Sistemas de Controle
Sistemas de Controle
Sistemas de Controle
SISTEMAS DE CONTROLE
Prof. Dr. Moacir Machado - Núcleo de Automação Industrial do IFPE – Campus Recife
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DE PERNAMBUCO – CAMPUS RECIFE
O CONTROLE DE PROCESSOS
O termo controle de processos pode ser definido como o controle que têm por
objetivo manter certas variáveis de um sistema entre os seus limites operacionais
desejados. Estes sistemas de controle podem necessitar constantemente da intervenção
humana, ou serem automáticos.
A partir do momento em que a monitoração e o controle de um processo são
realizados, o processamento das variáveis de campo é executado. Então, o controle do
sistema permite que qualquer evento imprevisto no processo seja detectado e que
mudanças nos valores tomados como referências sejam imediatamente providenciadas no
sentido de normalizar a situação. Ao operador fica a incumbência de acompanhar o
processo de controle, com o mínimo de interferência, excetuando-se casos em que sejam
necessárias tomadas de decisão de sua restrita atribuição.
Neste momento faz-se necessária a definição da terminologia básica aplicada a
sistemas de controle.
Variável controlada e variável manipulada- a variável controlada é a grandeza ou
a condição que é mensurada e controlada. A variável manipulada é a grandeza ou a
condição modificada pelo controlador, de tal forma que altere o valor da variável
controlada. A variável controlada é a saída do sistema.
Controlar- significa medir o valor da variável controlada do sistema e utilizar a
variável manipulada no sistema para corrigir ou limitar os desvios do valor medido a partir
de um valor desejado.
Sistemas a controlar ou plantas- qualquer objeto físico a ser controlado.
Processo- toda operação a ser controlada.
Sistema- combinação de componentes que agem em conjunto para atingir
determinado objetivo. O conceito de sistema que se aplica a este trabalho é o que se
relaciona a fenômenos físicos dinâmicos.
Distúrbio- é um sinal que tende a afetar de maneira adversa o valor da variável de
saída de um sistema. Quando gerado fora do sistema ele é denominado distúrbio externo e
se comporta como um sinal de entrada no sistema.
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Sinal de Sinal de
entrada saída
Bloco funcional
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somador ponto de
ramificação
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PROCESSO
u (t)
y (t)
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retroalimentação
CONTROLADORES AUTOMÁTICOS
Controlador automático
Detector de erro
Entrada de
Saída
referência
Amplificador Atuador Planta
sinal de erro
Condicionador de Sensor
sinal
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(1)
Saída do processo
3
2,5
u (t)
2
umax 1,5
(t) 1
0,5
e (t)
1 2 3 4 5
(b)
tempo (s)
uminx
(t) (a)
Figura 6. (a) Característica de um controlador liga-desliga; (b) forma de onda típica de saída.
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Saída do processo
3
2,5
u (t)
2
umax 1,5
(t) 1
0,5
e (t)
(a) 1 2 3 4 5
(b)
tempo (s)
uminx
(t)
Figura 7 (a) Característica de um controlador liga-desliga com histerese; (b) forma de onda típica
de saída.
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Entrada de
Saída
referência
Amplificador Atuador Planta
de Ganho=Kp
Sinal de erro
Variável de processo
Sensor
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u max
(t)
Inclinação = Ganho Kp
u0
u min
e
Banda Proporcional
Figura 10. Curva característica de um controlador proporcional. A entrada é o sinal de erro
e(t), e a saída é o sinal de controle u(t).
4
3,5
3 Ação Proporcional
Proporcional
2,5
2
1,5 Erro
1
0,5
0 8 10
0 2 4 6
Tempo em segundos
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(6)
Logo: (7)
Onde é o ganho do controlador integral. O diagrama de blocos no domínio do
tempo é mostrado na Figura 12.
3 Erro
2
1
0 10
0 2 4 6 8
Tempo em segundos
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(8)
16
14
12
10
Ação Derivativa
Erro
Integral
4
2
0 10
0 2 4 6 8
Tempo em segundos
No controlador derivativo, uma grande taxa de variação de erro pode causar uma
grande ação corretiva, mesmo que o erro seja pequeno. Por outro lado, caso o sinal de erro
não varie, não existirá ação corretiva, ainda que o erro seja grande. A utilização do controle
derivativo requer mais cuidado do que quando se utiliza o controle proporcional ou o
integral. Em muitas aplicações reais um controle derivativo puro não é utilizado devido à
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(9)
Onde o ganho proporcional é , e o ganho integral é . No diagrama de bloco da
Figura 16 apresenta-se o controlador PI clássico.
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12
Proporcional e Integral
10 Ação PI
Ação Integral
8
6 Ação Proporcional
4 Erro
2
0 10
0 2 4 6 8
Tempo em segundos
(10)
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45
40
35
Ação PD
Proporcional e Derivativa
30 Ação Proporcional
25
20
Ação Derivativa
15
10 Erro
5
0 8 10
0 2 4 6
Tempo em segundos
Figura 19 Ação do controlador proporcional-derivativo quando ocorre um erro em rampa .
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Uma análise que é possível fazer observando-se a Figura 20, é que uma mudança
numérica em qualquer coeficiente individual, Kp, Ki ou KD, muda somente o valor da
contribuição em cada ramo do termo. Por exemplo, se o valor de KD é modificado, então
somente o valor da ação de derivação é alterado e esta mudança é desacoplada e
independente do valor do termo proporcional e do termo integral. Este desacoplamento dos
três termos é uma conseqüência da arquitetura paralela do controlador PID.
A arquitetura paralela do controlador PID resulta em uma representação matemática
no domínio do tempo que é descrita pela Equação 14.
(14)
(15)
Definindo as novas constantes de tempo, como:
e (16)
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Integrador
Amplificador
Comparador
Ganho=Kp
e (t)
Somador
Variável de
Diferenciador
processo
variável de
controle
Processo
Figura 21. Diagrama de blocos de uma planta com um controlador PID na configuração paralela.
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Qualquer sistema de controle deve ser estável. Esta é uma exigência primordial.
Além da estabilidade absoluta, um sistema de controle deve Ter uma estabilidade
relativamente razoável; assim, a resposta deve apresentar amortecimento razoável. Além
disso, a velocidade de resposta deve ser razoavelmente rápida e o sistema de controle deve
ser capaz de reduzir erros a zero ou a um valor pequeno tolerável.
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Projetar um sistema significa achar um sistema que realize uma dada tarefa. Se as
características da resposta dinâmica e/ou as características no estado estacionário não
forem satisfatórias, deve-se adicionar um compensador ao sistema. Em geral, um projeto
de um compensador adequado não é direto, mas exigirá métodos experimentais.
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prática, no entanto, o sistema pode ser submetido a muitas restrições ou pode ser não-
linear, e em tais casos nenhum dos métodos de síntese está disponível atualmente. Além
disso, as características dos componentes podem não ser precisamente conhecidas. Assim,
procedimentos experimentais são sempre necessários.
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