Projeto Integrador - Fernando, Maycon & Vivian

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Eixo tecnolgico: Gesto e Negcios

Curso: Tcnico em Logstica


Disciplina CH: Projeto Integrador
Ttulo: Reutilizao do leo de Cozinha no Intuito da Fabricao de Sabo Artesanal
Utilizando a Ferramenta da Logstica Reversa

Componentes: Luis Fernando Nascimento Ferreira


Maycon Loureno da Silva Cordeiro
Vivian Thaiara Bezerra da Silva

Orientador: Dborah de Lima Barros Diniz

2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
ESCOLA AGRICOLA DE JUNDIA
PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TCNICO E EMPREGO

Tcnico em Logstica
PROJETO INTEGRADOR

Reutilizao do leo de Cozinha no Intuito da Fabricao de Sabo Artesanal Utilizando a


Ferramenta da Logstica Reversa

Projeto integrador apresentado ao Curso Tcnico de


Logstica do Pronatec / EAJ / UFRN, em cumprimento s
exigncias legais como requisito obteno do ttulo de
Tcnico em Logstica.

Professor orientador: Dborah de Lima Barros Diniz

Professor Coordenador: Adilson Menezes

NATAL
2016
2
DEDICATRIA

Agradeo primeiramente Deus que iluminou todo nosso caminho durante esta caminhada
e nos trouxe at aqui.

3
AGRADECIMENTOS

A Deus por ter nos dado sade fora pr superar as dificuldades.


A nossa orientadora, pelo emprenho dedicado elaborao deste trabalho.
A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formao, nosso muito
obrigado.

4
RESUMO

O trabalho constitui a apresentao das aes do mercado e suas necessidades de


acompanhar e incrementar novos estmulos onde a logstica empresarial realiza a integrao
da conscientizao em empresas as quais fazem seu papel em desenvolver juntamente com
a logstica reversa produtos ou produo em massa, aonde iro visar a preocupao com o
ciclo da vida til do leo de cozinha antes desperdiado at se torna um novo produto para o
mercado uma ao de retorno de um produto em seu final estagio a sua nova forma de vida
til, Conforme pesquisas em artigos e revistas sobre a reutilizao do leo de cozinha onde
os autores fizeram a abordagem em questes ambientais e empresariais e a importncia em
obter esse conhecimento. Para isto, os pontos desenvolvidos foram os seguintes: logstica
empresarial abordando o nascimento e o seu desenvolvimento em se adaptar as
necessidades; logstica reversa sua importncia nas questes ambientais e sociais aos quais
impulsionam o mercado a agregar novos meios de reutilizao de leo de cozinha.

Palavras-chave: Logstica empresarial. Logstica reversa. Reutilizao. leo de cozinha. Meio


ambiente.

5
ABSTRACT

The work constitutes the presentation of the actions of the market and their needs to
accompany and increase new stimuli where the business logistics carries out the integration
of the awareness in companies which play their role in developing together with the reverse
logistics products or mass production, where they will aim The concern with the life cycle of
kitchen oil before wasted until it becomes a new product to market a return action of a
product in its final stage to its new way of life, as research in articles and magazines on the
Reuse of cooking oil where the authors made the approach in environmental and business
matters and the importance in obtaining this knowledge. For this, the points developed were:
business logistics approaching birth and its development in adapting the needs; Reverse
logistics its importance in the environmental and social issues to which they impel the market
to add new means of reutilization of cooking oil.

Keyword: Business Logistics. Reverse logistic. Reuse. Kitchen oil. Environment.

6
LISTA DE ILUSTRAES

Figura 1 - Representao esquemtica dos processos direto e reverso. 17


Figura 2 - Exemplo de um posto de coleta e armazenagem do leo coletado. 22
Figura 3 - Portiflio SOS Mata Atlntica 23
Figura 4 - Slogan do Programa de leo do Futuro 24
Figura 5 - Representa Rede de esgoto obstruda em consequncia do material gorduroso. 25
Figura 6 - Tipos leos 27

7
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - leos vegetais comercializados no Brasil 26


Tabela 2 - Demonstrativo da Pesquisa em nmeros reais 30
Tabela 3 - Demonstrativo da Pesquisa em percentual 31
Tabela 4 - Formulrio da pesquisa 32

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SUMRIO

1 - Introduo 10

1.1 - Tema 10

1.2 - Problemtica 10

1.3 - Justificativa 11

1.4 - Objetivos 11

2 - Referencial Terico 12

2.1 - Nascimento da logstica empresarial 12

2.2 - Fundamentos Logstica Empresarial 13

2.3 - As responsabilidades da logstica empresarial com o meio ambiente. 14

2.4 - Logstica Reversa 15

2.5 - As causas que levaram as empresas a investirem na Logstica Reversa 18

2.6 - Questes ambientais 18

2.7 - Razes competitivas Concorrncia: diferenciao por servio 18

2.8 - Reduo de custos e proteo da margem de lucro 19

2.9 - Selo Verde 19

2.10 - Logstica Reversa na Sustentabilidade 20

2.11 - Logstica Reverso do leo de cozinha usado 20

2.12 - Descarte Incorreto 22

2.13 - Tipos de leos vegetais. 26


3 - EMPRESAS PESQUISADAS 28
4 - Concluso & Resultados 29
4.1 - Espelho de Retorno da Pesquisa Realizada 30
5 - Anexo 32
6 - Referncias Bibliogrficas 33

9
1 INTRODUO

Diante a rpida evoluo global, grande aumento da populao e o desenvolvimento


tecnolgico, ressaltar uma necessidade da conscientizao dos cidados ao correto descarte
de substncias prejudiciais ao meio ambiente.

O surgimento de materiais de menor custo, propiciam os indivduos para se ter melhores


condies de consumo, somando a necessidade de descartar esses materiais, sendo que o
ciclo de vida destes est cada vez menor. Uma ferramenta que se torna muito til e que
quaisquer estudos apontam como muito benfico rentvel a logstica reversa, mencionada
tambm como reciclagem.

Este estudo tem por importncia principal o uso do tema como chave de conscientizao para
reduo significativa dos danos causados pelo errado descarte do leo de cozinha usado,
possibilitando uma melhor qualidade de vida as geraes futuras.

Os projetos que tem por objetivo dar uma destinao correta a este resduo extremamente
prejudicial ao meio ambiente so muito importantes, pois ajudam a garantir um planeta mais
limpo as futuras geraes. Estes projetos destinam o leo de cozinha usado a vrios fins. A
produo de biodiesel uma energia renovvel, a produo de diversos tipos de raes animais,
a aparncia do sabo em pedra artesanal so belos exemplos.

1.1 - Tema

Logstica reversa

1.2 - Problemtica

Temos em vista os ocorridos de desperdcios irracionais de leo de cozinha em restaurantes e


lanchonetes as quais so propulsoras de utilizar diariamente esse material ao qual s usam
para uma finalidade.

10
1.3 - Justificativa

O objetivo a conscientizao das pessoas a respeito da reutilizao desse leo. Pois ele
prejudica o meio ambiente, e sua logstica um aspecto caro e de muita responsabilidade. A
logstica incorreta provocaria problemas tanto ecolgicos, quanto a impossibilidade para sua
reciclagem.

1.4 - Objetivos

1.4.1 - Objetivo Geral

Objetivo Geral: Reutilizar o leo de cozinha residual para realizar o uso adequado do descarte
do leo em benefcio de uma fabricao de sabo.

1.4.2 Objetivos Especficos

Objetivo especfico 1: Demonstrar a importncia do reaproveitamento do leo de


cozinha;

Objetivo especfico 2: Descrever a logstica reversa na transformao do leo de


cozinha usado em sabo.

11
2 - DESENVOLVIMENTO

REFERENCIAL TERICO

logstica teve sua interpretao inicial ligada a estratgia militar, quase equivalente a
filosofia de guerra, quando estava relacionada a movimentao e coordenao de tropas,
armamentos e munies para os locais necessrios (BALLOU 2001).

Some-se a isso, que para vencer suas batalhas, os militares precisavam montar complexos
esquemas para transportar e armazenar suprimentos e armas. Terminada a guerra, com
a acirrada competio que existe no mercado, as empresas comearam a se perguntar o que
poderiam aprender com essas tticas de batalha. A reposta formulada ficou mais conhecida
como logstica empresarial.

2.1 - Nascimento da logstica empresarial

Segundo Ballou (2001) nos Estados Unidos na dcada de 1960, um a viso gerencial estava
alterando a percepo anteriormente dominante, os resultados da logstica militar, que havia
contribudo decisivamente para vitria dos aliados na segunda guerra mundial, incitavam as
empresas a adotar seus ensinamentos os militares, de longa data, vinham utilizar o termo
logstica para designar o suprimento de munies e provises as tropas nos campos de
batalha.

A Logstica empresarial nasceu da importncia da reduo de custos nas empresas e na maior


importncia que se d hoje em atendimento das necessidades dos clientes. Quando todos os
produtos se tornam iguais, a empresa mais competitiva ser aquela que conseguir ser mais
eficiente e eficaz, se antecipando a provveis problemas que possa vir a enfrentar.

Sobretudo o nascimento da logstica surgiu com a necessidade de adaptao, desenvolvendo


um grande papel na evoluo e na estratgia de combate ao analisa com detalhes e controlar
o fluxo que ir ocorre em tempo real conforme Ballou 2001.

12
2.2 - Fundamentos Logstica Empresarial

Nestes captulos ser abordada a logstica empresarial, porm a nfase ser na logstica
reversa ao qual iremos abordar o objetivo e desenvolvimento ao ponto final de sua
importncia.

Conforme Kim, Nam e Kang (2010) pode-se citar exemplos


que incluem regulamentos e sanes que regem a
proteo ambiental, a avaliao do consumidor quanto
imagem de uma empresa baseada na responsabilidade
ambiental corporativa e tambm a sensibilizao dos
stakeholders de que a proteo ambiental no est em
conflito com os lucros corporativos.

Nas companhias o ponto aplicado para retratar as atividades pertencentes com os fluxos de
entrada e sada de materiais e optar a herdar uma viso entre as companhias medida que
estas passam a arquitetar suas funes de forma conjunta, para melhor prestar o mercado e
colher a eficincia e a eficcia. (Ballou, 2001)

[...] a logstica empresarial evolui muito desde seus


primrdios. Agrega valor de lugar, de tempo, de qualidade
e de informao a cadeia produtiva. Alm de agregar os
quatro tipos de valores positivos para o consumidor final,
a Logstica moderna procura tambm eliminar do processo
tudo que no tenha valor para o cliente, ou seja, tudo que
acarrete somente custos e perda de tempo. (Novaes,
2007).

Segundo Ballou (1998), a logstica empresarial estuda


como a administrao pode prover melhor nvel de
rentabilidade nos servios de distribuio aos clientes e
consumidores, atravs de planejamento, organizao e
controle efetivo para as atividades de movimentao e
armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.

Desta maneira, o mtodo foi desenvolvido com a finalidade de planejar, armazenar e


transporta os materiais para que cheguem ao cliente final na localizao certo na hora prevista
de forma eficiente. (BALLOU 1998)

13
A logstica empresarial centraliza seus cuidados no sentido de racionalizar e atingir maior
eficincia em todo desempenho que so relativas a movimentao e armazenagem, que
propicia o fluxo das matrias desde a compra da matria prima at o ponto de obteno final.
(BALLOU, 1993).

Tambm pertencentes algumas atividades como fragmentos da administrao logstica em


uma organizao: servio ao consumidor, recursos de pedidos, comunicaes de
compartilhamento, monitoramento de inventrio, previso de demanda, trfego e
locomoo, estoque e armazenagem, posicionamento da fbrica ao armazm/depsitos,
deslocao de produtos, suprimentos, estrutura das peas de reposio de incumbncia,
embalagem, reaproveitamento e exonerao. Destas tarefas citadas, faze atribuies a
logstica reversa a remoo de desperdcios e a administrao para a reconduo. (LAMBERT
ET ALL, 1998).

2.3 - As responsabilidades da logstica empresarial com o meio ambiente.

De acordo com Tachizawa (2002, p.24) a gesto ambiental e a responsabilidade social,


tornam-se importantes instrumentos gerenciais para capacitao e criao de condies de
competitividade para as organizaes, qualquer que seja seu segmento econmico.

Ao aderir este pensamento de criar condies que beneficiem as empresas e aos seus
consumidores e por cima minimizar danos ao meio ambiente, com isso as empresas esto
utilizadas a conscincia de descarte de materiais possivelmente reciclveis, assim, trazendo
um novo mercado e produto a ser vendido e causando o diferencial a outras corporaes.
(TACHIZAWA 2002).

O Ministrio do Meio Ambiente (MMA) desenvolve polticas pblicas que visam promover a
produo e o consumo sustentveis. Produo sustentvel a incorporao, ao longo de todo
ciclo de vida de bens e servios, das melhores alternativas possveis para minimizar custos
ambientais e sociais. J o consumo sustentvel pode ser definido, segundo o Programa das
Naes Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), como o uso de bens e servios que atendam

14
s necessidades bsicas, proporcionando uma melhor qualidade de vida, enquanto
minimizam o uso de recursos naturais e materiais txicos, a gerao de resduos e a emisso
de poluentes durante todo ciclo de vida do produto ou do servio, de modo que no se
coloque em risco as necessidades das futuras geraes. (MINISTERIO DO MEIO
AMBIENTE,2016).

Visando a amplitude deste mercado o ministrio desenvolve projetos e apoio a causa da


sustentabilidade no dia a dia das residncias de milhes de pessoas as quais so vistas para o
mundo empresarial como pblico alvo para auxiliar e divulgar sua marca, alm de ter
conhecimento que o benefcio e mutuo.

2.4 - Logstica Reversa

Primeiramente, deve-se definir o conceito em si do sistema logstico de uma organizao para


um entendimento mais clara do conceito de logstica reversa.

Segundo MOURA (1989, p.26):


...pode-se definir o sistema logstico da empresa como o
conjunto de recursos (mo-de-obra, recursos de produo,
mquinas, veculos, elementos de movimentao e
armazenagem) empregados para desenvolver fisicamente
todas as operaes de fabricao, armazenagem e
movimentao, que permitem assegurar o fluxo de
materiais desde os fornecedores at o cliente.

Tendo em vista o conceito de Moura (1989) como ponto de partida, pode-se ter uma melhor
compreenso do que seja a logstica reversa. O conceito logstico reverso muito amplo,
percebendo diversas operaes relacionadas com a reutilizao de produtos e materiais, alm
da recuperao sustentvel de sucatas e subprodutos, desta maneira preservar o meio
ambiente.

15
Segundo Lacerda (2002) logstica reversa pode ser entendida como:
Um processo de planejamento, implementao e controle
do fluxo de matrias-primas, estoque em processo e
produtos acabados (e seu fluxo de informao) do ponto
de consumo at o ponto de origem, com o objetivo de
recapturar valor ou realizar um descarte adequado.

Basicamente o processo contrrio da logstica tradicional que trata do fluxo de sadas de


produtos das empresas em direo aos seus clientes. A logstica reversa a rea da logstica
que trata simplificadamente do retorno de produtos, embalagens ou materiais ao seu centro
produtivo. Apesar de ser um tema extremamente da atualidade, esse processo j podia ser
observado h alguns anos nas indstrias de bebidas, com a reutilizao de seus vasilhames,
isto , o produto chegava ao consumidor e retornava ao seu centro produtivo para que sua
embalagem fosse reutilizada e voltasse ao consumidor final.

Era um processo contnuo e aparentemente acabou partir do momento em que as


embalagens passaram a ser descartveis. Nesse segmento, compreende todas as operaes
relacionadas com a reutilizao de produtos e materiais. Relaciona-se a todas as atividades
logsticas de coletar, processar, recuperar e desmontar materiais, produtos e peas usadas.
Envolve atividades como devoluo por clientes, retorno de embalagens e coleta de materiais
para serem recuperados.

Do ponto de vista logstico o ciclo de vida de um determinado produto no se encerra com a


sua entrega ao cliente. Nesse sentido o conceito de logstica reversa mais amplo. Produtos
danificados ou que no funcionam, tornam-se envelhecido e devem retornar ao ponto de
origem para reparo, reaproveitamento ou adequado descarte (LACERDA, 2004; TIBBEN
LEMBKE, 2002).

Segundo Daher et al (2004) apud Krikke (1998), as desigualdades entre os sistemas de logstica
com fluxo normal e a logstica reversa so quatro:

16
A primeira diferena que a logstica tradicional frente um sistema onde os
produtos so puxados (pull system), enquanto que na logstica reversa existe uma
combinao entre puxar e empurrar os produtos pela cadeia de suprimentos. (...)

Em segundo lugar, os fluxos tradicionais de logstica so basicamente opostos,


enquanto que os fluxos reversos so conformes e opostos ao mesmo tempo.

Em terceiro, os fluxos de retorno seguem um diagrama de processamento pr-


estabelecido, no qual os produtos descartados so transformados em produtos
secundrios, componentes e materiais. No fluxo normal esta transformao acontece
em uma unidade de produo, que serve como fornecedora da rede.

Por fim, na Logstica Reversa, os processos de modificao tendem a ser incorporados


na rede de distribuio, cobrindo todo o processo de produo, da oferta (descarte)
demanda (reutilizao).

A figura 1 apresenta a representao esquemtica dos processos logsticos direto e reverso,


conforme o contedo apresentado anteriormente.

Figura 1. Representao esquemtica dos processos direto e reverso.


Fonte: Lacerda (2002)

17
2.5 - As causas que levaram as empresas a investirem na Logstica Reversa

O fluxo reverso no um processo comum para a maioria dos negcios, entretanto, as


empresas vm demonstrado um crescente interesse tanto sob o ponto de vista de operaes
como do ponto de vista financeiro. Sendo assim a logstica reversa se alinha com a estratgia
das organizaes. Segundo Lambert et al (1998, pp. 28-30) as empresas com um bom sistema
de logstica obtm significativa vantagem competitiva, que se traduzem em custos menores e
servios melhores ao cliente.

Outra questo importante relaciona-se a responsabilidade dos fabricantes pela destinao


dada a seus produtos aps sua entrega ao cliente e o respectivo consumo. Muitos desses
produtos so queimados ou eliminados com danos significativos ao meio ambiente. Mudanas
na legislao, no perfil do consumidor, presso por reduo de custos tem levado
modificao no comportamento dos produtores. Segundo Lacerda (2004) e o grupo II
Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia - SEGeT'2005 Revlog.

As principais causas e razes que levaram as empresas a fortalecerem sua ateno na logstica
reversa foram:
(http://www.fbk.eur.nl/OZ/REVLOG/introduction.htm.)

2.6 - Questes ambientais:

A maturidade e a conscientizao ambiental dos consumidores tem levado a firmas a agir de


um modo devidamente mais responsvel e manterem uma imagem institucional de
organizao ecologicamente sustentvel. Legislao Ambiental que fora as empresas a
retornarem seus produtos e cuidar do tratamento necessrio, Dessa maneira, fica sob
responsabilidade destas empresas o retorno de seus produtos e o tratamento apropriado para
seu descarte se for o caso.

2.7 - Razes competitivas - Concorrncia: diferenciao por servio

Em servios, o benefcio percebido pelo cliente impressionar nas relaes entre ele e a
empresa, bem como nas suas decises de compra e investimento. Os clientes enaltecem as
empresas que arcam com a responsabilidade pelos riscos relacionados aos produtos
danificados.
18
Esse posicionamento das empresas, em receber devolues feitas pelos seus clientes vem de
encontro legislao de proteo ao consumidor e adicionar valor positivo a imagem da
organizao percebida pelo cliente.

2.8 - Reduo de custos e proteo da margem de lucro

Os benefcios que si tem relacionados a logstica reversa so demonstrados pela reduo de


custos relativos compra de matria-prima, produo, armazenagem e estocagem, assim
como na reutilizao de materiais reciclveis, reduo dos processos por danos ao meio
ambiente e consequente preservao das margens de lucro das empresas. Assim, a logstica
reversa retomar valor (agrega valor) onde havia somente custos e permite resgatar e avaliar
adequadamente os ativos.

As empresas esto obtendo um comportamento ambiental ativo, transformando uma postura


passiva em oportunidades de negcios, segundo Lora (2000).

O meio ambiente deixa de ter uma aparncia que atende as obrigaes legais e passa a ser
uma fonte adicional de eficincia. Atualmente, muitas empresas se tornam competitivas nas
questes de reduo de custos, diminuindo o impacto ambiental e agindo com
responsabilidade.

A logstica tem se posicionado como uma ferramenta para


o gerenciamento empresarial pela sua contribuio na
obteno de vantagens econmicas, sem, contudo,
desconsiderar os aspectos ambientais (Rogers; Tibben-
Lembke, 1998).

2.9 - Selo Verde

Selo Verde representa-se em uma rotulagem ambiental elaborada em


produtos comerciais, que indica que sua produo foi feita atendendo a um
agrupamento de normas pr-estabelecidas por uma instituio reconhecida
para este fim.

Atestada por meio de uma marca introduzida voluntariamente pelo fabricante, que
determinados produtos so adequados ao uso e exibem menor impacto ambiental em relao

19
a outros similares. A diferena entre rotulagem ambiental e a Certificao de Sistema e Gesto
Ambiental que, o que est sendo certificado o produto, e no o seu procedimento
produtivo.

2.10 - Logstica Reversa na Sustentabilidade

A sustentabilidade se d na medida em que, o objetivo econmico da execuo da logstica


reversa de ps-consumo pode ser entendido como a motivao para o alcance de resultados
financeiros por meio de economias obtidas nos procedimentos industriais, sobretudo pelo
aproveitamento de matrias-primas secundrias, provenientes dos canais reversos de
reciclagem, ou de enaltecimento mercadolgico nos canais reversos de reuso e de
remanufatura (LEITE, 2003).

Quanto a Miguez et al (2007), eles afirmam:

(...) que vivel aplicar a logstica reversa no processo produtivo, obtendo benefcios
ambientais, sociais e tambm econmicos para a empresa... os benefcios ambientais podem
ser deduzidos pela economia na utilizao de recursos minerais; pelo encolhimento de
materiais nos aterros sanitrios; pela diminuio de processos qumicos que agridem o meio
ambiente e pelo motivo dado, para outras empresas, em relao ao destino de seus produtos
e equipamentos aps o consumo.

A logstica reversa uma oportunidade de aumentar a sistematizao dos fluxos de resduos,


bens e produtos descartados, seja pelo fim de sua vida til seja por obsolescncia tecnolgica
e o seu reaproveitamento, que demonstra a contribuio para a perda do uso de recursos
naturais e dos demais impactos ambientais.

O sistema logstico reverso representa uma devida ferramenta organizacional que viabiliza as
cadeias reversas, de forma acompanhar para a promoo da sustentabilidade de uma cadeia
produtiva.

2.11 - Logstica Reversa do leo de cozinha usado.

O leo de cozinha usado quando volta ao processo de produo como uma nova matria
prima, agrega valor econmico ao produto. Diminui o custo. Mas para que o seu retorno seja

20
constatado, necessrio a otimizao de toda cadeia logstica, seguindo certas etapas:
Acondicionamento, coleta, armazenagem e movimentao.

O acondicionamento do leo de cozinha usado deve ser feito em garrafas pet (em residncias)
e em bombonas de plstico (tambores que podem ser de 20 ou at 50 litros, que so
facilmente encontrados em postos de coleta), sendo eles adaptados para retirada por
mangueiras de suco.

A coleta desse leo feita atravs de veculos tanque, adaptados com bombas para mangueira
de suco para que seja feita retirada do leo das bombonas, fazendo uma rota pr-definida
aos postos de coleta.

A armazenagem do leo coletado feita em tanques de maior volume de estocagem


dependendo da estratgia definida pela equipe. Este leo pode ser descarregado e
armazenado em tanques em local pr-definido que atendem todos os requisitos necessrios
estabelecidos em lei e atendendo todas as polticas de segurana, ou sendo tambm
descarregado e armazenado diretamente ao cliente final, lugar este onde ele ser matria
prima novamente.

A movimentao deste produto geralmente feita em garrafas pet at os postos de coleta,


onde acondicionado nas bombonas. A partir dos postos de coleta so utilizados caminhes
tanque para a movimentao. Veja abaixo na figura 2 um exemplo de posto de coleta, onde
mostra a armazenagem do leo coletado nas bombonas.

21
Fonte: Alves (2013)

Figura 2: exemplo de um posto de coleta e armazenagem do leo coletado.

Tendo o pensamento que o leo de cozinha volta como matria prima para fabricao de
outros produtos, podemos observar o sabo em pedra artesanal, que usa em sua composio
em mdia 70% de leo de cozinha usado, que essencial para sua transformao.

2.12 - Descarte Incorreto

H rios de certas regies que ainda hoje recebem todo o esgoto do municpio sem o devido
tratamento (PARASO, 2008). Este efluente, agregado com o descarte do leo residual,
acarretar prejuzos irreversveis ao meio ambiente.

Segundo o Chefe de Operao e Manuteno de Redes e Esgotos da CAERN, Engenheiro


Raulyson Ferreira de Arajo Quando o leo se mistura rede de esgoto, aps determinado
tempo, ele endurece e forma pedras, acarretando obstrues. E o perigo no si restringir a
isso, vai muito alm. Cerca de um litro de leo de cozinha usado pode contaminar at 1 milho
de litros de gua, esta pequena quantidade do produto leva 14 anos para ser absorvido pela
natureza. (REVISTA TAE,2012).

22
Segundo o engenheiro, a melhor maneira de descartar o leo de cozinha seria levando-o aos
postos de coleta. H supermercados da cidade que o recebem.

Fonte: Pinterest
Imagem 3: Portiflio SOS Mata Atlntica

A diretora do curso de gesto ambiental da Universidade Potiguar - UnP, Vilma Maciel, destaca
que o leo derramado nos rios e estaes de tratamento compromete a qualidade da gua.
Ele diminui a oxigenao e iluminao dos rios, prejudicando a vida naquele habitat (TRIBUNA
DO NORTE, 2012).

H pessoas que aconselham colocar o resduo dentro de uma garrafa PET e jogar no lixo,
porm essa no a soluo ideal, j que o leo pode vazar, contaminando o solo e as guas
subterrneas (ATITUDE VERDE, 2008).

23
Fonte: Bussola / SC

Imagem 4: Slogan do Programa de leo do Futuro

Despejar o leo de cozinha usado no ralo da pia ou no quintal causa diversos prejuzos ao meio
ambiente. Quando descartado na pia, alm de entupir o ralo, ele desce pela rede de esgotos
e alcana rios ou o mar, causando a morte da fauna aqutica.

Programa de leo do Futuro

A Prefeitura Municipal e o Governo do Estado de Santa Catarina esto realizando pelo quinto
ano consecutivo a campanha De leo no Futuro, em que a populao pode contribuir com
a coleta do leo de cozinha usado.

Dados: Segundo Jean Marcel, Secretrio de Desenvolvimento Rural, no ano de 2014 foram
coletados 3.500 litros de leo de cozinha usado no municpio.

A orientao que a populao junte o leo velho em garrafas pet e, deposite a garrafa em
algum Pev (Ponto de Entrega Voluntria). A ttulo de efeito e causa no Municpio de Corup
esto implantados 31 pontos de coletas, localizados em todas as Escolas, vrios bares,
restaurantes, mercados e lanchonetes.

A empresa responsvel pelo recolhimento nos pontos de coleta efetua a reciclagem do leo,
transformando-o em produtos para limpeza. O leo oriundo de coletas nas escolas trocado
por produtos de limpeza, que auxiliam na manuteno das escolas.

24
O leo descartado no ralo da pia da cozinha, alm de causar um odor horrvel, aumenta as
dificuldades referentes ao tratamento de esgoto. Esse resduo acaba chegando aos rios e at
em certos casos ao oceano, atravs das tubulaes. A presena do leo na gua facilmente
vista. Por ser menos densa e mais leve que a gua ele flutua, no se misturando,
permanecendo na superfcie. Cria-se assim uma camada que dificulta a entrada de luz e
bloqueia a oxigenao da gua. Esse acontecimento compromete a vida aqutica, causando
um desequilbrio ambiental, comprometendo a vida.

Os rgos municipais recebem cerca de 600 chamados por ms para desobstruir esgotos
entupidos por leo ou gordura. O leo tambm chega a atingir crregos e parte de represas,
o que pode representar a impermeabilizao do solo e das margens dos rios (RECICLOTECA,
2008).

Muitos estabelecimentos comerciais (restaurantes, bares, pastelarias, hotis) e residncias


depositam o leo de cozinha usado diretamente na rede de esgoto, com consequente
entupimento e mau funcionamento das estaes de tratamento. Para retirar o leo e
desentupir os encanamentos so empregados produtos qumicos txicos, com efeitos
negativos sobre o ambiente (MUNDO VERTICAL, 2008).

Fonte: Enfim em casa (2012)


Figura 5 - Representa Rede de esgoto obstruda em consequncia do material gorduroso.

25
2.13 - Tipos de leos vegetais

Em todo o mundo existe uma grande diversidade de plantas oleaginosas e algumas so


produzidas em territrio brasileiro. De acordo com a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria,
ANVISA (2011) na sua resoluo RDC 482/99, so comercializados no Brasil os seguintes leos
vegetais, conforme disposto no Quadro 1.

Tabela 1 - leos vegetais comercializados no Brasil

MILHO CANOLA GERGELIM


Soja Girassol Palma
Arroz Babau Azeite Saborizado
Coco Uva Palmiste
Algodo Oliva Amendoim
Fonte:<http//: www.anvisa.com.br> (2011)

leo de Soja: extrado da semente de soja, esse leo utilizado no s como fonte de
alimento, mas tambm, vem se destacando na produo de biodiesel. A soja a
oleaginosa mais cultivada no Brasil que ocupa a 2 posio do ranking mundial da
produo, perdendo apenas para os Estados Unidos (IBGE, 2008).

leo de Milho: no Brasil o milho o cereal mais cultivado depois da soja, originou-se
nas Amricas e logo foi difundido na Europa, sia e frica. extrado do germe de
milho e considerado um leo bastante saudvel por dificultar a formao de gordura
no sangue, sendo considerado um produto nobre para fins alimentcios IBGE (2008).

leo de Girassol: um dos poucos vegetais que podem ser cultivados em clima frio, o
girassol uma planta de origem americana que foi utilizada como alimento pelos
ndios (ANVISA, 2007, Weiss, 1970 apud Gambarra, Francisco Fernandes, 2008).

A produo no territrio brasileiro pouco expressiva, mas o Brasil tem importado esse gro
da Argentina. extrado artesanalmente e denominado um alimento superior bioativo, sendo
indicado em dietas por sua baixa quantidade de cidos graxos saturados.

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leo de Canola: extrado de uma planta chamada colza, o leo de canola cultivado
em diversos pases. De acordo com a EMBRAPA (2007) no Brasil os trabalhos de
pesquisa com a cultura de colza nos estados do Rio Grande do Sul e Santa foram
iniciados em 1974, em meados dos anos 80 no Paran, e em 2003 no estado de Gois.
O leo de canola um dos mais saudveis, possui mega 3 que ajudam a diminuir o
mau colesterol.

Fonte: Food Service


Figura 6: Tipos leos

27
3 - EMPRESAS PESQUISADAS

28
4 - CONCLUSO & RESULTADOS

Na atualidade no podemos mais fazer descartes de certos materiais sem avaliarmos as


consequncias e estragos que eles podem causar tanto ao meio ambiente quanto a ns
mesmos. Este trabalho pretendeu-se expor com pequenas aes incorretas podem refletir
negativamente ao meio ambiente e como aes desfavorveis, ou seja, benficas, podem
trazer bons efeitos a partir da reciclagem.

Podemos lograr que a Logstica Reversa tem uma viso consciente de cuidado com o meio
ambiente e para tanto as empresas devem aderir a esse conceito de sustentabilidade quanto
ao descarte de usos dirios de leo de cozinha a qual so necessrios para seus produtos
finais.

Com relao ao principal objetivo deste trabalho, as 15 empresas que participaram da


pesquisa, receberam o projeto e at a presente data a empresa Pandas Burg situada na Av.
Integrao nos afirmou que iria aderir ao referido projeto, nos oportunizando de divulgarmos
o trabalho aos seus colaboradores a importncia da conscientizao, mostrando a eles a forma
correta de se trabalhar o leo utilizado na cozinha de maneira sustentvel.

Com isso, ir contribuir para a economia dos recursos naturais, minimizando o impacto do
descarte incorreto destes leos e gorduras no meio ambiente, trazendo qualidade de vida
para a empresa atravs das melhorias ambientais e exercitando-os para a conscientizao do
reaproveitamento da matria-prima na produo do sabo por exemplo.

29
4.1 - Espelho de Retorno da Pesquisa Realizada

Pesquisa realizada entre os dias 21 a 23 de Novembro/2016

Empresas pesquisadas: 15 unidades

Demonstrativo em Nmeros Reais:

Tabela 2 - Demonstrativo da Pesquisa em nmeros reais

30
Demonstrativo em Percentuais %:

Tabela 3 - Demonstrativo da Pesquisa em percentual

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5 - ANEXO

Formulrio da pesquisa:

QUESTINRIO
( ) SIM
1 Voc sabe como descartar corretamente o leo usado em sua cozinha? ( ) NO
( ) SIM
2 Voc tem conhecimento de pontos de coleta de leo usado na regio? ( ) NO
( ) SIM
3 Voc sabe o que pode ser feito atravs do leo usado em sua cozinha? ( ) NO
4 Ao descartar o leo no esgoto, qual ser o volume de gua contaminada?
( ) 1 litro de leo contamina menos de 1 litro de gua
( ) 1 litro de leo contamina 1 litro de gua
( ) 1 litro de leo contamina mais de 1 litro de gua
( ) Pia de cozinha
5 Em sua cozinha, qual o destino final do leo utilizado em frituras? ( ) Lixo
( ) Outros
6 Voc compraria um produto, sabendo que ele foi feito de leo de ( ) SIM
cozinha usado? ( ) NO

Tabela 4 - Formulrio da pesquisa

32
6- REFERENCIAIS BIBLIOGRAFICAS

ATITUDE VERDE. Onde jogar o leo de cozinha. Disponvel em: <www.atitudeverde.com.br>.


Acesso: dia 09/11/2016 s 16:45
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organizao e
logstica empresarial. 4 ed. Porto Alegre: Bookmann, 2001
MACHLINE, Claude. Cinco dcadas de logstica empresarial e administrao da cadeia de
suprimentos no Brasil. Revista de Administrao de Empresas, So Paulo, v. 51, n. 3, p.1-3,
maio 2011.
MUNDO VERTICAL. Utilidades Reciclagem. Disponvel em: <www.mundovertical.com>.
Acesso: dia 07/11/2016 s 12:10
MOURA, Reinaldo Aparecido. Logstica: suprimentos, armazenagem, distribuio fsica.
Instituto de Movimentao e Armazenagem de Materiais. So Paulo, 1989.
TACHIZAWA, Takeshy. Gesto ambiental e responsabilidade social corporativa: estratgias de
negcios focadas na realidade brasileira / Tachizawa, Takeshy. - So Paulo: Atlas, 2002. (p.24).
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental Acesso: 09/12/2016 as 21:22min

http://www.administradores.com.br/mobile/artigos/marketing/logistica-reversa-e-suas-
vantagens/33848/ Acesso: dia 09/11/2016 s 17:50

http://www.revistatae.com.br/noticiaInt.asp?id=3493 Acesso: dia 10/11/2016 s 00:00

http://bussolasc.com.br/noticias/3335-programa-de-aleo-no-futuro-acontece-
anualmente.html?cidade=1 Acesso: 07/12/2016 s 20:56min

RECICLOTECA. Informativos recicloteca. Disponvel em: <www.recicloteca.orga.br>.

http://www.webartigos.com/artigos/logistica-reversa-do-oleo-de-cozinha-usado/113547/
Acesso: dia 09/11/2016 s 16:43

Disponvel em:< http://www.fbk.eur.nl/OZ/REVLOG/introduction.htm. Acesso em


27/11/2016, encontrasse na pag.15

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