeceira exterior da Catedral. Na dcada citada, foi
retirada para exposio no Tesouro-Museu, sendo substituda por uma rplica.
333
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: Virgem: da esquerda para a direita; Peanha e pinculo:
frontal_______________________________________
Direco de iluminao recomendada: Bilateral e frontal_________________________
Direco da iluminao na exposio: Bilateral_________________________________
Conservao
Estado de conservao: Bom________________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:_______________________________________
Material de maior fotossensibilidade: Pigmentos________________________________
Exposio
Ttulo: Raizes de Eternidade. 2. Jesus Cristo. Natividade_________________________
Tipologia de exposio: Longa durao_______________________________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico- religioso_______________________
Suporte expositivo: Painel vertical___________________________________________
Localizao: Sala 2, n 9___________________________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 26.08.2011
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade):_______________________________________
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas):__________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV):___________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central___________________________________
Controle da iluminncia: Regulador na luminria_______________________________
334
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Razovel_______________________________________________________
Adaptao visual: Bom____________________________________________________
Acomodao: Bom_______________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):_________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Boa________________________________________
Grau de visibilidade: Razovel______________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:______________________________________________________
335
1. Identificao da pea
Imagem principal
Dimenses
Altura (cm): 23 cm (Mitra); 59 cm (Pendentes)_________
Largura (cm): 23 cm (Mitra); 7 cm (Pendentes)_________
Profundidade (cm): 9 cm (Mitra)____________________
Espessura (cm):__________________________________ Indicao do(s) centro(s)
Dimetro (cm):_____________________________________ psicovisual(ais) na pea
Comprimento (cm):_______________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Policromado________________________________
Contorno:_______________________________________
Textura:________________________________________
Opacidade: Opaco________________________________
Classificao ptica: Reflexo regular (mate)___________
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: Geral___________________________________________
Direco de iluminao recomendada: Mitra: bilateral e frontal; pendentes: superior____
Direco da iluminao na exposio: Mitra: superior; pendentes: superior____________
336
Conservao
Estado de conservao: Bom________________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:________________________________________
Material de maior fotossensibilidade: Seda_____________________________________
Exposio
Ttulo: Razes de Eternidade. 2. Uma Igreja.____________________________________
Tipologia de exposio: Longa durao________________________________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico-religioso_________________________
Suporte expositivo: Vitrine - Mitra: suporte vertical; pendentes: suporte horizontal______
Localizao: Sala 10, n46__________________________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 26.08.2011
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade):_______________________________________
Nvel de iluminncia (lux):_________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas):__________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV):___________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central____________________________________
Controle da iluminncia: Regulador na luminria________________________________
Lmpadas: - Tipologia: Fluorescente_________________________________________
- Quantidade: 1________________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 28W__________________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3000K_____________________________
- ndice de Rendimento de Cor (%): 85_____________________________
337
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Razovel_______________________________________________________
Adaptao visual: Razovel_________________________________________________
Acomodao: Razovel____________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Razovel____________________________________
Grau de visibilidade: Razovel_______________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:_______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:_______________________________________________________
338
1. Identificao da pea
Imagem principal
Dimenses
Altura (cm): 29,5 cm____________________________
Largura (cm): 12,5 cm___________________________
Profundidade (cm):______________________________ Indicao do(s) centro(s)
Espessura (cm):________________________________ psicovisual(ais) na pea
Dimetro (cm):____________________________________
Comprimento (cm):_____________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Policromado_______________________________
Textura:______________________________________
Opacidade: Opaco______________________________
Classificao ptica: Reflexo regular (mate)_________
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: Geral (Bordado nos punhos)________________________
Direco de iluminao recomendada: Superior_________________________________
Direco da iluminao na exposio: Superior__________________________________
339
Conservao
Estado de conservao: Bom________________________________________________
Intervenes de conservao e restauro: Restauro pela Fundao Abegg (Riggisberg, no
Canto de Berna na Sua), c. 1992._________
Material de maior fotossensibilidade: Seda_____________________________________
Exposio
Ttulo: Razes de Eternidade. 2. Uma Igreja____________________________________
Tipologia de exposio: Longa durao________________________________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico- religioso________________________
Suporte expositivo: Suporte na horizontal______________________________________
Localizao: Sala 10, n44__________________________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 26.08.2011
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade):________________________________________
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas):__________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV):____________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central____________________________________
Controle da iluminncia: Regulador na luminria________________________________
Lmpadas: - Tipologia: Fluorescente_________________________________________
- Quantidade: 1________________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 28W__________________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3000K_____________________________
- ndice de Rendimento de Cor (%): 85_____________________________
340
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Razovel_______________________________________________________
Adaptao visual: Razovel_________________________________________________
Acomodao: Razovel____________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Razovel____________________________________
Grau de visibilidade: Razovel_______________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:_______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:_______________________________________________________
341
1. Identificao da pea
Imagem principal
Dimenses
Altura (cm): 206 cm______________________________
Largura (cm): 187 cm____________________________
Profundidade (cm): 73 cm_________________________
Espessura (cm):_________________________________ Indicao do(s) centro(s)
Dimetro (cm):____________________________________ psicovisual(ais) na pea
Comprimento (cm):______________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Policromado________________________________
Contorno:______________________________________
Textura:_______________________________________
Opacidade: Opaco_______________________________
Classificao ptica: Reflexo especular (brilho)_______
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: Frontal________________
Direco de iluminao recomendada: Superior e frontal_
Direco da iluminao na exposio: Superior________
342
Conservao
Estado de conservao: Bom________________________________________________
Intervenes de conservao e restauro: Restauro da policromia acharoada pelo
Laboratrio de Conservao e Restauro Jos de Figueiredo do IMC , durante os anos de
2002/2003 e de 2006/2007._________________________________________________
Material de maior fotossensibilidade: Pigmentos________________________________
Exposio
Ttulo: Razes de Eternidade. 2. Uma Igreja____________________________________
Tipologia de exposio: Longa durao_______________________________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico-religioso________________________
Suporte expositivo:_______________________________________________________
Localizao: Sala 10, n 53_________________________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 26.08.2011
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade):________________________________________
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas):___________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV):____________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central____________________________________
Controle da iluminncia: Regulador na luminria________________________________
Lmpadas: - Tipologia: Fluorescente_________________________________________
- Quantidade: 2________________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 35W__________________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3000K_____________________________
- ndice de Rendimento de Cor (%): 85_____________________________
- Vida mdia: 10.000h___________________________________________
343
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Bom___________________________________________________________
Adaptao visual: Bom ____________________________________________________
Acomodao: Bom________________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Bom________________________________________
Grau de visibilidade: Razovel_______________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:_______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:_______________________________________________________
344
1. Identificao da pea
Imagem principal
Dimenses
Altura (cm): 91 cm_______________________________
Largura (cm): 113 cm____________________________ Indicao do(s) centro(s)
Profundidade (cm):______________________________ psicovisual(ais) na pea
Espessura (cm):_________________________________
Dimetro (cm):_____________________________________
Comprimento (cm):______________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Policromado________________________________
Contorno:______________________________________
Textura:_______________________________________
Opacidade: Opaco_______________________________
Classificao ptica: Reflexo especular (brilho)_______
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: Geral__________________________________________
Direco de iluminao recomendada: Bilateral e central_________________________
Direco da iluminao na exposio: Superior_________________________________
345
Conservao
Estado de conservao: Regular______________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:________________________________________
Material de maior fotossensibilidade: Pigmentos_________________________________
Exposio
Ttulo: Razes de Eternidade. 2. Uma Igreja____________________________________
Tipologia de exposio: Longa durao________________________________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico-religioso_________________________
Suporte expositivo: Parede__________________________________________________
Localizao: Sala 11, n 56__________________________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 26.08.2011
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade):_______________________________________
Nvel de iluminncia (lux): ________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas):__________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV):___________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central___________________________________
Controle da iluminncia: Regulador na luminria_______________________________
Lmpadas: - Tipologia: Fluorescente________________________________________
- Quantidade: 1_______________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 35W__________________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3000K_____________________________
- ndice de Rendimento de Cor (%): 85_____________________________
- Vida mdia: 10.000h___________________________________________
346
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Razovel_______________________________________________________
Adaptao visual: Razovel_________________________________________________
Acomodao: Razovel____________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Razovel____________________________________
Grau de visibilidade: Razovel_______________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:_______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:_______________________________________________________
347
1. Identificao da pea
Imagem principal
Dimenses
Altura (cm): Total (com o fio): 53 cm; Cruz: 10,5 cm______
Largura (cm): Cruz: 6,5 cm___________________________
Profundidade (cm):_________________________________ Indicao do(s) centro(s)
Espessura (cm):____________________________________ psicovisual(ais) na pea
Dimetro (cm):_______________________________________
Comprimento (cm):_________________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Bicromtico___________________________________
Contorno: Facetado_________________________________
Textura:__________________________________________
Opacidade: Opaco__________________________________
Classificao ptica: Reflexo especular (Brilho)__________
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada:________________________________________________
Direco de iluminao recomendada: Superior_________________________________
Direco da iluminao na exposio: Superior__________________________________
348
Conservao
Estado de conservao: Bom________________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:________________________________________
Material de maior fotossensibilidade:__________________________________________
Exposio
Ttulo: Razes de Eternidade. 2. Uma Igreja.____________________________________
Tipologia de exposio: Longa durao________________________________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico-religioso_________________________
Suporte expositivo: Vitrine placa inclinada____________________________________
Localizao: Sala 11, n 61__________________________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina
Montezuma
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade):________________________________________
Nvel de iluminncia (lux): _________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas):___________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV):____________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central____________________________________
Controle da iluminncia: Regulador na luminria________________________________
Lmpadas: - Tipologia: Fluorescente_________________________________________
- Quantidade: 1________________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 28W__________________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3000K_____________________________
- ndice de Rendimento de Cor (%): 85_____________________________
- Vida mdia: 10.000h___________________________________________
Luminrias (tipo e acessrios):_______________________________________________
Amplitude do fluxo luminoso no espao e no objecto: floodlights___________________
349
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Boa____________________________________________________________
Adaptao visual: Boa_____________________________________________________
Acomodao: Boa_________________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Bom________________________________________
Grau de visibilidade: Bom__________________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:_______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:_______________________________________________________
350
1. Identificao da pea
Imagem principal
Dimenses
Altura (cm): 19 cm_______________________________
Largura (cm):___________________________________ Indicao do(s) centro(s)
Profundidade (cm):_________________________________ psicovisual(ais) na pea
Espessura (cm):__________________________________
Dimetro (cm): 10 cm_____________________________
Comprimento (cm):_______________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Monocromtico______________________________
Contorno: Regular e arredondado____________________
Textura: Irregular________________________________
Opacidade: Opaco________________________________
Classificao ptica: Mate__________________________
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: Na tampa e em todo o bojo cilndrico_________________
Direco de iluminao recomendada: Frontal, lateral e superior____________________
Direco da iluminao na exposio: Superior__________________________________
351
Conservao
Estado de conservao: Bom________________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:________________________________________
Material de maior fotossensibilidade: Marfim___________________________________
Exposio
Ttulo: Razes de Eternidade. 2. Uma Igreja. Ourivesaria__________________________
Tipologia de exposio: Longa durao________________________________________
Parmetro de organizao do percurso: Artstico_________________________________
Suporte expositivo: Vitrine__________________________________________________
Localizao: Sala 14, n 89__________________________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 26.08.2011
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade):________________________________________
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas):___________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV):____________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central____________________________________
Controle da iluminncia: Localizado__________________________________________
Lmpadas: - Tipologia: Dicroica (Quartzo Halogneo)__________________________
- Quantidade: 1________________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 35W/ 12 V_____________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3000K_____________________________
352
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Razovel_______________________________________________________
Adaptao visual: Razovel_________________________________________________
Acomodao: Razovel____________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Boa________________________________________
Grau de visibilidade: Razovel______________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:______________________________________________________
353
1. Identificao da pea
Imagem principal
Dimenses
Altura (cm): 19 cm________________________________
Largura (cm):____________________________________
Profundidade (cm):________________________________
Espessura (cm):___________________________________ Indicao do(s) centro(s)
Dimetro (cm):51 cm______________________________ psicovisual(ais) na pea
Comprimento (cm):________________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Monocromtico_______________________________
Contorno: Regular e arredondado_____________________
Textura:_________________________________________
Opacidade: Opaco_________________________________
Classificao ptica: Reflexo especular (brilho)_________
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: _______________________________________________
Direco de iluminao recomendada: Bilateral e superior_________________________
Direco da iluminao na exposio: Superior__________________________________
354
Conservao
Estado de conservao: Bom________________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:________________________________________
Material de maior fotossensibilidade:__________________________________________
Exposio
Ttulo: Razes de Eternidade. 2. Uma Igreja. Ourivesaria__________________________
Tipologia de exposio: Longa durao________________________________________
Parmetro de organizao do percurso: Artstico_________________________________
Suporte expositivo: Vitrine- plinto____________________________________________
Localizao: Sala 14, n 105_________________________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 26.08.2011
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade):________________________________________
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas):___________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV):____________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central____________________________________
Controle da iluminncia: Regulador na luminria________________________________
Lmpadas: - Tipologia: Dicroica (Quartzo Halogneo)__________________________
- Quantidade: 1________________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 35W/ 12 V_____________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3000K_____________________________
- ndice de Rendimento de Cor (%): 100____________________________
- Vida mdia: 4.000h____________________________________________
355
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Bom___________________________________________________________
Adaptao visual: Bom_____________________________________________________
Acomodao: Bom________________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Bom________________________________________
Grau de visibilidade: Bom__________________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:_______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:_______________________________________________________
356
1. Identificao da pea
Imagem principal
Instituio/ Proprietrio: Museu Calouste Gulbenkian/ The_
Metropolitan Museum of Art_____
(Nova Iorque)_________________
Categoria/ Subcategoria: Pintura______________________
Denominao/ Ttulo: Natureza-Morta com Pote de_______
Gengibre e Beringelas____________
Tema: Natureza morta______________________________
N (s) Inventrio: 61.101.4___________________________
Autoria/ Produo: Paul Czanne______________________
Datao: 1890-1894________________________________ Registo de imagem
Tipo: Digital
Informao tcnica Autor: Carmina Montezuma
Matria: Tintas de leo______________________________ Data: 18.10.2011
Suporte: Tela_____________________________________
Tcnica: Pintura a leo______________________________
Dimenses
Altura (cm): 72,4 cm_______________________________
Largura (cm): 91,4 cm______________________________ Indicao do(s) centro(s)
Profundidade (cm):_________________________________ psicovisual(ais) na pea
Espessura (cm):___________________________________
Dimetro (cm):_______________________________________
Comprimento (cm):________________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Policromado__________________________________
Contorno:________________________________________
Textura:_________________________________________
Opacidade: Opaco_________________________________
Classificao ptica: Reflexo regular (mate). A pintura encontra-se protegida com um
vidro anti-reflexo.______________________________________
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: Superior lateral esquerda____________________________
357
Conservao
Estado de conservao: Bom_________________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:________________________________________
Material de maior fotossensibilidade: Pigmentos_________________________________
Exposio
Ttulo: A Perspectiva das Coisas. Natureza-Morta na Europa. Segunda Parte: 1840-1955
Tipologia de exposio: Temporria (21.10.2011 a 08.01.2012)_____________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico-artstico__________________________
Suporte expositivo: Painel vertical____________________________________________
Localizao: Galeria de Exposies da Sede, n1.________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Iluminao natural Data: 18.10.2011
Vo de iluminao (tipo e quantidade):________________________________________
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas):___________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV):____________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central____________________________________
Controle da iluminncia: Regulador na luminria________________________________
Lmpadas: - Tipologia: Dicroica (Halogneo)_________________________________
- Quantidade: 4________________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 20W e 50W____________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3.000K_____________________________
358
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Muito boa______________________________________________________
Adaptao visual: Boa_____________________________________________________
Acomodao: Boa________________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):_________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Boa________________________________________
Grau de visibilidade: Boa___________________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:_______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:_______________________________________________________
359
1. Identificao da pea
Imagem principal
Instituio/ Proprietrio: Museu Calouste Gulbenkian/____
Krller-Mller Museum (Holanda)___
Categoria/ Subcategoria: Pintura_____________________
Denominao/ Ttulo: Cesto de Limes e Garrafa________
Tema: Natureza morta______________________________
N (s) Inventrio: KM 111.196_______________________
Autoria/ Produo: Vincent van Gogh_________________
Datao: 1888____________________________________
Informao tcnica
Matria: Tintas de leo_____________________________ Registo de imagem
Suporte: Tela_____________________________________ Tipo: Digital
Tcnica: Pintura a leo_____________________________ Autor: Carmina Montezuma
Data: 18.10.2011
Dimenses
Altura (cm): 53,9 cm_______________________________
Largura (cm): 64,3 cm_____________________________
Profundidade (cm):________________________________
Espessura (cm):___________________________________ Indicao do(s) centro(s)
Dimetro (cm):______________________________________ psicovisual(ais) na pea
Comprimento (cm):________________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Policromado_________________________________
Contorno:_______________________________________
Textura: ________________________________________
Opacidade: Opaco________________________________
Classificao ptica: Reflexo regular (mate). A pintura
___encontra-se protegida com um vidro anti-
reflexo.________________________________
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: Frontal__________________________________________
Direco de iluminao recomendada: Superior frontal____________________________
360
Conservao
Estado de conservao: Bom________________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:________________________________________
Material de maior fotossensibilidade: Pigmentos_________________________________
Exposio
Ttulo: A Perspectiva das Coisas. Natureza-Morta na Europa. Segunda Parte: 1840-1955
Tipologia de exposio: Temporria (21.10.2011 a 08.01.2012)_____________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico-artstico_________________________
Suporte expositivo: Painel vertical____________________________________________
Localizao: Galeria de Exposies da Sede, n29._______________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 18.10.2011
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade):_______________________________________
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas):___________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV):____________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central____________________________________
Controle da iluminncia: Regulador na luminria________________________________
Lmpadas: - Tipologia: Dicroica (Halogneo)_________________________________
- Quantidade: 1________________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 20W/12V______________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3.000K_____________________________
361
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Muito boa_______________________________________________________
Adaptao visual: Boa _____________________________________________________
Acomodao: Boa_________________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Boa________________________________________
Grau de visibilidade: Boa__________________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:______________________________________________________
362
1. Identificao da pea
Imagem principal
Instituio/ Proprietrio: Museu Calouste Gulbenkian/______
Philadelphia Museum of Art________
Categoria/ Subcategoria: Pintura________________________
Denominao/ Ttulo: Natureza-morta (Jornal e Limo)_____
Tema: Natureza morta________________________________
N (s) Inventrio: 1952-61-5___________________________
Autoria/ Produo: Georges Braque_____________________
Datao: 1913______________________________________
Registo de imagem
Informao tcnica
Tipo: Digital
Matria: leo, grafite, carvo_________________________ Autor: Carmina Montezuma
Suporte: Tela______________________________________ Data: 18.10.2011
Tcnica: Pintura a leo______________________________
Dimenses
Altura (cm): 34,8___________________________________
Largura (cm): 26,7 cm_______________________________
Profundidade (cm):__________________________________
Espessura (cm):_____________________________________ Indicao do(s) centro(s)
Dimetro (cm):________________________________________ psicovisual(ais) na pea
Comprimento (cm):__________________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Policromado___________________________________
Contorno:_________________________________________
Textura: __________________________________________
Opacidade: Opaco__________________________________
Classificao ptica: Reflexo regular (mate). A pintura
encontra-se protegida com um vidro anti-reflexo__________
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: Superior lateral esquerda___________________________
363
Conservao
Estado de conservao: Bom________________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:________________________________________
Material de maior fotossensibilidade: Pigmentos_________________________________
Exposio
Ttulo: A Perspectiva das Coisas. Natureza-Morta na Europa. Segunda Parte: 1840-1955
Tipologia de exposio: Temporria (21.10.2011 a 08.01.2012)_____________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico-artstico_________________________
Suporte expositivo: Painel vertical____________________________________________
Localizao: Galeria de Exposies da Sede, n45________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 18.10.2011
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade):_______________________________________
Nvel de iluminncia (lux):_________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas):__________________________________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV):___________________________________
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central___________________________________
Controle da iluminncia: Regulador na luminria_______________________________
Lmpadas: - Tipologia: Dicrica (Halogneo)_________________________________
- Quantidade: 1_______________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 20W/ 12V_____________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3.000K____________________________
- ndice de Rendimento de Cor (%): 100____________________________
364
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Muito boa_______________________________________________________
Adaptao visual: Boa _____________________________________________________
Acomodao: Boa_________________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Boa________________________________________
Grau de visibilidade: Boa___________________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:_______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:_______________________________________________________
365
1. Identificao da pea
Imagem principal
Instituio/ Proprietrio: Museu Calouste Gulbenkian/______
Museum of Modern Art (Nova Iorque)
Categoria/ Subcategoria: Pintura_______________________
Denominao/ Ttulo: O Retrato_______________________
Tema: Natureza morta_______________________________
N (s) Inventrio: 574.1956___________________________
Autoria/ Produo: Ren Magritte______________________
Datao: 1935_____________________________________
Dimenses
Altura (cm): 73,3 cm________________________________
Largura (cm): 50,2 cm_______________________________
Profundidade (cm):_________________________________
Espessura (cm):____________________________________ Indicao do(s) centro(s)
Dimetro (cm):_______________________________________ psicovisual(ais) na pea
Comprimento (cm):_________________________________
Caractersticas da superfcie
Cor: Policromado___________________________________
Contorno:_________________________________________
Textura:__________________________________________
Opacidade: Opaco__________________________________
Classificao ptica: Reflexo regular (mate). A pintura
encontra-se protegida com um vidro anti-reflexo.__________
Centro(s) psicovisual(ais)
Direco da luz representada: Superior lateral esquerdo____________________________
Direco de iluminao recomendada: Bilateral__________________________________
Direco da iluminao na exposio: Superior frontal_____________________________
366
Conservao
Estado de conservao: Bom________________________________________________
Intervenes de conservao e restauro:________________________________________
Material de maior fotossensibilidade: Pigmentos_________________________________
Exposio
Ttulo: A Perspectiva das Coisas. Natureza-Morta na Europa. Segunda Parte: 1840-1955
Tipologia de exposio: Temporria (21.10.2011 a 08.01.2012)_____________________
Parmetro de organizao do percurso: Histrico-artstico_________________________
Suporte expositivo: Painel vertical____________________________________________
Localizao: Galeria de Exposies da Sede, n84________________________________
2. Condies de iluminao
Imagem da pea em exposio
Registo da imagem
Tipo: Digital
Autor: Carmina Montezuma
Data: 18.10.2011
Iluminao natural
Vo de iluminao (tipo e quantidade): 1 Janela_________________________________
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Tempo de exposio dirio (horas): 7h45m (Tera feira a Domingo)_________________
Tipo de protectores (iluminncia, UV e IV): 2 Telas sobrepostas, sendo uma anti-UV___
Iluminao artificial
Tipologia do sistema de iluminao: Central____________________________________
Controle da iluminncia: Regulador na luminria________________________________
Lmpadas: - Tipologia: Dicrica (Halogneo)_________________________________
- Quantidade: 1________________________________________________
- Watts (W)/ Lmens (lm)/ Volts (V): 20W/ 20V______________________
- Temperatura de Cor (Kelvin): 3.000K_____________________________
- ndice de Rendimento de Cor (%): 100____________________________
367
Parmetros de visibilidade
Acuidade: Muito boa______________________________________________________
Adaptao visual: Boa____________________________________________________
Acomodao: Boa________________________________________________________
Monitorizao
Nvel de iluminncia (lux):__________________________________________________
Nvel de Ultravioletas:_____________________________________________________
Nvel de Infravermelhos:___________________________________________________
Muselogo
Nvel de qualidade luminotcnica: Boa________________________________________
Grau de visibilidade: Boa__________________________________________________
Publico
Comentrios efectuados nas visitas guiadas:____________________________________
Comentrios escritos no Livro dos visitantes:___________________________________
Inquritos:______________________________________________________________
Comportamento do pblico por observao directa:______________________________
Registo audiovisual:______________________________________________________
368
369
370
371
372
373
374
Assinale com uma cruz, a sua opo e preencha observaes sempre que considere
oportuno.
Sexo: F__ M__ Idade: 4/ 10 __ 11/ 17__ 18/ 25 __ 26/ 64__ + 65__
Ocupao: Estudante__ Activo__ Reformado__ Profisso____________
Tem algum tipo de deficincia visual: Sim __ No__
Se sim, especifique _______________________________________________
375
376
ILLUMINATION QUESTIONNAIRE
We came to ask your collaboration in the fulfilling of this questionnaire, with the
permission of the direction of the Calouste Gulbenkian Museum, for a private study
performed under an academic dissertation on museology.
Mark your option with a cross and fulfil the comments whenever you consider convenient.
Gender: M__ F__ Age: 4/ 10___ 11/ 17___ 18/ 25___ 26/ 64___ +65___
Occupation: Student __ Employed __ Retired __ Profession_____________
Have you any visual deficiency? Yes __ No__
In case of a positive answer, please specify the illness ___________________________
2. What was the first sensation when you get in the exposition:
Very pleasant__ Pleasant__ Enough pleasant__ Unpleasant__
Comments:__________________________________________________________
377
5. The colours used by the exhibition design the white, the black and the bronze intend
to highlight the objects. How much the illumination emphasizes the selection of
colours?
Emphasize a lot__ Emphasize__ Enough emphasize __ Dont emphasize__
Comments___________________________________________________________
7. Do you consider the lighting for the visitors security along the exhibition:
Very good __ Good __ Reasonable__ Insufficient__
Comments___________________________________________________________
378
379
Mais de 65 anos 65
Estudante 41
Ocupao Activo 192
Reformado 70
Sim 142
Deficincia visual No 117
No (com culos) 44
Portuguesa 215
Nacionalidade
Estrangeiro 88
Agradou muito 124
Qual a primeira senso ao entrar no ambiente Agradou 158
desta exposio Agradou pouco 15
No agradou 6
Muito boa 94
Boa 162
Considera a iluminao dos objectos expostos
Razovel 39
Deficiente 8
380
No valoriza 6
Facilita muito 61
Em que medida a iluminao facilita a Facilita 144
visibilidade dos textos? Facilita pouco 69
No facilita 29
Muito boa 48
A nvel da mobilidade do visitante no Boa 189
percurso expositivo, considera a exposio: Razovel 55
Deficiente 11
Peas expostas nas vitrines 110
Qual ou quais as peas melhor iluminadas? Peas expostas nas paredes 103
Peas expostas nas vitrines e
90
nas paredes
Qual das peas poderia estar melhor No reparou 186
iluminada? Refere peas 117
As cores aplicas no design expositivo - o Valoriza muito 80
branco, o preto e o tom de bronze - pretendem
Valoriza 192
realar os objectos. Em que medida a
iluminao valoriza a seleco de cores? Valoriza pouco 25
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- Uma exposio interessantssima com uma viso abrangente da evoluo histrica grega.
nica crtica: algumas peas tm viso deficiente devido iluminao. Ex: 46 Calyx
Krater em que difcil observar as figuras. De qualquer maneira gostei imenso.
- Falta iluminar em torno dos vasos e impresso dos sinetes e outros. Tudo o mais
interessante.
- A iluminao em geral est boa e exemplar, embora alguns objectos no estejam bem
iluminados Exemplo: anel de sinete, sc.III d.C., do perodo romano, no se v o relevo a
imprimir por ser reentrante e escuro seria interessante ver o motivo escavado na pedra
assim como o positivo. Gostei muito da exposio e fez-me projectar um pouco nos
vrios perodos da histria grega.
- A exposio boa mas curta para as expectativas escolares! A iluminao e legendas esto
fracas, eu no consigo ler e os da minha idade! Voltarei, outra vez para confirmar melhor!
- Fantastic display and great lighting.
- Apenas um seno: a iluminao das legendas e a relao forma/ fundo escolhida.
- Encantada com a exposio, lamento a impossibilidade de leitura das legendas.
Preocupaes de professora.
- Objectos preciosos. As jias so lindssimas. Gostei muito de ver a exposio, mas acho
que o ambiente escuro demais. As legendas em fundo escuro so difceis de ler.
- Exposio com grandes factos histricos, bem apresentada e impressionante. A falta de
luminosidade dificulta a leitura introdutria aos perodos histricos. Porm parabns pela
exposio apresentada.
- Magnifica exposio. Parabns. Aproveito para [] pedir que, relativamente a algumas
placas de legendas, haja um pouco mais de luz, para se poderem [ler] as informaes
respeitantes a estas belas peas Obrigado e boa exposio. (Actor).
- Magnifica exposio. S lamento no se ver melhor. Toda a luz pssima. As anteriores (2)
nesta sala pecou do mesmo defeito.
- inacreditvel como que o Museu Gulbenkian ilumina pessimamente esta exposio. No
sei onde esto os tcnicos de luminotecnia (?) Foi pena.
Eu gostei muito da exposio, especialmente da iluminao. Acho que d um ambiente calmo e
misterioso. Adoro ir Gulbenkian. (8 anos).
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