Metodologia Do Basquetebol
Metodologia Do Basquetebol
Metodologia Do Basquetebol
Metodologia do
Basquetebol
ISBN - 978-85-7739-677-1
2015
Proibida a reproduo total ou parcial. Os infratores sero processados na forma da lei.
EDITORA UNIMONTES
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Secretrio de estado de cincia, Tecnologia e ensino Superior
Vicente Gamarano chefe do departamento de educao/Unimontes
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Reitor da Universidade estadual de Montes claros - Unimontes
Joo dos Reis Canela chefe do departamento de educao Fsica/Unimontes
Rogrio Othon Teixeira Alves
vice-Reitor da Universidade estadual de Montes claros -
Unimontes chefe do departamento de Filosofia/Unimontes
Antnio Alvimar Souza Alex Fabiano Correia Jardim
Unidade 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Pedagogia do Basquetebol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.1 Introduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Referncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Unidade 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Fundamentos do Basquetebol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.1 Introduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.4 Drible . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.5 Passe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.6 Arremesso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.7 Rebote . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Referncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Unidade 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Para Alm dos Fundamentos Bsicos: Outros Aspectos Tcnicos e Tticos . . . . . . . . . . . . 31
3.1 Introduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.5 Corta-Luz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.6 Contra-Ataque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Referncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Atividades de Aprendizagem- AA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
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Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
Apresentao
Caro (a) acadmico (a),
Bons estudos!
Os autores.
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Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
Unidade 1
Pedagogia do Basquetebol
Luciano Pereira da Silva
Rogrio Othon Teixeira Alves
1.1 Introduo
Nesta primeira unidade, percorreremos a origem do basquetebol nos Estados Unidos e
abordaremos aspectos da Pedagogia para esse esporte coletivo, objetivando trabalhar a moda-
lidade para alm do gesto tcnico, tencionando refletir sobre o papel do esporte na sociedade,
em quais contextos histricos ela se desenvolveu e como foi apropriada pela escola.
Os esportes coletivos fazem parte do bloco de contedos Esportes, Jogos, Lutas e Ginsti-
cas sugeridos pelos Parmetros Curriculares Nacionais (PCN) e devem ser trabalhados em todos
os ciclos do Ensino Fundamental. O basquetebol, assim como alguns outros esportes coletivos,
sempre notcia nos meios de comunicao e dentro da escola; portanto, podem fazer parte do
contedo, principalmente nos dois primeiros ciclos, se for abordado sob o enfoque da aprecia-
o e da discusso de aspectos tcnicos, tticos e estticos. Nos ciclos posteriores, existem con-
textos mais especficos (como torneios e campeonatos) que possibilitam que os alunos viven-
ciem uma situao mais caracterizada como esporte (BRASIL, 1997, p.37).
No pretenso deste Caderno fazer uma reviso bibliogrfica apresentando o estado da
arte sobre os diversos mtodos de ensino. Interessa-nos, porm, contrapor, mesmo que introdu-
toriamente, metodologias para os esportes coletivos vistas como inovadoras, e a proposta tradi-
cional focada na tcnica.
Figura 1: Aspecto
de uma partida de
Basquetebol.
Fonte: Disponvel em
<http://www.santos.sp.
gov.br/?q=noticia/880105/
copa-de-basquete-esco-
lar-tem-cio>. Acesso em 10
jun. 2015.
11
UAB/Unimontes - 5 Perodo
No Brasil, essa modalidade esportiva comeou a ser praticada poucos anos depois, em 1896,
atravs de iniciativa do norte-americano Augusto Shaw, que levou a prtica para o Machenzie Col-
lege, onde passou a lecionar.
Figura 2: Primeira
equipe de basquete
no Brasil, formada
por Augusto Shaw no
Colgio Mackenzie (SP),
em 1896.
Fonte: Disponvel em
<http://legado.cbb.com.
br/conheca_basquete/
images/fotohist.jpg>.
Acesso 02 jul. 2015.
claro que, desde 1891, o basquetebol passou por muitas transformaes. Aquele jogo que
era praticado no incio organizado pelas treze regras criadas por Naismith est muito distante da
prtica que ocorre nos dias de hoje. Como ser discutido a seguir, as mudanas nas formas de se
praticar uma modalidade esportiva tm causas variadas.
importante reconhecer tambm que existe uma maneira oficial de se jogar o basque-
tebol, pouco acessvel a muitas pessoas, e formas adaptadas de se vivenciar a modalidade, es-
tas, muito mais democrticas. O basquete oficial pode ser entendido como aquele vivenciado
em equipamentos oficiais (quadras), respeitando as regras prescritas pela Federao Interna-
cional de Basquetebol (FIBA). Em um pas enorme como o Brasil, com muitas desigualdades
sociais, esse tipo de prtica ainda negada a parcelas significativas da populao. Basta no-
tarmos, por exemplo, quantas escolas do interior do Brasil, sobretudo nas regies mais po-
bres, no possuem tabelas de basquete em suas quadras. Essa realidade, porm, no impede
necessariamente que o aluno jogue basquete. Adaptaes s regras, aos materiais e equipa-
mentos devem ser uma prtica constante de todo professor que enfrenta essas dificuldades.
Assim, jogar basquete na rua, utilizando uma cesta adaptada construda artesanalmente (com
o aro de um pneu de bicicleta, por exemplo), tambm pode ser entendido como uma forma
de jogar basquete.
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Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
diversas prticas pedaggicas comuns ao campo do esporte, como o ensino do esporte centrado
na reproduo de movimentos tcnicos que tm o esporte de alto rendimento como espelho.
Discutir propostas pedaggicas para o esporte (e criticar as propostas tradicionais) passa
necessariamente pela reflexo sobre o papel do esporte na sociedade ao longo do tempo.
Independentemente das verses que veem o esporte como um fenmeno moderno ou an-
tigo, fato que o esporte na contemporaneidade tem sua dinmica atrelada s relaes sociais
que se estabelecem na sociedade capitalista. O desejo de uma nova sociedade (e de um novo
homem) materializou-se em estratgias de formao que visavam preparar os indivduos para os
desafios que as transformaes sociais impunham. Na sociedade europeia do sculo XIX, no con-
texto da Revoluo Industrial, a elite burguesa destacou os exerccios fsicos, entre eles o esporte,
como forma de educar o corpo e a moral do homem.
No contexto apresentado, o esporte surge, de acordo com Bourdieu (1983), nas Public
Schools inglesas a partir da ressignificao de antigas prticas populares que, inseridas nas esco-
las da elite dominante, eram ferramentas pedaggicas. Posteriormente, as prticas ressignifica-
das retornam populao, mas sob a forma de espetculo.
Destacamos duas caractersticas presentes no surgimento do esporte moderno que vo
influenciar sua prtica pedaggica: o fato de configurar-se muito mais como um espetculo do
que como uma prtica para a populao em geral; e o fato de, em um processo centralizador, ter
sua prtica restringida pela padronizao das aes atravs, sobretudo, do incremento das regras
das variadas modalidades.
Se vemos o esporte como veculo educacional e, por isso, possuidor de tratamentos peda-
ggicos, mister o enfrentamento do desafio que se apresentou desde sua gnese e a garantia
da prtica esportiva a ampla parcela da populao. Mesmo com o reconhecimento da dimenso
educativa do esporte espetculo, a prtica democrtica das modalidades esportivas deve fazer
parte do cotidiano das pessoas.
Ao analisar sob uma perspectiva histrica o espetculo esportivo, Betti (1998) afirma que
os primeiros espectadores surgiram na Inglaterra do sculo XIX (apostadores das lutas de boxe e
corridas de rua) e foram substitudos no incio do sculo XX pelo espectador torcedor (somente
nos ginsios e estdios). Nos anos 1960, surge o telespectador. Segundo o mesmo pesquisador,
ainda hoje temos o problema de formar mais espectadores do que praticantes de esporte.
Alm de reconhecer o potencial educativo do esporte, sobretudo atravs de sua vivncia
prtica, destacamos a necessidade da busca de mtodos eficazes para que o esporte realmente
contribua para a formao humana. Isso porque, conforme Belbenoit (1976, p. 54), o esporte
no educativo a priori. o educador que precisa fazer dele ao mesmo tempo um objeto e um
meio de educao. Dica
O ensino do esporte nos ambientes formais de educao como a escola ou nos espaos ex- Objetivando entender
traescolares, como os clubes, exige do profissional que lida com esse contedo uma preparao a influncia da mdia
que vai muito alm do domnio dos gestos tcnicos, ou das condies para que eles sejam exe- na elaborao de
propostas pedaggicas
cutados/reproduzidos. Dizer que a aprendizagem esportiva baseia-se no gesto tcnico o mes- de aprendizagem de
mo que dizer que a aprendizagem em geral baseia-se na obteno de informao. De acordo modalidades esportivas,
com Freire (2005), ensinar no transmitir conhecimento, criar as condies para sua constru- Marli Hatje (2004), em
o e adequada aplicao. Esporte e sociedade:
A pedagogia do esporte, segundo Barbanti (2003), pode ser definida como uma relao en- uma relao pautada
pela mdia, discute os
tre o esporte e a educao, para a oportunizao de adequados processos que visam desenvol- sentidos e as reper-
ver habilidades e capacidades fsicas, tcnicas, tticas, cognitivas e emocionais, alm de melhorar cusses da Mdia na
a qualidade de vida do ser humano. Educao Fsica Escolar
Os processos de aprendizagem das modalidades esportivas vm se transformando ao longo na sociedade atual,
dos anos. Isso se d tanto pelo aprofundamento dos estudos sobre prticas pedaggicas como sobretudo a influncia
da TV. Disponvel em
pelo desenvolvimento das modalidades. O professor que ensina esporte deve compreender de <http://www.unifra.br/
maneira crtica esse desenvolvimento, aqui entendido como as transformaes que o esporte professores/viviane/
passa em virtude de trs aspectos: influncia da mdia, desenvolvimento fsico dos atletas e inter- Esporte%20e%20Socie-
cmbio entre diferentes escolas esportivas. dade.pdf>.
As transformaes oriundas dos trs aspectos, que no podem ser percebidos isoladamen-
te, provocam, com frequncia, alteraes na maneira de se praticar o esporte e nas regras das
modalidades. A influncia da mdia, por exemplo, provocou a diviso de uma partida de basque-
tebol em quatro quartos de dez minutos (diferente dos dois tempos de vinte minutos adotados
anteriormente) e reduziu cada perodo de ataque de uma equipe de trinta para vinte e quatro se-
gundos. Tais alteraes na regra possibilitaram maior dinmica nas transmisses televisas dos jo-
gos (possibilidade de insero demais anncios nos intervalos) e tornaram o jogo mais dinmico.
13
UAB/Unimontes - 5 Perodo
Entretanto, a alterao de regra mais significativa no basquetebol das ltimas dcadas foi
sem dvida a criao da linha de arremesso de trs pontos. O desenvolvimento fsico dos atletas
provocou a intensificao das aes fsicas no jogo e a valorizao cada vez maior de jogado-
res altos. Com isso, o jogo passou a se concentrar preponderantemente dentro da rea restriti-
va (garrafo). A criao da linha de trs pontos fez com que as aes se espalhassem mais pela
quadra, e trouxe novamente cena o jogador de baixa estatura, mas que, com boa habilidade de
arremesso, pode oferecer grande vantagem para sua equipe. Com a nova regra, o jogo ganhou
tambm em emoo, pois aumentou-se a possibilidade de indeciso sobre o vencedor nos mi-
nutos finais de uma partida.
Figura 3: Aspecto do
espao do garrafo
na quadra de basquete
circundado pela
linha de trs pontos e
pela rea pintada de
vermelho.
Fonte: Disponvel em <ht-
tp://s.glbimg.com/es/ge/f/
original/blog/8838d8c5-
d765-4e83-8bca-b7a-
4d1281eff_Peneira%205.
jpg>.
Acesso em 26 jun. 2015
Figura 4: Momento de
um jogo da National
Basketball Association
(NBA).
Fonte: Disponvel em
<http://www.testos-
teronasports.blog.
br/2013/06/27/top-10-me-
lhores-jogadas-dos-pla-
yoffs-da-nba/>.
Acesso em 10 jun. 2015
14
Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
Figura 5: Classificao
dos esportes de
cooperao/oposio
Fonte: MORENO (1994
apud MORLES, 2007).
15
UAB/Unimontes - 5 Perodo
Dica os jogadores tm que trocar passes. Essa tarefa torna-se mais produtiva se os jogadores tomam
Para ilustrar e enrique- a iniciativa de ocuparem os espaos vazios da quadra, criando o que costumamos chamar de li-
cer os conhecimentos nhas de passe. Nessa lgica, a habilidade de criar linhas de passe muita prxima nas modalida-
desta unidade, sugeri- des basquetebol e handebol. Com isso, um educativo pode estar estimulando a aprendizagem,
mos que assistam aos ao mesmo tempo, do basquetebol e do handebol.
seguintes filmes:
1. ESTRADA para a Nas discusses que viro a seguir, mesmo que o foco seja o basquete, a maior parte dos
glria: Direo: James educativos sugeridos insere-se na lgica dos mtodos inovadores (que privilegiam a aprendiza-
Gartner, Produo: gem ttica). Por isso, muitos desses educativos, com algumas adaptaes, podem ser utilizados
Jerry Bruckheimer. em aulas de outras modalidades esportivas. Entretanto, alguns aspectos a serem desenvolvidos
Estados Unidos: Walt no basquete precisam ser estimulados de forma analtica. o caso, por exemplo, da aprendiza-
Disney Pictures, 2006,
1 DVD. gem da bandeja, conforme veremos posteriormente.
2. MOMENTOS decisi-
vos. Direo: David
Referncias
Anspaugh, Produo:
Angelo Pizzo. Estados
Unidos: Universal,
1986, 1 DVD.
ALVES, Rogrio Othon Teixeira. Histria da Educao Fsica e dos Esportes. Montes Claros: Uni-
Atividade montes, 2013.
Aps lerem o texto da
unidade e assistirem aos
BARBANTI, V. J.Dicionrio de Educao Fsica e do Esporte.So Paulo: Manole, 2003.
vdeos recomendados,
devero estar aptos BELBENOIT, Georges. O desporto na escola. Lisboa: Estampa, 1976.
a discutirem sobre a
histria e os aspec- BETTI, Mauro. A janela de vidro: esporte, televiso e educao fsica. 2. ed. Campinas: Papirus,
tos pedaggicos do 1998.
Basquetebol. Tais
conhecimentos sero a BOURDIEU, Pierre. Como possvel ser esportivo. In: _________. Questes de Sociologia. Rio
base para as primeiras de Janeiro: Marco Zero, 1983. p. 136-163.
discusses coletivas
para o entendimento BRASIL - MINISTRIO DA EDUCAO - SECRETARIA DE EDUCAO BSICA. Parmetros Curri-
desse esporte como um culares Nacionais. Educao Fsica: Ensino de primeira a quarta sries. Braslia: MEC/ SEF, 1997.
contedo da Educao
Fsica escolar brasileira. CONFEDERAO BRASILEIRA DE BASQUETEBOL. Regras Oficiais. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
Poste suas observaes
no frum de discusso. DAOLIO, J. Jogos Esportivos Coletivos: dos princpios operacionais aos gestos tcnicos- mode-
lo pendular a partir das idias de Claude Bayer. Revista Brasileira de Cincia e Movimento. Bras-
lia: v.10, n.4, p.99 -103, 2002.
GRECO, P.J. (Org.) Iniciao Esportiva Universal Metodologia da iniciao esportiva na esco-
la e no clube. Belo Horizonte: UFMG, Volume II. 1998.
MORENO, J. H. Fundamentos del deporte: Anlisis de las estructuras del juego deportivo. Bar-
celona: INDE Publicaciones. 1994. 184p.
RIZOLA NETO, Antnio. Uma proposta de preparao para equipes jovens de voleibol femi-
nino. Dissertao (Mestrado em Educao Fsica) Faculdade de Educao Fsica, Universidade
Estadual de Campinas, 2004. 120f.
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Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
Unidade 2
Fundamentos do Basquetebol
Luciano Pereira da Silva
Rogrio Othon Teixeira Alves
2.1 Introduo
A aprendizagem de qualquer modalidade esportiva inicia-se pelo que se convencionou chamar
de fundamentos. Estes so movimentos, habilidades tcnicas requeridas para a prtica de determina-
da modalidade esportiva. Apesar da especificidade de cada modalidade, fcil perceber que algumas
habilidades podem ser consideradas transversais, ou seja, so comuns a mais de uma modalidade.
Alm disso, o repertrio motor desenvolvido pela criana fora do ambiente de aprendizagem formal
(escolas e clubes) tem influncia direta na aprendizagem dos fundamentos. Assim, atualmente, o pro-
fessor de esportes e de educao fsica em geral tem sua tarefa intensificada, visto as mudanas nas
ltimas dcadas no modo de vida da sociedade, sobretudo das grandes cidades. Se anteriormente as
crianas brincavam livremente pelas ruas, hoje, a restrio de espaos e a mudana de hbitos (como
a valorizao dos jogos eletrnicos) podem limitar a aprendizagem corporal inicial da criana.
Neste material consideraremos a classificao dos fundamentos do basquetebol, conforme
Ferreira e Rose Junior (2003), em: controle de corpo, manejo de bola, drible, passe, arremesso,
rebote e fundamentos individuais de defesa.
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UAB/Unimontes - 5 Perodo
Rei da rua: Um ou mais alunos ficam no centro da quadra e os outros em sua extremidade.
Ao sinal do professor, todos os alunos da extremidade tm que atravessar a quadra fugindo
do aluno que est no centro pegando. Quem for pego passa a ajudar o pegador na prxima
vez que forem atravessar a quadra.
Salve-se com um abrao: Pega-pega onde o pique estar abraado a um colega.
Amigo, amigo da ona: Pega-pega onde o pique estar abraado a um colega (amigo); po-
rm, se um aluno abraa algum que j est abraado, ele amigo do mais prximo (aquele
que abraou) e amigo da ona do mais distante (aquele que no foi abraado); este perde o
pique e deve sair correndo para no ser pego.
Pega rabo: Os alunos prendem ao short um rabo que pode ser um pedao de pano. Cada
um deve puxar (retirar) o rabo do colega sem deixar que o seu rabo seja retirado; quem per-
der o rabo sai do jogo. Pode-se usar a variao de dividir os alunos em equipes.
Pegue o mestre: Os alunos esto dispostos em um crculo de mos dadas; um aluno do cr-
culo o mestre (com colete); um aluno de fora do crculo deve pegar o aluno com o colete;
o crculo protege o mestre girando e com isso afastando-o do pegador.
Pega ajuda (corrente): Pega-pega onde quem for pega passa a ajudar formando uma corren-
te; apenas as pontas da corrente podem pegar.
Cobra: 2 colunas, uma ponta da coluna o rabo a outra a cabea; a cabea de uma equipe
deve pegar o rabo da outra e vice-versa.
Canavial (Rua e Avenida): Os alunos esto dispostos em filas de mos dadas; combina-se a
posio dos alunos conforme o comando do professor (exemplo: quando o professor disser
rua, os alunos ficam de frente para ele; quando o professor disser avenida, os alunos ficam
de lado com o ombro direito na direo do professor). Assim, os alunos formam corredores
entre si onde iro passar um ou mais alunos pegando e um fugindo. Variao: o prprio alu-
no que est fugindo d o comando de rua ou avenida.
Pega coluna: Os alunos formam duas colunas, uma par a outra impar; o professor fala um
nmero, se for par a equipa par pega, a impar deve correr at o fundo da quadra; quem for pego
muda de equipe. Variao: posio inicial do jogador, por exemplo, sentado, de costas, deitado);
Coelho sai da toca: Os alunos formam trios; dois deles, de mos dados formam a toca; o outro
fica no centro (coelho). Dois coelhos esto sem toca. Ao sinal do professor, todos os coelhos
tm que mudar de toca (os dois coelhos que estavam sem toca vo procurar uma). Variao:
quando o professor der o comando de toca, os coelhos ficam parados e a toca vai procurar
um coelho (os dois coelhos que estavam sem toca do as mos e formam uma toca).
Exerccios que envolvam controle de corpo, equilbrio e coordenao motora.
Exemplos
Diagrama 1 Diagrama 2
Os alunos iro se deslocar (diagonal) conforme orientao do professor.
1. deslocamento de frente com velocidade moderada passando por trs dos cones;
2. deslocamento lateral o mais rpido possvel;
3. deslocamento elevando os joelhos;
4. deslocamento encostando as mos nos calcanhares;
5. deslocamento lateral, alternando a perna direita (ou esquerda) uma vez na frente, uma vez
atrs da perna esquerda.
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Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
BOX 1
Regras do basquetebol
REGRA 1 O JOGO
Art. 1 Definies
1.1 O jogo de basquetebol: O basquetebol jogado por duas (2) equipes de cinco (5)
jogadores cada. O objetivo de cada equipe marcar pontos na cesta dos adversrios e evitar
que a outra equipe pontue. O jogo conduzido pelos oficiais, oficiais de mesa e um comiss-
rio, se presente.
1.2 Cesta: dos adversrios/prpria. A cesta que atacada por uma equipe a cesta dos
adversrios e o cesta que defendida por uma equipe a prpria cesta da equipe.
1.3 Vencedor de um jogo: A equipe que marcou o maior nmero de pontos ao final do
tempo de jogo ser a vencedora.
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UAB/Unimontes - 5 Perodo
jogos de estafetas: Os alunos so divididos em duas ou mais colunas que competem (fazer a
bola chegar o mais rpido possvel ao aluno da frente) passando a bola entre si de variadas
formas (lateralmente, sobre a cabea, por baixo das pernas);
com uma bola e os dois braos esticados (braos abertos), o jogador joga a bola sobre a ca-
bea e a recupera com a outra mo (o brao deve estar o mais esticado possvel);
o professor/colega com duas bolas joga as bolas alternadamente na lateral do jogador; ele
recebe a bola com o brao esticado e a perna flexionada e imediatamente a devolve com
apenas uma mo (variao: passe na altura do ombro).
BOX 2
Regras do basquetebol
20
Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
2.4 Drible
O drible, que pode ser reali-
zado com o jogador parado ou em Figura 6: Quadra de
movimento, deve ser executado Basquetebol com
com a parte calosa das mos, sen- as suas principais
do que a parte central da palma marcaes.
quase nunca tem contato com a Fonte: Disponvel em
<http://www.educacaofisi-
bola. A bola deve ser quicada at ca.seed.pr.gov.br/modu-
a altura da cintura com a mo em les/galeria/uploads/5/qua-
contato com a bola o maior tempo drabasquete.jpg.>. Acesso
03 jul. 2015
possvel (a bola conduzida).
O drible, de acordo com o seu
tipo, pode ser classificado em alto
ou de velocidade, baixo ou de pro-
teo, com mudanas de direo
para fintar um adversrio. (FERREI-
RA; ROSE JUNIOR, 2003).
Ao driblar, importante que o aluno tenha uma posio de equilbrio, com as pernas afasta-
das (largura do quadril), joelho semiflexionados e tronco ligeiramente inclinado. Ao deslocar-se
para o lado direito, deve-se driblar com a mo direita (mo mais longe do marcador). Ao des-
locar-se para a esquerda, deve-se driblar com a mo esquerda. Ao realizar um movimento com
drible no intuito de ultrapassar o marcador, o aluno realiza uma finta com bola. As fintas so rea-
lizadas a partir do bom domnio do fundamento controle de corpo, j que todas elas baseiam-se
em paradas bruscas, mudanas de direo e sadas rpidas.
De acordo com Paes, Montagner e Ferreira (2009), so erros comuns no processo ensino
-aprendizagem do drible: olhar frequentemente para a bola, usar a palma da mo para impulsio-
nar a bola (e no a parte calosa) e driblar a bola muito alta.
Durante a aplicao de exerccios de drible, o professor deve estar atento para o uso de ta-
manhos de bolas adequados para cada idade. Alm disso, variar o tamanho das bolas utilizadas
contribui para o desenvolvimento de uma melhor coordenao motora. Alm dos exerccios
apresentados a seguir, diversos educativos listados no fundamento controle de corpo podem ser
utilizados para estimular o desenvolvimento do drible; por exemplo, nas brincadeiras de pega
-pega, pode-se inserir o elemento drible.
Exerccios
Os alunos so organizados em colunas, uma coluna de frente para o outra, realiza-se drible
com deslocamento at a coluna da frente, falando em voz alta os nmeros que so indica-
dos com os dedos das mos pelo primeiro aluno da coluna que est em frente;
vrias colunas de frente para o centro da quadra; o primeiro aluno de cada coluna desloca-
se driblando para a coluna que est em frente; como todos se deslocam ao mesmo tempo,
os alunos devem se desviar dos companheiros;
combinar aes a partir de nmeros que so ditos pelo professor (sem interromper o drible)
(1- drible com a direita; 2- com a esquerda; 3- para trs; 4- lateral, 5- sentar, 6- ajoelhar); va-
riao: driblar com duas bolas ao mesmo tempo;
jogo de futebol com drible: Os alunos disputam um jogo de futebol (sem goleiro), mas ten-
do que driblar durante o deslocamento;
Os alunos so dispostos dentro do crculo central da quadra, cada um com uma bola; ao si-
nal do professor, os alunos devem driblar e, ao mesmo tempo, proteger a sua bola e tentar
jogar a bola do colega para fora do crculo;
Os alunos so organizados em colunas, uma coluna de frente para o outra; ao deslocarem-se
para a coluna que est frente, o aluno realiza drible com duas bolas ao mesmo tempo (qui-
car as duas bolas simultaneamente no solo quicar as bolas alternadamente no solo);
Os alunos so organizados em colunas, uma coluna de frente para o outra; ao deslocar-se
para a coluna que est frente, o aluno realiza drible com uma mo enquanto com a outra
joga a bola para cima (usar bexiga para alunos muito novos);
drible entre os cones.
21
UAB/Unimontes - 5 Perodo
BOX 3
Regras do basquetebol
REGRA 3- EQUIPES
Art. 4 Equipes
4.2 Regra 4.2.1 Cada equipe consistir de: At doze (12) membros de equipe com direito
a jogar, incluindo um capito. Um tcnico e, se a equipe desejar, um assistente tcnico. Um
mximo de cinco (5) acompanhantes de equipe que podem sentar no banco da equipe e tm
funes especiais, por exemplo: gerente, mdico, fisioterapeuta, estatstico, intrprete, etc.
4.2.2 Cinco (5) jogadores de cada equipe devero estar na quadra durante o tempo de jogo e
podem ser substitudos.
2.5 Passe
O passe o principal fundamento que d velocidade ao esporte. Inicialmente de difcil exe-
cuo, fundamental para o desenvolvimento de um bom jogo. Nas situaes prximas ao jogo,
requer inteligncia espacial dos jogadores, que devem criar linhas de passe e posicionar-se nos
espaos vazios da quadra (estando, porm, a uma distncia do colega em que o passe possvel
de ser realizado). Alm disso, ressaltam Paes, Montagner e Ferreira (2009) que o passe o funda-
mento que garante modalidade algumas de suas propriedades bsicas, como a cooperao e a
coletividade.
O aluno deve vivenciar e treinar todos os tipos de passe. So eles: passe de peito; passe late-
ral; passe de ombro; passe por cima da cabea e passe rpido com uma das mos (o aluno quica
a bola e, aps o drible realiza um passe veloz de ombro sem segurar a bola com as duas mos).
Exerccios Propostos:
Inicialmente, os alunos podem ser divididos em duplas para vivenciarem todos os tipos de
passe. Os alunos precisam estar em uma posio de equilbrio (pernas afastadas), e podem,
ao passar, colocar uma das pernas frente e, ao receber, colocar uma das pernas para trs;
Os alunos so divididos em trios, dois alunos passando bola e um no meio defendendo.
Aps dez passes, o aluno do meio substitudo. Enfatizar o uso do p de piv. Variao:
trocar quando o aluno do meio tocar na bola ou tocar no jogador enquanto ele tem a pos-
se da bola;
Passe dez: Os alunos so divididos em grupos (3 a 10 alunos). Um grupo passa a bola sem
driblar e outro marca. O objetivo do time que est passando realizar dez passes sem per-
der a bola. Variaes: a bola no pode voltar para o ltimo passador; o ltimo passe deve ser
dado para um jogador dentro do garrafo; jogo normal aps os passes; dobra no jogador
que tem a bola; a bola s pode ser roubada no passe; pode ser realizado um drible cada vez
que receber a bola;
Dois alunos comeam pegando o resto da turma. Eles no podem driblar ou andar com a
bola na mo. Ao encostar a bola em outro aluno, este passa a ajudar a pegar;
3X2: Quem ataca est parado; quem marca deve encostar a mo em um jogador quando
este est com a posse de bola. Quando isso acontecer, os jogadores trocam de posio. Va-
riao: 4X3, 5X4.
crculo de 4 a 6 jogadores; duas bolas so disponibilizadas e os jogadores passam bolas en-
tre si; o objetivo passar a bola o mais rpido possvel para que uma bola alcance a outra;
ao apito do tcnico muda-se a direo dos passes;
3 jogadores para passar dentro da quadra; um na direita, altura do lance livre; outro na
esquerda, meio da quadra; outro na direita altura do lance livre do outro lado da quadra.
O jogador com bola passa para o primeiro e desloca-se para receber a bola; passa para o
segundo, para o terceiro e finaliza aps receber o terceiro passe (conforme diagrama a se-
guir). Variao: fazer ida e volta, dividindo a quadra longitudinalmente; iniciar o exerccio
dos dois lados.
22
Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
Diagrama 4
BOX 4
Regras do basquetebol
23
UAB/Unimontes - 5 Perodo
2.6 Arremesso
O arremesso, finalizao de um movimento ofensivo no basquete, pode acontecer atravs
do arremesso com uma mo (mais frequente), da bandeja, do gancho (arremesso lateral com
uma das mos) ou do jump. Paes, Montagner e Ferreira (2009) afirmam que o surgimento desses
diversos tipos de arremesso seguiu a evoluo tcnica do jogo. O jump, por exemplo, caracteriza-
do como um arremesso realizado aps um salto, surgiu para superar a crescente dificuldade em
realizar arremessos devido intensificao das aes defensivas.
Ao arremessar (arremesso com uma mo), o aluno coloca a bola sobre a parte calosa de uma
das mos que impulsionar a bola, sendo que a outra mo servir apenas como apoio. A cesta
deve ser vista pelo jogador por baixo da bola, e suas mos devem formar um ngulo entre si de
mais ou menos 45 graus. Ao realizar o arremesso, importante que o jogador esteja em posio
de equilbrio e flexione ligeiramente os joelhos. Ao ser arremessada, a bola deve ter uma trajet-
ria elptica, atingindo sua altura mxima bem acima do nvel do aro (3,05m). A maior fora que
age sobre a bola originada do movimento do punho. No incio do arremesso, o brao do arre-
messador forma um ngulo de 90 graus (e nunca menos) em relao ao seu tronco.
Exerccios:
Em duplas, um aluno de frente ao outro, um aluno ir rolar a bola para o outro. Este a pegar
j com as mos em posio de arremesso (uma mo sobre a bola e outra servindo como
apoio). Aps realizar a posio de arremesso, ele rola a bola para seu colega;
O aluno quicar a bola forte no cho. Quando a bola estiver em sua altura mxima, ele entra
debaixo da bola e j a recebe em posio de arremesso. Posteriormente, ele passa a bola
para o companheiro em frente como se estivesse realizando um arremesso;
Perto da cesta, cada aluno realiza arremessos de tabela, inicialmente usando s a mo que
ir impulsionar a bola e, posteriormente usando tambm a mo de apoio. importante que
o aluno treine desde cedo o arremesso usando os dois lados (mo esquerda e mo direita
predominantes);
os jogadores dispem-se de frente para a cesta acompanhando a linha do garrafo. Cada
jogador realiza um lance livre; toda vez que algum acertar, a fila roda para o lado esquerdo.
Quem errar vai para a outra tabela onde tem que converter o nmero de lances livres segui-
dos que haviam sido convertidos quando ele errou. Se pagar a tarefa, o aluno volta para a
tabela inicial do lado esquerdo de quem est arremessando. O exerccio acaba por tempo
ou quando restar apenas um jogador do lado inicial do exerccio;
Mata-mata: forma-se uma coluna na linha do lance-livre com os dois primeiros jogadores
da fila com uma bola. O jogador deve converter um arremesso para ir para o final da fila. Se
ele errar o lance-livre, ele pega o rebote e tenta converter um arremesso prximo cesta.
Enquanto isso, o jogador que estava atrs arremessa (primeiro arremesso um lance-livre
e o segundo, em caso de erro do primeiro, pode ser prximo cesta). Se o jogador que est
atrs converter o arremesso antes do jogador da frente este eliminado. (variaes: o arre-
messo de rebote deve ser fora do garrafo; mata-mata dos dois lados da quadra: os joga-
dores so divididos em duas colunas, uma em cada tabela da quadra; quem converter um
arremesso vai para a fila do outro lado da quadra);
7 jogadores, 4 arremessando de posies fixas e 3 pegando o rebote e passando; cada jo-
gador conta seus arremessos convertidos; quando algum converter o nmero de cestas
combinado ele avisa e todo mundo gira uma posio;
em dupla, quem arremessa pega o rebote para o colega que j se posiciona para o arremesso;
combina-se o nmero de cestas que devem ser convertidas (variao: trios com duas bolas);
cinco posies de arremesso e dois alunos no rebote. Quem completar 5 pontos vai para o
rebote e um do rebote vai para seu lugar. Os jogadores arremessam em sequncia; quem
errar um arremesso quando o jogador anterior tiver convertido a cesta marca um ponto; po-
rm, se dois jogadores acertarem o arremesso e o prximo errar ela marca dois pontos e
assim sucessivamente. Se o erro for um arremesso sem aro, a pontuao conta em dobro;
positivo-negativo: duas equipes no lance-livre cada uma com uma bola, conta-se um nico
placar; uma equipe positiva e a outra negativa; a equipe positiva deve chegar ao 5, a nega-
tiva ao -5; os arremessos convertidos da equipe positiva contam pontos, da equipe negativa
tiram.
24
Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
Bandeja
A bandeja um arremesso em progresso aps dois tempos rtmicos (passos) em direo a
cesta. importante que esses passos sejam largos e que a bola seja arremessada com a mo cor-
reta, isto , com a mesma mo do lado que a bandeja realizada (mo mais longe do marcador).
Para isso, na bandeja do lado direito da tabela de basquete, o primeiro tempo rtmico executa-
do com a perna direita.
Ferreira e Rose Junior (2003) apontam diversos erros comuns ao jogador iniciante durante a
realizao da bandeja. Entre eles destacamos:
no escolher corretamente o local de impulso, posicionando-se muito distante ou muito
prximo da cesta;
executar mais do que dois tempos rtmicos;
em funo da velocidade de deslocamento (corrida), arremessar a bola com muita fora;
no olhar para a cesta durante a realizao da bandeja.
Exerccios:
Para facilitar o processo de aprendizagem, realizamos a vivncia dos movimentos da bande-
ja de forma gradual:
1. Os alunos fazem as passadas da bandeja sem bola, colocando os ps em bambols (ou cr-
culos desenhados na quadra) e realizando um salto (como um arremesso), aps o segundo
bambol;
2. Os alunos recebem a bola das mos do professor quando iro iniciar a primeira passada, j
realizando um arremesso de tabela aps a segunda passada;
3. Os alunos que vm correndo em direo cesta, pegam a bola que foi quicada pelo profes-
sor dentro do primeiro bambol, realizando um arremesso de tabela aps as passadas;
4. Os alunos vm driblando a bola e realizam a bandeja ainda com o auxlio dos bambols;
5. Os alunos realizam bandejas dos dois lados sem o auxlio dos bambols.
Figura 7: Sequncia
de passadas para a
execuo da bandeja.
Fonte: Imagem produzida
pelos autores.
Mataborro
Para a realizao de um bom arremesso, fundamental que o jogador esteja em posio
de equilbrio. Quando um jogador recebe a bola parado e logo em seguida realiza um arremes-
so, essa posio conseguida com mais facilidade. Porm, quando o jogador recebe a bola em
movimento, ele deve movimentar-se para obter o equilbrio necessrio para o arremesso. Esse
movimento frequentemente denominado de mataborro. Explica-se: Quando o jogador recebe
o passe enquanto desloca-se do lado direito da quadra em direo ao centro, deve receber o pas-
se com a perna direita frente. Com isso, logo aps receber o passe, ele coloca a perna esquerda
paralela direita estando de frente para a cesta. Tal prtica muito importante, pois permite que
o jogador rapidamente, logo aps receber um passe, j esteja em posio de arremesso e em
posio favorvel para realizar alguma outra ao ofensiva, como uma assistncia (passe anterior
a uma cesta convertida, sendo que foi justamente o passe que colocou o companheiro em situa-
o favorvel para fazer a cesta).
Jump
Jump a realizao de um arremesso aps um salto (arremessa-se ao atingir o ponto mais
alto do salto). Apesar de ser uma habilidade mais requerida aos pivs, deve ser dominada por
todos os jogadores. Ao realizar um jump, o jogador busca vencer o marcador e conseguir uma
melhor posio de arremesso.
25
UAB/Unimontes - 5 Perodo
BOX 5
Regras do basquetebol
2.7 Rebote
Rebote a recuperao da posse de bola aps um arremesso no convertido. Assim, o rebo-
te pode ser ofensivo (quando obtido na quadra de ataque) e defensivo (quando obtido na qua-
dra de defesa). O rebote um fundamento decisivo para determinar o vencedor do jogo. Quan-
do uma equipe domina amplamente os rebotes em uma partida, dificilmente ela perder o jogo.
Isto porque o rebote d uma nova chance de converter uma cesta (rebote de ataque) ou impede
que o adversrio tente novamente converter a cesta (rebote defensivo). Para realizar o movimen-
to do rebote, o aluno deve, estando em uma posio de equilbrio, segurar a bola no ponto mais
alto que ele conseguir.
Ao contrrio do que acreditam muitas pessoas, a impulso no o fator determinante para
conseguir rebotes. Antes dela, so determinantes o posicionamento do jogador e sua concentra-
o, aspectos que devem ser amplamente trabalhados pelo professor/tcnico.
A disputa pelo rebote inicia-se antes da realizao do arremesso pelo jogador de ataque. O
bom defensor, na maioria das vezes, ter uma posio privilegiada para disputar o rebote, pois
dever estar em posio de equilbrio e posicionado entre o jogador de ataque e a cesta. Dessa
forma, aps a tentativa de arremesso do adversrio, dever virar-se em direo cesta, sem per-
der o contato fsico com o jogador que estava marcando. Enquanto percebe a trajetria da bola
aps um arremesso no convertido, o jogador deve impedir o deslocamento do adversrio (no
deixar que ele aproxime-se da cesta) fechando o rebote. Aps a definio da trajetria da bola,
o jogador tenta recuperar a bola aps um salto (se ele o jogador de defesa mais prximo da
bola) ou continua fechando o rebote para que um companheiro seu recupere a bola. impor-
tante ressaltar que o hbito de fechar o rebote s implementado em jogadores de basquete
aps extensivo treinamento e que este fundamento s ter efetividade se for praticado de ma-
neira coletiva, ou seja, se todos os jogadores de defesa fecharem o rebote.
So erros comuns na execuo do rebote, segundo Ferreira e Rose Junior (2003):
posicionar-se muito embaixo da cesta;
no posicionar-se na regio onde ocorre a maioria dos rebotes;
no sincronizar corretamente o salto com a trajetria da bola;
no proteger a bola aps conseguir o rebote.
Exerccios:
Espalhados pela quadra, cada aluno com uma bola, quica-se a bola com fora no cho para
que ela atinja pelo menos a altura do aro e, em seguida, tenta-se segurar a bola na maior
altura possvel. Aps segurar a bola, dar pequenos giros para os lados utilizando um dos ps
como p de piv;
Os alunos posicionam-se em filas em frente s tabelas. Em seguida jogam a bola na tabela
ao lado do aro, realizando um rebote. importante que o aluno salte o mais alto possvel e
caia sempre equilibrado. As bolas devem ser jogadas por baixo para que realizem uma tra-
jetria elptica;
26
Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
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UAB/Unimontes - 5 Perodo
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Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
DICA
Para entender os diagra-
mas
Deslocamento
sem bola
Passe
Deslocamento
sem bola seguido de
corta-luz
Deslocamen-
to com drible
Arremesso
O Jogador de ataque
O Jogador de ataque
com a posse de Bola
Diagrama 5 Diagrama 6 X Jogador de defesa
duas filas no fundo da quadra e dois cones em frente s filas na altura da linha dos 3. Ao si-
nal do professor, os dois primeiros da fila correm, do a volta no cone e correm em direo
cesta. O professor passa a bola para um jogador que vai atacar, o outro vai defender. Va-
riao: colocar um cone mais prximo da cesta que o outro para treinar situao de chegar
atrasado para defender ou chegar antes e tentar brecar o deslocamento do atacante. Dica
Para ilustrar e enrique-
BOX 7 cer os conhecimentos
desta unidade, sugeri-
Regras do basquetebol mos que assistam aos
seguintes filmes:
REGRA 7- DRIBLE 1- BASQUETEBOL
24.1 Definio (documentrio). Di-
24.1.1 Um drible o movimento de uma bola viva feito por um jogador com o controle retor:Renato Barbier.
Produtora:TV Escola /
dentro da quadra, que a lana, d tapas ou rola a bola no piso ou a lana deliberadamente ASANCINE Produes
contra a tabela. / Gaia Filmes. Brasil,
24.1.2 Um drible comea quando um jogador que obteve o controle de uma bola viva na 2011. Disponvel em
quadra de jogo, lana, d tapas, rola, dribla a bola no piso ou deliberadamente a lana contra <http://tvescola.mec.
a tabela e a toca novamente antes que ela toque outro jogador. Um drible termina quando gov.br/tve/video;j-
sessionid=3CD083E-
o jogador toca a bola com ambas as mos simultaneamente ou permite que a bola pare em B4552F42F56A-
uma ou ambas as mos. Durante um drible a bola pode ser lanada ao ar desde que a bola D565F8FB53A90?idI-
toque o solo ou outro jogador antes que o jogador que a lanou a toque novamente com sua tem=468>.
mo. No existe limite de nmero de passos que um jogador pode dar quando a bola no 2- BASQUETEBOL
est em contato com sua mo. (documentrio). Di-
retor:Renato Barbier.
24.1.3 Um jogador que acidentalmente perde e recupera o controle de uma bola viva na Produtora:TV Escola /
quadra considerado como tendo cometido um fumble com a bola. ASANCINE Produes /
24.1.4 Os seguintes no so dribles: Gaia Filmes. Brasil, 2011.
Arremessos sucessivos para uma cesta de campo. Disponvel em <http://
Cometer um fumble no incio ou no final de um drible. tvescola.mec.gov.br/
tve/video?idItem=473>.
Tentativas de obter o controle da bola dando tapas para afast-la da proximidade
dos outros jogadores.
Dar tapas na bola para tir-la do controle de outro jogador.
Desviar um passe e obter o controle da bola.
Lanar a bola de mo para mo e segur-la em uma ou ambas as mos antes que ela
toque o solo, desde que no cometa uma violao de andar.
24.2 Regra
Um jogador no dever driblar uma segunda vez aps seu primeiro drible haver termi-
nado, a menos que entre os dois (2) dribles ele tenha perdido o controle de uma bola viva na
quadra de jogo por causa de:
Um arremesso para uma cesta de campo.
Um toque na bola por um oponente.
Um passe ou fumble que tenha tocado ou sido tocado por outro jogador.
29
UAB/Unimontes - 5 Perodo
Referncias
ALMEIDA, Marcos Bezerra de. Basquetebol iniciao. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
FERREIRA, Alusio Elias Xavier; ROSE JUNIOR, Dante de. Basquetebol: tcnicas e tticas. Uma
abordagem didtico-pedaggica. So Paulo: EPU, 2003.
PAES, Roberto Rodrigues; MONTAGNER, Paulo Cesar; FERREIRA, Henrique Barcelos. Pedagogia
do esporte: iniciao e treinamento em basquetebol. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
30
Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
Unidade 3
Para Alm dos Fundamentos
Bsicos: Outros Aspectos Tcnicos
e Tticos
Luciano Pereira da Silva
Rogrio Othon Teixeira Alves
3.1 Introduo
Nesta parte, abordaremos aspectos tcnicos e tticos do jogo de basquetebol que pouco
foram tratados na seo anterior. Tais aspectos requerem, para sua execuo durante o jogo, do
bom domnio de vrios fundamentos bsicos do basquete e, na maioria das vezes, de um bom
entendimento do jogo. Por isso, esses aspectos tcnicos e tticos devem ser inseridos gradual-
mente pelo professor/tcnico em seus treinamentos, com um olhar cuidadoso para o critrio da
acessibilidade do que se est ensinando. Em outras palavras, preciso cuidado para somente tra-
balhar um contedo se seus alunos estiverem preparados para sua aprendizagem.
31
sar a marcar o atacante que era marcado por quem fez a ajuda.
UAB/Unimontes - 5 Perodo
Diagrama 7
Nessa opo defensiva, o jogador que era marcado por quem fez a ajuda ter um bom tem-
po livre para realizar uma ao ofensiva, como um arremesso. Para dificultar isso, duas opes
so possveis:
1. Fazer a rotao com um nmero maior de jogadores. Para isso, todos os jogadores que esto
defendendo flutuaro em direo bola mesmo antes da finta ser realizada (at o meio do
garrafo para o ltimo do lado oposto e cerca de um metro para os demais jogadores). im-
portante ressaltar que esse deslocamento deve ser realizado sem que o jogador perca seu
atacante de vista.
Diagrama 8 Diagrama 9
2. Fazer a rotao defensiva apenas com os pivs. Tal opo pode ser bastante interessante, so-
bretudo em categorias de competio que j possuem um bom padro de arremesso. Com
isso, opta-se por deixar algum tempo livre somente o jogador que atua na posio de piv,
este, na maioria das vezes, tem um aproveitamento de arremessos pior do que o de jogado-
res que atuam nas posies de armador e ala.
Para que a rotao defensiva seja bem feita, preciso um posicionamento inicial adequado do
homem da ajuda. Ele deve estar em posio de expectativa, mais prximo da cesta que defende do
que o seu atacante e o atacante que est com a bola, e de frente para a quadra de ataque. S assim
ele conseguir acompanhar visualmente seu atacante e o atacante que possui a bola.
Se quiser uma defesa menos agressiva e com uma melhor rotao defensiva, pressiona-se o
jogador com a bola e marca-se os demais jogadores a certa distncia (flutuao).
O professor/tcnico deve enfatizar que a rotao defensiva uma ao que visa evitar o so-
frimento de cesta, mas sua necessidade deve ser evitada, ou seja, se nenhum jogador for batido,
a rotao defensiva desnecessria e a chance de se sofrer cesta menor. Tal nfase necess-
ria, sobretudo nas categorias menores do basquete, para que os jogadores no se acomodem
e procurem desenvolver uma boa capacidade individual de defesa. Uma boa estratgia para se
incentivar esta postura, sobretudo em equipes de treinamento ou pr-treinamento, , em alguns
momentos do treinamento, proibir a rotao defensiva. Dessa forma, apesar de muitas vezes ha-
ver um aumento no nmero de cestas sofridas, enfatiza-se a importncia da responsabilidade
individual no sistema defensivo de uma equipe.
32
Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
Para treinar rotao defensiva, uma das estratgias bastante utilizadas realizar exerccios
em que a defesa est em inferioridade numrica. Assim, fora-se, nesse tipo de educativo, que os
defensores tenham boa viso de todos os atacantes e desloque-se em velocidade para evitar que
sua equipe sofra uma cesta.
Exerccios
oito: os jogadores formam 3 filas no fundo da quadra e movimentam-se em direo ces-
ta do lado oposto fazendo 8 (o jogador corre e passa por trs do jogador para quem pas-
sou a bola). Aps o arremesso, os jogadores voltam para a quadra inicial jogando 2 contra
1. Quem arremessou defende. Variaes: 4 filas no fundo, durante o 8 passa-se por trs de 1
ou 2 jogadores, e volta para a quadra inicial 2 contra 2; 5 filas, durante o 8 passa-se sempre
por trs de 2 jogadores e volta para a quadra inicial jogando 3 contra 2 (os defensores so o
arremessador e quem deu o passe para o arremessador).
2 apoios: os alunos 2 filas no centro da quadra e dois alunos posicionam-se na lateral da
quadra (um de cada lado) como apoio ao ataque (diagrama 10). O primeiro jogador de cada
fila ir defender e o segundo atacar. Durante o ataque, o jogador deve passar a bola pelo
menos uma vez para cada apoio. Quando isso acontece, todos defensores iro marcar de
maneira agressiva (linha do passe). Quando a bola volta para um jogador de quadra, os de-
fensores posicionam-se preparados para a rotao defensiva (diagrama 11).
Diagrama 10 Diagrama 11
BOX 8
Regras do basquetebol
REGRA 8- ANDAR
Art. 25 Andar
25.1 Definio
25.1.1 Andar o movimento ilegal de um ou ambos os ps, em qualquer direo, en-
quanto estiver segurando uma bola viva dentro da quadra de jogo, alm dos limites definidos
nesse artigo.
25.1.2 Um piv o movimento legal no qual um jogador que est segurando uma bola viva
na quadra de jogo d um ou mais de um passo em qualquer direo com o mesmo p, enquan-
to o outro p, chamado de p de piv, mantido no mesmo ponto de contato com o solo.
25.2 Regra
25.2.1 Estabelecendo um p de piv para um jogador que segura uma bola viva na qua-
dra de jogo:
Enquanto est com ambos os ps no piso:
- No momento que um p levantado, o outro p se torna o p de piv.
Enquanto se move:
- Se um p estiver tocando o piso, este p se torna o p de piv.
- Se ambos os ps esto fora do piso e o jogador cai com ambos os ps simultaneamen-
te, no momento que um p erguido, o outro p se torna o p de piv.
33
UAB/Unimontes - 5 Perodo
- Se ambos os ps esto fora do piso e o jogador cai com um p, ento aquele p se tor-
na o p de piv. Se um jogador salta com aquele p e para, caindo com ambos os ps simulta-
neamente, ento nenhum p o p de piv.
25.2.2 Progresso com a bola por um jogador que estabeleceu um p de piv enquanto
tem o controle de uma bola viva na quadra de jogo:
Enquanto est com ambos os ps no piso.
- Para iniciar um drible, o p de piv no pode ser levantado antes que a bola saia da(s)
mo(s).
- Para passar ou arremessar para uma cesta de campo, o jogador pode saltar do p de
piv, mas nenhum p pode retornar ao piso antes que a bola saia da(s) mo(s).
Enquanto se move:
- Para passar ou arremessar para uma cesta de campo, o jogador pode saltar do p de
piv e cair em um p ou ambos os ps simultaneamente. Aps isso, um p ou ambos os ps
pode(m) ser levantado(s) do piso, mas nenhum deles pode retornar ao piso antes que a bola
tenha sado da(s) mo(s).
- Para iniciar um drible, o p de piv no pode ser levantado antes que a bola saia da(s)
mo(s).
Quando para e quando nenhum p o p de piv:
- Para iniciar um drible, o p de piv no pode ser levantado antes que a bola saia da(s)
mo(s).
- Para passar ou arremessar para uma cesta de campo, um p ou ambos os ps pode(m)
ser levantado(s), mas nenhum deles pode retornar ao piso antes que a bola tenha sado da(s)
mo(s). 25.2.3 Jogador caindo, deitado ou sentado no piso:
legal quando um jogador cai e desliza no solo enquanto est segurando a bola ou ob-
tm o controle da bola enquanto est deitado ou sentado no piso.
uma violao se o jogador ento, rolar ou tentar levantar-se enquanto segura a bola.
34
Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
Diagrama 13 Diagrama 14
35
UAB/Unimontes - 5 Perodo
BOX 9
Regras do basquetebol
36
Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
3. Quando um jogador perde o drible todos marcarem agressivamente a linha do passe aban-
donando momentaneamente o posicionamento de rotao defensiva;
4. Marcar o armador agressivamente para que ele seja obrigado a jogar de costas para a cesta
e assim, tenha dificuldade de organizar o jogo;
5. Dificultar o deslocamento do jogador sem bola para que ele nunca receba um passe dentro
do garrafo ou em posio de arremesso.
Zona
A defesa por zona baseia-se no princpio de cada jogador responsvel por uma regio da
quadra e o que orienta o posicionamento do jogador a regio da quadra onde a bola est. Con-
vencionou-se classific-la com nmeros a partir do centro da quadra de acordo com a disposio
dos jogadores. Naturalmente, esses sistemas defensivos facilitam a prtica da ajuda na defesa
(rotao defensiva), pois um defensor sempre estar perto de um colega de equipe. Entretan-
to, pode haver indeciso entre os defensores sobre quem o responsvel pela defesa de certo
atacante que se encontra nas reas limtrofes entre duas zonas de defesa. Alm disso, a disputa
pelos rebotes de defesa tambm so privilegiadas neste tipo de defesa.
Quando o tcnico opta por um determinado sistema de defesa por zona, ele deve fazer sua es-
colha, sobretudo devido s caractersticas da equipe adversria. Se ele quer, por exemplo, fortale-
cer o rebote de sua equipe e dificultar a ao dos pivs da equipe adversria, ele poder optar pela
defesa 2.3. Se, em outro exemplo, ele quer dificultar a ao de jogadores da equipe adversria que
possuem bom aproveitamento de arremesso de mdia e longa distncia, pode optar pela defesa 3.2.
Ao escolher um sistema de defesa por zona, o tcnico deve estar atento aos pontos fortes e
fracos daquele sistema e escolher a posio de seus jogadores dentro do sistema a partir de suas
caractersticas individuais.
Como estratgia de jogo, recomendamos nunca iniciar defendendo por zona, pois tal siste-
ma pode gerar situaes de comodismo e falta de motivao que afetaro o desenvolvimento
do jogo. Alm disso, os pontos fracos do sistema defensivo podem promover o destaque de al-
gum jogador da equipe adversria que passar a jogar com confiana e ter um melhor desem-
penho. Os principais sistemas defensivos por zona so 2.3, 3.2 e 1.3.1.
BOX 10
Regras do basquetebol
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UAB/Unimontes - 5 Perodo
Diagrama 15 Diagrama 16
Diagrama 17 Diagrama 18
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Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
Diagrama 19 Diagrama 20
Diagrama 21 Diagrama 22
Diagrama 23 Diagrama 24
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UAB/Unimontes - 5 Perodo
3 jogadores (armador e ala) sofrem defesa individual os dois pivs defendem zona (X4 e X5).
Observao: nessa opo defensiva, quando o ataque realizar um corta-luz, h a troca de
quem est marcando individual; o jogador mais prximo da situao de corta-luz passa a marcar
individualmente, enquanto o jogador que sofreu o bloqueio passa a marcar na zona.
Presso
A defesa por presso caracterizada quando se adianta o sistema defensivo para alm da
linha de 3 pontos ou quando, mesmo no espao de quadra normalmente ocupado pelos siste-
mas de defesa tradicional (dentro da linha de 3 pontos), criam-se situaes de presso 2x1 (dois
jogadores pressionando um jogador com a bola).
Apesar do sistema de defesa por presso ser utilizado mais frequentemente por equipes em
situaes de grande desvantagem no placar, ele uma ao estratgica interessante, no com a
finalidade de recuperao de bola, mas com o objetivo de dificultar o jogo organizado da equipe
adversria. Quando a presso bem feita, comum que a equipe que est atacando gaste por
volta de 15 segundos para fazer a transio ofensiva, restando-lhe, nesse caso, apenas 9 segun-
dos para organizar o ataque. Nesse caso, a presso uma estratgia a ser utilizada diversas vezes
durante o jogo, e no apenas em situaes de desvantagem no placar nos finais de jogo.
Mesmo quando o objetivo da presso acelerar o jogo e recuperar a bola, dificilmente a
defesa obter xito se ela no foi utilizada algumas vezes durante o jogo, condicionando os jo-
gadores para sua execuo. Assim, o tcnico, independentemente do placar e do tempo de jogo,
poder utilizar a defesa pressionada durante, por exemplo, a reposio pela equipe adversria de
alguns lances livres convertidos.
preciso lembrar tambm que comum que uma equipe demore dois ou trs ataques para
adaptar-se a uma nova defesa sofrida. Nesse sentido, o uso de defesas pressionadas em alguns
momentos do jogo poder provocar o aumento no nmero de erros da equipe adversria o que
significar preciosos pontos para quem executou com competncia a defesa presso.
A presso pode ser realizada em toda a quadra, em trs quartos da quadra, em meia quadra
ou dentro da linha dos trs; alm disso, ela pode ter ou no situaes de 2X1 (trap).
Alm de realizar com competncia a defesa do tipo presso, o tcnico de basquete deve
preparar sua equipe tambm para sair-se bem quando sofrer esse tipo de defesa. Para isso, al-
guns princpios so importantes e devem ser treinados:
1. Quando a presso for feita na quadra toda e aps a converso de uma cesta, interessante
que o tcnico combine que um jogador que geralmente tem o fundamento do passe mais
desenvolvido cobre a reposio de bola (fundo bola). Isso porque comum que o jogador
piv desempenhe essa tarefa;
2. Os jogadores que atuam nas posies 1 e 2 (armador e escolta) devero estar em linha (na
mesma distncia em relao a linha do fundo da quadra);
3. Todos os jogadores da equipe que atacam devero ocupar espaos vazios (onde no este-
jam defensores), criando linhas de passe;
4. De preferncia, aps receber um passe, o jogador dever passar a bola novamente antes de
sofrer presso (ser marcado de perto) por dois jogadores adversrios.
5. Aps receber a bola, o jogador, antes de realizar o drible, dever analisar a posio de seus
companheiros e adversrios para decidir qual a melhor ao ofensiva no momento. Assim, o
tcnico dever trabalhar com educativos em que os jogadores so proibidos de driblarem.
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Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
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Regras do basquetebol
3.5 Corta-Luz
Uma das principais aes ofensivas no
basquetebol o corta-luz. Sua ao con-
siste em bloquear o deslocamento de um
defensor da equipe adversria com o pr-
prio corpo. Assim, tal defensor v-se impe-
dido de acompanhar o jogador que estava Figura 11:
marcando. Apesar de uma ao simples, Movimentao para
quando bem executado, o corta-luz pro- corta-luz
voca uma situao de grande vantagem Fonte: Acervo dos autores.
equipe que ataca.
Ofensivamente, o corta-luz poder
ser realizado em jogadores com e sem
a posse de bola. O bloqueio ao desloca-
41
UAB/Unimontes - 5 Perodo
Diagrama 26 Diagrama 27
2. corta-luz com troca (avisar e posicionar): o defensor do jogador que far o bloqueio (X4) de-
ver avisar seu companheiro que o movimento ir acontecer. Quando o atacante com pos-
se de bola (O) movimenta-se, deixando seu defensor no bloqueio, ele passa a ser marcado
pelo outro defensor (X4) (aquele que marcava quem bloqueou).
Diagrama 28 Diagrama 29
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Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
3. corta-luz com dobra (avisar e posicionar): o defensor do jogador que far o bloqueio (X4) de-
ver avisar seu companheiro que o movimento ir acontecer. Quando o atacante com posse
de bola (O) movimenta-se em direo ao bloqueio (dribla), ele passar a ser marcado pelos
dois defensores (X e X4); quem marcava o jogador que fez o bloqueio (X4) dever impedir
que o atacante consiga driblar para o meio da quadra. Nesse caso, os outros 3 defensores da
equipe devero estar atentos e distanciarem-se um pouco de seus atacantes, pois estaro
responsveis pela defesa de 4 atacantes. Nessa opo, o principal objetivo da defesa evitar
a finalizao do jogador que recebeu o bloqueio e/ou roubar a bola aps um passe mal exe-
cutado. Dificilmente a bola roubada pelos jogadores que esto fazendo 2 contra 1. Estes
devem estar atentos para no cometerem falta no atacante.
Diagrama 30 Diagrama 31
Em situaes onde o bloqueio realizado no jogador sem a posse de bola, a defesa possui
as opes de trocar os marcadores ou no.
BOX 12
Regras do basquetebol
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UAB/Unimontes - 5 Perodo
3.6 Contra-Ataque
O contra-ataque a primeira ao ofensiva em um jogo de basquetebol. Dever ser incenti-
vado pelos tcnicos e amplamente praticado, pois provoca o ataque em situaes de superiori-
dade numrica e a ocorrncia de cestas fceis. Alm da concentrao dos jogadores, o principal
elemento para execuo do contra-ataque o passe, fundamento nem sempre bem dominado
pelos jogadores de basquete.
O professor/tcnico de basquete pode organizar sua transio ofensiva de diversas manei-
ras. Aqui, gostaramos de destacar apenas alguns princpios:
1. A primeira opo para o contra-ataque sempre um passe longo, que poder ser realizado
pelo jogador que recuperou o rebote ou pelo jogador que vai cobrar o fundo bola;
2. Se o passe longo no possvel, deve-se passar a bola para o armador (ou o escolta) que de-
ver procurar receber a bola na lateral da quadra;
Aps receber a bola, o armador (ou o escolta) tambm avaliar a possibilidade de um passe
longo; se ele no for possvel, dever driblar em velocidade em direo quadra de ataque;
3. Os jogadores que no recebem o primeiro passe devero correr sempre pela lateral;
4. Somente os pivs podem correr pelo meio a fim de entrarem no garrafo aps a bola che-
gar lateral (trailler).
Exerccios
5X5 trocando passe na quadra de ataque. Aps finalizao (arremesso) de um homem de
cima (armador ou ala) h a disputa de rebote; se o ataque pegar o rebote, recomea a
movimentao; se a defesa pegar o rebote, o time que recuperou a posse de bola ir con-
tra-atacar; para criar uma situao momentnea de superioridade numrica os dois pivs
que estavam atacando, tm que pisar na linha de fundo, antes de voltar para a defesa. (va-
riao: apenas um piv tem que pisar na linha de fundo; quem pisa na linha quem arre-
messou; cada um tem um nmero, quem pisa na linha o jogador com o nmero cantado
pelo tcnico);
programar o cronmetro de 24 segundos para funcionar com 10, 12 e 14 segundos de pos-
se de bola; assim, as equipes so obrigadas a atacarem com velocidade.
Observao: alm dos exerccios apresentados acima, so educativos para o contra-ataque
todos aqueles que trabalham com superioridade numrica (2X1, 3X2, 4X3, 5X4), desde que os
jogadores do ataque tenham que jogar em velocidade e definir o ataque rpido.
44
Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
Ala-piv (4): Deve ser um jogador com boa estatura e boa movimentao. Joga tanto de Atividade
frente como de costas para a cesta e realiza muitos arremessos de mdia e curta distncia; Desenhe uma quadra
Piv (5): Como jogador mais alto e forte da equipe, procura estabelecer posio prximo de basquete e identi-
cesta, muitas vezes dentro do garrafo. Deve ter habilidade para jogar de costas para a cesta fique as posies de
e bom posicionamento para a disputa de rebotes. atuao dos armadores,
Apesar da existncia de 5 posies de jogadores, existem diversas formaes possveis em dos alas e pivs numa
situao de ataque. De-
uma equipe. Essas formaes decorrem de situaes diversas, como a falta de jogadores para pois poste o material no
ocuparem determinadas posies ou por opo ttica. Alm disso, as caractersticas dos joga- frum de discusso.
dores podem influenciar essa formao. O time que possui um armador com excelente capaci-
dade de finalizao, por exemplo, pode adotar a estratgia de jogar com dois armadores, para
que o finalizador divida a funo de transio ofensiva e armao das jogadas e, com isso, no se
desgaste a ponto de ter sua capacidade de finalizao prejudicada. A estratgia de usar dois ar-
madores tambm comum quando se marcado por presso e necessita-se que a equipe tenha
uma melhor leitura do jogo e capacidade de passe.
Diagrama 32 Diagrama 33
45
UAB/Unimontes - 5 Perodo
Durante o ataque, os jogadores devem criar linhas de passe, ocupar espaos vazios na qua-
dra e respeitar o espao de jogo de seu companheiro. Quando um jogador dribla para a lateral
ou para o fundo da quadra, ou quando ele passa no fundo da quadra e entra no garrafo ten-
tando receber o passe, os demais jogadores devem tambm movimentar-se para criar linhas de
passe e respeitar o espao de jogo do companheiro. Exemplos:
Diagrama 34 Diagrama 35
Quando a equipe atua com dois pivs, denominamos seus posicionamentos na quadra de
ataque de poste alto (O4) e poste baixo (O5).
Diagrama 36
bvio que no necessariamente eles precisam estar nessas posies; os dois pivs podem
estar posicionados ao mesmo tempo em poste baixo ou ocupar outros locais da quadra de ataque.
Os pivs so jogadores que possuem a maioria de suas aes ofensivas em um restrito espao
da quadra. Assim devem preocupar-se sempre com a ocupao racional dos espaos. Nos exem-
plos abaixo, mostramos possveis comportamentos do piv que est prximo cesta (poste baixo)
quando seu companheiro (outro piv) recebe a bola tambm estando na posio de poste baixo.
46 Diagrama 37 Diagrama 38
Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
Outro princpio a ser observado o comportamento dos jogadores de cima (armador e alas)
quando o piv recebe a bola em poste baixo. Apresentamos 2 opes: procurar uma posio de
arremesso (na zona morta ou na linha de 3 altura do lance livre) ou bloquear o jogador que
est ao seu lado. Nessas situaes, indicamos que o jogador deve evitar cruzar o garrafo, pois
ocupar o espao de jogo do piv que est com a bola e facilitar a utilizao de 2 contra 1 no
piv que est com a bola (diagrama 39).
A ocupao de espaos na quadra de
ataque possui infinitas possibilidades. Aqui,
exemplificamos apensa algumas delas. Cabe
ao tcnico de basquete definir, baseado em
suas preferncias, a dinmica que trabalhar
com seus jogadores.
Conceitos
preciso entender que os sistemas ofen-
sivos so criados para que o ataque fique em
uma situao favorvel para fazer a cesta. En-
tretanto, nem sempre o ataque decidido
dentro da movimentao combinada. Alm
disso, quando um jogador recebe a bola den-
tro da movimentao ofensiva e tem uma
posio favorvel para realizar um arremesso, Diagrama 39
muitas vezes ele no o faz, o que requer que Dica
todos os jogadores do ataque movimentem-se procurando continuar o ataque com objetividade Para ilustrar e enrique-
a criar novas opes de definio. Essa movimentao contnua pode basear-se em conceitos e, cer os conhecimentos
quando realizada com qualidade, imprime um padro de jogo ao time. Os conceitos nada mais desta unidade, suge-
rimos que acessem os
so do que diversos princpios do jogo reunidos. Muitas vezes, eles so utilizados aps o trmino seguintes livros sobre
de uma jogada. Pode-se, por exemplo, terminar uma jogada para defesa individual, com jogadas tticas defensivas e
de duplas (corta-luz e giro) em uma lateral da quadra. Outras vezes, pode-se pensar em movi- ofensivas no Basque-
mentaes mais complexas que formaro uma nova jogada. Ao se trabalhar com conceitos, en- tebol:
fatiza-se o motivo da realizao de determinados movimentos com a opo de a bola poder ser 1- KARL, George;
STOTTS, Terry;JOHN-
passada para qualquer jogador da quadra. SON, Price. 101 offen-
Ao analisarmos o basquete brasileiro nas ltimas dcadas, podemos afirmar que cultural- sive basketball drills.
mente no temos apresentado tal padro de jogo, valorizando muito as aes individuais para PARTNERS PUB GROUP,
definir o ataque (sobretudo quando se sai da jogada previamente estabelecida). 2000.
Existem infinitas possibilidades de implantao de um padro de jogo. Para ilustrar, de- 2- KARL, George;
STOTTS, Terry;JOHN-
monstraremos uma situao caracterizada pela rotao ofensiva de todos os jogadores (eles no SON, Price. 101 defensi-
tm posio definida). Essa movimentao j utilizada h muito tempo no basquete brasileiro ve basketball drills.
na forma de jogada e costuma ser chamada de flex. PARTNERS PUB GROUP,
Exemplo: Flex 2000.
Diagrama 40 Diagrama 41
A movimentao apresentada caracteriza-se pela valorizao de bloqueios (corta-luz) em
jogadores sem a posse de bola e pela rotao de todos os jogadores por todas as posies de
ataque.
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UAB/Unimontes - 5 Perodo
Atividade Em uma movimentao ofensiva, comum que a bola seja passada fora da sequncia trei-
A partir de um diagra-
nada. Para essas situaes, sugerimos as seguintes movimentaes (diagramas 43 e 44; diagra-
ma com as linhas do mas 45 e 46):
garrafo, idealize uma
movimentao ofensi-
va, onde haja bloqueio
(corta-luz) e que a bola
passe por todos os joga-
dores antes do arremes-
so. Insira o diagrama no
frum de discusso.
Diagrama 42 Diagrama 43
DICA
Para entender os diagra-
mas
Deslocamento
sem bola
Passe
Deslocamento
sem bola seguido de
corta-luz
Deslocamen-
to com drible
Arremesso
O Jogador de ataque
O Jogador de ataque
com a posse de Bola
X Jogador de defesa Diagrama 44 Diagrama 45
Notem que nos dois casos apontados chegou a um jogador fora da sequncia normal esta-
belecida para a flex (e este jogador no realizou um arremesso). Assim, sugere-se a possibilidade
de serem feitos outros tipos de bloqueios e, posteriormente, retomar o posicionamento da movi-
mentao flex.
Referncias
ALMEIDA, Marcos Bezerra de. Basquetebol iniciao. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
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Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
Resumo
No Caderno Didtico de Metodologia do Basquetebol, apresentamos e discutimos:
O Basquete como fenmeno esportivo. Ressaltamos, de incio, que defendemos uma prti-
ca pedaggica que atribua escola o objetivo de formar sujeitos crticos e autnomos. Tal
considerao, no nosso entendimento, choca com diversas prticas pedaggicas comuns ao
campo do esporte, como o ensino do esporte centrado na reproduo de movimentos tc-
nicos que tm o esporte de alto rendimento como espelho.
Os mtodos de ensino dos esportes coletivos podem ser classificados tradicionais (orienta-
dos ao ensino-aprendizagem da tcnica) e em novas correntes metodolgicas (orientadas
ao ensino-aprendizagem da ttica).
Os mtodos tradicionais so comumente denominados de tecnicistas, em que a aprendi-
zagem (repetio) dos gestos tcnicos de cada modalidade constitui o objetivo e o ncleo
central de cada aula ou sesso de treinamento, e os mtodos inovadores visam superao
da simples repetio dos movimentos.
Trabalhamos os fundamentos do basquetebol, abordamos que a aprendizagem de qual-
quer modalidade esportiva inicia-se pelo que se convencionou chamar de fundamentos.
Estes so movimentos, habilidades tcnicas requeridas para a prtica de determinada mo-
dalidade esportiva.
Neste material consideramos a classificao dos fundamentos do basquetebol, conforme
Ferreira e Rose Junior (2003), em: controle de corpo, manejo de bola, drible, passe, arremes-
so, rebote e fundamentos individuais de defesa.
Destacamos o basquetebol como um jogo essencialmente coletivo e dessa forma, os funda-
mentos de defesa devem ser enfatizados. Mesmo em uma defesa individual, onde cada de-
fensor mais responsvel por um atacante, uma cesta sofrida ir penalizar todo o time. Por
isso, alm dos fundamentos individuais de defesa, toda a equipe deve estar preparada para
agir caso um jogador seja fintado.
Os principais tipos de defesa so: individual, zona e mista. Os principais sistemas defensivos
por zona so 2.3, 3.2 e 1.3.1 e a defesa mista caracterizada pela mistura entre os sistemas
individuais e por zona.
Para o sistema ofensivo so utilizados o Corta-luz (bloquear o deslocamento de um defensor
da equipe adversria com o prprio corpo) e o Contra-ataque, que a primeira ao ofensi-
va em um jogo de basquetebol.
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Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
Referncias
Bsicas
ALMEIDA, Marcos Bezerra de. Basquetebol iniciao. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
Complementares
ALVES, Rogrio Othon Teixeira. Histria da Educao Fsica e dos Esportes. Montes Claros: Uni-
montes, 2013.
BETTI, Mauro. A janela de vidro: esporte, televiso e educao fsica. 2. ed. Campinas: Papi-
rus, 1998.
BOURDIEU, Pierre. Como possvel ser esportivo. In: _________. Questes de Sociologia. Rio
de Janeiro: Marco Zero, 1983, p. 136-163.
FERREIRA, Alusio Elias Xavier; ROSE JUNIOR, Dante de. Basquetebol: tcnicas e tticas. Uma
abordagem didtico-pedaggica. So Paulo: EPU, 2003.
KRGER, C.; ROTH, K. Escola da bola: um ABC para iniciantes nos jogos esportivos. So Paulo:
Phorte, 2002.
GRECO, P.J. (Org.) Iniciao Esportiva Universal Metodologia da iniciao esportiva na esco-
la e no clube. Belo Horizonte: UFMG, Volume II. 1998.
MELO, Victor de Andrade. Cidade esportiva. Rio de Janeiro: Relume Dumar, 2001.
MORENO, J. H. Fundamentos del deporte: Anlisis de las estructuras del juego deportivo. Bar-
celona: INDE Publicaciones. 1994. 184p.
PAES, Roberto Rodrigues; MONTAGNER, Paulo Cesar; FERREIRA, Henrique Barcelos. Pedagogia
do esporte: iniciao e treinamento em basquetebol. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
PARLEBAS, Pierre. Problemas teoricos e crisis actual en la educacin fsica. Lecturas de Educa-
cin Fsica e Deportes, Buenos Aires, v. 2, n. 7, Out. 1997.
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UAB/Unimontes - 5 Perodo
RIZOLA NETO, Antnio. Uma proposta de preparao para equipes jovens de voleibol femi-
nino. Dissertao (Mestrado em Educao Fsica) Faculdade de Educao Fsica, Universidade
Estadual de Campinas, 2004. 120f.
52
Educao Fsica - Metodologia do Basquetebol
Atividades de
Aprendizagem - AA
1) O basquetebol faz parte do bloco de contedos Esportes, Jogos, Lutas e Ginsticas sugeri-
dos pelos Parmetros Curriculares Nacionais (PCN). Como deve ser abordado nos dois primeiros
ciclos do Ensino Fundamental?
a) Sob o enfoque da apreciao e da discusso de aspectos tcnicos, tticos e estticos.
b) Contextualizando mais especificamente (como torneios e campeonatos) que possibilitam que os
alunos vivenciem uma situao mais caracterizada como esporte.
c) Valorizando o gesto tcnico em detrimento de uma abordagem crtica.
d) Formao de futuros atletas olmpicos.
4) Paes, Montagner e Ferreira (2009), um dos fundamentos do basquete se caracteriza pelo con-
junto de movimentos e deslocamentos realizados pelo praticante durante o jogo, e o outro o
fundamento que garante modalidade algumas de suas propriedades bsicas, como a coopera-
o e a coletividade. Indique quais fundamentos so esses:
a) Controle de corpo e passe.
b) Passe e drible.
c) Manejo de bola e arremesso.
d) Passe e controle de corpo.
6) A defesa por zona baseia-se no princpio de que cada jogador responsvel por uma regio
da quadra e o que orienta o posicionamento do jogador a regio da quadra onde a bola est.
Sobre os tipos de marcaes zona 2-3 e/ou 3-2, caracterize como verdadeira ou falsa as afirmati-
vas a seguir.
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UAB/Unimontes - 5 Perodo
( ) A marcao 3-2 deve ser utilizada contra equipes que tenham bons arremessadores de mdia
e longa distncia.
( ) 2-3 indicada contra adversrios que arremessem bem da linha dos 3 pontos.
( ) Deve-se marcar 2-3 contra equipes que tenham jogadores habilidosos e bons infiltradores.
( ) Se a equipe adversria tem bons pivs a marcao 2-3 no indicada.
Ala:
Piv:
10) Para o melhor desenvolvimento tcnico e ttico no basquete necessria uma postura ana-
tmica bsica (posio de expectativa). Se, desde criana, a pessoa se apropria naturalmente
dessa postura ela desenvolver o jogo do basquete com mais facilidade. Descreva essa posio.
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