Aula 4 MODELOS Descritivo

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MODELOS EM

EXPLORAÇÃO MINERAL

Modelos Descritivo e Conceitual


Importante ferramenta na
descoberta de novos depósitos
minerais
MODELOS EM DEPÓSITOS MINERAIS

MODELO É UM CONJUNTO DE
INFORMAÇÕES DEFINIDAS
SISTEMATICAMENTE DESCREVENDO
OS ATRIBUTOS ESSENCIAIS DE UMA
DADA CLASSE DE DEPÓSITOS
MINERAIS
MODELOS RESULTAM DE UMA COMPILAÇÃO

DETALHADA DE CARACTERÍSTICAS

INTRÍNSICAS AOS DEPÓSITOS MINERAIS

PARA PERMITIR A COMPARAÇÃO DAS OBSERVAÇÕES

INDIVIDUAIS, NO PROSPECTO CONSIDERADO, COM OS

DADOS DE OUTROS DEPÓSITOS SIMILARES JÁ

CONHECIDOS
Descrições individuais
de Depósito

agrupamento

Descritivo

Teor / tonelagem Conceitual / Genético

Exploratório Numérico / Econômico

Modelo final
Depósito Au Orogênico
Aumento do valor em direção da descoberta
Pirita, sulfetos metal.
ouro Sericita
Muscovita
carbonato
Presença de
Gossans Anomalias Au, As
Ag

Fácies
carbonática
Veios de Qz
Com pirita Tectonica
compressional

Greenstone
belt
Fm. Ferrífera
Bandada Vulcanica
máfica
MODELO DESCRITIVO
utilizado na fase de exploração mineral
DESCRITIVO (factual):
desenvolvido a partir de características geológicas
mensuráveis e mapeáveis de depósitos do
mesmo tipo

Listagem dos atributos reconhecidos como


diagnósticos ou essenciais de um dado tipo de
depósito mineral, mesmo que as relações entre
esses atributos sejam desconhecidas
MODELO DESCRITIVO
Listagem dos atributos reconhecidos como
diagnósticos ou essenciais de um dado tipo
de depósito mineral, mesmo que as
relações entre esses atributos sejam
desconhecidas

No modelo descritivo os atributos colocados


são dados observáveis.

NÃO COLOCAM-SE INTERPRETAÇÕES OU


CONCEITUAÇÕES TEÓRICAS
No modelo descritivo os atributos colocados são dados observáveis

 Minerais presentes
 Anomalias presentes
 Tipos de rochas encaixantes
 Estruturas
 Tipos de alteração hidrotermal
DESCRIÇÕES DE
DEPÓSITOS INDIVIDUAIS

BUSHVELD STILLWATER GREAT DIKE

MODELO DESCRITIVO

Ambiente geológico

Tipos de rochas Texturas das rochas Idade das rochas Ambiente tectonico

Depósitos associados

depósito
Controle
mineralogia Textura/estrutura Alteração hidrot. intemperismo
geologico

Anomalia geofísica Anomalia geoquimica


USGS (1986)
depósitos de Cr Bushveld
MODELO DESCRITIVO
DEPÓSITO DE Au EM FORMAÇÃO FERRÍFERA
BEM MINERAL: Au e Ag
DESCRIÇÃO DO DEPÓSITO: Au ocorre em BIF carbonática
(Fm Lapa Seca); vários corpos mineralizados ao longo de
zonas lineares extensas com plunges de grande amplitude,
metamorfismo do fácies xisto verde e presença de
multiplos dobramentos.
TIPOS DE ROCHAS: rochas vulcânicas máficas,
intermediárias e félsicas; BIF carbonática, metapeliots e
filito grafitoso
TEXTURAS: cristaloblástica, xistosa e localmente, lineação
bem desenvolvida
LITOLOGIA DA ROCHA HOSPEDEIRA: rocha ferro-
carbonática com quartzo, sericita, grafita, feldspato, lentes
de sulfeto e intercalações de metatufos intermediários a
félsicos (Lapa Seca)
MODELO DESCRITIVO
DEPÓSITO DE Au EM FORMAÇÃO FERRÍFERA
IDADE DA ROCHA HOSPEDEIRA: Arqueana (2,8 - 2,7 Ga)
IDADE DA MINERALIZAÇÃO: 2,7 – 2,6 Ga
AMBIENTE TECTÔNICO: Bacia do tipo “Back Arc”,
sedimentação quimica
ROCHAS ÍGNEAS ASSOCIADAS: lavas máficas-ultramáficas
e félsicas
IDADE DAS ROCHAS ÍGNEAS: 2,8 Ga
MINERAIS DE MINÉRIO: Pirita, arsenopirita e pirrotita
MINERAIS DE ALTERAÇÃO: Sericita, muscovita, carbonatos
HALO DE ALTERAÇÃO: centenas de metros quadrados
ESTRUTURA DO MINÉRIO: Bandado, estratiforme
CONTROLE DA MINERALIZAÇÃO: relação com eixo de
dobras
ALTERAÇÃO SUPÉRGENA: gossans
MODELO DESCRITIVO
DEPÓSITO DE Au EM FORMAÇÃO FERRÍFERA
ASSINATURA GEOQUIMICA: ANOMALIAS DE Au, Ag, As,
ASSINATURA GEOFISICA: magnetometria, gravimetria, IP,
eletroresisitividade
DEPÓSITOS MINERAIS ASSOCIADOS;
COMENTÁRIOS;
REFERÊNCIAS:

DADOS COMPILADOS de PUBLICAÇÕES E RELATÓRIOS

SEMPRE SÃO ATUALIZADOS


Comparar dados obtidos no prospecto
com modelo descritivo
MÉTODO DPC
DATA – PROCESS - CRITERIA
 CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS:
atributos que se repetem em um grande
número de depósitos
Se o atributo esta presente ocorreu a
mineralização

ENVOLVE UMA ESTIMATIVA: do grau de necessidade


dos atributos inventariados para indicar presença de
mineralização
Mineralização de Cu tipo Pórfiro
ATRIBUTO: PRESENÇA DE ALTERAÇÃO POTÁSSICA

Luís Jaques; Iuliu Bobos & Fernando Noronha, 2010


Atributo: Presença de Alteração K por adição de FK e/ou biotita hidrotermal em zonas
de mais de 1 Km2, bordejada por zonas estreitas com fraturas preenchidas com
sulfetos, quartzo, carbonatos, biotita e magnetita, circundadas por faixa milimétrica de
biotita hidrotermal
MÉTODO DPC
DATA – PROCESS - CRITERIA

Além da lista dos atributos geológicos presentes


em grande número de depósitos

Deve ainda ser elaborada uma LISTA DE


PROCESSOS que podem ter sido
responsáveis por estes atributos
Característica: Presença de alteração potássica com zonas com
fraturas preenchidas com sulfetos, quartzo, carbonatos, biotita e
magnetita, circundadas por faixa milimétrica de biotita hidrotermal

• Processo:

Percolação de fluidos de alta temperatura (T≥


450°C) associado à colocação da intrusão de
pórfiro e desenvolvendo alteração hidrotermal
com magnetita, biotita secundária e FK.
MÉTODO DPC (ADAMS, 1985): método para
identificação de critérios diagnósticos, induz
geólogos a raciocinar sobre processos que
geraram as feições observadas
Características presentes em alguns depósitos

Características presentes na maioria ou em todos depósitos

Características presentes na maioria ou em todos depósitos


que podem também não se associar às mineralizações

Características presentes na maioria ou em todos depósitos


que obrigatoriamente se associam às mineralizações
MÉTODO DPC
DATA – PROCESS - CRITERIA

Se as características estão presentes é porque o

processo de mineralização ocorreu e se estão

ausentes, indica que o processo não ocorreu.


MÉTODO DPC
DATA – PROCESS - CRITERIA
• Quando os atributos são formados pelo
processo em questão, mas outros
processos também podem formar tais
atributos, essas características são
importantes mas não constituem
evidência suficiente de que esse processo
particular tenha ocorrido
REGRAS PARA ESTIMATIVAS DE GRAU
DE NECESSIDADE

Se a característica é formada por um


processo e ocorre em muitos depósitos a
necessidade é ALTA. Se aparece em
alguns casos é INTERMEDIÁRIA e se
ocorre apenas raramente é BAIXA
REGRAS PARA ESTIMATIVAS DE GRAU DE
NECESSIDADE

CARACTERÍSTICA COMUM A MUITOS DEPÓSITOS

Para que a característica seja um CRITÉRIO


DIAGNÓSTICO deve alcançar um grau alto de
necessidade, ou seja ser necessária

Se isso não ocorrer, ou seja existem outros


processos que podem formar a característica, ela
é listada como critério permissivo
DEFINIÇÃO DE CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
DEPÓSITOS DE Au Orogenicos Arqueanos

CRITÉRIOS M. VELHO CUIABÁ S. BENTO HOMESTAKE


Greenstone S S S S
BIF algoma S S S S
Fácies óxido X X S X
Fácies carbonato S S S S
Fácies sulfetada S S X S
Filito grafitoso P P P P
Fácies xisto verde S S S S
Carbonatos alter P P P X
Vulcanica mafica P P P X
Turmalina Permi P P X
Qz-sericita-xisto S S S X
USOS do Modelo Descritivo

Comparação de Informações obtidas no


Prospecto com as Informações de Depósitos
Econômicos do mesmo tipo

QUANDO UTILIZAR?

Durante todas as fases de Exploração Mineral


(fases geológicas)
MODELO CONCEITUAL

Genético
Baseado no modelo descritivo e em interpretações
Modelo conceitual de depósitos
componente essencial dos modernos programas de exploração
mineral

FONTE DOS FLUIDOS IDADE E NATUREZA

PROCESSO DE MIGRAÇÃO IDADE E ROCHAS


E INTERAÇÃO

CONTROLE GEOLÓGICO TIPO E IDADE

PRECIPITAÇÃO E CONCENTRAÇÃO
TEMPO E CONDIÇÕES

TAXAS DE EROSÃO E
PRESERVAÇÃO
PRESERVAÇÃO AVALIAÇÃO DE PROFUNDIDADE
Modelo conceitual VMS
Modelo conceitual Sistema
Epitermal – Cu Pórfiro
ELABORAÇÃO DO MODELO
CONCEITUAL OU GENÉTICO

Ao mesmo tempo dos levantamentos


geoquimicos, geológicos (alteração), dos
veios e de inclusões fluidas

Interpretação geofísica, programação das


sondagens, etc
PESQUISA MINERAL PARA
DEPÓSITOS EPITERMAIS DE Au
Furos de Sondagem

AVALIAÇÃO
DEPÓSITOS MINERAIS PODEM
VARIAR:
De grande escala (bilhões de t) a pequena
escala (centenas de t)

A mineralização pode ser contínua,


homogenea ou errática

De alto teor ou baixo teor

Muito profundo ( ≥ 2 a 3 km) ou superficial


Depósitos de grande escala e menos errático
podem ser explorados (pesquisados) com
confiabilidade com malha de sondagens
bastante espaçada
“MODELOS DESCRITIVOS FORMAM A BASE
DO PROGRAMA DE EXPLORAÇÃO”

 MODELOS CONCEITUAIS SÃO IMPORTANTES EM


ÁREAS COM TRABALHOS DE PESQUISA
ADIANTADOS
 QUANDO A BASE DE DADOS DESCRITIVOS É
INSUFICIENTE SÃO USADOS CONCEITOS
GENÉTICOS PARA DEFINIR CRITÉRIOS DE
EXPLORAÇÃO

AUMENTO DE RISCO E CUSTO


RELAÇÃO INVESTIMENTO vs. TAXA
DE RISCO
Taxa de investimento
Risco (milhões US$)

80% 400

60% 200

40% 100

20% 50
TEMPO
PROSPECTOS PARA AVALIAÇÃO
 (1) Prospects at Juan de Herrera Project in the Dominican Republic
 (2) PINAYA GOLD-COPPER PROJECT CAYLLOMA AND LAMPA
PROVINCES, PERU

 (3) A TECHNICAL REVIEW OF THE CATEDRAL/RINO LIMESTONE


PROJECT, CHILE FOR SOUTH AMERICAN GOLD AND COPPER
COMPANY LIMITED

 (4) RIO NOVO GOLD PROJECT and RESOURCE ESTIMATE on the JAU
PROSPECT Tapajós Region, Para State, BRAZIL

 (5) EXPLORATION RESULTS OF THE CUALE VMS PROJECT, TALPA DE


ALLENDE, JALISCO, MEXICO;
Selecionar tipo de Depósito
VMS ? Orogênico? Epitermal? etc
Selecionar 3 depósitos “classe mundial”
CARACTERÍS DEPÓSITO A DEPÓSITO B DEPÓSITO C MODELO
TICAS
rocha XX YY ZZ XX+YY+ZZ
textura
idade
tectônica
Mineralogia
minério
textura
Controle geol.
geoquimica
geofísica
alteração
intemperismo
Outros Itens de Avaliação
• Condições de Infra-estrutura

• Condições climáticas locais

• Análise político – social

• Análise econômica de mercado futuro

• Custos gerais

• Noções de Legislação ambiental (custos,


taxas)

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