Fundamentos Do Desenho Técnico - Gilson Jandir de Souza
Fundamentos Do Desenho Técnico - Gilson Jandir de Souza
Fundamentos Do Desenho Técnico - Gilson Jandir de Souza
Aluno:..................................................Tturma:..................Desenho Técnico A
Fundamentos do Desenho Técnico 1
Apresentação
Introdução...............................................................................................................................3
Comentários............................................................................................................................6
Unidade I: CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO GEOMÉTRICO.........................6
Exercícios de construções geométricas.....................................................................18
Desenho
O desenho é a arte de representar graficamente formas e idéias, à mão livre (esboço), com
o uso de instrumentos apropriados (instrumental) ou através do computador e software específico.
Pode ser:
• Desenho Livre (artístico)
• Desenho Técnico
O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a
representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades
requeridas pelas diversas áreas técnicas.
Utilizando-se de um conjunto constituído de linhas, números, símbolos e indicações escritas
normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como linguagem gráfica universal
da área técnica.
Origem do desenho
Sabemos que o homem já usava desenhos para se comunicar desde a época das cavernas.
O primeiro registro do uso de um desenho com planta e elevação está incluído no álbum de
desenhos da livraria do Vaticano desenhado por Giuliano de Sangalo no ano de 1490.
Em 1795, Gaspar Monge, publicou uma obra com o título “Geometrie Descriptive” que é a
base da linguagem utilizada pelo desenho técnico.
No século XIX com a revolução industrial, a Geometria Descritiva, foi universalizada e
padronizada, passando a ser chamada de Desenho Técnico.
• Lapiseira ou Lápis
Usados na construção do esboço ou pré-projeto.
A lapiseira é sempre mais conveniente para o desenho
técnico, pelo fato de manter um traço uniforme e evitar o
serviço de preparo da ponta.
Encontramos lapiseiras com grafite nas espessuras 0,3 ; 0,5 e
0,7 milímetros.
O grafite recebe a seguinte classificação 8H 7H 6H 4H – duros; 3H 2H H F HB B – médios; 2B 3B
4B 5B 7B – moles. Os grafites mais moles são mais escuros, indicados para os traços definitivos.
Para simplificar o trabalho pode-se usar a lapiseira com 0,5 mm (espessura média) e dureza HB
(média).
• Régua graduada
Usaremos apenas em conjunto com o compasso para nas construções geométricas.
• Borracha
A borracha deve ser do tipo macia, com capa protetora, própria
para apagar grafite, servindo também para limpar o papel, das manchas
dos dedos ou borrões que estragam a aparência de um desenho já
terminado.
• Compasso
É empregado principalmente para na construção circunferências, arcos e
transportes (cópias) de distâncias. O compasso simples (figura ao lado) para
grafite deve ter as seguintes características:
1. Ponta seca ou de metal bem fina.
2. Grafite apontada lateralmente a 75º.
3. Articulações ajustáveis.
4. Cabeça para giro.
Fundamentos do Desenho Técnico 6
Unidade I - CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO GEOMÉTRICO
Geometria significa (em grego) medida de terra; geo = terra e metria = medida.
Ao nosso redor estamos cercados de formas geométricas, é só observar.
Você terá mais facilidade para ler e interpretar desenhos técnicos se for capaz de relacionar objetos
com as figuras geométricas.
Cada figura geométrica é formada por elementos geométricos: ponto; segmento de reta; segmento
de plano, etc.
Ponto
O ponto é a figura geométrica mais simples. Não tem dimensão, isto é, não tem
comprimento, nem largura, nem altura. Pode ser representado por um simples ponto ou linhas
cruzadas, para identifica-lo, usamos letras maiúsculas do alfabeto latino, como mostram os
exemplos: . E
C D
A B
Lê-se: ponto A; ponto B, etc.
Linha
Linha é o deslocamento contínuo de um ponto ou de uma sucessão de pontos.
P
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Linhas convencionais que vamos usar:
Representação Espessura Denominação Aplicação
(mm)
0,5 Grossa Cheia Arestas e contornos visíveis de vistas e de
cortes.
Reta
A reta tem uma única dimensão: o comprimento. É infinita: vai de - ∞ à + ∞.
As retas são identificadas por letras minúsculas do alfabeto latino. Veja a representação da uma
reta r:
Semi-reta -∞ r + ∞
Tomando um ponto qualquer de uma reta, dividimos a reta em duas partes, chamadas semi-
retas. A semi-reta sempre tem um ponto de origem, mas não tem fim. Veja na figura abaixo que o
ponto A dá origem a duas semi-retas.
A s
-∞ +∞
-∞ t
A r +∞
Segmento de reta
Tomando dois pontos distintos sobre uma reta, obtemos um pedaço limitado de reta. A esse
pedaço de reta, limitado por dois pontos, chamamos segmento de reta. Os pontos que limitam o
segmento de reta são chamados de extremidades. No exemplo a seguir temos uma reta r e um
segmento de reta CD, que é representado da
seguinte maneira: CD.
C D r
A partir de agora, nosso estudo se
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referirá sempre a segmentos de retas, desta forma será mais fácil a representação e corresponderá
ao uso na prática nos desenhos técnicos.
Os segmentos de reta quanto à posição no espaço são classificados:
a) Paralelas
b) Perpendiculares
c) Oblícuas ou
concorrentes
C M D
A M A
Chama-se mediatriz de um segmento de reta a perpendicular
traçada ao meio desse segmento.
Ponto de interseção
É o ponto que pertence a mais de um elemento I
I
Ponto de extensão P
É o ponto de prolongamento de um segmento até a
interseção com outro segmento (ponto P).
1.2 - Plano
Podemos ter uma idéia do que é o plano observando uma parede ou o tampo de uma mesa.
O plano é uma superfície plana, portanto sem espessura, mas, com largura e comprimento, ou seja,
é bidimensional.
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O plano é formado por um
conjunto infinito de retas r
dispostas sucessivamente
α δ
numa mesma direção ou
como o resultado do deslocamento de uma reta numa mesma direção. O plano é ilimitado, isto é,
não tem começo nem fim. Apesar disso, no desenho, costuma-se representa-lo delimitado por
linhas fechadas e identificado por letras gregas minúscula:
Uma reta (r qualquer) divide o plano em dois semiplanos. A
1.3 - Ângulo
α
O
É a região do plano compreendida entre duas semi-retas,
indicado por uma letra grega minúscula da seguinte forma: ângulo α. B
Um ângulo pode ser medido em graus, grado ou radianos.
Em desenho usamos o grau que é 1/360 da volta de uma circunferência. O instrumento usado é o
transferidor.
O sentido positivo que medimos é o anti-horário, ou seja, 45o corresponde a − 315o.
Um grau tem sessenta minutos (1o = 60’ ) e um minuto tem 60 segundos ( 1’ = 60” ).
É comum em desenho técnico representar as frações de ângulos na forma decimal. Por exemplo
17o e 30’ corresponde a 17,5o.
o
o α > 90
α = 90 o
α < 90
o o
o
Ângulos adjacentes
Os ângulos são adjacentes quando dois ângulos
têm o mesmo vértice, são separados por um lado comum. É o caso
β
da figura acima.
1.4 - Polígonos
Polígono é a figura geométrica plana constituída por linhas consecutivas formando uma
poligonal fechada. Um polígono é formado por pelo menos três vértices.
Ângulos internos são formados por dois lados consecutivos (na figura ângulo β).
Ângulos externos são ângulos formados por um lado e pelo prolongamento de outro lado adjacente.
(na figura ângulo α).
D Vértice
Os lados do polígono não se cruzam e quando E
possuem um vértice em comum não são colineares
α
Polígonos regulares
Polígonos regulares são os que possuem todos os lados e ângulos congruentes (iguais).
Em função no número de lados, os polígonos recebem nomes especiais:
A M B
eixo de simetria B B' B"
C C' C"
D
polígono A'B'C'D' polígono A" B"C"D"
simétrico de ABCD cópia de ABCD
C C
C
hi
po
te
cateto
rn
us
a
cateto
A B A B A B
acutângulo obtusângulo retângulo
Classificação dos triângulos quanto às dimensões dos lados
• Eqüilátero: tem os três lados iguais
• Isóscele: possui apenas dois lados iguais
Fundamentos do Desenho Técnico 13
• Escaleno: tem os três lados diferentes
C
C
C
A B B A B
A
eqüilátero isósceles escaleno
Mediana de um triângulo
Mediana de um triângulo é o segmento que une o
vértice ao meio do lado oposto. Todo triângulo tem três
M M
medianas. O ponto de encontro das medianas chama-se
BARICENTRO (é o centro da área do triângulo).
baricentro
A M B
Bissetriz
Bissetrizes de um triângulo são as bissetrizes dos
C
ângulos internos do triângulo. O ponto sempre interno de
encontro das bissetrizes de um triângulo chama-se
INCENTRO. incentro
O incentro é o ponto usado para inscrever uma
circunferência, como mostramos na figura a seguir.
B
1.8 - Quadriláteros
São polígonos de quatro lados. A
A
• A soma dos ângulos internos de todo quadrilátero é
sempre igual a 360o. O
D C D C D C D
C
O O O O
A B A B A B A B
trapézio retângulo trapézio isóceles trapézio escaleno trapezóide
⎛ BaseMaior * BaseMenor ⎞
• Trapézio: A = ⎜ ⎟ * Autura
⎝ 2 ⎠
1.9 - Circunferência
Circunferência é uma linha curva, plana, fechada e que tem todos os pontos que a constitui,
eqüidistantes de um ponto interior chamado centro.
• Flecha: é o segmento de reta que ume o meio do arco ao meio da corda. Ver FG na figura.
• Tangente: é uma linha reta que toca apenas um ponto da circunferência. Ver t na figura.
• Secante: é a linha reta que corta a circunferência em dois pontos. Ver s na figura.
• Semicircunferência: é a metade da circunferência. Ver AB na figura.
• Comprimento de uma circunferência C é a dimensão da curva completa (360o),
transformada em um segmento (retificada).
O comprimento de uma circunferência e: C = π * φ ou C = 2 * π * r
O' O'
O'
O Ο≡O'
O O
O'
O' O'
O O O
M
A B
F O C M O M
E D
M
Hexágono inscrito quadrado circunscrito
1.11 - Círculo
Porção do plano, delimitada pela região interna da circunferência. É a área da
π * D2
circunferência. A área de um circulo é: A = ou A = π * r 2
4
Elementos de um círculo:
• Semicírculo: é a área compreendida entre o diâmetro e o arco de uma circunferência.
• Trapézio circular: é a porção do círculo compreendida entre duas cordas da circunferência.
• Segmento circular: é a porção do círculo limitada por uma corda e um arco.
• Setor circular: é a porção do círculo compreendida entre dois raios e um arco.
• Corda circular: é a porção do círculo compreendida entre duas circunferências
concêntricas.
• Lúnula: é a área limitada por dois arcos de duas circunferências secantes.
O O O Ο
O O O Ο O'
π * D2 α
A área de um setor circular é: A = *
4 360
π (D 2 − d 2 )
A área de uma coroa circular é: A =
4
Fundamentos do Desenho Técnico 17
1.12 – Elipse
É uma curva plana gerada por um ponto que se move de modo que a soma de suas
distâncias a dois pontos fixos (F1 e F2 ), chamados “focos” é constante e igual ao comprimento do
eixo maior AB que é maior que o eixo CD. Ou seja: Um ponto P
da elipse é tal que: PF1+ PF2 = AB > F1F2
1 1
A B A B A M B
2 2
3 3
C C C C
A B A B A B A B
1 2 2 1 2
1
o o o 3 o 3
A BA B A B A B
1 1 2 1 2
d) Transporte o ângulo α.
D D
a a
A=C B A B A B A B A=C B
D D D
1 2 3
A B A=C A=E A=C A=E A=C A=E
F F F
Fundamentos do Desenho Técnico 19
f) Construir polígonos regulares de 3; 4 e 6 lados.
2 2 2
C C C C
3 4 3 4
1 1 1
2 2 2 2
C C C C C
3 4 3 4 3 4
1 1 1 1
2 2 2
6 3 3
6
C C C C
4 4
5 5
1 1 1
g) Determine o centro (cg) de um triângulo qualquer por meio das medianas.
C C C C
m m m m
cg
A B A B A B A B
m m
h) Trace uma circunferência tangente ao mesmo tempo aos três lados de um triângulo qualquer.
Use as bissetrizes para determinar o centro da circunferência.
C C C C C
4 4 4 4
3 3 3 3
8 8 8
2 5 2 9 5 2 C 9 5 2 C 9 5
B A B A 7 B 7 B A 7 B
A A
1 6 1 6 1 6 1 6
Fundamentos do Desenho Técnico 20
i) Determine o centro do arco AB, usando o próprio arco.
A A 2 A 2 A
3 3
1 1 1 C
5 5
B B 4 B 4 B
j) Trace as várias concordâncias a seguir, em tamanho real (escala 1:1), usando os seguintes
valores em milímetros: R = 30; R1 = 20; R2 = 40; R3 = 65; R4 = 14; L = 65; L1 = 22.
Faça em uma folha de papel A4.
Fundamentos do Desenho Técnico 21
Unidade II: DESENHO A MÃO LIVRE
Apresentação
A facilidade de executar desenhos a mão livre é parte indispensável na bagagem intelectual
de um técnico. No seu dia-a-dia terá que elaborar rápidos esboços de detalhes construtivos, peças,
instalações ou elementos que compõe uma máquina. Esta habilidade será bastante útil no
momento de criação de um projeto e para facilitar a transmissão de idéias no trabalho em equipes.
Em aproximadamente 90% (noventa por cento) dos casos, o técnico terá a sua disposição,
na fábrica ou no campo, apenas lápis, borracha e papel. E sendo assim, surge a necessidade deste
técnico possuir habilidade suficiente para desenvolver, a contento, os esboços exigidos.
Na elaboração de desenhos a mão livre, ainda que a perfeição dos traços seja importante, é
mais importante o rigor das proporções e a correta aplicação das normas e convenções de
representação.
Para desenhar à mão livre não é necessário possuir dons especiais. Bastando dominar os
músculos do pulso e dos dedos e praticar com persistência e coerência que a habilidade para
esboçar será adquirida naturalmente com a prática.
Vamos começar.
Recomendações:
• No desenho a mão livre é importante o traçado inicial ser bem leve, para possibilitar correções
de eventuais erros, após verificações. Estas correções devem ser feitas com traços firmes e
nítidos com pressão moderada.
• Evite o uso excessivo da borracha que deve ser do tipo macia.
• Use linhas de construção extremamente fracas, de forma que ao reforçar o desenho as linhas
de construção percam ênfase.
• Para desenho a mão livre use lapiseiras com grafite 0,5 milímetro e macio.
• O antebraço e a mão devem estar totalmente apoiados sobre a prancheta.
• A mão deve segurar a lapiseira naturalmente, sem forçar.
• Os traços verticais, inclinados ou não, em geral sai melhor de cima para baixo assim como os
horizontais da esquerda para a direita.
Sendo que para os canhotos pode ser mais cômodo o
sentido inverso.
a mão B
A
livre entre os pontos A e B acima
A B
conforme exemplo.
errado
certo
Observações:
¾ Observe que o ponto de concordância ocorrerá
sempre entre a intercessão do segmento reto e uma linha que parte do cento do arco.
Uma boa concordância é aquela onde ocorre uma continuidade dos segmentos, de forma suave.
Exercício proposto: Concorde com curvas suaves os pontos ao lado conforme exemplo.
Fundamentos do Desenho Técnico 23
Exercícios propostos: Trace a mão livre curvas concordantes para completar as figuras, unindo os
pontos 1 até o 2 das figuras abaixo.
A B A B A B
4 partes A B
3 partes A B 5 partes A B
6 partes A B
Divisão de ângulos
A divisão de um ângulo pode ser feita de maneira similar.
Um caso especial é o ângulo de 30o (1/3 de 90o) , este valor é muito usado na construção de
desenho em perspectivas que veremos na unidade seguinte.
Exercício proposto: Observe a divisão de um ângulo de 90º em três (a) e duas partes (b). Repita o
procedimento de divisão ao lado:
a) b)
R
R
Traçado de um quadrado:
1. Marque, a partir do vértice A intercessão
de duas perpendiculares, ao lado AB do
quadrado.
2. Mantendo a mão imóvel, gire o papel e
marque a medida AB sobre a direção AC.
3. Pelos pontos assim obtidos, trace
paralelas, concluindo a construção.
As diagonais do quadrado ou retângulo
podem servir para determinar o centro ou
fazer ampliações.
Fundamentos do Desenho Técnico 25
Exercício proposto: Construa ao lado
do exemplo outra figura igual.
Traçado de circunferências:
Começamos pela linha de centro (traço-ponto) seu cruzamento indica o centro da
circunferência.
Pequenas
Grandes
A idéia é obter mais pontos por onde a curva passa, ou seja, tangência. Para isto além das
linhas de centro traçamos bissetrizes. Marcamos sobre estas linhas raios com traços curtos e leves
(a olho) e em seguida corrigimos imperfeições para finalmente completar a curva.
Se a circunferência for muito grande pode-se traçar mais bissetrizes.
b)
2.3 - Esboços
• Composição
O primeiro fundamento a ser abordado no aprendizado do esboço é a composição, porque
antes de medir as proporções ou verificar as formas de um objeto a ser desenhado, precisamos
saber colocar um desenho num espaço de maneira equilibrada.
Composição é a mesma coisa, que por exemplo, faz o fotógrafo quando enquadra o assunto da
fotografia. Compor é o primeiro passo a ser dado em um trabalho visual. Mostramos um exemplo
de um de planta baixa a seguir.
Banheiro
Banheiro
Cozinha
Cozinha
Quarto
Quarto
Banheiro
Quarto
Quarto
Cozinha
Quarto Sala
Sala
Varanda
Quarto
Varanda
Sala
Varanda
• Linhas de centro
Deve ser usado sempre que o
objeto a ser desenhado possuir
simetria, devendo ser o ponto de
partida na construção do desenho e é
feito com linha traço-ponto fina. Veja o
exemplo do desenho de um flange ao
lado.
Exercício proposto: Partindo das linhas
de centro acima, complete o desenho
do flange.
• Proporção
Embora o esboço não exija uma escala precisa às proporções dos objetos devem ser
mantidas sob pena de distorcer completamente o desenho. Para se obter a proporção do tamanho
da figura ou das figuras, é preciso comparar a altura com sua largura isto pode ser feito usando um
método criado por Leonardo de Vinci.
Fundamentos do Desenho Técnico 28
O método funciona da seguinte forma: segure o lápis, pela ponta do grafite, estenda o seu braço
em frente aos olhos, na vertical ou horizontal, feche um olho e faça a extremidade do objeto
coincidir, visualmente, com uma das extremidades do objeto, pronto, terá medido a largura ou a
altura visual do objeto. Depois é só comparar uma medida com outra e terá a proporção a ser
usada.
Recomendações:
• A melhor distância entre observador e objeto gira em torno de duas vezes e meia a maior
dimensão do objeto, devido ao cone visual que é de aproximadamente 22º.
• A distância do observador ao lápis deve ser mantida durante todo o processo, devendo ser
a mais confortável possível.
A figura a seguir mostra um exemplo de desenho (porta da sala) feito utilizando o método descrito.
Exercício proposto: Use o método descrito acima para desenhar o quadro de avisos (mural) de sua
sala.
C
A observador
A
AB/2 AB AB
Um esboço além de mostrar a forma geométrica de algo sempre vai ser acompanhado de
informações escritas através de letras e algarismos.
Com o objetivo de criar uniformidade e legibilidade para evitar prejuízos na clareza do esboço ou
desenho e evitar a possibilidade de interpretações erradas, a norma NBR 8402 fixou as
características da escrita em desenho técnico.
A norma citada acima entra em detalhes desde o formato dos caracteres até a espessura das
linhas.
Sabemos que os desenhos finais são feitos no computador e para os esboços recomendaremos
que o aluno siga os exemplos mostrados a seguir, que se preocupa com o mais importante, ou
seja, legibilidade, tamanho e forma correta dos caracteres.
Fundamentos do Desenho Técnico 29
Veja o exempla ao abaixo.
ISO 81 ejAM
h
c
a a
R f
b
h
h
Características:
Alturas das letras maiúsculas h
Alturas das letras minúsculas c
Distância mínima entre caracteres a
Distância mínima entre linhas de base b
Distância mínima entre palavras e
Largura da linha d
Observações:
• A escrita pode ser vertical como no exemplo ou inclinada em um ângulo de 75o (itálico).
• Deve-se observar a proporção e inclinação das letras mostradas na figura abaixo.
• Recomenda-se os sentidos, mostrados na figura abaixo, para traçar com firmeza as letras,
sendo que para os canhotos o sentido pode ser o inverso.
• Ao fazer desenho com o auxilio do computador, Auto-CAD por exemplo o estilo de letra que
satisfaz a norma é o ISOCPEUR.
Proporções Sentido
Fundamentos do Desenho Técnico 30
2.6 - Exercício proposto:
1- Observe abaixo os modelos de caligrafia técnica, de acordo com a norma, e exercite.
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
0123456789 0123456789
Fundamentos do Desenho Técnico 31
2 - Os exercícios propostos a seguir devem ser feitos sem o uso da escala (régua graduada), pois o
objetivo é desenvolver a habilidade de construção de esboços à mão livre.
a) Trace a mão livre, alternadamente, os tipos de linhas usadas em desenho técnico: Grossa Cheia;
Média Tracejad, Fina Cheia e Traço-pon Fina.
Eixo
Fundamentos do Desenho Técnico 32
d) Complete os seis quadrados abaixo.
Banheiro
Cozinha
Quarto
Quarto
Sala
Varanda
Identificação:
1. Válvula globo
1. Válvula Gaveta
2. Redução
3. Luva de retenção ou redução
4. União
5. Válvula de três vias motorizada
6. Termômetro
7. Manômetro
8. Dreno
Fundamentos do Desenho Técnico 36
Unidade III - SÓLIDOS GEOMÉTRICOS
Quando uma figura geométrica tem pontos situados em diferentes planos, temos um sólido
geométrico. São corpos padrões com formas definidas. Para encontra-los basta olharmos a nossa
volta.
Analisando a ilustração abaixo, você
entender bem a diferença entre uma figura
plana e um sólido geométrico. Um sólido
ocupa um volume no espaço, possui três
dimensões: comprimento, largura e altura,
enquanto a figura ocupa apenas uma área
em um plano, possui duas dimensões.
Embora existam infinitos sólidos geométricos, apenas alguns, que apresentam determinadas
propriedades, são estudados pela geometria. Os sólidos que vamos estudar agora, tem relação,
com as figuras geométricas planas mostradas no capítulo I.
Os sólidos geométricos são separados do resto do espaço por superfícies que os limitam. E essas
superfícies podem ser planas ou curvas.
Dentre os sólidos geométricos limitados por superfícies planas, estudaremos os prismas, o cubo e
as pirâmides . Dentre os sólidos geométricos limitados por superfícies curvas, estudaremos o
cilindro, o cone e a esfera, que são também chamados de sólidos de revolução.
É muito importante que você conheça bem os principais sólidos geométricos porque, por mais
complicada que seja, a forma de uma peça sempre vai ser analisada como o resultado da
combinação de sólidos geométricos ou de suas partes.
3.1 - Prismas
O prisma é um sólido geométrico limitado por polígonos. você pode imagina-lo como uma
pilha de polígonos iguais muito próximos uns
dos outros, como mostra a ilustração:
O prisma pode também ser imaginado como o
resultado do deslocamento de um polígono. Ele
é constituído de vários elementos. Para quem
lida com desenho técnico é muito importante
conhece-los bem. Vejam quais
são eles nesta ilustração:
Note que a base desse prisma
tem a forma de um retângulo.
Por isso ele recebe o nome de
prisma retangular.
Fundamentos do Desenho Técnico 37
Dependendo do polígono que forma sua base, o prisma recebe uma denominação especifica. Por
exemplo: o prisma que tem como base o triângulo, È chamado prisma
triangular.
Quando todas as faces do solido geométrico são formadas por figuras
geométricas iguais, temos um solido geométrico regular.
O prisma que apresenta as seis faces formadas por quadrados iguais recebe
o nome de cubo. cubo
3.2 - Pirâmides
A pirâmide é outro sólido geométrico limitado por polígonos. Você pode imagina-la como um
conjunto de polígonos semelhantes, dispostos uns sobre os outros, que diminuem de tamanho
indefinidamente. Outra maneira de imaginar a formação de uma pirâmide consiste em ligar todos os
pontos de um polígono qualquer a um ponto P do espaço.
É importante que você conheça também os elementos da
pirâmide.
O nome da pirâmide depende do polígono que forma sua base.
Na figura ao lado, temos uma pirâmide de base quadrangular,
pois sua base é um quadrado. O número de faces da pirâmide é
sempre igual ao número de lados do polígono que forma sua
base mais um. Cada lado do polígono da base é também uma
aresta da pirâmide. O número de arestas é sempre igual ao número de lados do polígono da base
vezes dois. O número de vértices é igual ao número de lados do polígono da base mais um. Os
vértices são formados pelo encontro de três ou mais arestas. O vértice principal é o ponto de
encontro das arestas laterais.
Alguns sólidos geométricos, chamados sólidos de revolução, podem ser formados pela
rotação de figuras planas em torno de um eixo. Rotação significa rodar, dar uma volta completa. A
figura plana que dá origem ao sólido de revolução chama-se figura geradora. A linha que gira ao
redor do eixo formando a superfície de revolução é chamada linha geratriz.
O cilindro, o cone e a esfera são os principais
sólidos de revolução.
• Cilindro
O cilindro é um sólido geométrico, limitado
lateralmente por uma superfície curva. você pode
imaginar o cilindro como resultado da rotação de
Fundamentos do Desenho Técnico 38
um retângulo ou de um quadrado em torno de um eixo que passa por um de seus lados. Veja a
figura ao lado. No desenho, está representado apenas o contorno da superfície cilíndrica. A figura
plana que forma as bases do cilindro é o círculo. Note que o encontro de cada base com a
superfície cilíndrica forma as arestas.
• Cone
O cone também é um sólido geométrico limitado
lateralmente por uma superfície curva. A formação do cone pode
ser imaginada pela rotação de um triângulo retângulo em torno de
um eixo que passa por um dos seus catetos.
A figura plana que forma a base do cone é o círculo. O vértice é o
ponto de encontro de todos os segmentos que partem do círculo.
No desenho está representado apenas o contorno da superfície
cônica. O encontro da superfície cônica com a base dá origem a
uma aresta.
• Esfera
A esfera também é um sólido geométrico limitado por uma
superfície curva chamada superfície esférica. Podemos imaginar a
formação da esfera a partir da rotação de um semicírculo em torno
de um eixo, que passa pelo seu diâmetro. Veja os elementos da
esfera na figura abaixo.
O raio da esfera é o segmento de reta que une o centro da esfera a
qualquer um de seus pontos. Diâmetro da esfera é o segmento de
reta que passa pelo centro da esfera unindo dois de seus pontos.
Quando um sólido geométrico é cortado por um plano, resultam novas figuras geométricas:
os sólidos geométricos truncados. Veja alguns exemplos de sólidos truncados, com seus
respectivos
nomes:
Fundamentos do Desenho Técnico 39
3.5 - Sólidos geométricos vazados
Os sólidos geométricos que apresentam partes ocas são chamados sólidos geométricos
vazados. As partes extraídas dos sólidos geométricos, resultando na parte oca, em geral também
correspondem aos sólidos geométricos que
você já conhece.
Observe a figura, notando que, para obter
o cilindro vazado com um furo quadrado,
foi necessário extrair um prisma
quadrangular do cilindro original.
Analisando os exemplos a seguir,
percebemos que podemos construir peças,
com a subtração; união ou interseção de
sólidos.
união de sólidos
Planificação é o processo usado para traçar em uma superfície plana um objeto que,
posteriormente será cortado, dobrado ou calandrado, para adquirir uma forma espacial (sólida).
Este processo que também é chamado de desenvolvimento ou caldearia, é usado no projeto de
peças construídas a partir de chapas (muito usadas em projetos de Ventilação e Climatização), etc.
a) Cubo b) Cone
Fundamentos do Desenho Técnico 40
c) Prisma
b)...........................
c)..........................
d)...........................
e)..........................
Fundamentos do Desenho Técnico 41
2) Desenhe a planificação dos seguintes sólidos em papel cartão e em seguida monte o
sólido:
Altura: h = 100 mm
Largura da base = 60 mm
a) b) c)
desenho profissional
desenho infantil
Fundamentos do Desenho Técnico 43
Notamos que neste tipo de desenho as formas das figuras não tem valores absolutos. É
importante saber diferenciar os vários elementos que determinam a configuração do objeto
representado e as ilusões de óptica criadas por sua representação, na percepção do observador.
Exercício proposto: Observe as figuras abaixo da esquerda para a direita e verifique: figura 1- O
paralelismo dos dois segmentos verticais (mais grossos); figura 2- Compare o tamanho do
segmento horizontal com o vertical e figura 3- De onde de onde o ponto no interior do triângulo
eqüilátero está mais próximo.
Pergunta:
Nas figuras as medidas correspondem à impressão visual?
Comente sua resposta.
................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................
Os objetos são representados como seriam vistos por um observador situado a uma
distância infinita e de tal forma que os raios visuais sejam paralelos entre si e oblíquas em relação
ao quadro.
A face frontal do objeto fica paralela ao quadro o que
garante a projeção em tamanho real e sem deformação da
face. Já as profundidades do objeto sofrem certa deformação
de acordo com a inclinação utilizada na projeção.
Este tipo de perspectiva é recomendado para objetos cuja forma geométrica em uma das
faces seja mais complexa.
Coeficiente de redução
A = Altura Tipos (β) das escala dos eixos
P = Profundidade L A P
Cavaleira 30o 1 1 2/3
o
Cavaleira 45 1 1 1/2
Cavaleira 60o 1 1 1/3
L = Largura
As arestas OX, OY, OZ são chamadas Eixos Isométrico fazendo entre si ângulos iguais de
120o . Qualquer linha paralela aos três eixos isométricos é denominada linha isométrica.
As projeções das três dimensões fundamentais do cubo, sofrem a mesma redução e terão a
mesma medida (81,6% do valor real) , porque se trata de projeções ortogonais de segmentos iguais
e igualmente inclinados em relação ao plano de projeção. Y
Como os coeficientes de redução são iguais para os X
três eixos isométricos, pode-se tomar como medidas das
arestas do cubo sobre estes eixos, a verdadeira grandeza
das mesmas e o efeito serão idênticos, ficando, apenas, com
suas dimensões ampliadas de 1 para 1,23. A representação
assim obtida é denominada Perspectiva lsométrica
Z
Simplificada ou Desenho Isométrico. A aplicação
correspondente pode ser perfeitamente tolerada, em face das vantagens de se trabalhar
diretamente com as dimensões do objeto.
Fundamentos do Desenho Técnico 46
Determinação dos eixos ixométricos
Traçam-se os três eixos isométricos, de modo que formem entre si ângulos de 120o ; isto se
consegue fazendo com que um dos eixos seja vertical e os outros dois oblíquos de 30o em relação
a horizontal.
4
Perspectiva lsométrica do Círculo
2
A Perspectiva lsométrica do círculo é uma elipse
inscrita em um losango. A elipse tangencia cada ponto
médio dos lados do losango. Para as suas três posições fundamentais temos três elipses iguais.
Em qualquer das três posições, o eixo maior da elipse é exatamente o valor do diâmetro real do
círculo (VG).
A
Então para esboçar a elipse basta tangencial em cada ponto
médio do losango uma curva. Pode-se traçar a elipse usando o
compasso. D B
figura seguinte. F H
C
Fundamentos do Desenho Técnico 47
Recomendações:
8,
2
8,2
1. Esboços de linhas verticais devem ser exatamente verticais para definir a forma do objeto.
2. Esboços das aresta inclinadas devem ser paralelas ou convergentes, nunca divergentes.
Num desenho, normalmente as cores claras nos sugerem relevo ou realce, enquanto as
escuras dão idéia de profundidade.
A utilização de sombras em desenho técnico tem como objetivos principais:
• Auxiliar na descrição da forma do objeto;
• Separar faces;
• Identificar faces paralelas;
• Indicar curvatura de superfícies;
• Evidenciar o efeito tridimensional.
Assim sendo, pelos objetivos acima, podemos constatar que sua principal aplicação é no desenho
de perspectivas.
Como veremos a seguir, existem dois tipos de sombreado: por linhas paralelas e por
pigmentação. Em ambos os casos, a face superior da peça é sempre considerada como
plenamente iluminada. A face frontal com um sombreado intermediário e lateral visível com um
sombreado mais intenso. Quando a perspectiva mostrar a face inferior do objeto, esta será mais
sombreada do que a lateral visível.
Nome :
ESBOÇO EM PERSPECTIVA Turma: Data: / /
Escala: :
Curso: Refrigeração e Ar Condicionado CEFET/SC Avaliação:
Fundamentos do Desenho Técnico 55
Nome :
ESBOÇO EM PERSPECTIVA Turma: Data: / /
Escala: :
Curso: Refrigeração e Ar Condicionado CEFET/SC Avaliação:
Fundamentos do Desenho Técnico 56
c) Dada à peça em perspectiva cavaleira a 45º, desenhe a mesma peça em perspectiva
isométrica.
Fundamentos do Desenho Técnico 57
Unidade V - PROJEÇÕES ORTOGONAIS
Introdução
Projeção Cilíndrica
O observador se encontra uma distância finita do plano de
projeção; ocorre a formação de superfície cilíndrica pelos raios
projetantes: Pode ter verdadeira grandeza, (V.G.) desde que as
superfícies dos objetos estejam paralelas ao plano de projeção então se
projetam com a mesma forma e as mesmas dimensões, isto é, em
“verdadeira grandeza”.
Projeções de um ponto
Quando desenhamos figuras geométricas planas, figuras
com duas dimensões (possuem uma área) todos os pontos da Y Coordenadas
(40,50)
figura podem ser descritos (posicionados) usando-se duas
coordenadas X e Y o que nos lembra o plano cartesiano da 50
matemática.
Quando um ponto estiver no espaço?
Apesar de não possuir dimensão, possui posição, e esta posição
só será possível descrever com três coordenadas X; Y e Z.
0,0 40 X
Mas o ponto poderá ser descrito usando-se a geometria descritiva,
que nada mais faz do que projeta-lo nos planos de projeção.
Considerando os planos: vertical; horizontal e de perfil, como mostramos na figura a seguir,
dividimos o espaço em quatro ângulos diedros. Os quatro ângulos são numerados no sentido anti-
horário, e denominados 1o, 2o, 3o e 4o diedros.
Foi normalizada a projeção ortogonal no 1o e 3o diedros, sendo mais usado às projeções
no 1o diedro. É esta que adotaremos. Veja como fica a projeção de um ponto de coordenadas
(X,Y,Z). Em cada plano (vertical; horizontal e de perfil) será projetado uma vista do ponto, ou seja,
vai ocorrer uma projeção cilíndrica ortogonal, como mostra a figura abaixo.
Após a projeção ocorre o rebatimento dos planos de perfil e horizontal (planificação). É a
partir deste momento que nos valemos da geometria descritiva, ou seja, passamos a representar no
plano, através de projeções (vistas), objetos do espaço. Veja a seguir como fica no caso do ponto.
Plano de
Plano vertical perfil
Projeção de Projeção
Rebatido
frente lateral
Projeção
Plano superior
horizontal
Rebatido
Fundamentos do Desenho Técnico 60
Projeções de um segmento de reta
Um segmento de reta pode ser definido por dois pontos e pode ter várias posições
espaciais relativas aos três planos de projeção. Possui apenas uma dimensão, ou seja, um
comprimento.
De acordo com sua posição, relativa aos planos de projeção, recebe um nome.
Na figura de um cubo, em algumas de suas arestas e diagonais, entre os planos: frontal; horizontal
e de perfil podemos visualizar vários tipos de
segmentos:
•Horizontal ou de nível – segmento BD;
•Frontal ou de frente – segmento BC;
. P.P
•Fronto-horizontal ou paralela à linha P.F .
D B
D1 B1 D3 B3 B1 B3
A1 B1 A3 ≡ B3
C1 D3
D2
D2 B2
B2 C2 B2
A1 A3 A1 ≡ D1 D3 A3 D1 D3 B1 B3
E1 E3
C1
C1 C3
D2
E2
D2
A2 ≡ C2 A2
C2
B2
Exercícios propostos
a) Para cada tipo de segmento diga em qual ou quais planos sua projeção é em tamanho real
(verdadeira grandeza).
Tipo de segmento Projeta-se em tamanho real no(s) plano(s)
Horizontal
Frontal
Fronto-horizontal
Vertical
De topo
De perfil
Qualquer
b) Responda:
1- Quando ocorre a verdadeira grandeza na projeção do segmento?
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
Um segmento de plano possui duas dimensões, ou seja, uma área (superfície), podendo ser
definido por três pontos no mínimo e ocupar várias posições espaciais relativas aos três planos de
projeção.
De acordo com sua posição relativa aos planos de projeção C
• Horizontal – ABCD
F
• De perfil – ADEF
• Frontal – ABGF
P.H.
F G F≡G F≡E E F
D C D≡E
A B A B A≡F
Segmento de plano Segmento de plano Segmento de plano
horizontal - ABCD frontal - ABGF de perfil - ADEF
Visualize estes segmentos de plano, no espaço e veja como fica a projeção de cada um destes
segmentos de plano, nos planos de projeção.
Fundamentos do Desenho Técnico 63
C≡B C B
. P.P
P.F .
B E≡F F
E
E C
E
F B
D C D≡C
. P.P
P.F .
D
F≡G
F G
D C
G
F G
D B D B
. P.P
P.F B
.
D E G E G
D≡E
E G
B≡G
P.H.
Vertical - DEBG
D B D B
. P.P
P.F B
.
F
D F
F B
a) Para cada tipo de segmento de plano, diga em qual plano sua projeção ocorre em tamanho real
(verdadeira grandeza). Diga também qual ou quais os tipos de segmento de reta que podem
estar contidos nos respectivos planos.
2 - Responda:
1- Quando ocorre a verdadeira grandeza na projeção de um segmento de plano?
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
2- Quando que um segmento de plano tem sua projeção reduzida a um segmento de reta?
..............................................................................................................................................................
..............................................................................................................................................................
Fundamentos do Desenho Técnico 65
5.5 - Projeções de uma peça no primeiro diedro para representação através de vistas
Vista de frente
A vista de frente é a projeção vertical do objeto. Nesta vista é considerada sua face anterior.
É ela a principal vista da peça, devendo ser escolhida a que mais mostra detalhes e ou de maior
dimensão no sentido horizontal. Veja o exemplo abaixo:
Fundamentos do Desenho Técnico 66
Vista superior ou de cima
A vista superior é a projeção horizontal do objetivo e representa sua face superior. Uma vez
definida a vista frontal o observador olha para a peça de uma outra direção (de cima para baixo).
Desta forma a vista superior se posicionará sempre abaixo da frontal (primeiro diedro). Exemplo:
Plano de perfil
Vista superior
Fundamentos do Desenho Técnico 67
Como estamos trabalhando no primeiro diedro, eliminam-se as linhas de extensão e plano de perfil
assim como as linhas de chamadas, mantendo-se as posições relativas conforme mostramos
abaixo.
Primeiro Diedro
Terceiro Diedro
Regra do alinhamento
1 2 2 1
As projeções de um mesmo
elemento do objeto nas vistas 2
adjacentes acham-se sobre o 1
mesmo alinhamento, isto é, sobre a
mesma linha de chamada.
1
Fundamentos do Desenho Técnico 70
Regra das figuras contíguas
A linha que separa duas áreas contíguas de uma vista ortográfica, indica que estas duas
áreas não estão contidas no mesmo plano.
Regra da configuração
Uma fase plana somente pode projetar-se com a sua configuração ou coma um segmento
de reta. Assim como um segmento de reta, uma aresta, pode projetar-se como segmento ou um
ponto.
d b d b
b
a
c ac
d
c
a a bc
5.9 - Exercícios propostos:
Dado a perspectiva isométrica da peça, faça a mão livre à respectiva representação ao lado
em forma de vistas: frontal; superior e lateral esquerda. Respeite as proporções de cada peça de
acordo com os exemplos.
1 2
Fundamentos do Desenho Técnico 71
3 4
5 6
7
8
9 10
Fundamentos do Desenho Técnico 72
5.10 - Representação de Arestas Ocultas
1 - Dado a perspectiva isométrica da peça, faça a mão livre à respectiva representação ao lado em
forma de vistas: frontal; superior e lateral esquerda. Respeite as proporções de cada peça e
represente as superfícies ocultas com linhas tracejadas.
11 12
13 14
Fundamentos do Desenho Técnico 73
19 20
Fundamentos do Desenho Técnico 74
Fundamentos do Desenho Técnico 75
2
Fundamentos do Desenho Técnico 76
3 - Desenhe as três vistas das peças abaixo em folha A4 com legenda em caligrafia técnica.
O tamanho das vistas devem ser obtidos diretamente das perspectivas.
Fundamentos do Desenho Técnico 77
4-
Fundamentos do Desenho Técnico 78
5.12 - Representação de Superfícies Curvas
Como regra para representação, pode-se dizer que, quando não houver arestas, uma
superfície curva gera linha na projeção resultante quando o raio da curva for perpendicular ao
sentido de observação (A).
Fundamentos do Desenho Técnico 79
Se houver interseção da superfície curva com qualquer outra superfície, haverá aresta resultante,
onde tem interseção tem canto (aresta) e onde tem canto na peça, tem linha na projeção ortogonal.
Lembre-se:
1. A representação de arestas e contornos visíveis deve ser executada com linha contínua grossa.
2. A representação de arestas e contornos invisíveis devem ser executada com linha tracejada
média.
3. A representação de eixos de sistema, centros de furo, eixos, engrenagens, e raios de
arredondamento, devem ser executado com linha fina traço ponto.
23
24
Fundamentos do Desenho Técnico 80
2 – Desenhe as três vistas das peças abaixo em folha A4 com legenda em caligrafia técnica. O
tamanho das vistas devem ser obtidos diretamente das perspectivas.
Fundamentos do Desenho Técnico 81
3 - Dada duas vistas de uma peça construa a terceira no espaço pontilhado e faça também a sua
perspectiva isométrica, usando os segmentos já traçados ao lado das respectivas vistas.
Fundamentos do Desenho Técnico 82
Fundamentos do Desenho Técnico 83
Fundamentos do Desenho Técnico 84
k
Fundamentos do Desenho Técnico 85
4 - Dada as três vista ortográficas, construir a sua perspectiva isométrica ao lado.
a)
b)
Fundamentos do Desenho Técnico 86
c)
d)
Fundamentos do Desenho Técnico 87
Fundamentos do Desenho Técnico 88
Fundamentos do Desenho Técnico 89
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Fundamentos do Desenho Técnico 98
BLIOGRAFIA:
SPECK, Hederson José. Manual Básico de Desenho Técnico – Florianópolis : Ed. Da UFSC,
1997.
PROVENZA, Eng. F. Desenhista de Maquinas, Escola Protec, São Paulo.
HALLAWEL, Philip. A Linguagem do Desenho a Mão Livre, Companhia Melhoramentos, São
Paulo, 1994.
Normas Gerais para Desenho Técnico – NB8 – ABNT
FRENCH, Thomas E. Desenho Técnico e Tecnologia Gráfica, Rio de Janeiro, Ed. Globo,1985.
SILVA, Silvio S. da. A linguagem do Desenho Técnico, Rio de Janeir, LTC, 1984.
PRÍNCIPE JUNIOR, Alfredo dos Reis. Noções de Geometria Geométrica. São Paulo, Nobel,
1976.
CARVALHO, Bejamin de A .Desenho Geométrico. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico S/A, 1982.
JANUÁRIO, Antônio Jaime. Desenho Geométrico. Florianópolis, Editora da UFSC, 2000.
Apostilas do telecurso 2000.
http://www.bibvirt.futuro.usp.br/textos/tem_outros/cursprofissionalizante/tc2000/des_tecnico
http://www.debas.faenquil.br/~clelio