Guardioes Da Fe
Guardioes Da Fe
GUARDIES
DA F
Colin D. Standish
Presidente
do Instituto Hartland.
Russell R. Standish
Diretor de Sade, Temperana e Esprito
de Profecia do Departamento de Educao
da Unio Sudeste da sia.
IMPRESSO NO BRASIL
Printed in Brazil
3
DEDICATRIA
Este livro dedicado a dois homens que podem verda-
deiramente ser descritos como Guardies da F. Em um tempo
de grande crise dentro da Igreja de Deus, eles se levantaram e
posicionaram-se ao lado da verdade.
Esses dois homens, como pastores do rebanho de Deus,
encabearam o chamado por reavivamento e reforma dentro
da Igreja Adventista do Stimo Dia durante o comeo e meados
dos anos setenta. Sua apresentao dos princpios bblicos de
justicao pela f iluminaram muitos e enfureceram outros.
Tivessem eles recebido total apoio de seus colegas lderes e
pastores, Deus poderia ter levado Sua Igreja, naquele tempo,
triunfantemente rumo ao Reino dos Cus. Em profundo respeito
este volume dedicado a:
NDICE
CAP. TTULO
PGINA
1 O Dilema Ministerial
2 O Ministrio
3 O Problema
4 Expectativas Divinas
5 Intelectualismo
6 Evangelicismo
7 Ecumenismo
8 Pluralismo
9 Relativismo
10 Existencialismo
11 Humanismo
12 Secularismo
13 Hedonismo
14 Materialismo
15 Pentecostalismo
16 Clericalismo
17 Futurismo
18 Institucionalismo
19 Separacionismo
20 Paternalismo
21 Imperfeccionismo
22 Criticismo
23 Feminismo
24 Universalismo
25 Liberalismo
6 GUARDIES DA F
7
Captulo 1
O DILEMA
MINISTERIAL
O
quadro a seguir no est baseado em uma experi-
ncia especfica, mas ressalta o dilema do jovem mi-
nistro no trabalho de Deus hoje. Um jovem, recm-con-
verso f adventista, como muitos, deseja ser treinado para o
ministrio. Seu corao arde por causa da grande mensagem
que pulsa em seu ser. Ento dedica sua vida a ser um ministro do
evangelho. Rapidamente, e com grande entusiasmo, matricula-
se no departamento teolgico de uma faculdade Adventista do
Stimo Dia. Como muitos recm conversos Adventistas do Sti-
mo Dia, estudou amplamente a mensagem do Advento e como
resultado est mais informado do que muitos que tm estado
h dcadas na F. Ainda muito entusiasmado ele se achega s
classes bblicas, mas apenas para constatar que alguns de seus
professores no mais compartilham de sua convico na au-
tenticidade da mensagem do Advento. Estes professores, uma
vez tendo sido estudantes em seminrios teolgicos do mundo,
ousaram trazer suas crenas aberrantes para a instituio onde
trabalham e esto sendo agora usados por Satans para dou-
trinar as novas geraes de ministros em uma f defeituosa.
Anos de experincia lecionando aaram os argumentos desses
professores e muitos alunos em suas aulas so como ovelhas
levadas ao matadouro diante dos argumentos persuasivos de
um professor muito experiente. Alm do mais, a maioria dos
estudantes est propensa a aceitar a palavra de um homem que
detm em suas mos suas notas acadmicas.
O professor, em algumas aulas, utiliza a tcnica desestabilizado-
7
8 GUARDIES DA F
ra de levantar dvidas acerca da veracidade de algumas pores
das Escrituras. Ele no s no oferece soluo para os aparentes
problemas bblicos, mas ao invs disso, deixa o estudante com a
ntida impresso de que tal resposta no existe e que, em algu-
mas esferas, a Bblia no convel.
Este jovem no se deixa enganar. Ele percebe os erros de seu
professor. Aps o choque inicial, ele procura de modo cuidado-
so mostrar que o professor est apresentando crenas que no
esto em harmonia com a F Adventista como se acha na Bblia.
A princpio suas objees em sala so tratadas amavelmente. No
entanto, o professor logo se torna irritado com essas interrupes
e desaos integridade daquilo que ele est ensinando. At mes-
mo muitos estudantes na turma compartilham a preocupao do
professor, pois, no tendo o preparo deste jovem, consideram-no
uma inuncia negativa para a turma.
Finalmente, o professor o chama a seu escritrio e d-lhe um
sbio conselho. O professor lhe diz: voc um estudante pro-
missor e pode fazer uma grande obra para Deus, mas no se
esquea: voc veio para a faculdade para aprender com aqueles
que possuem uma experincia e formao superiores sua.. O
jovem, ainda que respeitosamente, tenta explicar sua posio ao
professor. O professor, todavia, aproveita-se de sua juventude e
inexperincia na Igreja. Insinua, mais adiante, que o evangelista
que o batizou no era na verdade um erudito. O jovem agora est
mais cuidadoso em classe. J no se manifesta com freqncia,
mesmo quando est profundamente transtornado pelos ensinos
questionveis de seu professor. No entanto, com freqncia,
discute esses assuntos com seus companheiros que, em sua
maioria, mostram-se no simpatizantes ao seu ponto de vista.
O professor ainda sente que o jovem um agitadordentro
da classe e mais uma vez aconselha-o. Com honestidade, este
jovem tenta trazer a lume os princpios da Verdade em seu
exame nal e nas provas escritas, apenas para receber de seu
professor notas baixas e at reprovaes. Ele agora enfrenta
uma crise e um dilema. Est convicto de que foi chamado para
o ministrio, contudo percebe que a realizao deste sonho
est em grande parte nas mos de seus professores. Eles no
apenas so seus instrutores, mas tambm so os que o gradu-
O DILEMA MINISTERIAL 9
Captulo 2
O MINISTRIO
Ns crescemos com um idealizado conceito do minist-
rio, devido em grande parte alta considerao que nossos pais
tinham pelos ministros da Igreja Adventista do Stimo Dia. Para
ns era como se todo pastor tivesse, por assim dizer, um p no
Cu e outro quase l. Dicilmente entraria em nossas mentes se-
quer a possibilidade de existir qualquer pastor que no estivesse
totalmente compromissado com Deus, com a mensagem da
igreja remanescente ou que no estivesse inquestionavelmente
preparado para o reino do Cu.
Era sem dvida em grande parte devido a esta asso-
ciao que, durante nossos anos na Faculdade de Avondale,
afastvamos qualquer idia de seguir o curso teolgico. Esta
viso sagrada do ministrio era reforada pela visita regular
nossa igreja local dos estudantes de teologia de Avondale. A
qualidade, dedicao e talentos desses jovens contrastavam
com a nossa no total entrega ao Senhor.
Talvez o alge de nossa viso idealista do ministrio
ocorrera quando, quase que anualmente, tnhamos visitantes
da Associao Geral em nossas campais. De algum modo nos
parecia que pregavam semelhantes ao anjo Gabriel, quando
apresentavam as mensagens relativas concluso da obra de
Deus. A convico da mensagem de Deus e da Segunda Vinda
de Cristo vibravam em nossos ouvidos juvenis.
De certa forma desejamos ter podido conservar aquela
viso idealista do ministrio. Hoje, o ministrio, semelhana da
membresia, encontra-se em profunda diviso tanto na prtica
Crist como na compreenso das doutrinas.
Na verdade, recentemente, fomos informados de que
presidentes de Associao, de ambos os lados do Pacco, ti-
veram que chamar a ateno de seus obreiros por vestirem-se
12
O MINISTRIO 13
Captulo 3
14 GUARDIES DA F
O PROBLEMA
Ondeestoosmensageirosquefalarocompoderaincon-
fundvel mensagem que Deus tem conado a esta igreja?
Algunsanosatrsnossoprprioministriofoigrandemente
fortalecido quando reconhecemos as implicaes da seguinte cita-
o de Primeiros Escritos:
dosanturio,ojuzoinvestigativo,aleideDeus,oestadodosmortos
e muitas outras mensagens fundamentais. Mas cada vez menos,
nossos membros ouvem ou entendem essas mensagens hoje em
dia. Muitas vezes, com um falso raciocnio, ns, como ministros,
temos apresentado preciosas verdades que no so a verdade
presente. Temos raciocinado que se pregarmos o alimento slido
isto desencorajar e at mesmo causar dissenso dentro de nossas
igrejas. Tal pensamento no poderia estar mais distante da verdade.
Se continuarmos a estudar esta armao de Primeiros Escritos, se-
remos informados acerca dos temas centrais de nossa mensagem
e da gloriosa e unicadora compreenso que esses temas traro ao
povo de Deus.
Existequasequeumaconspiraoentrens,ospastores,para
apresentar nossa Igreja espiritualmente como
Captulo 4
EXPECTATIVAS
DIVINAS
A
palavradeDeusenfatiza que muito maiores expec- tativas
so postas sobre os que aceitam a responsa- bilidade
de liderar, do que sobre o prprio rebanho. Os profetas
Jeremias e Ezequiel apresentaram as Divinas exigncias aos
clrigos e pastores do rebanho e, com clareza, delinearam as
trgicas conseqncias de serem pastores inis.
Captulo 5
INTELECTUALISMO
O
s problemas de intelectualismo so complexos.
Deus quer uma inteligente compreenso dEle,
de Sua palavra e de Sua salvao. Ele no ca satisfeito com
umacompreensosupercialenemcomumpovoignorante.Jesus
enfatizou esta verdade quando Ele nos admoestou, em Joo 5:39,
a pesquisar as Escrituras. Paulo diz:
de Deus:
Captulo 6
EVANGELICISMO
E
streitamente associado a essas crenas intelectuais tem
sido o ataque do pensamento evanglico dentro da
Igreja Adventista do Stimo Dia. Os conceitos de protes-
tantismo do movimento evanglico tem alcanado medonha
vantagem em nossa Igreja. Ns resistimos de todos os lados
contra os erros do evangelicismo porque eles tem suas razes
profundamente encravadas no paganismo e catolicismo. Poucas
pessoas compreendem a origem do movimento evanglico.
Eles, com freqncia, vem-no como uma extenso da Grande
Reforma do sculo XVI. Mas no assim. Muitas vezes ns ouvi-
mos dentro de nossa Igreja chamados a voltar para a mensagem
da Reforma, esquecendo que a verdade:
Pois o que a lei no poderia fazer, naquilo que ela era fraca atra-
vs da carne, Deus, enviando Seu prprio Filho na se-melhana
de carne pecamionosa e pelo pecado, condenou o pecado na
carne. (Romanos 8: 3).
Captulo 7
ECUMENISMO
N
s c rescemos em uma poca de polaridade
Crist. Havia ainda uma forte demarcao entre pro
testantismo e catolicismo e entre protestantes mais
fundamentalistas e aqueles de princpios mais liberais. Mas rapi-
damente as fronteiras esto se tornando indistintas. Embora no
apoiemos muitas das retricas polmicas das geraes passadas,
no entanto, apoiamos com vigor a diferenciao Escriturstica e
do Esprito de Profecia entre a verdade e o erro.
Vivemos hoje em um clima diferente. Quando ramos jovens,
o Papa Pio XII governava tanto o Vaticano como a Igreja Catlica.
Era um homem inteligente, porm era um homem facilmente
suspeitvel. Mesmo entre os catlicos, havia desconana con-
sidervel. Era suspeito, no sem razo, de grande simpatia para
com a causa nazista de Adolf Hitler. Na verdade, esta suspeita
ganhou considervel crdito pelo fato de ter sido ele, antes de se
tornar Papa, nncio papal na Alemanha.
Possivelmente, mais do que qualquer outra coisa, compreen-
damos a hostilidade de muitos para com a Igreja Catlica, por
convivermos com nosso av, John Bailey. Apesar de ter nascido
na Austrlia, seus pais eram da Irlanda do Norte. Nossos bisavs,
Bailey e Anne Bailey, morreram antes de nascermos. Mas de
nosso av, reconhecamos que sua mais forte religio era o an-
ticatolicismo, por que esta era a propenso de nosso av. Como
um Orangeman ele tinha todo o fanatismo emocional incontido
que hoje vemos no conito na Irlanda do Norte. Um Orangeman
um membro da Casa de Orange, uma organizao extremista
anticatlica, originria da Irlanda. Este nome vem de Guilherme de
Orange, um rei protestante que reinou como Guilherme III, desti-
tuindo seu sogro, o Rei Tiago II, o ltimo rei catlico da Inglaterra.
A Rocha (The Rock), um jornal escrito com fortes elementos
anticatlicos na Austrlia, foi talvez a publicao favorita de nosso
48
ECUMENISMO 49
Captulo 8
PLURALISMO
D
icilmente poder-se-ia dizer que a Igreja Adventista
do Stimo Dia comeou com uma viso ecltica da
verdade. Quando os pioneiros da igreja estudaram a
palavra, oraram e receberam a revelao divina; a certeza da F
do Advento e a distintividade de sua mensagem tornaram-se
a marca registrada da intrepidez com a qual tal mensagem era
proclamada. Esses pioneiros no viram espao para vises diver-
gentes sobre qualquer um dos grandes pilares da f.
verdade que freqentemente Ellen White e outros advertiram
contra se causar grande diviso em reas de estudo que no fossem
verdades probantes, mas com relao aos pilares fundamentais
da f, incluindo aquelas doutrinas amplamente distintas para a
Igreja Adventista do Stimo Dia, eles recusaram fazer concesses
ou permitir desvios dessas verdades. Eles reconheceram que Cristo
a verdade; que Ele Aquele que no muda e eles no viram
nenhuma razo para incerteza ou interpretaes opcionais. No
havia espao para vises divergentes com relao s doutrinas
do Sbado, da mensagem do santurio, da lei de Deus, do estado
dos mortos, do juzo, da Segunda Vinda de Cristo, da natureza
humana de Cristo ou a perfeio do carter cristo, e outros
assuntos claramente fundamentados nas Escrituras.
No clima de ceticismo do sculo vinte, alimentado pelos con-
ceitos loscos da investigao cientca, no mais popular
manter pontos de vista rmes e inequvocos. Considera-se ser
arbitrrio e de mente estreita quem assim pensa. O mtodo
cientco no permite elementos absolutos, provas nais ou
verdades. Baseados no fato de que no podemos provar hip-
teses e teorias mas apenas invalid-las, esta mesma noo tem
sido aplicada Palavra de Deus. totalmente inaceitvel que
uma metodologia to arbi-trariamente denida, fosse imposta
igreja Adventista do Stimo Dia, com relao s suas doutrinas,
58
PLURALISMO 59
Captulo 9
RELATIVISMO
A
s incurses do pluralismo abriram a porta para seu
companheiro no erro: o relativismo. Para muitos
Adventistas do Stimo Dia, o absoluto est to efetiva-
mente desgastado que quase impossvel para eles pensarem
em outros termos, que no o relativo. Como tantos outros erros,
o relativismo tem elementos esseciais de verdade. verdade
que a mensagem a ser apresentada ao mundo deve ser uma
mensagem que seja relevante s necessidades contemporne-
as. Mas ns, como Adventistas do Stimo Dia, no temos que
conjecturar sobre o contedo da mensagem apropriada para
hoje, pois ela est, com clareza, delineada para ns nas pala-
vras da inspirao. Como declarado antes, a mensagem nal a
ir para toda nao e tribo e lngua e povo a mensagem dos
trs anjos de Apocalipse 14: 6-12, reforada pelo Alto Clamor
de Apocalipse 18: 1-5.
Tem estado cada vez mais em moda pregar o claro testemunho
da Inspirao em um sentido comparativo, ou relativo. O concei-
to de relativismo est profundamente embutido nas questes
de tica Situacional. O conceito de tica situacional declara que
a situao o rbitro de direito e verdade, portanto, no h
leis universais, nem princpios a aplicar a todas as pessoas em
todas as circunstncias. Nas dcadas de 1950 e 1960, a losoa
da tica situacional ganhou um tremendo impulso. De certo
a tica situacional tem sido uma losoa por muitos anos e,
tragicamente, atravs da histria, a maioria das pessoas tem
respondido de acordo com as circunstncias, mais do que com
a Universal Lei de Deus.
A controvrsia da tica situacional atingiu um pico no to divul-
gado debate entre o Prof. Joseph Fletcher, ento professor visi-
67
68 GUARDIES DA F
tante de tica Mdica da Universidade de Virgnia e o professor
da Escola Teolgica Episcopal liada da Universidade de Harvard
de um lado, e do outro, o Doutor John Warwick Montgomery,
ento presidente da Diviso de Histria da Igreja, e professor de
Histria do Pensamento Cristo na Escola de Teologia Evang-
lica Trindade, em Illinois. O debate aconteceu na Universidade
Estadual de San Diego, em 11 de fevereiro de 1971. Durante o
debate, o Prof. Fletcher fez algumas declaraes como:
Captulo 10
EXISTENCIALISMO
A
ssim como o relativismo provm do pluralismo,
assim tambm o existencialismo est, de forma in-
trnseca, envolvido no relativismo. geralmente sugerido
que o lsofo e telogo dinamarqus Soren Kierkegaard foi o
formulador do existencialismo moderno, na primeira parte do
sculo XIX. Esta revolucionria gura da histria protestante
fez mais do que afetar o pensamento de muitos Cristos de
hoje. A preocupao de Kierkegaard com o significado do
subjetivo tem levado a uma crescente nfase sobre a primazia
da pessoa na determinao de moralidade e verdade. Alguns
tm sugerido que o existencialismoCristoabrange os nobres
conceitos de relacionamento pessoal com Deus. Enquanto esta
idia algumas vezes expressa, a principal linha propulsora do
existencialismoCristoest longe das reivindicaes da eterna
Lei de Deus sobre a vida humana.
Por incontveis geraes, a Cristandade manteve-se unida
imutabilidade da Lei de Deus como a base de verdade e mora-
lidade. Assim, certo e errado eram com clareza denidos e os
parmetros de comportamento aceitvel eram desde cedo ensi-
nados na vida das pessoas. No sculo XIX, entretanto, houve uma
mudana marcante em direo oposta crena nos imutveis
princpios de Deus, para uma conana nos costumes sociais.To-
davia, mesmo neste nvel de comportamento, havia a tendncia
da sociedade em permanecer razoavelmente bem ntegra e da
moralidade, semelhante quela enunciada na Palavra de Deus,
ser conservada. Mas a semente do desprezo para com a Grande
Lei Moral de Deus foi lanada. Desta forma, na ltima parte do
sculo XX, os costumes dominantes tm sido os existenciais, nos
quais a pessoa se torna seu prprio aferidor de certo e errado,
de verdade e erro. Em tempos mais recentes, esses conceitos
76
EXISTENCIALISMO 77
Cristosenfrentamumapressoconstanteparadesgastaraverdade
e padres, tudo em nome da liberdade pessoal e acadmica. Tais
esforos ignoram a declarao de Cristo de que:
Captulo 11
HUMANISMO
O
movimento humanista, com suas razes na Grcia
e na filosofia pag primitiva, encontrou seu
reavivamento no sculo VI e teve seu mais recente
ressurgimento no sculo XX. Ningum pode negar que o hu-
manismo, visto de forma supercial, sustenta objetivos nobres e
atrativos. Ele est por baixo de muitos movimentos na sociedade
que procuram preservar a dignidade do homem e proteg-lo
contra os abusos das foras tirnicas. No podemos discordar
desses objetivos. Ele tem tido implicaes no movimento ope-
rrio, no movimento dos direitos civis, no movimento dos direi-
tos de igualdade, no movimento da anistia internacional e em
muitos outros movimentos que tiveram, no mnimo em parte,
objetivos louvveis e alcanaram muitos objetivos dignos.
De muitas formas o humanismo tem sido uma reao contra
aqueles conceitos das geraes anteriores onde milhes de
indivduos oprimidos tinham sido forados a abandonar o valor
da vida aqui, e agora olhar apenas para a vida eterna como uma
resposta sua pobreza, misria, opresso e perseguio. No
entanto, o humanismo, oscilando para o outro extremo, ignora
a causa principal da eternidade e afere o homem por si mesmo.
Ao fazer isso ele substitui um mal por outro. Ele tem sido o pre-
cursor das idias evolutivas defendendo que o homem possui
a capacidade de erguer-se do poo da mais objeta desgraa
para uma posio elevada onde o amor, a unidade e a harmo-
nia reinem. O humanismo d falsa esperana ao proclamar a
viso de que o homem capaz de eliminar toda as injustias e
iniquidades que vemos hoje no mundo. irnico perceber que
os gregos, que propuseram esta altssima viso do homem, ao
mesmo tempo mantinham uma sociedade erguida sobre a mais
opressiva escravido.
O humanismo com freqncia associado com idias socia-
83
84 GUARDIES DA F
listas e conceitos da dialtica materialstica que, esperava-se de
alguma forma, transformariam o mundo e inaugurariam uma
nova era na qual a paz, segurana, harmonia, boa vontade, amor
e fraternidade humana reinariam sem disputas e sem desaos
dentro do mundo.
O humanista v a educao como seu principal instrumento
e portanto, com grande vigor, essas idias tm sido inltradas
nas mentes dos homens. O trgico que a esperana por eles
criada uma falsa esperana, porque o corao do homem
a sua prpria degenerao, o seu egosmo prprio que, fora
do poder de Cristo, jamais permitir que esses objetivos sejam
alcanados.
fundamental para o humanismo a losoa pag grega da
bondade inata do homem, idia pela qual Scrates estava dis-
posto a morrer. Scrates popularizou o ditado: Saber fazer,
acreditando que atravs da educao ns podemos alcanar a
plenitude da bondade inerente ao homem. Atravs das geraes
mundiais esta falsa viso tem sido com freqncia ressuscitada.
Jean Jacques Rousseau, o renomado lsofo francs do sculo
XVIII deu grande impulso ao movimento humanista atravs de
seu romance Emlio, no qual defende a idia de que apenas um
ambiente favorvel permitiria que a bondade que h no homem
se desenvolva. Presenciamos o mesmo impulso humanista no
movimento educacional universal do ltimo sculo XIX onde
predizia-se com conana que atravs da educao poderamos
resolver todos os principais males sociais tais como pobreza,
crime e doenas mentais. Na verdade, houve alguns que, de for-
ma ousada, proclamaram que a educao nos permitiria fechar
nossas prises, nossos asilos e nossos hospitais psiquitricos.
Nos encontramos, ao nal do sculo XX, muito mais cientes
destas questes. Na verdade temos visto a escalada do crime e
das doenas mentais, at mesmo nos pases do primeiro mundo,
e a pobreza tem sido tudo, menos eliminada. Tampouco temos
sido capazes de eliminar as injustias no mundo. De fato, no
apenas temos assistido ao terrvel holocausto judeu da Segunda
Guerra Mundial, mas tambm terrvel carnicina de vidas em
lugares como Camboja, Ir e Uganda. Apesar disso, o otimismo
HUMANISMO 85
Captulo 12
SECULARISMO
U
m dos mais comoventes apelos de Paulo encontra-
se nas seguintes palavras:
Captulo 13
HEDONISMO
N
s dois lembramos a primeira vez em que uma pro-
duo hollywoodiana foi apresentada em nossa
igreja. To viva nossa recordao que podemos lem-
brar em amplos detalhes o enredo do lme. Isso foi logo aps a
Segunda Guerra ter terminado e, pelos padres atuais, o tema
e a representao do lme no levantariam srias questes.
Uma comporta entretanto fora aberta. Ns bem lembramos
uma breve cena onde acontecia um beijo, na qual a imagem foi
bloqueada pelo projecionista. Ns tambm lembramos do mes-
mo pondo sua mo sobre o comeo do lme a m de que no
pudssemos ver a aparentemente bem conhecida companhia
de Hollywood que sem dvida o havia produzido.
Hoje, em muitas igrejas e instituies, tais lmes, e outros de mui-
to menos mritos tm se tornado rotina de entretenimento para
nossas crianas e jovens, bem como para adultos. Colin lembra
que alguns anos atrs ele se assustou ao ver que um programa
de entretenimento de sbado noite para a Igreja Adventista de
uma grande cidade da Austrlia, incluiu cantores de televiso,
cantores country e ocidentais, lmes e outros itens similares.
Ao protestar com os lderes da conferncia, ele foi informado
de que se tal entretenimento no fosse oferecido para nosso
povo jovem, eles, em lugar disso, freqentariam os cinemas e
discotecas da cidade. A questo de Colin foi: Na verdade, no
somos ns que estamos de fato desenvolvendo um gosto por
esse entretenimento mundano nas mentes de nossos jovens?
Toda histria de busca pelo prazer tem suas razes no paganismo.
Tal busca, com certeza, remonta-se ao conceito dos sostas gre-
gos, os quais viram um certo m na busca do prazer como uma
forma de vida desejvel. Nas prprias crenas fundamentais do
estilo de vida americano est encravada a busca da felicidade.
100
HEDONISMO 101
Captulo 14
MATERIALISMO
C
olin dirigiu as reunies matinais no encontro de
obreiros de uma grande Associao. Numa manh ele
falou sobre o desao de apressarmos a vinda de Jesus. Ele
salientou que foi o servo mau que disse: meu Senhor tarda a
voltar. (Mateus 24:48). Ento ele lanou um desao aos ministros
e suas esposas para fazerem tudo o que pudessem para apressar
a vinda dO Senhor e para tornar esse o tema central de seus
ministrios em suas igrejas. Aps o caf da manh, um ministro
de cabelos brancos, no contendo as lgrimas, conversou com
Colin; disse ele: Por muitos anos eu pensei que eu nada tinha a
ver com o retorno de Jesus e, portanto, eu tinha estado apenas
gastando o tempo, esperando pelo descanso da aposentadoria.
Colin se sentiu graticado quando esse idoso pastor disse que,
durante aquela manh, ele fez uma entrega aO Senhor pela
qual, por todo o tempo que O Senhor lhe disse, faria tudo o que
pudesse para apressar o retorno de Jesus.
Parece ser essa a situao que ocorre com muitos ministros.
Aqueles ministros que no se sentem preenchidos com seus
ministrios, com freqncia, mal podem esperar pelo tempo de
sua aposentadoria. Infelizmente, ao invs de terem a viso de
que o ministrio um chamado para toda a vida, sem aposen-
tadoria real, eles sentem um alvio quando alcanam quarenta
anos de servio. Muitos ansiam tanto por aposentadoria, que
podem reajustarem-se a atividades na maioria das vezes no
relacionadas com seu chamado ministerial. Mesmo alguns tiram
aposentadoria precoce por causa de desiluso.
Devemos ser gratos porque os apstolos e os primeiros pioneiros
da Igreja Adventista do Stimo Dia no tinham tais conceitos.
Seu chamado ao ministrio era o propsito motivador de suas
vidas inteiras. Admiramos grandemente os muitos ministros que
107
108 GUARDIES DA F
conhecemos em nossa juventude. Lembramos de um ministro
que se levantou e construiu trs novas igrejas, aps sua assim
chamada aposentadoria. Lembramos de outro que dedicou toda
a sua aposentadoria ministerial ao ensino espiritual de crianas,
j no meio dos seus oitenta anos de idade. Ele tomou, como
sua responsabilidade especial, as crianas de imigrantes vindos
para a Austrlia. Estava claro que o ministrio no era apenas
uma carreira para esses homens, mas um chamado para toda a
vida. Eles tinham uma viso da vinda dO Senhor e zeram tudo
o que puderam para apressar esse dia. Esses homens nunca
desvalorizaram o seu ministrio rebaixando-o a uma prosso.
Para eles, era nada menos que o chamado dO nico Onipotente
ao insupervel privilgio de uma vida inteira de servio a Ele.
No h dvidas de que, em muitas maneiras, houve uma mu-
dana no ministrio da Igreja Adventista do Stimo Dia. Sugeri-
ramos, a todos os ministros, que lessem de novo Evangelismo,
pgs. 694-697. Tem se tornado muito comum ministros negarem
que seu ministrio tem algo a ver com a vinda de Jesus. ar-
mado que Cristo tem um tempo determinado quando Ele vir,
apesar de no haver nenhuma palavra da inspirao que apie
essa armao. verdade que foi profetizado o tempo quando
comearia o julgamento (1844), mas nehum tempo foi determi-
nado para quando esse julgamento dar. De fato, temos sido
informados de que:
Captulo 15
PENTECOSTALISMO
A
promessa do derramamento dO Esprito Santo uma
realidade maravilhosa e muito ansiada por todos que
anelam o retorno de Jesus.
Atos 5: 32.
Captulo 16
CLERICALISMO
U
m fenmeno inquietante est tomando conta da
Igreja Adventista do Stimo Dia. De um lado
vemos em muitas congregaes uma tendncia cres-
cente para o congregacionismo, e do outro, vemos sinais de
um domnio hierrquico funesto. Talvez ambas sejam interde-
pendentes.
Quanto mais as congregaes procuram aumentar sua
independncia, mais os lderes da Igreja, perplexos, buscam
impor restries cada vez maiores sobre os membros da Igreja
e sobre as congregaes individuais. Isto por sua vez faz com
que algumas igrejas mostrem uma maior independncia da
Associao. o proverbial problema de quem veio primeiro, o
ovo ou a galinha. A tendncia para um congregacionismo cada
vez maior pode ser vista no nmero de pregadores adventis-
tas indepen-dentes que so cada vez mais convidados pelas
igrejas (muitos desses ministros tm se levantado por causa da
evidente negligncia da maioria de ns pastores em manter-
mos os padres adventistas e pregarmos nossas mensagens
distintivas. Essa tendncia tem se popularizado medida que
ministros e crentes independentes procuram ouvir mensagens
mais desaadoras). Isto pode ser melhor visto no fato de que
agora, mesmo em igrejas relativamente pequenas, se tornou
comum para os lderes das Associaes nos EUA consultarem
extensivamente os lderes das con-gregaes sobre a escolha
dos pastores para suas igrejas.
A tendncia dominao hierrquica evidente em muitas
esferas. Devido ao crescimento no nmero de pastores adven-
tistas do stimo dia independentes pregando nos plpitos, tem
acontecido uma tendncia tambm crescente, por parte da
Associao, na tentativa de contro-lar a situao. Desta forma
123
124 GUARDIES DA F
cada vez mais as associaes esto formulando uma legislao
exigindo que ningum pregue dentro das igrejas sem a apro-
vao da Misso. Isto pode ser percebido tambm no aumento
etarrecedor do ativismo poltico nas eleies em todos os nveis,
desde a igreja local at Conferncia Geral. Esta questo com
freqncia envolve controle e manipulao.
Alguns lderes de igreja erroneamente acham que os mi-
nistros independentes so um desao Igreja organi-zada
ocialmente. Isto uma insegurana desnecessria por parte
desse lderes, muitos dos quais imaginam que vastas somas
de dinheiro so desviadas dos cofres da Associao por esses
pregadores. Quando a Conferncia Bblica do Hartland foi reali-
zada na Holanda, em 1986, grandes rumores foram espalhados
de que a equipe de pregadores reuniu 800.000 guilders ($US
400.000). A verdade foi que eles arrecadaram pouco mais de
1.000 guilders ($US 500) da venda de livros, no recebendo
quaisquer outras verbas.
Na verdade a maioria dos pregadores itinerantes fortalecem
a conana do povo de Deus e muito se esforam por encorajar
a mordomia desses crentes. Apesar disso, muitos lderes da
Associao esto atualmente inclinados a elaborar planos para
bloquear esses ministros. Extrapolam as responsabilidades de
suas ordenaes ao tentar impor suas vontades sobre as con-
gregaes, a quem pertence o direito de escolherem aqueles
que devem minis-trar as suas prprias necessidades espirituais.
Nenhum membro da Associao deveria usurpar esse direito.
Ao invs disso deveriam nossos lderes examinar as razes
que fazem com que muitos do nosso povo desejem ouvir a
Palavra de Deus direta, clara, sem mistura de dvidas. Talvez
o correspondente religioso da Newsweek tenha dado uma
orientao sobre este assunto quando, ao falar de outras igrejas
protestantes, declarou: Os sermes de domingo sobrevivem
claro, mas como breves homilias para o desatento, celebradas
por pregadores ansiosos por agradar(Newsweek, 20 de outubro
de 1986). possvel que algumas pregaes em nossas igrejas
alcancem apenas esse nvel? Seria esta a razo pela qual almas
sinceras anseiam ouvir o alimento da palavra? Ousaria qualquer
CLERICALISMO 125
Captulo 17
FUTURISMO
A
igreja Catlica Romana encontrava-se em um dilema.
A Reforma Protestante estava varrendo tudo sua
frente na esfera europia. O ministrio de Lutero, Calvino,
Zuinglio, Knox e outros tinham levado confuso e at mesmo
pnico s leiras da Igreja Catlica, o que levou ao Concilio de
Trento (1545-1563). A preocupao mais sria dos bispos da
Igreja Catlica era redenir a doutrina e estabelecer meios de
combater a Reforma Protestante. Um dos golpes mais ecazes
inigidos Igreja Catlica pelos reformadores protestantes era
a sua identicao precisa como o chifre pequeno, a besta, o
anticristo, o homem do pecado, a mulher vestida de escarlate,
a me das prostitutas e outros sinnimos bblicos. Essas acusa-
es trouxeram grande suspeita e desconana Igreja Catlica
Romana.
Um pouco antes do Concilio deTrento, Roma instituiu o que com
freqncia tem sido chamado pela histria de Contra-Reforma ou
Reforma Catlica. Incio de Loyola, o sacerdote e aventureiro es-
panhol, iniciou uma nova ordem conhecida como A Companhia
de Jesus ou, mais comumente, Os Jesutas. Rapidamente eles se
tornaram uma corporao de elite dentro da Igreja Catlica e foi
a eles que a igreja recorreu a m de conseguir meios para desviar
o ataque dos protestantes ao catolicismo. Finalmente, dois dos
mais notveis membros da ordem, Luis de Alcazar e Francisco
Ribera, propuseram solues. Luis de Alcazar, seguindo algu-
mas das antigas tradies dos macabeus, sugeriu que o ento
desconhecido rei selucida, Antoco IV (Epifnio IV), que havia
profanado o santurio de Jerusalm durante o segundo sculo
antes de Cristo, correspondia descrio do chifre pequeno de
Daniel 7 e 8. O fato de a abominao da desolao associada ao
chifre pequeno ser tambm mencionada no futuro por Cristo,
em Mateus 24:15, no pareceu preocupar a Igreja Catlica. Nem
138
FUTURISMO 139
Captulo 18
INSTITUCIONALISMO
O
s seis grandes recursos da igreja necessitam traba-
lhar em harmonia para o trmino da obra de Deus.
plano de Deus que a obra mdica d as mos obra
evangelstica. Que os leigos dem mos ao ministrio, e que a
obra de sustento prprio d as mos obra denominacional. Esta
harmonia no ser alcanada por um dominando o outro, porm
quando, em conana mtua, cada um der as mos um ao outro
para a arrancada nal da mensagem de Deus ao mundo.
Somos privilegiados por termos sido indicados para posies
de confiana na obra organizada da igreja de Deus. Ambos
temos tambm aceitado responsabilidades em instituies de
sustento prprio. Ambas as formas de ministrio, acreditamos,
foram ordenadas por Deus. Todo o nosso servio denominacional
tem sido institucional. Nossos prprios anos de servio tipicam
a obra de outros que procuraram trabalhar para Deus. Ns dois
ensinamos em escolas primrias e denominacionais por trs anos
(1952-1954).Aps uma dcada de formao, Colin foi indicado
para chefe do Departamento de Educao na Universidade de
Avondale, Austrlia, em 1965, e ocupou aquele posto ate a sua
indicao para Deo acadmico na Universidade West Indies,
Jamaica, em 1970. Ele foi nomeado presidente desta Universi-
dade denominacional seis meses depois. Em 1973 Colin aceitou
o cargo de chefe do Departamento de Psicologia da Universi-
dade Columbia Union, Washington DC. Seis meses aps aceitar
aquela responsabilidade, ele foi indicado para Deo acadmico
daquela instituio e dois meses mais tarde aceitou o cargo de
Presidente daquela Universidade.
Desde 1978, Colin tem trabalhado em instituies de sus-
tento prprio, primeiro como o Deo fundador da Universidade
no Instituto Weimar na Califrnia e, desde 1983, como funda-
dor Presidente do Instituto Hartland de Sade e Educao na
144
INSTITUCIONALISMO 145
Virgnia.
Russell tambm gastou uma dcada em Educao Universit-
ria. Em 1966 foi indicado para o corpo de funcionrio do Centro
Denominacional de Sade e Hospital Warburton, Vitoria (Aus-
trlia). De l, em 1967 aceitou um cargo semelhante no Hospital
Adventista Penang na Malsia, assumindo depois a funo de
chefe do corpo de funcionrios. Em 1974, Russel foi transferido
para o Hospital Adventista de Sydnei, Austrlia, mas aps um
ano de servio deixou o emprego denominacional por trs
anos para mudar-se para Melbourne devido a morte de nossa
me. Em 1978, Russell retornou ao oriente para servir no Hos-
pital Adventista de Bangkok, Tailndia, onde em um ano ele foi
indicado presidente, um cargo que manteve at 1984, quando
prestou mais de dois anos de servio no centro mdico Enton
em Surrey na Inglaterra. Este ltimo centro mdico era uma
instituio de sustento prprio, testemunhando aos cidados
daquele grande pas.Russell voltou a servio denominacional
quando foi indicado para presidente do Hospital Adventista
Penang na Malsia em 1986.
Essa experincia nos levou a apreciar os valores de ambos os
ministrios, denominacional e de sustento prprio. Enquanto
no Instituto Weimar, a Misso Califrnia Norte expediu suas
credenciais, e no instituto Hartland suas credenciais foram
expedidas pela Misso Potomac. Durante o perodo de servio
de Russell na obra de sustento prprio suas credenciais foram
expedidas pela Unio Britnica. Cada um recebeu crdito de
servio denominacional por todos os anos de servio na obra
de sustento prprio.
Muitos esto desavisados desta proximidade de cooperao
entre o servio denominacional e a obra de sustento prprio e
de algum modo vem estes dois braos de trabalho da igreja
em competio ao invs de em cooperao. Isso uma falsa
avaliao. O Instituto Hartland e equipe formam uma valorosa
membresia de oito igrejas dentro da Misso Potomac Amicus,
Charlottesville, Culpepper, Fredericksburg, Hyattsville, Orange,
Pennel e Warrenton. O ancio Taylor IV do Departamento Bblico
da Universidade Hartland pastoreia a igreja de Warrenton na
Misso Potomac. Seminrios de Daniel e Apocalipse, estudos
bblicos e seminrios de sade so conduzidos pela equipe e
146 GUARDIES DA F
estudantes em conjunto com a congregao Adventista do S-
timo Dia, pastores e o corpo de alunos universitrios tem dado
uma contribuio muito efetiva para os alunos de literatura
evangelstica ministerial da Unio Columbia.
As Conferncias Bblicas Hartland (formalmente conhecidas
como Conferncia Firme Fundamento) proporcionol tremen-
dos encontros de reavivamento com base bblica para igrejas
to distantes uma da outra como: Hendersonville, Carolina do
Norte, Sacramento, Califrnia, Apson, Tennessee, Roma, Itlia,
Coventry, Inglaterra e Bankstown (Sydney) Austrlia. Muitas
livrarias adventistas contm as obras crists publicadas pelas
publicaes Hartland.
Esta a cooperao que Deus tem ordenado. Contudo ca-
mos assustados quando ouvimos algum na obra de sustento
prprio dizer que Deus s pode trabalhar atravs desse brao
de Sua obra, e outros, em empreendimentos denominacionais
expressarem a opinio de que as obras de sustento prprio
so um reduto para o fanatismo e atividades desse tipo. evi-
dente que h, em ambas as instituies, denominacional e de
sustento prprio, exemplos de erros facilmente identicados e
at mesmo ampliados.
Mas um princpio das bnos de Deus nunca deve ser esque-
cido: Suas bnos repousam somente sobre aqueles que diligen-
temente seguem Sua vontade. Neste princpio no h nenhuma
condio relacionada com as administraes denominacional
ou de sustento prprio. Temos testemu-nhado os milagres de
Deus operando em ambas as esferas de Sua obra.
Russell presenciou o milagre da graa de Deus na restaura-
o do Hospital Adventista de Bangkok ao seu lugar de direito,
quando a verdadeira observncia do sbado foi restaurada nessa
instituio. (Veja o livro Teeming Fields escrito por Russell que
em breve ser editado pelas Publicaes Hartland para uma
mais completa compreenso da incrvel histria desse hospital
missionrio) Colin pode testicar de muitos milagres de Deus
no Hartland Institute (Veja The Hartland Story escrito por Colin
tambm em breve editado pelas Publicaes Hartland)
Da mesma forma se nos apartarmos do paradigma de Deus
ento Ele, que no faz acepo de pessoas ou instituies, no
pode derramar Suas bnos sobre nosso trabalho quer seja a
INSTITUCIONALISMO 147
Convm que cada alma cuja vida esteja escondida com Cristo
em Deus venha frente de batalha agora e peleje pela f que
uma vez foi entregue aos santos. A verdade deve ser defendida
e o Reino de Deus adiantado como se eles pudessem ser Cristo
em pessoa sobre essa terra. (Relatrio da Unio do Pacco de
17 de dezembro de 1903).
Captulo 19
SEPARACIONISMO
U
ma alarmante tendncia, crescendo a passos rpi-
dos, o movimento no sentido de separar-se
da Igreja Adventista do Stimo Dia. Esse movimento no
novo. Ns o vimos no passado, com muitas manifestaes ao
redor do mundo. Quase que de forma inevitvel essas mani-
festaes tm tido considervel mrito e verdade e, em alguns
casos tais como a reforma europia, no h dvidas de que
como igreja ns dividimos considervel culpa pelos eventos na
Europa que levaram formao da Igreja Adventista do Stimo
Dia da Reforma.
Os ltimos dias sero excessivamente confusos, onde todo vento
de doutrina soprar dentro da Igreja. Ns estamos convencidos
de que satans tem seus enganos para aqueles que so de uma
inclinao liberal de pensamento e at mesmo enganos mais
suts para aqueles cuja tendncia apoiar as verdades bsicas da
f Adventista do Stimo Dia. De fato, satans precisa de enganos
muito mais fortes para esse ltimo grupo porque aqueles que
tem pisoteado a ps a pureza da verdade de Deus, j esto em
seus braos.
O corrente movimento separacionista tem surgido da frustrao
e profundo alarme devido a propagao da apostasia dentro da
Igreja Adventista do Stimo Dia e a deplorvel derrubada dos
altos, puros e santos padres que Deus tem sustentado para Seu
povo. As perguntas so com freqncia feitas: Pode essa de fato
ser a igreja de Deus? Est a igreja pronta para ser restaurada a
uma posio pela qual Deus possa us-la para a nalizao de
Sua obra? Ns devemos com franqueza admitir que, se no fosse
pela clara palavra da inspirao, ns consideraramos seriamente
os mritos do movimento separacio-nista. Mas ns acreditamos
158
SEPARACIONISMO 159
Captulo 20
PATERNALISMO
U
ma multido de armadilhas tm sido preparada para
seduzir o povo de Deus e afast-lo assim da tarefa,
Divinamente ordenada, de concluso da proclamao
das trs mensagens anglicas. Como ministros e lderes de
igreja, estamos em uma posio capaz de inuenciar o povo a
seguir o plano Divino. Porm, muito freqentemente, baseamos
nossos julgamentos sobre princpios seculares ou sobre princpios
totalmente destruidores do plano de Deus e de Seus propsitos.
Temos sido levados em direo ao paternalismo. Quando falha-
mos em manter a separao entre igreja e estado, ordenada por
Deus, o estado sempre assume uma forma de paternalismo que
conduz a um controle fatal.
Ilustramosesseperigoemnossomeiomencionandoaalarmante
eroso das doutrinas de separao de igreja e estado. Temos sido
advertidos.
nossa Igrejafossevistadeformaaceitvel.Admitiu-sequeaajudado
estado era oferecida apenas como um esforo para comprar apoio
poltico dos membros da Igreja Catlica Romana.
Tem-searmadoqueaIgrejaCatlicaRomanatemsidoaprimeira
em pressionar o governo a fazer doaes para assisti-los na obra
daIgreja. Isto inquestionavelmente verdadeiro e tem prova-
velmente ocasionado uma mudana de atitude por parte do
governo com relao s instituies religiosas. Se o governo,
por razes bem conhecidas por ele mesmo, decide curvar-se
a esta presso e fazer doaes Igreja Catlica Romana, isto
certamente no seria razo para que a Igreja Adventista do
Stimo Dia tambm no aceitasse dinheiro para sua Igreja.
(Australasian Record, 18 de novembro de 1968)
Estamosbemcnsciosdofatodeque,noprincpioda histriade
nossa misso, doaes do governo foram recebidas para paga-
mento dos salrios dos professores e o resultado nal disso, em
pouco tempo, foi o de termos em nossas prprias escolas indiv-
duos que no eram nem mesmo adventistas ensinando a Bblia.
Tal coisa jamais deveria tem sido permitida e com a salvaguarda
que temos escrito em nossas aes de comisso, essas coisas
no s mais no acontecero como no tero a possibilidade
de se repetir.
Bem,aimpossibilidadeserepetiu.Poucoapouco,asautoridades
da Igreja sentiram que podiam usar os fundos para despesas
operacionais. O primeiro passo foi usar esses fundos para dois
propsitos apenas: os salrios dos professores aposentados e
para a remoo de despesas com a transferncia de professores
de outras escolas. Mas no paramos a. Finalmente foi acordado
que os fundos governamentais poderiam ser usados para os sa-
lrios dos professores desde que a Associao tivesse dois anos
de salrios em reserva em caso de descontinuidade da ajuda go-
PATERNALISMO 169
Captulo 21
IMPERFECCIONISMO
O
uvimos hoje muitos ataques doutrina da perfeio,
especialmente vindos de pastores e lderes da Igreja
de Deus. difcil crer que entre ao Adventistas do Stimo
Dia pudesse existir tal descrena no grande chamado do evan-
gelho para a vitria sobre o pecado. lcito dizer que a grande
maioria dos ministros com quem temos conversado no crem
no poder de Cristo para conceder vitria sobre toda m ao
e palavra. Eles no crem no Deus todo poderoso mas em um
Deus to impotente como o foi Baal no Monte Carmelo. No
h dvidas de que no servimos todos ao mesmo Deus. Hoje
em dia, dentro da Igreja Adventista do Stimo Dia, h muitos
que esto servindo a um deus a quem eles clamam e que no
pode , ou no quer, ou no conceder vitria sobre o pecado.
Aqueles que crem no claro testemunho da Bblia e do Esprito
de Profecia so constantemente rotulados de perfeccionistas.
essencial conhecermos a diferena entre perfeio e perfec-
cionismo. H alguns anos atrs quando Colin foi entrevistado por
uma das estaes de rdio de nossa faculdade, o entrevistador,
um bem conhecido defensor da nova teologia e membro do
departamento de teologia da faculdade, perguntou-lhe por
que ele e seu irmo (Russell) aprovavam o perfeccionismo.
Colin apressou-se em mostrar que sob nenhuma circunstncia
ele acreditava no perfeccio-nismo como princpio de salvao.
Explicou que o perfeccionismo estava baseado sobre o conceito
de que as obras humanas operam mritos para a salvao. Ele
apressou-se tambm em mostrar que Deus prometeu perfeio
a cada um que depusesse sua vida sobre as mos de Cristo. Tal-
vez seja importante aqui compartilharmos algumas das grandes
palavras das Escrituras e da Inspirao:
Deusestnoschamandoparacrescermosnoconhecimento,na-
turezaeadmoestaodO Senhor. Esta perfeio no de homem
para que ningum se jactasse, porque se algum viesse a jac-
tar-se, por este prprio ato [de jactar-se], estaria imediatamente
cometendo pecado. A diferena entre os salvos e os perdidos
que os salvos crem que eles so indignos (Mateus 25: 35-40),
enquanto os perdidos crem que eles so dignos (Mateus 7:
21-23).
Existem muitos que tm-se afastado da doutrina Bblica da
perfeio porque temem eles que ela desviar seu foco de Jesus.
Colin, apspregarsobreo assuntodaperfeio,soubequeumadas
ouvintes havia dito:
Opregadornopodiaestarcertohojenoite,porqueseeufosse
perfeito no precisaria de uma Salvador.
Deus declarou:
Captulo 22
CRITICISMO
F
reqentemente confundimos o ministrio de repreenso
com o criticismo. Dificilmente cometemos o erro
contrrio, a no ser quando analisamos nossas prprias de-
claraes. Geralmente armamos que nossas cortantes crticas
so nobres repreenses. Como podemos distinguir essa duas
entidades to diferentes? Ao responder a esta pergunta, vem a
nossa mente naturalmente o exemplo de Jesus. Que todo pastor
releia o captulo 32 de Mateus. Aqui Cristo profere as mais seve-
ras repreenses registradas nas Escrituras. Sete vezes reprova
Ele os escribas e fariseus por sua hipocrisia. Por cinco vezes Ele
os acusa de serem cegos, e em duas dessas ocasies, de serem
loucos e cegos. Descreve esses falsos pastores como serpentes,
raa de vboras e sepulcros caiados. Poucos dos reformadores
dos dias atuais, talvez nenhum, ousariam lanar mo dessas
representaes, at mesmo com aqueles que abertamente tm
desenca-minhado o rebanho de Cristo.
Sem dvida aqueles que experimentaram o mpeto das repre-
enses de Cristo interpretaram-nas como crtica destrutiva. Na
verdade, to repugnante era essa mensagem queles a quem
ela era endereada, que a grande maioria voltou-se contra Jesus,
aprofundando sua resoluo de destru-Lo. Teramos ns como
pastores respondido de forma diferente? No entanto esta foi a
mais amorosa reprovao jamais dirigida aos pastores do reba-
nho. No foi este um longo discurso de crtica, mas uma splica
urgente, um ltimo convite aos homens que haviam aceitado
o chamado Divino, instando com eles para que retornassem ao
Divino chamado. Esta repreenso foi apresentada com a voz
cheia de lgrimas e o corao transbordante de amor. Com o
corao partido Cristo concluiu seu ministrio de repreenso
com estas palavras:
Captulo 23
FEMINISMO
E
stimulado pela revoluo sociolgica da era ps-
Segunda Guerra Mundial, o movimento feminista
quase destruiu o tradicional e importantssimo relaciona-
mento Bblico entre homens e mulheres. A vida do lar tem sido
atacada de tal forma que nossos jovens no mais demonstram
aqueles rmes padres de vida que uma vez os capacitaram
a atravessar o abismo entre os anos de aprendizagem da in-
fncia e os produtivos anos da idade adulta. A troca de papis
entre homens e mulheres tem tambm gerado tenses sobre
os casamentos. Em pocas anteriores esse tipo de tenso era
praticamente desconhecido.
Desde que os Estados Unidos existem, o movimento de libe-
rao feminina no coisa nova, pois j na dcada de 1860 um
dos mais explosivos movimentos de direito das mulheres varreu a
nao. No entanto ele no alcanou o nvel do movimento atual, e
na ltima parte daquele sculo j havia praticamente desaparecido.
No negamos as questes vlidas que inspiraram o movimento
de liberao da mulher. Dentre esses incluem-se a disparidade de
salrios, discriminao no mercado de trabalho e o abuso contra as
mulheres. Mas no movimento feminino identicamos muita coisa
que contraproducente e at mesmo autodestruidor dos prprios
objetivos que o movimento busca atingir.
Crescemos em um ambiente onde jamais entrara em nossas
cabeas a idia de que as mulheres devessem ser inferiores aos
homens. Tnhamos quase 15 anos quando nossa irm nasceu
e, provavelmente como resultado desse fato, desenvolveu-se
para ns toda uma atmosfera de mistrio em torno da mulher.
Se nossa atitude devesse ser considerada em falta seria devido
ao fato de que, em nossa viso, as mulheres eram em muito
superior aos homens. Fomos ensinados por nossa me a tratar
as garotas com respeito e cortesia que as punha parte e acima
dos homens. Hoje vemos muito pouco disso, e vemos que h
187
188 GUARDIES DA F
mais abuso das esposas, mais desrespeito com a mulher e uma
confuso maior da posio da mulher na sociedade.
Colin, como psiclogo e educador, e Russell como mdi-
co, tm com freqncia observado os resultados trgicos da
confuso de papis. No temos a menor dvida de que isto
tem contribudo para a alta incidncia de estilos de vida mar-
cados pelo homossexualismo e lesbianismo, uma vez que as
crianas e jovens no mais vem modelos de masculinidade
e feminilidade nos mais velhos. Quando ouvimos sobre o se-
nhor-Mame, onde o pai ca em casa para cuidar dos lhos
enquanto a me vai para o trabalho, no temos dvida quanto
confuso criada nas impressionveis mentes das crianas.
Areavaliaodareligioinstitucionalizadafeitapelasfeministase
pelasigrejas,sinagogasefreqentadoresde mesquitas inuen-
ciados por elas tem estado em andamento, em sua forma
atual, por 30 anos. (S. M. Herald, 27/09/1987).
Captulo 24
UNIVERSALISMO
197
198 GUARDIES DA F
A preocupao dos que apiam a inuncia moral legtima.
Eles do nfase defesa dO Carter de Deus como o ponto cen-
tral do grande conito. Entretanto, em assim fazendo, acentuam
o amor de Deus para cada vez mais exclurem Sua justia. Eles
reconhecem a Cristo como O Exemplo supremo do homem, po-
rm rechaam o conceito vicrio, pois consideram que o mesmo
representa a Deus como um ser sedento por sangue, requerendo
sacrifcio de sangue para aplacar Sua ira, da mesma maneira que
os pagos procuravam aplacar a ira de seus deuses.
O sacrifcio de Cristo, entretanto, no foi feito para acalmar um
deus irado. Antes, o sacrifcio de Cristo demonstrou o ilimitado
amor de Deus por uma criao rebelde. Nas leis universais de
Deus o pecado traz a inevitabilidade da morte eterna. Aps a
queda do homem, satans reivindicou o aprisionamento dos
homens no pecado e na morte. S a vida perfeita de Cristo e Sua
vitria sobre a morte deu ao homem a libertao do pecado e
da morte, o que no poderia ser alcanado por nenhum outro
meio.
Escritura.
Mas est escrito: oho no viu, nem ouvido ouviu, nem tam-
bm entrou no corao do homem, as coisas que Deus pre-
parou para aqueles que O amam. (I Corntios 2:9).
Pois desde o princpio do mundo homens no tm ouvido,
nem com os ouvidos percebido, nem visto com os olhos,
Deus, junto a Ti, o que Ele tem preparado para aqueles que
esperam por Ele. (Isaas 64:4).
Captulo 25
LIBERALISMO
E
nquanto estudvamos na Universidade de Sidney,
durante o fim dos anos 50, fomos pela primeira vez
confrontados com os conceitos de liberalismo. Tendo
crescido em um ambiente bem protegido de um devoto lar
Adventista e tendo, aps a quarta srie, frequentado apenas
uma escola e universidade Adventista do 7 Dia, ns camos
no pouco chocados pelos conceitos imorais que estavam sendo
expostos pelos membros da sociedade liberal. Nosso choque
no foi tanto pela imoralidade em si, pois j estvamos bem
cientes de sua existncia, mas pelo aberto escarnecimento e
proclamao dajustiade sua causa. At aquele momento, em
nossas vidas, achvamos que aqueles que estavam absorvidos
em tal comportamento seriam pelo menos sensveis o suciente
para permanecerem em silncio acerca dele.
Com certeza, nos ltimos 25 anos, uma revoluo tem ocor-
rido, a qual tem varrido quase toda aparncia de moralidade,
exceto pelos Cristos mais profundamente devotos. Em um
levantamento de 1987, do Jornal USA Today, foi descoberto que
apenas 6% das noivas abaixo de 25 anos eram noivas virgens;
entretanto 35% das mulheres acima de 40 anos casaram vir-
gens. (USA Today, 7 de agosto de 1987). Se mulheres acima dos
60 anos tivessem sido pesquisadas, a porcentagem teria sido
mais alta, e acima dos 80 anos de idade, muito mais alta ainda.
Tais revelaes teriam sido alarmantes h uma gerao atrs,
mas dicilmente causa sequer um levantar de sobrancelha na
permissiva sociedade de hoje.
Se a Igreja Adventista do Stimo Dia fosse marcadamente dife-
rente, que testemunho seria ela para o mundo! Mas, tristemente,
cada problema moral no mundo encontrado hoje na Igreja.
207
208 GUARDIES DA F
Desde sexo pr e extra-marital a masturbao, homos-sexu-
alismo, lesbianismo, incesto, bestialidade, divrcio e abrto.
Ns dois temos a dizer que, em muitas destas questes, temos
conhecimento, de primeira mo, dessas formas de imoralidade
no s na vida de membros da Igreja, mas tambm nas vidas
de um signicante nmero de homens chamados para serem
obreiros e pastores na Igreja.
No h dvidas de que satans est diringindo seus desespera-
dos ataques, em especial, aos membros da Igreja de Deus, mas
seus esforos so bem mais intensicados contra aqueles que
foram chamados para a liderana, sabendo muito bem que,
ao comprometer a bra moral de ministros e lderes, ter duas
grandes conseqncias:
1- Paralizar o ministro a m de que ele no possa pregar o
testemunho direto nem reprovar em amor todos aqueles que
tenham cado.
2- Desencorajar sua igreja e famlia quando o seu mau caminho
descoberto.
De alguma forma, com o declnio nos padres morais do mun-
do, parece que o povo de Deus se tornou satisfeito em ser um
pouco melhor do que o mundo. Que glorioso momento seria
este na Igreja de Deus se seus membros estivessem a permitir
aO Senhor possuir suas vidas por completo, a m de que Cristo
pudesse vesti-los com a justia de Sua pureza!
Em muitos pontos ns temos uma questo do ovo ou da gali-
nha. Foi a quebra dos padres morais na Igreja, que levou ao
repentino alcance dos conceitos da nova teologia de Agostinho,
ou foi o abraar esses erros satnicos, que levou quebra da
moralidade dentro da Igreja? Consideramos que tenha vindo
de ambas as formas, mas vemos que a mais profunda questo
que um maior segmento da Igreja deixa-se arrastar para lon-
ge da verdade dA Palavra que sustm a prpria existncia de
Seu povo. Em assim fazendo, temos nos separado da origem
dO Divino Poder. No pode haver nenhuma santicao sem
a verdade:
Aprossomdicatemtomadoumanobreposio.Asdesolaes
temsetornadotoaterrorizantes que, como guardies da vida
humana, eles so compelidos a assim fazerem e a sociedade
tem um dbito de gratido para com o Dr. H. R. Storer, de
Boston, em especial por seus poderosos argumentos, lcido
levantamento de fatos, investigaes pacientes e eloqentes
e sinceros protestos. Entre seus escritos sobre este assunto
[abrto], a pequena obra intituladaPor Que No? um livro
para todas as mulheres, e eu desejo que cada mulher possa
l-lo. Mas a prosso mdica no pode deter o mal, e eles
me dizem que precisam e devem ter a fora moral de boas
pessoas para se somarem a eles.
o:
Detestamos dizer isso mas, em uma decincia de zinco no
adolecente, o excitamento sexual e excessiva masturbao pode
precipitar a insanidade. (Carl Pfeier, Ph.D., M.D., Zinco e Outros
Micro-nutrientes, Keats Publishing, Inc. 1978, P.45).
Captulo 26
A
s palavras proferidas pelo profeta Isaias prendem nossa
ateno:
Glossrio - Guardies da F
As seguintes deni`ces nem sempre sero deni`ces popu-
lares, mas elas representam a maneira que cada termo usado
neste livro.