Técnicas Básicas Do Exame Físico PDF
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Inspeção
- Semiotécnica
Para uma boa inspeção, a luz deve ser branca e de intensidade suficiente.
A inspeção deve ser realizada por partes, desnudando-se somente a região a ser
examinada, sempre respeitando o pudor do paciente.
O conhecimento das características da superfície corporal, assim como da anatomia
topográfica, permitirá ao estudante reconhecer eventuais anormalidades durante
a inspeção.
Palpação
A palpação recolhe dados por meio do tato e da pressão. O tato fornece impressões sobre a
parte mais superficial, e a pressão, sobre as mais profundas. Pela palpação percebem-se
modificações de textura, temperatura, umidade, espessura, consistência, sensibilidade,
Kamila Vargas – MED 25 2
- Semiotécnica
A técnica da palpação deve ser sistemática, com a abordagem tranquila e gentil. Geralmente, o
paciente fica em decúbito dorsal, e o examinador de pé, à direita do paciente. Esse
procedimento apresenta muitas variantes, que podem ser sistematizadas da seguinte maneira;
boca, enquanto as polpas digitais dos outros dedos - exceto o polegar - da outra mão fazem a
palpação externa na área de projeção da glândula; outro exemplo de palpação bimanual é o
toque ginecológico combinado com a palpação da região suprapúbica.
Percussão
- Semiotécnica
Som maciço: é o que se obtém ao percutir regiões desprovidas de ar (na coxa, no nível do
fígado, do coração e do baço).
Som claro pulmonar: é o que se obtém quando se golpeia o tórax normal. Depende da
presença de ar dentro dos alvéolos e demais estruturas pulmonares.
Ausculta
A ausculta consiste em ouvir os sons produzidos pelo corpo. Em sua maioria, os ruídos
corporais são muito suaves e devem ser canalizados através de um estetoscópio para serem
avaliados.
- Semiotécnica
1. Ambiente silencioso
2. Posição do paciente e do examinador
3. Instrução do paciente de maneira adequada
4. Escolha receptores com diafragma com menor diâmetro
5. Aplicação suave do diafragma na pele
6. Não auscultar sobre a roupa do paciente
• Temperatura corporal
• Pressão arterial
• Frequência respiratória
• Frequência cardíaca
• Pulso
Temperatura Corporal
Hipotermia
Redução da temperatura retal para menos de 35°C. A temperatura axilar não é a adequada
para se reconhecer hipotermia, porém, abaixo de 35,5°C, deve-se valorizar o achado,
principalmente em idosos com processo infeccioso.
A medida que a temperatura corporal diminui, todos os órgãos são afetados, com redução do
fluxo sanguíneo cerebral e dos processos metabólicos. Ocorre mais frequentemente em
crianças e idosos. Além da baixa temperatura corporal, podem-se observar calafrios, confusão
mental, taquicardia, delírio, hipotensão arterial, cianose, rigidez muscular, torpor e coma. As
causas de hipotermia abrangem imersão em água muito fria, desabrigados em épocas de
inverno, distúrbios da termorregulação e hipertensão arterial.
Tendo em vista a intensidade, a febre pode ser classificada como: Início: Súbito ou gradual
Pacientes em mau estado geral, indivíduos em estado de choque, pessoas idosas e diabéticos
podem não apresentar febre ou ter apenas febre leve, quando acometidos por processos
infecciosos.
Febre contínua: a temperatura permanece sempre acima do normal com variações de até 1°C.
causas: pneumonia, endocardite infecciosa, erisipela, hepatite infecciosa, tuberculose,
salmonelose, esquistossomose, lúpus eritematoso sistêmico, tromboflebite, arterite temporal,
sarcoidose, lesões cerebrais, viroses.
Febre irregular ou séptica: registram-se picos muito altos intercalados por temperaturas baixas
ou períodos de apirexia (ausência de febre).
Febre remitente: há hipertermia diária com variações de mais de 1°C, porém sem períodos de
apirexia.
Febre recorrente ou ondulante: temperatura elevada durante alguns dias interrompida por
período de apirexia que dura dias ou semanas
Pressão arterial
É a pressão exercida pelo sangue contra a parede das artérias. A medição é feita com o
esfigmomanômetro. Em um adulto com boa saúde, a pressão nas artérias durante a sístole
ventricular- pressão sistólica ou máxima- é da ordem de 120 mmHg. Durante a diástole, a
pressão diminui, ficando em torno de 80 mmHg: essa é a pressão diastólica ou mínima.
Pulso
Em geral, faz-se a análise do pulso radial. Pode-se, porém, palpar o pulso carotídeo ou, mais
raramente, o pulso femoral, com o mesmo objetivo.
causas: exercício hsico, emoçoes, gravidez, estados febris, hipertireoidismo, fibrüação arterial,
hipovolemia, miocardites, colapso periférico, taquicardia paroxística.
Frequência respiratória
Exame físico
O exame físico pode ser dividido em duas etapas:
É o que aparenta o paciente, visto em sua totalidade. A avaliação do estado geral tem utilidade
prática, principalmente para se compreender até que ponto a doença atingiu o organismo
visto como um todo.
Perceptividade: capacidade para responder a perguntas simples (p, ex., “Como vai?”)
ou informar aspectos corriqueiros, como o nome de familiares ou seu endereço, fazer
cálculos elementares ou atender a ordens do tipo: “Sente-se na cama”, “Tire a
camisa”.
Reatividade: capacidade de reagir a estímulos inespecíficos, como, por exemplo,
desviar os olhos e a cabeça para um ponto no qual é provocado um barulho, A
reatividade pode ser avaliada, também, em relação à dor.
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Disfonia ou afonia: é uma alteração do timbre da voz. A voz pode tornar-se rouca,
fanhosa ou bitonal.
Dislalia: distúrbio no ritmo da fala, tais como a gagueira e a taquilalia.
Disartria: decorre de alterações nos músculos da fonação, incoordenação cerebral (voz
arrastada, escandida),hipertonia no parkinsonismo (voz baixa, monótona e lenta) ou
perda do controle piramidal (paralisia pseudobulbar)
Disfasia: pertubação na elaboração cortical da fala, pode ser sensorial (o paciente não
entende o que se diz a ele) ou motora motora (o paciente entende, mas não consegue
se expressar), ou ainda do tipo misto, que é, aliás, o mais frequente.
Disgrafia: perda da capacidade de
escrever
Dislexia: perda da capacidade de ler Desidratação, como o próprio nome indica, é a diminuição de
água e eletrólitos totais do organismo, caracterizando-se
pelos seguintes elementos:
Sede
O estado de hidratação do paciente é avaliado Diminuição abrupta do peso
Pele seca, com elasticidade e turgor diminuídos
tendo-se em conta os seguintes parâmetros: Mucosas secas
Olhos afundados (enoftalmia) e hipotônicos
Alteração abrupta do peso Estado geral comprometido
Excitação psíquica ou abatimento
Oligúria
Fontanelas deprimidas no caso de crianças.
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Altura planta-cérvice: a altura total do indivíduo, que vai da planta dos pés ao vértice
da cabeça.
Peso (magreza e obesidade) ■ Obesidade central ou androide: a gordura se
- IMC concentra mais no tórax e no abdome. Esse tipo de
obesidade está estreitamente relacionado com o
surgimento de diabetes tipo 2, hipertensão arterial e
infarto do miocárdio.
■ Obesidade periférica ou ginecoide: mais frequente
nas mulheres, a gordura se deposita nas coxas,
nádegas e regiões próximas à pelve. A deposição da
gordura predomina na camada subcutânea,
favorecendo o aparecimento de celulite.
Peso
Hiponutrição ou desnutrição é uma condição na qual o
Musculatura
peso está abaixo dos valores mínimos normais, a
Panículo adiposo musculatura é hipotrófica e o panículo adiposo escasso.
Desenvolvimento físico • A pele torna-se seca e rugosa ao tato, adquirindo,
Estado geral nos casos avançados, aspecto de papel de lixa.
Pele, pelos e olhos. • Os cabelos e os pelos mudam de cor e se tornam
finos, secos e quebradiços.
• Nos olhos podem-se observar sequidão da
conjuntiva, perda do reflexo à luz, falta ou diminuição de
lágrimas.
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Desenvolvimento normal
Hiperdesenvolvimento
Hipodesenvolvimento
Hábito grácil (constituição corporal frágil e delgada, caracterizada por ossatura fina,
musculatura pouco desenvolvida, juntamente com uma altura e um peso abaixo dos
níveis normais)
Infantilismo (persistência anormal das características infantis na idade adulta)
Gigantismo acromegálico
Gigantismo infantil
Nanismo
Proporcionado e desproporcionado
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Nanismo acondroplásico
Cretinismo:
Nanismo hipofisário
Nanismo do raquitismo
Normal Cushingóide
Hipocrática Mongolóide
Renal Depressão
Leonina Pseudobulbar
Adenoideana Paralisia facial periférica
Parkinsoniana Miastênica
Basedoniana Deficiente mental
Mixedematosa Etílica
Acromegálica Esclerodérmica
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A posição adotada pelo paciente no leito ou fora dele, por comodidade, hábito ou com o
objetivo de conseguir alívio para algum padecimento. Podem ser do tipo típicas ou atípicas,
esta última sendo dividida em voluntárias ou involuntárias.
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Localização
Direção do fluxo sanguíneo
Existência de frêmito ou sopro
✓ Semiotécnica
✓ Causa: recanalização da veia umbilical
(síndrome de Cruveillier-Baumgarten)
Braquiocefálica
✓ TCBO – adenomegalia ou aneurisma em joelho anterior da crossa da aorta
✓ TCBE - adenomegalia e aneurisma da convexidade da crossa
VCS
✓ Neoplasias ou alterações no mediastino superior
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