Projeto Patrícia UERGS Óleo de Cozinha
Projeto Patrícia UERGS Óleo de Cozinha
Projeto Patrícia UERGS Óleo de Cozinha
Projeto
OS DESTINOS DO ÓLEO DE COZINHA USADO
Pós-graduanda:
Professor Orientador
Projeto
OS DESTINOS DO ÓLEO DE COZINHA USADO
Pós-graduanda:
Lista de Figuras 3
1. DADOS GERAIS DO PROJETO 5
4. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL 9
4.1 POR QUE RECICLAR? 9
4.2 PROCESSOS DE COLETA 10
5. OS DESTINOS DO ÓLEO DE COZINHA USADO 10
5.1 DESCARTANDO NO MEIO AMBIENTE 10
5.2 RETORNANDO À PRODUÇÃO 12
REFERÊNCIAS
1. DADOS GERAIS DO PROJETO
Dados do Projeto
Público-alvo População/Escolas
5
2. DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
2.1 INTRODUÇÃO
6
cozinha usado pode servir como matéria-prima na fabricação de diversos produtos, tais
como biodiesel, tintas, óleos para engrenagens, sabão, detergentes, entre outros.
Dessa forma, o ciclo reverso do produto pode trazer vantagens competitivas, evita a
degradação ambiental e ameniza os problemas no sistema de tratamento de água e
esgotos. Surge, então, a seguinte questão: por quais motivos o óleo de cozinha deixa
de ser recolhido em grande escala e retornado ao ciclo logístico direto? Assim, é
possível afirmar que existe a necessidade de uma análise das práticas utilizadas pelas
empresas coletoras do produto, dos problemas encontrados no lado dos consumidores
no momento do descarte e, ainda, da legislação relativa ao objeto de estudo em
questão, por entender-se que estes são os principais fatores que influem para o
crescimento do segmento em foco.
2.2 METODOLOGIA
3 LOGÍSTICA
3.1 DEFINIÇÃO
7
matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que
colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço
adequados aos clientes a um custo razoável. Segundo Neto e Junior (2006), pode-se
definir logística como sendo a junção das seguintes quatro atividades básicas:
aquisição, movimentação, armazenagem e entrega de produtos.
Para Lacerda (2002), pode-se definir a logística reversa como sendo o processo
de planejamento, implantação e controle do fluxo de matérias-primas, estoque em
processo e produtos acabados (e seu fluxo de informação) do ponto de consumo até
o ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor ou realizar um descarte
adequado. A figura 1 abaixo, é um exemplo que ilustra o ciclo reverso.
8
figura 2, a seguir, mostra a evolução da temática ambiental no mundo coorporativo.
4 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
9
4.2 PROCESSOS DE COLETA
Ao ser jogado pelo ralo, o óleo usado vai para a rede de esgotos e chega aos
rios, mares e lagoas, prejudicando o equilíbrio desses ecossistemas. Ao deixar de
despejar esse óleo nas redes de esgoto ou diretamente no solo, estamos preservando
a natureza, incentivando o bem-estar de todos e promovendo uma ação concreta
contra a poluição. Um litro de óleo pode contaminar até um milhão de litros de água.
No solo, o óleo de fritura é tão poluente quanto na água, ainda, compacta e
impermeabiliza o solo. O óleo descartado inadequadamente também adere às
paredes das tubulações de esgoto, facilitando o entupimento e a ocorrência de
enchentes. Se descartado no lixo comum, o material se decompõe emitindo metano,
um dos gases causadores do efeito estufa. Portanto a solução para esse problema é
a reciclagem do óleo vegetal. Existem várias maneiras de reaproveitar esse produto
sem causar prejuízos ao meio ambiente. A simples atitude de não jogar o óleo de
cozinha usado direto no lixo ou pelo ralo da pia pode contribuir para diminuir o
aquecimento global (SANTOS et al., 2013).
10
em geral são lançados na rede de esgotos. O despejo de óleo de fritura provoca
impactos ambientais significativos, como os indicados a seguir: Nos esgotos pluviais e
sanitários, o óleo mistura-se com a matéria orgânica, ocasionando entupimentos em
caixas de gordura e tubulações; Lançado diretamente em bocas-de-lobo, o óleo
provoca obstruções, inclusive retendo resíduos sólidos. Em alguns casos a
desobstrução de tubulações necessita do uso de produtos químicos tóxicos; Na rede
de esgotos, os entupimentos podem ocasionar pressões que conduzem à infiltração
do esgoto no solo, poluindo o lençol freático ou ocasionando refluxo à superfície; Em
grande parte dos municípios brasileiros há ligação da rede de esgotos cloacais à rede
pluvial e a arroios (rios, lagos, córregos). Nesses corpos hídricos, em função de
imiscibilidade do óleo com a água e sua inferior densidade, há tendência à formação
de películas oleosas na superfície, o que dificulta a troca de gases da água com a
atmosfera, ocasionando diminuição gradual das concentrações de oxigênio, resultando
em morte de peixes e outras criaturas dependentes de tal elemento; Nos rios, lagos e
mares, o óleo deprecia a qualidade das águas e sua temperatura sob o sol pode chegar
a 60ºC, matando animais e vegetais microscópicos; Quando ingresso aos sistemas
municipais de tratamento de esgotos, o óleo dificulta e encarece o tratamento; No
ambiente, em condições de baixa concentração de oxigênio, pode haver metanização
(transformação em gás metano) dos óleos, contribuindo para o aquecimento global.
Estima-se que 3 bilhões de pessoas podem ter problemas de acesso à água
limpa em 2025.
A Lei Federal Nº 9.605/1998, de 12 de fevereiro de 1998, caracteriza como
crime ambiental descartar óleo ou outros resíduos poluentes no meio ambiente (lagos,
rios, mares e solo). Infelizmente essa prática irresponsável tem causado danos
irreparáveis ao meio ambiente. O óleo forma uma barreira na superfície da água,
impedindo a entrada de luz solar. Isso dificulta a proliferação de algas
fotossintetizantes, base das cadeias alimentares aquáticas. A água fica sem oxigênio,
eliminando toda vida nela existente. A questão do óleo vegetal descartado diretamente
nas redes de esgoto causa ainda, uma série de modificações como, por exemplo, a
proliferação de vetores de doenças.
11
5.2 RETORNANDO À PRODUÇÃO
12
levados a um ponto de entrega voluntária e podem ser deixados dentro de uma
caçamba ou ter seu conteúdo despejado em um recipiente de maior capacidade,
dependendo da estratégia adotada pela empresa coletora. No passo seguinte, a coleta,
o veículo, adaptado para receber caçamba ou recipientes de 20 a 50 litros ou, ainda,
com um tanque e uma mangueira de sucção, passa a fazer uma rota pré-definida
calculada por um sistema informatizado ou simplesmente seguindo para os endereços
onde se sabe haver óleo a ser entregue, sem qualquer trabalho computacional. O
próximo passo, o armazenamento, depende da estratégia da empresa. Pode ser que
a empresa envie diretamente ao cliente o conteúdo da operação de coleta. Caso
contrário, o produto vai sendo estocado até que se atinja certa quantidade antes da ida
à produção, podendo, ainda, ou não, passar pelo processo de filtragem, que remove
todas as impurezas e resquícios dos alimentos com os quais o óleo entrou em contato.
13
que possua cadastro de todos os fornecedores, as quantidades recebidas de cada um
e as datas de coleta, para que, dessa forma, possa a empresa ter dados para tomada
de decisões e previsões de quantidades coletadas e assim poder participar da cadeia
de suprimentos compartilhando a informação de quando poderá fazer a entrega do
produto ao cliente.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
14
produto deve ser descartado nos postos. Portanto, vislumbra-se que tão logo uma
estratégia que vise o uso de economia de escala, com uso intensivo de tecnologias, tal
como em São Francisco, e que os projetos de leis que tramitam no Congresso Nacional
sejam transformados em leis, o óleo de cozinha usado passará a voltar em grande
escala para o sistema produtivo.
REFERÊNCIAS
BALLOU, R. H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e
distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.
BARBIERI, J. C. Sustentabilidade e Cadeias de Suprimentos. XI Simpósio de
Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais. São Paulo,
2008.
BRASIL. Lei Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais
e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá
outras providências. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm> Acesso em: 26 abr. 2023.
CASTELLANELLI, C.; MELLO, C. L.; RUPPENTHAL, J. E.; HOFFMANN, R. Óleos
comestíveis: o rótulo das embalagens como ferramenta informativa. In: I Encontro de
Sustentabilidade em Projeto do Vale do Itajaí. 2007. Disponível em:
<http://www.ensus.com.br/1poster/%D3leos%20Comest%EDveis%20-
%20O%20R%F3tulo%20das%20Embalagens%20como%20Ferramenta%20I. pdf.>
Acesso em: 18 Abr. 2023.
CERVO, A. L., BERVIAN, P. A., DA SILVA, R. Metodologia Científica. 6 ed. Editora
Pearson Education, São Paulo, 2006.
COSTA NETO, P.; ROSSI, L. F. S.; ZAGONEL, G. F.; RAMOS, L. P. Produção de
biocombustível alternativo ao óleo diesel. 1999. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/qn/v23n4/2654.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2023.
DIEHL, A. A.; TATIM, D. C. Pesquisa em ciências sociais aplicadas. Editora Pearson
Education, São Paulo, 2006.
LACERDA, Leonardo. Logística Reversa - Uma visão sobre os conceitos básicos e
as práticas operacionais. 2002. Disponível em:
<http://www.centrodelogistica.org/new/fr-rev.htm>. Acesso em: 26 Abr. 2023.
LEITE, P. R. Logística Reversa: Meio Ambiente e Competitividade. São Paulo:
Prentice Hall, 2009.
NETO, F. F.; JUNIOR, M. K. Logística empresarial. 2002. Disponível em:
<http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/empresarial/4.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2023.
PINHEIRO FILHO, Dionílson. Logística Reversa e o Desenvolvimento Sustentável.
2007. Disponível em: <http://www.artigos.com/artigos/sociais/administracao/logistica-
reversa-e-o-desenvolvimento-sustentavel-2166/artigo>. Acesso em: 26 Abr. 2023.
REIS, Mariza Fernanda Power; ELLWANGER, Rosa Maria; FLECK, Eduardo.
Destinação de óleos de fritura. 2007. Disponível em:
<http://www6.ufrgs.br/sga/oleo_de_fritura.pdf>. Acesso em: 26 Abr. 2023.
SANTOS, A. M; et al. Fabricação de sabão ecológico: Uma alternativa para o
desenvolvimento sustentável. In: III Conferencia Internacional de Gestão de
Resíduos Sólidos, p. 1641, 2013.
SILVA, M. V.; et. al. Reciclagem de óleos residuais para a produção de sabão no
15
município de Itapetinga-BA. Extensio: Revista Eletrônica de Extensão, v. 9, p. 106-
120, 2012.
ZUCATTO, L. C.; WELLE, I.; SILVA, T. N. Cadeia reversa do óleo de cozinha:
coordenação, estrutura e aspectos relacionais. ERA – Revista de Administração de
Empresas. v. 53, n. 5, p. 442-453. São Paulo-SP, 2013.
16