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UFSC
Pós Graduação em Eng. Elétrica
Redes de Comunicação para Controle e Automação
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ATM
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Evandro Cantú
Fred Paes
www.ProjetodeRedes.kit.net
ATM
Modelo de Referência RDSI - Banda Larga (B-ISDN) e as
Camadas do Modelo
Entretanto, cada tipo de mídia requer um tipo de transmissão diferente, pois cada uma
tem suas características particulares. Sejam elas, requisitos de tempo, de precisão e
confiabilidade, custo, etc. Por exemplo, se queremos transmitir uma vídeo
conferência não desejamos que quadros da imagem cheguem desordenados, ou que a
voz chegue adiantada ou atrasada em relação ao movimento dos lábios do
interlocutor. Também é inaceitável se numa transação bancária ocorram operações
diferentes daquelas que o cliente efetuou, porque houve um erro na transmissão dos
dados entre o caixa eletrônico e a central de processamento do banco.
Desta forma fica claro que cada mídia deve ser transmitida de maneiras diferentes. A
realização de uma rede única integrada deve passar necessariamente pela definição de
uma tecnologia de transferência diferente das convencionais formas de comutação de
circuitos ou de pacotes. Pois no caso de uma ligação telefônica, onde o canal é
utilizado normalmente por um curto espaço de tempo, se houvesse um canal
dedicado exclusivamente para este fim, haveria uma subutilização do meio físico.
Este tipo de comunicação é dito feito por comutação de circuitos e não utiliza de
forma eficiente o meio quando são submetidos a tráfegos com taxas variáveis ou em
rajadas; bloqueando novas conexões mesmo com um baixo aproveitamento das
linhas. Já as redes de comutação de pacotes permitem a melhor utilização dos meios,
mas apresentam novas dificuldades quando submetidas a tráfegos contínuos. Nessas
redes é difícil garantir vazão constante e retardo máximo. Outra limitação é o grande
volume de processamento efetuado polos nós de comutação que limita a velocidade
de transmissão nessas redes, muitas vezes implicando em atrasos acima do tolerável
para determinados tipos de tráfegos.
Com todas estas necessidades demandadas pelo avanço tecnológico, pois precisava-se
solucionar os problemas apresentados pela comutação de circuito e de pacotes. O
ideal seria que houvesse uma maneira de transmitir qualquer tipo de mídia em um
mesmo meio de transmissão de forma eficiente. Com o intuito de preencher esta
lacuna, em 1980 foi estabelecido pelo então CCITT, hoje ITU-T a arquitetura RDSI
(Rede Digital de Serviços Integrados). Naquela ocasião foi percebido o valor da
arquitetura e o potencial que ela fornecia. Dentro deste âmbito, no final desta mesma
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década, foi estabelecido que a maneira de atender as necessidade dos serviços
integrados seria realmente através Broadband Integrated Services Digital Network
(B-ISDN), incluindo a adoção do ATM (Asynchronous Transfer Mode) como modo
de transferência da informação. Em 1990 foram aprovadas doze recomendações, tais
como: definição dos serviços oferecidos, a arquitetura em camadas para redes ATM,
definição das camadas da arquitetura e o funcionamento da rede e seus princípios de
operação e manutenção.
Deve-se ser enfatizado que a similaridade entre RDSI-FL e o RDSI são somente no
conceito e que ambas trabalham de acordo com um mesmo modelo geral. Na prática
suas interfaces não são compatíveis. É impossível fazer um “up grade” em uma
interface RDSI para uma RDSI-FL.
O Freme Relay usa um tamanho de quadro variável, PDU (Protocol Data Unit)
variável. Também é usado para propiciar serviços integrados (RDSI). O Cell Relay é
base da arquitetura ATM. Nele a informação do usuário pode ter qualquer tamanho,
no entanto será segmentada em células (PDU) de tamanho fixado em 53 bytes, sendo
48 bytes de informação (pay load) e 5 bytes de cabeçalho (header).
As razões para utilizar células e não quadro é que as células predizer seu
desempenho, atrasos na rede. É mais fácil gerenciar o buffer dos comutadores, é mais
fácil de implementar em hardware. Porém a principal características é ser
deteminístico.
Entretanto apesar de todas estas vantagens apresentadas por esta escolha, alguns
críticos se referem a este sistema como gerador de muito overhead, pois existirá um
cabeçalho com 5 bytes para cada 48 bytes de informação. Porém temos que convir
que o meio de transmissão, a fibra óptica tem um desempenho excelente e os
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computadores estão cada vez mais poderosos, desta forma o grande overhead não
chega a comprometer o sistema.
Fast Relay
PVC SVC
(Q.2931)
Figura 1
Vários switch ATM podem ser conectados formando grandes redes. Dois tipos de
interfaces foram definidas para a interconexão de switchs. A interface UNI (User to
Network Interface) projetada como interface entre equipamentos de clientes e o
equipamento da provedora de serviços de telecomunicações. E a interface NNI
(Network to Network Interface) projetada para conectar equipamentos de duas
provedoras (figura 1-b).
Computador
ATM Switch
Par de Fibras
Ópticas
Figura 1-a
Interface UNI
usada entre um
switch ATM e um
computador
Plano de
Plano de Gerenciamento
Control
Camada Superiores
Plano Usuário
Camada de Adaptação
AAL
Camada ATM
Camada Física
Figura 2
A Camada Física
A camada física faz o transporte das informações (bits/células), sendo constituída de
duas sub-camadas:
A Camada ATM
A camada ATM realiza o roteamento e a multiplexação das células. Suas funções
principais são definidas pela estrutura do cabeçalho da célula.
5
Bits
8 7 6 5 4 3 2 1
1
Cabeçalho 2
5 octetos 3
4
5
6
.
. Octetos
.
Dados
48 octetos
53
Figura 3
Uma vez admitida na rede, as células são auto-roteadas e o campo de dados da célula
não recebe nenhum tratamento de erros, sendo este tipo de controle limitado ao
conteúdo do cabeçalho da célula, através uma checagem por redundância cíclica.
Quanto maior for a taxa de transmissão, maior será o número de células transmitidas
por unidade de tempo.
A figura 4 ilustra a transmissão da células, cada qual seguindo uma rota pré-definida.
As células de uma mesma mensagem seguem em seqüência, podendo haver em dado
momento células de mensagens diferentes sendo transmitidas no mesmo circuito
físico de transmissão.
Figura 4
GFC VPI
VPI VCI
VCI
VCI PTI CPL
HEC
Figura 5
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Além dos campos VPI/VCI, o cabeçalho da célula ATM contém um campo utilizado
para controle de fluxo para a interface UNI (GFC) (não existindo na interface NNI).
Um campo de prioridade (CLP), utilizado para descarte de células em caso de
congestionamento. Um campo de tipo de capacidade útil (PTI), utilizado para
identificar a última célula componente de um quadro da camada superior. E o campo
para controle de erros do cabeçalho (HEC).
A Comutação ATM
A comutação das células em cada switch pode ser ao nível de VP ou VC. No caso de
comutação de VP (figura 6-a), somente o valor de VPI é traduzido sendo que vários
VCs são comutados em conjunto. Uma conexão de VP é uma conexão semi-
permanente, sendo um feixe de VC ligando um mesmo par origem-destino.
VCI 4 VCI 3
VPI 3 VPI 6
7
VPI=6; VCI=3
VCI 5 VPI VPI
1 4
2 6
3 5
VCI 1 VCI 4 VPI=3; VCI=5
VPI 1 VPI 3
VCI 2
VCI 5
VPI=2; VCI=3
VPI 2 VPI 4
VCI 3 VCI 6
VPI VCI VPI VCI
1 1 3 4
2 4 6
2 3 3 5
Figura 6-b
Figura 7
Tipos de AAL
Quatro tipos de camadas AAL foram definidos pelo ITU-T, adaptadas as diferentes
classes de serviços requeridos pelas aplicações:
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• AAL 3/4 – para a transferência de dados em modo orientado a conexão e em
modo não orientado a conexão (Classe C eD);
Há também uma camada AAL especial para a sinalização (SAAL), utilizada para dar
suporte a abertura de conexões e a sinalização entre os comutadores ATM.
Estrutura da AAL
A camada AAL é organizada em duas sub-camadas (figura 8):
SSCS
CS
CPCS
SAR SAR
Figura 8
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• O recebimento das informações na origem e seu empacotamento no campo de
informação das células para transmissão através da rede;
1
De acordo com a terminologia adotada no modelo OSI, as interfaces entre sub-camadas são definidas através de
primitivas lógicas, onde SDU (Service Data Unit) é a unidade de informação de serviço recebida da camada
superior, e PDU (Service Data Protocol) é a informação de protocolo, gerada a partir de uma SDU recebida da
camada superior.
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Funções da Sub-Camada SAR
A sub-camada SAR recebe as SDU de CPCS, que são sempre blocos cujo tamanho é
um múltiplo de 48 octetos, e as divide em pacotes de 48 octetos que vão compor a
PDU SAR, que por sua vez será carregada no campo de informação da célula ATM.
Para indicar o fim da SDU, o campo PT (Payload Type) do cabeçalho da célula é
utilizado. Para o último PDU o valor de PT é 1 e para os demais o valor é 0.
SDU CPCS
PDU CPCS
PT=1
SDU ATM
Cabe Informação
çalho
Célula ATM
Figura 10
Referências Bibliográficas
PRYCKER, Martin de. Asynchonous Transfer Mode – Solution for Broadband
ISDN, Prentice Hall, UK, 1995.
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CANTÚ, Evandro. Test de Protocoles pour la Signalisation dans les Réseaux
ATM, Relatório de Estágio realizado no Institut National des Télécommunications,
Evry, França, 1996.
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