Projeto Patrícia UERGS Óleo de Cozinha

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL

Projeto
OS DESTINOS DO ÓLEO DE COZINHA USADO

Pós-graduanda:

Patrícia Floripes Filgueira

Professor Orientador

Tapes, maio de 2023.


UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL

Projeto
OS DESTINOS DO ÓLEO DE COZINHA USADO

Pós-graduanda:

Patrícia Floripes Filgueira

Projeto submetido à apreciação de banca


examinadora como trabalho pertinente a
disciplina de ....... do Curso de Especialização
Em Educação Socioambiental, sob a
orientação do Professor(a) Dr(a)., para
obtenção do título de especialista.

Tapes, maio de 2023.


Lista de Figuras

<Figura 1. Área de atuação e etapas reversas> <8>


<Figura 2. Percepção sobre a temática ambiental no mundo
Coorporativo> <9>
SUMÁRIO

Lista de Figuras 3
1. DADOS GERAIS DO PROJETO 5

2. DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA 6


2.1 INTRODUÇÃO 6
2.2 METODOLOGIA 7
3. LOGÍSTICA 7
3.1 DEFINIÇÃO 7
3.2 LOGÍSTICA REVERSA 8

4. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL 9
4.1 POR QUE RECICLAR? 9
4.2 PROCESSOS DE COLETA 10
5. OS DESTINOS DO ÓLEO DE COZINHA USADO 10
5.1 DESCARTANDO NO MEIO AMBIENTE 10
5.2 RETORNANDO À PRODUÇÃO 12

6. LOGÍSTICA REVERSA DO ÓLEO DE COZINHA 12


6.1 CICLO DE RETORNO GENÉRICO 12
6.2 CICLO DE RETORNO PRODUTIVO 13
6.3 A COLETA DE ÓLEO DE COZINHA NO MUNICÍPIO DE ELDORADO
DO SUL/RS 14
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS
1. DADOS GERAIS DO PROJETO

Dados do Projeto

Nome da Proponente Patrícia Floripes Filgueira

Nome do(a) Orientador(a)

Eixo do Catálogo Nacional de Cursos Recursos Naturais


Técnicos ao qual o curso pertence:

Nome da Instituição onde pretende Prefeitura Municipal de Eldorado do Sul


aplicar o projeto:

Objetivos Verificar por quais motivos o óleo de


cozinha deixa de ser recolhido em grande
escala e retornado ao ciclo logístico
direto

Tema Educação Ambiental e Logística


Reversa

Público-alvo População/Escolas

Tempo previsto para a intervenção 1 mês

5
2. DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

2.1 INTRODUÇÃO

A palavra logística é, normalmente, associada ao gerenciamento do fluxo de


materiais do seu ponto de aquisição até o seu ponto de consumo. Entretanto, deve,
também, ser ressaltado o fluxo logístico reverso do ponto de consumo até o ponto de
origem. Tal fluxo, para que atinja resultados interessantes necessita de um
gerenciamento eficaz e atento as possíveis utilizações do material retornado após sua
reciclagem.
O meio ambiente que já está bastante degradado pelo desenvolvimento social
e industrial clama por atos que busquem a sua preservação. Objetivando aliviar o
impacto ecológico criado pela expansão do consumo, bem como se desenvolver como
atividades econômicas surgem os canais reversos. Tal atividade reduz a utilização de
matérias-primas virgens através do reaproveitamento e reprocessamento de materiais
obtidos a partir da pós-venda. Para Costa Neto et al (1999), a reciclagem de resíduos
agrícolas e agroindustriais vem ganhando espaço cada vez maior, não simplesmente
porque os resíduos representam matérias-primas de baixo custo, mas, principalmente,
porque os efeitos da degradação ambiental decorrente de atividades industriais e
urbanas estão atingindo níveis cada vez mais alarmantes.
Dentre os materiais que representam riscos de poluição ambiental e, por isso,
merecem atenção especial, figuram os óleos vegetais usados em processos de fritura
por imersão. Conforme Reis, Ellwanger e Fleck (2007), os óleos vegetais são larga e
universalmente consumidos para a preparação de alimentos nos domicílios,
estabelecimentos industriais e comerciais de produção de alimentos. A fritura é uma
operação de preparação rápida, conferindo aos alimentos fritos, características únicas
de saciedade, aroma, sabor e palatabilidade. Posto em outras palavras, segundo
Castellanelli et al (2007), o resíduo do óleo de cozinha, gerado diariamente nos lares,
indústrias e estabelecimentos do país, devido à falta de informação da população,
acaba sendo despejado diretamente nas águas, como em rios e riachos ou
simplesmente em pias e vasos sanitários, indo parar nos sistemas de esgoto causando
danos no entupimento dos canos e o encarecimento dos processos das estações de
tratamento, além de acarretar na poluição do meio aquático, ou, ainda, no lixo
doméstico – contribuindo para o aumento das áreas dos aterros sanitários. O óleo de

6
cozinha usado pode servir como matéria-prima na fabricação de diversos produtos, tais
como biodiesel, tintas, óleos para engrenagens, sabão, detergentes, entre outros.
Dessa forma, o ciclo reverso do produto pode trazer vantagens competitivas, evita a
degradação ambiental e ameniza os problemas no sistema de tratamento de água e
esgotos. Surge, então, a seguinte questão: por quais motivos o óleo de cozinha deixa
de ser recolhido em grande escala e retornado ao ciclo logístico direto? Assim, é
possível afirmar que existe a necessidade de uma análise das práticas utilizadas pelas
empresas coletoras do produto, dos problemas encontrados no lado dos consumidores
no momento do descarte e, ainda, da legislação relativa ao objeto de estudo em
questão, por entender-se que estes são os principais fatores que influem para o
crescimento do segmento em foco.

2.2 METODOLOGIA

A metodologia utilizada é classificada como exploratória, que segundo Cervo et al


(2006) é definida como aquela que realiza descrições precisas da situação e quer
descobrir as relações existentes entre seus elementos componentes. Quanto à
abordagem, trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, que conforme Diehl e
Tatim (2006) podem descrever a complexidade de determinado problema e a interação
de certas variáveis, compreender e classificar os processos dinâmicos vividos por
grupos sociais, contribuir no processo de mudança de dado grupo e possibilitar, em
maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento
dos indivíduos. O trabalho apresenta um estudo de Logística Reversa de óleo de
cozinha usado, citando algumas iniciativas neste segmento, ressaltando a importância
de separar este resíduo do meio ambiente.

3 LOGÍSTICA

3.1 DEFINIÇÃO

Para Ballou (1993), a logística trata de todas as atividades de movimentação e


armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da

7
matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que
colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço
adequados aos clientes a um custo razoável. Segundo Neto e Junior (2006), pode-se
definir logística como sendo a junção das seguintes quatro atividades básicas:
aquisição, movimentação, armazenagem e entrega de produtos.

3.2 LOGÍSTICA REVERSA

Para Lacerda (2002), pode-se definir a logística reversa como sendo o processo
de planejamento, implantação e controle do fluxo de matérias-primas, estoque em
processo e produtos acabados (e seu fluxo de informação) do ponto de consumo até
o ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor ou realizar um descarte
adequado. A figura 1 abaixo, é um exemplo que ilustra o ciclo reverso.

Fig.1. Área de atuação e etapas reversas. Fonte: Leite (2009).

O processo de logística reversa gera matérias reaproveitadas que retornam ao


processo tradicional de suprimentos, produção e distribuição. Conforme Pinheiro Filho
(2007), a logística reversa corresponde ao caminho inverso da logística, ou seja, inicia-
se no ponto de consumo dos produtos sendo finalizada no ponto inicial da cadeia de
suprimentos, tendo como principal objetivo o reaproveitamento e reciclagem de
produtos e materiais, com a reutilização destes na cadeia de valor.
Segundo Lacerda (2002), o processo de logística reversa terá uma maior ou
menor eficiência dependendo de como é planejado e controlado. Neste contexto, a

8
figura 2, a seguir, mostra a evolução da temática ambiental no mundo coorporativo.

Figura 2 – Percepção sobre a temática ambiental no mundo corporativo, Barbieri


(2008).

4 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

4.1 POR QUE RECICLAR?

Um problema ambiental pouco discutido é a destinação final do óleo vegetal


utilizado em residências, restaurantes e cozinhas industriais. A disposição inadequada
do produto pode poluir os nossos recursos hídricos e o solo, comprometendo o lençol
freático.
O óleo de cozinha usado pode se tornar um grave problema ambiental se não
for destinado de forma correta.
Silva et al. (2012) afirma que conforme a resolução da CONANA Lei Federal n°
9605/98, descartar óleo no meio ambiente é crime ambiental. Zucatto, Welle e Silva (2013)
reforça comentando que nos cursos de água, o óleo forma uma película que, dificulta a
troca de gases entre a água e a atmosfera, resultando na morte de peixes e outros
organismos aquáticos que necessitam de oxigênio para a sua sobrevivência.
Porém, trata-se de um recurso que pode servir de matéria-prima na produção de
sabão, detergentes, tintas, óleos para engrenagens, biodiesel, entre outros (REIS,
ELLWANGER e FLECK, 2007).

9
4.2 PROCESSOS DE COLETA

Ao ser jogado pelo ralo, o óleo usado vai para a rede de esgotos e chega aos
rios, mares e lagoas, prejudicando o equilíbrio desses ecossistemas. Ao deixar de
despejar esse óleo nas redes de esgoto ou diretamente no solo, estamos preservando
a natureza, incentivando o bem-estar de todos e promovendo uma ação concreta
contra a poluição. Um litro de óleo pode contaminar até um milhão de litros de água.
No solo, o óleo de fritura é tão poluente quanto na água, ainda, compacta e
impermeabiliza o solo. O óleo descartado inadequadamente também adere às
paredes das tubulações de esgoto, facilitando o entupimento e a ocorrência de
enchentes. Se descartado no lixo comum, o material se decompõe emitindo metano,
um dos gases causadores do efeito estufa. Portanto a solução para esse problema é
a reciclagem do óleo vegetal. Existem várias maneiras de reaproveitar esse produto
sem causar prejuízos ao meio ambiente. A simples atitude de não jogar o óleo de
cozinha usado direto no lixo ou pelo ralo da pia pode contribuir para diminuir o
aquecimento global (SANTOS et al., 2013).

5 OS DESTINOS DO ÓLEO DE COZINHA USADO

5.1 DESCARTANDO NO MEIO AMBIENTE

Os brasileiros consomem em torno de três bilhões de litros de óleo de cozinha


por ano. O óleo de cozinha usado é um poluente, podendo causar sérios problemas
ao nosso ambiente.
Conforme Reis, Ellwanger e Fleck (2007), o óleo utilizado repetidamente em
frituras por imersão sofre degradação, acelerada pela alta temperatura do processo,
tendo como resultado a modificação de suas características físicas e químicas. O óleo
se torna escuro, viscoso, tem sua acidez aumentada e desenvolve odor desagradável,
comumente chamado de ranço, passando à condição de exaurido, quando, então, não
mais se presta para novas frituras, em função de conferir sabor e odor desagradáveis
aos alimentos, bem como adquirir características químicas comprovadamente nocivas
à saúde. Não havendo utilização prática para os residuais domésticos e comerciais,

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em geral são lançados na rede de esgotos. O despejo de óleo de fritura provoca
impactos ambientais significativos, como os indicados a seguir: Nos esgotos pluviais e
sanitários, o óleo mistura-se com a matéria orgânica, ocasionando entupimentos em
caixas de gordura e tubulações; Lançado diretamente em bocas-de-lobo, o óleo
provoca obstruções, inclusive retendo resíduos sólidos. Em alguns casos a
desobstrução de tubulações necessita do uso de produtos químicos tóxicos; Na rede
de esgotos, os entupimentos podem ocasionar pressões que conduzem à infiltração
do esgoto no solo, poluindo o lençol freático ou ocasionando refluxo à superfície; Em
grande parte dos municípios brasileiros há ligação da rede de esgotos cloacais à rede
pluvial e a arroios (rios, lagos, córregos). Nesses corpos hídricos, em função de
imiscibilidade do óleo com a água e sua inferior densidade, há tendência à formação
de películas oleosas na superfície, o que dificulta a troca de gases da água com a
atmosfera, ocasionando diminuição gradual das concentrações de oxigênio, resultando
em morte de peixes e outras criaturas dependentes de tal elemento; Nos rios, lagos e
mares, o óleo deprecia a qualidade das águas e sua temperatura sob o sol pode chegar
a 60ºC, matando animais e vegetais microscópicos; Quando ingresso aos sistemas
municipais de tratamento de esgotos, o óleo dificulta e encarece o tratamento; No
ambiente, em condições de baixa concentração de oxigênio, pode haver metanização
(transformação em gás metano) dos óleos, contribuindo para o aquecimento global.
Estima-se que 3 bilhões de pessoas podem ter problemas de acesso à água
limpa em 2025.
A Lei Federal Nº 9.605/1998, de 12 de fevereiro de 1998, caracteriza como
crime ambiental descartar óleo ou outros resíduos poluentes no meio ambiente (lagos,
rios, mares e solo). Infelizmente essa prática irresponsável tem causado danos
irreparáveis ao meio ambiente. O óleo forma uma barreira na superfície da água,
impedindo a entrada de luz solar. Isso dificulta a proliferação de algas
fotossintetizantes, base das cadeias alimentares aquáticas. A água fica sem oxigênio,
eliminando toda vida nela existente. A questão do óleo vegetal descartado diretamente
nas redes de esgoto causa ainda, uma série de modificações como, por exemplo, a
proliferação de vetores de doenças.

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5.2 RETORNANDO À PRODUÇÃO

Segundo Reis, Ellwanger e Fleck (2007), os principais aproveitamentos de tais


óleos são (1) produção de glicerina, (2) padronização para a composição de tintas, (3)
produção de massa de vidraceiro, (4) produção de farinha básica para raça animal, (5)
geração de energia elétrica através de queima em caldeira, (6) produção de biodiesel,
obtendo-se glicerina como subproduto. Desta forma, o óleo de cozinha usado é
retornado à produção. Além de afastar a degradação do meio ambiente e os
consequentes custos socioeconômicos, também cumpre o papel de evitar o gasto de
recursos escassos, tais como os ambientais, humanos, financeiros e econômicos -
terra, água, fertilizantes, defensivos agrícolas, maquinário, combustível, mão-de-obra,
financiamento bancário, fator tempo, entre outros - necessários para planejar, preparar
o solo, plantar, colher, armazenar, beneficiar e escoar safras de plantas oleaginosas
(plantas que fornecem óleo, como soja, mamona, girassol, etc.) das quais se extrairia
o óleo que serviria como matéria-prima para os produtos acima citados.

6 LOGÍSTICA REVERSA DO ÓLEO DE COZINHA

6.1 CICLO DE RETORNO GENÉRICO

No seu retorno à produção, como matéria-prima, o óleo de cozinha usado


poderá agregar valor econômico à cadeia produtiva, diminuindo o custo do produto
derivado final em relação ao caso em que este fosse produzido com matéria-prima
virgem e ainda preservar o meio-ambiente, valorizando o nome da empresa perante o
público consumidor. Um projeto reverso só será sustentável caso a soma dos custos
de todos os procedimentos e operações necessárias seja menor do que o valor da
matéria retornada. Para que o retorno como matéria-prima seja possível, é preciso uma
série de procedimentos e operações inter-relacionadas e sequenciais, sendo eles:
acondicionamento, coleta, armazenagem e movimentação até o local de produção. O
primeiro passo é o acondicionamento. Ele pode ser feito através de recipientes com
capacidades variadas entre 500 ml e 2 litros, no caso de residências, ou de 20 litros a
50 litros, nos estabelecimentos comerciais. Para as residências, esses recipientes são

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levados a um ponto de entrega voluntária e podem ser deixados dentro de uma
caçamba ou ter seu conteúdo despejado em um recipiente de maior capacidade,
dependendo da estratégia adotada pela empresa coletora. No passo seguinte, a coleta,
o veículo, adaptado para receber caçamba ou recipientes de 20 a 50 litros ou, ainda,
com um tanque e uma mangueira de sucção, passa a fazer uma rota pré-definida
calculada por um sistema informatizado ou simplesmente seguindo para os endereços
onde se sabe haver óleo a ser entregue, sem qualquer trabalho computacional. O
próximo passo, o armazenamento, depende da estratégia da empresa. Pode ser que
a empresa envie diretamente ao cliente o conteúdo da operação de coleta. Caso
contrário, o produto vai sendo estocado até que se atinja certa quantidade antes da ida
à produção, podendo, ainda, ou não, passar pelo processo de filtragem, que remove
todas as impurezas e resquícios dos alimentos com os quais o óleo entrou em contato.

6.2 CICLO DE RETORNO MAIS PRODUTIVO

Em todas as etapas do ciclo de retorno há escolhas envolvidas que dependem


da estratégia usada na cadeia. Levando-se em conta o embasamento teórico descrito
neste trabalho e que acondicionamento, coleta, armazenagem e movimentação devem
ter a soma de seus custos menor do que o valor da matéria retornada e, ainda, que a
economia de escala é um caminho adequado para atingir vantagens competitivas,
vislumbra-se a seguinte descrição de ciclo de retorno otimizado do óleo de cozinha. No
acondicionamento do produto, restaurantes, estabelecimentos alimentícios e
condomínios possuem bombonas (tambores de plástico) de capa cidade entre 20 litros
a 50 litros e adaptadas para ter seus conteúdos removidos por mangueira de sucção,
enquanto as residências possuem recipientes de 500 ml até 2 litros, para que tenham
seus conteúdos despejados em bombonas nos postos de entrega voluntária
espalhados em lugares de fácil acesso. Na coleta, um veículo adaptado com tanque e
mangueira para sucção segue uma rota pré-definida por computador, a qual garante a
otimização dos custos de combustíveis e de uso de veículo e também de menor tempo
de operação. Na armazenagem do produto coletado, ele vai para uma estação onde é
filtrado de impurezas e estocado até que se tenha a quantidade ótima para a sua
movimentação até o local de produção. Adicione-se às operações da empresa coletora
o uso constante de vários tipos de sistemas de informação, como, por exemplo, um

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que possua cadastro de todos os fornecedores, as quantidades recebidas de cada um
e as datas de coleta, para que, dessa forma, possa a empresa ter dados para tomada
de decisões e previsões de quantidades coletadas e assim poder participar da cadeia
de suprimentos compartilhando a informação de quando poderá fazer a entrega do
produto ao cliente.

6.3 A COLETA DO ÓLEO DE COZINA NO MUNICÍPIO DE ELDORADO DO SUL/RS

Em Eldorado do Sul/RS, desde 20__ a Prefeitura faz o recolhimento do óleo


de cozinha ____. Nesta logística a prefeitura ....

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi constatado que: (1) as empresas coletoras abordadas não usam os


melhores métodos na execução do trabalho, por não aproveitarem a economia de
escala, uma vez que concorrem entre si numa mesma região, por não compartilharem
recursos (armazéns e transportes), ou, ainda, por não fazerem uso intenso de
tecnologias, como, por exemplo, de roteirização ou de veículos adaptados com tanques
e mangueiras de sucção que proporcionariam redução significativa de custos e
melhorias no desempenho de entregas ou coletas, (2) os consumidores não estão
conscientes dos problemas causados pelo resíduo do óleo ou não possuem meios para
descartá-lo adequadamente, (3) as leis, por enquanto, não estimulam o descarte
apropriado do óleo. Porém, este trabalho indica o programa usado em São Francisco,
EUA, como modelo a ser seguido, por ter sido projetado para economia de escala, com
uso intenso de tecnologias, principalmente de sistemas de informações, por amenizar
a poluição, por economizar dinheiro dos contribuintes por evitar problemas da rede de
esgotos, por gerar emprego e combustível. Também avalia que os projetos de lei
citados tratam adequadamente os dois problemas encontrados com o consumidor, a
conscientização e a falta de coleta, pois tais projetos, quando transformados em leis,
obrigarão a criação de postos de coleta e de colocação de avisos nos rótulos das
embalagens dos óleos de cozinha com alertas para o problema causado e de que o

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produto deve ser descartado nos postos. Portanto, vislumbra-se que tão logo uma
estratégia que vise o uso de economia de escala, com uso intensivo de tecnologias, tal
como em São Francisco, e que os projetos de leis que tramitam no Congresso Nacional
sejam transformados em leis, o óleo de cozinha usado passará a voltar em grande
escala para o sistema produtivo.

REFERÊNCIAS
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