Efeitos Do Exercício Físico
Efeitos Do Exercício Físico
Efeitos Do Exercício Físico
Resumo
O exerccio fsico uma das principais teraputicas utilizadas para o paciente hipertenso,
pois reduz a presso arterial (PA) e os fatores de risco cardiovasculares, diminuindo
a morbimortalidade. Objetivo: Analisar os efeitos do exerccio fsico na PA de idosos
hipertensos, com base nos resultados de pesquisas empricas realizadas no perodo
de 2000 a 2010. Metodologia: Reviso sistemtica de estudos experimentais, em ingls,
portugus e espanhol, nas bases eletrnicas MEDLINE, PubMed, Lilacs, Cochrane
e PEDro, publicados entre 2000 e 2010, utilizando os descritores hipertenso, atividade
fsica, exerccio fsico, idoso, exerccio aerbio e treinamento de resistncia. Resultados: Palavras-chave:
Foram encontrados 19 artigos e includos 12 artigos, sendo divididos em categorias Hipertenso. Idoso. Exerccio
temticas: exerccio aerbico (6 artigos), exerccio resistido (4), exerccio aerbico fsico. Exerccio aerbio.
associado ao resistido (2). Entre os exerccios aerbicos, trs artigos evidenciaram Treinamento de resistncia.
reduo na presso arterial sistlica (PAS) e presso arterial diastlica (PAD). Trs
artigos afirmam que treinamento resistido reduz significativamente os valores de
PAS em repouso e presso arterial mdia (PAM), apenas um artigo no registrou uma
reduo significativa na PAD e frequncia cardaca (FC) de repouso. A utilizao
dos exerccios aerbicos associados aos resistidos foram superiores aos demais, pois
apontaram redues significativas na PAS, PAD, PAM e FC de repouso, confirmando
as recomendaes da VI Diretriz Brasileira de Hipertenso Arterial, mas os estudos em
idosos so escassos. Concluso: Esta reviso confirma os benefcios oriundos da prtica
do exerccio fsico na reduo da PA aps o exerccio em idosos hipertensos.
1 Curso de Fisioterapia, Centro de Cincias da Sade. Universidade de Fortaleza. Fortaleza, CE, Brasil.
2 Programa de Ps-Graduao em Sade Coletiva. Centro de Cincias da Sade. Universidade de
Fortaleza. Fortaleza, CE, Brasil.
3 Programa de Bolsas de Iniciao Cientfica-PIBIC/CNPq, Universidade de Fortaleza. Fortaleza, CE,
Brasil.
4 Curso de Fisioterapia, Faculdade Metropolitana de Fortaleza. Fortaleza, CE, Brasil.
Correspondncia / Correspondence
Zlia Maria de Sousa Arajo Santos
Programa de Ps-Graduao em Sade Coletiva PPSC
Universidade de Fortaleza-UNIFOR
Av. Washington Soares, 1321 - Edson Queiroz
60805-911 Fortaleza, CE, Brasil
E-mail: [email protected]
588 Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2012; 15(3):587-601
Abstract
Physical exercise is one of the main techniques used for hypertensive patients because
it reduces blood pressure (BP) and cardiovascular risk factors, reducing morbidity and
mortality. Objective: To analyze the effect of exercise on BP in elderly hypertensive patients,
based on the findings of empirical research conducted from 2000 to 2010. Methodolog y:
A systematic review of experimental studies in English, Portuguese and Spanish, in the
electronic databases MEDLINE, PubMed, LILACS, Cochrane, and PEDro, published
between 2000 and 2010 using the keywords hypertension, physical activity, exercise and
the elderly, aerobic exercise, resistance training. Results: We found 19 articles and selected
Key words: Hypertension.
12, divided in thematic categories: aerobic exercise (6 articles) Resistance exercise (4),
Elderly. Exercise. Aerobic
aerobic exercise associated with resistance (2). Among the aerobic exercise, three articles
exercise. Resistance training.
showed a reduction in SBP and DBP. Three articles argued that resistance training
significantly reduces SBP and MBP at rest, and just one article reported a significant
reduction in DBP and resting HR. The use of aerobic exercise associated with resistance
was superior to others, as they showed significant reductions in SBP, DBP, MAP and HR
at rest, confirming the recommendations of the Brazilian Guidelines on Hypertension,
but studies in the elderly are scarce. Conclusion: This review confirms the benefits of
exercise in reducing blood pressure after exercise in elderly hypertensive patients.
INTRODUO
O EF deve ser avaliado e prescrito em termos
O exerccio fsico (EF) uma atividade fsica de intensidade, frequncia, durao, modo e
planejada, estruturada e repetitiva, que tem progresso. A escolha do tipo de atividade fsica
como objetivo final ou intermedirio aumentar dever ser orientada de acordo com as preferncias
ou manter a sade e a aptido fsica,1 podendo individuais, respeitando as limitaes impostas
propiciar benefcios agudos e crnicos. Dentre pela idade, como evitar o estresse ortopdico.8
eles destacam-se a melhora no condicionamento
fsico; a diminuio da perda de massa ssea e Paralelamente ao envelhecimento, ocorre o
muscular; o aumento da fora, coordenao e aumento da inatividade fsica, entre os idosos,
equilbrio; a reduo da incapacidade funcional, como demonstrado no ltimo levantamento do
da intensidade dos pensamentos negativos e Ministrio da Sade, fator de risco que contribui
das doenas fsicas; e a promoo da melhoria para o aumento da incidncia de doenas
do bem-estar e do humor,2 alm da reduo da crnicas, entre estas a hipertenso arterial.9-11
presso arterial (PA) ps-exerccio em relao De fato, o idoso mais suscetvel aos efeitos
aos nveis pr-exerccio.3,4 adversos do sedentarismo, ao exerccio fsico de
O efeito protetor do EF vai alm da intensidade elevada e terapia medicamentosa,
reduo da PA, estando associado reduo sendo necessria maior compreenso dos efeitos
dos fatores de risco cardiovasculares e menor do envelhecimento associados a esses fatores.12,13
morbimortalidade, quando comparadas pessoas
Diante do exposto, surgiu a necessidade de
ativas com indivduos de menor aptido fsica, o
investigar as caractersticas peculiares do EF
que explica a recomendao deste na preveno
(tipo, intensidade, durao) necessrias para
primria e no tratamento da hipertenso.5,6
promover uma queda pressrica significativa
Nas ltimas dcadas, o EF tem sido aps sua execuo. Entretanto, apesar dos
incorporado como uma das principais grandes avanos no estudo dos efeitos agudos
teraputicas do paciente hipertenso, associada ao e crnicos do EF, existem algumas lacunas,
tratamento medicamentoso e s modificaes de principalmente em relao sua aplicao na
hbitos alimentares e comportamentais.7 populao idosa.
Exerccio fsico em idosos hipertensos 589
controle (GC). O protocolo do GE foi composto max), com frequncia de trs vezes por semana e
por exerccios aerbicos com intensidade de 70 durao de dez semanas. O GC realizou apenas
a 80% do consumo mximo de oxignio (VO2 a atividade fsica habitual.
Quadro 1 Estudos realizados com o objetivo de analisar o efeito do exerccio aerbico sobre a PA de
idosos hipertensos, no perodo de 2000 a 2010.
Westhoff et 52 idosos- Exerccio na esteira. PAS, PAD, PA aos significativa na PAS, PAD,
al., 2007 Com betabloqueador Durao 3 meses, 3 esforos, IMC, PA de esforo no GE. FC
(n= 23); Sem vezes por semana. Com lactato sanguneo mdia de treinamento foi
betabloqueador (n = 29) aumento gradativo do significativamente
Foram randomizados tempo (30 at 45 min) menor nos pacientes em uso
para GE e da intensidade do de betabloqueadores.
(n = 25) exerccio (at alcanar o
GC (n = 27). lactato 2,0 mmol / l).
MADDEN et 36 idosos Durao de 3 meses, 3 FC, PAS, PAD, No houve diferena
al., 2009 Randomizados em dois vezes por semana. PAM, significativa entre os grupos
grupos: EA: intensidade VO2 max, com relao FC, PAS, PAD,
EA (n= 16); ER (n= 16). moderada a vigorosa glicemia, perfil glicemia ou perfil lipdico.
(60 a 75% da FC max) e lipdico, anlise da O EA reduziu
durao de 60 min (10min rigidez arterial. significativamente a rigidez
de aquecimento, 40 arterial.
min de EA e 10 min de
resfriamento).
ER: Treinamento de fora
com halteres e exerccios.
IMC: ndice de massa corprea; PA: presso arterial; PAS: presso arterial sistlica; PAD: presso arterial diastlica; PAM: presso arterial
mdia; FC: frequncia cardaca; VO2: consumo de oxignio; GC: grupo controle; GE: grupo experimental; EF: exerccio Fsico; LDL:
lipoprotenas de baixa densidade; HDL: lipoprotenas de alta densidade; 8-iso-PGF2: isoprostano 8; NO: xido ntrico; EA: exerccio
aerbico; ER: exerccio resistido
pelo T (timina) na posio 894 no gene da eNOS deletrios no sistema cardiovascular em ambos
pode refletir em alteraes na atividade promoter os gentipos (TC e CC), e demonstram respostas
deste gene, com reduo na transcrio da eNOS similares, diferentemente do gentipo TT.24
e, consequentemente, diminuio na produo
de NO.21 Sandrim22 cita em seu estudo que o O EF pode regular a vasodilatao
polimorfismo T-786C tem sido responsvel por mediada pelo NO, diminuindo os valores
uma diminuio de 30 a 50% da atividade promoter de PA nos indivduos hipertensos.25 O EF
do gene da eNOS, ou seja, especificamente para regular possui a capacidade de diminuir a PA
o polimorfismo T-786C, os indivduos portadores em aproximadamente 75% dos indivduos
do alelo c (TC ou CC) possuem uma menor hipertensos. Segundo os autores, o treinamento
expresso do gene da eNOS com relao aos com intensidade moderada parece gerar maiores
indivduos no portadores do alelo c (TT).21 benefcios do que o de alta intensidade, para tais
redues na PA.26
Zago et al.23 realizaram um estudo com
mulheres idosas, pr-hipertensas, com o objetivo O primeiro ensaio clnico randomizado que
de investigar a influncia do treinamento aerbico investiga os efeitos do treinamento cardiovascular
e do polimorfismo T-786C, nas concentraes sobre os nveis de lactato sanguneo, PA e funo
dos metablitos do xido ntrico (NOx), no fluxo vascular em idosos hipertensos que utilizam ou
sanguneo (FS) e na PA. importante ressaltar no betabloqueador foi realizado por Westhoff
que o polimorfismo T-786C do gene da eNOS e et al.27 Os participantes foram randomizados em
a produo de nion superxido podem diminuir dois grupos: GE (treinamento aerbico realizado
a produo e biodisponibilidade do xido ntrico, trs vezes por semana durante 12 semanas, com
comprometendo o grau de vasodilatao, efeito incrementos no tempo de 30 a 45 minutos) e
que pode ser revertido pelo exerccio fsico. Trinta GC (no recebeu interveno). A intensidade do
e duas mulheres pr-hipertensas foram divididas treinamento do GE correspondia velocidade
em dois grupos, de acordo com o polimorfismo necessria para alcanar a concentrao de
T-786C do gene (TT - 20 participantes e TC+CC lactato sanguneo de 2.0 mol/L. Deste modo,
- 12 participantes). eram necessrios incrementos na velocidade e
no tempo de treinamento, visando a alcanar a
No que se refere aos participantes do presente concentrao de cido lctico desejada. A PA e
estudo, estes foram submetidos a um programa a FC eram constantemente mensuradas durante
supervisionado de EFs aerbicos, em esteira o treinamento.
ergomtrica, durante seis meses, trs vezes por
semana, com intensidade progressiva at atingir Os achados do estudo supracitados permitem
40 minutos e 70% VO2 mximo. Nenhuma afirmar que o programa de EF aerbicos de 12
diferena estatstica foi encontrada entre os semanas favoreceu uma acentuada melhoria do
grupos nas variveis PAS, PAD e ndice de desempenho fsico, reduzindo significativamente
massa corprea (IMC), fluxo sanguneo (FS) e a PA ao esforo, PAS e PAD em um curto
na RVP antes e aps o programa de EF. O VO2 perodo de tempo. importante ressaltar que
mximo aumentou significativamente em ambos a diminuio da PA no pode ser atribuda a
os grupos, aps o programa de EF. uma reduo do peso corporal, pois no houve
reduo estatisticamente significante do IMC. Ao
Rossi et al.24 encontraram um efeito positivo analisar os nveis de lactato sanguneo, verificou-
do programa de EF com relao ao polimorfismo se que o treinamento de resistncia cardiovascular
T-786C do gene da eNOS. Isso sugere que traz benefcios na presena ou ausncia de
um aumento do nvel de EF regular pode betabloqueadores, incluindo acentuada melhoria
melhorar a resposta ao controle cardiovascular, da funo endotelial. Porm, a FC de treinamento
especialmente do NO, em portadores do alelo dos hipertensos que utilizam os betabloqueadores
C, contribuindo para a relao entre PA e FS. cerca de 20% menor quanto comparados aos
O alelo C considerado capaz de gerar efeitos que no utilizam o medicamento.
Exerccio fsico em idosos hipertensos 593
Quadro 2 Estudos realizados com o objetivo de analisar o efeito do exerccio resistido sobre a PA de
idosos hipertensos no perodo de 2000 a 2010.
Os principais achados deste estudo indicaram FC, houve acrscimo significativo aps a quinta
declnio da PAS aps o EF em ambos os estao, permanecendo elevado no 10 minuto
grupos, porm, de maneira mais consistente no aps a sesso de exerccios.
grupo no-treinamento. O grupo treinamento
apresentou reduo da PAS somente aos 30 Frente a esta realidade, possvel identificar
minutos de recuperao, ao passo que no grupo que apesar das modificaes cardiovasculares
de no-treinamento ocorreu um decrscimo dos agudas associadas ao Exerccio Resistido (ER)
15 aos 60 minutos na monitorao da PAS ps- a propenso positiva hipotenso somente
exerccio. Com relao PAD e PAM, houve verificada em relao PAD. De acordo com
reduo significativa apenas no grupo no- Polito et al.,38 durante a execuo desse tipo
treinamento durante o perodo de recuperao, de atividade, o valor da PA tende a aumentar
durante os 15 e 30 minutos na PAD e aps 60 rapidamente e pode atingir valores elevados,
minutos na PAM. Os resultados evidenciam pela ativao dos quimiorreceptores por meio da
que uma sesso de EF com pesos capaz de fadiga perifrica.
promover hipotenso ps-exerccio em mulheres
A pesquisa de Krinski et al.37 contraria
idosas e hipertensas, sendo mais consistente nas
os achados do estudo de Fisher et al.,36 no
no treinadas.35
qual se demonstrou que uma nica sesso de
Os resultados encontrados na literatura podem exerccios resistidos foi capaz de provocar leve
ser explicados pelos ajustes cardiovasculares ao resposta hipotensiva sistlica durante o perodo
treinamento, como a reduo da PA para uma de recuperao em mulheres de meia-idade
mesma intensidade de EF. Essa diminuio da normotensas e hipertensas.
PA talvez esteja atrelada melhora da eficincia
Terra et al.39 verificaram o efeito do
no recrutamento das fibras musculares, que
treinamento resistido sobre a PA, FC e duplo
possivelmente proporcionaria menor demanda
produto (DP) em mulheres idosas com
sangunea para a musculatura ativa durante
hipertenso controlada. O grupo treinamento
o exerccio, refletindo nas respostas da PA resistido foi submetido a um protocolo de 12
ps-exerccio.36 O presente estudo corrobora semanas, frequncia de trs vezes por semana
os achados do estudo de Fisher et al.,36 que em dias alternados, consistindo de trs sries
demonstrou que uma nica sesso de exerccios de 12, 10 e 8 repeties, de intensidade varivel
resistidos foi capaz de provocar leve resposta em diferentes estgios do programa. Houve
hipotensiva sistlica durante o perodo de incremento progressivo da carga de treinamento
recuperao em mulheres de meia-idade a cada quatro semanas, iniciando com a carga de
normotensas e hipertensas. 60% de 1 RM, com incrementos de 70% de 1
RM e de 80% de 1 RM nas ltimas semanas. Os
Krinski et al.37 realizaram um estudo que teve
exerccios foram realizados de forma alternada.
como objetivo avaliar os efeitos cardiovasculares
agudos do EF resistido em idosas com hipertenso Aps 12 semanas de treinamento resistido,
estgio I. A amostra foi submetida a uma sesso ocorreram redues significativas nos valores
de EF resistido, constituda por oito estaes, de PAS em repouso, PAM e DP em idosos com
realizadas de trs sries com 12 repeties, carga hipertenso controlada. No foram encontradas
de 50% 1 RM. Entre seus principais achados redues significativas na PAD e FC de
encontram-se um ganho significativo da PAS repouso no grupo de treinamento e no controle,
aps a quinta estao, seguido de decrscimo corroborando o estudo de Taaffe.40
no significativo no 10 minuto aps a sesso
de exerccios. Em relao aos valores de PAD, Deve-se ressaltar que este foi o nico
estes evidenciam um aumento significativo aps trabalho que verificou a relao entre o DP com
a quinta estao, seguido de reduo significativa treinamento de resistncia. A reduo do DP
no 10 minuto aps a sesso de exerccios. Para a em repouso desempenha papel significativo na
596 Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2012; 15(3):587-601
reduo dos riscos de problemas cardiovasculares. Durante o EF de fora, tanto a PAS quanto
Assim, o treinamento de resistncia pode levar a PAD tendem a elevar, ocasionando aumento
a uma reduo do trabalho cardiovascular, tambm expressivo na PAM, mesmo que por um
ajudando a reduzir o risco de infarto agudo perodo curto de tempo. Isso pode ser explicado
do miocrdio e doenas coronarianas. Diante pelas variveis que concorrem para a elevao
deste fato, o treinamento resistido pode ser da PA e que se manifestam durante a atividade
usado como uma terapia no-medicamentosa, fsica de elevada intensidade, como a ativao
tanto para preveno quanto para tratamento e de quimiorreceptores por fadiga perifrica.
controle da HAS. Assim, exerccios realizados at a exausto
repercutiriam em uma resposta mais elevada da
O estudo de Janning et al. 41 analisou a PA imediatamente aps o esforo, diferentemente
influncia da ordem de execuo dos EFs dos exerccios realizados de forma submxima.42,43
resistidos na hipotenso ps-exerccio em
idosos com HAS. A amostra foi composta por Os valores de PA nos momentos subsequentes
oito idosos que se submeteram aleatoriamente ao EF, contudo, parecem declinar de forma
a trs diferentes protocolos. No protocolo 1 rpida, pelo mecanismo barorreflexo, pela
(P1), foram realizados trs EFs para membros hiperemia decorrente da contrao muscular e
inferiores (MI) seguidos de trs EFs para pela supresso da atividade simptica.44,45 Alm
membros superiores (MS). No protocolo 2 (P2), disso, os valores de PA podem se reduzir alm
a situao foi inversa. J o protocolo 3 (P3) foi daqueles observados na condio pr-exerccio.
organizado de maneira a intercalar um exerccio Os mecanismos envolvidos nesse processo
para MS com um EF para MI. ainda esto pouco esclarecidos. possvel
que diferentes vias fisiolgicas, isoladas ou
Observou-se que o P1 no apresentou combinadas, contribuam para tal fenmeno, tais
diferenas significativas em relao ao repouso como maior liberao de xido ntrico e menor
quanto PAS e PAD em nenhuma das seis descarga adrenrgica. Essa reduo da PA aps o
verificaes de PA ps-exerccio. Dessa maneira, EF tida como uma das principais intervenes
no ocorreu hipotenso ps-exerccio no P1. J no no-farmacolgicas de controle da PA,
P2, ocorreram diferenas nas verificaes de 20 principalmente em indivduos hipertensos.46,47
e 40 minutos de recuperao da PAS, ocorrendo,
assim, leve hipotenso ps-exerccio. Porm, Segundo Lizardo & Simes,48 diferentes
no apresentaram diferenas significativas em formas de EF resistidos resultam em hipotenso
relao ao repouso quanto PAD em nenhum ps-exerccio, mas as sesses envolvendo maior
momento da recuperao, portanto, no massa muscular, como os membros inferiores,
ocorreu hipotenso diastlica ps-exerccio. apresentam efeito hipotensor mais significativo e
No P3, foram encontradas diferenas em todas duradouro em relao aos EFs que utilizam menor
as verificaes aps a realizao da sesso de massa muscular, como os membros superiores,
exerccios resistidos. Assim, o P3 demonstrou- mesmo sendo realizados na mesma intensidade.
se extremamente eficaz em produzir hipotenso
ps-exerccio, tanto da PAS quanto da PAD. importante ressaltar que, alm dos cuidados
quanto intensidade, durao e frequncia
O treinamento contrarresistncia do treinamento, os idosos hipertensos devem
considerado relativamente seguro para aumentar receber instrues durante a realizao dos EFs,
a fora muscular e melhorar a qualidade de com o objetivo de inibir a manobra de valsalva,
vida, tanto em adultos saudveis, quanto em que um dos fatores que mais contribui para
idosos ou em portadores de comprometimentos o aumento do risco cardiovascular durante
cardiovasculares.38,42 exerccios com pesos.49
Exerccio fsico em idosos hipertensos 597
Exerccios aerbicos associados aos de resistncia semanal de trs vezes e durao de seis meses.
Foi constitudo inicialmente de 20 minutos
Conforme o quadro 3, Krinski et al.37
de EF aerbio, desenvolvido em esteira,
analisaram os efeitos do EF aerbio e
com intensidade de 60 a 70% da FC mxima
resistido no perfil antropomtrico e respostas
cardiovasculares de idosos portadores de HAS. determinada e com o auxlio da escala de Borg
O protocolo de treinamento teve frequncia sobre percepo subjetiva de esforo.
Quadro 3 Estudos realizados com o objetivo de analisar o efeito do exerccio aerbico associado ao
resistido sobre a PA de idosos hipertensos, no perodo de 2000 a 2010.
A segunda etapa foi baseada em 40 minutos Aps seis meses de treinamento, os autores
de EF resistidos dinmicos, executados de forma constataram que a utilizao de um programa
aleatria por meio do treinamento em circuito. de treinamento fsico baseado em exerccios
Desenvolvido de forma concntrica e excntrica aerbios associados a exerccios de resistncia
para membros superiores, tronco e membros (circuito com pesos), resultou em redues
inferiores, constitudo de oito estaes, cada significativas na PAM e FC de repouso, sendo
uma composta por trs sries completas de dez acompanhados de uma reduo linear no
repeties cada, realizadas em ritmo moderado percentual de gordura corporal (%GC) de idosos
e contnuo com intensidade estimada em 60% hipertensos. importante salientar que, aps os
de 1 RM, totalizando 60 minutos. Os ajustes dois primeiros meses, estes valores foram menos
das cargas do treinamento resistido foram evidentes em relao aos meses subsequentes
realizados por meio de aplicao do teste de 1 de exerccios, tornando o ajuste das cargas de
RM, executado a cada dois meses. treinamento importantes no resultado final.
598 Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2012; 15(3):587-601
Segundo Brum et al.,18 o efeito hipotensor corporal esto correlacionadas com a reduo da
encontrado pode ser justificado pela reduo do PA. Esses achados sugerem que as mudanas na
DC decorrente da diminuio da FC associada composio corporal, associadas ao treinamento
melhora da resposta vasodilatadora. Para esses fsico, apresentam correlao significativa com a
autores, os efeitos so ocasionados por uma maior sade cardiovascular em idosos.51
disponibilidade de xido ntrico, associados a
uma diminuio da atividade nervosa simptica. Ensaios clnicos controlados demonstraram
que os EFs aerbios, que devem ser
Stewart et al. 50 realizaram um ensaio clnico complementados pelos resistidos, pois
randomizado, controlado, comparando o promovem redues da PA, devem ser indicados
efeito do treinamento aerbico com resistncia para a preveno e o tratamento da HAS, alm
combinada versus o aconselhamento sobre de promover aes de promoo da sade que
os cuidados habituais de atividade e dieta melhoram a qualidade de vida do indivduo.30,52
em pacientes hipertensos. Participaram do
Diante deste contexto, torna-se necessrio
presente estudo indivduos com HAS leve ou
manter uma boa sade cardiovascular por meio
pr-hipertensos com idade entre 55 e 75 anos
de exerccios, pelo menos cinco vezes por semana,
e que no necessitassem de medicao anti-
30 minutos de EF moderado de forma contnua
hipertensiva, sendo necessrio que a PA estivesse
ou acumulada, desde que em condies de realiz-
nos valores aceitveis (PAS de 130 a 159 mmHg
lo. A FC de pico deve ser avaliada pelo teste
e PAD de 85-99 mmHg).
ergomtrico, sempre que possvel, e na vigncia
O estudo teve durao de seis meses. O GE da medicao cardiovascular de uso constante.7
foi submetido a 78 sesses, trs dias por semana, De acordo com a II Diretrizes da Sociedade
durante 26 semanas. Cada sesso teve incio Brasileira de Cardiologia (DBBC)52 sobre
com um alongamento, seguido por treinamento teste ergomtrico, a recomendao que,
de resistncia e aerbio. O treinamento de inicialmente, os indivduos realizem atividades
resistncia consistiu de duas sries de 10 a 15 leves a moderadas. Somente aps estarem
repeties por exerccio, utilizando uma carga de adaptados, caso julguem confortvel e no haja
50% de 1 RM. Os exerccios foram realizados nenhuma contraindicao, que devem passar s
de forma concntrica e excntrica para membros vigorosas.51,53,54
superiores, tronco e membros inferiores. Quando
o participante completou 15 repeties de um Sugestes da VI Diretrizes Brasileiras de
exerccio com facilidade, o peso foi aumentado. Hipertenso Arterial para a intensidade de
O EF aerbio teve durao de 45 minutos, com EFs isotnicos, segundo a frequncia cardaca:
intensidade de 60% a 90% da FC mxima e atividades leves mantm-se com at 70% da
os participantes foram autorizados a escolher FC mxima ou de pico, recomendando-se a
uma esteira, bicicleta estacionria, ou stairstepper faixa entre 60% e 70%, quando se objetiva o
(escada deslizante) para o seu treino. treinamento efetivo eminentemente aerbio;
atividades moderadas mantm-se entre
Declnios nas PAS e PAD ocorreram em 70% e 80% da FC mxima ou de pico, sendo
ambos os grupos, com maior reduo na PAD, considerada a faixa ideal para o treinamento
ocorrendo no GE. A ausncia de melhora na que visa a preveno e o tratamento da HAS;
rigidez artica sugere que pessoas idosas podem atividades vigorosas mantm-se acima de
ser resistentes a induzidas melhorias na PAS pelo 80% da FC mxima ou de pico, propondo-se
exerccio. Apesar de redues modestas no peso a faixa entre 80% e 90% quando se objetiva
corporal e IMC, houve redues notveis, em geral o treinamento com expressivo componente
na circunferncia abdominal e aumento da massa aerbio, desenvolvido j com considervel
corporal magra. Estas melhorias na composio participao do metabolismo anaerbio.
Exerccio fsico em idosos hipertensos 599
Em relao aos EFs resistidos, recomenda-se que Em relao combinao dos Exerccios
sejam realizados entre duas e trs vezes por semana, Fsicos (EF), foi possvel constatar que a
por meio de uma a trs sries de oito a 15 repeties, utilizao de um programa de treinamento
conduzidas at a fadiga moderada. importante fsico baseado em EF aerbios associados a
ressaltar que se recomenda a avaliao mdica EF de resistncia (circuito com pesos) resultou
antes do incio de um programa de treinamento em redues significativas na Presso Arterial
estruturado e sua interrupo na presena de Mdia e Frequncia Cardica de repouso,
sintomas. Em hipertensos, a sesso de treinamento sendo superior realizao das modalidades
no deve ser iniciada se as PAS e PAD estiverem de exerccio de forma isolada, corroborando as
superiores a 160 e/ou 105 mmHg, respectivamente.7 recomendaes da VI Diretrizes Brasileiras de
Hipertenso Arterial.7
Concluso Existem, no entanto, alguns fatores que
Com base nos achados da presente reviso, prejudicam a qualidade metodolgica das
possvel identificar que o Exerccio Fsico aerbico pesquisas, em relao s caractersticas da
uma ferramenta eficaz no tratamento da populao estudada, incluindo diferentes estgios
populao de hipertensos idosos. O treinamento de Hipertenso Arterial Sistmica e durao da
supervisionado, com frequncia semanal de trs doena, patologias concomitantes e tratamentos
vezes por semana, e com intensidade moderada com drogas diferentes para favorecer o nmero
parece gerar mais benefcios do que os de alta de participantes, reduzindo, assim, a validade
intensidade, para tais redues na Presso Arterial. interna dos estudos.
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Recebido: 04/1/2012
Revisado: 15/8/2012
Aprovado:16/8/2012