Lei Complementar #3.196

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LEI Nº 3.

196, DE 09 DE JANEIRO DE 1978

(Vide Lei nº 3.509, de 29 de dezembro de 1982)


(Vide Lei Complementar nº 617, de 2 de janeiro de 2012)
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei, à
exceção do parágrafo único do art. 6º; da expressão “a pedido do interessado” contida
no art. 28; do § 4º do art. 88; parágrafo único do art. 91; § 4º do art. 99 e parágrafo
único do art. 128.

Art. 1º - O presente Estatuto regula a situação, as obrigações, e os deveres, direitos e


prerrogativas dos policiais militares da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo.

Art. 2º - A Polícia Militar, subordinada operacionalmente ao Secretário de Estado da


Segurança Pública, é uma instituição destinada à manutenção da ordem pública no
Estado, sendo considerada força auxiliar, reserva do Exército.

Art. 3º - Os integrantes da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, em razão de


sua destinação constitucional, formam uma categoria especial de servidores públicos
do Estado e são denominados policiais militares (PM).

§ 1º - Os policiais militares encontram-se em uma das seguintes situações:

a) na ativa:

I – os policiais militares de carreira;

II – os incluídos na PM, voluntariamente, durante os prazos a que se obrigaram a


servir;

III – os componentes da reserva remunerada da Polícia Militar, quando convocados;

IV – os alunos de órgãos de formação de policiais militares da ativa;

b) na inatividade:

I – na reserva remunerada, quando pertencem à reserva da Polícia Militar e percebem


remuneração do Estado, porém sujeitos ainda, à prestação de serviços na ativa,
mediante convocação;

II – reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores, estão
dispensados, definitivamente, da prestação de serviço na ativa mas continuam
perceber a remuneração do Estado.

§ 2º - Os policiais militares de carreira são os que, no desempenho voluntário e


permanente do serviço policial militar, tem vitaliciedade assegurada ou presumida.
Art. 4º - O serviço policial militar consiste no exercício de atividades inerentes à
Polícia Militar e compreende todos os encargos previstos na legislação específica
relacionados com a manutenção da ordem pública no Estado.

Art. 5º - A carreira policial militar é caracterizada por atividades continuada e


inteiramente devotadas às finalidades precípuas da Polícia Militar, denominada
atividade policial militar.

§ 1º - A carreira policial militar é privativa do pessoal da ativa, inicia-se com o ingresso


na Polícia Militar e obedece às diversas sequências de graus hierárquicos.

§ 2º - É privativa de brasileiro nato a carreira de Oficial da Polícia Militar do Espírito


Santo.

§ 3º - Constitui requisito indispensável para ingressar no Quadro de Oficiais Policiais


Militares (QOPM) a conclusão do Curso de Formação de Oficiais (CFO).

Art. 6º - São equivalentes as expressões “na ativa”, “da ativa”, “em serviço ativo”, “em
serviço na ativa”, “em serviço”, “em atividade, ou “em atividade policial militar”
conferidas aos policiais militares no desempenho de cargo, comissão, encargo,
incumbência ou missão, serviço ou atividade policial militar ou considerada de
natureza policial militar na Polícia Militar, nas organizações policiais militares, bem
como em outros órgãos governamentais, quando previsto em lei ou regulamento.

Parágrafo único. (Vetado).

Art. 7º - A condição jurídica dos policiais militares é definida pelos dispositivos


constitucionais que lhes forem aplicáveis por este Estatuto e pela legislação que lhes
outorgam direitos e prerrogativas e lhes impõem deveres e obrigações.

Art. 8º - O disposto neste Estatuto aplica-se, no que couber:

I – aos policiais militares da reserva remunerada e reformados;

II – aos capelães policiais militares.

CAPÍTULO I
DO INGRESSO NA POLÍCIA MILITAR

***REVOGADO***

***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de 1981)

***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei nº 3.492, de 15 de outubro de 1982)

***REVOGADO***. (Dispositivo incluído pela Lei nº 3.492, de 15 de outubro de 1982)

***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei nº 3.520, de 29 de dezembro de 1982)


***REVOGADO***. (Parágrafo único transformado em § 1º e redação dada pela Lei
nº 3.520, de 29 de dezembro de 1982)

***REVOGADO***. (Dispositivo incluído pela Lei nº 3.520, de 29 de dezembro de


1982)

Art. 9º O ingresso na Polícia Militar do Estado do Espírito Santo dar-se-á na carreira


de Praças ou na carreira de Oficiais, por meio de concurso público de provas ou de
provas e títulos, destinado ao provimento dos quadros combatente, músico e de
saúde, mediante incorporação, matrícula ou nomeação na graduação ou posto inicial
de cada carreira, observados, além de outras regras previstas na legislação vigente,
os seguintes requisitos gerais: (Redação dada pela Lei Complementar nº 667, de 27
de dezembro de 2012).

I - ser brasileiro, exigindo-se para o quadro de Oficiais, ser brasileiro nato;

II - ter altura mínima descalço e descoberto, de 1,65m (um metro e sessenta e cinco
centímetros) para homens e de 1,60m (um metro e sessenta centímetros) para
mulheres;

III - estar em dia com as obrigações eleitorais e no pleno exercício dos direitos
políticos, mediante apresentação de Certidão expedida pela Justiça Eleitoral;

IV - estar em dia com suas obrigações militares se for do sexo masculino, devendo
ser portador do Certificado de Reservista ou de Dispensa de Incorporação, e não ter
sido afastado do Serviço Militar, seja por reforma, demissão, licenciamento ou
exclusão a bem da disciplina, seja por incapacidade física ou mental definitiva, em
qualquer das Forças Armadas ou Auxiliares;

V - ser aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos, composto de


provas objetivas e discursivas, dentro do limite de vagas, conforme edital do
concurso;

VI - estar em dia com toda a documentação exigida, para apresentação na data


estipulada pelo edital do concurso;

VII - ser aprovado nos exames de saúde que se fizerem necessários e que
comprovem a capacidade física para exercício do cargo, conforme relação constante
no edital do concurso e segundo normas internas da corporação;

VIII - ser aprovado em exame toxicológico/antidoping, do tipo “janela de larga


detecção” ou outro de aferição superior, realizado em caráter confidencial,
comprovado pela Diretoria de Saúde e realizado a qualquer tempo durante o processo
seletivo;

IX - ser aprovado no Exame de Aptidão Física, realizado por meio de Teste de


Avaliação Física (TAF), segundo normas internas da corporação e previstas em edital;

X - ser aprovado no Exame Psicossomático, realizado pela Diretoria de Saúde ou por


instituições por ela determinadas, tendo como parâmetro o perfil profissiográfico
estabelecido para o cargo, constante no edital do concurso, segundo normas internas
da corporação;

XI - ser aprovado em Investigação Social, apresentando idoneidade moral,


comportamento irrepreensível e ilibada conduta pública e privada, comprovada
documentalmente por certidão de antecedentes criminais, certidões negativas
emitidas pela Justiça Federal, Estadual, Eleitoral e Militar, além de outros
levantamentos necessários procedidos pela instituição, que atestarão a
compatibilidade de conduta para o desempenho do cargo;

XII - não apresentar tatuagem definitiva situada em membros inferiores, superiores,


pescoço, face e cabeça, que não possa ser coberta por uniforme de educação física
da corporação, composto por calção ou short, camiseta de manga curta e meia de
cano curto, ou outras tatuagens que acarretem a identificação do policial,
possibilitando o seu reconhecimento e ameaça à sua segurança;

XIII - possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou permissão para dirigir


automóvel, no mínimo na categoria “B”, podendo ser cumulada com a categoria “A”,
se assim previsto no edital do concurso.

§ 1º O concurso público para o provimento das carreiras de Oficiais dos quadros


combatente, músico e de saúde, e para o provimento da carreira de Praças dos
quadros músico e de saúde, incluirá prova de conhecimentos específicos e matérias
correlatas à especialidade do cargo a que o candidato estiver concorrendo, conforme
conteúdo programático previsto em edital. (Redação dada pela Lei Complementar nº
667, de 27 de dezembro de 2012).

§ 2º A entrega da documentação exigida no concurso público será realizada logo


após a publicação do resultado do exame intelectual, dentro do limite estabelecido no
edital, para fins de comprovação dos requisitos exigidos e convocação para as etapas
seguintes. (Redação dada pela Lei Complementar nº 667, de 27 de dezembro de
2012).

§ 3º O Exame Intelectual terá caráter classificatório e eliminatório, tendo as demais


etapas previstas neste artigo, caráter eliminatório. (Dispositivo inserido pela Lei
Complementar nº 667, de 27 de dezembro de 2012).

§ 4º Considera-se como etapa do processo seletivo o período destinado ao curso de


formação ou adaptação, o qual deverá ser concluído com êxito para a efetivação do
ingresso nos quadros da instituição. (Dispositivo inserido pela Lei Complementar nº
667, de 27 de dezembro de 2012).

***REVOGADO***

***REVOGADO***.

***REVOGADO***: (Redação dada pela Lei Complementar nº 667, de 27 de


dezembro de 2012).

Art. 10. Para a participação no concurso público, o candidato deverá ter no mínimo 18
(dezoito) anos de idade na data da matrícula no curso do respectivo concurso e no
máximo 28 (vinte e oito) anos de idade no primeiro dia de inscrição do respectivo
concurso, exceto para o concurso de ingresso no Quadro de Oficiais Médicos (QOM),
em que deverá ter no máximo 35 (trinta e cinco) anos no primeiro dia de inscrição,
devendo apresentar, ainda, os seguintes requisitos específicos: (Redação dada pela
Lei Complementar nº 787, de 18 de julho de 2014).

I - para ingresso no quadro da Qualificação Policial Militar de Praças Combatentes


(QPMP-C) da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, será exigido nível médio de
escolaridade, devidamente comprovado por meio de diploma, certificado ou
declaração, reconhecido legalmente por Secretaria da Educação de qualquer das
Unidades Federativas do País ou pelo Ministério da Educação; (Dispositivo inserido
pela Lei Complementar nº 667, de 27 de dezembro de 2012).

II - para ingresso no quadro da Qualificação Policial Militar de Praças Auxiliares de


Saúde (QPMP-S) da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, será exigido nível
médio de escolaridade e curso técnico na área de saúde específica definida em edital,
devidamente comprovado por meio de diploma, certificado ou declaração,
reconhecida legalmente por Secretaria da Educação de qualquer das Unidades
Federativas do País ou pelo Ministério da Educação, além de registro no respectivo
Conselho; (Dispositivo inserido pela Lei Complementar nº 667, de 27 de dezembro de
2012).

III - para ingresso no quadro da Qualificação Policial Militar de Praças Especialistas


Músicos (QPMP-M) da Polícia Militar do Estado, será exigido nível médio de
escolaridade, devidamente comprovado, por meio de diploma, certificado ou
declaração, reconhecido legalmente por Secretaria da Educação de qualquer das
Unidades Federativas do País ou pelo Ministério da Educação, além de prova prática
de música aplicada por banca examinadora designada pelo Comandante Geral e
assessorada por comissão composta por Oficiais da Banda de Música da
PMES. (Dispositivo inserido pela Lei Complementar nº 667, de 27 de dezembro de
2012).

CAPÍTULO II
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA

Art. 11 - A hierarquia e a disciplina são a base institucional da Polícia Militar. A


autoridade e a responsabilidade crescem com o grau hierárquico.

§ 1º - A hierarquia policial militar é a ordenação da autoridade em níveis diferentes


dentro da estrutura da Polícia Militar. A ordenação se faz por postos ou graduações;
dentro de um mesmo posto ou graduação, se faz pela Antiguidade no posto ou na
graduação. O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento
à sequência de autoridade.

§ 2º - Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis,


regulamentos, normas e disposições que fundamentam o organismo policial militar e
coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito
cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse
organismo.
§ 3º - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as
circunstâncias da vida, entre policiais militares da ativa, da reserva remunerada e
reformados.

Art. 12 - Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os policiais militares


da mesma categoria e têm a finalidade de desenvolver o espírito da camaradagem,
em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.

Art. 13 - Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica na Polícia Militar são fixados


no Quadro e parágrafos seguintes.

CÍRCULO DE OFICIAIS POSTOS


Círculo de Oficiais Superiores Coronel PM
Tenente Coronel PM
Major PM
Círculo de Oficiais
Capitão PM
Intermediárias

Círculo de Oficiais Subalternos Primeiro Tenente PM


Segundo Tenente PM
CÍRCULO DE PRAÇAS GRADUAÇÕES
Círculo de Subtenentes e Sargentos Subtenente PM
Primeiro Sargento PM
Segundo Sargento PM
Terceiro Sargento PM
Círculo de Cabos e Soldados Cabo PM
Soldado PM
PRAÇAS ESPECIAIS
Frequentam o Círculo de Oficiais Subalternos Aspirante a Oficial PM
Excepcionalmente ou em reuniões sociais tem
Aluno Oficial PM
acesso ao Círculo de Oficiais
Excepcionalmente ou em reuniões sociais tem Aluno do Curso de
acesso ao Círculo de Subtenentes e Formação de Sargentos
Sargentos PM
Aluno do Curso de
Frequentam o Círculo de Cabos e Soldados
Formação de Soldados PM

§ 1º - Posto é o grau hierárquico do Oficial, conferido por ato do Governador do


Estado.
§ 2º - Graduação é o grau hierárquico da Praça, conferida pelo Comandante Geral da
Polícia Militar.

§ 3º - Os Aspirantes a Oficial PM e os Alunos Oficiais são denominados praças


especiais.

§ 4º - Os graus hierárquicos inicial e final dos diversos Quadros são fixados


separadamente, para cada caso, em Lei de Organização Básica.

§ 5º - Sempre que o policial militar da reserva remunerada ou reformado fizer uso do


posto ou graduação, deverá fazê-lo mencionando essa situação.

Art. 14 - A precedência entre policiais militares da ativa do mesmo grau hierárquico é


assegurada pela Antiguidade no posto ou graduação, salvo nos casos de precedência
funcional estabelecida em lei ou regulamento.

§ 1º - A Antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir da data da


assinatura do ato da respectiva promoção, nomeação, declaração ou inclusão, salvo
quando estiver taxativamente fixada outra data.

§ 2º - No caso de ser igual a antiguidade referida no parágrafo anterior,


a antiguidade é estabelecida:

a) entre policiais militares do mesmo Quadro, pela posição nas respectivas escalas
numéricas ou registros a que se refere o art. 16;

b) nos demais casos, pela antiguidade no posto ou graduação anterior; se ainda


assim subsistir a igualdade de antiguidade, recorrer-se-á, sucessivamente, aos graus
hierárquicos anteriores, à data de praça e à data de nascimento para definir a
precedência e neste último caso o mais velho será considerado o mais antigo;

c) entre os alunos de um mesmo órgão de formação de policiais militares, de acordo


com o regulamento do respectivo órgão, se não estiverem especificamente
enquadrados nas alíneas “a” e “b”.

§ 3º - Em igualdade de posto ou de graduação, os policiais militares da ativa têm


precedência sobre os da inatividade.

§ 4º - Em igualdade de posto ou de graduação, a precedência entre os policiais


militares de carreira na ativa e os da reserva remunerada, que estiverem convocados,
é definida pelo tempo de serviço no posto ou graduação.

Art. 15 - A precedência entre as praças especiais e as demais praças é assim


regulada:

I – os Aspirantes a Oficial PM são hierarquicamente superiores às demais praças;

II – os Alunos Oficiais PM são hierarquicamente superiores aos Subtenentes PM.


Art. 16 - A Polícia Militar manterá um registro de todos os dados referentes ao seu
pessoal da ativa e da reserva remunerada, dentro das respectivas escalas numéricas
segundo instruções baixadas pelo Comandante Geral da Corporação.

Art. 17 - Os alunos dos órgãos de formação de oficiais são declarados Aspirantes a


Oficial PM pelo Comandante Geral da Polícia Militar do Espírito Santo.

CAPÍTULO III
DO CARGO E DA FUNÇÃO POLICIAIS MILITARES

Art. 18 - Cargo policial militar é aquele exercido por policial militar em serviço.

§ 1º - O cargo policial militar a que se refere este artigo é o que se encontra


especificado nos Quadros de Organização da Polícia Militar do Espírito Santo ou
previsto, caracterizado ou definido como tal em outras disposições legais.

§ 2º - A cada cargo policial militar corresponde um conjunto de atribuições, deveres e


responsabilidades que se constituem em obrigações do respectivo titular.

§ 3º - As obrigações inerentes ao cargo policial militar devem ser compatíveis com o


correspondente grau hierárquico e definidas em legislação ou regulamentação
específicas.

Art. 19 - Os cargos policiais militares são providos com pessoal que satisfizer aos
requisitos de grau hierárquico e de qualificação exigidos para o seu desempenho.

Parágrafo único - O provimento de cargo policial militar se faz por ato de nomeação,
de designação ou determinação expressa de autoridade competente.

Art. 20 - O cargo policial militar é considerado vago a partir de sua criação e até que
um policial militar tome posse, ou desde o momento em que o policial militar
exonerado, dispensado ou que tenha recebido determinação expressa de autoridade
competente, o deixe e até que outro policial militar tome posse, de acordo com as
normas de provimento previstas no parágrafo único do art. 19.

Parágrafo único - Consideram-se também vagos os cargos policiais militares cujos


ocupantes:

a) tenham falecido;

b) tenham sido considerados extraviados;

c) tenham sido considerados desertores.

Art. 21 - Função policial militar é o exercício das obrigações inerentes ao cargo


policial militar.

Art. 22 - Dentro de uma mesma organização policial militar, a sequência de


substituições para assumir cargo ou responder por funções, bem como as normas,
atribuições e responsabilidades relativas são estabelecidas na legislação específica,
respeitadas a precedência e a qualificação exigida para o cargo ou para o exercício
da função.

Art. 23 - O policial militar ocupante de cargo provido em caráter efetivo ou interino, de


acordo com o parágrafo único do art. 19, faz jus às gratificações e a outros direitos
correspondentes ao cargo, conforme previsto em lei.

Art. 24 - As obrigações que, pela generalidade, peculiaridade, duração, vulto ou


natureza, não são catalogadas como posições tituladas em “Quadro de Efetivo”,
“Quadro de Organização”, “Tabela de Lotação”, ou dispositivo legal, são cumpridas
como Encargo, Incumbência, Comissão, Serviço ou Atividade policial militar ou de
natureza policial militar.

Parágrafo único - Aplica-se, no que couber, ao Encargo, Incumbência, Comissão,


Serviço ou Atividade policial militar ou de natureza policial militar, o disposto neste
Capítulo para cargo Policial Militar.

TÍTULO II
DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES POLICIAIS MILITARES

CAPÍTULO I
DAS OBRIGAÇÕES POLICIAIS MILITARES

SEÇÃO I
DO VALOR POLICIAL MILITAR

Art. 25 - São manifestações essenciais do valor policial militar:

I – o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever policial militar e


pelo integral devotamento à manutenção da ordem pública, até com o sacrifício da
própria vida;

II – o civismo e o culto das tradições históricas;

III – a fé na missão elevada da Polícia Militar;

IV – o espírito de corpo, orgulho do policial militar pela organização onde serve;

V – o amor à profissão policial militar e o entusiasmo com que é exercida;

VI – o aprimoramento técnico-profissional.

SEÇÃO II
DA ÉTICA POLICIAL MILITAR

Art. 26 - O sentimento do dever, o pundonor policial militar e o decoro da classe


impõem a cada um dos integrantes da Polícia Militar, conduta moral e profissional
irrepreensíveis com a observância dos seguintes preceitos de ética policial militar:

I – amar a verdade e a responsabilidade como fundamento da dignidade pessoal;


II – exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem em
decorrência do cargo;

III – respeitar a dignidade da pessoa humana;

IV – cumprir e fazer cumprir as Leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das


autoridades competentes;

V – ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos


subordinados;

VI – zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelos dos
subordinados, tendo em vista o cumprimento da missão comum;

VII – empregar todas as suas energias em benefício do serviço;

VIII – praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de


cooperação;

IX – ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada;

X – abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa relativa à


Segurança Nacional;

XI – acatar as autoridades civis;

XII – cumprir seus deveres de cidadão;

XIII – proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular;

XIV – observar as normas da boa educação;

XV – garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de


família modelar;

XVI – conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo que não sejam
prejudicados os princípios da disciplina, do respeito e do decoro policial militar;

XVII – abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades


pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de
terceiros;

XVIII – abster-se em inatividade do uso das designações hierárquicas quando:

a) em atividades político-partidárias;

b) em atividades comerciais;

c) em atividades industriais;
d) discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos políticos ou
policiais militares, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se
devidamente autorizados; e

e) no exercício de funções de natureza não policial militar, mesmo oficiais;

XIX – zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um dos seus integrantes,
obedecendo e fazendo obedecer aos preceitos da ética policial militar.

Art. 27 - Ao policial militar da ativa, ressalvado o disposto no § 2º, é vedado comerciar


ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou
participar, exceto como acionista ou quotista em sociedade, anônima ou por quotas
de responsabilidade limitada.

§ 1º - Os integrantes de reserva remunerada, quando convocados, ficam proibidos de


tratar nas organizações policiais militares e nas repartições públicas civis, de
interesse de organizações ou empresas privadas de qualquer natureza.

§ 2º - Os policiais militares da ativa podem exercer diretamente a gestão de seus


bens, desde que não infrinjam o disposto no presente artigo.

§ 3º - No intuito de desenvolver a prática profissional dos oficiais integrantes do


Quadro de Saúde, é lhes permitido o exercício da atividade técnico-profissional, no
meio civil, desde que tal prática não prejudique o serviço.

Art. 28 - O Comandante Geral poderá determinar aos policiais militares da ativa da


Polícia Militar que, no interesse da salvaguarda da dignidade dos mesmos, informem
sobre a origem e natureza dos seus bens, sempre que houver razões que
recomendem tal medida. Vetado.

CAPÍTULO II
DOS DEVERES POLICIAIS MILITARES

Art. 29 - Os deveres policiais militares emanam de vínculos racionais e morais que


ligam o policial militar à comunidade estadual e à sua segurança e compreendem
essencialmente:

I – a dedicação integral ao serviço policial militar e a fidelidade à instituição a que


pertence, mesmo com o sacrifício da própria vida;

II – o culto aos símbolos nacionais;

III – a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;

IV – a disciplina e o respeito à hierarquia;

V – o rigoroso cumprimento das obrigações e ordens;

VI – a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade.


SEÇÃO I
DO COMPROMISSO POLICIAL MILITAR

Art. 30 - Todo cidadão, após ingressar na Polícia Militar mediante incorporação,


matrícula ou nomeação, prestará compromisso de honra, no qual afirmará a sua
aceitação consciente das obrigações e dos deveres policiais militares e manifestará a
sua firme disposição de bem cumpri-los.

Art. 31 - O compromisso do incluído, do matriculado e do nomeado, a que se refere o


artigo anterior, terá caráter solene e será prestado na presença de tropa, tão logo o
policial militar tenha adquirido um grau de instrução compatível com o perfeito
entendimento de seus deveres como integrante da Polícia Militar, conforme os
seguintes dizeres: “Ao ingressar na Polícia Militar do Estado do Espírito Santo,
prometo regular a minha conduta pelos preceitos da moral, cumprir rigorosamente as
ordens das autoridades a que estiver subordinado e dedicar-me inteiramente ao
serviço policial militar, à manutenção da ordem pública e à segurança da comunidade,
mesmo com o risco da própria vida”.

§ 1º - O compromisso do Aspirante a Oficial PM formado em escolas de outras


Corporações será prestado, em solenidade policial militar especialmente programada,
logo após sua apresentação à Polícia Militar do Estado do Espírito Santo. Esse
compromisso obedecerá aos seguintes dizeres: “Ao ser declarado Aspirante Oficial da
Polícia Militar assumo o compromisso de cumprir rigorosamente as ordens das
autoridades a que estiver subordinado e de me dedicar inteiramente ao serviço
policial militar, à manutenção da ordem pública e à segurança da comunidade,
mesmo com o risco da própria vida”.

§ 2º - Ao ser promovido ao primeiro posto, o Oficial PM prestará o compromisso de


Oficial, em solenidade especialmente programada de acordo com os seguintes
dizeres: “Perante a Bandeira do Brasil e pela minha honra prometo cumprir os
deveres de Oficial da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo e dedicar-me
inteiramente ao seu serviço”.

Seção II
Do Comando e da Subordinação

Art. 32 - Comando é a soma de autoridade, deveres e responsabilidades de que o


policial militar é investido legalmente quando conduz homens ou dirige uma
organização policial militar. O Comando é vinculado ao grau hierárquico e constitui
uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício o policial militar se define e se
caracteriza como chefe.

Parágrafo único - Aplica-se à Direção e à Chefia de Organização Policial Militar, no


que couber o estabelecido para Comando.

Art. 33 - A subordinação não afeta de modo algum a dignidade pessoal do policial


militar e decorre, exclusivamente, da estrutura hierarquizada da Polícia Militar.

Art. 34 - O oficial é preparado ao longo da carreira para o exercício do Comando, da


Chefia e da Direção das Organizações Policiais Militares.
Art. 35 - Os subtenentes e os sargentos auxiliam e complementam as atividades dos
oficiais, quer no adestramento e no emprego de meios, quer na instrução e na
administração, podendo ser empregados na execução de atividades de policiamento
ostensivo peculiar à Polícia Militar.

Parágrafo único - No exercício das atividades mencionadas neste artigo e no


comando de elementos subordinados, os subtenentes e sargentos deverão impor-se
pela lealdade, pelo exemplo e pela capacidade profissional e técnica, incumbindo-lhes
assegurar a observância minuciosa e ininterrupta das ordens, das regras do serviço e
das normas operativas pelas praças que lhes estiverem diretamente subordinadas e a
manutenção da coesão e da moral das mesmas praças em todas as circunstâncias.

Art. 36 - Os cabos e soldados são, essencialmente, os elementos de execução.

Art. 37 - Às praças especiais cabe a rigorosa observância das prescrições do


regulamento que lhe são pertinentes, exigindo-se-lhes inteira dedicação ao estudo e
ao aprendizado técnico-profissional.

Art. 38 - Cabe ao policial militar a responsabilidade integral pelas decisões que tomar
pelas ordens que emitir e pelos atos que praticar.

CAPÍTULO III
DA VIOLAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES POLICIAIS MILITARES

Art. 39 - A violação das obrigações ou dos deveres policiais militares constituirá crime
ou transgressão disciplinar, conforme dispuserem a legislação ou regulamentação
específicas.

§ 1º - A violação dos preceitos da ética policial militar é tão mais grave quanto mais
elevado for o grau hierárquico de quem a cometer.

§ 2º - No concurso de crime militar e de transgressão disciplinar será aplicada


somente a pena relativa ao crime.

Art. 40 - A inobservância dos deveres especificados nas leis e regulamentos ou a


falta de exação no cumprimento dos mesmos acarreta para o policial militar,
responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal consoante a legislação
específica.

Parágrafo único - A apuração da responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar


ou penal poderá concluir pela incompatibilidade do policial militar com o cargo ou pela
incapacidade do exercício das funções policiais militares a ele inerentes.

***REVOGADO***

***REVOGADO***(Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de


dezembro de 2020)

***REVOGADO***
***REVOGADO***

***REVOGADO***. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de


dezembro de 2020)

Art. 41. O militar estadual que, por sua atuação, se tornar presumivelmente
incompatível com o cargo ou demonstrar incapacidade no exercício de funções a ele
inerentes, poderá ser afastado do cargo durante a apuração dos fatos. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 962, de 30 de dezembro de 2020)

Parágrafo único. A competência para determinar o afastamento do cargo ou o


impedimento do exercício da função será determinada em lei específica.

Art. 42 - São proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de


superiores quanto as de caráter reivindicatório.

SEÇÃO I
DOS CRIMES MILITARES

Art. 43 - O Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo é competente para


processar e julgar os policiais militares nos crimes definidos em lei como militares.

Art. 44 - Aplicam-se aos policiais militares, no que couberem, as disposições


estabelecidas no Código Penal Militar.

SEÇÃO II
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES
DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES
(Redação dada pela Lei Complementar nº 962, de 30 de dezembro de 2020)

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***.

Art. 45. O Código de Ética e Disciplina dos Militares Estaduais (CEDME) terá por
finalidade definir, especificar e classificar as infrações disciplinares e instituir normas
relativas a sanções disciplinares, conceitos, recursos, recompensas, bem como
estabelecer os processos e procedimentos administrativos disciplinares e o
funcionamento do Conselho de Ética e Disciplina Militares. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 962, de 30 de dezembro de 2020)

§ 1º Militares Estaduais são os membros da Polícia Militar (PMES) e do Corpo de


Bombeiros Militar (CBMES) do Estado do Espírito Santo.

§ 2º O CEDME obedecerá aos princípios fundamentais da administração pública


contidos no ordenamento jurídico brasileiro e também, dentre outros, aos seguintes
princípios:
I - dignidade da pessoa humana;

II - presunção de inocência;

III - devido processo legal;

IV - contraditório e ampla defesa;

V - Razoabilidade e proporcionalidade;

VI - Vedação de medida privativa e restritiva de liberdade.

SEÇÃO III
DOS CONSELHOS DE JUSTIFICAÇÃO E DISCIPLINA

***REVOGADO***

***REVOGADO***(Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de


dezembro de 2020)

***REVOGADO***(Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de


dezembro de 2020)

***REVOGADO***. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de


dezembro de 2020)

Art. 46. O Oficial, presumivelmente incapaz de permanecer como militar estadual da


ativa, será, na forma da Constituição Estadual e do CEDME, submetido a Processo
Administrativo Disciplinar Demissionário. (Redação dada pela Lei Complementar nº
962, de 30 de dezembro de 2020)

***REVOGADO***

***REVOGADO***(Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de


dezembro de 2020)

***REVOGADO***(Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de


dezembro de 2020)

***REVOGADO***. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de


dezembro de 2020)

Art. 47. O Aspirante a Oficial e as praças, presumivelmente incapazes de


permanecerem como militares estaduais da ativa, serão submetidos a Processo
Administrativo Disciplinar Demissionário, na forma do CEDME. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 962, de 30 de dezembro de 2020)

TÍTULO III
DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS DOS POLICIAIS MILITARES
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS

Art. 48 - São direitos dos policiais militares:

***REVOGADO***;

I- A - a proteção social, nos termos do art. 49-A desta Lei; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

***REVOGADO***; e

***REVOGADO***; (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 dezembro de 1981)

II - o provento calculado com base no subsídio do posto ou da graduação que possuía


por ocasião da transferência para a inatividade remunerada: (Redação dada pela Lei
Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

a) por contar mais de 35 (trinta e cinco) anos de serviço; ou (Redação dada pela Lei
Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

b) por estar enquadrado na hipótese prevista no inciso I-A do caput do art. 89 desta
Lei; (Redação dada pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

***REVOGADO***:

***REVOGADO***;

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***.
***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 dezembro de
1981) (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

***REVOGADO***:

***REVOGADO***: (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 dezembro de


1981) (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

***REVOGADO***);

***REVOGADO***; (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 dezembro de


1981) (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

***REVOGADO***; (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 943, de 13 de


março de 2020)

***REVOGADO***. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 943, de 13 de


março de 2020)

Art. 49 - O policial militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato
administrativo ou disciplinar de superior hierárquico, poderá recorrer ou interpor
pedido de reconsideração, queixa ou representação, segundo legislação vigente na
Polícia Militar.

§ 1º - O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá:

a) – em 15 (quinze) dias corridos a contar do recebimento da comunicação oficial,


quanto a ato que decorra de composição de quadro de acesso; e

b) – em 120 (cento e vinte) dias nos demais casos.

§ 2º - O pedido de reconsideração, a queixa e a representação não podem


ser feitos coletivamente.

§ 3º - O policial militar da ativa que, nos casos cabíveis, se dirigir ao Poder Judiciário,
deverá participar, antecipadamente, esta iniciativa à autoridade a que estiver
subordinado.

Art. 49-A. O Sistema de Proteção Social dos Militares é o conjunto integrado de


direitos, serviços e ações, permanentes e interativas, de remuneração, pensão, saúde
e assistência, nos termos desta Lei e das regulamentações específicas. (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

Art. 50 - Os policiais militares são alistáveis como eleitores desde que Oficiais,
Aspirantes a Oficial PM, Subtenentes PM, Sargentos PM ou alunos de curso de nível
superior para a formação de oficiais.

Parágrafo único - Os policiais militares alistáveis são elegíveis, atendidas as


seguintes condições:
a) o policial militar que tiver menos de 5 (cinco) em efetivo serviço será, ao se
candidatar a cargo eletivo, excluído do serviço ativo mediante demissão ou
licenciamento ex-offício; e

b) o policial militar em atividade com 5 (cinco) ou mais anos de efetivo serviço, ao se


candidatar a cargo eletivo, será afastado temporariamente do serviço ativo e
agregado, considerado em licença para tratar de interesse particular. Se eleito, será
no ato da diplomação, transferido para a reserva remunerada, percebendo a
remuneração a que fizer jus em função de seu tempo de serviço.

SEÇÃO I
DA REMUNERAÇÃO

Art. 51 - A remuneração dos policiais militares compreende vencimentos ou


proventos, indenização e outros direitos, e é devida em bases estabelecidas em Lei
especial.

§ 1º - Os policiais militares na ativa percebem remuneração constituída pelas


seguintes parcelas:

a) mensalmente:

I – vencimentos compreendendo soldo e gratificações; e

II – indenizações;

b) eventualmente, outras indenizações.

§ 2º - Os policiais militares em inatividade percebem remuneração constituída pelas


seguintes parcelas:

a) mensalmente:

I – proventos, compreendendo soldo ou quotas de soldo, gratificações, e indenizações


incorporáveis; e

II – adicional de inatividade; e

b) eventualmente, auxílio-invalidez.

§ 3º - Os policiais militares receberão salário-família de conformidade com a Lei que o


rege.

Art. 52 - O auxílio-invalidez, atendidas as condições estipuladas na Lei especial que


trata da remuneração dos policiais militares, será concedido ao policial militar quando
em serviço ativo, tenha sido ou venha a ser reformado por incapacidade definitiva e
considerado inválido, isto é, impossibilitado total e permanentemente para qualquer
trabalho, não podendo prover os meios de subsistência.
Art. 53 - O soldo é irredutível e não está sujeito a penhora, sequestro ou arresto,
exceto nos casos previstos em Lei.

Art. 54 - O valor do soldo é igual para o policial militar da ativa, da reserva


remunerada ou reformado de um mesmo grau hierárquico, ressalvado o disposto no
inciso II do art. 48 deste Estatuto.

Art. 55 - É proibido acumular remuneração de inatividade.

Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica aos policiais militares da
reserva remunerada e aos reformados, quanto ao exercício de mandato eletivo,
quanto à função de magistério ou de cargo em comissão ou quanto ao contrato para
prestação de serviços técnicos ou especializados.

Art. 56 - Os proventos da inatividade serão revistos sempre que, por motivo de


alteração do poder aquisitivo da moeda se modificarem os vencimentos das policiais
militares em serviço ativo.

Parágrafo único - Ressalvados os casos previstos em Lei, os proventos da


inatividade não poderão exceder a remuneração percebida pelo policial militar da
ativa, no posto ou graduação correspondente ao de seus proventos.

SEÇÃO II
DA PROMOÇÃO

Art. 57 - O acesso na hierarquia da Polícia Militar é seletivo, gradual e sucessivo e


será feito mediante promoções, de conformidade com o disposto na legislação e
regulamentação de promoções de oficiais e de praças, de modo a obter um fluxo
regular e equilibrado de carreira para os policiais militares a que este dispositivo se
refere.

§ 1º - O planejamento da carreira dos oficiais e das praças, obedecidas as


disposições da legislação e regulamentação a que se refere este artigo, é atribuição
do Comando Geral da Polícia Militar.

§ 2º - A promoção é um ato administrativo e tem como finalidade básica a seleção dos


policiais militares para o exercício de funções pertinentes ao grau hierárquico
superior.

***REVOGADO***.

Art. 58 - As promoções serão efetuadas pelos critérios de antiguidade, merecimento,


merecimento intelectual ou ainda “post mortem”. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 321, de 17 de maio de 2005)

§ 1º - Em caso extraordinário, poderá haver promoção em ressarcimento de


preterição.

§ 2º - A promoção do policial militar em ressarcimento de preterição será efetuada


segundo os princípios de Antiguidade ou merecimento, recebendo ele o número que
lhe competia na escala hierárquica como se houvesse sido promovido na época
devida, pelo princípio em que ora é feita sua promoção.

Art. 59 - Não haverá promoção de policial militar por ocasião de sua transferência
para a reserva remunerada.

Art. 60 - Não haverá promoção do policial militar por ocasião de sua reforma.

SEÇÃO III
DAS FÉRIAS E DE OUTROS AFASTAMENTOS TEMPORÁRIOS DE SERVIÇOS

Art. 61 - As férias são afastamentos totais de serviço, anual e obrigatoriamente,


concedidas aos policiais militares para descanso, a partir do último mês do ano a que
se refere, e durante todo o ano seguinte.

§ 1º - As férias terão a duração de 30 (trinta) dias para todo o pessoal da Polícia


Militar e sua concessão será regulamentada pelo Comando Geral.

§ 2º - A concessão de férias não é prejudicada pelo gozo anterior de licenças para


tratamento de saúde, por punição anterior decorrentes de transgressão disciplinar,
pelo estado de guerra ou para que sejam cumpridos atos de serviço, bem como não
anula o direito àquelas licenças.

***REVOGADO***.

§ 3º - Somente em casos de interesse da segurança nacional, de manutenção da


ordem, de extrema necessidade do serviço, de transferência para a inatividade, ou
para comprimento de punição decorrente de transgressão disciplinar de natureza
grave e em caso de baixa hospitalar, os policiais-militares terão interrompido ou
deixarão de gozar, na época prevista, o período de férias a que tiverem
direito. (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de 1981)

***REVOGADO***.

§ 4º - Na impossibilidade do gozo de férias no ano seguinte, pelos motivos previstos


no parágrafo anterior, ressalvados os casos de transgressão disciplinar de natureza
grave, o período de férias não gozado será computado, dia a dia, em dobro, no
momento da passagem do policial-militar para a inatividade e, nessa situação, para
todos os efeitos legais. (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de
1981)

Art. 62 - Os policiais militares têm direito, ainda, aos seguintes períodos de


afastamento total de serviço, obedecidas as disposições legais e regulamentares, por
motivo de:

I – núpcias: 8 (oito) dias;

II – luto: até 8 (oito) dias;

III – instalação: até 10 (dez) dias; e


IV – trânsito: até 30 (trinta) dias.

Parágrafo único - O afastamento do serviço por motivo de núpcias ou de luto será


concedido, no primeiro caso, se solicitado por antecipação à data do evento e, no
segundo caso, tão logo a autoridade a que estiver subordinado o policial militar tenha
conhecimento do óbito.

Art. 63 - As férias e os outros afastamentos mencionados nesta Seção são


concedidos com a remuneração prevista na legislação específica e computadas como
tempo de efetivo serviço para todos os efeitos legais.

SEÇÃO IV
DAS LICENÇAS

Art. 64 - Licença é a autorização para afastamento total do serviço, em caráter


temporário, concedida ao policial militar, obedecidas às disposições legais e
regulamentares.

§ 1º - A licença pode ser:

a) – especial;

b) – para tratar de interesse particular;

c) – para tratamento de saúde de pessoa da família; e

d) – para tratamento de saúde própria.

§ 2º - A remuneração do policial militar, quando em qualquer das situações de licença


constantes do parágrafo anterior, será regulada em legislação específica.

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***.

Art. 65 - A licença especial é a autorização para afastamento total do serviço, relativa


a cada decênio do tempo de efetivo serviço prestado, concedida ao policial militar que
a requerer, sem que implique em qualquer restrição para a sua carreira. (Redação
dada pela Lei nº 3.841, de 08 de maio de 1986)
***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei nº 3.841, de 08 de maio de 1986)

§ 1º - A licença especial terá duração de 03 (três) meses e será gozada de uma só


vez. (Redação dada pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996).

§ 2º - Uma vez concedida a licença especial, o policial militar será dispensado do


exercício do cargo e das funções que exerce e ficará à disposição do órgão de
pessoal da Polícia Militar. (Redação dada pela Lei nº 3.841, de 08 de maio de 1986)

***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei nº 3.841, de 08 de maio de 1986)

***REVOGADO***): (Redação dada pela Lei Complementar nº 90, de 27 de dezembro


de 1996).

***REVOGADO***; (Redação dada pela Lei Complementar nº 90, de 27 de dezembro


de 1996).

***REVOGADO***; (Redação dada pela Lei Complementar nº 90, de 27 de dezembro


de 1996).

***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei Complementar nº 90, de 27 de dezembro


de 1996).

***REVOGADO***). (Redação dada pela Lei Complementar nº 124, de 10 de julho de


1998).

§ 3º O policial militar com direito a licença especial poderá optar pela percepção em
caráter permanente, e uma gratificação de assiduidade, correspondente a 2% (dois
por cento) do soldo do seu posto ou graduação, respeitado o limite de 15% (quinze
por cento), com a integração da mesma vantagem concedida anteriormente sob
regime jurídico diverso. (Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 15 de
janeiro de 1999).

***REVOGADO***: (Redação dada pela Lei nº 3.841, de 08 de maio de


1986) (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de
1996)

***REVOGADO***; (Dispositivo incluído pela Lei nº 3.841, de 08 de maio de


1986) (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de
1996)

***REVOGADO***; (Dispositivo incluído pela Lei nº 3.841, de 08 de maio de


1986) (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de
1996)

***REVOGADO***; (Dispositivo incluído pela Lei nº 3.841, de 08 de maio de


1986) (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de
1996)
***REVOGADO***; (Dispositivo incluído pela Lei nº 3.841, de 08 de maio de
1986) (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de
1996)

***REVOGADO***; (Dispositivo incluído pela Lei nº 3.841, de 08 de maio de


1986) (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de
1996)

***REVOGADO***; (Dispositivo incluído pela Lei nº 3.841, de 08 de maio de


1986) (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de
1996)

***REVOGADO***; (Dispositivo incluído pela Lei nº 3.841, de 08 de maio de


1986) (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de
1996)

***REVOGADO***r. (Dispositivo incluído pela Lei nº 3.841, de 08 de maio de


1986) (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de
1996)

§ 5º - A concessão de licença especial ou gratificação de assiduidade é da


competência do Comandante Geral da Polícia Militar. (Redação dada pela Lei nº
3.841, de 08 de maio de 1986)

***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei nº 3.841, de 08 de maio de 1986)

§ 6º - A gratificação de assiduidade devida aos da ativa (vetado) da PM, prevista


neste artigo, não é devida ao policial-militar que, após completado o decênio, tenha
sido beneficiado pelo gozo de licença especial, pela remuneração percebida em razão
da opção ou pelo não afastamento do serviço, ou pela contagem em dobro do período
relativo à licença não gozada. (Redação dada pela Lei nº 3.917, de 22 de dezembro
de 1986)

Art. 66 - A licença para tratar de interesse particular é a autorização para afastamento


total do serviço, concedida ao policial militar com mais de 10 (dez) anos de efetivo
serviço, que a requerer com aquela finalidade.

§ 1º - A licença será sempre concedida com prejuízo da remuneração e da contagem


de tempo de efetivo serviço.

§ 2º - A concessão de licença para tratamento de interesse particular é regulada pelo


Comandante Geral da Polícia Militar, de acordo com o interesse do serviço.

Art. 67 - As licenças poderão ser interrompidas a pedido ou nas condições


estabelecidas neste artigo.

§ 1º - A interrupção da licença especial e da licença para tratar de interesse particular


poderá ocorrer:

a) em caso de mobilização e estado de guerra;


b) em caso de decretação de estado de sitio;

c) para cumprimento de sentença que importe na restrição da liberdade individual;

d) para cumprimento de punição disciplinar, conforme regulado pelo Comandante


Geral da Polícia Militar; e

e) em caso de pronúncia em processo, criminal ou indicação em inquérito policial


militar, a juízo da autoridade que efetivou a pronúncia ou a indiciação.

§ 2º - A interrupção de licença para tratamento de saúde de pessoa da família, para


cumprimento de pena disciplinar que importe em restrição da liberdade individual será
regulada na legislação da Polícia Militar.

CAPÍTULO II
DAS PRERROGATIVAS

Art. 68 - As prerrogativas dos policiais militares são constituídas pelas honras,


dignidades e distinções devidas aos graus hierárquicos e cargos.

Parágrafo único - São prerrogativas dos policiais militares:

a) uso de título, uniformes, distintivos, insígnias emblemas da Polícia Militar


correspondente no posto ou graduação;

b) honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam assegurados em Leis e


regulamentos;

c) cumprimentos de pena de prisão ou detenção em organização policial militar da


própria Corporação cujo comandante chefe ou diretor tenha precedência hierárquica
sobre o punido; e

d) julgamento em foro especial, nos crimes militares.

Art. 69 - Somente em caso de flagrante delito o policial militar poderá ser preso por
autoridade policial, ficando esta, obrigada a entregá-lo imediatamente à autoridade
policial militar mais próxima, só podendo retê-lo na delegacia ou posto policial,
durante o tempo necessário à lavratura do flagrante.

§ 1º - Cabe ao Comandante Geral a iniciativa de responsabilizar a autoridade policial


que não cumprir o disposto neste artigo e que maltratar ou consentir que seja
maltratado qualquer preso policial militar ou não lhe der o tratamento devido ao seu
posto ou graduação.

§ 2º - Se, durante o processo em julgamento no foro civil, houver perigo de vida para
qualquer preso policial militar, o Comandante Geral da Polícia Militar providenciará os
entendimentos com a autoridade judiciária visando à guarda dos pretórios ou tribunais
por força policial militar.
Art. 70 - Os policiais militares da ativa, no exercício de funções policiais militares são
dispensados do serviço de júri na Justiça Civil e do serviço na Justiça Eleitoral.

SEÇÃO ÚNICA
DO USO DOS UNIFORMES DA POLÍCIA MILITAR

Art. 71 - Os uniformes da Polícia Militar com seus distintivos, insígnias e emblemas,


são privativos dos policiais militares e representam o símbolo da autoridade policial
militar com as prerrogativas que lhe são inerentes.

Parágrafo único - Constituem crimes previstos na legislação específica o desrespeito


aos uniformes, distintivos, insígnias e emblemas policiais militares, bem como o seu
uso por quem a eles não tiver direito.

Art. 72 - O uso dos uniformes com seus distintivos, insígnias e emblemas, bem como
os. modelos, descrição, composição, peças acessórias e outras disposições são
estabelecidas na regulamentação específica da Polícia Militar.

§ 1º - É proibido ao policial militar o uso dos uniformes:

a) em manifestação de caráter político-partidária;

b) no estrangeiro, quando em atividades não relacionadas com a missão do policial


militar, salvo quando expressamente determinado ou autorizado;

c) na inatividade, salvo para comparecer a solenidades militares e policiais militares e,


quando autorizado a cerimônias cívicas comemorativas de datas nacionais ou a atos
sociais solenes de caráter particular.

§ 2º - Os policiais militares na inatividade, cuja conduta possa ser considerada como


ofensiva à dignidade da classe, poderão ser definitivamente proibidos de usar
uniformes por decisão do Comandante Geral da Polícia Militar.

Art. 73 - O policial militar fardado tem as obrigações correspondentes ao uniforme


que use e aos distintivos, emblemas ou às insígnias que ostente.

Art. 74 - É vedado a qualquer elemento civil ou organizações civis usar uniformes ou


ostentar distintivos, insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com os
adotados na Polícia Militar.

Parágrafo único - São responsáveis pela infração das disposições deste artigo os
diretores ou chefes de repartições, organizações de qualquer natureza, firma ou
empregadores, empresas, institutos ou departamentos que tenham adotado ou
consentido que sejam usados uniformes ou ostentados distintivos, insígnias ou
emblemas que ofereçam semelhança com os adotados na Polícia Militar ou que
possam com eles ser confundidos.

TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS
CAPÍTULO I
DAS SITUAÇÕES ESPECIAIS

SEÇÃO I
DA AGREGAÇÃO

SEÇÃO I
DA AGREGAÇÃO E DA CESSÃO

(Redação dada pela Lei Complementar nº 845, de 20 de dezembro de 2016)

Art. 75 - A agregação é a situação na qual o policial militar da ativa deixa de ocupar


vaga na escala hierárquica de seu Quadro, nela permanecendo sem número.

§ 1º - O policial militar deve ser agregado quando:

a) for nomeado para cargo policial militar, policial ou, ainda, considerado de natureza
policial militar ou policial, em lei ou decreto, mesmo que não previsto nos Quadros de
Organização da Polícia Militar;

b) aguardar transferência “ex-offício” para a reserva remunerada, por ter sido


enquadrado em quaisquer dos requisitos que a motivam;

c) for afastado, temporariamente, do serviço ativo por motivo de:

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***;

***REVOGADO***(Dispositivo revogado pela Lei nº 3.406, de 18 de maio de 1981)

***REVOGADO***

***REVOGADO***
***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***.

I – ter sido julgado incapaz temporariamente, após um ano contínuo de


tratamento; (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de 1981)

II – ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto tramita o processo de


reforma; (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de 1981)

III – haver ultrapassado um ano contínuo em licença para tratamento de saúde


própria; (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de 1981)

IV – haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos em licença para tratar de interesse


particular; (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de 1981)

V – haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos em licença tratar de saúde de


pessoa da família; (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de 1981)

VI – ter sido considerado oficialmente extraviado; (Redação dada pela Lei nº 3.446,
de 16 de dezembro de 1981)

VII – haver sido esgotado o prazo que caracteriza o crime de deserção previsto no
Código Penal Militar, se oficial ou praça com estabilidade assegurada; (Redação dada
pela Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de 1981)

VIII – como desertor, ter-se apresentado voluntariamente, ou ter sido capturado e


reincluído a fim de se ver processar; (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 de
dezembro de 1981)

IX – se ver processar, após, ficar exclusivamente à disposição da Justiça


Civil; (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de 1981)

X – ter sido condenado à pena restritiva de liberdade superior a 6 (seis) meses, em


sentença passada em julgado, enquanto durar a execução ou até ser declarado
indigno de pertencer à Polícia Militar ou com ela incompatível; (Redação dada pela
Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de 1981)

XI – ter passado à disposição de Secretaria de Estado, de órgãos do Governo Federal


e do Governo Estadual para exercer função de natureza civil; (Redação dada pela Lei
nº 3.446, de 16 de dezembro de 1981)

XII – ter sido nomeado para qualquer cargo púbico civil temporário, não eletivo,
inclusive de administração indireta; (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 de
dezembro de 1981)

XIII – ter-se candidatado a cargo eletivo desde que conte 5 (cinco) ou mais anos de
efetivo serviço; e (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de 1981)
XIV – ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do posto, graduação,
cargo ou função prevista no Código Penal Militar; (Redação dada pela Lei nº 3.446,
de 16 de dezembro de 1981)

d) – o órgão competente para formalizar o respectivo processo tiver conhecimento


oficial do pedido de transferência do policial-militar para a reserva. (Dispositivo
incluído pela Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de 1981)

§ 2º - O policial militar agregado de conformidade com as alíneas “a” e “b”


do §1º continua a ser considerado, para todos os efeitos, como em serviço ativo.

§ 3º - A agregação do policial militar, a que se refere a alínea “a” e os incisos XII e XIII
da alínea “c” do §1º, é contada a partir da data de posse no novo cargo até o regresso
à Polícia Militar ou transferência ex-offício para a reserva remunerada.

§ 4º - A agregação do policial militar, a que se referem os incisos I, III, IV, V e X da


alínea “c” do §1º é contada a partir do primeiro dia após os respectivos prazos e
enquanto durar o respectivo evento.

§ 5º - A agregação do policial militar a que se refere a alínea “b” e os incisos II, VI, VII,
VIII, IX, XI e XV da alínea “c” do §1º é contada a partir da data indicada no ato que
torna público o respectivo evento.

§ 6º - A agregação de policial militar, a que se refere o inciso XIV da alínea “c”


do §1º é contada a partir da data do registro como candidato até sua diplomação ou
seu regresso à Polícia Militar, se não houver sido eleito.

§ 7º - O policial militar agregado fica sujeito às obrigações disciplinares concernentes


às suas relações com outros policiais militares e autoridades civis, salvo quando titular
de cargo que lhe dê precedência funcional sobre outros policiais militares mais
graduados ou mais antigos.

§ 8º - O Poder Executivo, dentro de 60 (sessenta) dias, baixará decreto disciplinando


a agregação dos policiais militares nos termos desta lei.

Art. 76 - A agregação se faz por ato do Governador do Estado ou de autoridade a que


tenham sido delegados poderes para isso.

Parágrafo único - O policial militar agregado ficará adido, para efeito de alterações e
remuneração, à Organização Policial Militar que lhe for designada, continuando a
figurar no respectivo registro, sem número, no lugar que até então ocupava, com a
abreviatura “Ag” e anotações esclarecedoras de sua situação.

***REVOGADO***l. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 460, de 31 de


outubro de 2008)

***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei Complementar nº 617, de 2 de janeiro de


2012).
***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei Complementar nº 845, de 20 de
dezembro de 2016)

Art. 76-A. A remuneração do militar, em atividade fora do Poder Executivo do Estado,


nas situações previstas em lei ou decreto, ressalvada a hipótese prevista no art. 76-B,
parágrafo único, desta Lei, será ressarcida pelo órgão público ao qual o militar
prestará serviços, salvo se previsto no quadro organizacional ou se a cessão se der
em função de contrapartida no âmbito de convênio celebrado na área de segurança
pública com órgão do Poder Executivo Federal. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 851, de 31 de março de 2017).

Art. 76-B. É vedada a cessão ou o emprego de militar da ativa aos diversos órgãos
da administração pública direta ou indireta das três esferas de Governo, bem como
aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas,
salvo se houver previsão no quadro organizacional da corporação militar, se for
hipótese de agregação prevista no art. 75 desta Lei, ou se a cessão se der em função
de contrapartida no âmbito de convênio celebrado na área de segurança pública com
órgão do Poder Executivo Federal. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº
845, de 20 de dezembro de 2016) (Vide Lei Complementar nº 845, de 20 de
dezembro de 2016).

Parágrafo único. Fica autorizada a cessão de militar da ativa ao Poder Judiciário e


ao Ministério Público, por prazo determinado, exclusivamente para atender a
necessidades específicas dessas instituições, observando-se para tanto a celebração
de convênio e o seguinte quantitativo máximo: (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 851, de 31 de março de 2017).

I - até 20 (vinte) militares para atender ao Tribunal de Justiça;

II - até 20 (vinte) militares para atender ao Ministério Público.

SEÇÃO II
DA REVERSÃO

Art. 77 - Reversão é o ato pelo qual o policial militar agregado retorna ao respectivo
Quadro, tão logo cesse o motivo que determinou a sua agregação, voltando a ocupar
o lugar que lhe competir na respectiva escala numérica na primeira vaga que ocorrer.

Parágrafo único - Em qualquer tempo poderá ser determinada a reversão do policial


militar agregado, exceto nos casos previstos nos incisos I, II, III, VI, VII, VIII, XI, XIV e
XV da alínea “c” do §1º do art. 75.

Art. 78 - A reversão será efetuada mediante ato do Governador do Estado ou de


autoridades às quais tenham sido delegados poderes para isso.

SEÇÃO III
DO EXCEDENTE

Art. 79 - Excedente é a situação transitória a que, automaticamente, passa o policial


militar que: (Vide Lei Complementar nº 271, de 25 de novembro de 2003).
I – tendo cessado o motivo que determinou a sua agregação, reverta ao respectivo
Quadro, estando com seu efetivo completo:

II – aguarda a colocação a que faz jus na escala hierárquica, após haver sido
transferido de Quadro, estando o mesmo com seu efetivo completo;

III – é promovido por bravura, sem haver vaga;

IV – é promovido indevidamente;

V – sendo o mais moderno na respectiva escala hierárquica, ultrapassa o efetivo do


seu Quadro, em virtude de promoção de outro policial militar em ressarcimento de
preterição;

VI – tendo cessado o motivo que determinou sua reforma por incapacidade definitiva,
retorna ao respectivo Quadro, estando com seu efetivo completo.

§ 1º - O policial militar cuja situação é de excedente, salvo o indevidamente


promovido, ocupa a mesma posição relativa, em antiguidade, que lhe cabe na escala
hierárquica, com abreviatura “Excd” e receberá o número que lhe competir,
em consequência da primeira vaga que se verificar.

§ 2º - O policial militar, cuja situação é de excedente, é considerado como em efetivo


serviço para todos os efeitos e concorre, respeitados os requisitos legais, em
igualdade de condições e sem nenhuma restrição, a qualquer cargo policial militar,
bem como à promoção.

§ 3º - O policial militar promovido por bravura sem haver vaga, ocupará a primeira
vaga aberta, deslocando o princípio de promoção a ser seguido para a vaga seguinte.

§ 4º - O policial militar promovido indevidamente só contará antiguidade e receberá o


número que lhe competir na escala hierárquica quando a vaga que deverá preencher
corresponder ao princípio pelo qual deveria ter sido promovido, desde que satisfaça
os requisitos para promoção.

SEÇÃO IV
DO AUSENTE E DO DESERTOR

Art. 80 - É considerado ausente o policial militar que por mais de 24 (vinte e quatro)
horas consecutivas:

I – deixar de comparecer à sua organização policial militar sem comunicar qualquer


motivo de impedimento;

II – ausentar-se sem licença da Unidade onde serve ou local onde deve permanecer.

Parágrafo único - Decorrido o prazo mencionado neste artigo, serão observadas as


formalidades previstas em legislação específica.
Art. 81 - O policial militar é considerado desertor nos casos previstos na legislação
penal militar.

SEÇÃO V
DO DESAPARECIMENTO E DO EXTRAVIO

Art. 82 - É considerado desaparecido o policial militar da ativa que, no desempenho


de qualquer serviço, em viagem, em operações policiais militares ou em caso de
calamidade pública, tiver paradeiro ignorado por mais de 8 (oito) dias.

Parágrafo único - A situação de desaparecimento só será considerada quando não


houver indício de deserção.

Art. 83 - O policial militar que, na forma do artigo anterior, permanecer desaparecido


por mais de 30 (trinta) dias, será oficialmente considerado extraviado.

CAPÍTULO II
DO DESLIGAMENTO OU EXCLUSÃO DO SERVIÇO ATIVO

Art. 84 - O desligamento ou exclusão do serviço ativo da Polícia Militar é feito


em consequência de:

I – transferência para a reserva remunerada;

II – reforma;

III – demissão;

IV – perda de posto e patente;

V – ***REVOGADO***; (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de


dezembro de 2020)

VI – ***REVOGADO***; (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30


de dezembro de 2020)

VII – deserção;

VIII – falecimento;

IX – extravio.

Parágrafo único - O desligamento do serviço ativo será processado após a


expedição de ato do Governador do Estado, ou de autoridades as quais tenham sido
delegados poderes para isso.

Art. 85 - A transferência para a reserva remunerada ou a reforma não isentam o


policial militar da indenização dos prejuízos causados à Fazenda Estadual ou a
terceiros, nem de pagamento das pensões decorrentes de sentença judicial.
***REVOGADO***.

***REVOGADO***.

Art. 86. O militar estadual da ativa, enquadrado em um dos incisos I e II do art. 84, ou
demissionário a pedido, continuará no exercício de suas funções até ser desligado da
Organização Militar Estadual em que serve. (Redação dada pela Lei Complementar nº
962, de 30 de dezembro de 2020)

Parágrafo único. O desligamento da Organização Militar Estadual em que serve


deverá ser feito após a publicação no Diário Oficial ou em Boletim, do ato oficial
correspondente, no prazo estabelecido.

SEÇÃO I
DA TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA

***REVOGADO***:

***REVOGADO***

***REVOGADO***.

***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei nº 4.010, de 21 de dezembro de 1987)

***REVOGADO***. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 212, de 27 de


novembro de 2001) (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 943, de 13 de
março de 2020)

Art. 87. A passagem do militar à situação de inatividade, mediante transferência para


a reserva remunerada, se efetua: (Redação dada pela Lei Complementar nº 943, de
13 de março de 2020)

I - a pedido; e (Redação dada pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de


2020)

II - de ofício. (Redação dada pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

Art. 87-A. A transferência para a reserva remunerada, a pedido, com remuneração


integral, será concedida, por meio de requerimento, ao militar de carreira que contar,
no mínimo, com os seguintes requisitos, de caráter cumulativo: (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

I - 35 (trinta e cinco) anos de tempo de serviço; e (Dispositivo incluído pela Lei


Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

II - 25 (vinte e cinco) anos de tempo de atividade de natureza militar, que será


acrescido de 4 (quatro) meses a cada ano, a partir de 1º de janeiro de 2022, até
atingir 30 (trinta) anos. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de
março de 2020)
Art. 87-B. A transferência para a reserva remunerada, a pedido, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, será concedida, por meio de requerimento, ao
militar de carreira que contar, no mínimo, com os seguintes requisitos, de caráter
cumulativo: (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de
2020)

I - 30 (trinta) anos de tempo de serviço; e (Dispositivo incluído pela Lei Complementar


nº 943, de 13 de março de 2020)

II - 25 (vinte e cinco) anos de tempo de atividade de natureza militar, que será


acrescido de 4 (quatro) meses a cada ano, a partir de 1º de janeiro de 2022, até
atingir 30 (trinta) anos. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de
março de 2020)

Parágrafo único. O valor do provento na hipótese do caput será calculado da


seguinte forma: (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março
de 2020)

I - o valor do subsídio do seu posto ou graduação será dividido em cotas de 1/35 (um
trinta e cinco avos); e (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de
março de 2020)

II - o valor do provento na inatividade corresponderá a tantas cotas quantos forem os


anos de serviço, computáveis para a inatividade, sendo considerado como 1 (um) ano
a fração de tempo igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias. (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

***REVOGADO***. (Dispositivo revogado pela Lei nº 4.010, de 21 de dezembro de


1987)

***REVOGADO***. (Dispositivo revogado pela Lei nº 4.010, de 21 de dezembro de


1987)

***REVOGADO***: (Dispositivo revogado pela Lei nº 4.010, de 21 de dezembro de


1987)

***REVOGADO***; e (Dispositivo revogado pela Lei nº 4.010, de 21 de dezembro de


1987)

***REVOGADO***za. (Dispositivo revogado pela Lei nº 4.010, de 21 de dezembro de


1987)

***REVOGADO***. (Dispositivo revogado pela Lei nº 4.010, de 21 de dezembro de


1987)

§ 4º - Vetado.

Art. 89 - A transferência para a reserva remunerada, ex-offício, verificar-se-á sempre


que o policial militar incidir nos seguintes casos:
***REVOGADO***: (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 321, de 17 de
maio de 2005)

***REVOGADO***:

***REVOGADO*** ***REVOGADO***

***REVOGADO*** ***REVOGADO***
***REVOGADO*** ***REVOGADO***
***REVOGADO*** ***REVOGADO***
***REVOGADO*** ***REVOGADO***

***REVOGADO*** ***REVOGADO***
***REVOGADO*** ***REVOGADO***
***REVOGADO*** ***REVOGADO***
***REVOGADO*** ***REVOGADO***
***REVOGADO*** ***REVOGADO***
***REVOGADO***
***REVOGADO*** ***REVOGADO***
(Redação dada pela Lei nº 3.446/1981)
***REVOGADO***
***REVOGADO*** ***REVOGADO***
(Redação dada pela Lei nº 3.446/1981)

***REVOGADO***; (Redação dada pela Lei Complementar nº 212, de 27 de


novembro de 2001). (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 321, de 17 de
maio de 2005)

b) ***REVOGADO***:

***REVOGADO*** ***REVOGADO***
***REVOGADO*** ***REVOGADO***
***REVOGADO*** ***REVOGADO***
***REVOGADO*** ***REVOGADO***
***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei Complementar nº 212, de 27 de
novembro de 2001). (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 321, de 17 de
maio de 2005)

I-A - 3 (três) meses após o cumprimento dos requisitos para a transferência para a
reserva remunerada, a pedido, nos termos do art. 87-A desta Lei; (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

***REVOGADO***: (Dispositivo revogado pela Lei nº 4.010, de 21 de dezembro de


1987)

***REVOGADO***; (Dispositivo revogado pela Lei nº 4.010, de 21 de dezembro de


1987)

***REVOGADO***o;

***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei nº 3.842, de 08 de maio de 1986) (Vide


Lei nº 3.842, de 08 de maio de 1986) (Dispositivo revogado pela Lei nº 4.010, de 21
de dezembro de 1987)

***REVOGADO***; (Dispositivo revogado pela Lei nº 4.010, de 21 de dezembro de


1987)

III – oficial considerado não habilitado para o acesso, em caráter definitivo, no


momento em que vier a ser objeto de apreciação para ingresso em Quadro de
acesso;

IV – ultrapassar 2 (dois) anos contínuos ou não em licença para tratar de interesse


particular;

V – ultrapassar 2 (dois) anos contínuos. Em licença para tratamento de saúde de


pessoa de sua família;

VI – ser empossado em cargo público permanente estranho à sua carreira, cujas


funções sejam de magistério;

VII – ultrapassar 2 (dois) anos de afastamento, contínuos ou não, agregado em


virtude de ter sido empossado em cargo público civil temporário, não eletivo, inclusive
de administração indireta; e

VIII – ser diplomado em cargo eletivo na forma da alínea “b” do parágrafo único do art.
50.

§ 1º - A transferência para a reserva processar-se-á à medida que o policial militar for


enquadrado em um dos incisos deste artigo.

***REVOGADO***. (Dispositivo revogado pela Lei nº 4.010, de 21 de dezembro de


1987)
§ 3º - A transferência para a reserva remunerada do policial militar, enquadrado no
inciso VI, será efetivada no posto ou graduação que tinha na ativa, podendo acumular
os proventos a que fizer jus na inatividade com remuneração do cargo para que foi
nomeado.

§ 4º - A nomeação do policial militar para os cargos públicos de que tratam os incisos


VI e VII somente poderá ser feita:

a) pela autoridade federal competente, mediante requisição do Governador do


Estado, quando o cargo for da alçada federal;

b) pelo Governador do Estado ou mediante sua autorização, nos demais casos.

§ 5º - Enquanto permanecer no cargo de que trata o item VII:

a) é-lhe assegurada a opção entre o vencimento do cargo e a remuneração do posto


ou da graduação;

b) somente poderá ser promovido por Antiguidade;

c) o tempo de serviço é contado apenas para aquela promoção e para a transferência


para a inatividade.

***REVOGADO***.

Art. 90. O militar que passar à situação de inatividade mediante transferência para a
reserva remunerada, a pedido, com remuneração integral, e de ofício na hipótese do
inciso I-A do art. 89 desta Lei, terá calculado seu provento com base no valor do
subsídio do posto ou graduação e da referência, correspondente à data de
inatividade. (Redação dada pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 1º Nas situações previstas nesta Lei, inclusive naquelas previstas no art. 87-B e nos
incisos III, IV, V, VI, VII e VIII do art. 89, referentes à transferência para a inatividade
com remuneração proporcional ao tempo de serviço, o provento será calculado da
seguinte forma: (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março
de 2020)

I - o valor do subsídio do seu posto ou graduação será dividido em cotas de 1/35 (um
trinta e cinco avos); e (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de
março de 2020)

II - o valor do provento na inatividade corresponderá a tantas cotas quantos forem os


anos de serviço, computáveis para a inatividade, sendo considerado como 1 (um) ano
a fração de tempo igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias. (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 2º Se o militar tiver cumprido os requisitos para transferência para a reserva


remunerada, a pedido, e incidir em hipótese de transferência de ofício, a remuneração
na inatividade será integral. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13
de março de 2020)
§ 3º A remuneração na inatividade é irredutível e deve ser revista automaticamente na
mesma data da revisão da remuneração dos militares da ativa, para preservar o valor
equivalente à remuneração do militar da ativa do correspondente posto ou
graduação. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de
2020)

Art. 90-A. O tempo de serviço militar e o tempo de contribuição ao Regime Geral de


Previdência Social ou a regime próprio de previdência social terão contagem
recíproca para fins de inativação militar, e a compensação financeira será devida
entre as receitas de contribuição referentes aos militares e as receitas de contribuição
referentes aos demais regimes. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943,
de 13 de março de 2020)

Art. 90-B. É vedada a contagem de tempo fictício, assim entendido a contagem de


tempo para fins de transferência para inatividade, sem que tenha havido a efetiva
prestação de serviço, cumulativamente, com o recolhimento da respectiva
contribuição prevista nesta Lei. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943,
de 13 de março de 2020)

§ 1º É vedada a averbação de tempo fictício referente ao período anterior à


incorporação. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de
2020)

§ 2º A licença concedida ao militar com prejuízo da remuneração não será computada


para fins de tempo de serviço e de tempo de atividade militar. (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

Art. 91 - Fica assegurado aos oficiais advogados do Quadro Técnico (em extinção)
lotados na Consultoria Jurídica da Polícia Militar, o direito de promoção até o último
posto previsto na hierarquia policial militar:

Parágrafo único - Vetado.

Art. 92 - O oficial da reserva remunerada poderá ser convocado para o serviço ativo
por ato do Governador do Estado para compor Conselho de Justificação, para ser
encarregado de Inquérito Policial Militar ou incumbido de outros procedimentos
administrativos, na falta de oficial da ativa em situação hierárquica compatível com a
do oficial envolvido.

§ 1º - O oficial convocado nos termos deste artigo terá os direitos e deveres dos da
ativa de igual situação hierárquica, exceto quanto à promoção, a que não concorrerá,
e contará como acréscimo esse tempo de serviço.

§ 2º - A convocação de que trata este artigo, terá a duração necessária ao


cumprimento da atividade que a ela deu origem, não devendo ser superior ao prazo
de 12 (doze) meses, dependerá da anuência do convocado e será precedida de
inspeção de saúde.

***REVOGADO***: (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 460, de 31 de


outubro de 2008)
***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***.

***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei Complementar nº 617, de 2 de janeiro de


2012). (Vide Lei Complementar nº 617, de 2 de janeiro de 2012).

Art. 92-A. Os militares, praças e oficiais da reserva remunerada poderão retornar ao


serviço ativo, voluntariamente, mediante convocação por ato do Secretário de Estado
da Segurança Pública e Defesa Social, autorizada previamente e formalmente pelo
Chefe do Poder Executivo ou pelo Secretário de Estado do Governo, para atuar
prestando serviços de natureza policial, militar ou de saúde, em jornada semanal de
40 (quarenta) horas. (Redação dada pela Lei Complementar nº 951, de 6 de abril de
2020)

§ 1º O militar da reserva remunerada, convocado nos termos deste artigo, não


integrará o quadro de militares da ativa; não concorrerá às promoções, exceto post-
mortem; submeter-se-á às regras e deveres da disciplina e hierarquia militar.

***REVOGADO***.

***REVOGADO***: (Redação dada pela Lei Complementar nº 871, de 8 de novembro


de 2017)

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***.

§ 2º Os militares, praças e oficiais, convocados na forma deste artigo, atuarão


prioritariamente em policiamento ostensivo, busca e salvamento e defesa
civil. (Redação dada pela Lei Complementar nº 951, de 6 de abril de 2020)

***REVOGADO***.
***REVOGADO***: (Redação dada pela Lei Complementar nº 871, de 8 de novembro
de 2017)

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***o.

§ 3º Os militares, praças e oficiais, convocados na forma deste artigo, não poderão


exercer cargo em comissão ou função gratificada. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 951, de 6 de abril de 2020)

***REVOGADO***. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 845, de 20 de


dezembro de 2016).

§ 4º O militar da reserva remunerada poderá ser convocado e cedido para órgão


público Federal, Estadual ou Municipal, para prestação de atividades previstas neste
artigo, desde que sem ônus para a corporação cedente, com exceção da compra de
munição, observando-se para tanto a celebração de convênio. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 851, de 31 de março de 2017).

§ 5º Fica, excepcionalmente, admitida a atuação na rede pública de saúde estadual


dos militares, praças e oficiais da reserva remunerada da saúde, convocados na
forma deste artigo, para o enfrentamento de situação de emergência, estado de
calamidade pública ou estado de emergência em saúde pública. (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 951, de 6 de abril de 2020)

Art. 93 - A transferência do policial militar para a reserva remunerada pode ser


dispensa na vigência do estado de guerra, estado de sítio ou em caso de mobilização.

SEÇÃO II
DA REFORMA

Art. 94 - A passagem do policial militar à situação de inatividade, mediante reforma,


somente se dará ex-offício.

Art. 95 - A reforma ex-offício será aplicada ao policial militar que:

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***;

I - atingir 65 anos de idade: (Redação dada pela Lei Complementar nº 212, de 27 de


novembro de 2001).
II – for julgado incapaz, definitivamente; para o serviço ativo da Polícia Militar;

III – estiver agregado por mais de 2 (dois) anos por ter sido julgado incapaz
temporariamente, mediante homologação de Junta Superior de Saúde, ainda mesmo
que se trate de moléstia curável;

IV – for condenado à pena de reforma prevista no Código Penal Militar, por sentença
passada em julgado;

V – sendo oficial, a tiver determinada pelo Tribunal de Justiça do Estado, em


julgamento por ele efetuado, em consequência do Conselho de Justificação a que foi
submetido; e

VI – sendo Aspirante a Oficial PM ou praça com estabilidade assegurada, for para tal
indicado, ao Comandante Geral da Polícia Militar, em julgamento de Conselho de
Disciplina.

Parágrafo único - O policial militar reformado na forma dos itens V ou VI só poderá


readquirir a situação militar anterior, respectivamente, por outra sentença do Tribunal
de Justiça do Estado e nas condições nela estabelecidas ou por decisão do
Comandante Geral da Polícia Militar.

Art. 96 - Anualmente, no mês de fevereiro, o órgão de pessoal de Polícia Militar


organizará a relação dos policiais militares que houverem atingido a idade limite de
permanência na reserva, a fim de serem reformados.

Parágrafo único - A situação de inatividade do policial militar da reserva remunerada,


quando reformado por limite de idade, não sofre solução de continuidade, exceto
quanto às condições de mobilização.

Art. 97 - A incapacidade definitiva pode sobrevir em consequência de:

I – ferimento recebido em operações policiais militares ou na manutenção da ordem


pública ou enfermidade contraída nessa situação, ou que nela tenha sua causa
eficiente;

II – acidente em serviço;

III – doença, moléstia ou enfermidade adquirida com relação de causa a condições


inerente ao serviço;

IV – tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia


irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, mal de Parkinson,
pênfigo, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave e outras moléstias que a Lei
indicar com base nas conclusões da medicina especializada;

V – acidente ou doença, moléstia ou enfermidade sem relação de causa e feito com o


serviço.
§ 1º - Os casos de que tratam os, itens I, II e III deste artigo serão provados por
atestado de origem ou inquérito sanitário de origem, sendo os termos de acidente,
baixa ao hospital, papeleta de tratamento nas enfermarias e hospitais, e os registros
de baixa utilizados como meios subsidiários para esclarecer a situação.

§ 2º - Nos casos de tuberculose, as Juntas de Saúde deverão basear seus


julgamentos, obrigatoriamente, em observações clínicas acompanhadas de repetidos
exames subsidiários, de modo a comprovar, com segurança, a atividade de doença,
após acompanhar sua evolução até 3 (três) períodos de 6 (seis) meses de tratamento
clínico-cirúrgico metódico, atualizado e, sempre que necessário, nosocomial, salvo
quando se tratar de formas “grandemente avançadas” no conceito clínico e sem
qualquer possibilidade de regressão completa, as quais terão parecer imediato de
incapacidade definitiva.

§ 3º - O parecer definitivo a adotar, nos casos de tuberculose, para os portadores de


lesões aparentemente inativas, ficará condicionado a um período de
consolidação extra-nosocomial, nunca inferior a 6 (seis) meses, contados a partir da
época da cura.

§ 4º - Considera-se alienação mental todo caso de distúrbio mental ou neuro-mental


grave persistente, no qual, esgotados os meios habituais de tratamento, permaneça
alteração completa ou considerável na personalidade, destruindo a autodeterminação
do pragmatismo e tornando o indivíduo total e permanentemente impossibilitado para
qualquer trabalho.

§ 5º - Ficam excluídas do conceito de alienação mental as epilepsias psíquicas e


neurológicas, assim julgadas pelas Juntas de Saúde.

§ 6º - Considera-se paralisia todo caso de neuropatia grave e definitiva que afeta a


motilidade, sensibilidade, troficidade e demais funções nervosas, no qual, esgotados
os meios habituais de tratamento, permaneçam distúrbios graves, extensos e
definitivos que tornem o indivíduo total e permanentemente impossibilitado para
qualquer trabalho.

§ 7º - São também equiparados às paralisias os casos de afecção ósteo-músculo-


articulares graves e crônicos (reumatismos graves e crônicos ou progressivos e
doenças similares), nos quais esgotados, os meios habituais de tratamento,
permaneçam distúrbios extensos e definitivos, quer ósteo-músculo-articulares
residuais, quer secundários das funções nervosas, motilidade, troficidade ou demais
funções que tornem o indivíduo total e permanentemente impossibilitado para
qualquer trabalho.

§ 8º - São equiparados à cegueira, não só os casos de afecções crônicas


progressivas e incuráveis que conduzirão à cegueira total, como também os de visão
rudimentar que apenas permitam a percepção de vultos, não suscetíveis de correção
por lentes, nem removíveis por tratamento médico-cirúrgico.

Art. 98 - O policial militar da ativa julgado incapaz definitivamente por um dos motivos
constantes dos itens I, II, III e IV do art. 97, será reformado com qualquer tempo de
serviço.
***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***

***REVOGADO***.

***REVOGADO***. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 943, de 13 de


março de 2020)

§ 4º - Vetado.

Art. 99. A remuneração do militar reformado por invalidez decorrente do exercício da


função ou em razão dela é integral, calculada com base na remuneração do posto ou
da graduação que possuir por ocasião da transferência para a inatividade
remunerada. (Redação dada pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo aos casos previstos nos incisos I, II e III do art.
97 e também aos casos previstos no inciso IV do art. 97. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 2º O disposto no caput não afasta a possibilidade de concessão de promoção por


incapacidade definitiva ou de fixação do provento com base no valor do subsídio do
posto ou da graduação imediatamente superior, nas hipóteses previstas na legislação
específica. (Redação dada pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

Art. 100 - O policial militar da ativa julgado incapaz definitivamente por um dos
motivos constantes do item V do art. 97, será reformado:

a) com remuneração proporcional ao tempo de serviço, se oficial ou praça com


estabilidade assegurada;

b) com remuneração calculada com base no soldo integral do posto ou graduação


desde que, com qualquer tempo de serviço, seja considerado inválido, isto é,
impossibilitado total e permanentemente para qualquer trabalho.

Art. 101 - O policial militar reformado por incapacidade definitiva que for julgado apto
em inspeção de saúde por Junta Superior, em grau de recurso ou revisão, poderá
retornar ao serviço ativo ou ser transferido para a reserva remunerada, conforme
dispuser regulamentação específica.

§ 1º - O retorno ao serviço ativo ocorrerá se o tempo decorrido na situação de


reformado não ultrapassar 2 (dois) anos e na forma do disposto no parágrafo 1º do
art. 79.
§ 2º - A transferência para a reserva remunerada, observado o limite de idade para a
permanência nessa reserva, ocorrerá se o tempo transcorrido na situação de
reformado ultrapassar 2 (dois) anos.

Art. 102 - O policial militar reformado por alienação mental, enquanto não ocorrer à
designação judicial do curador, terá sua remuneração paga aos seus beneficiários,
desde que estes o tenham sob sua guarda e responsabilidade e lhe dispensem
tratamento humano e condigno.

§ 1º - A interdição judicial do policial militar reformado por alienação mental deverá ser
providenciada junto ao Ministério Público, por iniciativa dos beneficiários, parentes ou
responsáveis, até 60 (sessenta) dias a contar da data do ato da reforma.

§ 2º - A interdição judicial do policial militar e seu internamento em instituição


apropriada, policial militar ou não, deverão ser providenciados pelo Comandante
Geral da Corporação, quando:

a) não houver beneficiários, parentes ou responsáveis;

b) não forem satisfeitas as condições de tratamento exigidas neste artigo.

§ 3º - Os processos e os atos de registros de interdição do policial militar terão


andamento sumário, serão instruídos com laudo proferido por Junta de Saúde e
isentos de custas.

Art. 103 - Para fins de previsto na presente Seção, as praças especiais, constantes
do quadro a que refere o art. 13, são consideradas:

I – 2º Tenente PM, os Aspirantes a Oficiais PM;

II – Aspirante a Oficial PM, os Alunos Oficiais PM;

III – 3º Sargento PM; os Alunos de Cursos de Formação de Sargentos PM;

IV – Cabo PM, os Alunos do Curso de Formação de Soldados PM.

Art. 103-A. O militar reformado por incapacidade definitiva para o serviço ativo militar
ou reformado por invalidez poderá ser convocado, por iniciativa da administração, a
qualquer momento, para revisão das condições que ensejaram a reforma. (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 1º O militar reformado por incapacidade definitiva para o serviço ativo militar ou


reformado por invalidez é obrigado, sob pena de suspensão da remuneração, a
submeter-se à inspeção de saúde a cargo da administração. (Dispositivo incluído pela
Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 2º Aplicam-se as regras deste artigo ao militar que for reformado por ultrapassar 2
(dois) anos agregado por incapacidade temporária para o serviço, nos termos do
inciso III do art. 95 desta Lei. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de
13 de março de 2020)
SEÇÃO II
DA DEMISSÃO, DA PERDA DO POSTO E DA PATENTE E DA DECLARAÇÃO
DE INDIGNIDADE OU INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO

DA DEMISSÃO, DA PERDA DO POSTO, DA PATENTE OU DA GRADUAÇÃO E DA


DECLARAÇÃO DE INDIGNIDADE OU INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO
(Redação dada pela Lei Complementar nº 962, de 30 de dezembro de 2020)

***REVOGADO***;

Art. 104. A demissão de Militar Estadual, Oficial ou Praça se efetua: (Redação dada
pela Lei Complementar nº 962, de 30 de dezembro de 2020)

I – a pedido;

II – ex-offício.

***REVOGADO***:

Art. 105. A demissão a pedido do oficial será concedida mediante requerimento do


interessado: (Redação dada pela Lei Complementar nº 962, de 30 de dezembro de
2020)

I – sem indenização aos cofres públicos, quando contar mais de 5 (cinco) anos de
oficialato na PM;

II – com indenização das despesas feitas pelo Estado com a sua preparação e
formação quando conter menos de 5 (cinco) anos de oficialato.

§ 1º - No caso de o oficial ter feito qualquer curso ou estágio de duração igual ou


superior a 6 (seis) meses e inferior ou igual a 18 (dezoito) meses, por conta do Estado
e não tendo decorrido mais de 3 (três) anos de seu término, a demissão só será
concedida mediante indenização de todas as despesas correspondentes ao referido
curso ou estágio acrescidas, se for o caso, das previstas no item II deste artigo e das
diferenças de vencimentos.

§ 2º - No caso de o oficial ter feito qualquer curso ou estágio de duração superior a 18


(dezoito) meses, por conta do Estado, aplicar-se-á o disposto no parágrafo anterior se
ainda não houver decorrido mais de 5 (cinco) anos de seu término.

§ 3º - O oficial demissionário a pedido não terá direito a qualquer remuneração, sendo


a sua situação militar definida pela Lei do Serviço Militar.

§ 4º - O direito à demissão a pedido pode ser suspenso na vigência de estado de


guerra, calamidade pública, perturbação da ordem interna, estado de sítio ou em caso
de mobilização.

Art. 106 - O oficial da ativa empossado em cargo público permanente, estranho a sua
carreira e cuja função não seja de magistério, será, imediatamente, mediante
demissão ex-offício por esse motivo, transferido para a reserva, onde ingressará com
o posto que possuía na ativa, não podendo acumular qualquer provento de inatividade
ao vencimento do cargo público permanente.

Art. 107 - O oficial que houver perdido o posto e a patente será demitido ex-
offício sem direito a qualquer remuneração ou indenização e terá a sua situação
militar definida pela Lei do Serviço Militar.

Art. 108 - O oficial perderá o posto e a patente se for declarado indigno do oficialato,
ou com ele incompatível por decisão do Tribunal de Justiça do Estado, em
decorrência do julgamento a que for submetido.

Parágrafo único - O Oficial declarado indigno do oficialato, ou com ele incompatível,


e condenado à perda de posto e patente, só poderá readquirir a situação militar
anterior por outra sentença do Tribunal de Justiça do Estado e nas condições nela
estabelecidas.

Art. 109 - Fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato, ou


incompatibilidade com o mesmo por julgamento do Tribunal de Justiça do Estado, o
oficial que:

I – for condenado, por Tribunal Civil ou Militar, a pena restritiva de liberdade individual
superior a 2 (dois) anos, em decorrência de sentença condenatória passada em
julgado:

II – for condenado, por sentença passada em julgado por crimes para os quais o
Código Penal Militar comina essas penas acessórias e por crimes previstos na
Legislação especial concernentes à Segurança Nacional;

III – incidir nos casos previstos em Lei específica, que motivem o julgamento por
Conselho de Justificação e neste for considerado culpado;

IV – houver perdido a nacionalidade brasileira.

SEÇÃO IV
DO LICENCIAMENTO
(Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de dezembro de 2020)

***REVOGADO***:

***REVOGADO***; e (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de


dezembro de 2020)

***REVOGADO***. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de


dezembro de 2020)

***REVOGADO***.

***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de 1981)

***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei nº 3.865, de 14 de julho de 1986)


***REVOGADO***:

a) ***REVOGADO***; (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de


dezembro de 2020)

b) ***REVOGADO***; e (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30


de dezembro de 2020)

c) ***REVOGADO***. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de


dezembro de 2020)

§ 3º - ***REVOGADO***.

§ 4º - ***REVOGADO***.

§ 5º - ***REVOGADO***. (Dispositivo incluído pela Lei nº 3.865, de 14 de julho de


1986)

Art. 110. A demissão a pedido da praça será concedida mediante requerimento do


interessado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 962, de 30 de dezembro de
2020)

§ 1º A demissão a pedido poderá ser concedida, uma vez que não haja prejuízo para
o serviço, à praça que tenha completado o tempo inicial obrigatório, de dois anos,
contado da incorporação, ou que, estando engajado ou reengajado conte, no mínimo,
a metade do tempo de serviço a que se obrigou a servir.

§ 2º A demissão ex offício da praça será feita na forma do Código de Ética e


Disciplina dos Militares Estaduais, da Lei do Serviço Militar e do seu Regulamento por
conclusão de tempo de serviço.

§ 3º A praça demitida não terá direito a qualquer remuneração e sua situação militar
será definida pela Lei do Serviço Militar.

§ 4º A praça demitida perderá sua graduação e receberá o certificado de isenção do


serviço militar previsto na Lei do Serviço Militar.

§ 5º O tempo de serviço relativo a engajamento e reengajamento da praça é de


quatro anos, cada.

***REVOGADO***.

Art. 111. O Aspirante a Oficial e as demais praças empossados em cargo público


permanente estranho a sua carreira e cuja função não seja de professor serão
imediatamente demitidos ex officio, sem remuneração e terão sua situação militar
definida pela Lei do Serviço Militar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 962, de
30 de dezembro de 2020)

***REVOGADO***.
Art. 112. O direito a demissão a pedido poderá ser suspenso na vigência do estado
de guerra, calamidade pública, perturbação da ordem interna, estado de sítio ou em
caso de mobilização. (Redação dada pela Lei Complementar nº 962, de 30 de
dezembro de 2020)

SEÇÃO V
DA EXCLUSÃO DA PRAÇA A BEM DA DISCIPLINA
(Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de dezembro de 2020)

***REVOGADO***:

***REVOGADO***;

***REVOGADO***;

***REVOGADO***.

***REVOGADO***: (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de


dezembro de 2020)

***REVOGADO***. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de


dezembro de 2020)

***REVOGADO***. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 962, de 30 de


dezembro de 2020)

Art. 113. A demissão da praça ou do aspirante a oficial será ainda


aplicada ex officio: (Redação dada pela Lei Complementar nº 962, de 30 de dezembro
de 2020)

I - sobre os quais houver pronunciado tal sentença os Conselhos de Justiça,


Permanente, por haverem sido condenados em sentença passada em julgado, por
aquele Conselho ou Tribunal Civil, à pena restritiva de liberdade superior a 2 (dois)
anos ou nos crimes previstos na legislação especial concernentes à Segurança
Nacional, à pena de qualquer duração;

II - por haverem perdido a nacionalidade brasileira, sobre os quais houver


pronunciado tal sentença o Conselho Permanente de Justiça;

III - forem considerados culpados em Conselho de Disciplina previsto no art. 47.

***REVOGADO***.

Art. 114. É da competência do Comandante-Geral o ato de demissão do Aspirante a


Oficial e das praças. (Redação dada pela Lei Complementar nº 962, de 30 de
dezembro de 2020)

***REVOGADO***.

***REVOGADO***.
Art. 115. Não se aplica a sanção disciplinar de demissão ao militar estadual da
reserva remunerada submetido a Conselho de Justificação ou Disciplina; entretanto,
eles podem sofrer a sanção de perda de posto, patente ou graduação, em razão de
fatos praticados durante a inatividade, a qual implica a perda da condição de militar
estadual e das prerrogativas decorrentes, mantendo-se, entretanto, os seus
proventos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 962, de 30 de dezembro de
2020)

§ 1º A competência para aplicar a sanção de perda de posto ou patente do oficial da


reserva remunerada é do Comandante-Geral, após decisão proferida nesse sentido
pelo Tribunal de Justiça do Estado.

§ 2º A competência para aplicar a sanção de perda de graduação à praça da reserva


remunerada é do Comandante-Geral da respectiva Corporação.

SEÇÃO VI
DA DESERÇÃO

***REVOGADO***.

***REVOGADO***.

***REVOGADO***.

***REVOGADO***.

***REVOGADO***.

Art. 116. A deserção acarreta uma interrupção do serviço com a consequente


demissão ex officio do militar estadual. (Redação dada pela Lei Complementar nº
962, de 30 de dezembro de 2020)

Parágrafo único – O militar estadual que praticar o crime de deserção será demitido
conforme as regras estabelecidas no Código de Ética e Disciplina dos Militares
Estaduais.

SEÇÃO VII
DO FALECIMENTO E DO EXTRAVIO

Art. 117 - O falecimento do policial militar da ativa acarreta interrupção do serviço


policial militar, com o consequente desligamento ou exclusão do serviço ativo, a partir
da data da ocorrência do óbito.

Art. 118 - O extravio de policial militar de ativa acarreta interrupção do serviço policial
militar com o consequente afastamento temporário do serviço ativo, a partir da data
em que o mesmo for oficialmente considerado extraviado.

§ 1º - O desligamento do serviço ativo será feito 6 (seis) meses após a agregação por
motivo de extravio.
§ 2º - Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe, calamidade pública ou outros
acidentes oficialmente reconhecidos, o extravio ou desaparecimento do policial militar
da ativa será considerado como falecimento, para fins deste Estatuto, tão logo sejam
esgotados os prazos máximos de possível sobrevivência ou quando se dêem por
encerradas as providências de salvamento.

Art. 119 - O reaparecimento do policial militar extraviado ou desaparecido, já


desligado do serviço ativo, resulta em sua reinclusão e nova agregação, enquanto se
apuram as causas que deram origem ao seu afastamento.

Parágrafo único - O policial militar reaparecido será submetido a Conselho de


Justificação ou a Conselho de Disciplina, por decisão do Comandante Geral da PM,
se e assim for julgado necessário.

CAPÍTULO III
DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 120 - Os policiais militares começam a contar tempo de serviço na Polícia Militar
a partir da data de sua inclusão na Polícia Militar, matrícula em órgão de formação de
policiais militares ou nomeação para o posto ou graduação na Polícia Militar.

§ 1º - Considera-se como data de incorporação, para fins deste artigo;

a) a data do ato em que o voluntário é considerado incluído na Polícia Militar ou a ela


incorporado;

b) a data de matrícula em órgão de formação de policiais militares;

c) a data de apresentação pronto para o serviço no caso de nomeação.

§ 2º - O policial militar reincluído recomeça a contar tempo de serviço da data de sua


reinclusão.

§ 3º - Quando, por motivo de força maior, oficialmente reconhecido (incêndio,


inundação, naufrágio, sinistro aéreo e outras calamidades), faltarem dados para a
contagem de tempo de serviço, caberá ao Comandante Geral da PM arbitrar o tempo
e ser computado, para cada caso particular, de acordo com os elementos disponíveis.

Art. 121 - Na apuração do tempo de serviço militar, será feita distinção entre:

I – tempo de efetivo serviço; e

II – anos de serviço.

Art. 122 - Tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo computado dia a dia entre a
data de incorporação e a data limite estabelecida para a contagem ou a data do
desligamento do serviço ativo, mesmo que tal espaço de tempo seja parcelado.
§ 1º - Será também computado como tempo de efetivo serviço o tempo passado dia a
dia pelo policial militar na reserva remunerada que for convocado para o exercício de
funções policiais militares na forma do art. 92.

§ 2º - Não serão deduzidos do tempo de efetivo serviço, além dos afastamentos


previstos no art. 63, os períodos em que o policial militar estiver afastado do exercício
de suas funções em gozo de licença especial.

§ 3º - Ao tempo de efetivo serviço de que tratam este artigo e parágrafos anteriores,


apurado e totalizado em dias, será aplicado o divisor 365 (trezentos e sessenta e
cinco) para a correspondente obtenção dos anos de efetivo serviço.

***REVOGADO***. (Dispositivo revogado pela Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de


1981)

Art. 123 - “Anos de serviço” é a expressão que designa o tempo de efetivo serviço a
que se refere o art. 122 e seus parágrafos, com os seguintes acréscimos:

I – tempo de serviço público federal, estadual ou municipal, prestado pelo policial


militar anteriormente a sua incorporação, matrícula, nomeação ou reinclusão na
Polícia Militar;

***REVOGADO***; (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 943, de 13 de


março de 2020)

***REVOGADO***; (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 943, de 13 de


março de 2020)

IV – tempo relativo a férias não gozadas, contado em dobro; e

V – tempo de serviço público estadual prestado exclusivamente ao Governo do


Estado do Espírito Santo.

***REVOGADO***

***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de 1981)

***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei nº 4.568, de 14 de outubro de 1991)

§ 1º - Os acréscimos a que se referem o item I serão computados somente no


momento da passagem do servidor militar à situação de inatividade e para esse
fim. (Redação dada pela Lei nº 4.817, de 08 de outubro de 1993)

***REVOGADO***.

***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de 1981)

***REVOGADO***e. (Redação dada pela Lei nº 3.841, de 08 de maio de 1986)


§ 2º - Os acréscimos a que se referem os itens II, III e IV, serão computados somente
no momento da passagem do servidor militar á situação de inatividade e neste caso,
para todos os fins e efeitos legais, inclusive Gratificação Adicional por Tempo de
Serviço e Assiduidade. (Redação dada pela Lei nº 4.817, de 08 de outubro de 1993)

§ 3º - Não é computável, para efeito algum, o tempo:

a) que ultrapassar de 1 (um) ano, contínuo ou não, em licença para tratamento de


saúde de pessoa da família;

b) passado em licença para tratar de interesse particular;

c) passado como desertor;

***REVOGADO***; e

d) decorrido em cumprimento de pena de suspensão do exercício do posto,


graduação, cargo ou função por sentença passada em julgado ou suspensão
decorrente de sanção disciplinar prevista no Código de Ética e Disciplina dos Militares
Estaduais; (Redação dada pela Lei Complementar nº 962, de 30 de dezembro de
2020)

e) decorrido em cumprimento de pena restritiva de liberdade, por sentença passada


em julgado, desde que não tenha sido concedida suspensão condicional da pena,
quando então o tempo que exceder ao período da pena cumprida será computado
para todos os efeitos, caso as condições estipuladas na sentença não o impeçam.

***REVOGADO***. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 460, de 31 de


outubro de 2008)

f) passado como convocado nos termos do artigo 92-A acrescentado por esta Lei
Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 617, de 2 de janeiro de
2012).

§ 4º - Uma vez computado o tempo de efetivo serviço e seus acréscimos previstos


nos artigos 122 e 123 e no momento da passagem do policial-militar á situação de
inatividades pelos motivos constantes nos itens I, II e III do artigo 89 e nos itens II e III
do artigo 95, a fração de tempo igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias será
considerada como 1 (um) ano para todos os efeitos legais (Dispositivo incluído pela
Lei nº 3.446, de 16 de dezembro de 1981)

Art. 124 - O tempo que o policial militar passou ou vier a passar afastado do exercício
de suas funções, em consequência de ferimentos recebidos em acidente, quando em
serviço, em operações policieis militares e manutenção da ordem pública, ou de
moléstia adquirida no exercício de qualquer função policial militar será computado
como se ele o tivesse passado no exercício efetivo daquelas funções.

Art. 125 - O tempo de serviço passado pelo policial militar no exercício de atividades
decorrentes ou dependentes de operações de guerra será regulado em legislação
específica.
Art. 126 - O tempo de serviço dos policiais militares beneficiados por anistia será
contado como estabelecer o ato legal que a conceder.

Art. 127 - A data limite estabelecida para final da contagem dos anos de serviço para
fins de passagem para a inatividade será a do desligamento do serviço ativo.

Parágrafo único - A data limite não poderá exceder de 45 (quarenta e cinco) dias,
dos quais o máximo de 15 (quinze) no órgão encarregado de efetivar a transferência,
da data da publicação do ato de transferência para a reserva ou reforma em Diário
Oficial ou Boletim da Corporação, considerada sempre a primeira publicação oficial.

Art. 128 - Na contagem dos anos de serviço não poderá ser computada qualquer
superposição dos tempos de serviço público (federal, estadual e municipal ou
passado em órgão de administração indireta) entre si, nem com os acréscimos de
tempo, para os possuidores de curso universitário, nem com o tempo de serviço
computável após a incorporação em Organização Policial Militar, matrícula em órgão
de formação de policiais militares ou nomeação para posto ou graduação na Polícia
Militar.

***REVOGADO*** - Vetado.

***REVOGADO***. (Redação dada pela Lei nº 4.568, de 14 de outubro de


1991) (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 139, de 15 de janeiro de 199).

CAPÍTULO IV
DO CASAMENTO

Art. 129 - O policial militar da ativa pode contrair matrimônio, desde que observada a
legislação civil específica.

§ 1º - É vedado o casamento ao Aluno Oficial PM e demais praças, enquanto


estiverem sujeitos aos regulamentos dos órgãos de formação de oficiais, de
graduados ou de praças cujos requisitos para admissão exijam a condição de solteiro,
salvo em casos excepcionais a critério do Comandante Geral da PM.

§ 2º - O casamento com mulher estrangeira somente poderá ser realizado após a


autorização do Comandante Geral de PM.

Art. 130 - O Aluno Oficial PM e demais praças que contraírem matrimônio em


desacordo com o § 1º do artigo anterior serão excluídos sem direito a qualquer
remuneração ou indenização.

CAPÍTULO V
DAS RECOMPENSAS E DAS DISPENSAS DO SERVIÇO

***REVOGADO***.

Art. 131. As recompensas constituem reconhecimento dos bons serviços prestados


pelos militares estaduais. (Redação dada pela Lei Complementar nº 962, de 30 de
dezembro de 2020)
***REVOGADO***:

§ 1º São recompensas: (Redação dada pela Lei Complementar nº 962, de 30 de


dezembro de 2020)

a) prêmio de Honra ao Mérito;

b) condecorações por serviços prestados;

c) elogios, louvores e referências elogiosas;

d) dispensas de serviço.

***REVOGADO***.

§ 2º As recompensas serão concedidas de acordo com as normas estabelecidas no


Código de Ética e Disciplina dos Militares Estaduais. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 962, de 30 de dezembro de 2020)

Art. 132 - As dispensas de serviço são autorizações concedidas aos policiais militares
para afastamento total do serviço em caráter temporário.

***REVOGADO***:

Art. 133. As dispensas de serviço podem ser concedidas aos militares


estaduais: (Redação dada pela Lei Complementar nº 962, de 30 de dezembro de
2020)

I – como recompensa;

II – para desconto em férias; e

III – em decorrência de prescrição médica.

Parágrafo único - As dispensas de serviços serão concedidas com a remuneração


integral e computadas como tempo de efetivo serviço.

CAPÍTULO VI
DA PENSÃO MILITAR
(Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

Art. 133-A. A pensão militar é deferida em processo de habilitação, com base na


declaração de beneficiários preenchida em vida pelo militar, nas condições a
seguir: (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

I - cônjuge ou companheiro designado ou que comprove união estável como entidade


familiar; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)
II - pessoa separada de fato, separada judicialmente ou divorciada do instituidor,
ou ex-convivente, desde que perceba pensão alimentícia na forma prevista no § 6º
deste artigo; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de
2020)

III - filhos ou enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou até 24 (vinte e quatro)
anos de idade, se estudantes universitários ou, se inválidos, enquanto durar a
invalidez; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de
2020)

IV - tutelados ou curatelados até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante


universitário, até 24 (vinte e quatro) anos de idade ou, se inválido, enquanto durar a
invalidez. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de
2020)

V - a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do militar; e (Dispositivo


incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

VI - o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante universitário,
até 24 (vinte e quatro) anos de idade, e o inválido, enquanto durar a invalidez,
comprovada a dependência econômica do militar. (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 1º A dependência econômica de que trata os incisos V e VI do caput deste artigo


deverá ser comprovada, mediante justificação administrativa, no Instituto de
Previdência dos Servidores Públicos do Estado do Espírito Santo – IPAJM, na forma
do regulamento. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março
de 2020)

§ 2º Considera-se economicamente dependente, para fins deste artigo, aquele que,


comprovadamente, viva sob o mesmo teto do militar ou que dele receba recursos
para subsistência, tenha renda inferior a 1 (um) salário-mínimo e não possua
bens. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 3º Considera-se convivente, para os efeitos deste artigo, a pessoa que mantenha


união estável com o militar, configurada na convivência pública, contínua e duradoura,
como entidade familiar, quando ambos forem solteiros, separados judicialmente,
extrajudicialmente ou de fato, divorciados ou viúvos, devendo ser apresentado
documento demonstrativo desta qualidade, quando da apresentação da declaração
de beneficiários preenchida em vida pelo militar. (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 4º Para os efeitos deste artigo, a invalidez deverá ser atestada por laudo médico
pericial, expedido por junta médica, composta por, no mínimo, 3 (três) médicos,
designados pela autoridade indicada em Lei ou em regulamento. (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 5º A dependência econômica exige início de prova material contemporânea aos


fatos, referente aos 24 (vinte e quatro) meses anteriores à data do óbito, não admitida
a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior
ou caso fortuito, conforme disposto em regulamento. (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 6º A pessoa separada de fato, separada judicialmente ou divorciada do instituidor,


ou o ex-convivente, credor de alimentos, fará jus a percepção da pensão militar, caso
em que, esta será igual ao valor da pensão alimentícia que recebia do militar, limitado
ao valor da cota de rateio com os dependentes da pensão militar, calculada na forma
desta Lei. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de
2020)

§ 7º Na hipótese de o militar falecido estar, na data de seu falecimento, obrigado por


determinação judicial a pagar alimentos temporários a pessoa separada de fato,
separada judicialmente ou divorciada do instituidor, ou ex-convivente a pensão militar
será devida pelo prazo remanescente na data do óbito, caso não incida outra hipótese
de extinção do benefício, prevista nesta Lei. (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

Art. 133-B. É obrigatório ao militar apresentar sua declaração de beneficiários à


pensão militar, observadas as regras dispostas neste artigo e em
regulamento. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de
2020)

§ 1º A declaração deve ser acompanhada de documentos comprobatórios das


informações apresentadas a respeito dos beneficiários. (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 2º A declaração será instruída, dentre outros documentos, com o registro civil que
comprove o grau de parentesco dos beneficiários enumerados. (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

Art. 133-C. Constada a falta de declaração de beneficiário ou se estiver incompleta ou


oferecer margem a dúvidas, a repartição competente exigirá dos interessados
certidões ou quaisquer outros documentos necessários à comprovação dos requisitos
para a habilitação. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de
março de 2020)

Parágrafo único. Se, não obstante a documentação apresentada, persistirem as


dúvidas, a prova será feita mediante justificação administrativa, cujos critérios serão
estabelecidos em regulamento. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943,
de 13 de março de 2020)

Art. 133-D. O benefício da pensão militar é igual ao valor da remuneração do militar


da ativa ou dos proventos na inatividade remunerada. (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

Parágrafo único. O benefício da pensão militar é irredutível e sua revisão automática,


devida na mesma data da revisão das remunerações dos militares da ativa, para
preservar o valor equivalente à remuneração do militar da ativa do posto ou
graduação que lhe deu origem. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943,
de 13 de março de 2020)
Art. 133-E. O pensionista inválido está obrigado a submeter-se à perícia médica, sob
pena de suspensão do benefício, na forma do regulamento. (Dispositivo incluído pela
Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

Art. 133-F. O benefício de pensão militar será devido, a partir: (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

I - do óbito, quando requerido: (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de


13 de março de 2020)

a) pelo beneficiário maior de 16 (dezesseis) anos de idade, até 30 (trinta) dias de sua
ocorrência; ou (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de
2020)

b) pelo beneficiário menor de 16 (dezesseis) anos de idade, até 30 (trinta) dias após
completar essa idade; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de
março de 2020)

II - do requerimento, quando requerido após os prazos previstos no inciso I;


ou (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

III - da decisão judicial, no caso de morte presumida. (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 1º O valor da pensão, calculado na forma deste artigo, será pago aos beneficiários
habilitados, e rateado em cotas iguais. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº
943, de 13 de março de 2020)

§ 2º Sempre que se extinguir uma cota, proceder-se-á novo cálculo e novo rateio do
benefício entre os dependentes remanescentes. (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 3º A concessão da pensão não será protelada pela falta de habilitação de outro


possível beneficiário e qualquer outra habilitação posterior, que importe em exclusão
ou inclusão de dependente, somente produzirá efeito a contar da data da
habilitação. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de
2020)

§ 4º Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da condição de dependente, este


poderá requerer a sua habilitação provisória ao benefício de pensão militar,
exclusivamente para fins de rateio dos valores com outros dependentes, vedado o
pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado da respectiva ação,
ressalvada a existência de decisão judicial em contrário. (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 5º Nas ações em que for parte o ente público responsável pela concessão da
pensão por morte, este poderá proceder de ofício à habilitação excepcional da
referida pensão, apenas para efeitos de rateio, descontando-se os valores referentes
a esta habilitação das demais cotas, vedado o pagamento da respectiva cota até o
trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de decisão judicial em
contrário. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de
2020)

§ 6º Julgada improcedente a ação prevista nos §§ 4º ou 5º deste artigo, o valor retido


será corrigido e será pago aos demais dependentes, proporcionalmente as suas cotas
e ao início de seus benefícios. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de
13 de março de 2020)

§ 7º Em qualquer hipótese, fica assegurada ao órgão concessor da pensão militar a


cobrança dos valores indevidamente pagos aos demais dependentes,
proporcionalmente as suas cotas, em função de nova habilitação. (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

Art. 133-G. A pensão militar será extinta: (Dispositivo incluído pela Lei Complementar
nº 943, de 13 de março de 2020)

I - pelo falecimento; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de


março de 2020)

II - pelo casamento; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de


março de 2020)

III - pela convivência em união estável do beneficiário elencado no inciso I do art. 133-
A desta Lei; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de
2020)

IV - pela cessação de quaisquer das condições que garantiram a qualidade de


beneficiário; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de
2020)

V - pela condenação criminal por sentença com trânsito em julgado, do beneficiário


como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, inclusive em sua forma tentada,
cometido contra pessoa do militar, ressalvados os absolutamente incapazes e os
inimputáveis; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de
2020)

VI - pela comprovação, a qualquer tempo, de simulação ou fraude no casamento ou


na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir
benefício, apuradas em processo judicial ou administrativo no qual serão assegurados
o contraditório e a ampla defesa; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943,
de 13 de março de 2020)

VII - pela adoção, para filho adotado que receba pensão militar dos pais
biológicos; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de
2020)

VIII - pela renúncia expressa do beneficiário plenamente capaz; e (Dispositivo incluído


pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)
IX - em relação aos beneficiários de que trata o inciso I do art. 133-A, observar-se-ão,
também, os seguintes prazos: (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de
13 de março de 2020)

a) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer antes de 18 (dezoito) meses da


incorporação do militar ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados
em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do militar; (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

b) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do


beneficiário na data de óbito do militar, se o óbito ocorrer após 18 (dezoito) meses da
incorporação do militar e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da
união estável: (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de
2020)

1. 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

2. 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

3. 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

4. 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; (Dispositivo


incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

5. 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de


idade; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

6. vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. (Dispositivo incluído


pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 1º Serão aplicados os prazos previstos na alínea “b” do inciso IX, se o óbito do


beneficiário decorrer de acidente de qualquer natureza, independentemente do tempo
de atividade militar ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união
estável. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 2º O chefe do Poder Executivo, por meio de decreto, poderá fixar, em números


inteiros, novas idades para os fins previstos na alínea “b” do inciso IX, sempre que
modificada a expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer. (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 3º A pensão militar decorrente de agressão sofrida no exercício ou em razão da


função será vitalícia para o cônjuge ou companheiro, não se aplicando as regras de
extinção da pensão previstas no inciso IX. (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)
§ 4º Aplica-se o disposto no § 3º no caso de morte decorrente de doença profissional
ou doença grave. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março
de 2020)

CAPÍTULO VII
DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA
(Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

Art. 133-H. Prescreve em 05 (cinco) anos, a contar da data em que deveriam ter sido
pagas, toda e qualquer ação do militar ou beneficiário para haver prestações vencidas
ou quaisquer restituições ou diferenças devidas a título de proventos na inatividade e
de quota-parte de pensão militar, resguardado o direito dos incapazes ou dos
ausentes, segundo a legislação civil. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº
943, de 13 de março de 2020)

Art. 133-I. É de 10 (dez) anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou


ação do militar ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de proventos na
inatividade ou de quota-parte de pensão militar, a contar do dia primeiro do mês
seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em
que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito
administrativo. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de
2020)

Art. 133-J. O direito da Administração de anular os atos administrativos relacionados


a inatividade ou pensão militar, de que decorram efeitos favoráveis para os militares
ou seus beneficiários, decai em 10 (dez) anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº
943, de 13 de março de 2020)

§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo decadencial contar-se-á da


percepção do 1º (primeiro) pagamento. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº
943, de 13 de março de 2020)

§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade


administrativa que importe impugnação à validade do ato. (Dispositivo incluído pela
Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

TÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 134 - A assistência religiosa à Polícia Militar é regulada por lei específica.

Art. 135 - É vedado o uso, por parte de organização civil, de designações que
possam sugerir sua vinculação à Polícia Militar.

Parágrafo único - Excetuam-se das prescrições deste artigo as associações, clubes,


círculos e outros que congregam membros da Polícia Militar e que se destinam,
exclusivamente, a promover intercâmbio social e assistencial entre os policiais
militares e suas famílias e entre esses e a sociedade civil local.
Art. 136 - Lei especial, de iniciativa exclusiva do Governador do Estado, estabelecerá
os direitos relativos à Pensão Policial Militar, destinada a amparar os beneficiados do
policial militar falecido ou extraviado.

Art. 137 - Ao policial militar beneficiado pela Lei Estadual nº 611, de 31de dezembro
de 1951 e Lei nº 2.056, de 16 de outubro de 1964, e que em virtude do disposto
nos arts. 58 e 59, desta Lei não mais usufruirá a promoção prevista naquelas leis, fica
assegurado, por ocasião da transferência para a reserva ou reforma, a remuneração
de inatividade relativa ao posto ou graduação a que seria promovido em decorrência
da aplicação das referidas leis.

Parágrafo único - O policial militar beneficiado por este artigo, se ocupante do último
grau hierárquico de seu quadro, por ocasião do processamento de sua transferência
para a reserva ou reforma, fará jus ao percentual de 20% (vinte por cento), calculado
sobre o soldo.

Art. 138 - Fica assegurado ao policial militar que na data de 15 de maio de 1967
contava 20 (vinte) ou mais anos de efetivo serviço, o direito à transferência, a pedido,
para a reserva remunerada a partir da data em que completou ou venha a completar
25 (vinte e cinco) anos de tempo de efetivo serviço.

Art. 139 - A licença especial de que trata o art. 65 e seus parágrafos e o parágrafo 4º
do art. 122 do presente Estatuto, retroagem seus efeitos à data de 15 de maio de
1967.

Art. 140 - Após a vigência do presente Estatuto, serão a ele ajustados todos os
dispositivos legais e regulamentares que com ele tenham pertinência.

Art. 141 - São adotados na Polícia Militar, em matéria não regulada na legislação
estadual, as leis e regulamentos em vigor no Exército Brasileiro no que lhe for
pertinente.

Art. 142 - Enquanto não for aprovado o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar, a
que se refere o parágrafo 2º do art. 110 desta lei, será aplicada na Corporação a
legislação federal que trata da matéria.

Art. 143 - O presente Estatuto entra em vigor na data da publicação, salvo o disposto
no seu art. 139, ficando revogadas as disposições em contrário.

Ordeno, portanto, a todas as autoridades que a cumpram e façam cumprir como nela
se contém.

O Secretário de Estado da Justiça faça publicá-la, imprimir e correr.

Palácio Anchieta, em Vitória, 09 de janeiro de 1978.

ÉLCIO ÁLVARES
Governador do Estado
DERCÍLIO GOMES DE ALBUQUERQUE
Secretário de Estado da Justiça
HUGO DE CASTRO EISENLOHR
Secretário de Estado da Segurança Pública
Este texto não substitui o original publicado no DIO de 24/02/78.

RAZÕES DO VETO
Vitória, 09 de janeiro de 1978.

MENSAGEM Nº 01/78

Senhor Presidente

Tenho a honra de comunicar a V.Ex.ª que, no uso das atribuições que me conferem
os artigos 47, § 1º e 71, item V, da Constituição Estadual, resolvi vetar, parcialmente,
o Projeto de Lei nº 102 que me encaminhara essa Presidência com o of. GP/n.º 465
de 21/12/77 pelas razões que abaixo aduzo.

São estes, precisamente, os dispositivos e a expressão sobre os quais incide o veto,


todos acrescentados ao projeto original mediante emendas dos Srs. Deputados:

“Art. 6º - ...........................................................................................................

Parágrafo único - O integrante da Polícia Militar a quem for conferido direitos e


deveres inerentes às atribuições previstas neste artigo, ou que seja convocado e
nomeado para cargo previsto em legislação específica, que tenha como
precípuo dever a manutenção da ordem pública, será considerado, para todos
os efeitos, em atividade policial militar.

Art. 28 - ..................................................................... a pedido do interessado.

Art. 88 - .............................................................................................................

§ 4º - O policial militar compulsado por idade limite, só será transferido para a


reserva remunerada quando contar, pelo menos, 30 (trinta) anos de serviço.

Art. 91 - .............................................................................................................

Parágrafo único - Para cumprimento do disposto neste artigo os oficiais a quem


ele se refere somente serão transferidos, compulsoriamente, para a reserva
remunerada, depois de promovidos ao posto de Coronel na ativa.

Art. 99 - .............................................................................................................

§ 4º - Aplica-se o disposto no § 1º deste artigo aos policiais militares que, nos


termos da Lei nº 611, de 31 de dezembro de 1951 e da Lei nº 2.056, de 16 de
outubro de 1964, foram reformados.

Art. 128 - ...........................................................................................................


Parágrafo único - Será averbado, para todos os efeitos legais, o tempo de
serviço prestado à Polícia Militar por civis que prestarem ou prestam serviços
profissionais à Polícia Militar do Espírito Santo, desde que se tornem policiais
militares”.

Agora, os motivos por que discordo dessas emendas.

O parágrafo único do art. 6º pretende dar à expressão “atividade policial militar” uma
abrangência excessiva, inconveniente e conflitante com o art. 2º, nº 10 do
Regulamento para as Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, aprovado
pelo Decreto nº 66.862/70, pois que, funções policiais militares são as “atividades
exercidas por policiais militares, inclusive o policiamento ostensivo, a serviço da
Corporação”, como conceituado naquele diploma legal federal.

O complemento final do art. 28, “a pedido do interessado” estabelece prerrogativa de


que não desfrutam os militares das Forças Armadas, o que é peremptoriamente
vedado pelos art. 24 do Decreto-lei nº 667/69 e 27 do Regulamento baixado com o
Decreto nº 66.862/70.

Alcançado pelas mesmas proibições está o disposto no § 4º do art. 88, já que o


motivo é, também, o mesmo, isto é, pretende-se dar ao policial militar situação melhor
do que à assegurada aos militares.

Se, como previsto no caput do art. 91, os oficiais advogados terão direito à promoção
até o posto de Coronel, o parágrafo único é uma superfetação, uma determinação
desnecessária, inútil, que nada acrescenta à idéia principal.

Segundo os termos do § 4º do art. 99, também os reformados com fundamento nas


Leis n.ºs 611/51 e 2 056/64, passariam a ter a remuneração da inatividade calculada
como base no soldo correspondente ao grau hierárquico imediato ao que possuía na
ativa.

Ora, esta extensão de benefício implica, inevitavelmente, aumento de despesa, o que


é expressamente vedado pelo art. 45, parágrafo único, alínea “a” da Constituição
Estadual, já que se trata do Projeto de Lei de exclusiva iniciativa do Governador do
Estado.

Dispõe o art. 1º do projeto, que o Estatuto regula a situação, as obrigações e os


deveres, direitos e prerrogativas dos policiais militares da Polícia Militar, mas o
parágrafo único do art. 128 ordena seja averbado, para todos os efeitos legais, o
tempo prestado à Corporação pelos civis.

É fora de dúvida que os civis, pelo fato de prestarem serviços a Polícia Militar, não
estão submetidos à legislação específica dessa organização, onde responsabilidades,
deveres e obrigações são meticulosamente observados e com rigores característicos
dos que se dedicam à carreira das armas.

Não encontro justificativa que ampare o propósito contido no parágrafo único do art.
128, pois me parece injusto que, mais tarde, esse civil, que contaria para todos os
efeitos o tempo de serviço prestado à P.M., fosse concorrer com aqueles militares que
sempre estiveram disciplinados pela legislação policial militar, na disputa de direitos,
vantagens, benefícios e prerrogativas.

São estas, Sr. Presidente, as razões do veto parcial ao Projeto de Lei nº 102, que
envio a V.Ex.ª, certo de que os Senhores Deputados o acolherão, já que a medida
que ora adoto tem em mira resguardar o interesse público e a ordem constitucional.

Renovo a V.Ex.ª e a todos os seus ilustres pares, protestos de apreço e


consideração.

ÉLCIO ÁLVARES
Governador do Estado

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