NBR 13929 - Seguranca de Maquinas Com Dispositivos de Intertravamento - Norma Cancelada
NBR 13929 - Seguranca de Maquinas Com Dispositivos de Intertravamento - Norma Cancelada
NBR 13929 - Seguranca de Maquinas Com Dispositivos de Intertravamento - Norma Cancelada
2 NBR 13929:1997
vamento associados a proteções. Pode também ser usa- EN 1050:1996 - Safety of machinery - Principles for
da como um guia no controle do risco, onde não houver risk assessment
normas do tipo C, para um tipo de equipamento em par-
ticular. EN 60204-1:1992 - Safety of machinery - Electrical
equipment of machines - Part 1: General
Os requisitos desta Norma aplicados isoladamente, ou
requirements
em conjunto com requisitos de outras normas, podem
ser usados como uma base para procedimentos de veri-
ficação da adequação de um dispositivo para fins de in- EN 60947-5-1:1991 - Low-voltage switchgear and
tertravamento. controlgear - Part 5: Control circuit devices and
switching elements - Section 1: Electromechanical
A declaração por um fabricante de que um dispositivo de control circuit devices (IEC 947-5-1:1990)
intertravamento atende aos requisitos desta Norma deve
sempre receber a citação específica do item em que se 3 Definições
enquadra.
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes
Os anexos A até N são informativos. Possuem somente
definições.
exemplos concordantes com os princípios expressos
nesta Norma, cuja aplicação foi validada experimental-
mente. Outras soluções podem ser adotadas, contanto 3.1 dispositivo de intertravamento: Dispositivo mecâ-
que atendam aos mesmos princípios. nico, elétrico, ou de outro tipo, que tem a finalidade de im-
pedir a operação de elementos da máquina, sob condi-
1 Objetivo ções específicas (geralmente enquanto a proteção não
estiver fechada) (3.23.1 da EN 292-1:1991).
Esta Norma especifica os princípios para o projeto e a se-
leção, independentemente da natureza da fonte de ener-
3.2 proteção de intertravamento: Proteção associada a
gia, de dispositivos de intertravamento associados a pro-
um dispositivo de intertravamento, de tal forma que:
teções (como definido em 3.23.1, 3.22.4 e 3.22.5 da
EN 292-1:1991)
- as funções de risco, cobertas por essa proteção,
Também são fixados requisitos específicos para disposi- não possam operar até que a proteção seja fecha-
tivos de intertravamento elétricos (ver seção 6). da;
Esta Norma abrange a parte das proteções em que atuam - ao se abrir a proteção, enquanto as funções de
dispositivos de segurança. Requisitos para proteções são
risco estão operando, uma instrução de parada
fixados na NBR 13928. O processamento do sinal do
seja disparada;
dispositivo de intertravamento para interromper o fun-
cionamento e imobilizar a máquina é tratado na
EN 954-1. - ao se fechar a proteção, as funções de risco co-
bertas por essa proteção possam operar, porém o
2 Referências normativas fechamento da proteção, por si só, não reinicie sua
operação (3.22.4 da EN 292-1:1991).
As normas relacionadas a seguir contêm disposições
que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições 3.3 proteção intertravada com dispositivo de bloqueio:
para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor Proteção associada a um dispositivo de intertravamento
no momento desta publicação. Como toda norma está
e um dispositivo de bloqueio, de tal forma que:
sujeita à revisão, recomenda-se àqueles que realizam
acordos com base nesta que verifiquem a conveniência
- as funções de risco cobertas por essa proteção
de se usarem as edições mais recentes das normas
citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas não possam operar até que a proteção seja fechada
em vigor em um dado momento. e bloqueada;
NBR 13761:1996 Segurança de máquinas - Distân- - a proteção permaneça fechada e bloqueada até
cias de segurança para impedir o acesso a zonas de que os riscos de acidente provocados pelas fun-
perigo pelos membros superiores ções de risco da máquina tenham passado;
NBR 13928 :1997 Segurança de máquinas - Requi- - quando a proteção estiver fechada e bloqueada,
sitos gerais para o projeto e construção de proteções
as funções de risco da máquina cobertas pela pro-
(fixas e móveis)
teção possam operar, porém o fechamento e blo-
EN 292-1:1991 - Safety of machinery - Basic concepts, queio da proteção não possa, por si só, reiniciar sua
general principles for design - Part 1: Basic operação (3.22.5 da EN 292-1:1991).
terminology, methodology
3.4 dispositivo de bloqueio da proteção: Dispositivo des-
EN 292-2:1991 - Safety of machinery - Basic concepts,
general principles for design - Part 2: Technical tinado a bloquear a proteção, em sua posição fechada e
principles and specifications vinculado ao sistema de controle, de tal forma que:
EN 954-1:1996 - Safety of machinery - Safety-related - a máquina não possa operar até que a proteção
parts of control systems - Part 1: General principles seja fechada e bloqueada;
for design
EN 1037:1995 - Safety of machinery - Prevention of - a proteção permaneça bloqueada até que o risco
unexpected start-up tenha passado.
Cópia não autorizada
NBR 13929:1997 3
NOTA - Para potência hidráulica, o conceito equivalente pode - aqueles em que o desbloqueio da proteção pode
ser chamado “modo positivo de interrupção”. ser iniciado a qualquer tempo, pelo operador (desblo-
queio incondicional: ver tabela 1 e figura 3b1);
3.8 tempo de parada (tempo para eliminação do risco):
O período entre o instante em que o dispositivo de inter- - aqueles em que o desbloqueio da proteção ape-
travamento iniciou o comando de parada e o instante em nas é possível se uma determinada condição for
que o perigo das funções de risco da máquina cessou. atendida, que assegura que o risco tenha desapare-
cido (desbloqueio condicional: ver tabela 1 e f i g u r a
3b2).
4 Princípios de operação e formas típicas de
dispositivos de intertravamento associados a
O dispositivo de bloqueio da proteção (ver 3.4) pode ser
proteções
parte integrante de um dispositivo de intertravamento, ou
uma unidade separada.
NOTA - Referência é feita aos relevantes anexos informativos,
que são considerados de grande utilidade para o claro enten-
Em um dispositivo de bloqueio de uma proteção, a peça
dimento.
que tem a finalidade de bloquear/desbloquear a proteção
pode ser:
4.1 Princípios de intertravamento
- manualmente acionada, manualmente desacio-
4.1.1 Intertravamento do controle nada (ver figura M.1);
O sinal de parada do dispositivo de intertravamento é - acionada por mola, desacionada por um atuador
introduzido no sistema de comando da máquina, de tal (acionado por uma fonte de energia qualquer) (ver
forma que seja disparado por esse sistema o comando figura 2a);
de interrupção do suprimento de energia aos atuadores
da máquina ou a desconexão mecânica das partes móveis - acionada por um atuador, desacionada por mola;
dos atuadores da máquina (interrupção indireta: níveis A
e B da figura 1). - acionada e desacionada por um atuador.
Cópia não autorizada
4 NBR 13929:1997
..............
s Diferentes níveis
DISPLAY DE possíveis para a
CONTROLES MANUAIS
SINALIZAÇÃO entrada de comandos
(ATUADORES)
DE PERIGO de parada
DISPOSITIVOS DE CONTROLE
s
s s s
Sistema
de
Nível A*)
ENTRADAS
controle .......................................................................................................
(nesta Norma
ARQUIVO DE DADOS E PROCESSAMENTO LÓGICO
intertravamento
OU ANALÓGICO
de controle)
.......................................................................................................
SAÍDAS
s s
DISPOSITIVOS DE s
Nível B*)
SEGURANÇA
ELEMENTOS DE CONTROLE
nesta Norma: elétricos,
DE POTÊNCIA (nesta Norma
pneumáticos, hidráulicos
DISPOSITIVOS DE
(contatores, válvulas, controladores intertravamento
INTERTRAVAMENTO
de velocidade, etc.) ...... de controle)
.......................................................................................
s
s
PROTEÇÕES s
ATUADORES DA MÁQUINA
Nível C*)
(motores, cilindros)
Intertravamento Objetivo
mecânico desta Norma
intertravamento
NBR 13929:1997 5
Figura 2 - Modos de operação dos dispositivos de bloqueio de proteções em dispositivos acionados por
atuadores.
6 NBR 13929:1997
1 Proteção fechada
Operação da máquina
possível s
4 Proteção aberta
NBR 13929:1997 7
Tabela 1 - Vários aspectos dos dispositivos de intertravamento, com e sem bloqueio da proteção
s s s s s
Exemplos típicos
*) Estritamente falando, a proteção é desbloqueada, imediatamente após o início do comando de parada. Onde o risco
desaparece "tão logo o comando de parada é dado" (em qualquer caso, antes que a proteção seja desbloqueada), a função
protegida é equivalente a uma proteção intertravada com bloqueio.
8 NBR 13929:1997
4.3 Formas tecnológicas de dispositivos de grande variedade de critérios, por exemplo, a natureza do
intertravamento vínculo entre a proteção e os elementos de abertura do
circuito, ou o tipo tecnológico (eletromecânico, pneumático,
Técnicas de intertravamento envolvem um largo espectro eletrônico, etc.) dos elementos de abertura do circuito.
de aspectos tecnológicos. Dessa forma, dispositivos de
A tabela 2 estabelece o vínculo entre as formas tecnológicas
intertravamento podem ser classificados usando uma
principais de dispositivos de intertravamento e as partes desta
Norma, que tratam deles.
NBR 13929:1997 9
5.3 Disposição e fixação dos cames Dessa forma, no caso de falha de D1 ou D2, a interrupção
do circuito é assegurada pelo outro sensor.
Cames rotativos e lineares para a atuação mecânica
dos sensores de posição devem ser projetados de tal 5.4.2 Diversidade do meio da potência
forma que:
Com o objetivo de minimizar a probabilidade das causas
- estejam positivamente dispostos e fixados por comuns de falhas, dois dispositivos de intertravamento
elementos que requeiram o uso de ferramentas para independentes, cada qual interrompendo uma diferente
sua remoção; fonte de energia, podem ser associados a uma proteção
(ver exemplo da figura L.3).
- o auto-afrouxamento da fixação seja impedido;
5.5 Dispositivo de bloqueio da proteção (ver 3.4 e 4.2.2)
- possam ser montados apenas em sua posição
correta; O bloqueio da proteção deve ser resultado do engate de
duas partes rígidas (localização positiva).
- não danifiquem o sensor de posição ou prejudiquem
A parte (pino) que tem como finalidade o bloqueio da
sua durabilidade.
proteção deve ser “acionada por mola - desacionada por
NOTA - Estes requisitos excluem mecanismos de fricção. atuador” (ver figura 2a).
5.4 Reduzindo a possibilidade das causas comuns de Outros sistemas (por exemplo figuras 2b e 2c) podem ser
usados se, em uma aplicação específica, garantirem um
falhas
equivalente nível de segurança.
Quando os elementos de comutação tiverem sido feitos
Para sistemas “acionados por mola - desacionados por
redundantes, as causas comuns de falhas devem ser atuador” (ver figura 2a), deve ser previsto um dispositivo
evitadas, por exemplo, pela aplicação das medidas de desbloqueio manual, que necessita de uma ferra-
descritas em 5.4.1 e/ou 5.4.2. menta para sua operação. Qualquer norma do tipo C, es-
pecificando tal tipo de bloqueio, também deve especificar
5.4.1 Associação de modos positivo e não positivo de
as características do dispositivo manual de desbloqueio.
sensores de posição mecanicamente atuados (ver 5.1)
A posição do pino de bloqueio deve ser monitorada (por
Causas típicas de falhas de sensores de posição meca- exemplo, por um sensor atuado, em modo positivo), de
nicamente atuados são: tal forma que a máquina não possa partir, até que o pino
esteja em sua posição totalmente engatada (ver ane-
a) excessivo desgaste do atuador (por exemplo
xo M).
roldana ou pistão) ou do came fixado à proteção;
desalinhamento entre came e atuador; Esse pino deve ser adequado a suportar as forças pre-
vistas, durante a operação normal da proteção. A força
b) esmagamento do atuador (pistão), tornando im- que esse pino suporta sem sofrer danos que afetem sua
possível a atuação da mola. utilização posterior deve ser indicada no próprio dispo-
sitivo de bloqueio ou no manual técnico que acompanha
Sensores atuados no modo positivo, como D1 (ver figu- o equipamento.
ra 4), falham contra a segurança no caso a), mas não no
caso b). NOTA - Dispositivos de bloqueio de proteções podem ser usados,
por exemplo, para impedir a abertura de um enclausuramento
Sensores atuados no modo positivo, como D2 (ver figu- de uma unidade automática, antes que a máquina/processo tenha
ra 4), falham contra a segurança no caso b), mas não no atingido um estado definido, dessa forma impedindo a perda de
caso a). informações ou danos a materiais.
Cópia não autorizada
10 NBR 13929:1997
Figura 4 -Evitando causas comuns de falhas de dois sensores de posição mecanicamente atuados, pelo uso
associado dos modos positivo e não positivo de atuação
5.7.1 Geral
5.7.2.1 Sensores de posição operados por cames
NBR 13929:1997 11
5.7.3 Projeto para minimizar anulação de sensores de - pela utilização de um sistema plugue e soquete
proximidade e magnéticos multipinos, fazendo com que a sua conexão direta
por fiação, torne difícil a restauração da continui-
Sensores de proximidade e magnéticos, que contam dade do circuíto (ver exemplo no anexo F, varian-
exclusivamente com a presença ou ausência de material te a);
detectável ou magnético para sua atuação, podem ser
facilmente anulados. Por isso, sua forma de aplicação
deve assegurar proteção contra sua anulação (ver figu- - pela utilização de um sistema plugue e soquete
ra 6). especialmente projetado para cada aplicação
particular, ou que suas peças de reposição não
NOTA - Ver também 6.3.1. estejam prontamente disponíveis.
- pela localização do soquete, de tal forma que o A seleção de um dispositivo de intertravamento e/ou seus
acesso a ele seja impedido, quando a proteção componentes deve levar em consideração o meio ambi-
estiver aberta (ver exemplo no anexo F, varian- ente (por exemplo, a temperatura) em que sua utilização
te b); é prevista (ver 3.7.3 da EN 292-2:1991).
Figura 5 - Exemplo de proteção contra anulação de uma chave operada por lingüeta
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- 13.3 “Graus de proteção” da EN 60204-1:1992, Segurança equivalente pode ser obtida, por exemplo:
para proteção contra o ingresso de sólidos e
- minimizando a possibilidade de anulação (ver
líquidos;
5.7.3);
- 10.1.3 “Sensores de posição” da EN 60204-1:1992, - usando as técnicas descritas em 3.7 da
para interruptores de posição. EN 292-2:1991, especialmente a duplicação (ou
redundância) e a monitoração automática, bem como
NOTA - Para os efeitos desta Norma, um “sensor de posição” e
a diversidade de projeto e/ou tecnologia para evitar
um “interruptor de posição” devem ser considerados como sendo
as causas comuns (modos comuns) de falhas.
o mesmo tipo de dispositivo.
6.3.2 Imunidade a distúrbios
6.2 Dispositivos de intertravamento incorporando
sensor de posição mecanicamente atuado Sensores de proximidade ou magnéticos, para apli-
cações de intertravamento, devem ser selecionados e
6.2.1 Dispositivos de intertravamento incorporando um utilizados, de tal forma que campos externos não pre-
único sensor de posição mecanicamente atuado judiquem sua função.
6.2.1.1 O sensor de posição deve ser atuado no modo po- 6.3.3 Influência mútua
sitivo (ver 3.5 da EN 292-2:1991 e também 3.6 e 5.1). Sensores de proximidade devem ser montados de tal
forma que seja impedido o mau funcionamento causado
6.2.1.2 O rompimento do contato do sensor de posição
por interferência mútua.
deve ser do tipo “operação de abertura positiva”, de acor-
do com a seção 3 da EN 60947-5-1:1991 (ver também 6.3.4 Condições de operação elétrica
3.7).
Quando sensores de proximidade e magnéticos são uti-
Ver exemplos nos anexos A e B. lizados em dispositivos de intertravamento, devem ser
tomadas as precauções necessárias para impedir seu
6.2.2 Dispositivos de intertravamento incorporando dois
mau funcionamento conseqüente de oscilação de tensão,
picos de sobretensão, etc.
sensores de posição mecanicamente atuados
6.3.5 Providências específicas para sensores magnéticos
Os sensores de posição devem operar em modos opostos:
Sensores magnéticos utilizados sem medidas adicionais,
- um com o contato normalmente fechado (rompe o tais como proteção contra picos de tensão e/ou redun-
contato), acionado pela proteção, no modo positivo dância e monitoração automática, geralmente não são
(ver 3.5 da EN 292-2:1991 e também 3.6 e 5.1); adequados para aplicação em dispositivos de inter-
travamento, principalmente pela razão que podem falhar
- o outro com o contato normalmente aberto (fecha o contra a segurança. O mau funcionamento conseqüente
contato), acionado pela proteção, no modo não de vibração deve ser impedido (ver 5.7.3 e anexo J).
positivo (ver 5.1). 7 Seleção de um dispositivo de intertravamento
Ver exemplo no anexo G. 7.1 Geral
NOTA - Isto é uma prática comum. Ela não exclui, quando jus- O objetivo deste item é orientar os projetistas de máquinas
tificável, a utilização de dois sensores acionados no modo po- e os redatores de normas do tipo C em como selecionar
sitivo.
um dispositivo de intertravamento adequado, para uma
aplicação específica, de acordo com 7.2 a 7.6.
6.3 Dispositivos de intertravamento incorporando Na seleção de um dispositivo de intertravamento para
sensores de posição acionados de forma não uma máquina, é necessária a consideração de todas as
mecânica (sensores de proximidade e sensores fases do ciclo de vida do dispositivo de intertravamento.
magnéticos)
Os critérios mais importantes de seleção são:
Um dispositivo de intertravamento que incorpora sensores
de posição de acionamento não mecânico pode ser usa- - as condições de utilização e a utilização planejada
do, como mostrado na figura 6 e nos anexos J e K, para para a máquina (ver seção 4 da EN 292-1:1991 e
resolver problemas conseqüentes do uso de sensores 7.3);
mecanicamente atuados, quando uma proteção pode ser
completamente removida da máquina e/ou quando as - os riscos presentes à máquina (ver seção 4 da
condições do meio ambiente exigem um sensor selado. EN 292-1:1991 e 7.3);
Cópia não autorizada
NBR 13929:1997 13
- a gravidade do possível ferimento (ver 7.3); provocar o menor estorvo possível à operação da proteção
(considerando os requisitos de 7.2, 7.3 e 7.4).
- a probabilidade de falha do dispositivo de intertra-
vamento (ver 7.3); NOTA - Uma clara distinção deve ser feita entre:
7.2 Condições de utilização e utilização planejada Cada um desses conceitos é associado com a ordem de
magnitude, diferindo grandemente quanto à freqüência da
Todos os tipos de tecnologia de dispositivos de inter- intervenção humana na zona de perigo (por exemplo, cem vezes
travamento devem ser considerados para assegurar que por hora no caso de um acesso por ciclo e algumas vezes por
o tipo de dispositivo selecionado é adequado às condi- dia no caso de acesso ocasional para ajustes ou manutenção
ções de utilização (por exemplo, meio ambiente, higiene) durante um processo automático de produção).
e para a utilização planejada da máquina.
7.5.2 Para aplicações usando dispositivos de intertra-
7.3 Probabilidade de risco
vamento com monitoração automática, um ensaio
funcional (ver 9.4.2.4 da EN 60204-1:1992) pode ser
Com o objetivo de selecionar o dispositivo de intertra-
executado a cada mudança de estado do dispositivo, isto
vamento mais adequado para uma determinada máquina,
em condições definidas de utilização, o projetista deverá é, a cada acesso. Em um caso desses, havendo apenas
cumprir o processo de probabilidade de risco (como des- acessos não freqüentes, e se entre ensaios funcionais a
crito na EN 1050), levando em consideração diferentes probabilidade da ocorrência de uma falha não detectada
tipos de dispositivos de intertravamento, até que um ade- é aumentada, o dispositivo de intertravamento deve ser
quado nível de segurança seja atingido. utilizado com medidas adicionais, tais como desbloqueio
condicional da proteção (ver figura 3b2).
O risco a ser avaliado é aquele que poderia ocorrer se a
função de segurança do dispositivo de intertravamento 7.8 Considerações de desempenho
não fosse ativa.
Dispositivos de intertravamento de controle são partes
7.4 Tempo de parada e tempo de acesso relacionadas à segurança do sistema de controle de uma
máquina (ver EN 954-1). Para tanto, é essencial que um
Um dispositivo de intertravamento com bloqueio de pro- dispositivo de intertravamento de controle seja compatível
teção deve ser usado quando o tempo de parada (ver com o sistema de controle da máquina, para assegurar
definição em 3.8) é maior que o necessário para uma que a performance de segurança requerida, que pode
pessoa alcançar a zona de perigo. ser especificada na norma de tipo C correspondente, é
atingida.
7.5 Freqüência de acesso (freqüência de abertura da
proteção para acesso à zona de perigo) Se intertravamento da potência é utilizado, os compo-
nentes devem ter a adequada capacidade de interrup-
7.5.1 Para aplicações que requerem acesso freqüente, o ção, levando-se em conta, todas as situações previsíveis
dispositivo de intertravamento deve ser escolhido para (por exemplo, sobrecarga).
/ANEXO A
Cópia não autorizada
14 NBR 13929:1997
Anexo A (informativo)
Dispositivo de intertravamento acionado pela proteção, com um sensor de posição operado por came
- Impossível anular por operação manual do atuador, - Ação mecânica positiva da proteção sobre o atuador
sem o deslocamento do came ou do sensor. do sensor.
A.3 Desvantagem
- Operação positiva de abertura do contato do sensor
Falha contra a segurança no caso de: (ver 3.7).
- desgastes, quebra, etc., provocando mau funciona-
Desvantagem
mento do atuador;
- mau ajuste entre o sensor e o came. - Falha contra a segurança no caso de:
A.4 Observações
- falha do acionamento mecânico entre a proteção e
- Como a ausência da proteção não é detectada, é o sensor;
essencial que a proteção não seja desmontável, sem
a utilização de ferramentas; - “ponte elétrica” externa à chave.
Figura A.1 - Com uma proteção rotativa Figura A.2 - Com uma proteção deslizante
Figura A.3 - Dispositivo elétrico de intertravamento incorporando um sensor operado por um único came
/ANEXO B
Cópia não autorizada
NBR 13929:1997 15
Anexo B (informativo)
Dispositivo de intertravamento operado pela proteção, com sensor acionado por lingüeta
Figura B.1 - dispositivo de intertravamento operado pela proteção, com sensor acionado por lingüeta
/ANEXO C
Cópia não autorizada
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Anexo C (informativo)
Intertravamento direto (mecânico) entre a proteção e o controle manual de parada/movimento
Enquanto o controle manual (nesse caso uma alavanca) Confiabilidade através da simplicidade, especialmente
de parada/movimento estiver na posição elevada, ele im- quando usado como dispositivo de intertravamento de
pede a abertura da proteção. O abaixamento da alavanca potência (ver 4.1.2).
provoca a interrupção positiva da continuidade do circuito
pelo dispositivo (que interrompe diretamente a energia
ao atuador, se o dispositivo for parte do circuito de po- C.3 Observação
tência, ou gera um comando de parada, se for um dis-
positivo de controle). Quando a alavanca estiver na A alavanca (ou seu equivalente) é projetado para resistir
posição mais baixa, é possível a abertura da proteção. às forças previstas e não pode ser facilmente des-
Enquanto a proteção estiver aberta, ela impede o levan- montável. Um batente mecânico impede o deslocamento
tamento da alavanca (ver figuras C.1 e C.2). da proteção além de seu curso normal.
Alavanca parada/movimento impede a abertura da proteção A proteção impede o levantamento da alavanca parada/
movimento, impedindo dessa forma a restauração da
Figura C.1 - Proteção fechada continuidade do circuito
Figura C.2 - Proteção aberta
/ANEXO D
Cópia não autorizada
NBR 13929:1997 17
Anexo D (informativo)
Dispositivo de intertravamento com chave incorporada
Uma combinação de um interruptor do circuito e um alo- - Assegura que o elemento de ruptura do circuito
jamento para uma chave é presa a uma parte fixa da má- seja aberto, antes da possibilidade de abertura da
quina. A chave de operação é mantida na parte móvel da proteção.
proteção.
- Especialmente adequado, quando a proteção é fixa-
D.2 Princípio da em dobradiças ou pode ser removida completa-
mente.
O princípio de abertura de um dispositivo de intertra-
vamento, com chave incorporada, é descrito pela seqüên- D.4 Observações
cia de operações para abertura da proteção (ver figu-
- Pode ser combinada com uma unidade de retardo
ra D.1):
de tempo. Dessa forma, se torna um dispositivo de
intertravamento com bloqueio da proteção, com
1) girar o manípulo para desligar o interruptor do
desbloqueio condicional (como descrito na figu-
circuito (é dado o comando de parada);
ra 3b2).
2) em seguida, girar para desbloquear a proteção; - O alinhamento da chave com seu alojamento
pode ser garantido pela aplicação de pino ou pinos
3) abrir a proteção (a chave desengata de seu guia, que encaixam em buchas antes da chave
alojamento). atingir seu alojamento.
Figura D.1
/ANEXO E
Cópia não autorizada
18 NBR 13929:1997
Anexo E (informativo)
Dispositivo de intertravamento com chave de transferência
Se houver mais que uma fonte de energia e, para tanto, E.3 Desvantagens
mais de um elemento de quebra do circuito a ser atuado,
é então necessária uma caixa de troca de chaves (D), - Não adequado para aplicações em que se requer
para a qual todas as chaves devem ser transferidas e tempos de acesso muito rápidos.
travadas, antes que se possa remover a chave de acesso,
que é de configuração diferente, para transferência ao - Cópias de chaves podem ser utilizadas para anular
alojamento da proteção. Onde houver mais de uma o sistema (ver 5.7.1).
proteção, a caixa de troca de chaves deve conter um
número equivalente de chaves de acesso (ver figuras E.1 E.4 Observação
e E.2).
O atraso de tempo entre a abertura do elemento do circuito
Onde, para o propósito do processo ou por razões de e o desbloqueio da proteção é assegurado meramente
segurança, um certo número de operações deve ser pelo tempo de transferência da chave (aumentado, se
cumprido em uma seqüência definida, então a chave necessário, por um dispositivo temporizador).
NBR 13929:1997 19
Anexo F (informativo)
Dispositivo de intertravamento de plugue soquete (combinação de plugue e soquete)
- Pinos e soquetes são acessíveis quando o plugue é - Pinos e soquetes são vinculados para assegurar que,
removido do soquete. É então fácil para completar o quando a proteção estiver fechada e o plugue inserido no
circuito usando fios elétricos enquanto a proteção estiver soquete, o circuito é completado.
aberta.
- Uma medida possível para impedir esse método de anu- - Como o plugue permanece fixo à proteção e esta cobre o
lação é a utilização de um conector multipinos. Como soquete quando aberta, não é possível a restauração da
o arranjo da fiação é mais complexo, fica mais difícil integridade do circuito pela inserção de uma fiação de ligação
a restauração da continuidade do circuito, quando a prote- no soquete.
ção estiver aberta.
Figura F.1 - Variante a: proteção com dobradiças Figura F.2 - Variante b: proteção lateralmente deslizante
(rotativa)
/ANEXO G
Cópia não autorizada
20 NBR 13929:1997
Anexo G (informativo)
Dispositivo de intertravamento acionado pela proteção, incorporando dois sensores de posição,
operados por came
G.1 Princípio - O sensor atuado no modo não positivo detecta a
ausência da proteção.
Um sensor é atuado no modo positivo. O outro é acionado
no modo não positivo (ver 5.1 e figura G.1). G.3 Observação
Figura G.1
/ANEXO H
Cópia não autorizada
NBR 13929:1997 21
Anexo H (informativo)
Intertravamento mecânico entre a proteção e um elemento móvel
Intertravamento mecânico direto entre a proteção e o - A aplicação é restrita a mecanismos muito simples.
elemento móvel perigoso. A função de proteção é como
a de uma proteção intertravada com bloqueio (ver figu- - O posicionamento manual da parte móvel pode
ras H.1 e H.2). ser necessário para tornar possível a abertura da
proteção.
Enquanto o elemento móvel não estiver parado, a proteção está Tão logo a proteção não esteja na posição fechada, o elemento
travada na posição fechada móvel está bloqueado
/ANEXO J
Cópia não autorizada
22 NBR 13929:1997
Anexo J (informativo)
Dispositivo de intertravamento elétrico incorporando sensores de atuação magnética
- Compacta, sem partes móveis externas. - As desvantagens relacionadas acima, fazem neces-
sário que, para chaves magnéticas, a cada ciclo liga/
- Alta resistência à poeira e líquidos. desliga sejam automaticamente checadas e haja pro-
teção contra sobrecorrente (ver 6.3.5).
- Facilmente mantida limpa.
Figura J.1
/ANEXO K
Cópia não autorizada
NBR 13929:1997 23
Anexo K (informativo)
Dispositivo de intertravamento elétrico incorporando dois sensores de proximidade
Figura K.1
/ANEXO L
Cópia não autorizada
24 NBR 13929:1997
Anexo L (informativo)
Dispositivos de intertravamento pneumático/hidráulico
Um único elemento de ruptura de circuito (válvula) com modo Dois elementos de ruptura de circuito (válvulas)
positivo de atuação da válulva pela proteção
Figura L.2
Figura L.1
Dois dispositivos de intertravamento independentes (A e B) atuantes: “A” atua no circuito de controle elétrico (com monitoração
automática); “B” atua no circuito hidráulico (intertravamento da potência (ver 4.1.2) quando a interrupção direta da potência do
circuito for possível).
/ANEXO M
Cópia não autorizada
NBR 13929:1997 25
Anexo M (informativo)
Dispositivo de intertravamento com dispositivo de bloqueio com acionamento por mola e
desacionamento por atuador
O desacionamento do bloqueio, quando o risco tiver M.3 Observação (válida para as duas variantes)
desaparecido, pode ser controlado por um dispositivo de
tempo (temporizador) ou por um dispositivo de identi- Independente do dispositivo aplicado (eletromagnético,
ficação da parada.
cilindro, etc.) para a atuação do bloqueio que mantém a
M.2 Variante B proteção fechada, é essencial que sejam estabelecidas
condições de falha segura, isto é, se a energia é interrom-
Função de intertravamento assegurada pela detecção pida, o bloqueio permanece na posição em que retém a
exclusiva da posição de bloqueio (ver figura M.2). proteção imóvel.
/ANEXO N
Cópia não autorizada
26 NBR 13929:1997
Anexo N (informativo)
Dispositivo de intertravamento com bloqueio da proteção, com temporizador operado manualmente
Figura N.1