LiturgiaSacramental 2017-2018
LiturgiaSacramental 2017-2018
LiturgiaSacramental 2017-2018
LITURGIA SACRAMENTAL
Ano Formativo 2017/2018
— texto de apoio compilado por DIÁC. DUARTE JOÃO para uso interno dos formandos —
Patriarcado de Lisboa – Formação para o Diaconado Permanente
PROGRAMA
3. CELEBRAÇÃO DO MATRIMÓNIO
8. LITURGIA EPISCOPAL
NA CAPA:
Mosaico da capela «Redemptoris Mater», Vaticano – O sacrifício da cruz é a fonte da economia sacramental da Igreja. Na imagem,
Maria, símbolo da Igreja, com a mão esquerda recolhe do lado aberto de Jesus sangue e água, símbolos dos sacramentos da Igrej a.
LITURGIA SACRAMENTAL 3
BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA
– BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
«Cerimonial dos Bispos», Congregação do Culto Divino, 2.ª reimpressão típica, 1995
(Gráfica de Coimbra, 2.ª edição, 2010) [referenciado adiante, no texto, com a sigla CB]
– BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
«Missal Romano», Sagrada Congregação do Culto Divino, 2.ª edição típica, 1975
(Gráfica de Coimbra, 1992)
CONTEÚDOS
3. CELEBRAÇÃO DO MATRIMÓNIO
8. LITURGIA EPISCOPAL
A liturgia, acção sagrada por excelência, constitui o cume para onde tendem todas as
acções da Igreja e, simultaneamente, a fonte donde provém toda a sua força vital. Através
da liturgia, Cristo continua na sua Igreja, com ela e por meio dela, a obra da nossa
redenção.
Na liturgia, o Pai enche-nos das suas bênçãos no Filho encarnado, morto e ressuscitado
por nós, e derrama o Espírito Santo nos nossos corações. Ao mesmo tempo a Igreja bendiz
o Pai, mediante a adoração, o louvor e a acção de graças, e implora o dom do seu Filho e
do Espírito Santo.
Os sacramentos são sinais sensíveis e eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à
Igreja, mediante os quais nos é concedida a vida divina. Os sacramentos são sete: o
Baptismo, a Confirmação, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos enfermos, a Ordem e o
Matrimónio.
Sacramentos de Cristo
O que na vida do nosso Redentor era visível, passou para os ritos sacramentais (São Leão
Magno, séc. V).
Sacramentos da Igreja
Cristo confiou os sacramentos à sua Igreja. Eles são «da Igreja» num duplo sentido:
enquanto acção da Igreja, que é sacramento da acção de Cristo, e enquanto existem «para
ela», ou seja, enquanto edificam a Igreja.
Formando com Cristo-Cabeça como que uma única pessoa mística (Pio XII, Mystici corporis), a
Igreja age nos sacramentos como comunidade sacerdotal organicamente estruturada (Vaticano
II, Lumen Gentium, 11): pelo Baptismo e pela Confirmação, o povo sacerdotal torna-se apto
a celebrar a liturgia; e por outro lado, certos fiéis, assinalados com a sagrada Ordem, ficam
constituídos em nome de Cristo para apascentar a Igreja com a Palavra e a graça de Deus
(Vaticano II, Lumen Gentium, 11).
Sacramentos da fé
Os sacramentos não apenas supõem a fé como também, através das palavras e elementos
rituais, a alimentam, fortificam e exprimem. Ao celebrá-los, a Igreja confessa a fé
apostólica. Daí o adágio antigo: «lex orandi, lex credendi» [«A lei da oração é a lei da fé»],
isto é, a Igreja crê conforme reza.
É por isso que nenhum rito sacramental pode ser modificado ou manipulado ao arbítrio
do ministro ou da comunidade. Nem mesmo a autoridade suprema da Igreja pode mudar
a liturgia a seu bel-prazer, mas somente na obediência da fé e no respeito religioso do
mistério da liturgia.
Sacramentos da salvação
Celebrados dignamente na fé, os sacramentos conferem a graça que significam. Eles são
eficazes ex opere operato [«pelo próprio facto de a acção sacramental ser realizada»], porque
é Cristo que neles age e comunica a graça que significam, independentemente da
santidade pessoal do ministro, ainda que os frutos dos sacramentos dependam também
das disposições de quem os recebe.
Embora nem todos os sacramentos sejam conferidos a cada um dos fiéis, eles são
necessários para a salvação dos que crêem em Cristo, porque conferem as graças
sacramentais, o perdão dos pecados, a adopção de filhos de Deus, a conformação a Cristo
Senhor e a pertença à Igreja. O Espírito Santo cura e transforma aqueles que os recebem.
A graça sacramental é a graça do Espírito Santo, dada por Cristo e própria de cada
sacramento. Tal graça ajuda o fiel, no seu caminho de santidade, bem como a Igreja no seu
crescimento na caridade e no testemunho.
Nos sacramentos, a Igreja recebe já o penhor da vida eterna, embora aguardando a ditosa
esperança e manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo (Tito 2,13).
1.5. OS SACRAMENTAIS
Os sacramentais são sinais sagrados instituídos pela Igreja, por meio dos quais são
santificadas algumas circunstâncias da vida. Incluem sempre uma oração, muitas vezes
acompanhada do sinal da cruz e de outros sinais.
Eles decorrem do sacerdócio baptismal: todo o baptizado é chamado a ser uma «bênção» e
a abençoar. Por isso há certas bênçãos que podem ser presididas por leigos. Porém, quanto
mais uma bênção disser respeito à vida eclesial e sacramental, tanto mais a sua presidência
será reservada ao ministério ordenado.
O cristão que morre em Cristo chega, no termo da sua existência terrena, à consumação da
nova vida iniciada com o Baptismo, revigorada pela Confirmação e alimentada pela
Eucaristia, antecipação do banquete celeste. O sentido da morte do cristão manifesta-se à
luz da Morte e da Ressurreição de Cristo, nossa única esperança; o cristão que morre em
Cristo Jesus, vai habitar junto do Senhor (2Cor 5,8).
Segundo a doutrina do Concílio Vaticano II, deve procurar-se que os ritos brilhem por
uma nobre simplicidade (cf. Sacrosanctum Concilium, 34).
Antes de abordar cada um dos ritos próprios das diversas celebrações litúrgicas em
particular, convém considerar algumas normas e princípios litúrgicos de carácter mais
geral, que a tradição sancionou e que convém observar.
Atitudes corporais
Como regra geral, está-se de pé durante as orações e para escutar o Evangelho, neste caso
sempre virado para quem o proclama; sentado para escutar as leituras não evangélicas e
durante o silêncio sagrado; de joelhos, em sinal de adoração, diante do Santíssimo
Sacramento, e da Santa Cruz em Sexta-feira Santa; mas igualmente de joelhos, em atitude
de intensa súplica, durante a ladainha dos Santos (excepto aos Domingos e no Tempo
Pascal) que se canta no rito das Ordenações, ou durante a grande oração universal de
Sexta-feira Santa; prostrado no chão ao início da celebração da Paixão do Senhor em Sexta-
-feira Santa, e os ordinandos durante a ladainha dos Santos no rito da sua Ordenação.
Durante as celebrações, os ministros evitem, quanto possível, estar de costas para o altar e
para as pessoas mais elevadas em dignidade, bem como passar entre o presidente e o altar.
Quando se houver de voltar, vire-se cada qual pelo lado da pessoa ou coisa mais digna.
Evite-se ainda falar sem necessidade e olhar para a assembleia escusadamente. Não se
cruzem as pernas, quer estando de pé, quer sentado. Quando o Santíssimo Sacramento
está exposto, não se saúda ninguém.
A posição habitual das mãos, a manter ao longo de todas as celebrações, é ter as mãos
juntas, excepto quando se está sentado ou, evidentemente, quando se tem de segurar
algum objecto ou as rubricas dos livros litúrgicos prescrevem algum outro gesto ou
posição. Conservam-se as mãos juntas, tanto ao deslocar-se como quando se está de pé ou
de joelhos.
A forma mais correcta de ter as mãos juntas é tê-las diante do peito, com as palmas abertas
uma contra a outra, o polegar da mão direita cruzado sobre o da mão esquerda e os
restantes dedos unidos.
Quando se segura algum objecto ou se faz algum gesto com uma só mão, coloca-se sobre o
peito a mão que está livre. Mas quando se faz o sinal da cruz sobre si próprio, coloca-se a
mão esquerda ligeiramente abaixo do peito, de modo a que, ao fazer o sinal da cruz com a
mão direita, se possa com ela tocar no peito.
Às palavras da confissão por minha culpa, minha tão grande culpa, bate-se no peito com a
mão direita por duas vezes, colocando-se a mão esquerda ligeiramente abaixo do peito.
Para dar a bênção solene, e sempre que tal venha indicado nos livros litúrgicos, o ministro
ordenado estende as mãos sobre o povo.
Sinal da cruz
O que faz o sinal da cruz volta para si a palma da mão direita e, com todos os dedos juntos
e estendidos, toca sucessivamente, com as extremidades dos dedos, a fronte, o peito, o
ombro esquerdo e o ombro direito, estando a mão esquerda ligeiramente abaixo do peito.
O sinal da cruz faz-se com a cabeça e o tronco direitos, excepto ao receber a bênção em que
se faz com o corpo inclinado.
Rito da paz
Nas celebrações em que tal está previsto, o sinal da paz deve fazer-se com sobriedade e
apenas entre aqueles que estão mais perto. No caso de ministros diferenciados em
dignidade, o de grau mais elevado dá a paz ao de grau menos elevado, que a recebe.
Aquele que vai dar a paz, volta-se para aquele que vai receber a paz, sem o saudar, e toca
com as palmas das mãos nos ombros deste último; inclina-se para a direita e aproxima a
sua face esquerda da face esquerda daquele que vai receber a paz, dizendo-lhe: A paz esteja
contigo ou A paz do Senhor esteja sempre contigo; depois da resposta dada por aquele que
recebeu a paz, ambos se endireitam e saúdam-se mutuamente com uma inclinação de
cabeça.
Aquele que vai receber a paz, saúda com uma inclinação de cabeça aquele que lhe vai dar
a paz e, com os antebraços fazendo um ângulo recto com os braços, toca com as palmas
das mãos nos cotovelos deste último; inclina-se para a direita e aproxima a face esquerda
da face esquerda daquele que lhe vai dar a paz e, à fórmula de saudação dita por este,
responde: E contigo também ou Amen; depois, ambos se endireitam e saúdam-se
mutuamente com uma inclinação de cabeça.
Sinais de reverência
Genuflexão
Genuflecte-se com a cabeça e o tronco bem direitos, levando a perna direita um pouco
atrás e dobrando o joelho direito até que toque no chão, exactamente ao lado do calcanhar
esquerdo. A genuflexão faz-se pausadamente, mas levantando-se logo que o joelho toque
no chão. Não se inclina a cabeça, não se benze durante a genuflexão, nem se fazem “meias-
-genuflexões” ou genuflexões oblíquas.
A regra geral é que se faz genuflexão sempre que se passa diante do Santíssimo
Sacramento, ou dele nos aproximamos ou afastamos, excepto quando se vai em procissão
e esta passa diante do Santíssimo Sacramento que está guardado, por exemplo, numa
capela lateral ou noutro lugar fora do presbitério.
Inclinação
Quando a sede do presidente fica situada atrás do altar, saúda-se o altar ou o presidente
consoante se aproxima de um ou de outro; mas evite-se, quanto possível, passar entre o
presidente e o altar, por respeito para com um e para com outro.
Ósculo
Incensação
Veio outro anjo com um turíbulo de ouro e colocou-se junto do altar. Foram-lhe dadas
muitas espécies de aromas para que os oferecesse com as orações dos santos, sobre o altar de
ouro que está diante do trono de Deus. E das mãos do anjo subiu à presença de Deus o
fumo dos aromas juntamente com as orações dos santos (Ap 8,3-4).
Para pôr incenso no turíbulo, o presidente senta-se, se estiver na sede ou junto de outro
assento; fora disso, põe o incenso de pé. O diácono, ou outro ministro, apresenta-lhe a
naveta aberta com a colher, o presidente tira com ela três vezes incenso da naveta e lança-o
três vezes no turíbulo. Feito isto, coloca a colher na naveta e, com a mão direita, faz o sinal
da cruz, sem dizer nada, sobre o incenso e o turíbulo.
Aquele que incensa, antes e depois da incensação faz inclinação profunda à pessoa ou ao
objecto que é incensado (excepto ao altar e às oblatas para o sacrifício da Missa). Segura a
parte superior das correntes com a mão esquerda, que mantém firme e assente diante do
peito, e com a mão direita segura as correntes perto do opérculo, todas juntas,
sustentando-as à altura do peito. Ao lançar o turíbulo, faça-o com gravidade e decoro, sem
mover o corpo nem a cabeça, movendo, calma e lentamente, a mão e o braço direitos com
o turíbulo.
Segundo as actuais rubricas, à excepção do altar, que se incensa com ictos sucessivos do
turíbulo, e das relíquias e das imagens dos Santos expostos a pública veneração, que se
incensam com apenas dois ductos (e, na Missa, só no início da celebração após a
incensação da cruz e do altar), tudo o mais é incensado com três ductos do turíbulo: o
Santíssimo Sacramento (incensado sempre de joelhos), a relíquia da Santa Cruz e as
imagens do Senhor solenemente expostas, as oblatas para o sacrifício da Missa, a cruz do
altar, o Evangeliário, o círio pascal, o presidente da celebração (que permanece de pé,
mesmo que esteja junto da sua sede), os concelebrantes (todos ao mesmo tempo), o Bispo
que preside mas não celebra a Missa, a autoridade civil oficialmente presente na
celebração, o coro e o povo, o corpo dum defunto.
As actuais rubricas são omissas é quanto ao número de ictos que se deve fazer em cada
ducto do turíbulo. Porém, se nos apoiarmos nas rubricas dos antigos cerimoniais e na
prática da liturgia papal em Roma, verifica-se que, para a generalidade dos casos que
interessa actualmente considerar, se deverá incensar sempre com ductos duplos, isto é, de
dois ictos cada um.
Portanto, seguindo tal prática, que nos parece adequada, o altar incensa-se com ictos
sucessivos do turíbulo, as relíquias e imagens dos Santos com dois ductos duplos, e todas
as demais coisas ou pessoas com três ductos duplos.
É certo que, por vezes, se tem observado a prática de alguns de incensar com ductos de
três ictos, sobretudo o Santíssimo Sacramento. Note-se, contudo, que, mesmo antes da
reforma litúrgica, em que as rubricas estabeleciam uma grande diversidade de distinções
quanto ao número de ductos e de ictos, em função da dignidade das pessoas e das coisas,
não estavam prescritos ductos triplos em nenhum caso, mas apenas duplos e simples.
Nas diversas procissões, o turíbulo leva-se à frente, excepto nas procissões com o
Santíssimo Sacramento, nas quais o turíbulo (ou dois turíbulos) precede o Santíssimo
Sacramento.
No nosso tempo assiste-se, por vezes, à contestação do uso das vestes litúrgicas, como se
ele fosse expressão de luxo e ostentação ou significasse até uma traição à simplicidade
originária do culto cristão. Mas mais frequente ainda é o seu desleixo por razões bem mais
A celebração litúrgica sacramental não é uma acção qualquer. A assembleia litúrgica não é
um simples encontro de amigos, informal e espontâneo. Por sua vez, o ministro tem de
significar – a si próprio e à assembleia litúrgica – que não actua como pessoa privada.
Tudo isto se faz e se exprime de múltiplos modos. Entre eles a Igreja, com a sua sabedoria
e humanismo, quer que se inclua a linguagem da veste que fala de um modo tão imediato,
universal e eloquente.
A veste sagrada comum a todos os ministros ordenados e instituídos, seja qual for o seu
grau, é a alva, que será cingida à cintura por um cíngulo, a não ser que, pelo seu feitio, ela
se ajuste ao corpo sem necessidade de cíngulo. Se a alva não cobrir perfeitamente o traje
comum em volta do pescoço, pôr-se-á o amicto antes de a vestir. A alva não pode ser
substituída pela sobrepeliz, nem sequer quando esta se envergar sobre a veste talar,
quando se deve vestir a casula ou a dalmática, nem quando, segundo as normas, se usa
apenas a estola sem casula ou dalmática (IGMR, 336).
A veste própria do diácono é a dalmática, que se veste sobre a alva e a estola; contudo, por
necessidade ou por menor grau da solenidade, a dalmática pode omitir-se (IGMR, 338).
Porém, para conservar a insigne tradição da Igreja, é recomendável não usar da faculdade
de omitir a dalmática (Redemptionis Sacramentum, 125).
O diácono põe a estola a tiracolo, deixando-a cair do ombro esquerdo, sobre o peito, e
prendendo-a do lado direito do corpo (IGMR, 340).
Quando o diácono preside a uma celebração litúrgica deverá ainda ter em conta aquilo
que cada Ritual prescreve em termos de vestes litúrgicas e que, nos capítulos seguintes, se
indicará para as celebrações aí tratadas.
Leitura recomendada:
Exercício:
1) «O que na vida do nosso Redentor era visível, passou para os ritos sacramentais». Escreva uma
pequena dissertação a propósito desta frase de São Leão Magno. [3]
I. Dignidade do Baptismo
II. Funções e ministérios na celebração do Baptismo
III. O que se requer para a celebração do Baptismo
IV. Adaptações que competem às Conferências Episcopais
V. Acomodações que competem ao ministro
5. CONCLUSÃO DO RITO
a) Procissão até ao altar
b) Oração dominical
c) Bênção e despedida
Alva (ou sobrepeliz sobre a veste talar) e estola de cor branca ou festiva; eventualmente,
pluvial da mesma cor (cf. Ritual, n. 35.74.107).
Leitura recomendada:
Exercício:
2) Descreva, de forma sintética mas completa, o rito do Baptismo solene de várias crianças.
[2]
3. CELEBRAÇÃO DO MATRIMÓNIO
1. RITOS INICIAIS
a) Acolhimento dos noivos
b) Sinal da cruz (omite-se no Matrimónio com disparidade de culto)
c) Saudação (omite-se no Matrimónio com disparidade de culto)
d) Admonição
e) Oração colecta (omite-se no Matrimónio com disparidade de culto)
2. LITURGIA DA PALAVRA
a) Leituras bíblicas
b) Homilia
3. RITO DO MATRIMÓNIO
a) Diálogo antes do consentimento
b) União das mãos e consentimento
c) Aceitação do consentimento
d) Bênção e entrega das alianças (pode omitir-se no Matrimónio com disparidade de
culto)
QUANDO NÃO HÁ DISTRIBUIÇÃO DA COMUNHÃO:
e) Oração universal (sem oração conclusiva)
f) Oração dominical
g) Bênção nupcial (no Matrimónio com disparidade de culto pode substituir-se
pela «oração sobre os esposos»)
h) [Rito da paz] (omite-se no Matrimónio com disparidade de culto)
i) Bênção final
QUANDO HÁ DISTRIBUIÇÃO DA COMUNHÃO (não previsto no Matrimónio com
disparidade de culto):
e) Oração universal (com oração conclusiva)
f) Bênção nupcial
g) Deposição do Santíssimo Sacramento sobre o altar
h) Oração dominical
i) [Rito da paz]
j) Felizes os convidados…
k) Sagrada Comunhão
l) Oração depois da Comunhão
m) Bênção final
Alva (ou sobrepeliz sobre a veste talar) e estola de cor branca ou festiva; eventualmente,
dalmática da mesma cor (cf. Ritual, n. 80.153).
Leitura recomendada:
• «Ritual Romano – Celebração do Matrimónio»: Preliminares [n. 1-44], Capítulo II [n. 79-117]
e Capítulo IV [n. 152-178]
Exercício:
3) Descreva, de forma sintética mas completa, o rito do Matrimónio entre uma parte
católica e uma parte não baptizada. [2]
«Estação» na igreja
1. RITOS INICIAIS
a) Sinal da cruz
b) Saudação
c) [Admonição]
d) Oração colecta
2. LITURGIA DA PALAVRA
a) Leituras bíblicas
b) Homilia
c) Oração dos fiéis
d) Pai nosso ou oração conclusiva
3. ÚLTIMA ENCOMENDAÇÃO E DESPEDIDA (pode fazer-se no cemitério)
a) Admonição
b) [Eventual alocução feita por algum familiar do defunto ou por outra pessoa]
c) Responsório e aspersão [e incensação] do corpo do defunto
d) Oração
4. BÊNÇÃO (só no caso do ministro não acompanhar o corpo do defunto ao cemitério)
«Estação» no cemitério
O facto da cremação do cadáver não comporta por si particulares diferenças rituais, uma
vez que as Exéquias se celebram perante o cadáver, antes da cremação do corpo, e com os
mesmos ritos e fórmulas que se usam nas Exéquias habituais. O rito da Última
Encomendação e Despedida deve celebrar-se na própria igreja, no final da Liturgia da
Palavra, e omite-se a procissão ao lugar da cremação.
Embora seja melhor e mais expressivo celebrar o rito exequial antes da cremação do
cadáver, se a família o preferir e o Ordinário do lugar julgar conveniente, pode permitir-se
também que a cremação tenha lugar antes dos ritos exequiais. Neste caso, o rito pode
celebrar-se perante a urna com as cinzas, segundo o seguinte ordenamento e com os textos
devidamente adaptados às circunstâncias, conforme vem no Ritual das Exéquias, n. 153
ss.:
Se houver algum rito na sala crematória, será segundo o seguinte ordenamento, conforme
vem no Ritual das Exéquias, n. 161 ss.:
As Exéquias das crianças celebram-se segundo os esquemas das Exéquias dos adultos, mas
usando os textos especiais indicados para o caso das crianças, conforme vem no Ritual das
Exéquias, n. 168 ss.. Se a criança morreu antes do baptismo mas os pais desejavam que
fosse baptizada, conceda-se-lhe Exéquias cristãs, usando os textos próprios indicados no
Ritual das Exéquias para esses casos e, por meio de uma conveniente catequese, procure-se
que não fique ofuscada, na mente dos fiéis, a doutrina sobre a necessidade do Baptismo.
As Exéquias das crianças, mortas antes do uso da razão, celebram-se com paramentos de
cor branca.
Alva (ou sobrepeliz sobre a veste talar) e estola de cor preta ou roxa no caso das exéquias
dos adultos e de cor branca no caso das exéquias das crianças; eventualmente, pluvial da
mesma cor (cf. Ritual, n. 55.115.138.168).
Leitura recomendada:
• «Ritual Romano – Celebração das Exéquias»: Preliminares [n. 1-26], Capítulo I [n. 27-54],
Capítulo II [n. 55-113], Capítulo V [n. 149-165] e Capítulo VI [n. 166-177; 191-214]
Exercício:
4) Descreva, de forma sintética mas completa, o rito das Exéquias sem Missa com
«estações» na igreja e no cemitério. [2]
1. RITOS INICIAIS
a) Sinal da Cruz
b) Saudação
c) Admonição
2. LITURGIA DA PALAVRA
a) Leituras bíblicas
b) Breve homilia
3. PRECES (concluídas pelo Pai nosso ou pela própria Oração de bênção)
4. ORAÇÃO DE BÊNÇÃO
a) Oração (por vezes acompanhada do sinal da cruz)
b) [nalguns casos, aspersão ou, por vezes, incensação]
5. CONCLUSÃO
a) Versículo, aclamação, ou bênção final
Leitura recomendada:
Exercício:
Proémio
Capítulo I) Importância e dignidade da celebração eucarística
Capítulo II) Estrutura da Missa, seus elementos e suas partes
I. Estrutura geral da Missa
II. Os diversos elementos da Missa
III. As diversas partes da Missa
A) Ritos iniciais
B) Liturgia da Palavra
C) Liturgia eucarística
D) Rito conclusivo
Capítulo III) Ofícios e ministérios na Missa
I. Ofícios da Ordem sacra
II. Funções do povo de Deus
III. Ministérios especiais
IV. A distribuição das funções e a preparação da celebração
Capítulo IV) As diversas formas de celebração da Missa
I. Missa com o povo
A) A Missa sem Diácono
B) A Missa com Diácono
C) Funções do Acólito
D) Funções do Leitor
II. Missa concelebrada
III. Missa com a participação de um só ministro
IV. Algumas normas gerais para todas as formas de celebração da Missa
Capítulo V) Disposição e adorno das igrejas para a celebração da Eucaristia
I. Princípios gerais
II. Disposição do presbitério para a celebração litúrgica
III. A disposição da igreja
Capítulo VI) As coisas necessárias para a celebração da Missa
I. O pão e o vinho para celebrar a Eucaristia
II. Alfaias sagradas em geral
III. Os vasos sagrados
IV. As vestes sagradas
V. Outras alfaias destinadas ao uso da Igreja
Capítulo VII) A escolha da Missa e das suas partes
I. A escolha da Missa
II. A escolha das partes da Missa
Capítulo VIII) Missas e orações para diversas circunstâncias e Missas de defuntos
I. Missas e orações para diversas circunstâncias
II. Missas de defuntos
Capítulo IX) Adaptações que competem aos Bispos e às suas Conferências
Publicada no ano 2000 uma nova edição da Instrução Geral do Missal Romano (IGMR),
foi a mesma, pouco tempo depois, retirada e objecto de diversas correcções que, nalguns
casos, foram até bastante significativas. Em 2002 surge, então, a terceira edição típica latina
do Missal Romano (ainda não disponível entre nós) e, com ela, a versão definitiva da
respectiva Instrução Geral, a qual foi, em 2003, publicada na sua edição oficial portuguesa.
Embora esta nova Instrução não introduza alterações muito profundas em relação àquilo
que já estava em vigor, vem, contudo, esclarecer certos detalhes, precisar melhor algumas
normas e, sobretudo, responder a questões que a prática litúrgica dos 30 anos precedentes
(a primeira edição típica do Missal de Paulo VI entrou em vigor em 1970) foi levantando.
Circunscrevendo-nos àquilo que ao diácono diz respeito, da leitura da nova IGMR ressalta
desde logo que o seu ministério surge agora mais explícito e adequadamente enquadrado,
o que não admira se tivermos em conta que, restaurado o diaconado permanente em 1967
e sendo a primeira edição da IGMR de 1969, só muito dificilmente essa primeira edição
poderia ter traduzido cabalmente a importância e o alcance do exercício do ministério
diaconal na celebração da Eucaristia.
O diácono, que na antiga Instrução poucas vezes era explicitamente referido, aparecendo
quase sempre sob a designação de «os ministros», conjuntamente com o acólito, o leitor e os
demais ministros leigos, é agora claramente reconhecido e tratado pela nova IGMR como
ministro ordenado e, portanto, distinto na sua essência dos ministros leigos. Por isso,
frases como «o sacerdote e os ministros» na antiga Instrução, deram lugar, na nova Instrução,
a «o sacerdote, o diácono e os ministros» ou às vezes «o sacerdote, o diácono e os ministros
leigos».
Por outro lado, é significativa a mudança que se verificou, quer na definição do ofício e
ministério do diácono (n. 94), quer na estrutura do capítulo IV que trata das diversas
formas de celebração da Missa.
Enquanto que a antiga IGMR afirmava simplesmente, no n. 61, que entre os ministros, ocupa
o primeiro lugar o diácono, o n. 94 da actual IGMR (que corresponde ao antigo n. 61)
sublinha que depois do presbítero, o diácono, por força da ordenação recebida, ocupa o
primeiro lugar entre aqueles que servem na celebração da eucarística. E mais adiante, o
mesmo n. 94, vai afirmar que o diácono também serve na celebração do sacrifício, algo
omisso na anterior IGMR.
Quanto à estrutura do capítulo IV, antes era nele definida a chamada “Missa Típica”, que
era aquela que se celebrava com um número reduzido de ministros – um acólito, um leitor
e um cantor – e, nos parágrafos subsequentes ao da descrição da “Missa Típica”,
explicavam-se quais eram as funções do diácono, do acólito e do leitor quando
participassem na celebração. Agora, a IGMR não só abandonou a expressão “Missa
Típica” (de facto pouco feliz, pois a palavra “típica” poderia induzir a ideia de que essa
Missa com reduzido número de ministros era a forma de celebração normativa ou até
mesmo ideal) como introduziu, em seu lugar, a descrição de duas formas diversas de
celebração, a “Missa sem Diácono” e a “Missa com Diácono”, após a descrição das quais
vai então definir as funções que ao acólito e ao leitor cabem exercer em ambas as formas
de celebração da Missa anteriormente referidas. Neste mesmo capítulo IV é, aliás,
afirmado no n. 116 (antigo n. 78) que, em qualquer celebração da Missa, estando presente um
diácono, este deve desempenhar o seu ministério, enquanto antes apenas se dizia que o
diácono pode tomar parte na celebração.
Vejamos, seguidamente, alguns pontos da descrição da “Missa com Diácono”, feita nos n.
171 a 186 do capítulo IV da nova Instrução Geral (correspondendo, sensivelmente, aos n.
127 a 141 da antiga), os quais oportunamente complementaremos com uma ou outra
referência a alguns outros números da IGMR e do Cerimonial dos Bispos relacionados
com aqueles.
Logo no primeiro número em questão, isto é no n. 171, diz-se agora, de forma imperativa,
que quando está presente na celebração eucarística, o diácono exerce o seu ministério, enquanto
que na antiga IGMR dizia-se se está presente um diácono para exercer o seu ministério, o que,
pelo menos à letra, significava que um diácono poderia estar presente e não exercer o seu
ministério... Ainda no mesmo número, às funções que já lhe eram anteriormente
reconhecidas de assistir ao sacerdote, de ministrar no altar ao cálice e ao livro, e de suprir
as funções dos ministros que não estão presentes, a nova IGMR explicita que também é
próprio do diácono: proclamar o Evangelho e, por mandato do sacerdote celebrante, fazer a
homilia; orientar o povo fiel com oportunas admonições e enunciar as intenções da oração universal;
ajudar o sacerdote celebrante a distribuir a Comunhão e purificar e arrumar os vasos sagrados.
No n. 172 começa-se a descrever os ritos da “Missa com Diácono” e o n. 173 corrige aquilo
que, na antiga IGMR, contrariava a norma geral do n. 70 do Cerimonial dos Bispos (e que,
sendo de publicação posterior à antiga IGMR, tinha precedência sobre esta) segundo a
qual não fazem genuflexão nem inclinação profunda aqueles que transportam os objectos a usar na
celebração que se vai realizar. De facto, o n. 173 da IGMR diz agora que, na procissão de
entrada, se o diácono levar o Evangeliário omite a reverência ao altar, isto é, a inclinação
profunda ou, se o sacrário estiver no presbitério, a genuflexão, venerando o altar apenas
com um beijo após ter colocado sobre ele o Evangeliário. Na procissão de entrada,
esclarece-se agora que o Evangeliário não pode ser substituído pelo Leccionário (n. 120
d) – nem, obviamente, pelo Missal...
Que o lugar do diácono era ao lado do sacerdote já o dizia o antigo n. 130 e repete-o o
actual n. 174. Porém, o n. 310, que trata da cadeira do sacerdote celebrante e dos outros
assentos, acrescenta algo que antes não se dizia e que vem reforçar os números anteriores:
coloque-se o assento do diácono junto da cadeira do celebrante.
título do Evangelho, faz com o polegar o sinal da cruz no livro e se persigna a si próprio
na fronte, na boca e no peito. Depois, uma vez proclamado o Evangelho e feita a
aclamação final, a nova IGMR abre agora duas possibilidades: ou o próprio diácono beija
o livro, dizendo em silêncio as palavras prescritas, ou então, se for o Bispo a presidir (mas
não o presbítero), pode, como alternativa, naturalmente previamente combinada com o
Bispo ou com o mestre de cerimónias, levar o Evangeliário ao Bispo para que seja este a
beijá-lo. Neste segundo caso, é facultada agora ao Bispo a possibilidade, antes reservada
ao Sumo Pontífice, de abençoar o povo com o Evangeliário. A seguir o diácono recebe do
Bispo o Evangeliário e leva-o para a credência ou para outro lugar adequado e digno.
O n. 176 é novo e vem indicar que, no âmbito das funções supletivas do diácono (cf. n. 171
f), se não estiver presente nenhum leitor, é o diácono que deve proferir também as
leituras que precedem o Evangelho.
Em sintonia com o n. 155 do Cerimonial dos Bispos, à redacção do antigo n. 134 da IGMR
o agora n. 179 acrescentou que desde a epiclese até à ostensão do cálice, o diácono permanece
habitualmente de joelhos. Este habitualmente, que não vinha no Cerimonial dos Bispos, será
o reconhecimento de que, na prática, é por vezes preferível ou até necessário que o
diácono permaneça de pé, por exemplo, porque está a ministrar ao livro. Por outro lado,
este número vem reforçar a convicção, na linha do Cerimonial dos Bispos, de que não só
os diáconos mas, por maioria de razão, todos os fiéis, ao ajoelharem-se na consagração
devem fazê-lo à epiclese de consagração e não apenas ao início do relato da instituição.
Por outro lado, também para os diáconos vale a regra geral, que foi agora acrescentada no
n. 43 (antigo n. 21), segundo a qual aqueles que não estão de joelhos durante a
consagração, fazem uma inclinação profunda enquanto o sacerdote genuflecte após a
consagração do pão e do vinho.
O convite à paz, se se fizer, é proferido pelo diácono de mãos juntas e voltado para o povo (n.
181). Deve dizer Saudai-vos na paz de Cristo, e não Saudemo-nos. A IGMR introduz agora
uma fórmula de saudação para o gesto da paz que não constava na Instrução antiga e que
é algo diferente da que vinha indicada no n. 103 do Cerimonial dos Bispos: A paz do
Senhor esteja sempre contigo (no Cerimonial dos Bispos: A paz esteja contigo), ao que se
responde Amen (no Cerimonial dos Bispos: E contigo também). O diácono pode dar a paz
aos ministros que estiverem mais perto de si mas, evidentemente, só depois dele próprio a
receber do sacerdote.
À fracção do pão, mormente nas missas concelebradas em que o rito da fracção se pode
prolongar demasiado, está agora previsto que o diácono possa ajudar o sacerdote
celebrante a partir as hóstias para a Comunhão, tanto dos concelebrantes como do povo
(n. 83 e 240).
A prescrição do antigo n. 137 segundo a qual, quando a Comunhão era distribuída sob as
duas espécies, o diácono seria o último a comungar, isto é, depois do povo, desapareceu. O
que está agora dito no n. 182 é que, depois da Comunhão do sacerdote, o diácono recebe
logo do próprio sacerdote a Comunhão sob as duas espécies, indo depois ajudar o
sacerdote na distribuição da Comunhão ao povo. Naturalmente que, se esta for distribuída
sob a espécie do vinho, o diácono será o ministro do cálice e, neste caso, tenha em conta o
direito que assiste aos fiéis de não quererem comungar do cálice, conforme refere o novo
n. 284: aos fiéis que eventualmente queiram comungar só sob a espécie do pão, dê-se a sagrada
Comunhão desta forma. Uma vez distribuída a comunhão, o diácono consome imediatamente
e com reverência, no altar, todo o Sangue de Cristo que sobrou, ajudado, se necessário, por outros
diáconos e presbíteros. Esta prescrição do n. 182, e que aparece reforçada mais adiante no n.
279, não constava na antiga IGMR.
Segundo os n. 183 e 279, de resto coincidentes neste particular com os antigos n. 138 e 238,
o diácono não purifica o cálice e os outros vasos sagrados no altar mas sim na credência,
ou a seguir à comunhão ou imediatamente depois da Missa.
Se houver bênção solene, o n. 185 explicita agora que o diácono pode fazer o convite
Inclinai-vos para receber a bênção, que já vinha previsto no Missal mas que a IGMR anterior
não referia. O mesmo n. 185 esclarece ainda que a despedida do povo, que pertence ao
diácono fazer, diz-se de mãos juntas e voltado para o povo. A fórmula é Ide em paz e o
Senhor vos acompanhe, e não Vamos em paz e (que) o Senhor nos acompanhe.
Na saída, embora os concelebrantes não o façam (cf. n. 251), está previsto que os diáconos
assistentes do sacerdote celebrante, e só estes, beijem o altar conjuntamente com ele (n.
186 e 251).
Ainda dentro do capítulo IV da nova IGMR, nos n. 273 a 287, que tratam de algumas
normas gerais para todas as formas de celebração da Missa, há alguns pontos que também
vale a pena serem tomados pelo diácono com a devida atenção.
Relativamente à incensação, vem agora desenvolvidamente descrita nos n. 276 e 277 que,
de resto, são um resumo daquilo que, no essencial, o Cerimonial dos Bispos já referia nos
n. 84 a 98. Sublinhe-se que a incensação do sacerdote e do povo, depois da preparação dos
dons, bem como a incensação à ostensão da hóstia e do cálice, na consagração, podem ser
feitas por um acólito ou outro ministro, mesmo estando presente o diácono (cf. n. 178-
179).
Diversas outras notas e chamadas de atenção poderiam ser feitas. Ficámo-nos pelas que se
referem mais directamente ao diácono e, de entre estas, pelas que nos pareceram mais
pertinentes. Mas a nova Instrução Geral do Missal Romano vale a pena ser mais estudada
e aprofundada para um melhor conhecimento da liturgia e da própria teologia da Missa,
não só na perspectiva do exercício dos ministérios litúrgicos mas também para que se
possa instruir e esclarecer cada vez melhor o povo cristão, de modo a conduzi-lo àquela
participação consciente, piedosa, activa e frutuosa na celebração da Eucaristia que vem
expressa na constituição conciliar Sacrosanctum Concilium sobre a sagrada liturgia (cf.
Sacrosanctum Concilium, n. 11 e 48).
Quando a Missa é presidida pelo Bispo, haverá normalmente, pelo menos, três diáconos:
um para proclamar o Evangelho e servir ao altar, e dois para assistirem ao Bispo. Se forem
mais, distribuirão entre si os ministérios.
Ritos iniciais
Se a procissão passar diante do Santíssimo Sacramento, não se pára nem se faz genuflexão.
Os diáconos assistentes colocam-se junto da sede presidencial, dum e doutro lado, e ficam
de pé para ministrar no que seja preciso. Durante os ritos iniciais é preferível que o Missal
seja apresentado ao sacerdote por um acólito, assistido, se for necessário, por um dos
diáconos (para virar as páginas, para indicar ao celebrante as partes que deve ler, etc.). Na
falta do acólito, porém, o próprio diácono apresentará o Missal na oração colecta e, se for
preciso, durante os diversos ritos que a precedem.
Liturgia da Palavra
Se não estiver presente nenhum leitor idóneo, é o diácono quem profere as leituras da
Missa que precedem o Evangelho.
No ambão, o diácono abre o Evangeliário, junta as mãos e diz: O Senhor esteja convosco.
Depois, durante as palavras Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São N., faz o
sinal da cruz com o polegar da mão direita, primeiro sobre o livro, no início do Evangelho
que vai proclamar, e depois sobre si mesmo na fronte, na boca e no peito.
Terminado o Evangelho, o diácono beija o livro, dizendo em silêncio: Por este santo
Evangelho, perdoai-nos, Senhor. Conforme as circunstâncias, se aquele que preside é o Bispo
e assim tiver sido combinado, o diácono leva o Evangeliário ao Bispo para que seja este a
beijá-lo e a dizer as palavras prescritas e ainda, se for oportuno, para dar a bênção ao povo
com o Evangeliário. Depois, o diácono pode levar o Evangeliáro para a credência ou para
outro lugar adequado e digno.
O diácono regressa, então, ao seu lugar, a não ser que, segundo as circunstâncias, seja o
diácono a fazer a homilia, caso em que permanecerá no ambão.
As intenções da oração universal são proferidas pelo diácono, no ambão ou noutro lugar
conveniente, por exemplo, no lugar que ocupa junto à sede presidencial.
Liturgia eucarística
Se tiver havido procissão dos dons, o diácono assiste ao sacerdote na recolha desses
mesmos dons. Leva para o altar o pão e o vinho e, se houver outro tipo de ofertas, levará
estas para lugar conveniente previamente preparado (fora do altar).
Depois prepara o cálice, juntando ao vinho um pouco de água, enquanto diz em silêncio:
Pelo mistério desta água e deste vinho sejamos participantes da divindade d’Aquele que assumiu a
nossa humanidade. Esta preparação do cálice pode ser feita previamente na credência.
Quando o sacerdote chegar junto do altar, o diácono, à sua direita, entrega-lhe a patena
com as hóstias.
A seguir, e caso o não tenha já feito anteriormente durante a preparação do altar, prepara
o cálice, e entrega-o ao sacerdote.
Feito isto, todos se levantam, o diácono recebe o turíbulo das mãos do sacerdote e, postado
do lado direito do altar e virado para o sacerdote, faz uma inclinação, incensa o sacerdote
com três ductos duplos e inclina-se de novo.
Se o Chefe do Estado assistir oficialmente à celebração e em lugar distinto dos demais fiéis,
onde for costume será incensado antes do povo com três ductos duplos.
A não ser que tenha de sustentar o livro, o diácono (bem como os demais ministros e o
povo) ajoelha-se desde o início da epiclese de consagração até depois da elevação do
cálice.
Depois do sacerdote dizer: A paz do Senhor esteja sempre convosco, com a resposta do povo:
O amor de Cristo nos uniu, o diácono, se assim tiver sido previsto, convida ao sinal da paz
dizendo, de mãos juntas e voltado para o povo: Saudai-vos na paz de Cristo.
De modo idêntico, o diácono pode, depois, dar a paz aos ministros que estiverem mais
perto. Se for costume, e disso for incumbido, poderá ser o diácono a dar a paz ao Chefe do
Estado que assista oficialmente à celebração.
Durante a fracção do pão, o diácono, se for necessário, vai ao sacrário buscar a reserva do
Santíssimo Sacramento, coloca a píxide no altar, em cima do corporal, e destapa-a, levando
a tampa para a credência. No caso de serem muitas as hóstias a fraccionar, o diácono pode
ajudar o sacerdote a parti-las.
Feitas as purificações, ou deixados os vasos na credência, o diácono volta para o seu lugar.
A seguir, poderá ser o diácono a fazer ao povo os eventuais avisos, a não ser que o
sacerdote prefira fazê-los por si próprio. Para o efeito, o diácono não utilizará o ambão.
Se o sacerdote utilizar uma das fórmulas de Bênção Solene ou de Oração de Bênção sobre
o povo, depois do sacerdote saudar o povo, dizendo: O Senhor esteja convosco, e deste
responder: Ele está no meio de nós, o diácono, de mãos juntas e voltado para o povo, pode
fazer o seguinte convite: Inclinai-vos para receber a bênção.
Depois da bênção, o diácono despede os presentes dizendo, de mãos juntas e voltado para
o povo: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe. Desde a Vigília Pascal até ao Domingo II da
Páscoa, inclusive, e ainda no Domingo de Pentecostes, a esta fórmula de despedida
acrescenta-se: Aleluia, Aleluia, ao que o povo responde: Graças a Deus. Aleluia, Aleluia.
Então, o diácono e o sacerdote beijam juntamente o altar e, feita uma inclinação profunda
ou, se o Santíssimo Sacramento se guardar no presbitério, uma genuflexão, retiram-se pela
mesma ordem da procissão de entrada.
Ao chegar à sacristia, todos fazem inclinação à cruz, respondem ao versículo que for dito
pelo sacerdote e saúdam-no, todos ao mesmo tempo, com uma inclinação.
Na celebração da Missa, o diácono, como regra geral e a menos que esteja no exercício de
alguma função que lho impeça, está de mãos juntas e observa as atitudes comuns à
assembleia.
Assim, está de pé desde o início da Missa até à oração colecta; senta-se, pousando as
palmas das mãos sobre os joelhos, no momento em que o sacerdote se sentar, para escutar
as leituras que precedem o Evangelho e o salmo responsorial; põe-se de pé quando se
inicia o cântico de aclamação antes do Evangelho e durante a proclamação do Evangelho
fica voltado para quem o proclama; senta-se, pousando as palmas das mãos sobre os
joelhos, para escutar a homilia, e volta a estar de pé durante a profissão de fé e a oração
universal; fica sentado, pousando as palmas das mãos sobre os joelhos, durante a
preparação do altar e a apresentação dos dons, até ao convite à oração que precede a
oração sobre as oblatas (mas se houver incenso, todos se levantam no momento da
incensação do sacerdote); está de pé desde o convite à oração que precede a oração sobre
as oblatas (ou, se houver incenso, desde o momento da incensação do sacerdote) até à
epiclese de consagração; ajoelha desde a epiclese de consagração até depois da elevação do
cálice; volta a estar de pé desde a aclamação a seguir à elevação do cálice, inclusive, até
terminar a distribuição da Comunhão; senta-se, pousando as palmas das mãos sobre os
joelhos, quando o sacerdote se sentar, durante o silêncio sagrado ou o cântico depois da
Comunhão; está de pé desde a oração depois da Comunhão até ao final da Missa.
Não esquecer que, na doxologia final da Oração Eucarística, quando o diácono eleva o
cálice, ao mesmo tempo que o sacerdote eleva a patena com a hóstia, não compete ao
diácono dizer Por Cristo, com Cristo, em Cristo... mas somente a resposta Amen, juntamente
com o povo.
O convite ao sinal da paz, se estiver previsto, é feito pelo diácono, de mãos juntas e
voltado para o povo, com a fórmula: Saudai-vos na paz de Cristo. Quando o diácono
recebe do sacerdote o sinal da paz e este lhe diz: A paz esteja contigo ou A paz do Senhor
esteja sempre contigo, o diácono responde: E contigo também ou Amen.
PRÓPRIO DO TEMPO
Tempo do Advento
Tempo do Natal
Tempo da Quaresma
Semana Santa
Sagrado Tríduo Pascal
Tempo Pascal
Tempo Comum
ORDINÁRIO DA MISSA
Ritos iniciais
Liturgia da Palavra
Liturgia Eucarística
Prefácios
Oração Eucarística I ou Cânone Romano
Oração Eucarística II
Oração Eucarística III
Oração Eucarística IV
Ritos da Comunhão
Ritos de conclusão
Bênçãos solenes
Orações de bênção sobre o povo
MISSAS COMUNS
Comum da Dedicação de uma Igreja
Comum de Nossa Senhora
Comum dos Mártires
Comum dos Pastores da Igreja
Comum dos Doutores da Igreja
Comum das Virgens
Comum dos Santos e das Santas
MISSAS RITUAIS
Para os sacramentos da Iniciação Cristã
Para a administração das Ordens Sacras
Para a Unção dos Enfermos
Para o Viático
Para a Missa dos Esposos
MISSAS VOTIVAS
APÊNDICES
Oração Eucarística da Reconciliação
Oração Eucarística para as Missas com crianças
Ordo Missae
Rito para a aspersão dominical da água benta
Formulários para a oração universal
Rito para designar ocasionalmente um ministro da sagrada Comunhão
Anúncio solene do dia de Páscoa na solenidade da Epifania
1. RITOS INICIAIS
a) Saudação
b) Acto penitencial
2. LITURGIA DA PALAVRA
a) Leituras bíblicas
b) Oração dos fiéis
3. RITO DA COMUNHÃO
a) Deposição do Santíssimo Sacramento sobre o altar
b) Pai nosso
c) [Rito da paz]
d) Felizes os convidados…
e) Distribuição da Comunhão
f) [Silêncio sagrado, canto de um salmo ou cântico de louvor]
g) Oração depois da Comunhão
4. RITOS DE CONCLUSÃO
a) Bênção (ou, quando se trata de orientador leigo, invocação de bênção)
b) Despedida
1. RITOS INICIAIS
a) Saudação
b) Acto penitencial
2. LEITURA BREVE DA PALAVRA DE DEUS
3. RITO DA COMUNHÃO
a) Deposição do Santíssimo Sacramento sobre o altar
b) Pai nosso
c) Felizes os convidados…
d) Distribuição da Comunhão
e) [Silêncio sagrado, canto de um salmo ou cântico de louvor]
f) Oração depois da Comunhão
4. RITOS DE CONCLUSÃO
a) Bênção (ou, quando se trata de orientador leigo, invocação de bênção)
b) Despedida
É permitido administrar a Eucaristia apenas sob a espécie do vinho àqueles que não a
podem receber sob a espécie do pão. O Sangue do Senhor deve ser levado ao enfermo num
recipiente de tal modo fechado que se evite todo o perigo de o entornar. Se após a
Comunhão sobrar alguma porção do preciosíssimo Sangue, tome-o o ministro o qual
também fará as abluções devidas.
1. RITOS INICIAIS
a) Saudação
b) [Aspersão]
c) Acto penitencial
2. LEITURA BREVE DA PALAVRA DE DEUS
a) Leitura breve da Sagrada Escritura
b) [Breve explicação da leitura]
3. RITO DA COMUNHÃO
a) Pai nosso
b) Felizes os convidados…
c) Comunhão
d) [Silêncio sagrado]
e) Oração depois da Comunhão
4. RITOS DE CONCLUSÃO
a) Bênção
Este rito breve destina-se a ser usado quando a sagrada Comunhão é dada a vários
doentes, que se encontram em diferentes quartos ou salas do mesmo edifício, por exemplo,
do mesmo hospital. Podem juntar-se-lhe, se for conveniente, outros elementos do rito
ordinário.
1. RITOS INICIAIS
a) Saudação
b) [Aspersão]
c) Admonição
d) Acto penitencial
2. LEITURA BREVE DA PALAVRA DE DEUS
a) Leitura breve da Sagrada Escritura
b) [Breve explicação da leitura]
3. [PROFISSÃO DE FÉ BAPTISMAL]
4. [LADAINHA]
5. VIÁTICO
a) Pai nosso
b) Felizes os convidados…
c) Comunhão
d) [Silêncio sagrado]
e) Oração depois da Comunhão
6. RITOS DE CONCLUSÃO
a) Bênção
b) [Sinal da paz dado ao doente]
1. EXPOSIÇÃO
a) Exposição do Santíssimo Sacramento na custódia ou na píxide, sobre o altar
b) [Incensação do Santíssimo Sacramento]
c) Invocações e louvores iniciais (cf. Ritual, n. 192 ss.)
2. ADORAÇÃO
3. BÊNÇÃO
a) Hino eucarístico (cf. Ritual, n. 260 ss.)
b) [Incensação do Santíssimo Sacramento]
c) Oração (cf. Ritual, n. 98)
d) Sinal da cruz com a custódia ou com a píxide
4. REPOSIÇÃO
a) Reposição do Santíssimo Sacramento no sacrário e invocações (cf. Ritual, n. 266)
Missa
Quando a sagrada comunhão for administrada numa igreja ou oratório, alva (ou
sobrepeliz sobre a veste talar) e estola de cor branca (ou da cor correspondente à
celebração quando se faz o «Rito com celebração mais longa da Palavra de Deus», n. 26-41 do
Ritual).
Quando a sagrada comunhão for administrada fora da igreja ou oratório, traje adequado
às circunstâncias do lugar (cf. Ritual, n. 20).
Para a exposição, alva (ou sobrepeliz sobre a veste talar) e estola de cor branca.
Para dar a bênção no fim da adoração, deve pôr também o pluvial e o véu de ombros de
cor branca se a exposição foi feita com a custódia, ou só o véu de ombros se a exposição foi
feita com a píxide (cf. Ritual, n. 92).
Leitura recomendada:
Exercício:
6) Um determinado lugar tem São Jorge por padroeiro principal. Redija um ordo no qual se
incluam as orações, leituras e demais partes da Missa festiva a celebrar. O ordo deve ainda
conter todas as indicações e rubricas consideradas pertinentes para uma boa ordenação da
celebração. [4]
I. A importância do Domingo
II. Condições para as celebrações dominicais na ausência do presbítero
III. A assembleia dominical e os seus ministros
IV. O lugar e as coisas necessárias para a celebração
V. O ordenamento da celebração
Ritos iniciais
Liturgia da Palavra
Acção de graças
Rito da Comunhão
Ritos de conclusão
1. RITOS INICIAIS
a) Sinal da cruz
b) Saudação
c) [Admonição]
d) Acto penitencial
e) Oração colecta
2. LITURGIA DA PALAVRA
a) Leitura I
b) Salmo responsorial
c) Leitura II
d) Aclamação ao Evangelho (se não se canta pode omitir-se)
e) Evangelho
f) Homilia (ou, quando se trata de orientador leigo, leitura da homilia escrita pelo
pároco, leitura de algum comentário às leituras previamente aprovado pelo
pároco, ou leitura de algumas frases das leituras propondo-as à consideração dos
fiéis para que eles, se assim o desejarem, possam exprimir o que tais frases lhes
sugerem para as suas vidas)
g) Profissão de fé
h) Oração universal (pedindo com frequência pelas vocações ao sacerdócio)
3. RITO DA COMUNHÃO
a) Deposição do Santíssimo Sacramento sobre o altar
b) Pai nosso
c) [Rito da paz]
d) [Admonição à Comunhão]
e) Felizes os convidados…
f) Distribuição da Comunhão
g) Acção de graças, feita por meio de um salmo, hino, cântico ou breves preces
litânicas (a acção de graças também se pode fazer a seguir à oração universal –
sobretudo se não há distribuição da Comunhão – ou antes do Pai nosso – diante
do Santíssimo Sacramento colocado sobre o altar)
h) Oração depois da Comunhão
4. RITOS DE CONCLUSÃO
a) [Avisos]
b) Bênção (ou, quando se trata de orientador leigo, invocação de bênção)
c) Despedida
d) [Recolha de ofertas feita à saída da igreja]
Leitura recomendada:
Exercício:
8. LITURGIA EPISCOPAL
Leitura recomendada:
• «Cerimonial dos Bispos»: I Parte [n. 1-118], II Parte [n. 119-186] e III Parte [n. 187-226]
Exercício:
8) Indique, de forma sintética mas completa, os momentos da Missa estacional em que está
previsto o Bispo fazer uso do báculo, da mitra e do solidéu. [2]