Fortalecimento Muscular Através Do Método Pilates Na Reabilitação de Pacientes Pós Ave
Fortalecimento Muscular Através Do Método Pilates Na Reabilitação de Pacientes Pós Ave
Fortalecimento Muscular Através Do Método Pilates Na Reabilitação de Pacientes Pós Ave
MANAUS
2015
NÁDIA VALÉRIA LOPES DA COSTA
MANAUS
2015
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Autora: Nádia Valéria Lopes da Costa
[email protected]
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Orientadora: Dayana Mejia
Pós-graduação em Fisioterapia Neurofuncional – Faculdade FAIPE
Resumo: O acidente vascular encefálico é uma doença neurológica (AVE), cada vez
mais frequente e com alto impacto no estilo de vida. Após o AVE uma das
impossibilidades percebidas em pacientes hemiplégicos e hemiparéticos é a
fraqueza muscular, uma restrição que causa incapacidade motora e funcional.
Mediante isso, o método Pilates tem como vantagens: melhorar o condicionamento
físico, a flexibilidade, o alinhamento postural e o fortalecimento muscular, diminuindo
assim os desequilíbrios musculares que ocorrem entre agonistas e antagonistas. O
objetivo dessa revisão é averiguar na literatura o fortalecimento muscular através do
método Pilates na reabilitação de pacientes pós-AVE. Para isso, foi realizado um
levantamento documental ocorrido no período de fevereiro a julho de 2015, através
de consulta a artigos nos bancos de dados SCIELO (Scientific Eletronic Library
Online), Portal de Revistas Científicas em Ciências da Saúde, monografias e sites.
Foram considerados artigos sobre método Pilates, acidente vascular encefálico e
publicados nos últimos treze anos (2000-2013). Os resultados demonstraram que
método Pilates só proporcionou alterações significativas na força muscular no
atendimento de pacientes neurológicos após um número maior de sessões. Dessa
forma, sugere-se que mais estudos sejam realizados para um aprofundamento do
método Pilates no atendimento de pacientes neurológicos.
Palavras Chaves: Método Pilates; Acidente vascular encefálico; Força muscular.
Introdução
O acidente vascular encefálico (AVE) é uma doença neurológica, cada vez
mais constante e com elevado impacto no estilo de vida (EV). É uma das principais
causas de incapacidade física e a segunda maior causa de morte por doenças no
mundo. Devido a isso tem sido dado ênfase na prevenção e controle dos fatores de
risco, especialmente na hipertenção arterial. Contudo, após um caso de AVE, os
danos causados deixam déficits neurológicos difíceis de serem restaurados, gerando
limitações na qualidade de vida. Pelo menos dois terços das pessoas que são
acometidas permanecem com algum grau de deficiência e tornam-se dependentes e
inabilitadas para exercer suas atividades básicas da vida diária por apresentarem
déficit de controle motor envolvendo padrões anormais de movimento;
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Pós graduando em Fisioterapia Neurofuncional.
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Orientador: Fisioterapeuta; Especialista em Metodologia do Ensino Superior; Mestre em Aspectos
Bioéticos e Jurídicos da Saúde; Doutorado em Saúde Pública.
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distúrbio de cada paciente, o método ocasiona efeitos benéficos para variados tipos
de doenças. A formação das relações com os pacientes proporciona a melhora dos
resultados terapêuticos e a aceitação do tratamento, aumentando o grau de
satisfação ao paciente. Compreender as expectativas, vontades e as limitações dos
pacientes que procuram o atendimento de fisioterapia pelo método Pilates é
assegurar que o uso de uma comunicação adequada seja eficaz no sucesso do
tratamento. 8
O objetivo dessa revisão é averiguar o fortalecimento muscular através do
método Pilates na reabilitação de pacientes pós-AVE, por isso torna-se
imprescindível coletar informações a cerca de seus efeitos com o intuito de
investigar sua relevância para que tanto os profissionais da saúde quanto a
sociedade tenham uma visão científica através dessa revisão literária.
Metodologia:
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, através de levantamento documental
ocorrido no período de fevereiro a julho de 2015, através de consulta a artigos nos
bancos de dados SCIELO (Scientific Eletronic Library Online), Portal de Revistas
Científicas em Ciências da Saúde, monografias e sites. Os termos utilizados foram:
“método Pilates”, “força muscular”, “acidente vascular encefálico”.
Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram: a) método
Pilates; b) acidente vascular encefálico; c) nos últimos treze anos (2000 - 2013); d)
estudos realizados com seres humanos.
Os artigos que não preencheram os critérios listados não foram incluídos. Os
artigos pesquisados foram analisados, de modo que atendessem aos critérios de
inclusão.
Resultados e Discussão:
Após o AVE uma das impossibilidades percebidas em pacientes hemiplégicos
e hemiparéticos é a fraqueza muscular, uma restrição que causa incapacidades
motoras e funcionais. Devido essas fraquezas motoras, instala-se um círculo vicioso
entre descondicionamento e inatividade, comprometendo a capacidade das
exigências físicas da vida diária estabelecida por déficits neuromusculares resultante
do AVE. Os músculos do lado afetado terão uma dificuldade em gerar força e
sustentar o membro a graus normais proporcionando um alto risco de queda. Esta
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Conclusão:
Mediante os achados, foi possível visualizar que a doença vascular encefálica
é considerada uma das doenças mais incapacitantes. Apresentando sinais e sintoma
como: a flacidez, fraqueza muscular, alteração do tônus muscular, déficit de
equilíbrio entre outros que dificultam ao paciente a realização de suas atividades de
vida diária. Baseando nisso o método Pilates têm sido utilizado para promover
alongamentos e fortalecimentos, diminuindo assim os desequilíbrios musculares. E
por ser um método que não impõe desgaste articular e apresenta muitas variações
de exercícios pode ser realizada por indivíduos com desordens neurológicas.
O presente estudo concluiu que um programa de treinamento através do
método Pilates para ganho de força muscular em indivíduos que sofreram AVE é
possível, porém, por apresentarem sequelas neurológicas, a evolução terapêutica é
em longo prazo, logo se faz necessário um número maior de sessões para a
melhoria da força muscular.
No entanto, ainda são muito escassos os trabalhos relacionados ao tema
aqui abordado e há necessidade de ser melhor investigado.
REFERÊNCIAS
1. FUSCALDI, Luci Teixeira Salmela, et al. Fortalecimento muscular e condicionamento
físico em hemiplégicos. Acta Fisiátrica, v.7, n.3, p108-118, dez, 2000. Disponível em:
http://www.fisioterapia.com/public/files/artigo/hemiplegia.pdf. Acesso em: 20 de fev.
2015.
7. FONSECA, Elba de Souza, et al. Análise eletromiográfica dos músculos reto femoral
e reto abdominal durante a execução dos exercícios Hundred e Teaser do método
Pilates. Revista Brasileira Medicina do Esporte, São Paulo, v.18, n.2, p105-108,
mar/abr, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbme/v18n2/08.pdf. Acesso
em: 20 de fev. 2015.
11. ANDRÉA, Flávia; GOMES, Juliana; APARECIDA, Poliana. Efeitos dos exercícios
físicos sobre a funcionalidade de pacientes hemiplégicos e hemiparéticos portadores
da doença vascular encefálica. Disponível em: http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs-
2.2.4/index.php/cogitare/article/viewArticle/20201. Acesso em: 20 de jun. 2015.
15. NUNES, Nádia Leite et al. Uso da bola terapêutica no equilíbrio estático e dinâmico
de pacientes com hemiparesia. Fisioterapia em movimento. Curitiba, v.22, n.1,
p.121-131, jan/mar, 2009. Disponível em:
http://www2.pucpr.br/reol/pb/index.php/rfm?dd1=2609&dd99=view&dd98=pb. Acesso
em 24 de jul. 2015.
16. SHEA, Sarah; MORIELLO, Gabriele. Feasibility and outcomes of a classical Pilates
program on lower extremity strength, posture, balance, gait, and quality of life in
someone with impairments due to a stroke. Journal of Bodywork & Movement
Therapies. v.18, n.3, p.332-360, jul, 2014. Disponível em:
http://www.bodyworkmovementtherapies.com/article/S1360-8592%2813%2900199-
X/pdf. Acesso em: 24 de jul. 2015.