Este documento estabelece as bases das políticas públicas de turismo em Portugal. Define turismo como um setor estratégico da economia nacional e estabelece princípios como a sustentabilidade ambiental, social e econômica do turismo. Aponta áreas prioritárias como transportes, qualificação da oferta, promoção, ensino e política fiscal visando a competitividade das empresas turísticas.
Este documento estabelece as bases das políticas públicas de turismo em Portugal. Define turismo como um setor estratégico da economia nacional e estabelece princípios como a sustentabilidade ambiental, social e econômica do turismo. Aponta áreas prioritárias como transportes, qualificação da oferta, promoção, ensino e política fiscal visando a competitividade das empresas turísticas.
Este documento estabelece as bases das políticas públicas de turismo em Portugal. Define turismo como um setor estratégico da economia nacional e estabelece princípios como a sustentabilidade ambiental, social e econômica do turismo. Aponta áreas prioritárias como transportes, qualificação da oferta, promoção, ensino e política fiscal visando a competitividade das empresas turísticas.
Este documento estabelece as bases das políticas públicas de turismo em Portugal. Define turismo como um setor estratégico da economia nacional e estabelece princípios como a sustentabilidade ambiental, social e econômica do turismo. Aponta áreas prioritárias como transportes, qualificação da oferta, promoção, ensino e política fiscal visando a competitividade das empresas turísticas.
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5336 Dirio da Repblica, 1. srie N.
158 17 de Agosto de 2009
nais do sector da justia, de renovao de equipamentos Artigo 2.
e da aprovao de instrumentos normativos, que sero Norma revogatria igualmente desenvolvidos nos tribunais administrativos e fiscais. So revogados os n.os 6 e 7 do artigo 4. do Decreto-Lei Foram ouvidos o Conselho Superior da Magistratura, o n. 325/2003, de 29 de Dezembro. Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e a Ordem dos Advogados. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 16 de Foram promovidas as diligncias necessrias audio Julho de 2009. Jos Scrates Carvalho Pinto de Sou- do Conselho Superior do Ministrio Pblico, da Cmara sa Alberto Bernardes Costa. dos Solicitadores e do Conselho dos Oficiais de Justia. Promulgado em 7 de Agosto de 2009. Assim: Nos termos da alnea a) do n. 1 do artigo 198. da Cons- Publique-se. tituio, o Governo decreta o seguinte: O Presidente da Repblica, ANBAL CAVACO SILVA. Artigo 1. Referendado em 10 de Agosto de 2009. Alterao ao Decreto-Lei n. 325/2003, de 29 de Dezembro Pelo Primeiro-Ministro, Lus Filipe Marques Amado, O artigo 4. do Decreto-Lei n. 325/2003, de 29 de De- Ministro de Estado e dos Negcios Estrangeiros. zembro, alterado pelo Decreto-Lei n. 182/2007, de 9 de Maio, passa a ter a seguinte redaco:
Artigo 4. MINISTRIO DA ECONOMIA E DA INOVAO [...]
1 A tramitao dos processos nos tribunais da Decreto-Lei n. 191/2009
jurisdio administrativa e fiscal efectuada electroni- de 17 de Agosto camente em termos a definir por portaria do membro do Governo responsvel pela rea da justia, devendo as Consciente da crescente importncia do turismo na eco- disposies processuais relativas a actos dos magistra- nomia nacional, o XVII Governo Constitucional adop- dos e das secretarias judiciais ser objecto das adaptaes tou no seu Programa o turismo como rea de interveno prticas que se revelem necessrias, designadamente prioritria. quanto: O turismo representa actualmente cerca de 11 % do PIB e emprega mais de 500 000 pessoas, tendo uma ca- a) apresentao de peas processuais e documentos; pacidade real de contribuir para a melhoria da qualidade b) distribuio de processos; de vida dos Portugueses e para a progresso da coeso c) prtica, necessariamente por meios electrnicos, territorial e da identidade nacional, atravs da promoo dos actos processuais dos magistrados e dos funcion- do desenvolvimento sustentvel em termos ambientais, rios; econmicos e sociais. d) Aos actos, peas, autos e termos dos processos O Programa do Governo estabelece a necessidade de que no podem constar do processo em suporte fsico; adopo de uma lei de bases do turismo que consagre os e) remessa ao tribunal, necessariamente por meios princpios orientadores e o objectivo de uma poltica na- electrnicos, do processo administrativo; cional de turismo, o que se faz atravs do presente decreto- f) Ao acesso e consulta dos processos em suporte -lei. informtico. Quanto aos princpios gerais, reafirma-se a sustentabili- dade ambiental, social e econmica do turismo, salienta-se 2 O disposto no nmero anterior aplicvel s a transversalidade do sector, que torna fundamental a arti- citaes e notificaes das partes e dos mandatrios ju- culao das vrias polticas sectoriais, aposta-se na garantia diciais, que so efectuadas electronicamente nos termos da competitividade das empresas e da livre concorrncia da lei de processo e da portaria do membro do Governo e assegura-se a participao dos interessados na definio responsvel pela rea da justia. das polticas pblicas. 3 ..................................... Paralelamente, so apontadas como reas prioritrias de 4 Os documentos que possam ser digitalizados incidncia das polticas pblicas de turismo os transportes podem ser apresentados por transmisso electrnica de e acessibilidades, maxime o transporte areo, a qualificao dados, podendo as partes ser dispensadas de remeter ao da oferta, a promoo, o ensino e formao profissional e tribunal o respectivo suporte de papel e as cpias dos a poltica fiscal, elegendo a competitividade dos agentes mesmos, nos termos a definir por portaria do Ministro econmicos como factor determinante do desenvolvimento da Justia, e devolvidos ao apresentante. do turismo. 5 O disposto nos nmeros anteriores no prejudica Foram ouvidos os rgos de governo prprio da Regio o dever de exibio dos originais das peas processuais Autnoma da Madeira e a Associao Nacional de Muni- e dos documentos juntos pelas partes por transmisso cpios Portugueses. electrnica de dados, sempre que o juiz o determine, Foi promovida a audio dos rgos de governo prprio nos termos da lei de processo. da Regio Autnoma dos Aores. 6 (Revogado.) Foram ouvidas, a ttulo facultativo, as associaes re- 7 (Revogado.) presentativas do sector. Dirio da Repblica, 1. srie N. 158 17 de Agosto de 2009 5337
Assim: as polticas sectoriais que influenciam o desenvolvimento
Nos termos da alnea a) do n. 1 do artigo 198. da Cons- turstico, nomeadamente nos domnios da segurana e da tituio, o Governo decreta o seguinte: proteco civil, do ambiente, do ordenamento do territrio, dos transportes e das acessibilidades, das comunicaes, da sade e da cultura. CAPTULO I Disposies gerais Artigo 6. Princpio da competitividade Artigo 1. O princpio da competitividade traduz-se: Objecto a) Na adopo de polticas de ordenamento do terri- O presente decreto-lei estabelece as bases das polticas trio que potencializem os recursos naturais e culturais pblicas de turismo, enquanto sector estratgico da eco- como fontes de vantagem competitiva para os destinos e nomia nacional, e define os instrumentos para a respectiva produtos tursticos; execuo. b) Na adopo de mecanismos de regulao focados Artigo 2. na qualificao do sector e na defesa do consumidor e da Conceitos gerais concorrncia; c) Na adopo de polticas de simplificao de proce- Para os efeitos do presente decreto-lei, entende-se dimentos administrativos, tendo em vista a reduo dos por: custos de contexto; a) Turismo, o movimento temporrio de pessoas para d) Na adopo de polticas de educao e de forma- destinos distintos da sua residncia habitual, por motivos o que garantam o desenvolvimento das competncias e de lazer, negcios ou outros, bem como as actividades qualificaes necessrias ao desenvolvimento do turismo; econmicas geradas e as facilidades criadas para satisfazer e) Na adopo de polticas, nomeadamente fiscais e as suas necessidades; laborais, que permitam s empresas portuguesas competir b) Recursos tursticos, os bens que pelas suas carac- com as dos pases concorrentes. tersticas naturais, culturais ou recreativas tenham capa- cidade de motivar visita e fruio tursticas; CAPTULO II c) Turista, a pessoa que passa pelo menos uma noite num local que no seja o da residncia habitual e a sua Polticas pblicas deslocao no tenha como motivao o exerccio de ac- tividade profissional remunerada no local visitado; SECO I d) Utilizador de produtos e servios tursticos, a pessoa que, no reunindo a qualidade de turista, utiliza Poltica Nacional de Turismo servios e facilidades tursticas. Artigo 7. Artigo 3. Enquadramento legal Princpios gerais A Poltica Nacional de Turismo prosseguida por um So princpios gerais das polticas pblicas de turismo: conjunto coerente de princpios e de normas regulado- ras das actividades tursticas, da organizao, atribuies a) O princpio da sustentabilidade; e competncias das entidades pblicas, assim como do b) O princpio da transversalidade; exerccio das profisses que, por razes de segurana dos c) O princpio da competitividade. consumidores e qualidade do servio, exijam tutela jurdica especfica. Artigo 4. Princpio da sustentabilidade Artigo 8. O princpio da sustentabilidade traduz-se na adopo Plano Estratgico Nacional do Turismo de polticas que fomentem: 1 As polticas pblicas de turismo so enquadradas a) A fruio e a utilizao dos recursos ambientais com por um conjunto de directrizes, metas e linhas de aco, respeito pelos processos ecolgicos, contribuindo para a identificados num Plano Estratgico Nacional. conservao da natureza e da biodiversidade; 2 A elaborao do Plano Estratgico Nacional do b) O respeito pela autenticidade sociocultural das co- Turismo compete ao membro do Governo responsvel munidades locais, visando a conservao e a promoo pela rea do turismo. das suas tradies e valores; 3 Na elaborao do Plano Estratgico Nacional do c) A viabilidade econmica das empresas como base Turismo devem ser ponderados os interesses econmicos, da criao de emprego, de melhores equipamentos e de sociais, culturais e ambientais e assegurada a participao oportunidades de empreendedorismo para as comunidades das entidades representativas de tais interesses. locais. 4 O Plano Estratgico Nacional do Turismo deve Artigo 5. apresentar uma viso de longo prazo e estabilidade tempo- ral, embora susceptvel de reviso sempre que alteraes Princpio da transversalidade conjunturais a justifiquem. O princpio da transversalidade traduz-se na necessidade 5 O Plano Estratgico Nacional do Turismo apro- de articulao e de envolvimento harmonizado de todas vado por resoluo do Conselho de Ministros. 5338 Dirio da Repblica, 1. srie N. 158 17 de Agosto de 2009
Artigo 9. g) Dinamizao de projectos de turismo social, com
Objectivos e meios particular incidncia nos segmentos jovem, snior e familiar.
1 A Poltica Nacional de Turismo tem por objectivos,
SECO II nomeadamente: a) Aumentar os fluxos tursticos, bem como a permann- reas de actuao cia e o gasto mdio dos turistas nacionais e estrangeiros no Pas, atravs da promoo e do apoio ao desenvolvimento Artigo 10. dos produtos e destinos tursticos regionais; Qualificao da oferta b) Contribuir para o desenvolvimento econmico e so- cial do Pas, para a criao de emprego, para o crescimento 1 A qualificao da oferta de produtos e destinos do produto interno bruto e para a reduo de assimetrias tursticos nacionais tem por objectivo aumentar a com- regionais; petitividade e a visibilidade da oferta turstica nacional c) Promover o reforo da organizao regional do tu- relativamente a mercados concorrentes, bem como garantir rismo, contribuindo para uma efectiva aproximao s um elevado nvel de satisfao dos turistas e utilizadores comunidades locais e s empresas; de bens e servios tursticos, e deve orientar-se pelos se- d) Promover a generalizao do acesso dos Portugueses guintes parmetros: aos benefcios do turismo; a) Valorizao das zonas especialmente vocacionadas e) Promover a acessibilidade s actividades e empreen- para a actividade turstica, prevendo a instalao de pro- dimentos tursticos de pessoas portadoras de deficincia jectos tursticos de qualidade nos instrumentos de gesto ou com mobilidade condicionada; territorial aplicveis; f) Estimular a competitividade internacional da activi- b) Agilizao de procedimentos de licenciamento de dade turstica portuguesa atravs da qualificao da oferta infra-estruturas, estabelecimentos, empreendimentos, em- e, nomeadamente, do incentivo inovao e criativi- presas e actividades que contribuam para o desenvolvi- dade; mento de uma oferta turstica de qualidade; g) Criar as condies mais favorveis para o aumento c) Adopo de solues que incentivem a inovao e do investimento privado no turismo; a criatividade; h) Construir uma identidade turstica nacional e uma d) Dinamizao de produtos tursticos inovadores, em atitude de hospitalidade transversal a todo o Pas; funo da evoluo da procura e das caractersticas dis- i) Estimular a concretizao de parcerias pblico- tintivas dos destinos regionais; -privadas na prossecuo da poltica de turismo e no seu e) Promoo e incentivo valorizao das envolventes financiamento; tursticas, nomeadamente do patrimnio cultural e natu- j) Introduzir mecanismos de compensao em favor ral; das comunidades locais pela converso do uso do solo e f) Optimizao dos recursos agrcolas e das actividades pela instalao de empreendimentos tursticos em zonas desenvolvidas em meio rural enquanto recursos tursticos; territoriais no destinadas previamente a uma finalidade g) Valorizao do servio como elemento chave dife- turstica. renciador da oferta turstica, incentivando a adopo de mecanismos de certificao. 2 Os objectivos enumerados no nmero anterior concretizam-se, nomeadamente, atravs dos seguintes 2 Pode ser atribudo o estatuto de utilidade turstica a meios: empreendimentos, equipamentos e estabelecimentos pres- tadores de servios tursticos que satisfaam os requisitos a) Estmulo s entidades regionais e locais a planear, nas e condies definidos em diploma legal, como meio de suas reas de interveno, actividades tursticas atractivas incentivo qualificao da oferta turstica nacional. de forma sustentvel e segura, com a participao e em benefcio das comunidades locais; Artigo 11. b) Incentivo instalao de equipamentos e dina- mizao de actividades e servios de expresso cultural, Formao e qualificao dos recursos humanos animao turstica, entretenimento e lazer que contribuam para a captao de turistas e prolongamento da sua estada 1 A valorizao dos recursos humanos constitui uma no destino; prioridade da Poltica Nacional de Turismo, assumindo a c) Fomento da prtica de um turismo responsvel, pro- formao profissional um papel central na melhoria dos movendo a actividade como veculo de educao e inter- nveis de qualificao dos jovens e dos activos empregados pretao ambiental e cultural e incentivando a adopo de ou desempregados do sector e de oferta turstica atravs da boas prticas ambientais e de projectos de conservao da progressiva disseminao de uma cultura de servio. natureza que permitam uma utilizao eficiente dos recur- 2 So objectivos da poltica de qualificao dos re- sos, minimizando o seu impacto nos ecossistemas; cursos humanos do sector do turismo: d) Adopo de medidas de poltica fiscal como in- a) Garantir uma qualificao inicial aos jovens que centivo ao desenvolvimento sustentvel das actividades pretendam ingressar no mercado de trabalho, atravs de tursticas; percursos de dupla qualificao escolar e profissional; e) Dinamizao do turismo em espao rural como factor b) Promover a formao contnua dos trabalhadores de desenvolvimento econmico e de correco das assi- empregados ou desempregados, atravs de itinerrios de metrias regionais; qualificao modularizados, enquanto instrumento para a f) Promoo e organizao de programas de aproxima- valorizao e actualizao profissionais e para a compe- o entre o turismo e a sociedade civil; titividade das empresas; Dirio da Repblica, 1. srie N. 158 17 de Agosto de 2009 5339
c) Promover e regular o acesso ao reconhecimento, 3 A mobilidade no territrio nacional deve, ainda,
validao e certificao das qualificaes profissionais ser promovida atravs da criao de circuitos tursticos para efeitos de acesso ao exerccio de profisses tursticas integrados, designadamente atravs do desenvolvimento em Portugal; de redes de ciclovias e de caminhos pedonais. d) Desenvolver novos perfis profissionais para o sector do turismo e adequar a regulamentao das actividades e Artigo 14. profisses do sector; e) Impulsionar a qualificao ou a reconverso profis- Apoio ao investimento sional de trabalhadores desempregados, com vista a um rpido reingresso ao mercado de trabalho. Devem ser implementados mecanismos de apoio actividade turstica e de estmulo ao desenvolvimento 3 A prossecuo dos objectivos referidos no nmero das pequenas e mdias empresas (PME), nomeada- anterior deve pautar-se pelos seguintes parmetros: mente atravs do aumento e diversificao de linhas de incentivo e de financiamento, bem como ao apoio a) Adaptao da oferta formativa s necessidades da ao investimento pblico de interesse turstico, privile- procura; giando em ambos os casos a inovao, a qualificao e b) Adequao da capacidade de formao nos estabeleci- a sustentabilidade. mentos de ensino em funo do desenvolvimento turstico das diversas regies; Artigo 15. c) Promoo de parcerias com as empresas, parceiros sociais, associaes profissionais, universidades e demais Informao turstica estabelecimento de ensino; d) Criao de uma cultura de aprendizagem, reconhe- 1 A informao ao turista deve evoluir para o fun- cendo e validando as aprendizagens em contextos infor- cionamento em rede atravs da criao de uma rede na- mais e no-formais, com vista ao reconhecimento escolar cional de informao turstica, que garanta a qualidade e e profissional. um nvel homogneo da informao prestada ao turista, independentemente do ponto em que seja solicitada, e Artigo 12. na qual se privilegie a maior interaco possvel com Promoo turstica os turistas. 2 Cabe s entidades pblicas, centrais, regionais e 1 A promoo turstica tem como objectivos prin- locais, em colaborao com o sector privado, a produo cipais o crescimento das receitas tursticas em proporo de contedos informativos e a sua disponibilizao aos superior ao aumento do nmero de turistas e aos demais turistas. indicadores da actividade, em particular nos mercados 3 A adaptao e harmonizao da sinalizao ro- emissores tradicionais, a progressiva diversificao de doviria e da sinaltica turstica, enquanto instrumentos mercados emissores e o aumento do volume do consumo essenciais para o desenvolvimento de produtos e desti- turstico interno. nos tursticos e para a satisfao dos turistas, constituem 2 A promoo turstica deve ser desenvolvida em um eixo determinante da poltica nacional de informao torno dos seguintes eixos: turstica. a) Posicionamento da marca Portugal baseado em fac- tores distintivos slidos que sustentem uma comunicao Artigo 16. eficaz e adequada aos segmentos preferenciais da procura; Conhecimento e investigao b) Reforo e desenvolvimento das marcas regionais em articulao com a marca Portugal; 1 A autoridade turstica nacional, em colaborao c) Progressiva participao do sector privado nas estru- com as entidades regionais e locais do turismo, deve asse- turas com responsabilidades na promoo, bem como nos gurar a coordenao de estudos, bem como o intercmbio respectivos processos de deciso e financiamento; de informao relativa s actividades e aos empreendimen- d) Crescente profissionalizao das entidades com res- tos tursticos, integrando entidades pblicas ou privadas ponsabilidade na promoo externa, assegurando a re- de investigao, formao e ensino na disponibilizao, presentatividade dos agentes pblicos e privados nessas anlise e divulgao dessa informao. entidades; 2 O intercmbio de informaes relativas s acti- e) Captao de eventos, reunies e congressos nacionais vidades e aos empreendimentos tursticos visam dotar as e internacionais. entidades pblicas e privadas do conhecimento detalhado e aprofundado da oferta e da procura turstica, possibilitando Artigo 13. a adequao daquela s caractersticas e preferncias dos consumidores. Acessibilidades 3 Cabe autoridade turstica nacional a criao, o 1 As acessibilidades constituem um factor funda- desenvolvimento e a manuteno de um registo nacional mental para a mobilidade e captao de turistas e para o de turismo que centralize e disponibilize toda a informao aumento da competitividade de Portugal enquanto destino relativa aos empreendimentos e empresas do turismo em turstico. operao no Pas. 2 As polticas pblicas devem promover a mobi- 4 As entidades regionais e locais com competncias lidade dos turistas nacionais e estrangeiros, atravs da no turismo e os agentes privados devem disponibilizar qualificao e do reforo das ligaes e infra-estruturas autoridade turstica nacional toda a informao necess- areas, rodovirias, ferrovirias, martimas e fluviais, tendo ria para a criao e manuteno do registo nacional do em conta a localizao dos mercados e destinos. turismo. 5340 Dirio da Repblica, 1. srie N. 158 17 de Agosto de 2009
CAPTULO III Artigo 19.
Agentes do turismo Direitos dos fornecedores de produtos e servios tursticos So direitos dos fornecedores de produtos e servios Artigo 17. tursticos: Agentes pblicos do turismo a) O acesso a programas de apoio, financiamento ou 1 Consideram-se agentes pblicos do turismo todas outros benefcios, nos termos de diploma legal; as entidades pblicas centrais, regionais e locais com atri- b) A meno dos seus empreendimentos ou estabeleci- buies no planeamento, desenvolvimento e concretizao mentos comerciais, bem como dos servios e actividades das polticas de turismo, nomeadamente: que exploram ou administram, em campanhas promocionais organizadas pelas entidades responsveis pela promoo in- a) O membro do Governo responsvel pela rea do terna e externa, para as quais contribuam financeiramente; turismo; c) Constar dos contedos informativos produzidos e b) A autoridade turstica nacional; divulgados pelas entidades pblicas com responsabilidades c) As entidades regionais de turismo; na rea do turismo. d) As direces regionais de economia; Artigo 20. e) As comisses de coordenao e desenvolvimento regional; Deveres dos fornecedores de produtos e servios tursticos f) O Instituto da Conservao da Natureza e da Biodi- So deveres dos fornecedores de produtos e servios versidade, I. P. (ICNB, IP); tursticos: g) As regies autnomas; h) As autarquias locais. a) Cumprir a legislao especfica aplicvel s respec- tivas actividades; 2 Os agentes pblicos do turismo tm como misso b) Apresentar preos e tarifas ao pblico de forma vis- vel, clara e objectiva, nos termos da legislao aplicvel; promover o desenvolvimento da actividade turstica atravs c) Desenvolver a sua actividade com respeito pelo ambiente, da coordenao e da integrao das iniciativas pblicas e pelo patrimnio cultural e pelas comunidades locais; privadas, de modo a atingir as metas do Plano Estratgico d) Assegurar a existncia de sistemas de seguro ou de Nacional do Turismo. assistncia apropriados que garantam a responsabilidade 3 Considera-se, ainda, que intervm na prossecuo civil dos danos causados aos turistas e consumidores de da Poltica Nacional de Turismo as entidades pblicas produtos e servios tursticos, assim como a terceiros, centrais, regionais e locais que, no tendo atribuies espe- ocorridos no mbito do exerccio da actividade turstica; cficas na rea do turismo, sejam responsveis pela gesto e) Adoptar as melhores prticas de gesto empresarial e explorao de equipamentos e recursos tursticos. e de qualidade de servio e procedimentos de controlo interno da sua actividade; Artigo 18. f) Adoptar prticas comerciais leais e transparentes, no Fornecedores de produtos e servios tursticos lesivas dos direitos e interesses legtimos dos consumidores de produtos tursticos e respeitadoras das normas da livre 1 So fornecedores de produtos e servios tursti- concorrncia. cos as pessoas singulares ou colectivas que exeram uma Artigo 21. actividade organizada para a produo, comercializao, intermediao e gesto de produtos e servios que concorram Participao das associaes para a formao de oferta turstica nacional, nomeadamente: As associaes empresariais, sindicais e outras da rea a) Agncias de viagens e turismo; do turismo constituem parceiros fundamentais na definio e prossecuo das polticas pblicas de turismo. b) Empresas ou entidades exploradoras de empreendi- mentos tursticos; c) Empresas de aluguer de veculos de passageiros sem CAPTULO IV condutor; d) Empresas de animao turstica e operadores martimo- Direitos e deveres do turista e do utilizador -tursticos; de produtos e servios tursticos e) Estabelecimentos de restaurao e bebidas; f) Empresas concessionrias de jogos de fortuna e Artigo 22. azar; Direitos do turista e do utilizador de produtos e servios tursticos g) Entidades prestadoras de servios na rea do turismo social; Sem prejuzo dos demais direitos reconhecidos em le- h) Empresas de transporte areo, rodovirio, ferrovirio gislao especial, o turista e o utilizador de produtos e e martimo de passageiros e entidades gestoras das respec- servios tursticos gozam dos seguintes direitos: tivas infra-estruturas de transporte. a) Obter informao objectiva, exacta e completa sobre todas e cada uma das condies, preos e facilidades que lhe 2 Considera-se, ainda, que concorrem para a forma- oferecem os fornecedores de produtos e servios tursticos; o da oferta turstica os estabelecimentos de alojamento b) Beneficiar de produtos e servios tursticos nas con- local, as empresas organizadoras de eventos, congressos dies e preos convencionados; e conferncias, bem como os agentes econmicos que, c) Receber documentos que comprovem os termos da operando noutros sectores de actividade, sejam respons- sua contratao e preos convencionados; veis pela gesto e explorao de equipamentos e recursos d) Fruir de tranquilidade, privacidade e segurana pes- tursticos. soal e dos seus bens; Dirio da Repblica, 1. srie N. 158 17 de Agosto de 2009 5341
e) Formular reclamaes inerentes ao fornecimento de b) Participao nos diversos organismos internacionais
produtos e prestao de servios tursticos, de acordo com com competncias na rea do turismo, com particular n- o previsto na lei, e obter respostas oportunas e adequadas; fase nos grupos de trabalho que incidam sobre matrias de f) Fruir dos produtos e servios tursticos em boas con- interesse para o desenvolvimento da actividade turstica dies de manuteno, conservao, higiene e limpeza; nacional no mbito dos princpios e objectivos definidos g) Obter a informao adequada preveno de aciden- no presente decreto-lei. tes, na utilizao de servios e produtos tursticos. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 18 de Artigo 23. Junho de 2009. Jos Scrates Carvalho Pinto de Sou- sa Lus Filipe Marques Amado Fernando Teixeira dos Deveres do turista e do utilizador de produtos e servios tursticos Santos Manuel Pedro Cunha da Silva Pereira Joo O turista e o utilizador de produtos e servios tursticos Antnio da Costa Mira Gomes Rui Carlos Perei- tm os seguintes deveres: ra Francisco Carlos da Graa Nunes Correia Ma- a) Cumprir a lei e os regulamentos vigentes; nuel Antnio Gomes de Almeida de Pinho Jaime de b) Respeitar o patrimnio natural e cultural das comu- Jesus Lopes Silva Mrio Lino Soares Correia Jos nidades, bem como os seus costumes; Antnio Fonseca Vieira da Silva Ana Maria Teodoro c) Utilizar e fruir dos servios, produtos e recursos turs- Jorge Valter Victorino Lemos Jos Mariano Rebelo ticos com respeito pelo ambiente e tradies nacionais; Pires Gago Jos Antnio de Melo Pinto Ribeiro. d) Adoptar hbitos de consumo tico e sustentvel dos Promulgado em 7 de Agosto de 2009. recursos tursticos. Publique-se. CAPTULO V O Presidente da Repblica, ANBAL CAVACO SILVA. Financiamento e fiscalidade Referendado em 10 de Agosto de 2009. Artigo 24. Pelo Primeiro-Ministro, Lus Filipe Marques Amado, Suporte financeiro Ministro de Estado e dos Negcios Estrangeiros. O suporte financeiro ao turismo assenta nas seguintes fontes de financiamento: Decreto-Lei n. 192/2009 a) O Oramento do Estado, pela transferncia de verbas de 17 de Agosto destinadas ao sector do turismo para a autoridade turstica nacional e para as entidades regionais de turismo; O Decreto-Lei n. 51/2007, de 7 de Maro, alterado b) As receitas provenientes do imposto sobre o jogo pelo Decreto-Lei n. 88/2008, de 29 de Maio, veio regular e das concesses das zonas de jogo, dentro dos limites algumas prticas bancrias no crdito habitao, num definidos na lei de enquadramento oramental; incentivo concorrncia no sector bancrio, e, em especial, c) Os recursos financeiros alocados pelas entidades na concesso e renegociao do crdito habitao. privadas e pelas entidades pblicas regionais e locais, bem No entanto, verifica-se que as obrigaes decorrentes como pelas instituies comunitrias; deste diploma no so ainda suficientes para garantir um d) Os recursos financeiros provenientes de outras enti- adequado nvel de proteco do consumidor. dades pblicas e privadas, nacionais e internacionais; Com efeito, em muitos casos, o consumidor que pre- e) Outras receitas prprias da autoridade turstica nacional. tende procurar melhores condies no mercado depara-se, Artigo 25. ainda, com elevadas comisses de reembolso praticadas nos chamados crditos paralelos, multiusos ou multiop- Poltica fiscal es. Estes so, muitas vezes, contratados em simultneo No mbito da poltica nacional de turismo, pode ser ao crdito habitao, com as mesmas condies, pelos promovida a adopo de medidas de poltica fiscal que mesmos prazos e tendo como garantia o mesmo imvel, contribuam para o maior desenvolvimento das actividades destinando-se a fazer face a despesas complementares econmicas que integram o sector do turismo, estimulem da aquisio, como a compra de mobilirio e outros fins o consumo turstico interno e a deslocao turstica dos conexos. Entendendo-se no se justificar regimes diversos portugueses em territrio nacional, promovam a compe- para crditos similares e muitas vezes complementares, titividade internacional das empresas, ou que incentivem pretende-se estender a estes contratos de crdito as regras a adopo de prticas que contribuam para o desenvolvi- aplicveis ao crdito habitao. De facto, a actual con- mento sustentvel do turismo. juntura econmica, justifica, tambm, a flexibilizao de crditos conexos com os crditos habitao, permitindo CAPTULO VI s famlias a procura de melhores opes para os encargos Representao internacional assumidos com a sua habitao permanente e a preservao do patrimnio habitacional. Artigo 26. De acordo com o artigo 9. do Decreto-Lei n. 51/2007, Cooperao e participao internacional de 7 de Maro, quando o cliente bancrio pretende contrair um emprstimo, a instituio de crdito no pode fazer A representao internacional de Portugal no sector do depender a concesso desse crdito da contratao de ou- turismo deve ser assegurada, nomeadamente, atravs das tros produtos ou servios fornecidos por essa instituio. seguintes linhas: No entanto, prtica das instituies de crdito oferecem a) Desenvolvimento de programas de cooperao in- redues do spread sob condio da aquisio de outros ternacional de carcter bilateral e multilateral no sector produtos e servios financeiros. Porm, nem sempre tais do turismo; prticas se traduzem em benefcios reais para os consu-