Crédito Consignado
Crédito Consignado
Crédito Consignado
CRÉDITO CONSIGNADO
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Para solicitar esse tipo de crédito o aposentado/pensionista do INSS deve se
dirigir até um banco ou financeira conveniados com INSS e autorizar através de
contrato a retenção de parte dos seus ganhos, após solicitação do empréstimo o banco
conveniado irá enviar a informação a Empresa de Tecnologia e Informações da
Previdência Social (Dataprev) para que seja verificada a possibilidade da inclusão do
desconto. Uma peculiaridade desse tipo de crédito é que ele pode ser ofertado para
pessoas com restrição, ou seja, inscritos em cadastro restritivos como o Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC) e Centralização dos Serviços Bancários S/A (SERASA).
O mercado de crédito consignado apesar de ter tido maior ascensão nos últimos
anos já possui legislação no Brasil desde 1946 durante o governo de Eurico Gaspar
Dutra, regulamentado pela Lei nº 9.790, que permitia a consignação em folha para
pagamentos a Institutos e Caixas de Aposentadoria e Pensões.
Na década de 90 o então Presidente através do decreto 1502/95 estabeleceu que
funcionários públicos federais poderiam tomar empréstimos mediante a consignação em
folha de pagamento e em 2004 foi editado mais um decreto, o decreto 4.961 que
disciplinou as consignações em folha para os servidores públicos civis, aposentados e
pensionistas da administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo da
União.
O crédito consignado para os aposentados e pensionistas do Instituo Nacional de
Seguridade Social (INSS) teve sua regulamentação com a Lei nº 10.820 de dezembro de
2003 e foi regulamentado pelo decreto 4.961 de janeiro de 2004, de acordo com
Malucelli (2008) “este foi o texto legal responsável pela inclusão no mercado de
consumo de crédito consignado de uma população até então marginalizada nesse setor,
que são os aposentados e pensionistas do INSS”. Essa mesma lei também regulamentou
o crédito consignado para os empregados regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho.
De acordo com a Lei 10.820 uma operação de crédito consignado é uma operação
em caráter irrevogável e irretratável, ou seja, após o contrato firmado, teoricamente, não
é possível ser desfeito.
A regulamentação atual permite ao aposentado/pensionista do INSS comprometer
até 30% do valor do seu benefício, depois de deduzido descontos obrigatórios, podendo
ser 30% exclusivamente em empréstimos consignados ou para os que possuem cartão
de crédito consignado vinculado ao benefício a margem reservada para o empréstimo
consignado fica em 20% pode ser comprometido mais 10% com o cartão de crédito
consignado, totalizando 30%. Caso seja lançado um valor prestação onde seja
descontado mais de 30% do valor do beneficio do aposentado/pensionista o INSS
através da DATAPREV recusará o pedido da consignação.
No que se refere ao prazo permitido em uma operação de crédito consignado para
aposentado/pensionista do INSS a Portaria nº 1.177de 26/9/2014 estabelece 72 (setenta
e dois) meses como o prazo máximo por cada operação.
O INSS limita a taxa máxima de juros que podem ser cobradas pelos bancos
conveniados, de acordo com Diário Oficial da União de 23/Mai/2012 o INSS determina
que a taxa máxima que pode ser cobrada pelas 44 instituições financeiras que operam
com o consignado para o INSS é de 2,14% a.m. e para o cartão de crédito 3,06% a.m.;
vale salientar que essa taxa vem sendo reduzida no decorrer dos anos.
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É vedada pelo INSS qualquer cobrança de taxa de abertura de crédito aos
beneficiários desde maio de 2006.
FONTE: BCB
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FONTE: BCB
FONTE: BCB
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FONTE: BCB
Em meio a essas modalidades, que tradicionalmente envolvem uma taxa de juros alta
diante do alto risco de inadimplência, uma que vem ganhando bastante popularidade é
o Empréstimo Consignado, que possui características distintas e maiores benefícios
para o consumidor.
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Apenas a título de exemplo, o Banco Santander, pratica juros anuais de cerca de 21%
para empréstimos consignados a servidores públicos; para aposentados/pensionistas do
INSS, essa taxa sobe para 28%, enquanto para empregados de empresas privadas os
juros são de cerca de 27%.
Essas variações ocorrem devido a segurança que os bancos tem de receber de cada
órgão e quanto maior o risco de inadimplência maiores costumam ser as taxas. Apesar
que essas mesmo quando mais altas ainda sim, são mais baratas que em outras
modalidades de crédito.
Como explicamos acima, o empréstimo consignado é bom para quem pega o dinheiro
emprestado e para quem empresta. Como a maioria das modalidades de empréstimo
consignado são voltadas para classes específicas (aposentados ou pensionistas do INSS,
servidores públicos, oficiais das Forças Armadas, etc.) que possuem relativa
estabilidade financeira, com vencimentos garantidos, as empresas que emprestam o
dinheiro podem oferecer condições mais atrativas, pois terão a certeza de que serão
pagas.
Outro ponto positivo é que ele possui um percentual máximo que pode comprometer o
pagamento desse funcionário. Assim, o crédito consignado não pode ter parcelas
superiores a 30% da renda da pessoa. Porém, se esse percentual for menor, nada impede
da pessoa ter mais de um empréstimo, desde que a soma de ambos não ultrapassem esse
mesmo limite.
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(Banco Central) e clientes interessados em empréstimos, financiamentos e crédito
pessoal e serviços bancários.
A lei que regulamenta essa atividade é a Resoluções Bacen nºs 3110 e 3156, ambas
de 2003, ela estabelece que correspondentes bancários poderão exercer alguns
serviços específicos para bancos e instituições financeiras autorizadas pelo Banco
Central do Brasil:
– encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo
ou poupança;
– podem receber e pagar de contas, aplicação e resgates em fundos de
investimentos;
– efetuar ordens de pagamentos;
– fazer pedidos de empréstimos e financiamentos;
– fazer analise de crédito e cadastro;
– terceirizar serviços de cobranças;
– enviar pedidos de cartões de créditos;
– e atuar no processamento de dados.
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excelentes devido à concorrência na ofertas de crédito e taxas em determinados
períodos, mas de uma hora para outra se juntam e derrubam as comissões a níveis
insustentáveis.
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as transações nos caixas com serviços de menor valor agregado, como pagamentos
de contas.
Ainda em 2002, relatório do PDI, Programa de Desenvolvimento
Institucional (Nichter et al, 2002), criado para cooperação técnica entre o BNDES
e o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID – com o objetivo de
fortalecer o segmento microfinanceiro no Brasil, apontava entre as estratégias
sugeridas para as IMFs no sentido de expandir o microcrédito no Brasil, a
utilização de canais alternativos de distribuição. Embora não haja menção ao
papel dos correspondentes bancários, neste relatório se enfatiza a necessidade de
buscar canais alternativos que tenham maior alcance, possibilidades ampliadas de
produtos, custos reduzidos de operação e maior conveniência para os clientes. O
relatório ainda aponta explicitamente exemplos de canais alternativos: lojas,
fornecedores, postos de combustível, empresas de telefones celulares, e até bancas
de jornal. Ao comentar a entrada de instituições financeiras tradicionais, como os
bancos comercias, no mercado de microfinanças, é citado que eles iriam
aproveitar a sua infra-estrutura existente e, possivelmente, partiriam para procurar
parcerias com redes de distribuição alternativas.
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pelo banco, destacando-se principalmente a liquidez, risco da operação e garantias
oferecidas e maturidade.” (Assaf Neto, 2014, p.141)1
Inadimplência – 29%
Compulsório – 4%
Os impostos diretos é a soma das despesas dos bancos junto ao IR (Imposto de Renda) e
a contribuição social sobre o lucro líquido.
Inclui a margem de lucro dos bancos e também possíveis erros e omissões das
estimativas e dados mensurados.
Temos assim que 62% do Spread é passível de ser negociado, o que é bastante
interessante, principalmente frente aos altos spreads brasileiros.
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FONTE: BCB
FONTE: BCB
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O lucro dos bancos responde por mais da metade do spread em grande parte das
operações de crédito feitas pelas pessoas físicas. Isso é o que aponta dados apresentados
pelo presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, em painel de discussão sobre a
diferença entra a taxa de captação e o custo do dinheiro para o tomador final do crédito,
o spread bancário.
O BC não fazia essa decomposição publicamente desde 2015, quando avaliou
dados de 2014. Os números contrariam, ao menos em parte, a tese de que o custo do
dinheiro é alto especialmente porque a inadimplência é elevada. O custo mostra maior
relação com o tipo de funding, se direcionado ou livre.
Na decomposição do "crédito livre com taxas prefixadas", que abarca a imensa
maioria das operações feitas pelas pessoas físicas, o spread médio no período foi de
35,2 pontos, sendo 18,5 pontos - ou 53% do total - referente ao lucro das instituições
financeiras. Os impostos diretos (CSLL e Imposto de Renda) respondem por 7 pontos,
ou cerca de 20%.
A inadimplência aparece em terceiro lugar respondendo por outros 6,5 pontos,
ou 18,5% do total. O restante do spread é dividido entre custos administrativos, com 2,2
pontos, e compulsórios, encargos fiscais e Fundo Garantidor de Crédito (FGC) com 1,2
ponto.
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Em nota, o BC afirmou que os números mudaram “em função da atualização e
revisão da base de dados”. Questionado por mais detalhes sobre a alteração, a
autoridade monetária não respondeu imediatamente.
Desde o fim do ano passado, o BC tem divulgado ações no sentido de promover
a redução estrutural do custo do crédito, em meio ao cenário de forte recessão da
economia, que elevou o desemprego e acertou em cheio a renda das famílias.
BIBLIOGRAFIA
http://exame.abril.com.br/economia/inadimplencia-passa-a-ter-maior-peso-no-spread-
bancario-diz-bc/
http://www.valor.com.br/financas/4862016/composicao-do-spread-varia-de-acordo-
com-funding-diz-bc
http://www.emprestimoconsignado.org/vantagens-do-emprestimo-consignado
https://cmsportal.febraban.org.br/Arquivos/documentos/PDF/Panorama%20de%20Cr%C3%A
9dito_DEZEMBRO_2017.pdf
http://www.bcb.gov.br
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