Resumo Acordo Brasil X Itália - Previdência
Resumo Acordo Brasil X Itália - Previdência
Resumo Acordo Brasil X Itália - Previdência
No Brasil
• Pensão por Morte
• Aposentadoria por Idade
• Aposentadoria por Invalidez
• Aposentadoria por Invalidez por Acidente do Trabalho
• Auxílio-Doença
• Auxílio-Doença por Acidente do Trabalho
• Auxílio-Acidente
• Assistência Médica
Documentos necessários à habilitação do benefício brasileiro
a) Requerimento-padrão em duas vias;
b) Formulário próprio do Acordo Brasil/Itália (IT/BRA-01), preenchido, datado e
assinado pelo requerente em duas vias;
c) Comprovante de residência ;
d) Documentos de identificação do segurado e, no caso de pensão por morte,
documentos do requerente, em duas vias;
e) Certidão de Casamento, Certidão de Óbito e Certidão de Nascimento dos
filhos, em caso de pensão por morte, em duas vias;
f) Documentos que comprovem o vínculo com a Previdência Social da Itália,
em duas vias;
g) Documentos que comprovem o vínculo com a Previdência Social brasileira,
conforme a atividade exercida (consultar na internet o seguinte site:
www.previdenciasocial.gov.br - clicar em .benefício., em seguida em .tipo de
benefício. e finalmente em .documentos solicitados.):
- comprovantes de atividades no Brasil ordenados cronologicamente (cópias autenticadas);
- relação de salários de contribuição de 07/ 94 até o requerimento. Não
havendo contribuição no período acima, relacionar todos os salários de contribuição no Brasil;
- quando estiver em gozo de benefício brasileiro, informar o número do
benefício e o Posto Concessor.
Na Itália
• Benefício por Morte
• Benefício por Idade
• Benefício por Invalidez
• Seguro Contra Tuberculose
• Benefício por Maternidade
• Benefício por Doença Profissional
• Benefício por Incapacidade Temporária do Trabalho
• Benefício por Acidente do Trabalho
• Assistência médica
Documentos necessários à habilitação do benefício italiano
a) Requerimento-padrão em duas vias;
b) Formulário próprio do Acordo Brasil/Itália (IT/BRA-01), preenchido, datado e assinado
pelo requerente em duas vias;
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BRASIL / ITÁLIA
Resumo do Acordo Internacional de Previdência Social
Documentos necessários:
Deslocamento inicial:
1) Formulário de ligação . IB -1, obtido na Agência da Previdência Social, preenchido e
assinado pela empresa ou autônomo, em cinco vias.
2) Requerimento em forma de ofício, devendo constar:
- Dados cadastrais da empresa, inclusive a atividade principal;
- Dados identificadores do trabalhador (nome, data e local de nascimento, estado civil,
profissão, número e série da CP/CTPS e RG);
- Período provável de permanência no país acordante (início e término); e
- Razão social, endereço e atividade principal da empresa no exterior, onde o trabalhador irá
prestar serviço.
3) Cópia da folha de registro do empregado ou CP/CTPS, que deverá ser autenticada pelo
setor de atendimento da Previdência Social.
Prorrogação de deslocamento:
1) Formulário de ligação . IB -1, em cinco vias, obtido na Agência da Previdência
Social;
2) Requerimento em forma de ofício, devendo constar:
- O período da prorrogação;
3) Cópia do formulário de deslocamento inicial e da folha de registro de
empregado ou CP/CTPS, autenticadas pelo setor de atendimento da Previdência
Social.
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BRASIL / ITÁLIA
Resumo do Acordo Internacional de Previdência Social
Das Finalidades
Artigo 1º
O presente Acordo tem por objetivo orientar, assistir e organizar as correntes migratórias
italianas para o Brasil dentro de um regime de conjugação de esforços de ambas as Altas
Partes Contratantes, a fim de que os problemas migratórios e de colonização entre os dois
países tenham solução prática, rápida e eficaz tendo em conta a conveniência de preservar a
unidade dos núcleos familiares.
Artigo 2º
A migração italiana para o Brasil poderá ser dirigida ou espontânea, devendo ambas merecer
todo o amparo e proteção das Altas Partes Contratantes. Estas poderão valer-se da
colaboração e da Assistência do Comitê Intergovernamental para as Migrações Europeias
(CIME) ou de outros organismos internacionais no quadro de programas a serem previamente
acordados.
Migração Espontânea
Artigo 3º
A migração espontânea é a que se opera por livre iniciativa e às expensas dos migrantes, quer
considerados individualmente, quer coletivamente, em conjunto
familiar ou grupo de famílias.
Migração Dirigida
Artigo 4º
A migração dirigida far-se-á através de programas previamente estabelecidos, de comum
acordo e com a assistência das Altas Partes Contratantes.
Artigo 5º
A migração dirigida de italianos para o Brasil compreenderá, entre outras, as seguintes
categorias:
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BRASIL / ITÁLIA
Resumo do Acordo Internacional de Previdência Social
Artigo 6º
Os migrantes italianos que se estabelecerem no Brasil, mediante o regime da migração
dirigida, gozarão de todas as facilidades consignadas neste Acordo ou que vierem a ser
concedidos em ajuste especial, por troca de notas entre os dois Governos.
Artigo 7º
O Governo italiano em conformidade com a legislação vigente na matéria e sem restrições de
ordem cambial autorizará a exportação, com isenção de direitos dos seguintes bens
pertencentes aos migrantes que se vierem fixar no Brasil:
a) instrumentos de trabalho e pequenas máquinas operatrizes tanto para artesãos como para
artífices de profissão qualificada;
b) uma bicicleta ou motocicleta ou motoneta; uma máquina de costura e uma máquina de
malharia manual usadas;
c) equipamentos agrícolas, utensílios agrícolas e maquinaria, inclusive tratores e máquinas de
beneficiamento de produtos agropecuários, quando se tratar de agricultores, operários
agropecuários e técnicos especializados nas indústrias rurais;
d) matrizes animais ou vegetais, selecionadas e de interesse técnico ou econômico.
Artigo 8º
O Governo brasileiro isentará os bens referidos no artigo anterior, do regime de licença
prévia, dos impostos de importação e consumo, da taxa de despacho aduaneiro, assim como
de outros tributos que incidam sobre a entrada de mercadorias no país. Parágrafo único. Os
bens isentos na forma do presente artigo não poderão ser vendidos senão depois de dois anos
de sua entrada no Brasil. No caso em que o migrante seja compelido a deixar o país antes do
prazo de dois anos terá direito a levar de volta os seus bens.
Artigo 9º
Os benefícios mencionados nos artigos 7º e 8º restringem-se aos bens correspondentes à
qualificação profissional do migrante, devendo ser em quantidade compatível com a sua
condição econômica e suficiente ao início de sua atividade no Brasil.
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BRASIL / ITÁLIA
Resumo do Acordo Internacional de Previdência Social
Recrutamento e Seleção
Artigo 10
As autoridades italianas competentes efetuarão o recrutamento e a pré-seleção do migrante
dirigido baseadas nas indicações e pedidos do Governo brasileiro e organizarão listas
nominais dos candidatos, nas quais se contenham os elementos necessários aos trabalhos de
seleção definitiva.
As autoridades brasileiras fornecerão informações atualizadas e pormenorizadas sobre as
condições gerais de vida, de ambiente e de trabalho existentes no Brasil para as várias
categorias profissionais requeridas.
As autoridades italianas promoverão adequada divulgação dessas informações visando ao
perfeito esclarecimento do candidato à migração.
Artigo 11
As autoridades brasileiras procederão à seleção definitiva dos migrantes dirigidos, dentre os
candidatos recrutados e pré-selecionados de acordo com o artigo 11, e que satisfaçam as
exigências da legislação brasileira em vigor.
§ 1º O Governo brasileiro manterá, na Itália, para os fins previstos no presente artigo, um
Serviço técnico de seleção.
§ 2º As despesas para o funcionamento e a atividade desse Serviço técnico ficam a cargo do
Governo brasileiro.
§ 3º O Governo italiano dará todo apoio para que o Serviço em questão possa cumprir as suas
tarefas, facilitando, também, a realização de eventuais provas práticas para a verificação da
capacidade profissional dos migrantes.
§ 4º Os pormenores das operações de seleção serão previamente estabelecidos entre o Serviço
técnico brasileiro e o Ministério do Trabalho e da Previdência Social da Itália, tendo em vista
as peculiaridades e requisitos das diversas categorias a selecionar.
Artigo 12
Verificado, pela autoridade consular brasileira na Itália, o cumprimento das exigências legais
mencionadas no artigo anterior, serão concedidos ao migrante visto gratuito e autorização
para a entrada dos bens de que tratam os artigos 7ºe 8º.
Embarque e Transporte
Artigo 13
Ficarão a cargo do Governo italiano, salvo casos especiais, todas as despesas de transporte e
manutenção dos candidatos à migração, durante as operações de pré seleção e seleção.
Ficarão, ainda, a cargo do Governo italiano as despesas de encaminhamento dos migrantes e
de sua bagagem ao porto de embarque, bem como as despesas de transporte dos bens
enumerados no artigo 7º até o mesmo porto.
Artigo 14
Para o transporte dos migrantes e de seus bens para o Brasil, os dois Governos solicitarão a
assistência do Comitê Intergovernamental para as Migrações Européias (CIME) ou de outros
organismos internacionais específicos, reconhecidos pelos dois Governos. No caso de não ser
isso possível, as Altas Partes Contratantes estabelecerão, mediante troca de notas, o modo e as
condições convenientes para assegurar o referido transporte.
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BRASIL / ITÁLIA
Resumo do Acordo Internacional de Previdência Social
Artigo 15
O Governo brasileiro, desde o desembarque do migrante dirigido até sua destinação final, se
responsabilizará:
I . por sua recepção, hospedagem, alimentação e assistência médico-sanitária;
II . pelo desembaraço e guarda dos seus bens;
III . pela entrega da documentação necessária à permanência e ao trabalho;
IV . pelo encaminhamento do migrante e de seus bens ao destino final, bem como pela sua
colocação;
V . pela estabulação dos animais e assistência veterinária.
§ 1º A indicação dos portos e datas de desembarques dos migrantes e de seus bens será objeto
de entendimento específico entre as autoridades brasileiras e italianas, com o fim de evitar
demoras e gastos supérfluos.
§ 2º A inspeção do migrante, seus bens e animais, ao entrarem em território brasileiro,
obedecerá as disposições legais que regem a matéria, observado quanto aos bens o disposto no
artigo 9º.
Artigo 16
O Governo brasileiro concederá facilidades para a constituição e as atividades de associações
assistenciais compostas de elementos brasileiros e italianos residentes no Brasil e que tenham
por finalidade favorecer e ajudar a migração italiana.
Os estatutos e a composição dessas associações deverão ser aprovadas pelas autoridades
brasileiras, ouvida a Missão diplomática italiana. As referidas associações terão a faculdade
de fazer representações às autoridades competentes das duas partes em tudo quanto se
relacionar com o bem-estar dos migrantes e o respeito dos direitos que lhe estejam
assegurados.
Artigo 17
A responsabilidade do Governo brasileiro pelas obrigações estipuladas no artigo 16 cessará
com a colocação do migrante e seus bens no ponto a que se destinar, ressalvado os casos
previstos nos §§ 1º e 2º do artigo 18.
Artigo 18
Considera-se colocado o migrante que haja sido recebido no local a que se destinava e haja
iniciado a sua atividade profissional ou, se for o caso, ultimado o período de prova.
§ 1º O migrante que haja iniciado a sua atividade profissional, embora não tendo encontrado
as condições de ambiente e de trabalho que lhe foram previamente comunicadas, poderá pedir
sua recolocação às autoridades brasileiras competentes.
§ 2º Poderão ser considerados outros eventuais pedidos de recolocação e de auxílio ao
migrante e à sua família, dentro do primeiro ano de sua chegada.
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BRASIL / ITÁLIA
Resumo do Acordo Internacional de Previdência Social
Colonização e Estabelecimento
Artigo 19
As Altas Partes Contratantes estimularão o preparo de planos de colonização, tomando para
tanto medidas administrativas, técnicas e financeiras que facilitem a sua execução.
Artigo 20
Os programas para o recrutamento e a seleção de migrantes destinados a núcleos coloniais
deverão ser previamente aprovados pelas competentes autoridades brasileiras e italianas.
Destes programas constarão, além dos aspectos econômicos, financeiros e técnico-produtivos,
indicações sobre as condições gerais de vida e de trabalho, especialmente no que se refere à
situação das habitações e aos auxílios e facilidades de financiamento ao colono.
Artigo 21
Os programas de colonização serão realizados nas áreas do território brasileiro mais
convenientes ao desenvolvimento do país e à prosperidade dos colonos italianos, de acordo
com o plano geral de orientação de correntes migratórias e de colonização, elaborado pelo
Governo brasileiro.
Artigo 22
As Altas Partes Contratantes consideram colono todo agricultor, proprietário ou não, que, por
iniciativa oficial ou particular, se estabelecer e fixar em zona rural, nela desenvolvendo as
atividades características daquele meio.
Artigo 23
A zona rural, como tal definida, compreende as regiões em que os habitantes se dediquem
predominantemente a atividades características do meio rural.
Artigo 24
A fixação do migrante das categorias.c. e .d. a que se refere o artigo 6º estará condicionada à
observância do previsto no artigo 21.
Artigo 25
Os migrantes que se destinaram a exercer atividades colonizadoras, sob regime de migração
dirigida, deverão permanecer na zona rural por um prazo mínimo de três anos sob pena de
perderem os benefícios previstos neste Acordo em favor dos migrantes das categorias .c. e .d.,
do artigo 5º, excetuados os casos previamente autorizados pelas autoridades brasileiras
competentes.
Artigo 26
No caso de concessão de terras pelos Governos estaduais e autoridades municipais,
seu preço será regulado de conformidade com a legislação respectiva, comprometendo se o
Governo Federal do Brasil a exercer sua mediação para alcançar o preço mínimo, dentro das
condições locais de valorização, bem como para obter adequadas facilidades de pagamento.
Artigo 27
O Governo brasileiro empenhar-se-á junto aos Governos estaduais e autoridades municipais, a
fim de que fiquem isentos os colonos italianos, durante os três primeiros anos de sua
localização em lotes rurais, de todos os impostos e taxas que incidam ou venham a incidir
sobre seus lotes, culturas, veículos destinados ao seu transporte e ao dos respectivos produtos,
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BRASIL / ITÁLIA
Resumo do Acordo Internacional de Previdência Social
Artigo 28
A Assistência escolar, médica e social ficará a cargo das autoridades brasileiras competentes.
Parágrafo único. Nas unidades de colonização em que forem localizados colonos italianos, as
entidades devidamente reconhecidas pelas Altas Partes Contratantes poderão dar ao colono
assistência médica e, excepcionalmente, assistência escolar primária desde que os professores,
de nacionalidade brasileira, estejam devidamente habilitados de acordo com a lei.
Artigo 29
O Governo brasileiro entender-se-á com os Governos estaduais no sentido de serem
construídas, à custa dos mesmos, as estradas de acesso aos núcleos coloniais que
compreendam a colonização italiana, e se possível, as que sirvam aos lotes rurais já
demarcados.
Repatriação
Artigo 30
As autoridades italianas concederão . de conformidade com a legislação vigente da matéria. a
repatriação consular ao migrante que se revelar absolutamente inadaptável ao meio brasileiro
e que se encontre sem recursos próprios. Em casos especiais, será requerido o parecer da
Comissão Mista de que trata o artigo 44.
Parágrafo único. A manutenção desse migrante no Brasil até seu embarque será da
responsabilidade do Governo brasileiro e o transporte ficará a cargo do Governo italiano.
Financiamento e Auxílio
Artigo 31
As Altas Partes Contratantes proporcionarão aos migrantes às cooperativas e às entidades
devidamente reconhecidas, facilidades de financiamento por meio de organizações de crédito.
§ 1º A concessão do financiamento de que trata o presente artigo ficará
condicionada a um planejamento prévio específico, aprovado pela entidade financiadora.
§ 2º O Governo brasileiro isentará de quaisquer ônus fiscais as remessas
financeiras feitas de acordo com o presente artigo.
Seguros
Artigo 32
As Altas Partes Contratantes recomendam a instituição, em favor do migrante, de um seguro
especial que lhe garanta uma indenização se, durante a viagem, sobrevier acidente
irremediável de qualquer caso fortuito que o torne incapaz para o trabalho, total ou
parcialmente, e que assegure, ainda, aos seus beneficiários um pecúlio no caso de morte.
Artigo 33
As Altas Partes Contratantes, recomendarão às empresas de colonização que seguirem os seus
empreendimentos agrícolas contra riscos e prejuízos decorrentes de fenômenos naturais.
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BRASIL / ITÁLIA
Resumo do Acordo Internacional de Previdência Social
Artigo 34
As Altas Partes Contratantes concordaram em promover o treinamento profissional básico e
complementar dos migrantes através de cursos de formação e de aperfeiçoamento.
Artigo 35
As Altas Partes Contratantes comprometem-se a examinar, de comum acordo, a possibilidade
de adoção de normas, meios e critérios suscetíveis de facilitar o reconhecimento recíproco dos
certificados de estudos e dos diplomas de habilitações técnica e profissional, expedidos, nos
dois países, pelas respectivas entidades educacionais, oficialmente reconhecidas.
Previdência Social
Artigo 36
Os nacionais de cada uma das Altas Partes Contratantes se beneficiarão da legislação de
previdência social da outra, nas mesmas condições que os nacionais desta última.
Artigo 37
O Brasil e a Itália convencionam, dentro dos limites dos benefícios fixados para os nacionais
na legislação própria de cada um desses países, assegurar os direitos da previdência social
anteriormente adquiridos, no país de origem, pelos trabalhadores migrantes, enquanto não
decorram, no país de acolhimento, os prazos mínimos de
carência exigidos para a concessão de cada espécie de benefício mencionada nos artigos 38 e
39.
§ 1º Na hipótese de o migrante não haver preenchido o período de carência, no país de
origem, computar-se-á o tempo de contribuição anterior, para os efeitos previstos na
legislação vigente no país de acolhimento.
§ 2º A concessão dos benefícios referidos neste artigo far-se-á independentemente da
transferência da reserva individual resultante das contribuições recolhidas, no país de origem,
pelo trabalhador migrante.
Artigo 38
A concessão de prestações,.in natura., do seguro-doença aos beneficiários do migrante, que
permanecerem no país de origem até doze meses, será feita, de acordo com a legislação do
país de acolhimento e à conta deste, pelas instituições de previdência social do referido país
de origem.
Artigo 39
Os benefícios previstos nos artigos 37 e 38 serão assegurados a partir do momento em que o
trabalhador migrante passe a exercer uma atividade compreendida no âmbito das instituições
de previdência social do país de acolhimento, referindo-se exclusivamente aos riscos de
doença, invalidez e morte e aos auxílios de maternidade e funeral. Entretanto, no que
concerne à invalidez e à morte, observar-se-á, em cada país, a legislação respectiva.
Artigo 40
Se o trabalhador migrante, dentro do prazo de três anos .considerado período de adaptação no
país de acolhimento. retornar ao seu país de origem e reingressar em atividade abrangida pela
previdência social, ser-lhe-ão, por este último país, assegurados os direitos decorrentes das
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BRASIL / ITÁLIA
Resumo do Acordo Internacional de Previdência Social
Artigo 41
O deslocamento do migrante ou de seus beneficiários, do país, de acolhimento, não prejudica
a percepção das prestações em espécie do benefício a que fazem jus. No caso de morte do
migrante, tais prestações serão igualmente reconhecidas aos seus beneficiários, onde quer que
se encontrem.
Artigo 42
As autoridades competentes dos dois países acordarão as normas práticas
necessárias à execução do disposto neste Acordo em matéria de previdência social.
Remessa de Fundos
Artigo 43
Aos trabalhadores migrados no Brasil serão assegurados o direito e a possibilidade de
transferirem suas economias para a Itália, a favor de suas famílias ou dependentes, dentro das
condições mais favoráveis previstas na legislação cambial brasileira vigente, para a
manutenção familiar e categorias análogas, ou segundo o que for estabelecido em acordos de
pagamentos entre o Brasil e a Itália.
Comissão Mista
Artigo 44
A fim de que sejam alcançadas, de forma prática e eficiente, os desígnios do presente Acordo,
fica instituída uma Comissão Mista composta de seis delegados, sendo três designados pelo
Governo brasileiro e três pelo Governo italiano.
§ 1º Os representantes brasileiros da Comissão Mista serão indicados um pelo
Ministério das Relações Exteriores, outro pelo Instituto Nacional de Imigração e
Colonização (INIC) e outro pelo Conselho Consultivo do mesmo Instituto.
§ 2º Os representantes italianos, serão designados pelo Ministério dos Negócios
Estrangeiros, de acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência Social.
§ 3º Sempre que for julgado conveniente, cada Alta Parte Contratante poderá
designar um de seus representantes como Delegado-Chefe.
§ 4º Além dos Delegados acima referidos, poderão ser também designados
Assessores técnicos em número nunca superior a três por Delegação.
Artigo 45
A Comissão Mista terá sua sede na Capital do Brasil e poderá reunir-se em qualquer ponto do
território brasileiro ou italiano, consoante as necessidades ditadas pela execução do presente
Acordo.
Artigo 46
A Comissão Mista, além das reuniões regulares, poderá ser convocada extraordinariamente
por solicitação de qualquer das Delegações.
Artigo 47
A Comissão Mista agirá sempre em coordenação com os órgãos competentes dos dois
Governos, num e noutro país, e terá, como principais atribuições, as seguintes:
a) propor, aos órgãos competentes dos dois Governos em matéria de imigração, colonização e
previdência social, normas de orientação, recomendação e medidas administrativas que se
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BRASIL / ITÁLIA
Resumo do Acordo Internacional de Previdência Social
fizeram mister para a boa execução deste Acordo e, particularmente, dos programas previstos
no artigo 4º;
b) sugerir ao Governo brasileiro a promoção das medidas necessárias ao estabelecimento dos
serviços previstos no artigo 28 e verificar, no caso do parágrafo único desse artigo, se as
entidades estão em condições de prestá-los;
c) opinar, quando consultada, sobre o repatriamento do migrante conforme o disposto no
artigo 29;
d) recomendar, em matéria de previdência social, às autoridades competentes dos dois países,
qualquer eventual revisão e atualização do disposto nos artigos 36, 37, 38, 39, 40, 41 e 42;
e) esclarecer as dúvidas, decidir sobre as omissões e conciliar as controvérsias surgidas na
aplicação do presente Acordo;
f) elaborar o regulamento relativo ao funcionamento da Comissão;
g) tratar de outras questões que lhe forem encaminhadas pelos dois Governos.
Artigo 48
Quando a Comissão Mista não puder decidir satisfatoriamente sobre qualquer questão que lhe
seja submetida, remeterá o assunto aos Governos respectivos.
Revisão
Artigo 49
As Altas Partes Contratantes se consultarão, periodicamente, por iniciativa própria ou da
Comissão Mista para o fim de promoverem a atualização e o aperfeiçoamento do presente
Acordo ou dos ajustes dele decorrentes.
Vigência e Denúncia
Artigo 50
Este Acordo será ratificado tão logo sejam cumpridas as formalidades legais de praxe no
território de cada uma das Altas Partes Contratantes. Entrará em vigor a partir do dia da troca
dos instrumentos de ratificação, permanecendo em vigência, enquanto não for denunciado por
uma das Altas Partes Contratantes, com o aviso prévio de seis meses. A troca dos
instrumentos de ratificação deverá ser efetuada na Capital do
Brasil o mais breve possível.
Parágrafo único. A denúncia não afetará, por qualquer forma, iniciativas anteriormente
tomadas, empreendimentos em fase de execução ou compromissos regularmente assumidas na
data da respectiva notificação, os quais terão, .ipso facto., seu curso independente, se não
houver desistência das Altas Partes Contratantes.
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BRASIL / ITÁLIA
Resumo do Acordo Internacional de Previdência Social
Aprova o Acordo de Migração entre a República dos Estados Unidos do Brasil e a República
Italiana, assinado em Roma, a 09 de Dezembro de 1960.
Art. 1º É aprovado o Acordo de Migração entre a República dos Estados Unidos do Brasil e a
República Italiana, assinado em Roma, a 09 de dezembro de 1960.
Art. 2º Este decreto legislativo entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Artigo 1º
As autoridades competentes para a aplicação do presente Acordo são Pela República
Federativa do Brasil: O Ministro do Trabalho e da Previdência Social
pela República Italiana: O ministro do Trabalho e da Previdência Social
Artigo 2º
1. A aplicação do presente Acordo, conforme as seguintes disposições, caberá:
a) na Itália, além dos Organismos de seguros sociais competentes para categorias específicas
de trabalhadores: ao Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) no que concerne ao
seguro por invalidez, às prestações devidas aos dependentes e ao
seguro contra a tuberculose; ao Instituto Nacional para o Seguro contra as Enfermidades
(INAM) no que diz respeito ao seguro contra as enfermidades e à tutela física e econômica
das trabalhadoras mães;
b) no Brasil ao Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
2. Para facilitar a aplicação do Acordo, em matéria de previdência social, ficam instituídos os
seguintes organismos de ligação:
No Brasil: O Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
Na Itália: O Instituto de Previdência Social (INPS), no que se refere ao seguro por invalidez,
para os supérstites e contra a tuberculose.
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BRASIL / ITÁLIA
Resumo do Acordo Internacional de Previdência Social
Artigo 3º
1. Para os fins de concessão das prestações por motivo de doença, invalidez, morte (pensão),
maternidade e funeral, previstas para o trabalhador segurado e seus dependentes, o País de
acolhimento levará em conta, quando necessário, os períodos de seguro cumpridos no País de
origem. Nesse caso, se a legislação do País de acolhimento prevê que o cálculo das prestações
se baseia no montante dos salários ou das contribuições, ou sobre um salário ou uma
contribuição média, os salários e as contribuições a serem levados em conta pelo competente
organismo de seguros sociais do referido País, com relação aos períodos de seguro cumpridos
sob a legislação do País de origem, são estabelecidos na base da média dos salários
percebidos ou das contribuições devidas pelos períodos de seguro cumpridos sob a legislação
do País de acolhimento.
2. Na hipótese de o trabalhador migrante já ter, antes da migração, nos termos da legislação
do País de origem, direito às prestações de enfermidade e maternidade, assim como ao
auxílio-funeral em favor dos dependentes, o migrante poderá valer-se desse direito, perante o
organismo de seguros sociais do País de acolhimento, até que adquira nos termos da
legislação desse último País o direito a estas mesmas prestações, levando-se em conta a
totalização dos períodos de seguro prevista no parágrafo 1 deste artigo. O pagamento das
prestações nos casos previstos no parágrafo 2 do presente artigo será efetuado conforme as
modalidades e no limite dos períodos máximos fixados pela legislação do País de
acolhimento.
3. As prestações por invalidez e por morte serão concedidas e pagas aos trabalhadores
migrantes ou a seus dependentes que tenham direito, pelo competente organismo de seguros
sociais de cada um dos Países contratantes, de acordo com o que dispõem as respectivas
legislações nacionais, levando em conta, se necessário, o estabelecido no parágrafo 1 do
presente artigo.
4. Os organismos competentes de cada País contratante serão responsáveis pelo ônus
resultante da proporção estabelecida entre o período total considerado para o cálculo da
prestação e o período de seguro cumprido, exclusivamente, sob a égide de sua própria
legislação.
Artigo 4º
1. Os dependentes do trabalhador migrante que residem no País de origem terão direito às
prestações de assistência médica a cargo do organismo de seguros sociais do País de
acolhimento por um período máximo de 12 meses, a partir da data em que o trabalhador
migrante inicie uma atividade sujeita às normas de previdência social do
País de acolhimento. Ditas prestações serão concedidas pelo organismo de seguros sociais do
País de origem segundo as modalidades por este adotadas para os seus próprios segurados.
2. Consideram-se dependentes do migrante, para os fins do presente artigo, os que tiverem
direito à assistência segundo a legislação de previdência social do País de acolhimento.
3. Para os fins de reconhecimento do direito, o organismo de ligação do País de acolhimento
transmitirá sem demora ao organismo de ligação do lugar de residência dos dependentes um
certificado especial em que deverá ser indicada a data de início do direito às prestações, os
dependentes que tenham direito e o local de residência no País de origem.
4. O reembolso das despesas pelas prestações de assistência médica aos dependentes do
migrante residentes no País de origem, terá por base um valor fixo mensal per capta, a ser
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BRASIL / ITÁLIA
Resumo do Acordo Internacional de Previdência Social
Artigo 5º
O trabalhador migrante terá direito às prestações indicadas nos parágrafos 1 e 2 do artigo 3º
do presente Acordo, a partir da data em que inicia, no País de acolhimento, uma atividade
sujeita às normas de previdência social vigente neste País.
Artigo 6º
No caso de aplicação da disposição de que trata o artigo 41 do Acordo de Migração, se o
trabalhador migrante voltar ao País de origem no prazo de três anos da data de migração e ali
exercer novamente uma atividade sujeita à legislação de previdência social, o período
decorrido no País de acolhimento será considerado neutro aos fins da concessão das
prestações previstas pela legislação do País de origem.
Artigo 7º
1. Antes de deixar o País de origem, o migrante deverá obter, do organismo de ligação um
certificado do qual constem os períodos de seguro cumpridos no referido
País, assim como os direitos já adquiridos relativamente às prestações a que se referem os
parágrafos 1 e 2 do artigo 3º do presente Acordo.
2. Os certificados fornecidos pelo organismo de ligação do País de origem serão válidos no
País de acolhimento independentemente da legalização da assinatura e de qualquer
formalidade consular.
3. Na hipótese de o migrante, ou um dos seus dependentes, ter necessidade das mesmas
prestações antes que seja decorrido o período de carência previsto pela legislação do País de
acolhimento, o interessado deverá apresentar o certificado ao organismo de seguros sociais
em que está inserido. Se o migrante ou um de seus dependentes não estiver em condições de
apresentar o certificado, o predito Organismo deverá requerer o certificado em questão ao
competente organismo de seguros sociais do País de origem, através dos respectivos
organismos de ligação.
4. Para efeito de cálculo das prestações devidas pelo organismo de seguros sociais do País de
acolhimento, no caso de que trata o parágrafo 2 do artigo 3 do presente Acordo, as
importâncias dos salários ou contribuições que cabem em virtude da legislação do País de
origem serão convertidas em moeda nacional do País de acolhimento, na base do câmbio
oficial do dia em que o trabalhador migrante solicite as prestações. Se o montante obtido pela
conversão da moeda resultar superior ao limite máximo fixado pela legislação do País de
acolhimento para seus próprios cidadãos, o montante da prestação corresponderá a esse limite
máximo.
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Artigo 8º
Completado o período de carência fixado pela legislação do País de acolhimento para cada
uma das prestações de que tratam os parágrafos 1 e 2 do artigo 3º do presente Acordo, o
migrante receberá o mesmo tratamento concedido aos cidadãos desse País.
Artigo 9º
1. O pagamento das prestações em dinheiro não será suspenso na hipótese de o migrante ou
seus dependentes deixarem o País de acolhimento após terem sido concedidas as prestações,
observando-se o que consta do parágrafo 2 no caso em que o pagamento seja subordinado a
exame médico para verificar a persistência da enfermidade que determinou a incapacidade
para o trabalho.
2. A verificação da persistência da enfermidade ou da invalidez que motiva a incapacidade
laborativa, quando necessária, deverá ficar a cargo do organismo de seguros sociais do País de
origem competente para esse fim. Neste caso, as despesas havidas com os controles e perícias
médico-legais são adiantadas pelo Organismo encarregado das mesmas e a este reembolsadas
pelo Organismo por conta do qual foram efetuados os controles e as perícias. As autoridades
competentes podem concordar particulares modalidades de compensação dos ônus
acarretados pela aplicação do presente parágrafo.
3. O pagamento das prestações ao migrante ou aos seus dependentes, no caso de regresso ao
País de origem, será efetuado diretamente ao beneficiário, a seu domicílio, pelo organismo de
seguros sociais do País de origem, o qual de conformidade com a notificação recebida pelo
organismo de ligação do País de acolhimento providenciará a remessa a este último, ao
término de cada exercício, de um documento de crédito relativo às prestações concedidas com
o montante que deverá ser reembolsado na base do câmbio oficial em vigor na data em que
for efetuado o pagamento.
Artigo 10
Os certificados e documentos mencionados no presente Acordo serão expedidos pelos
organismos de ligação de que trata o artigo 2º, parágrafo 2.
Artigo 11
O presente Acordo Administrativo entra em vigor a partir do dia da assinatura, com efeito
desde 26 de fevereiro de 1965, data de entrada em vigor do Acordo de Migração, e terá a
mesma duração deste.
Nos termos do Artigo 48, letra .d., do Acordo de Migração entre Brasil e Itália de 9 de
dezembro de 1960, as autoridades brasileira e italiana, após haverem trocado seus Plenos
Poderes, achados em boa e devida forma, estabeleceram o seguinte Protocolo
Adicional ao referido acordo de migração:
Artigo 1º
1. O presente Protocolo Adicional aplicar-se-á:
I . na República Italiana, às normas concernentes:
a) ao regime geral sobre Previdência Social referente aos seguros de invalidez, velhice e
morte;
b) ao regime de acidentes do trabalho e doenças profissionais;
c) ao regime referente ao seguro de doenças e maternidade;
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Artigo 2º
As legislações que prevêem os direitos enumerados no Artigo 1º, vigentes respectivamente no
Brasil e na Itália, aplicar-se-ão igualmente aos trabalhadores brasileiros na Itália e aos
trabalhadores italianos no Brasil, os quais terão os mesmos direitos e as mesmas obrigações
que os nacionais do Estado Contratante em cujo território se encontrem.
Artigo 3º
Para a admissão dos seguros voluntários, de acordo com a legislação vigente em um dos
Estados Contratantes, os períodos de seguro cumpridos em virtude da legislação de tal Estado
se acumulam, quando necessário, com os períodos de seguro cumpridos em virtude da
legislação do outro Estado Contratante.
Artigo 4º
1. O princípio estabelecido no Artigo 2º será objeto das seguintes exceções:
a) o trabalhador que dependa de uma empresa pública ou privada com sede em um dos
Estados Contratantes e que for enviado ao território do outro por um período limitado,
continuará sujeito à legislação do primeiro Estado sempre que o tempo de trabalho no
território de outro Estado não exceda um período de 12 (doze) meses. Se o tempo de trabalho
necessitar ser prolongado por período superior aos 12 (doze) meses previstos, poder-se-á
prorrogar a aplicação da legislação do Estado Contratante em que tenha sede a empresa, a
critério da autoridade competente do outro Estado;
b) o pessoal de vôo das empresas de transporte aéreo continuará exclusivamente sujeito à
legislação vigente no Estado em cujo território a empresa tenha sede;
c) os membros da tripulação de navio sob bandeira de um dos Estados contratantes estarão
sujeitos às disposições vigentes no mesmo Estado ao qual o navio pertence. Qualquer outra
pessoa que o navio empregue em tarefas de carga e descarga, conserto e vigilância, quando no
porto, estará sujeita à legislação do Estado sob cujo âmbito jurisdicional se encontre o navio.
2. As autoridades competentes dos Estados Contratantes poderão, de comum acordo, ampliar,
suprimir ou modificar em casos particulares ou relativamente a determinadas categorias
profissionais, as exceções enumeradas no parágrafo anterior.
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Artigo 5º
1. a) O trabalhador brasileiro ou o trabalhador que tenha direito, da parte de um dos Estados
Contratantes, às prestações pecuniárias previstas no Artigo 1º, conservará integralmente tal
direito perante a entidade gestora desse Estado, quando permanecer ou se transferir para
território do outro Estado Contratante, observadas as peculiaridades de sua própria legislação.
b) Quanto aos direitos em fase de aquisição, aplica-se a legislação do Estado perante o qual
tais direitos se fazem valer.
2. O trabalhador brasileiro ou o trabalhador italiano, que por se haver transferido do território
de um Estado Contratante para o do outro, teve suspensas as prestações correspondentes aos
direitos relacionados no Artigo 1º, poderá, a pedido, readquiri-las em virtude do presente
Protocolo Adicional. Se o trabalhador, brasileiro ou italiano, apresentar seu pedido no prazo
de 12 (doze) meses contados da data da entrada em vigor deste Protocolo Adicional, terá
direito às mencionadas prestações a partir dessa data. Se o pedido for apresentado depois
desse prazo, o direito às referidas prestações começará a partir da data da apresentação do
pedido. Em ambas as hipóteses, considerar se-ão as normas vigentes nos Estados Contratantes
sobre caducidade e prescrições dos direitos relativos à Previdência Social.
Artigo 6º
1. O trabalhador brasileiro ou italiano, inclusive o aposentado, vinculado à Previdência
Social de um dos Estados Contratantes conservará o direito à assistência médica, quando se
encontrar no território do outro Estado Contratante. Terão o mesmo direito os dependentes da
referida pessoa.
2. Os dependentes do trabalhador migrante, que permanecerem no Estado Contratante de
origem, terão direito à assistência médica durante o prazo máximo de 12 (doze) meses,
contados do dia da vinculação do mencionado trabalhador à Previdência Social do Estado
Contratante que o acolheu.
3. A extensão e as modalidades da assistência médica prestada pela entidade gestora
do Estado de permanência temporária do trabalhador e de seus dependentes (parágrafo 1) e da
prestada pela entidade gestora do Estado de residência dos familiares do trabalhador migrante
(parágrafo 2) serão determinadas, respectivamente, consoante a legislação dos mencionados
Estados. Não obstante, a duração da assistência médica será a prevista pela legislação do
estado a cuja Previdência Social esteja vinculado o trabalhador, considerada a limitação
estabelecida no parágrafo anterior. Caberá ainda à entidade gestora deste último Estado
autorizar o fornecimento de próteses, salvo em caso de urgência.
4. As despesas relativas à assistência médica de que trata este artigo ficarão por conta da
entidade gestora à qual esteja vinculado o trabalhador As entidades gestoras dos Estados
Contratantes fixarão, de comum acordo, anualmente, o valor .per capita./ pessoa, que será
considerado para fins de reembolso, e estabelecerão a forma de indenizar essas despesas.
Artigo 7º
1. O trabalhador brasileiro ou italiano, que haja cumprido períodos de seguro sob a égide das
legislações de ambos os Estados Contratantes, terá esses períodos totalizados para a concessão
das prestações decorrentes de invalidez, velhice e morte.
2. Quando, nos termos das legislações dos Estados Contratantes, o direito a uma prestação
depender dos períodos de seguro cumpridos em uma profissão regulada por um regime
especial de Previdência Social, somente serão totalizados, para a concessão das referidas
prestações, os períodos cumpridos na mesma profissão em um e outro Estado. Quando em um
Estado Contratante não existir regime especial de Previdência Social para a referida profissão,
só serão considerados, para a concessão das mencionadas prestações no outro Estado, os
períodos em que a profissão tenha sido exercida no primeiro Estado sob o regime de
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Previdência Social nele vigente. Se, todavia, o trabalhado não obtiver o direito às prestações
do regime especial, os períodos cumpridos nesse regime serão considerados como se tivessem
sido cumpridos no regime geral.
3. Nos casos previstos nos parágrafos 1 e 2 do presente Artigo, cada entidade gestora
determinará, de acordo com a sua própria legislação e conforme a totalização dos períodos de
seguro cumpridos em ambos os Estados, se o interessado reúne as condições necessárias para
a concessão das prestações previstas naquela legislação.
Artigo 8º
O trabalhador brasileiro ou italiano, que tenha completado em um dos Estados Contratantes o
período de seguro ou carência necessária à concessão das prestações pecuniárias por doença,
terá assegurado no outro Estado o direito a essas prestações nas condições estabelecidas pela
legislação do primeiro Estado e a cargo desse mesmo Estado. Igual direito será reconhecido
quando a soma dos períodos de seguro ou de contribuição correspondentes a ambos os
Estados for suficiente para completar o mencionado período de carência.
Artigo 9º
As prestações, a que os trabalhadores referidos no Artigo 7º do presente Protocolo Adicional
ou seus dependentes têm direito, em virtude das legislações de cada um dos Estados
Contratantes, em conseqüência da totalização dos períodos, serão liquidadas pela forma
seguinte:
a) a entidade gestora de cada Estado Contratante determinará, separadamente, a prestação a
que teria direito o interessado como se os períodos de seguro totalizados houvessem sido
cumpridos sob sua própria legislação;
b) a quantia a ser paga por cada entidade gestora será o resultado da proporção estabelecida
entre o período totalizado e o tempo cumprido sob a legislação do seu próprio Estado.
Artigo 10
Quando o trabalhador satisfizer todas as condições estabelecidas pela legislação de um dos
Estados Contratantes para aquisição do direito às prestações, sem que haja necessidade de
recorrer à totalização dos períodos de seguro, a entidade gestora desse Estado fixará,
consoante sua própria legislação, o valor da prestação, levando em conta, unicamente, os
períodos de seguros cumpridos ao abrigo da legislação desse mesmo Estado.
Artigo 11
Quando a soma das prestações ou das quantias parciais, devidas pelas entidades gestoras dos
Estados Contratantes, não alcançar o mínimo fixado no Estado Contratante em que reside o
beneficiário, a diferença até esse mínimo ficará a cargo da entidade gestora deste último
Estado.
Artigo 12
Se, para avaliar o grau de incapacidade em caso de acidente de trabalho ou de doença
profissional, a legislação de um dos Estados Contratantes preceituar que seja tomados em
consideração os acidentes de trabalho e as doenças profissionais anteriormente ocorridas, sê-
lo-ão também considerados os acidentes de trabalho e as doenças profissionais anteriormente
ocorridos, ao abrigo da legislação do outro Estado como se tivessem ocorridos sob a
legislação do primeiro Estado.
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Artigo 13
Para os fins previstos no presente Protocolo Adicional, entende-se por autoridades
competentes os Ministros de que depende a aplicação dos regimes enumerados no Artigo 1.
Essas autoridades informar-se-ão reciprocamente sobre medidas adotadas para aplicação e
desenvolvimento do Protocolo Adicional, bem como sobre as modificações que sejam
introduzidas nas respectivas legislações em matéria de Previdência Social.
Artigo 14
1. As autoridades competentes e as entidades gestoras dos Estados Contratantes prestar-se-ão
assistência recíproca para a aplicação do presente Protocolo Adicional.
2. Os exames médicos legais ou periciais solicitados pela entidade gestora de um Estado
Contratante, relativamente a beneficiários que se encontrem no território do outro Estado,
serão levados a efeito pela entidade gestora deste último, a pedido e por conta daquela.
Artigo 15
1. Quando as entidades gestoras dos Estados Contratantes tiverem de conceder prestações
pecuniárias em virtude do presente Protocolo Adicional, fá-lo-ão em moeda do seu próprio
país. As transferências resultantes dessa obrigação efetuarse-ão conforme os acordos de
pagamento vigentes entre ambos os Estados ou conforme os mecanismos que foram fixados
de comum acordo para esse fim.
2 O pagamento das prestações poderá efetuar-se diretamente ou por intermédio das entidades
gestoras competentes dos Estados Contratantes, conforme estabelecido por ambas.
Artigo 16
1. As isenções de direitos, de taxas e de impostos, estabelecidos em matéria de Previdência
Social pela legislação de um Estado Contratante, aplicar-se-ão também, para efeito do
presente Protocolo Adicional, aos nacionais do outro Estado.
2. Todos os atos e documentos, que tiverem de ser produzidos em virtude do presente
Protocolo Adicional, ficam isentos de visto e legalização por parte das autoridades
diplomáticas e consulares e de registro público, sempre que tenham tramitado por uma das
entidades gestoras.
Artigo 17
Para a aplicação do presente Protocolo Adicional, as autoridades competentes e as entidades
gestoras dos Estados Contratantes poderão comunicar-se diretamente entre si e com os
beneficiários ou seus representantes.
Artigo 18
Os pedidos e os documentos apresentados pelos interessados às autoridades competentes ou
às entidades gestoras de um Estado Contratante surtirão efeito como se fossem apresentados às
autoridades ou entidades gestoras correspondentes do outro Estado Contratante.
Artigo 19
Os recursos perante uma instituição competente de um Estado Contratante serão tidos como
interpostos em tempo, mesmo quando forem apresentados perante a instituição
correspondente do outro Estado, sempre que sua apresentação for efetuada dentro do prazo
estabelecido pela legislação do Estado a quem competir apreciar os recursos.
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Artigo 20
As autoridades consulares dos Estados Contratantes poderão representar, sem mandato
especial, os nacionais do seu próprio Estado perante as autoridades competentes e as
entidades gestoras em matéria de Previdência Social do outro Estado.
Artigo 21
As autoridades competentes dos Estados Contratantes resolverão de comum acordo, as
divergências e controvérsias que surgirem da aplicação do presente Protocolo Adicional.
Artigo 22
Para facilitar a aplicação do presente Protocolo Adicional, as autoridades competentes dos
Estados Contratantes poderão, de comum acordo, instituir organismos de ligação, ouvidos os
respectivos Ministérios das Relações Exteriores.
Artigo 23
Cada uma das Partes Contratantes notificará a outra da conclusão das formalidades exigidas
pelas respectivas disposições constitucionais adequadas. O presente Protocolo Adicional
entrará em vigor um mês após a data da última dessas notificações.
]Artigo 24
1. O Presente Protocolo Adicional terá a duração de 3 (três) anos, contados da data de sua
entrada em vigor, considerando-se tacitamente prorrogado por períodos sucessivos de um ano,
salvo denúncia notificada pelo Governo de qualquer um dos Estados Contratantes, pelo menos
3 (três) meses antes da sua expiração.
2. No caso de denúncia, as disposições deste Protocolo Adiciona e das normas
complementares que o regulamentem continuarão em vigor em relação aos direitos
adquiridos, sempre que o reconhecimento destes tenha sido solicitado dentro do prazo de um
ano a partir da data de sua expiração.
3. As situações determinadas por direitos em fase de aquisição, no momento da expiração do
presente Protocolo Adicional, serão reguladas pelas autoridades competentes dos dois Estados
Contratantes. Feito em Brasília, a 30 de janeiro de 1974 em 4 (quatro) exemplares originais,
dois em língua portuguesa, dois em idioma italiano e cujos textos fazem igualmente fé.
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