NBR 14154 - Seguranca de Maquinas - Prevencao de Partida Inesperada
NBR 14154 - Seguranca de Maquinas - Prevencao de Partida Inesperada
NBR 14154 - Seguranca de Maquinas - Prevencao de Partida Inesperada
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NORMATCNICA
Perigos diferentes dos perigos mecnicos, gerados por EN 292-2:1991 - Safety of machinery - Basic
elementos mveis (por exemplo, um faixo de laser), concepts, general principles for design - Part 2:
tambm devem ser levados em considerao. Technical principles and specifications
As normas relacionadas a seguir contm disposies - restaurao do fornecimento de energia, aps uma
que, ao serem citadas neste texto, constituem prescries interrupo;
para esta Norma. As edies indicadas estavam em vigor
- influncias externas/internas (gravidade, vento,
no momento desta publicao. Como toda norma est
auto-ignio em motores de combusto interna) em
sujeita reviso, recomenda-se queles que realizam
partes da mquina.
acordos com base nesta que verifiquem a convenincia
de se usarem as edies mais recentes das normas NOTA - Partida automtica da mquina durante a operao nor-
citadas a seguir. A ABNT possui a informao das normas mal intencional, porm pode ser considerada inesperada, do
em vigor em um dado momento. ponto de vista do operador. A preveno de acidentes, nesse
caso, envolve o uso de medidas de proteo (ver EN 292-2).
NBR 13928:1997 - Segurana de mquinas - Requi-
sitos gerais para o projeto e construo de protees 3.3 isolao e dissipao de energia: Procedimento,
(fixas e mveis) que consiste em todas as quatro seguintes aes:
NBR 14153:1998 - Segurana de mquinas - Partes c) dissipando ou retendo (contendo) qualquer ener-
de sistemas de comando relacionadas segurana gia armazenada, que pode levar a um perigo;
- Princpios gerais para projeto NOTA - A energia pode ser armazenada, por exemplo,
em:
EN 292-1:1991 - Safety of machinery - Basic
concepts, general principles for design - Part 1: Basic - continuidade do movimento de partes mecnicas, por
terminology, methodology inrcia;
Cpia no autorizada
NBR 14154:1998 3
- partes mecnicas sujeitas a se mover por gravidade; 2 Sistemas de pinos e tomadas (para energia eltrica), ou seus
equivalentes pneumticos, hidrulicos ou mecnicos, so exem-
- capacitores, acumuladores; plos de dispositivos de isolao, com os quais possvel se
atingir uma descontinuidade visvel e segura, nos circuitos de
- fluidos pressurizados;
fornecimento de energia. Para combinaes de pinos e tomadas
- molas. eltricos, ver EN 60204-1.
d) verificando, por meios de um procedimento de 3 Para equipamento hidrulico e pneumtico, ver EN 982 e
trabalho seguro, que as aes tomadas de acordo EN 983.
com a), b) e c), acima, produziram o efeito desejado.
5.1.2 A localizao e o nmero de dispositivos de isolao
4 Generalidades so determinados pela configurao da mquina, a
necessidade da presena de pessoas nas zonas de pe-
4.1 Isolao e dissipao de energia rigo e apreciao do risco. Cada dispositivo de isolao
deve tornar possvel a pronta identificao de que m-
As mquinas devem ser providas de dispositivos para a quina, ou partes dela, ele isola, por exemplo com identi-
isolao e dissipao de energia (ver seo 5), especial- ficao durvel, onde necessrio.
mente no caso de manutenes maiores, trabalho em
circuitos de potncia e desativao (ver os requisitos NOTA - Para equipamento eltrico de mquinas ver tambm 5.4
essenciais de segurana expressos no anexo A da da EN 60204-1:1992.
EN 292-2:1991).
5.1.3 Quando, durante a isolao da mquina, certos cir-
4.2 Outros meios de impedir a partida inesperada (no cuitos necessitam permanecer conectados suas fontes
intencional) de alimentao para o caso de, por exemplo, reter peas,
manter informaes ou providenciar iluminao local, me-
Se o uso de isolao e dissipao de energia no for didas especiais devem ser previstas para assegurar a
apropriado (por exemplo, curtas intervenes freqentes segurana do operador.
em zonas de perigo), o projetista deve implementar, de
acordo com a apreciao do risco (ver NBR 14009), outras NOTA - Tais medidas incluem protees que podem ser abertas
medidas (ver seo 6) para impedir a partida inesperada. somente com uma chave ou ferramenta especial, etiquetas de
Medidas adicionais, tais como sinalizao e/ou adver- advertncia e/ou luzes de advertncia.
tncia, podem ser apropriadas (ver anexo B).
5.2 Dispositivos de bloqueio (trava)
NOTAS
O bloqueio ou, de outra forma, o travamento dos disposi-
1 Exemplos de tarefas que podem exigir a presena de pessoas tivos de isolao deve ser possvel em sua posio iso-
em zonas de perigo so dados no anexo A. lada.
- ser equipados com identificao clara e no amb- 5.3.1.1 Dispositivos para a dissipao ou reteno (con-
gua do estado do dispositivo de isolao que corres- teno) de energia acumulada, devem ser incorporados
ponda a cada posio de seu comando manual mquina onde a energia acumulada pode levar a pe-
(acionador). rigos.
NOTAS NOTA - Tais dispositivos incluem, por exemplo, freios com objetivo
de absorver a energia cintica de partes mveis, resistores e
1 Para equipamento eltrico, um dispositivo de desconexo de circuitos pertinentes para descarga de capacitores, vlvulas ou
energia, de acordo com os requisitos de 5.3 da dispositivos similares, para despressurizar acumuladores de
EN 60204-1:1992, preenche este requisito. fluidos (ver EN 982 e EN 983).
Cpia no autorizada
4 NBR 14154:1998
5.3.1.2 Quando a dissipao da energia acumulada re- 5.4.2 Meios para verificao da isolao
duzir excessivamente a disponibilidade da mquina, dis-
positivos adicionais podem ser incorporados para reter A isolao de qualquer fonte de energia deve ser visvel
ou conter com segurana a energia acumulada restante. (interrupo visvel dos circuitos de fornecimento de
energia) ou deve ser indicada por uma posio nica do
5.3.1.3 Os dispositivos para dissipao ou reteno (con- comando manual (acionador) do dispositivo de isolao.
teno) de energia devem ser selecionados e dispostos
de tal forma que: NOTA - Ver tambm 5.1.1 com respeito ao vnculo mecnico
entre cada elemento isolante e o comando manual associado.
- a dissipao ou reteno (conteno) resulte da
isolao da mquina (ou de parte dela) da fonte de
5.4.3 Meios para verificao da dissipao ou reteno
alimentao;
(conteno) da energia
Os meios para verificar a eficincia da isolao e dissi- NOTA - As medidas selecionadas sero, na maioria dos casos,
pao de energia no devem prejudic-la. uma combinao de diferentes medidas descritas neste item.
Cpia no autorizada
NBR 14154:1998 5
6.2 Medidas objetivando impedir a gerao acidental Elementos de controle de potncia devem, se necessrio
de um comando de partida (especialmente se eles puderem ser manualmente ope-
rados), ser localizados em uma proteo para impedir
6.2.1 Medidas objetivando impedir a atuao acidental de sua atuao desautorizada ou no intencional.
controle de partida manual (acionadores)
6.3 Medidas objetivando impedir comandos acidentais
A atuao acidental de controles de partida manuais,
de partida, que resultem em uma partida inesperada
bem como os resultados inesperados da atuao desses
dispositivos, por exemplo, a partida de outra mquina ou 6.3.1 Princpio
a iniciao de um movimento contrrio, deve ser impedida
por projeto apropriado, localizao, proteo e identifi- Comandos de conservao de parada so introduzidos,
cao dos comandos de partida manual. Em todos os separadamente ou em combinao, na mquina, em dife-
casos, onde a disparidade entre o efeito esperado do co- rentes nveis (ver figura 1). Esses comandos de parada
mando manual de partida e seu efeito real possa provo- podem ser gerados por dispositivos de comando de
car perigo s pessoas, informaes detalhadas devem parada (ver 6.3.2) ou por dispositivos de segurana
ser previstas, por exemplo, por identificao (ver tambm, (proteo) (ver 6.3.3). Desconexo mecnica (ver 6.3.4)
primeiro pargrafo do anexo B). ou travamento de partes mveis (ver 6.3.5) pode ser usa-
do no lugar de, ou em adio a, comandos de conserva-
NOTAS
o de parada.
1 Em 3.7.8 da EN 292-2:1991 fornecida orientao.
Um comando de partida acidental no resultar na partida
2 Outros exemplos de medidas para impedir a partida no au- da mquina, se ele for gerado por/em um componente
torizada/no intencional so o bloqueio dos comandos manuais da mquina, situado acima do nvel em que o comando
de partida e senhas em sistemas de comando programveis. de conservao de parada tenha sido introduzido (n-
vel A, B ou C), ou se a desconexo mecnica (nvel D) ou
6.2.2 Projeto das partes relacionadas segurana dos o travamento de partes mveis (nvel E) tiver sido atingido
equipamentos de processamento e armazenamento de (ver figura 1).
dados
6.3.2 Introduo no nvel A, B ou C (ver figura 1) de um
As partes relacionadas segurana de equipamentos
comando de conservao de parada gerado por um
de processamento e armazenamento de dados (ver figu-
dispositivo de comando de parada
ra 1) devem ser projetadas e seus componentes selecio-
nados, de tal forma que a probabilidade de esse equi- Para impedir partida inesperada (no intencional),
pamento gerar comandos de partida que possam levar a conseqente da gerao acidental de um comando de
uma partida inesperada possa ser considerada suficien- partida (incluindo aqueles gerados dentro do prprio sis-
temente baixa, quando essa probabilidade analisada tema de comando), o comando de parada manual (ou
considerando-se a apreciao de riscos, de acordo com dispositivo de comando de parada) pode ser travado na
a NBR 14009. condio desligado/parado, observando-se que o sis-
NOTAS tema de comando seja projetado, de tal forma que um
comando de parada do dispositivo do comando de pa-
1 Orientao fornecida em: rada tenha prioridade sobre o comando de partida
(ver EN 292-2). O travamento da condio desligado/
- 3.7 da EN 292-2:1991; parado pode ser alcanado por meios de:
- EN 60204-1;
- um dispositivo de comando de parada operado por
- ver tambm NBR 14153.
chave ou de reteno que aplica um comando de
conservao de parada, at que o dispositivo seja
2 Acredita-se, presentemente, que difcil determinar, com manualmente desativado;
segurana, o quanto se pode confiar na operao correta de
um canal nico de um sistema eletrnico programvel, usado - uma chave seletora bloquevel, com indicao cla-
para o comando da mquina. At que essa situao possa ser ra e confivel da posio que aplica um comando de
resolvida, desaconselhvel confiar unicamente em tal sistema conservao de parada, at que a chave seja
de canal nico (ver EN 60204-1), onde um perigo significante manualmente desativada;
pode ocorrer, em conseqncia de uma falha do sistema de
comando. - uma cobertura bloquevel que, quando bloqueada
na posio fechada, fora o comando manual de pa-
6.2.3 Seleo, utilizao e localizao de elementos de rada para a posio desligado/parado. Se a prote-
controle de potncia o mvel tambm impede acesso ao comando de
partida manual, a operao acidental desse co-
Elementos de controle de potncia, por exemplo, con- mando de partida impedida.
tatores e vlvulas (ver figura 1), devem ser selecionados
e/ou utilizados de tal forma que no possam mudar seu Critrios para o projeto e seleo do dispositivo que obje-
estado de desligado para ligado, sob o efeito e influn- tiva a manuteno do dispositivo de comando de parada
cias externas (tais como: vibraes ou choques, do mais na condio desligado/parado so:
alto valor esperado dentro das condies de utilizao
previstas), ou de distrbios no fornecimento de energia - no ambigidade, isto , indicao clara e no am-
(tais como: flutuaes de presso ou tenso dentro de to- bgua da condio desligado/parado do dispositivo
lerncias definidas). de comando de parada;
Cpia no autorizada
6 NBR 14154:1998
- confiabilidade relativa habilidade do dispositivo 6.3.5 Bloqueio de partes mveis (nvel E: ver figura 1)
de comando de parada permanecer na condio
desligado/parado. Quando uma parte mvel bloqueada por meio de um
dispositivo de restrio mecnica (ver EN 292-1), por
Onde um dispositivo de comando de parada for provido exemplo, cunhas eixos, escora, cunhas , que parte inte-
de um dispositivo de trava para mant-lo na condio gral da mquina a resistncia mecnica desse dispositivo
desligado/parado, a remoo do dispositivo de trava de bloqueio mecnico deve ser suficiente para resistir
no deve, por si s, gerar um comando de reincio. aos esforos da partida da mquina.
6.3.3 Introduo no nvel A, B ou C (ver figura 1) de um
Onde isso no for possvel e restries mecnicas forem
comando de conservao de parada, gerado por um
necessrias para impedir, por exemplo, movimento de
dispositivo de segurana (proteo)
partes sob a influncia da gravidade, ou se o acionamento
Para impedir a operao da mquina (de qualquer causa, dos atuadores da mquina, com partes mveis imobili-
inclusive partida inesperada) quando uma pessoa estiver zadas puder danificar a mquina ou gerar perigo para
em uma zona de perigo, um dispositivo de segurana pessoas, um dispositivo de intertravamento, operando a
(proteo) ou combinao de dispositivos de segurana nvel B ou C (ver figura 1), deve impedir a partida da m-
(protees) podem ser utilizados. O comando de con- quina, enquanto o dispositivo de restrio mecnica blo-
servao de parada gerado pelo dispositivo deve ser in- quear as partes mveis.
troduzido no nvel adequado (ver figura 1), de acordo
com a apreciao do risco (ver NBR 14009). 6.4 Monitorao automtica da condio de parada de
categoria 2
NOTA - Orientao fornecida em:
Quando uma mquina estiver em repouso, como resul-
- 4.1 da EN 292-2:1991; tado de uma parada de categoria 2 (ver EN 60204-1),
qualquer comando de partida acidental resulta em uma
- NBR 13929.
partida inesperada.
6.3.4 Desconexo mecnica (nvel D: ver figura 1)
Se outras medidas para impedir uma partida inesperada
Dispositivos de desconexo mecnica, por exemplo, em- no forem praticveis, um mtodo a monitorao da
breagens, devem ser projetados, selecionados, utilizados condio de parada e criar meios para que uma parada
e, onde necessrio, monitorados de tal forma que a se- de categoria 0 seja automaticamente iniciada, to logo
parao de partes mveis dos atuadores da mquina as condies para (ou o incio de) uma partida inesperada
seja assegurada. for detectada.
Cpia no autorizada
NBR 14154:1998 7
Dispositivos de
Nvel B Intertravamento de
segurana
(proteo) Elementos de controle, por exemplo,
controle de energia ao nvel do contator de
(contatores, vlvulas, comando
controladores de
velocidade, etc.)
Nvel C
Protees Iintertravamento de
Atuadores da mquina potncia
(motores, cilindros, etc.)
Parte
operativa Nvel D
Ddesconexo mecnica
Dispositivos de
desconexo (embreagens),
freios
Nvel E
Elementos de transmisso de potncia Ttravamento de partes
partes operativas mveis
Figura 1 - Aplicao de medidas - diferentes de isolao e dissipao de energia - com a finalidade de impedir
comandos de partida que resultem em partida inesperada
/ANEXO A
Cpia no autorizada
8 NBR 14154:1998
Anexo A (informativo)
Exemplos de tarefas que podem requerer a presena de pessoas em zonas de perigo
So os seguintes: - limpeza;
- inspeo; - desativao;
- aes corretivas;
- pequenas manutenes/reparos;
- setagem, ajustes;
- diagnstico, ensaios;
- carga e descarga manual;
- trabalhos em circuitos de potncia;
- troca de ferramentas;
- manutenes maiores (trabalhos que requeiram
- lubrificao; desmontagens significantes).
/ANEXO B
Cpia no autorizada
NBR 14154:1998 9
Anexo B (informativo)
Sinalizao, advertncia
/ANEXO C
Cpia no autorizada
10 NBR 14154:1998
Anexo C (informativo)
Bibliografia
EN 457:1992 Safety of machinery - Auditory danger prEN 50100-2 2) Safety of machinery - Electrosensitive
signals - General requirements, design and testing protective equipment - Part 2: Particular requirements for
(ISO 773:1986 modified) equipment using active opto-electronic devices
prEN 1760-1 Safety of machinery - Pressure sensitive EN 61310-1:1995 Safety of machinery - Indication,
protective devices - Part 1: General principles for the marking and actuation principles - Part 1: Requirements
design and testing of pressure sensing mats and pressure for visual, auditory and tactile signals
sensing floors
EN 61310-2:1995 Safety of machinery - Indication,
prEN 50100-11) Safety of machinery - Electrosensitive
marking and actuation principles - Part 2: Requirements
protective equipment - Part 1: General requirements and
for marking
tests
1)
Passar a ser EN 61496-1.
2)
Passar a ser EN 61496-2.