Lei Nº 2578 Dispõe Sobre o Estatuto Dos Policiais e Bombeiros Militares
Lei Nº 2578 Dispõe Sobre o Estatuto Dos Policiais e Bombeiros Militares
Lei Nº 2578 Dispõe Sobre o Estatuto Dos Policiais e Bombeiros Militares
CAPTULO I
DAS DISPOSIES PRELIMINARES
CAPTULO II
DO INGRESSO NA CORPORAO
I - a nacionalidade brasileira;
II - idade mnima de 18 anos, no ato da incluso;
III - idade mxima, no ato da inscrio no concurso pblico, de 30 anos;
IV - altura mnima de 1,63m, se do sexo masculino, e 1,60m, se do sexo feminino;
*V- concluso do ensino mdio para Praas e graduao em nvel superior para
Oficiais, na conformidade do respectivo edital;
*Inciso V com redao determinada pela Lei n 2.924, de 3/12/2014.
12. A idade fixada no inciso III do caput deste artigo para o candidato pertencente aos
Quadros da Corporao de 32 anos.
13. A regra estabelecida no 10 deste artigo no se aplica aos Quadros de
Especialistas e de Sade.
14. O acesso inicial ao Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM e ao Quadro de
Oficiais Bombeiros Militares - QOBM se d na graduao de Cadete que, aps a concluso e
aprovao no Curso de Formao de Oficiais, declarado Aspirante a Oficial.
15. O acesso inicial aos Quadros de Oficiais de Sade e Especialistas -QOS se d na
graduao de Aspirante a Oficial.
* 16. O acesso inicial aos Quadros de Praas se d na designao hierrquica de
Aluno-Soldado.
*16 com redao determinada pela Lei n 3.126, de 25/08/2016
CAPTULO III
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
Seo nica
Do Comando e da Subordinao
CAPTULO IV
DO CARGO E DA FUNO MILITAR ESTADUAL
Art. 26. Cargo militar aquele que s pode ser exercido por militar em servio ativo.
1 O cargo militar a que se refere este artigo o que se encontra especificado no
Quadro de Organizao, ou previsto, caracterizado ou definido como tal, em outras
disposies legais.
2 A cada cargo militar corresponde um conjunto de atribuies, deveres e
responsabilidades que se constituem em obrigaes do respectivo ocupante.
3 As obrigaes inerentes ao cargo militar devem ser compatveis com o
correspondente grau hierrquico e definidas em legislao ou regulamentao especfica.
Art. 27. Considera-se vago o cargo ocupado por militar extraviado ou desertor.
Art. 28. Funo militar o exerccio das obrigaes inerentes ao cargo militar.
Art. 29. Dentro de uma mesma organizao militar, a sequncia de substituies, bem
como as normas, atribuies e responsabilidades relativas, so estabelecidas na legislao
especfica, respeitadas a precedncia e as qualificaes exigidas para o exerccio de suas
funes.
Art. 30. A contar da data da nomeao, o Oficial do ltimo posto da Corporao que
tenha ocupado cargo, pelo perodo de dois anos, de Comandante-Geral, Chefe do Estado
Maior ou Chefe da Casa Militar no obrigado a exercer, na Corporao, cargo ou funo
hierarquicamente inferior, podendo ser empregado em outro rgo da estrutura do Estado.
Art. 31. As obrigaes que, pela generalidade, peculiaridade, durao, vulto ou
natureza, no sejam catalogadas como posies tituladas em Quadro de Organizao, ou em
outro dispositivo legal, so cumpridas como encargo, incumbncia, comisso, servio ou
atividade militar ou de natureza militar.
CAPTULO V
DAS OBRIGAES DOS MILITARES
Seo I
Do Valor Militar
Seo II
Da tica Militar
Art. 33. O sentimento do dever, o denodo militar e o decoro da classe impem, a cada
um dos integrantes da Corporao, condutas moral e profissional irrepreensveis, com a fiel
observncia dos seguintes preceitos e deveres da tica militar:
I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamento da dignidade;
II - exercer com autoridade, eficincia e probidade as funes que lhe couberem em
decorrncia do cargo, incutindo tambm o senso de responsabilidade em seus
subordinados;
III - respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instrues e as ordens das
autoridades competentes;
V - ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciao do mrito dos
subordinados;
VI - zelar pelo preparo moral, intelectual e fsico prprio e dos subordinados, tendo em
vista o cumprimento da misso comum;
VII - praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o esprito de
cooperao;
VIII -ser discreto em suas atitudes e maneiras, bem como na linguagem escrita e falada;
IX - abster-se de tratar, fora do mbito apropriado, de matria sigilosa de que tenha
conhecimento;
X - acatar as ordens das autoridades civis;
XI - cumprir os deveres de cidado;
XII - proceder de maneira ilibada na vida pblica e na particular;
XIII- observar as normas da boa educao;
XIV- garantir assistncia moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de
famlia exemplar;
XV - conduzir-se, mesmo fora do servio ou na inatividade, de modo a que no sejam
prejudicados os princpios da disciplina, do respeito e do decoro militares;
XVI- abster-se do uso do posto ou da graduao para obter facilidades pessoais de
qualquer natureza ou para encaminhar negcios particulares ou de terceiros;
XVII - abster-se o militar, ainda que na inatividade, do uso das designaes hierrquicas
quando:
a) em atividades poltico-partidrias, salvo se candidato a cargo eletivo;
b) em atividades comerciais;
c) em atividades industriais;
d) discutir ou provocar questes pblicas ou pela imprensa, a respeito de assuntos
polticos ou militares, excetuados os de natureza exclusivamente tcnica, se
autorizado;
e) no exerccio de cargo ou funo de natureza civil;
XVIII- zelar pelo bom nome da Corporao e de cada um dos seus integrantes,
obedecendo e fazendo obedecer aos preceitos e deveres da tica militar;
XIX- cultuar e zelar pela inviolabilidade dos smbolos e das tradies da Ptria, dos
Estados, dos Municpios e das Instituies Militares;
XX - cumprir os deveres de cidado;
XXI- preservar a natureza e o meio ambiente;
XXII- servir comunidade, procurando, no exerccio da suprema misso de preservar a
ordem pblica, promover sempre o bem-estar comum;
XXIII- atuar com devotamento ao interesse pblico, colocando-o acima dos interesses
particulares;
XXIV- atuar de forma disciplinada e disciplinadora;
XXV- exercer todos os atos de servio com presteza e pontualidade, desenvolvendo o
hbito de estar na hora certa no local determinado, para exercer a sua habilidade;
XXVI - buscar com energia o xito do servio e o aperfeioamento tcnico-profissional
e moral;
XXVII - exercer as funes com integridade e equilbrio, seguindo os princpios que
regem a Administrao Pblica, no sujeitando o cumprimento do dever a
influncias indevidas;
XXVIII- abster-se, quando no servio ativo, do uso de influncias de pessoas para a
obteno de facilidades pessoais ou para esquivar-se ao cumprimento de ordem
ou obrigaes impostas, em razo do servio;
XXIX - procurar manter boas relaes com outras categorias profissionais e elevar o
conceito e os padres de sua prpria profisso, cioso de sua competncia e
autoridade;
XXX - ser fiel na vida militar, cumprindo os compromissos para com a Ptria, com o
Estado, com sua Corporao e com seus superiores hierrquicos;
XXXI - manter nimo forte e f nas Corporaes Militares, mesmo diante das maiores
dificuldades, demonstrando persistncia no trabalho para solucion-las;
XXXII - manter ambiente de harmonia e camaradagem na vida militar, evitando
comentrios deselegantes sobre os componentes da Corporao, ainda que na
reserva ou reformado, solidarizando-se nas dificuldades que possam ser
minimizadas com sua ajuda ou interveno;
XXXIII- no pleitear para si, indevidamente, cargo, funo ou benefcio de outro
militar;
XXXIV- conduzir-se de modo a que no seja subserviente nem fira os princpios de
respeito e decoro militares, ainda que na inatividade;
XXXV - exercer a profisso sem alegar restries de ordem religiosa, poltica, racial ou
social;
XXXVI- respeitar a integridade fsica, moral e psquica da pessoa do condenado ou do
criminalmente imputado;
XXXVII- manter-se, constantemente, cuidadoso com sua apresentao e postura
pessoal;
XXXVIII- evitar publicidade visando promoo pessoal;
XXXIX- agir com iseno, equidade e absoluto respeito pelo ser humano, no usando
sua autoridade pblica para a prtica de arbitrariedades;
XL - no abusar dos meios e dos bens pblicos postos sua disposio, nem
distribu-los a outrem, em detrimento dos interesses da Administrao Pblica,
coibindo tambm a transferncia de tecnologia prpria da funo militar;
XLI - exercer a funo pblica com honestidade, no aceitando vantagem indevida
de qualquer espcie, mantendo-se incorruptvel, e opondo-se a todos os atos
que atentem contra a dignidade da funo;
XLII- dedicar-se integralmente ao servio militar, protegendo as pessoas, o patrimnio e
o meio ambiente com abnegao e desprendimento pessoal, arriscando, se
necessrio, a prpria vida;
XLIII- atuar sempre, respeitados os impedimentos legais, mesmo no estando de
servio, para preservar a ordem pblica ou prestar socorro, desde que no
exista, naquele momento e local, fora de servio suficiente;
XLIV- tratar o subordinado dignamente e com urbanidade;
XLV - manter o sigilo de assuntos de natureza confidencial que tenha cincia em razo
da atividade profissional, exceto por imposio da justia e da disciplina
militar.
Pargrafo nico. Entende-se por dedicao integral ao servio militar, nos termos do
inciso XLII deste artigo, o empenho exclusivo do militar durante o turno de servio para o
qual esteja escalado, de modo ordinrio ou extraordinrio, e para o cumprimento de
obrigaes legais decorrentes da funo militar.
Art. 34. Ao militar so proibidas a sindicalizao e a greve, bem como a filiao a
partido poltico enquanto permanecer em atividade.
Art. 35. Ao militar da ativa vedado comerciar ou tomar parte na administrao ou
gerncia de sociedade, ou delas ser scio ou participar, exceto como acionista ou cotista, em
sociedade annima ou sociedade empresria limitada.
1 O militar na reserva remunerada, quando convocado, fica proibido de tratar, nas
organizaes militares e nas reparties pblicas civis, dos interesses de organizaes ou
empresas privadas de qualquer natureza.
2 Ao militar da ativa vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos,
excetuados os casos previstos na Constituio Federal.
3 proibida ao militar a manifestao individual ou coletiva sobre atos de superiores,
de carter reivindicatrio, de cunho poltico-partidrio e sobre assuntos de natureza militar de
carter sigiloso.
4 Ao bombeiro militar da ativa proibida:
I - elaborar, ou, de qualquer forma, colaborar para a apresentao de projeto contra
incndio e pnico;
II - usar da sua qualidade de bombeiro militar para facilitar a aprovao de projeto do
interesse de outrem.
Seo III
Do Compromisso Militar
Art. 36. Todo cidado, aps ingressar na Polcia Militar ou no Corpo de Bombeiros
Militar do Estado do Tocantins, presta compromisso de honra, no qual afirma a sua aceitao
consciente das obrigaes e dos deveres militares e manifesta a sua firme disposio de bem e
fielmente cumpri-los.
Art. 37. O compromisso a que se refere o art. 36 desta Lei tem carter solene e
prestado na presena de tropa, to logo o militar adquira o grau de instruo compatvel com
o perfeito entendimento de seus deveres como integrante da Polcia Militar ou do Corpo de
Bombeiros Militar, da seguinte forma:
I - "Ao ingressar na Polcia Militar do Estado do Tocantins, prometo regular a minha
conduta pelos preceitos da moral, cumprir rigorosamente as ordens das
autoridades a que estiver subordinado e dedicar-me inteiramente ao servio
policial militar, manuteno da ordem pblica e segurana da comunidade,
mesmo com o sacrifcio da prpria vida";
II - "Ao ingressar no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Tocantins, prometo
regular a minha conduta pelos preceitos da moral, cumprir rigorosamente as
ordens das autoridades a que estiver subordinado e dedicar-me inteiramente ao
servio bombeiro militar, manuteno da ordem pblica e segurana da
comunidade, mesmo com o sacrifcio da prpria vida".
1 O compromisso do Aspirante a Oficial da Polcia Militar ou do Corpo de
Bombeiros Militar prestado no estabelecimento de formao de oficiais, de acordo com o
respectivo regulamento, da seguinte forma:
I - "Ao ser declarado Aspirante a Oficial da Polcia Militar do Estado do Tocantins,
assumo o compromisso de cumprir rigorosamente as ordens a que estiver
subordinado e dedicar-me inteiramente ao servio policial militar, manuteno
da ordem pblica e segurana da comunidade, mesmo com o risco da prpria
vida";
II - "Ao ser declarado Aspirante a Oficial do Corpo de Bombeiros Militar do Estado
do Tocantins, assumo o compromisso de cumprir rigorosamente as ordens a que
estiver subordinado e dedicar-me inteiramente ao servio bombeiro militar,
manuteno da ordem pblica e segurana da comunidade, mesmo com o risco
da prpria vida".
2 Ao ser promovido ao primeiro posto, o Oficial da Polcia Militar ou do Corpo
de Bombeiros Militar presta compromisso de Oficial, em solenidade especialmente
programada, da seguinte forma:
I - "Perante a Bandeira do Brasil, e pela minha honra, prometo cumprir os deveres de
Oficial da Polcia Militar do Estado do Tocantins, e dedicar-me inteiramente ao
seu servio";
II - "Perante a Bandeira do Brasil, e pela minha honra, prometo cumprir os deveres de
Oficial do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Tocantins, e dedicar-me
inteiramente ao seu servio".
CAPTULO VI
DA VIOLAO DAS OBRIGAES E DOS DEVERES
Art. 38. A violao das obrigaes, dos preceitos ou dos deveres militares constitui
crime ou transgresso disciplinar na conformidade da legislao ou regulamentao
especfica.
Pargrafo nico. A violao a que se refere este artigo to mais grave quanto mais
elevado o grau hierrquico do infrator.
Art. 39. A inobservncia dos deveres previstos em leis e regulamentos ou a falta de
exao no cumprimento deles acarreta, para o militar, responsabilidade funcional, pecuniria,
disciplinar ou penal, na conformidade da legislao especfica.
Pargrafo nico. A apurao da responsabilidade administrativa ou penal pode concluir
pela incompatibilidade do militar com o cargo e pela incapacidade para o exerccio das
funes militares a ele inerentes.
Art. 40. So competentes para instaurar ou determinar a instaurao de sindicncia, e
aplicar as sanes disciplinares, as seguintes autoridades:
I - o Chefe do Poder Executivo, em relao a todos os integrantes das Corporaes
Militares Estaduais, as sanes previstas nesta Lei;
II - o Comandante-Geral, em relao a todos que lhe forem funcionalmente
subordinados, as sanes previstas nesta Lei, exceto a demisso de oficial;
III - o Chefe do Estado Maior, em relao a todos militares que lhe forem
funcionalmente subordinados, as sanes disciplinares at trinta dias de priso;
IV - o Corregedor-Geral, em relao a todos militares sujeitos a esta Lei, exceto o
Comandante-Geral, o Chefe do Estado Maior, o Subchefe do Estado Maior e todos
os integrantes da Casa Militar, as sanes disciplinares at trinta dias de priso;
V - o Secretrio-Chefe e o Subchefe da Casa Militar, em relao a todos os militares
que lhe forem funcionalmente subordinados, as sanes disciplinares previstas
nesta Lei, exceto a demisso de oficial;
VI - o Diretor, o Subdiretor, o Chefe de Seo do Estado Maior, os Comandantes ou
Subcomandantes de OM, em relao a todos os militares que lhes forem
funcionalmente subordinados, as sanes disciplinares at trinta dias de priso.
Art. 41. So competentes para a instaurao de Conselho de Justificao e de Conselho
de Disciplina e para determinar o imediato afastamento do acusado do exerccio de suas
funes:
I - o Chefe do Poder Executivo, em relao a todos os militares estaduais;
II - o Comandante-Geral da Corporao e, na falta ou impedimento deste, o Chefe do
Estado Maior, em relao a todos os militares que lhe forem funcionalmente
subordinados;
III - o Secretrio-Chefe da Casa Militar, em relao a todos os militares que lhe forem
funcionalmente subordinados.
CAPTULO VII
DAS TRANSGRESSES DISCIPLINARES
Art. 42. Transgresso disciplinar a infrao administrativa caracterizada pela violao
aos preceitos ou deveres da tica inerentes atividade militar, incorrendo o autor nas sanes
previstas nesta Lei.
1 A infrao administrativa prescreve, desde a data do conhecimento pela
Administrao Pblica da ocorrncia do ato ou do fato, em:
I - um ano a transgresso leve;
II - dois anos a transgresso mdia;
III - cinco anos a transgresso grave.
2 A instaurao de processo disciplinar interrompe a prescrio da infrao
administrativa.
Art. 43. O julgamento do infrator deve ser precedido de exame e de anlise que
considerem:
I - seus antecedentes;
II - as causas determinantes da transgresso;
III - a natureza dos fatos ou dos atos que a constituir;
IV- as consequncias advindas ou que dela possam advir.
Art. 44. So transgresses de natureza leve:
I - deixar de prestar a informao que lhe couber em procedimentos administrativos;
II - deixar de comunicar ao superior hierrquico a execuo de ordem deste recebida;
III - usar ou portar, em servio, armamento no regulamentado ou determinado, salvo
se autorizado pelo comandante ou chefe direto;
IV - dirigir-se ao Chefe do Poder Executivo ou autoridade militar sem obedincia
cadeia de comando acerca de assuntos institucionais;
V - comparecer fardado em reunies de carter poltico, exceto quando em servio;
VI - conversar ou fazer rudo em ocasio ou em horrio imprprios;
VII - deixar de encaminhar autoridade competente, por via hierrquica e com presteza,
documento que haja recebido cujo exame no seja de sua competncia;
VIII- chegar atrasado a qualquer ato de servio ou de instruo, ou a solenidade para a
qual tenha sido designado;
IX - descuidar do asseio prprio ou do local do trabalho;
X - deixar de iar ou arriar a bandeira ou insgnia nos horrios determinados;
XI - quando em servio ou fardado, faltar aos preceitos da civilidade;
XII - causar alarde injustificvel.
Art. 45 So transgresses de natureza mdia:
I - concorrer para a discrdia ou desarmonia entre militares ou cultivar ou incentivar a
inimizade entre integrantes da Corporao;
II - deixar de punir o transgressor ou de comunicar a autoria da transgresso da
disciplina;
III - dificultar ao subordinado a apresentao de recurso disciplinar;
IV - deixar de participar, em tempo hbil, autoridade competente a impossibilidade de
comparecer a qualquer ato de servio ou instruo;
V - faltar a qualquer ato de servio e de instruo ou a solenidade para a qual tenha
sido designado;
VI - quando de folga, frequentar lugares incompatveis com o decoro da classe ou da
sociedade;
VII - no atender solicitao do pessoal de servio no sentido de mostrar o contedo
de embrulho ou de qualquer objeto que esteja portando no interior do quartel;
VIII - conduzir viatura militar, sem pertencer ao quadro de motoristas ou pilotos da
Corporao ou sem fardamento, salvo em situao de comprovada necessidade ou
por ordem superior;
IX - desconsiderar autoridade civil ou militar, ou desrespeitar qualquer agente pblico
no exerccio de suas funes;
X - deixar de devolver, ao final do servio, o armamento ou equipamento que lhe
tenha sido entregue;
XI - permutar servio sem permisso da autoridade competente;
XII - dar entrevista, publicar ou fornecer dados sobre assuntos institucionais, sigilosos
ou no, sem autorizao superior;
XIII -negar-se a receber, injustificadamente, equipamento ou qualquer outro objeto que
lhe seja destinado ou deva ficar sob sua responsabilidade;
XIV -autorizar ou determinar ao subordinado atribuies estranhas ao cargo que ocupe,
exceto em situaes transitrias, no interesse pblico;
XV - distribuir ou divulgar publicaes, estampas ou objetos que atentem contra a
disciplina ou a moral;
XVI -abrir ou tentar abrir local de entrada no permitida, ou nele adentrar ou permitir
adentrar sem autorizao;
XVII- demonstrar desdia, impercia, imprudncia ou negligncia no desempenho de ato
de servio ou instruo;
XVIII- atrasar injustificadamente a chamada ou brado para atendimento de ocorrncia;
XIX - extrapolar, sem justificao prvia, o prazo de entrega ou concluso de processo
ou procedimento administrativo;
XX- portar-se de modo inconveniente, qualquer que seja o local, deixando de observar
os princpios da boa educao e da moral, em desprestgio da Corporao;
XXI- utilizar indevidamente, ou permitir o uso indevido, de qualquer meio de
comunicao pertencente Corporao;
XXII- falar ao celular quando na direo de viatura militar;
XXIII- conduzir ou transportar, em veculos pertencentes Corporao, passageiro ou
carga em desconformidade com as normas de trnsito, ressalvadas as situaes
transitrias de interesse pblico;
XXIV- retardar ou prejudicar o servio de polcia judiciria militar, processo ou
procedimento administrativo;
XXV- violar ou deixar de preservar o local de crime ou acidente;
XXVI- retardar, sem justo motivo, a execuo de ordem de superior hierrquico;
XXVII - apresentar-se o militar, em qualquer situao, mal uniformizado, com o
uniforme alterado, desfalcado ou com apresentao diferente da prevista,
contrariando o Regulamento de Uniforme, norma a respeito ou determinao
superior;
XXVIII- retirar-se da presena de superior hierrquico sem sua permisso, deixar de
saud-lo militarmente, bem como deixar o superior de corresponder s
homenagens e sinais de respeito a ele dirigidas;
XXIX- sobrepor ao uniforme ou ao prprio corpo adereo no autorizado ou no
regulamentado pela Corporao ou, ainda, usar indevidamente distintivos,
medalhas ou condecoraes;
XXX- utilizar de qualquer meio de comunicao para transmitir mensagem ou imagem
ofensiva moral ou dignidade de qualquer pessoa ou de integrante de qualquer
instituio;
XXXI- conduzir viatura militar sem possuir habilitao especfica, salvo estado de
necessidade;
XXXII- deixar de conferir, no incio e no final do servio, o armamento ou o
equipamento sob sua responsabilidade;
XXXIII- conduzir ou transportar bem pertencente ao Estado com imprudncia,
negligncia ou impercia, ou sem autorizao.
Art. 46 So transgresses de natureza grave:
I - abandonar o servio ou sua rea de circunscrio sem motivo ou sem prvia
autorizao da autoridade competente;
II - fazer afirmao falsa, negar ou calar a verdade no mbito da Corporao;
III - exercer sua funo de forma fraudulenta, por ato comissivo ou omissivo;
IV - ameaar, induzir ou instigar algum a que no declare a verdade em procedimento
administrativo, civil ou penal;
V - exercer ou administrar, o militar em servio ativo, outra atividade profissional:
a) legalmente vedada ou incompatvel com a profisso de Militar Estadual;
b) que cause prejuzo ao servio;
c) com emprego de bens do Estado;
VI - utilizar-se de profissionais ou recursos logsticos da Administrao ou sob sua
responsabilidade a fim de atender a interesses pessoais ou de terceiros;
VII - aconselhar ou concorrer para que no seja cumprida qualquer ordem emanada de
autoridade competente, ou para que seja retardada a sua execuo;
VIII - no cumprir ordem recebida;
IX - emitir ordem de que saiba ser impossvel a sua execuo, ou esquivar-se de
explicit-la ou fornec-la por escrito, quando necessrio;
X - permitir que preso sob sua custdia conserve em seu poder telefone ou instrumento
que possa danificar a priso, ou outro objeto de que possa se valer para a prtica de
ilicitude;
XI - no se apresentar, pronto para o servio, ao fim de licena, frias, dispensa do
servio, afastamento mdico, ou aps saber da cassao ou suspenso de que
qualquer delas;
XII - representar a Corporao ou a Unidade em que sirva sem autorizao;
XIII - efetuar, em folha de pagamento, desconto no autorizado ou determin-lo,
quando para isso competente, fora das previses legais e regulamentares;
XIV - usar de fora desnecessria ou de violncia fsica ou verbal, em ato de servio
ou no, maltratando, humilhando, constrangendo ou infamando qualquer pessoa,
ou deixar que algum o faa;
XV - deixar de prestar auxlio, quando necessrio ou solicitado, em desastre e acidentes
ou em priso de delinquente, tendo condies de faz-lo ainda que de folga;
XVI - dirigir-se ou referir-se de forma desrespeitosa a superior hierrquico, censurar-
lhe ato ou procurar desconsider-lo em crculo militar ou entre civis;
XVII - provocar ou desafiar superior, par ou subordinado com palavras ofensivas,
gestos ou aes incompatveis com a camaradagem reinante entre os militares;
XVIII - promover escndalo ou nele envolver-se, comprometendo a respeitabilidade da
Corporao ou de seus integrantes;
XIX - promover ou participar de luta corporal com outro militar, salvo em instruo
ou atividades desportivas pertinentes;
XX - introduzir ou consumir bebidas alcolicas, ou comparecer embriagado em quartel
ou reas militares;
XXI - consumir ou induzir algum a consumir bebida alcolica, estando em servio
ou fardado, em qualquer local;
XXII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou para terceiro;
XXIII - extraviar ou danificar, dolosa ou culposamente, ou no ter o devido zelo com
qualquer material pertencente Fazenda Pblica;
XXIV - utilizar-se de forma abusiva dos bens pertencentes Fazenda Pblica;
XXV - exigir ou solicitar qualquer espcie de donativo pelo servio executado;
XXVI - receber ou permitir que subordinado receba, em qualquer local de ocorrncia
policial ou de atendimento a incndio, desabamento, inundao ou outro servio
de socorro, quaisquer objetos ou valores, ainda que doados pelo proprietrio ou
responsvel;
XXVII - andar ostensivamente armado em trajes civis;
XXVIII -envolver-se em negcios ilegais ou imorais;
XXIX - fazer, promover, participar ou instigar manifestao de carter coletivo
contrrio aos princpios regentes da vida militar;
XXX - deixar de comunicar os ilcitos de que tiver conhecimento e no lhe caiba
promover os atos de represso;
XXXI - quando em horrio de servio, dirigir-se a lugares incompatveis com o decoro
da classe e da sociedade, salvo em razo do servio;
XXXII - deixar de apresentar-se, aps o trnsito, Unidade para a qual tenha sido
transferido ou classificado, desde que o fato no tipifique crime de desero;
XXXIII- quebrar a cadeia de comando;
XXXIV- perder injustificadamente a chamada ou o brado para atendimento de
ocorrncia;
XXXV - simular doena para esquivar-se de cumprir sua funo, ou ordem recebida, ou
a fim de retardar procedimento administrativo ou inqurito policial militar;
XXXVI- facilitar a utilizao por outrem ou utilizar-se de meios ilegais, imorais,
fraudulentos ou no permitidos, para se beneficiar em curso, instruo,
concurso ou seleo;
XXXVII- publicar ou encaminhar para publicao, em qualquer meio de comunicao,
matria que denigra a imagem de outro militar ou que atente contra a
hierarquia ou a disciplina;
XXXVIII- elaborar o bombeiro militar projeto contra incndio e pnico, ou de qualquer
forma concorrer para sua apresentao, ou, ainda, usar de seu cargo para
facilitar-lhe a aprovao em favor de outrem.
Art. 47. Ao aluno de qualquer curso ou estgio aplicam-se supletivamente as
disposies disciplinares previstas no estabelecimento de ensino em que estiver matriculado.
Art. 48. Alm das infraes previstas no art. 46 desta Lei, constituem transgresses
graves as condutas que violem os preceitos e deveres ticos especificados neste Estatuto.
Art. 49. A classificao das transgresses definidas nos arts. 44, 45, 46 e 48 pode,
motivadamente, ser alterada, em decorrncia de qualquer das situaes fixadas no art. 43
desta Lei.
CAPTULO VIII
DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS DISCIPLINARES
Seo I
Das Espcies
Seo II
Da Sindicncia
Seo III
Dos Conselhos de Justificao e de Disciplina
Seo IV
Do Comportamento Militar
Art. 64. O comportamento da praa reflete sua conduta civil e profissional, sob o ponto
de vista da disciplina militar.
Art. 65. O comportamento militar da praa classificado em:
I - excepcional: quando, no perodo de oito anos de efetivo servio, no tenha sofrido
qualquer punio disciplinar;
II - timo: quando, no perodo de quatro anos de efetivo servio, tenha sido punido
com at uma deteno;
III - bom: quando, no perodo de dois anos de efetivo servio, tenha sido punido com
at duas prises;
IV - insuficiente: quando, no perodo de um ano de efetivo servio, tenha sido punido
com at duas prises;
V - mau: quando, no perodo de um ano de efetivo servio, tenha sido punido com mais
de duas prises.
1 Para efeito deste artigo:
I - duas repreenses equivalem a uma deteno;
II - quatro repreenses equivalem a uma priso;
III - duas detenes equivalem a uma priso;
IV - uma transferncia a bem da disciplina equivale a uma deteno.
2 automtica a contagem de tempo para reclassificao de comportamento, e
comea a fluir a partir da data em que se encerrar o cumprimento da punio.
3 Ao ser includo na Corporao, a praa classificada no comportamento "bom".
CAPTULO IX
DAS REPOSIES E INDENIZAES
CAPTULO X
DOS DIREITOS
Seo I
Da Remunerao
Art. 81. Por ocasio de sua passagem para a inatividade, o militar tem direito ao valor
dos proventos igual ao subsdio do posto ou da graduao que ocupava na ativa,
correspondente ao tempo de contribuio, computvel at o mximo de trinta anos, para
homens, e vinte e cinco anos, para mulheres.
1 O tempo de servio considerado pela legislao vigente data da promulgao da
Emenda Constitucional Federal 20 computado como tempo de contribuio.
2 Os proventos da inatividade no podem ser superiores aos subsdios da atividade,
ressalvadas as situaes constitudas at a data da vigncia desta Lei.
* 3 Os proventos mencionados no caput deste artigo, reajustveis na mesma data e
proporo dos subsdios dos militares da ativa, correspondem ao tempo de contribuio
computvel at o mximo de:
*I- 30 anos, para homens;
*II 25 anos, para mulheres.
*3 acrescentado pela Lei n 2.924, de 3/12/2014.
* 4 A regra disposta no caput deste artigo, no se aplica ao militar reformado que for
promovido pelo critrio de invalidez permanente, o qual ter direito ao valor dos proventos
igual ao subsdio do novo posto ou graduao alcanada.
*4 acrescentado pela Lei n 2.924, de 3/12/2014.
Art. 82. Os proventos do militar incapacitado para o servio ativo so computados:
I - integralmente, correspondente ao subsdio do grau hierrquico que possua na
ativa, quando reformado em consequncia de qualquer dos motivos referidos nos
incisos I, II e III do art. 127 desta Lei;
II - integralmente, correspondente ao subsdio do grau hierrquico que possua na
ativa, quando reformado em consequncia de qualquer dos motivos previstos no
inciso IV do art. 127 desta Lei, desde que considerado invlido total e
permanentemente para qualquer atividade laborativa;
III - proporcionais ao tempo de contribuio e correspondente ao subsdio do grau
hierrquico que possua na ativa quando reformado em consequncia de qualquer
dos motivos referidos no inciso IV do art. 127 desta Lei, desde que constatado, por
junta mdica da Corporao, que o militar portador de doena incapacitante para
o servio militar estadual e no for possvel o seu aproveitamento nas atividades
administrativas da Polcia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar.
1 O militar reformado proporcionalmente ao tempo de contribuio, de acordo com o
inciso III deste artigo, tem direito a reviso dos seus proventos se, por junta mdica da
Corporao, for constatado o agravamento do quadro clnico que deu origem sua reforma.
2 O militar reformado nos termos do inciso III deste artigo no pode perceber
provento inferior ao salrio mnimo.
Seo II
Das Vantagens Pecunirias
Seo III
Da Promoo
Art. 84. O acesso na hierarquia militar seletivo, gradual e sucessivo e feito mediante
promoes, na forma da legislao especfica, de modo a obter-se um fluxo regular e
equilibrado da carreira.
1 O planejamento da carreira dos militares, Oficiais e Praas, obedecida a legislao
especfica, atribuio do Comandante-Geral da Corporao.
2 A promoo ato administrativo que tem como finalidade bsica a seleo dos
militares para o exerccio de funes pertinentes ao grau hierrquico superior.
Art. 85. As promoes so efetuadas pelos critrios:
I - de antiguidade, decorrente da precedncia hierrquica de um militar sobre os
demais de igual posto ou graduao do mesmo quadro;
II - de merecimento, que tem como pressuposto o conjunto de qualidades e atributos
que distinguem e realam o valor do militar entre seus pares, avaliados no decurso
da carreira e no desempenho de cargos e comisses exercidos, particularmente no
grau hierrquico que ocupa ao ser cogitado para promoo;
III - por escolha, efetuada por ato do Chefe do Poder Executivo, ao posto de Coronel,
do Tenente-Coronel, que julgar qualificado para o desempenho dos altos cargos de
comando, chefia ou direo;
IV - por bravura, resultante de ato ou atos incomuns de coragem, audcia e abnegao
que, ultrapassando os limites normais do cumprimento do dever, representem
feitos indispensveis s operaes militares, pelos resultados alcanados ou pelo
exemplo deles emanado;
V - post mortem, com vistas a:
a) expressar o reconhecimento do Estado ao militar falecido no cumprimento em
consequncia do dever;
b) preencher as condies exigidas nesta Lei, no efetivado em virtude do bito;
VI - de tempo de contribuio para o militar que complete o tempo necessrio de
contribuio previdenciria destinado sua transferncia voluntria para a reserva
remunerada no posto ou graduao imediatamente superior quele em que se
encontre;
*VII -de invalidez permanente, a que faz jus o Policial Militar ativo ou inativo que for
ou tenha sido julgado incapaz definitivamente para o servio militar, pela Junta
Militar Central de Sade, em razo de ferimento ou enfermidade decorrente do
cumprimento do dever ou que nele tenha a sua causa eficiente, comprovado por
sindicncia ou inqurito policial militar.
*Inciso VII com redao determinada pela Lei n 3.028, de 4/11/2015.
VII -de invalidez permanente, a que faz jus o militar da ativa que for julgado incapaz
definitivamente para o servio militar, pela Junta Militar de Sade, em razo de
ferimento ou enfermidade decorrente do cumprimento do dever ou que nele tenha
a sua causa eficiente, comprovado por sindicncia ou inqurito policial militar.
1 Em casos extraordinrios, pode haver promoo pelo critrio de ressarcimento de
preterio.
2 A promoo do militar feita em ressarcimento de preterio efetuada pelo critrio
a que tinha direito, com o nmero que lhe cabia na escala hierrquica, como se houvesse sido
promovido na poca devida.
3 A promoo pelo critrio de tempo de contribuio:
I - independe:
a) do preenchimento de quaisquer dos requisitos estabelecidos na Lei de Promoes
dos Militares Estaduais;
b) de vaga em posto ou graduao do quadro a que pertencer o militar;
II - induz promoo do Subtenente para o posto de Segundo-Tenente;
III - no se aplica aos ocupantes do posto de Coronel, atendido, neste caso, o disposto
na Lei 1.775, de 13 de abril de 2007;
IV - precede o ato de transferncia para a reserva remunerada.
4 Os demais requisitos e condies necessrios efetivao das promoes pelos
critrios previstos neste artigo so estabelecidos em lei especfica.
Seo IV
Das Frias e outros Afastamentos
Temporrios do Servio
Art. 86. O militar tem frias de trinta dias, acumulveis at o mximo de dois perodos
em caso de necessidade do servio.
Pargrafo nico. Para qualquer perodo aquisitivo de frias so exigidos doze meses de
efetivo servio.
Art. 87. Compete ao Comandante-Geral a aprovao dos planos de frias das
organizaes militares subordinadas, bem como a fiscalizao do seu cumprimento.
1 A concesso das frias no anula direito a licenas e no prejudicada:
I - pela fruio anterior de licena para tratamento de sade;
II - por punio anterior decorrente de transgresso disciplinar;
III - pelo estado de guerra;
IV - para que sejam cumpridos atos de servio.
2 O perodo planejado de frias dos militares suspenso ou alterado, mediante
registro nos assentamentos, e somente nos seguintes casos:
I - interesse da manuteno da ordem;
II - extrema necessidade de servio;
III - transferncia para a inatividade.
3 vedada a acumulao de trs perodos de frias, independentemente dos motivos
enunciados no 2o deste artigo.
Art. 88. O militar tem direito aos seguintes perodos integrais de afastamento do
servio, obedecidas a legislao pertinente, por motivo de:
I - npcias, oito dias;
II - luto, oito dias, por morte de:
a) cnjuge ou companheiro;
b) descendente ou ascendente, por consaguinidade, em linha reta;
c) parente por afinidade, em primeiro grau, na linha reta ascendente ou descendente;
d) colateral por consaguinidade at segundo grau;
III - instalao, at dez dias;
IV -trnsito, at trinta dias;
V - finalizao de trabalho objeto de curso de graduao ou ps-graduao, at dez
dias consecutivos;
VI - data natalcia do militar, um dia.
Pargrafo nico. O afastamento do servio por motivo de npcias ou luto concedido,
no primeiro caso, se solicitado por antecipao data do evento e, no segundo, at oito dias
aps o bito.
Art. 89. As frias e outros afastamentos mencionados nesta Seo so concedidos sem
prejuzo da remunerao e computados como tempo de efetivo servio para todos os efeitos
legais.
Seo V
Das Licenas
Art. 90. Licena o ato liberatrio do servio do militar em carter total e temporrio,
baixado pelo Comandante-Geral, obedecidas as disposies legais e regulamentares.
Pargrafo nico. Facultam-se as seguintes licenas:
I - para tratar de interesse particular;
II - para tratamento de sade de pessoa da famlia;
III - para tratamento da prpria sade;
IV - maternidade;
V - por adoo;
VI - paternidade.
Art. 91. A licena para tratar de interesse particular concedida ao militar com mais de
dez anos de efetivo servio, pelo prazo de at dois anos, mediante requerimento, atendido o
mrito administrativo.
Pargrafo nico. A licena de que trata este artigo, enquanto durar, interrompe a
remunerao e a contagem do tempo de efetivo servio.
Art. 92. As licenas maternidade, por adoo e paternidade tem os seguintes prazos de
durao:
I - licena maternidade, cento e vinte dias;
II - licena por adoo, concedida militar que adotar ou obtiver guarda judicial para
fins de adoo:
a) cento e vinte dias, se a criana tiver at um ano de idade;
b) sessenta dias, se a criana tiver mais de um at quatro anos de idade;
c) trinta dias, se a criana tiver mais de quatro at oito anos de idade;
III - licena paternidade, oito dias, concedida ao militar por nascimento de filho,
reconhecimento de paternidade ou que adotar ou obtiver guarda judicial para fins
de adoo, de criana at oito anos de idade.
Pargrafo nico. Para amamentar o prprio filho, at a idade de seis meses, a militar
lactante tem direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que pode ser
parcelada em dois perodos de meia hora.
Art. 93. A durao da licena maternidade pode, atendido o mrito administrativo, ser
prorrogada por sessenta dias mediante requerimento da militar beneficiada.
Pargrafo nico. Para que a prorrogao de que trata este artigo seja efetivada, a militar
deve requerer o benefcio antes de findar o ltimo ms da licena maternidade.
Art. 94. A durao da licena por adoo pode ser prorrogada, atendido o mrito
administrativo, mediante requerimento da militar beneficiada, em:
I - quarenta e cinco dias, no caso de criana com at um ano de idade;
II - trinta dias, no caso de criana com mais de um at oito anos de idade.
Art. 95. Durante o perodo de prorrogao da licena maternidade ou da licena por
adoo, a militar no pode exercer qualquer atividade remunerada, e a criana no pode ser
mantida em creche ou organizao similar.
Pargrafo nico. Em caso de descumprimento do disposto neste artigo, a militar perde o
direito prorrogao da licena.
Art. 96. A licena para tratamento de sade de pessoa da famlia ou para tratamento da
prpria sade pode ser concedida ao militar, a pedido ou de ofcio, precedida de inspeo
realizada pelo servio de sade da Corporao, sem prejuzo do subsdio.
1 Na impossibilidade fsica de locomoo do paciente, a inspeo de sade pode ser
realizada no local onde este se encontrar.
2 As licenas referidas no caput deste artigo somente so concedidas depois da
homologao pelo servio de sade da Corporao.
3 O servio de sade da Corporao, em sendo necessrio, pode modificar o perodo
anteriormente prescrito, aps anlise da documentao apresentada ou avaliao do paciente,
retroagindo seus efeitos data inicial do afastamento.
4 Computa-se falta ao militar que no se apresenta ao servio na data fixada para o
trmino da licena.
5 Findo o prazo da licena, o pedido de prorrogao sujeita o militar a nova inspeo
pelo servio de sade da Corporao.
Art. 97. Incumbe Junta Militar Central de Sade (JMCS) formar livremente sua
convico fundada em fatos, circunstncias ou elementos, independentemente de:
I - diagnsticos e pareceres de especialistas;
II - atestados emitidos por outros profissionais de sade;
III - resultados de exames subsidirios;
IV - diagnsticos decorrentes de internao.
Pargrafo nico. Pode compor a Junta Militar Central de Sade (JMCS) profissional
civil integrante da Junta Mdica Oficial do Estado.
Art. 98. A licena para tratar de interesse particular pode suspender-se:
I - em caso de mobilizao e estado de guerra;
II - em caso de estado de defesa ou de stio;
III - para cumprimento de sentena que implique restrio da liberdade individual;
IV - em caso de indiciao em inqurito policial militar;
V - em caso de pronncia em processo criminal.
Seo VI
Dos Recursos
Art. 99. O militar que se julgar prejudicado por qualquer ato administrativo de superior
hierrquico pode recorrer da deciso, ao amparo da legislao vigente.
1 So recursos disciplinares:
I - no mbito da sindicncia:
a) o pedido de reconsiderao;
b) o recurso hierrquico;
II - no mbito dos Conselhos de Justificao e de Disciplina, a apelao.
2 O direito de recorrer, na esfera administrativa, preclui:
I - em trinta dias corridos, a contar do recebimento de comunicao oficial, quanto a
ato que decorra da composio de quadro de acesso para promoo;
II - em cinco dias teis:
a) para interpor pedido de reconsiderao de ato ou recurso hierrquico, a contar da
data em que o militar tome conhecimento oficial da deciso em que se aplicou a
sano disciplinar;
b) da data em que tome conhecimento oficial do indeferimento do pedido de
reconsiderao;
III - em quinze dias teis para interpor apelao, a contar da data em que o militar tome
conhecimento oficial do teor do julgamento proferido pela autoridade nomeante do
respectivo conselho.
3 A reconsiderao o recurso interposto por requerimento dirigido autoridade
prolatora, no qual o militar que se julgue prejudicado, injustiado ou ofendido, pede o
reexame da deciso.
4 Recurso hierrquico o recurso disciplinar interposto pelo militar irresignado com
o indeferimento do pedido de reconsiderao de ato, dirigido diretamente:
I - ao Chefe do Estado-Maior, quando a autoridade instauradora da sindicncia for o
Corregedor ou a autoridade funcionalmente inferior a este;
II - autoridade imediata e funcionalmente superior nos demais casos.
5 A apelao consiste no recurso interposto contra o julgamento proferido nos autos
do Conselho de Justificao ou Disciplina, dirigido autoridade superior nomeante.
6 O pedido de reconsiderao, o recurso hierrquico e a apelao cabem a cada um
dos militares que se julgue prejudicado, injustiado ou ofendido.
Seo VII
Do Alistamento Eleitoral
Art. 100. Todos os militares so alistveis como eleitores. O militar alistvel elegvel,
atendidas as seguintes condies:
I - se contar menos de dez anos de servio, deve afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de servio, agregado pela autoridade superior e, se
eleito, passa automaticamente, no ato da diplomao, para a reserva remunerada,
proporcionalmente ao seu tempo de contribuio.
1 O militar transferido para a reserva remunerada na conformidade do inciso II deste
artigo pode, mediante requerimento, observado o mrito administrativo, retornar ao servio
ativo da Corporao desde que terminado o mandato eletivo, por renncia ou implemento de
tempo.
2 O retorno do militar cujo mandato eletivo houver cessado, depende de ato do:
I - Chefe do Poder Executivo, se Oficial;
II - Comandante-Geral, se Praa.
3 No caso do 2o deste artigo, a antiguidade contada a partir da data do respectivo
ato.
CAPTULO XI
DAS PRERROGATIVAS
Seo nica
Dos Uniformes
CAPTULO XII
DAS SITUAES ESPECIAIS
Seo I
Da Agregao
Art. 107. A agregao a situao na qual o militar da ativa deixa de ocupar vaga na
escala hierrquica do seu quadro, nela permanecendo sem nmero.
1 O militar deve ser agregado quando:
I - nomeado para cargo no considerado de natureza militar;
II - aguardar transferncia para a reserva remunerada, por ter sido enquadrado em
quaisquer dos requisitos que a motivem;
III - condenado pena de suspenso do posto, graduao, cargo ou funo na
conformidade do Cdigo Penal Militar.
IV - julgado incapaz definitivamente para o servio, enquanto tramita o processo de
reforma;
V - ultrapassados seis meses contnuos em licena para tratamento da prpria sade;
VI - ultrapassados seis meses contnuos em licena para tratar de interesse particular;
VII - ultrapassados seis meses contnuos em licena para tratamento em pessoa da
famlia;
VIII - oficialmente considerado extraviado;
IX - oficialmente declarado desertor, se Oficial ou Praa estvel;
X - apresentar-se voluntariamente ou ter sido capturado, aps desero;
XI - ficar unicamente a disposio da justia comum, para se ver processar, exceto se a
ao penal decorrer de ato do servio;
XII - ultrapassar seis meses contnuos, sujeito a processo no foro militar, exceto se a
ao penal decorrer de ato do servio;
XIII - tiver sido condenado pena restritiva de liberdade superior a seis meses, com
sentena transitada em julgado, enquanto durar a sua execuo, ou at que seja
declarado indigno de pertencer Corporao ou com ela incompatvel;
XIV - nomeado para qualquer cargo, emprego ou funo pblica temporria, de
natureza civil no eletiva, ainda que na administrao indireta;
XV - candidato a cargo eletivo, desde que conte com dez ou mais anos de servio.
2 O militar agregado na conformidade do inciso II do pargrafo anterior, ainda que
afastado de suas funes, considerado em servio ativo para todos os efeitos legais.
3 considerado em servio ativo para todos os efeitos legais, o militar:
I - que ficar unicamente disposio da Justia Comum para se ver processar e
julgar;
II - sujeito a processo na Justia Militar, decorrente de ato de servio.
4 A agregao do militar, a que se referem os incisos I e XIV do 1, deste artigo,
contada a partir da data da nomeao no novo cargo at o regresso Corporao ou a
transferncia ex officio para a reserva remunerada.
5 A agregao do militar, a que se referem os incisos V, VI, VII, e XII do 1, deste
artigo, contada a partir do primeiro dia aps os respectivos prazos, e enquanto durar o
evento.
6 A agregao do militar, a que se referem os incisos III, VIII, IX, X e XI do 1,
deste artigo, contada a partir da data indicada no ato que torna pblico o respectivo evento.
7 A agregao do militar, a que se refere o inciso XV do 1o, deste artigo, contada a
partir da data do registro como candidato at sua diplomao ou retorno Corporao, se no
eleito.
8 O militar agregado permanece sujeito s obrigaes disciplinares concernentes s
suas relaes com outros militares e autoridades civis.
9 O militar agregado fica adido ao Quartel do Comando Geral para efeito de
alteraes e remunerao, continuando a figurar no respectivo almanaque, sem nmero, no
lugar que at ento ocupava, com abreviatura "Ag" e anotaes esclarecedoras da situao.
10. A agregao se faz por ato do Comandante-Geral da Corporao.
Seo II
Da Reverso
Art. 108. Reverso o ato pelo qual o militar agregado retorna ao respectivo quadro, to
logo cesse o motivo que determinou a agregao, voltando a ocupar o lugar que lhe compete
na respectiva escala numrica.
Art. 109. A qualquer tempo pode ser determinada a reverso do militar, exceto nos
casos dos incisos III, IV, V, VIII, XIII e XV do 1o do art. 107 desta Lei.
Art. 110. A reverso se faz por ato do Comandante-Geral da Corporao.
Seo III
Do Excedente
Seo IV
Do Ausente
Art. 112. considerado ausente o militar que, por mais de vinte e quatro horas
consecutivas:
I - deixar de comparecer sua organizao militar, sem comunicar qualquer motivo
ou impedimento;
II - ausentar-se, sem licena da organizao militar a que serve ou do local onde deve
permanecer.
Pargrafo nico. O militar considerado ausente at o prazo no confirmativo da
desero.
Seo V
Do Desaparecimento, do Extravio e do Falecimento
CAPTULO XIII
DA EXCLUSO DO SERVIO ATIVO
Seo I
Da Transferncia para a Reserva Remunerada
Seo III
Da Desero
Art. 131. O militar oficialmente declarado desertor tem sua situao funcional definida
na conformidade do Cdigo de Processo Penal Militar.
CAPTULO XIV
DA DEMISSO, EXONERAO, PERDA DO POSTO E
DA PATENTE DOS OFICIAIS, E DA GRADUAO
DAS PRAAS E DA DECLARAO DE INDIGNIDADE DE
PERMANNCIA NO SERVIO ATIVO DA CORPORAO
CAPTULO XV
DO TEMPO DE CONTRIBUIO
Art. 141. Tempo de efetivo servio o espao de tempo, contnuo ou no, computado
dia a dia, entre a data da incluso na Corporao e a do limite estabelecido para contagem, ou
a data de excluso do servio ativo.
1 Computa-se, ainda, como tempo de efetivo servio:
I - o tempo de contribuio prestado em qualquer organizao militar, Federal ou
Estadual, contado exclusivamente para fins de inatividade;
II - o tempo passado dia a dia nas organizaes militares do Estado do Tocantins pelo
militar da reserva da Corporao, convocado ou mobilizado para o exerccio de
funes militares estaduais.
2 Ao tempo de contribuio a que se refere este artigo, apurado e totalizado em dias,
aplicado o divisor de trezentos e sessenta e cinco dias para a correspondente obteno dos
anos de efetivo servio.
Art. 142. Anos de Servio a expresso que designa o tempo de contribuio a que se
refere o art. 141 desta Lei, no computados para fins de gratificaes, adicionais ou quaisquer
outras vantagens pecunirias, com os seguintes acrscimos:
I - tempo de contribuio pblico federal, estadual ou municipal, prestado pelo militar
estadual anterior sua incluso na Corporao, excetuado o constante do inciso I
do 1o do art. 141 desta Lei;
II - tempo de contribuio prestado em atividades privadas;
III - tempo de contribuio autnoma.
Pargrafo nico. No se computa para nenhum efeito o tempo:
I - passado em licena para tratar de interesse particular;
II - passado como desertor;
III - decorrido em cumprimento de pena de suspenso de exerccio do posto,
graduao, cargo ou funo por sentena com trnsito em julgado;
IV - decorrido em cumprimento de pena restritiva da liberdade, por sentena com
trnsito em julgado, desde que no tenha sido concedida suspenso condicional da
pena, ou no tenha o militar sido designado para o exerccio de qualquer cargo ou
funo. Neste caso, o tempo computado para todos os efeitos, se as condies
estipuladas na sentena no o impeam.
Art. 143. computado como se estivesse em exerccio das respectivas funes, o tempo
que o militar estiver afastado por motivo de ferimento recebido em acidente em servio, na
manuteno da ordem pblica ou de molstia adquirida no exerccio de qualquer funo
militar estadual.
Art. 144. O tempo de contribuio do militar beneficiado por anistia na conformidade
do respectivo ato concessivo.
Art. 145. O tempo de contribuio passado pelo militar no exerccio de atividades
decorrentes ou dependentes de operaes de guerra regulado em legislao especfica.
Art. 146. O pedido de transferncia para a reserva remunerada do militar que tenha
completo o tempo de contribuio, ou esteja em via de complet-lo, comunicado, para efeito
de substituio, ao Comandante-Geral da Corporao com antecedncia de trinta dias.
Art. 147. Na contagem dos anos de servio, no pode ser computada qualquer
superposio dos tempos de servio pblico federal, estadual ou municipal, ou passado em
rgos da administrao indireta e fundaes mantidas pelo poder pblico entre si, nem como
os acrscimos de tempos para os possuidores de cursos universitrios, inclusive o prestado
atividade privada, e nem com o tempo de contribuio computvel aps a incluso na
Corporao, matrcula em rgo de formao militar ou nomeao para posto ou graduao
na Corporao.
CAPTULO XVI
DA CONVOCAO DE MILITAR DA RESERVA REMUNERADA
Art. 148. O militar na reserva remunerada pode ser convocado para o servio ativo, em
carter transitrio e mediante aceitao voluntria, por ato do Chefe do Poder Executivo, se
conveniente ao servio, quando:
I - se torne necessrio o aproveitamento de conhecimentos tcnicos e especializados
do militar;
II - no haja, no servio ativo, militar habilitado a exercer a funo vaga na
Organizao Militar.
1 O militar designado tem os direitos e os deveres do militar da ativa em igual
situao hierrquica, salvo quanto promoo.
2 A convocao a que se refere este artigo realizada por ato do Comandante-Geral
da Corporao, quando se tratar de praas.
3 A transitoriedade da convocao no impede ao militar a permanncia no servio
ativo, at que implemente o tempo necessrio sua inativao.
4 O militar convocado por tempo determinado retorna, automaticamente, situao
anterior, assegurando-se-lhe os direitos adquiridos durante o perodo da convocao.
5 A antiguidade dos militares convocados para o servio ativo regula-se pela norma
do art. 16 desta Lei.
CAPTULO XVII
DA JORNADA DE TRABALHO
CAPTULO XVIII
DA MOVIMENTAO
CAPTULO XIX
DAS RECOMPENSAS E DAS
DISPENSAS DO SERVIO
CAPTULO XXI
DO CONCEITO PROFISSIONAL E MORAL
Art. 155. O conceito profissional e moral, graduado de zero a cento e trinta pontos,
atribudo individualmente, para efeito de promoo, pelo Comandante ao qual o avaliado
esteja ou tenha sido subordinado funcionalmente nos ltimos seis meses.
1 Na atribuio do conceito, a que se refere este artigo, consideram-se os requisitos
relativos moral e ao desempenho profissional do militar, a seguir definidos:
I - contribuio para a manuteno da hierarquia e da disciplina:
a) participao do militar de forma disciplinada e disciplinadora;
b) conscincia e respeito ordenao das autoridades em seus diferentes nveis;
II - interesse no aprimoramento intelectual e profissional: empenho do militar no seu
desenvolvimento cultural e tcnico;
III - conscincia tica e respeito aos direitos e deveres inerentes cidadania: conduta
do militar que denote conscincia moral quanto ao cumprimento das leis e ordens
das autoridades constitudas, ao cumprimento dos princpios norteadores dos
direitos humanos e dos demais princpios regentes da vida em sociedade;
IV - destemor e segurana nas atitudes: capacidade de o policial militar enfrentar com
coragem, conhecimento, firmeza, equilbrio e prudncia as situaes difceis ou
perigosas;
V - disponibilidade e compromisso com o resultado: grau de comprometimento do
militar, convocado ou no, em contribuir para o atendimento das necessidades da
instituio e para o cumprimento das metas da Corporao;
VI - criatividade: capacidade de buscar e propor ideias para solues de problemas no
ambiente de trabalho;
VII - iniciativa no exerccio profissional: predisposio do policial militar para resolver
prontamente as situaes, por mais difceis que sejam, e que no estejam inseridas
nas ordens recebidas, mediante ao consciente e refletida;
VIII - apresentao e higiene pessoais: zelo do policial militar com a aparncia e a
higiene pessoais;
IX - esforo de aprimoramento fsico: aes do policial militar com vistas ao
desenvolvimento e manuteno do condicionamento fsico adequado ao
desempenho de suas atividades;
X - zelo com os bens da Fazenda Pblica: responsabilidade do policial militar pelo uso
e pela conservao dos meios e bens pblicos;
XI - relacionamento em sociedade: conduta ilibada do policial militar no meio civil;
XII - pontualidade e assiduidade: cumprimento do horrio de entrada e permanncia no
local de trabalho, e sada dele, e a frequncia;
XIII - organizao e qualidade: habilidade do policial militar em exercer suas atividades
de forma ordenada e sistemtica com resultado satisfatrio visando excelncia do
servio.
2 O conceito atribudo pelo avaliador, para cada quesito referido no 1o deste
artigo, da seguinte forma:
I - dez pontos para Excelente;
II - oito pontos para Muito Bom;
III - cinco pontos para Bom;
IV - trs pontos para Regular;
V - zero ponto para Insuficiente.
3 Para fins de verificao do valor final atribudo pelo avaliador, somam-se os
valores conferidos para cada quesito.
4 Para fins de clculo do conceito profissional e moral, extrai-se a mdia aritmtica
dos valores finais atribudos pelos avaliadores.
CAPTULO XXII
DAS CONTRIBUIES COMPULSRIAS
CAPTULO XXIII
DO FUNDO DE FARDAMENTO DA POLCIA MILITAR
CAPTULO XXIV
DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS
Art. 160. O militar, ao ser transferido para a reserva remunerada, reformado, demitido
ou exonerado, deve transferir formalmente os bens e valores que estiverem sob sua guarda ao
Comandante da Unidade a que pertencia ou a quem este indicar.
Pargrafo nico. Quando o militar estiver impossibilitado de realizar a transferncia de
que trata este artigo, o Comandante-Geral da Corporao ou a autoridade a que ele esteja
imediatamente subordinado, nomeia comisso para o inventrio dos bens, para efeito de
transmisso ao sucessor designado.
Art. 161. vedado o uso, por parte de qualquer pessoa ou organizao civil, de
designaes que possam sugerir vinculao Polcia Militar ou ao Corpo de Bombeiros
Militar.
Pargrafo nico. O disposto neste artigo no se aplica s associaes, aos clubes, aos
crculos e a outras instituies que congreguem membros da Corporao e que se destinem,
exclusivamente, ao intercmbio social e assistencial entre militares e respectivos familiares, e
entre os militares e a sociedade civil do local.
Art. 162. O Chefe do Poder Executivo pode convocar oficiais da reserva remunerada da
prpria Corporao para presidir inquritos policiais militares ou Conselho de Justificao ou
para a realizao de outros procedimentos administrativos, quando falte oficial da ativa em
situao hierrquica compatvel com a do investigado.
1 O convocado na conformidade deste artigo, alegando razes relevantes de natureza
pessoal, pode pedir dispensa da misso para o qual seja designado.
2 A convocao, precedida de inspeo de sade, perdura pelo tempo necessrio ao
total cumprimento do encargo.
3 Finda a atividade objeto da convocao, recalculam-se os proventos do convocado,
mediante adequao nova situao e ao tempo efetivo de servio prestado.
Art. 163. Aplicam-se subsidiariamente na Corporao as normas que regem o Exrcito
Brasileiro, no que lhe for pertinente.
Art. 164. Fica assegurada a promoo ao Posto e Graduao imediatamente superior a
todos os militares que preencham os requisitos estabelecidos em Lei, observadas as vagas
existentes.
Art. 165. Revogam-se:
I - a Lei 125, de 31 de janeiro de 1990;
II - a Lei 1.161, de 27 de junho de 2000;
III - a Lei 1.162, de 27 de junho de 2000;
IV - a Lei 1.437, de 3 de maro de 2004.
Art. 166. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.
Palcio Araguaia, em Palmas, aos 20 dias do ms de abril de 2012; 191 da
Independncia, 124 da Repblica e 24 do Estado.